Sunteți pe pagina 1din 12

Política

8 problemas da Argentina de Macri que te


dizem que só acontecem na Venezuela
Três anos depois, o cotidiano de nossos hermanos está cada vez mais similar ao que a mídia
diz sobre a vida dos venezuelanos

Por Martín Fernández Lorenzo 22/05/2018 10:44

Créditos da foto: Xinhua / Martín Zabala


Esta é para quem vive repetindo, como papagaios da mídia comercial, acusações à
Venezuela como se fosse o inferno na terra. Durante a campanha, o direitista
Mauricio Macri repetiu diversas vezes em seus discursos, em referência ao governo
de Cristina Kirchner, para amedrontar o povo: “estivemos muito próximos de nos
tornar a Venezuela”. A ironia é que, apenas três anos depois de Macri chegar ao
poder, os argentinos estão mais próximos de “ser a Venezuela” do que os brasileiros
imaginam. Confira.

1. Presos políticos

Nem bem Mauricio Macri assumia o poder e a mensagem já era clara: haveria
perseguição ideológica e política a quem se opusesse a seu governo. A primeira
presa política de Macri foi, e ainda é, a líder mapuche Milagro Sala, encarcerada em
2016 por organizar um acampamento contra o governador da província de Jujuy,
Gerardo Morales, aliado do presidente. A CIDH (Comissão Interamericana de
Direitos Humanos) pediu sua imediata liberação (http://www.perfil.com/noticias
/politica/la-comision-interamericana-de-ddhh-pide-liberar-a-milagro-sala.phtml),
mas o governo federal respaldou a autoritária decisão da Justiça de Jujuy. Milagro
foi para a prisão domiciliar, mas, em 2017, voltou a ser presa e novamente a CIDH se
manifestou pedindo sua soltura. (https://www.clarin.com/politica/corte-
interamericana-ordeno-milagro-sala-vuelva-prision-
domiciliaria_0_S1PUkl5lz.html) Hoje, permanece confinada em sua casa sob a
sentença de “prisão domiciliar”. Também sofreram estes abusos jurídicos o ex-vice-
presidente Amado Boudou, o ex-secretário de Legal e Técnica, Carlos Zannini e o
ativista Luis D’Elia, entre outros. Atualmente se encontram em liberdade. O caso
recente e mais emblemático, porém, é o do ex-ministro do Planejamento de
Cristina Kirchner, Julio de Vido. De Vido se encontra detido em“prisão preventiva” à
espera de julgamento que comprove ou não sua culpa. A lógica indica que teria que
estar em liberdade, já que ainda não há uma sentença definitiva.

2. Perseguição judicial a adversários

Dizem que a Justiça da Venezuela é “bolivariana”, mas, assim como no Brasil,


também na Argentina o judiciário está sendo utilizado para tirar adversários do
governo do caminho. No último dia 14 de maio, A ex-presidenta Cristina
Kirchner foi indiciada pela quinta vez (http://agenciabrasil.ebc.com.br
/internacional/noticia/2018-05/juiz-indicia-cristina-kirchner-e-seus-filhos-por-
lavagem-de-dinheiro?amp) junto com seus Máximo e Florencia, acusados de
“lavagem de dinheiro” e “formação de quadrilha” no caso de um hotel que pertence
a sua família em Buenos Aires. O juiz Julián Ercolini também processou Romina
Mercado, sobrinha de Cristina, e o empreiteiro Lázaro Báez, já em prisão
preventiva desde 2016 por outro caso, e ordenou contra todos eles embargos sobre
quantias de até 800 milhões de pesos (32,02 milhões de dólares) para cada um.

Em novembro de 2017, Cristina prestou depoimento, negou todas as acusações e


afirmou que está sendo perseguida juridicamente pela turma de Macri. No mês
seguinte, outro juiz, Claudio Bonadio, pediu sua prisão pelo suposto acobertamento
dos iranianos suspeitos de cometer o atentado contra uma associação judaica de
Buenos Aires que deixou 85 mortos em 1994. Ela só não foi presa porque tem
imunidade parlamentar como senadora. “Macri é o diretor da orquestra
(https://www.lanacion.com.ar/2089693-macri-es-el-director-de-la-orquesta-y-
-bonadio-ejecuta) e Bonadio executa a partitura”, disse Cristina na época.

3. Demissões e expulsões de jornalistas

Em janeiro de 2016, o jornalista Victor Hugo Morales, um dos mais in�uentes do


país, foi demitido (http://www.perfil.com/noticias/medios/victor-hugo-morales-
anuncio-que-lo-echaron-de-radio-continental-0111-0008.phtml) da rádio
Continental. “Isso ocorre em um contexto onde a situação é avassaladora, sufocante
e terrível para a democracia e para a liberdade de expressão na República
Argentina”, disse Victor Hugo. Em meados de 2017, o principal programa de
oposição ao governo, Economia Política, foi retirado do ar, e seu âncora, o jornalista
Roberto Navarro, foi afastado do canal C5N (https://www.eldestapeweb.com/el-
comunicado-roberto-navarro-su-despido-c5n-n33588). Não por acaso, era o
programa político de maior público na televisão argentina. “O governo conseguiu
que me demitissem”, acusou o jornalista. Hoje seu programa pode ser visto através
de um canal no YouTube (https://www.youtube.com/channel
/UCqAGrfJmGqeO4z6vU8f1JFA). Quem seguiu seus passos e também foi afastado do
canal televisivo (http://www.perfil.com/noticias/politica/victor-hugo-denuncio-
que-lo-echaron-de-c5n-por-su-linea-editorial.phtml) foi o colega de Navarro, o
mesmo Victor Hugo Morales que levou um pé na bunda da rádio Continental. Ou
seja, como se não bastasse tê-lo tirado das rádios, agora ficava fora também da
televisão. Morales retornou à TV há poucas semanas. Nesta mesma semana seu
apartamento sofreu uma invasão (http://www.perfil.com/noticias/medios/allanan-
el-departamento-de-victor-hugo-morales.phtml) por ordens da Justiça. Em
dezembro do ano passado, antes da reunião da OMC (Organização Mundial do
Comércio), o governo Macri expulsou do país (http://portalimprensa.com.br/notici-
as/internacional/80013/argentina expulsa jornalista britanica e ativista noruegues
do pais) a jornalista britânica Sally Burch, acusando-a de defender “manifestações
violentas” durante o encontro, embora a própria OMC tenha desaconselhado o
governo a tomar tal atitude. “Essa não é uma atitude muito democrática do governo
argentino”, disse a jornalista. Além de Burch, o ativista norueguês Petter Titland
também foi impedido de entrar no país e foi enviado ao Brasil direto do aeroporto.
A embaixada da Noruega protestou. “A decisão argentina, infelizmente, manda um
sinal errado”, disse Guri Solberg, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

4. Disputa por comida

No ano passado, a cesta básica dos argentinos aumentou mais que a in�ação


(https://tn.com.ar/economia/la-canasta-basica-para-no-caer-en-la-indigencia-
aumento-mas-que-la-in�acion-en-2017_847536). Como sinal de protesto pelos
aumentos sofridos nas tarifas de luz, gás e água, agricultores e panificadores
realizaram os respectivos “Verdurazo” e “Panazo”, distribuindo às pessoas seus
produtos. As cenas que se viram foram muito tristes. Filas desde as 4 horas
(https://diariohoy.net/politica/cuatro-cuadras-de-cola-para-pedir-verduras-
119474) da manhã, com a presença de muitos aposentados que aguardavam para
poder levar para casa um molho de alface ou meio quilo de pão. Ano passado,
outro “Verdurazo” (https://www.pagina12.com.ar/85343-un-verdurazo-para-
ayudar-a-los-jubilados) já tinha acontecido para ajudar, principalmente, os
aposentados, quando foi aprovada a reforma da previdência que os prejudicava
diretamente.
Martín Fernández
@Martincho78

La semana pasada fue el "verdurazo", jubilados haciendo cola


desde las 4am para poder hacerse una sopa. Mañana se viene
el "panazo", y voy a volver a ver lo mismo, o peor seguramente.
Estamos viendo la pobreza extrema todos los días, que
estamos esperando para salir a las calles?
14:41 - 24 de abr de 2018

6 Veja outros Tweets de Martín Fernández

5. Repressão a manifestações

“Você vai para o Canadá e, a verdade é que, se um grupo de pessoas gera tal nível de
violência, as forças de segurança atuam tirando esta gente da rua como têm que
tirar. Se não conseguem, imediatamente passa um caminhão-pipa com mangueiras
de água. E depois uma bala de borracha na perna. Não sei como é, mas seguem um
protocolo”, sustentou a vice-presidenta Gabriela Michetti ao defender a repressão
aos protestos contra a reforma da Previdência.
AJ+ Español
@ajplusespanol

A las protestas contra la reforma a las pensiones asistieron


hasta los jubilados, porque tenían algo que decir
20:04 - 19 de dez de 2017

69 82 pessoas estão falando sobre isso

A repressão de dezembro foi feroz. Ao menos três pessoas perderam um dos olhos


(https://www.pagina12.com.ar/83897-las-heridas-que-dejo-la-represion) atingidas
por balas de borracha, apesar de os próprios fabricantes do artefato
(https://www.cartacapital.com.br/internacional/pimenta-nos-olhos) recomendem
mirar nas pernas. Também sofreram o mesmo tipo de abuso deputados nacionais
da oposição, que foram atacados com gás lacrimogêneo (https://www.cronista.com
/economiapolitica/Gas-pimienta-en-la-cara-de-una-diputada-y-un-legislador-
desmayado-de-un-golpe-20171214-0095.html) e muita pancadaria.

6. Atentados aos Direitos Humanos

De exemplo em matéria de Direitos Humanos, a Argentina passou a ser agora ques-


tionado (https://www.oas.org/es/cidh/decisiones/pdf/2018/2-18MC564-17-AR-
levantamiento.pdf) por organismos nacionais e internacionais. O caso de Santiago
Maldonado (http://www.socialistamorena.com.br/santiago-maldonado-o-
-primeiro-desaparecido-politico-da-era-macri/), de 28 anos, que apareceu afogado
(http://www.socialistamorena.com.br/o-desaparecido-da-era-macri-familia-de-
santiago-cre-que-cadaver-achado-foi-plantado/) após uma busca que durou 80
dias, ocorreu em seguida à ordem dada à gendarmeria para reprimirem um
bloqueio de estrada que derivou na posterior morte de Santiago. Ao de Maldonado,
seguiu-se o caso de Rafael Nahuel (https://www.infobae.com/sociedad/policiales
/2018/03/22/muerte-de-rafael-nahuel-prefectura-disparo-al-menos-114-veces-y-
-hay-cinco-agentes-bajo-sospecha/), de 22 anos, morto com um tiro nas costas pela
Prefectura Naval Argentina, uma polícia que cuida da segurança das águas. A
ministra de Segurança, Patricia Bullrich, declarou no dia seguinte que sua morte se
deu num contexto de “confronto”, mesmo eufemismo que a mídia brasileira utiliza
para ocultar os abusos policiais contra manifestantes. Meses depois, as perícias
determinariam que Nahuel não tinha restos de pólvora em suas mãos
(https://www.eldestapeweb.com/rafael-nahuel-segun-las-pericias-no-tenia-
rastros-polvora-la-mano-n41113). A isto se soma a morte do menino Facundo
Ferreira, de apenas 11 anos, assassinado com uma bala na nuca pela polícia.
Jaime
@Konspyrenayko

La Policía de Macri ha asesinado de un tiro en la cabeza a


Facundo, un niño de 11 años en Tucumán. No lo habéis visto
en las noticias porque no es Venezuela.
04:56 - 11 de mar de 2018

1.347 2.645 pessoas estão falando sobre isso

Mais uma vez, justificaram que houve confronto, como disse o chefe de gabinete de
Macri, Marcos Peña. Meses depois, um dos policiais investigados no caso não
conseguiu passar no teste de doping (http://www.perfil.com/noticias/policia/dio-
positivo-en-cocaina-y-marihuana-el-policia-que-mato-al-nene-de-12-anos.phtml).
Também deve-se destacar que o presidente Macri recebeu na Casa Rosada ninguém
menos que o policial Chocobar, afastado  por matar um delinquente. O presidente
recebeu-o como um herói. No vídeo se vê claramente como o policial fuzila pelas
costas o homem, a apenas 10 metros de distancia. Chocobar está sendo processado
por homicídio qualificado.

Documento: así le disparaba Chocobar al ladrón – Telefe Noticias

7. Incertezas econômica e financeira

Enquanto ostenta o triste recorde de ser a moeda mais desvalorizada do mundo em


2018 (http://www.socialistamorena.com.br/forbes-sobre-o-fracasso-economico-
do-direitista-macri-e-hora-de-cair-fora-da-argentina/), a crise econômica parece
não ter fim. Com um dólar que não para de subir (30% de desvalorização acumulada
no ano), uma in�ação sem controle que já atinge o 9,4% no primeiro quadrimestre
(e que o governo projetara em 15% ao ano) e, como se não bastasse, o retorno ao
FMI após 15 anos (http://www.socialistamorena.com.br/vai-para-argentina-macri-
faz-pais-bater-as-portas-do-fmi-apos-15-anos/), não há expectativas nem de
crescimento nem de melhoras a curto prazo, ao contrário. Vale destacar que nem os
próprios funcionários do governo apostam no país (http://noticias.perfil.com
/2017/08/06/los-cinco-ministros-del-gobierno-con-mas-plata-en-el-exterior/), já
que mantêm seu dinheiro no exterior, como o Ministro de Energia, Jose
Aranguren, que declarou (https://www.clarin.com/economia/juan-jose-aranguren-
sigo-dinero-afuera_0_S15Uk_9cG.html): “Sigo mantendo meu dinheiro fora. À
medida que recuperemos a confiança na Argentina, regressaremos com este
dinheiro”. Outro exemplo vem do Ministro da Fazenda, Nicolás Dujovne, que
mantém 83% de seu patrimônio no exterior (http://www.perfil.com/noticias
/politica/dujovne-un-funcionario-tiene-derecho-a-tener-su-dinero-en-el-
exterior.phtml).  Se eles mesmos não confiam, o que sobra para os demais?

8. Tarifas de gás, luz y água impagáveis

A mídia comercial brasileira vive falando sobre o preço dos celulares e dos serviços
públicos na Venezuela, e o custo de vida na Argentina de Macri não vira nem nota
de rodapé nos jornais. O “Tarifazo” que impôs o governo chega a níveis exorbitantes
dependendo de onde se viva ou tenha seu negócio. Em alguns casos, a conta de
luz chega a ser maior que o próprio aluguel (http://www.socialistamorena.com.br
/nosso-futuro-energia-eletrica-pode-custar-mais-que-o-aluguel-na-argentina/).
Há várias histórias que mostram como o povo argentino está sofrendo com a perda
de poder aquisitivo, a maior da América do Sul. Uma senhora de Buenos Aires, Eva,
de 91 anos, sofreu um corte de luz por não poder pagar uma conta de 26 mil pesos, o
equivalente a quase 4 mil reais. Uma vizinha filmou tudo e a reação nas redes
sociais foi tão grande que acabaram religando o medidor.

Edenor le cortó la luz a una jubilada de 90 años


Outra mulher, desesperada porque sua luz foi cortada, decidiu protestar
literalmente jogando seu carro (https://www.cronica.com.ar/info-general/A-lo-
Relatos-Salvajes-le-cortaron-la-luz-y-estrello-su-auto-contra-la-proveedora-
20180515-0014.html) contra a empresa responsável, numa reação tresloucada que
foi comparada ao personagem de Ricardo Darín no filme Relatos Selvagens.

Foto: Reprodução Facebook

*Publicado originalmente no blog da Socialista Morena (http://www.socialistamo-


rena.com.br/8-problemas-da-argentina-de-macri-que-disseram-voce-que-so-
acontecem-na-venezuela/)

Conteúdo Relacionado
(https://www.cartamaior.com.br/includes (https://www.cartamaior.com.br
 A crise brasileira e a
/controller.cfm?cm_conteudo_id=40368) "Foi um
/includes

dimensão de sombra movimento


/controller.cfm?cm_conteudo_id=40367

heterogêneo
demais em
sua
concepção
ideológica"

(https://www.cartamaior.com.br (https://www.cartamaior.com.br (https://www.cartamaior.com.br


Órfãos do PT
/includes Dois anos
/includes Morre o
/includes

aderem a depois: dez


/controller.cfm?cm_conteudo_id=40364
/controller.cfm?cm_conteudo_id=40357
terrorista
/controller.cfm?cm_conteudo_id=40349

manifesto argumentos Luis Posada


pró-Boulos para Carriles
compreender
o golpe
jurídico-

REDES SOCIAIS CADASTRE-SE

Receba nosso boletim


Carta Maior é o Portal da  Twitter
Esquerda brasileira e (http://twitter.com
referência de informação /cartamaior) Digite seu E-mail 
de qualidade na internet.
O que veicula é fruto de  Youtube

uma consciência e visão (https://www.youtube.com


coletiva de /user/tvcartamaior)
mundo assumida, o que
faculta ao leitor formar
 Facebook
(http://www.facebook.com
sua própria opinião.
/pages/Carta-
Maior/194552750585551)

QUEM SOMOS | CONTATO | EXPEDIENTE

S-ar putea să vă placă și