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monergismo.

com

Re . E erton Barcelos Tokashiki


1 . Título

Geralm ente esta seção do AT é com um ente conhecido com o Toráh (Lei). O substantiv o toráh se deriv a
da raiz y arah, “lançar” ou “projetar”, e significa orientação, lei, instrução. Edward J. Young observ a que

com o designação dos cinco prim eiros liv ros da Bíblia, esse term o é em pregado em sentido m ais restrito para
destacar o elem ento legal que form a tão grande porção desses liv ros. Esse em prego do term o, porém , não
exclui as seções históricas ou de narrativ a; antes, inclui-as, v isto que form am o segundo plano ou arcabouço
apropriado para a legislação.

A palav ra “Pentateuco” é um a deriv ação de duas palav ras gregas “pente” (cinco) e “teuchos” (v olum e).
Seu prim eiro uso se encontra, talv ez, nos escritos de Orígenes, a respeito de Jo 4 :2 5, “do Pentateuco de Moisés”.

No AT o Pentateuco é cham ado de:

1 .Lei: Js 8:3 4 ; Ed 1 0:3 ; Ne 8:2 ,7 ,1 4 ; 1 0:3 4 ,3 6 ; 1 2 :4 4 ; 1 3 :3 ; 2 Cr 1 4 :4 ; 3 1 :2 1 ; 3 3 :8.

2 .Livro da Lei: s 1 :8; 8:3 4 ; 2 Rs 2 2 :8; Ne 8:3 .

3 .Livro da Lei de Moisés: Js 8:3 1 ; 2 3 :6 ; 2 Rs 1 4 :6 ; Ne 8:1 .

4 .Livro de Moisés: Ed 6 :1 8; Ne 1 3 :1 ; 2 Cr 2 5:4 ; 3 5:1 2 .

5.Livro do Senhor: Ed 7 :1 0; 1 Cr 1 6 :4 0; 2 Cr 3 1 :3 ; 3 5:2 6 .

6 .Lei de Deus: Js 2 4 :2 6 ; Ne 8:1 8.

7 .Livro da Lei de Deus: Js 2 4 :2 6 ; Ne 8:1 8.

8.Livro da Lei do Senhor: 2 Cr 1 7 :9 ; 3 4 :1 4 .

9 .Livro da Lei do Senhor seu Deus: Ne 9 :3 .

1 0.Livro de Moisés, servo de Deus: Dn 9 :1 1 , 1 3 ; Ml 4 :4 .

No NT o Pentateuco é cham ado de:

1 .Liv ro da Lei: Gl 3 :1 0.

2 .Liv ro de Moisés: Mc 1 2 :2 6 .

3 .Lei: Mt 1 2 :5; Lc 1 6 :1 6 ; Jo 7 :1 9 .

4 .Lei de Moisés: Lc 2 :2 2 ; Jo 7 :2 3 .

5.Lei do Senhor: Lc 2 :2 3 -2 4 .

2 . Autoria do Pentateuco

O Pentateuco é um a obra contínua, com pleta, produzida por um só autor inspirado. É possív el que se
tenha feito o uso de fontes orais e escritas sob orientação div ina.

2 .1 . Negação da Autoria Mosaica

2 .1 .1 .Origem do Desenv olv im ento da Teoria Docum entária

Alguns m ov im entos com o o Deísm o e Racionalism o forneceram o cenário, e contribuíram para o


surgim ento da Teoria Docum entária. Estas duas correntes de pensam ento, em bora diferentes, concordam
num a coisa: a negação de um a relação sobrenatural de Deus com o hom em .

Negando a prem issa sobrenatural, não se pode sustentar a doutrina da inspiração, profecias, a prov idência
div ina, etc. A Bíblia torna-se um liv ro m eram ente hum ano. Foi quando com eçaram a questionar a autoria
m osaica, e a sua data de escrita, com o tam bém a v eracidade de seu conteúdo.

Thom as Hobbes em sua obra Leviathan (1 6 51 ) afirm ou que o Pentateuco hav ia sido editado por Esdras a
partir de fontes antigas.

Benedicto Spinoza declarou em Tractatus Theologico-Politicus (1 6 7 0) que Esdras hav ia editado o


Pentateuco com interpolação de Deuteronôm io, questionando a autoria m osaica.

2 .1 .2 .Teoria Docum entária Prim itiv a

Jean Astruc, m édico francês, foi o prim eiro a dar expressão literária a essa teoria (em 1 7 53 ). Lim itou
suas dúv idas apenas a autoria de Gn 1 . Sua tese era que Moisés hav ia com pilado o liv ro de Gênesis a partir de
duas m em órias (m em oires), e outros docum entos m enores. Astruc identificou 2 fontes principais: Fonte A,
com o uso da palav ra Elohim , e fonte B, o uso da palav ra Yahweh. Todav ia, aceita Moisés com o autor do liv ro
todo. Alegav a ter encontrado em Gênesis m ais de dez fontes e outras interpolações textuais!

Johann G. Eichorn em sua Einleitung (1 7 80-1 7 83 ), expandiu as idéias de Astruc a todo o Pentateuco e
não apenas a Gênesis. Negou a autoria m osaica. Div idiu Gn e x 1 -2 em fontes designadas J e E, e afirm ou que
estas foram editadas por um autor desconhecido.

2 .1 .3 .Teoria Fragm entária

Alexander Geddes, padre católico escocês, inv estigou as “m em oires” de Astruc. Em 1 7 9 2 -1 800
desenv olv eu a teoria fragm entária. Segundo a Teoria Fragm entária o Pentateuco consiste em fragm entos
lendários, desconexos entre si e de m uitos autores desconhecidos, m as possuindo apenas um redator. Foi o
prim eiro a sugerir a existência de um Hexateuco. Segundo Geddes o Pentateuco foi com pilado por um redator
desconhecido a partir de num erosos fragm entos que tiv eram sua origem em círculos diferentes, um elohístico,
e o outro jav ístico. A data da com posição final do “Hexateuco” teria ocorrido em Jerusalém , durante o reinado
de Salom ão.

J. Vater (1 802 -1 805) fez a div isão do Pentateuco em 3 9 fragm entos. A data da com posição final do
Pentateuco foi no exílio babilônico, sendo que nesta época adquiriu a form a que hoje conhecem os.

A.T. Hartm ann foi o prim eiro a dizer que a escrita era desconhecida no tem po de Moisés entre os
israelitas (1 83 1 ). Segundo ele, o Pentateuco era constituído de um grande núm ero de pequenos docum entos
pós-m osaicos, a que foram feitas adições, de tem pos em tem pos, até se tornarem nos cinco liv ros. Considerav a o
Pentateuco com o lenda e m ito.

2 .1 .4 .Teoria suplem entar

Wilhelm M. L. De Wette (1 7 80-1 84 9 ) em 1 805 escrev eu um liv ro, acerca de Deuteronôm io, dando este
liv ro com o pertencente ao tem po de Josias e escrito um pouco antes da sua reform a religiosa, em 6 2 1 a.C.

Heinrich Ewald (+ 1 87 5) rejeitou a autoria m osaica. Segundo ele o Pentateuco é com posto de m uitos
docum entos, m as enfatizando o docum ento E com o sendo básico.

Tuch foi quem deu expressão clássica à teoria. Deu ênfase a dois docum entos básicos, o E e o J, tendo
datado o E no tem po de Saul, e o J no tem po de Salom ão.

Representa um a v olta a Teoria Docum entária prim itiv a. Segundo essa teoria, o docum ento básico, original
era um só, o docum ento E (elohista), com binado com um suplem ento principal que era o docum ento J
(jeov ísta) form av am a base para o Pentateuco. No decorrer dos séculos nov as adições foram feitas a estes
docum entos, term inando na cristalização do atual conjunto de cinco liv ros. Todos estes críticos negaram a
autoria m osaica do Pentateuco.

2 .1 .5.Teoria Docum entária Modificada

Esta teoria defende que de três a quatro docum entos principais e contínuos foram com binados por um
redator.

Herm ann Hupfeldt, em 1 853 , ensinou que, além do Deuteronôm io, hav ia três docum entos contínuos
que eram J,E1 e E2 , com binados por um único redator.

E. Riehm (1 854 ) defendeu que os docum entos contínuos eram quatro e não três. Foi o prim eiro a
apresentar um quarto docum ento principal, cham ado D. A form a dos docum entos seria E1 , E2 , J, D.

2 .1 .6 .Teoria Docum ental em seu Estado Final

Segundo esta teoria, quatro ou cinco docum entos principais, m ais outros docum entos secundários foram
com binados por quatro redatores principais e m ais outros redatores secundários.

Reuss (1 850) acreditav a em cinco docum entos principais J, E1 , E2 , d, P. Foi o prim eiro a sugerir o
docum ento P com o sendo docum ento básico e tam bém com o sendo o últim o deles. Atribuiu ao tem po de Esdras
com o data final da redação do Pentateuco.

Karl H. Graff, em 1 86 5, afirm ou a literatura de xodo, Lev ítico e Núm eros, não pertencia ao período de
Josias, m as ao cativ eiro babilônico. Rejeitou o docum ento E1 com o sendo um docum ento independente. Para
ele o E1 é igual ao P, um docum ento procedente do período do reinado de Josias. Para Graff a ordem dos
docum entos seria P–histórico, E, J, D, P-legal.

Abraham Kuenen (1 86 9 -1 87 0) desenv olv eu a teoria de Graff e a difundiu, principalm ente na


Alem anha. Em sua obra “A Religião de Israel” (1 86 9 ) argum entou que o P-histórico não poderia ser separado
do docum ento P-legal. Sua teoria resultou em J, E, D, P.

Julius Wellhausen foi quem deu um a popular form ulação literária à teoria, em sua obra Die
Composition dês Hexateuchs, em 1 87 6 . Com ele a teoria adquiriu o nom e de Graff-Kuenen-Wellhausen.
Causou um grande im pulso ao criticism o m oderno.

2 .1 .7 .Teoria Docum entária no Século XX

Herm an Gunkel (1 86 2 -1 9 3 2 ) e Hugo Gressm ann (1 87 7 -1 9 2 7 ) posicionaram -se contra as tendências do


wellhausenism o clássico. Os grandes expoentes na crítica das fontes. Defendiam a necessidade de se descobrir o
Sitz im Leben (contexto v ital). Com paração com a m itologia antiga.
Otto Eissfeldt em sua Einleitung in das Alte Testament (1 9 3 4 ) defendia a classificação da literatura do AT
em v ários gêneros e categorias. Tenta traçar o desenv olv im ento (a influência pré-história literária) dos
diferentes docum entos. Propõem a existência de um docum ento L (fonte leiga). Não possui um a concepção
adequada da rev elação, considera a literatura do AT com o de origem m eram ente hum ana.

R.H. Pfeiffer em I ntroduction to the Old Testament (1 9 4 1 ) m ostra erudição e apologia, basicam ente anti-
cristã. Ensinou a existência de um docum ento S (Sul ou Seir), m as obtev e aceitação popular. Nega a
rev elação, m ilagres, etc., segundo Pfeiffer estas são cousas subjetiv as, sem prov a científica.

Gerhard Von Rad (1 9 3 4 ) defendeu a existência de m ais dois docum entos Pa e Pb. Propôs a teoria do
Hexateuco.

Aage Bentzen publicou em 1 9 4 1 um a obra que esposa o m étodo histórico-crítico que presta dedicada
atenção ao estudo das supostas form as da literatura do AT.

Atualm ente o liberalism o predom ina nos estudos do AT em todo o m undo. Todav ia, há v ozes
conserv adoras que se fazem ouv ir com v asta erudição. Tem os em português algum as obras acadêm icas
publicas sobre IAT:

1 .Liberais: Negam a unidade e autoria m osaica

1 .1 . Klaus Hom burg, I ntrodução ao AT, Ed. Sinodal, 1 9 81

1 .2 . Aage Bentzen, I ntrodução ao AT, ASTE, 1 9 6 8, 2 v ols

1 .3 . E. Sellin & G. Fohrer, I ntrodução ao Antigo Testamento, Ed. Paulinas, 1 9 7 8, 2 v ols.

1 .4 . Werner H.Schm idt, I ntrodução ao AT, Ed. Sinodal.

2 .Conserv adores: confirm am a unidade e autoria m osaica

1 .1 . Edward J. Young, I ntrodução ao AT, Ed. Vida Nov a, 1 9 6 4

1 .2 . Cly de T. Francisco, I ntrodução do VT, JUERP, 1 9 6 9

1 .3 . Gleason L. Archer, Merece Confiança o AT?, Ed. Vida Nov a, 1 9 9 1

1 .4 . Stanley A. Ellisen, Conheça Melhor o AT, Ed. Vida, 1 9 9 6

1 .5. W.S. Lasor, D.A. Hubbard & F.W. Bush, I ntrodução ao AT, Ed. Vida Nov a, 1 9 9 9 (conserv ador?)

É necessário fazerm os um a brev e observ ação a título de orientação. A “Introdução ao Antigo


Testam ento” de Lasor, Hubbard e Bush, recentem ente editada (1 9 9 9 ), pela Ediç es Vida Nova, dev e ser
estudada com ressalv as. Em bora, seja indicado “para alunos, professores e estudiosos ev angélicos
conserv adores” e os três autores pertencessem ao renom ado Sem inário Teológico Fuller de seguim ento
conserv ador. Esta obra não pode ser considerada com o totalm ente conserv adora, por alguns m otiv os m uito
relev antes:

1 .Nega a autoria fundam ental de Moisés, pág.1 0;

2 .Adota a “teoria docum entária” proposta pelo teólogo liberal alem ão Martin Noth, cham ada “Tetrateuco”
(Gn, x, Lv , Nm ) e “História Deuterom ística” (Dt, Js, Jz, Sm , Rs), págs.1 1 -1 4 ;

3 .Defende um a “unidade tem ática-histórica”, pág.3 -6 , e um a “unidade estrutural”, págs.1 4 -1 5, m as não


“literária-textual”;

4 .Adota o pressuposto ev olucionista hegeliano, pág.1 0;

5.Enfatiza que a form ação do Pentateuco “é um a antologia literária” e o produto de “com unidade de fiéis ao
longo de m uitos séculos”(p.1 4 ).

6 .Aceita com o prem issa a teoria da “crítica canônica” de B.S. Childs (neo-ortodoxo). Afirm a que o im portante
é o produto final (i.é., o cânon, pág.1 4 ), sem im portar com o m étodo utilizado, em bora, não rejeita os
pressupostos e m étodos básicos da teoria docum entária de Martin Noth (v eja as notas 1 7 -1 9 , na pág. 7 54 da
obra).

2 .1 .8. Características dos “supostos” docum entos

Resum idam ente, segue abaixo um resum o sobre os supostos docum entos que com põe o Pentateuco,
segundo os adeptos da teoria docum entária.

Documento J (Jeov á, Jeov ista)

1 .Data: 9 50 ou 850 a.C.

2 .Local escrita: Judá

3 .Autoria: é atribuído a um historiador desconhecido, pertencente ao reino do Sul

4 .Conteúdo: com eça com a criação e v ai até o fim do reino de Dav i (Gn 2 a Nm 2 2 -2 4 ).

5.Natureza: um a coleção de literatura épica, dem onstrando forte sentim ento nacionalista. Contém
dram atização v ív ida, apresentações antropom órficas de Deus, em que Deus é descrito em term os hum anos.
Prefere usar o nom e Yahweh para Deus. Ressalta a continuidade do propósito de Deus desde a criação,
passando pelos patriarcas, até o papel de Israel com o seu pov o. Essa continuidade lev a ao estabelecim ento da
m onarquia com Dav i.

Documento E (Elohista)

1 .Data: 850 ou 7 50 a.C.

2 .Autoria: atribuída a um sacerdote desconhecido de Betel (Reino do Norte), ou a um profeta, sob a influência
de Elias.

3 .Local escrita: Efraim

4 .Conteúdo: com eça com Abraão e term ina com Josué

5.Natureza: Usa-se a história na form a épica. Este docum ento possui um a v ariedade de detalhes, grande
interesse no ritual e um a teologia m ais abstrata, que ev ita antropom orfism o e usa v isões e anjos com o m eios
de rev elação. É a narrativ a da tradição de Israel (reino do Norte) em paralelo com docum ente J. Prefere
Elohim com o nom e de Deus até a rev elação de seu nom e Yahweh a Moisés ( x 3 ), depois disso passa a
em pregar am bos os nom es de Deus.

Documento D (Deuteronom ista)

1 .Data: 6 50 a.C.

2 .Autoria: atribuída a um sacerdote desconhecido.


3 .Local escrita: Jerusalém

4 .Conteúdo: é o m aterial núcleo do liv ro de Deuteronôm io

5.Natureza: tem interesse teológico pelo Tem plo de Jerusalém , e forte oposição contra a idolatria. O estilo
literário é prosaico, prolixo, paranético (repleto de exortações ou conselhos). Seria o tal liv ro descoberto no
reinado do rei Josias no ano 6 2 1 a.C.

Documento (do inglês Priestly [Sacerdotal])

1 .Data: 52 5 ou 4 50 a.C.

2 .Autoria: desconhecida

3 .Conteúdo: com posto de tradições m osaicas antigas depois do Exílio.

2 .2 . Um a av aliação crítica da Teoria Docum entária.

Dev em os considerar algum as im plicações da Teoria Docum entária em afirm ar a form ação final do Pentateuco
num período pós-exílico (entre 500-4 00 a.C.), quando a religião de Israel já estav a bem desenv olv ida.

1 .A Teoria Docum entária não prov a a não autoria de Moisés. Falando francam ente, esta teoria nem sequer
conseguiu prov ar a sua própria v eracidade científica, para tirar de sobre si o estigm a de “teoria” a que está
v inculada durante todos esses séculos.

2 .Mesm o entre os adeptos desta teoria não há concordância acerca da identificação e classificação dos textos e
dos grupos docum entais a que eles supostam ente pertencem .

3 .Aceitar a teoria JEDP anula a credibilidade do Pentateuco. Segundo a Teoria Docum entária a história
bíblica é forjada. O Dt foi inv entado pelos profetas para reforçar a idéia da centralização. O uso do nom e de
Moisés no Pentateuco, era sim plesm ente para dar autoridade ao texto, m as ele nada tinha a v er com a
com posição histórica do m esm o. O docum ento P, com posto para assegurar a aceitação do sistem a sacerdotal
por parte do pov o, fora baseado em lendas e crendices folclóricas. Com o observ a Stanley A. Ellisen “rejeitar a
autoria de Moisés é rejeitar o testem unho univ ersal dos escritores bíblicos e solapar a credibilidade do
Pentateuco e do resto da Bíblia. É da autoria de Moisés, e não apenas um ‘m osaico’ de diferentes”.

4 .Retira todo o caráter norm ativ o do Pentateuco. Não teria qualquer v alor para o pov o da época, já que nada
acrescentaria ao judaísm o. Se o Pentateuco fosse apenas um produto de um a religião tardiam ente
desenv olv ida, e não o princípio regulador, não faria sentido cham á-lo de “a Lei”. Se ele não foi o princípio
regulador para os prim eiros leitores, não teria v alor algum para os crentes de outras épocas, um a v ez que os
conceitos hum anos m udam e o que não foi norm ativ o para um pov o, pode não ser para outro.

5.Inv alida o esforço de com posição. O relato do Pentateuco é rico em detalhes e inform ações. Possui
inform ações das origens e desenv olv im ento dos pov os, em especial do pov o de Israel. Os supostos autores
teriam se dado a um im enso trabalho de im aginação para sim plesm ente m anter um a ordem que já estav a
estabelecida.

6 .Dev em os considerar a ausência de ev idências histórica, ou m anuscritológicas, de que estes supostos


docum entos (JEDP) tenham circulado em algum período soltos uns dos outros.

7 .Considera o autor m al intencionado. A Teoria Docum entária im plica que um autor (ou autores), com um
sentim ento profundam ente religioso e com o intuito de conduzir o pov o diante de Deus, tenha se rebaixado a
abandonar v alores que quer ensinar e redigir um a m entira, colocando na boca de Deus, o que Ele não disse,
inv entando “estórias” e fazendo com que todos a considerassem com o v erdadeiras!

8.Im possibilidade do sobrenatural no AT. Conseqüentem ente a interv enção div ina é negada: rev elação,
inspiração, encarnação, m ilagres, etc.

9 .Negação da rev elação especial. A Bíblia torna-se m eram ente um a referência literária sem ítica. Um liv ro
antigo com o outro qualquer, deixando de ser a auto-rev elação proposicional de Deus.

2 .3 . Argum entos em fav or da Autoria Mosaica do Pentateuco

Não há no Pentateuco um a declaração objetiv a de que Moisés tenha escrito o Pentateuco. Todav ia, há
um testem unho suficiente, que apóia a sua autoria.

A ausência do nom e do autor harm oniza-se com a prática do AT em particular, e com as obras literárias
antigas em geral. No antigo Oriente Médio, o “autor” era basicam ente um preserv ador do passado, lim itando-
se ao uso de m aterial e m etodologia tradicionais, conform e já foi observ ado.

2 .3 .1 . Ev idências Internas

1 . x 1 7 :1 4 indica que Moisés estav a em condições de escrev er.

2 . x 2 4 :4 -8 refere ao “Liv ro da Aliança” ( x 2 1 :2 -2 3 ,3 3 ).

3 . x 3 4 :2 7 pela segunda v ez a ordem de escrev er. Refere-se a x 3 4 :1 0-2 6 , o 2 º Decálogo.

4 .Nm 3 3 :1 -2 Moisés anotou a lista das paradas desde o Egito até Moabe (cam inhada pelo deserto).

5.Dt 3 1 :9 ,2 4 referência aos 4 liv ros anteriores do Pentateuco.

6 .Dt 3 1 :2 2 refere-se a Dt 3 2 .

7 .Narra detalhes de um a testem unha ocular. O núm ero de fontes e palm eiras ( x 1 5:2 7 ), a aparência e
paladar do m aná (Nm 1 1 :7 -8).

8.Em Gn e x, o autor exprim e um detalhado conhecim ento do Egito, e do percurso do êxodo.

9 .Conhecim ento de palav ras e nom es egípcios. O autor possuí um a noção estrangeira da Palestina. Os term os
usados para as estações, tem po, fauna, flora são egípcios, não palestinos. O autor estav a fam iliarizado com a
geografia egípcia e sinaítica. Menciona quase nada sobre a geografia palestina, o que ev idencia seu pouco
conhecim ento da região.

2 .3 .2 . Ev idências Externas

1 .Liv ro de Josué repleto de referências a Moisés com o autor do Pentateuco Js 1 :7 -8; 8:3 1 ; 2 2 :9 ; 2 3 :6 ; etc.

2 .Jz 3 :4 declara “...por interm édio de Moisés.”

3 .Expressões freqüentes nos liv ros históricos: “lei de Moisés”, “liv ro da lei de Moisés”, “liv ro de Moisés”, etc. 1
Rs 2 :3 ; 2 Rs 1 4 :6 ; 2 1 :8; Ed 6 :1 8; Ne 1 3 :1 ; etc.

2 .3 .3 . Ev idências do NT

1 .Cristo m enciona passagens do Pentateuco com o sendo de Moisés. Mt 1 9 :8; Mc 1 0:4 -5.
2 .O texto sobre a circuncisão (Gn 1 7 :1 2 ) m encionado no NT (Jo 7 :2 3 ) com o fazendo parte da Lei de Moisés.

3 .Restante do NT em harm onia com Cristo. At 3 :2 2 -2 3 ; 1 3 :3 8-3 9 ; 1 5:5,2 1 ; 2 6 :2 2 ; 2 8:2 3 ; Rm 1 0:5,1 9 ; 1 Co


9 :9 ; 2 Co 3 :1 5; Ap 1 5:3 .

2 .3 .4 . Moisés Era Qualificado Para Escrev er o Pentateuco

Alguns críticos questionam não som ente a autoria de Moisés, m as inclusiv e até m esm o a sua
historicidade. Acham inconcebív el com o tam anhos desastres puderam atingir um pov o tão desenv olv ido e
organizado, com o eram os egípcios, e ainda assim não existir nenhum registro desses fatos? Respondem os
m encionando a contribuição do arqueólogo Alan Millard que declara

os faraós, e isso não é surpresa, não apresentam descrições das derrotas sofridas diante dos seus v assalos ou
sucessores. Se os m onum entos reais não podem ajudar, os distúrbios v iv idos pelo Egito com as pragas e a perda
da m ão-de-obra poderiam ter gerado m udanças adm inistrativ as. Com o qualquer estado centralizado, o
gov erno do Egito consum ia grandes quantidades de papel (papiro), e boa parte da docum entação era
arquiv ada para consulta. Mas isso tam bém não ajuda, pois, com o já v im os, praticam ente todos os docum entos
pereceram , e a probabilidade de recuperar algum que m encione Moisés ou as ativ idades dos israelitas no Egito
é risív el.

Moisés é reconhecido com o o hom em erudito na antigüidade bíblica. Nos dias de Moisés o Egito era a m aior
civ ilização do m undo, tanto em dom ínio, construções e conhecim ento. Moisés tev e a oportunidade de ter sido
educado na corte real egípcia, recebendo a instrução de disciplinas acadêm icas que no Egito já eram tão
desenv olv idas. Incluindo a arte da escrita, que há m uito tem po era usada, de com um uso dos egípcios,
inclusiv e entre os próprios escrav os.

Com o historiador, soube coletar as inform ações da rica tradição oral de seu pov o. Mas além da tradição oral,
Moisés dispôs, enquanto estev e no palácio real egípcio, do seu acerv o literário.

Era possuidor de um v asto e detalhado conhecim ento geográfico. O clim a, v egetação, a topografia, o deserto
tanto do Egito com o do Sinai, e os pov os circunv izinhos lhe eram fam iliares.

O m odo com o o autor do Pentateuco descrev e os ev entos e lugares, indica que ele não era palestino. Alguns
fatos contribuem para esta conclusão 1 ) conhecia lugares pelos nom es egípcios, 2 )usa um a porcentagem
m aior de palav ras egípcias do qualquer outra parte do AT, 3 ) as estações e tem po que se m encionam nas
narrativ as são geralm ente egípcias e não palestinas, 4 )a flora e a fauna descritas são egípcias, 5)os usos e
costum es relatados que o autor conhecia e eram com uns em seus dias.

Moisés com o fundador da com unidade de Israel, tam bém exerceu o papel de legislador, educador, juiz,
m ediador, profeta, libertador, sacerdote, pastor, historiador, entre outros. Possuía v ários m otiv os, segundo as
funções que exerceu, para prov er ao seu pov o alicerces m orais concretos e religiosos, e era preciso registrar e
distribuir a Lei entre o pov o, de m odo que ela fosse acessív el a todos.

Com o escritor tev e tem po m ais que suficiente. O xodo durou quarenta árduos e longos anos de peregrinação
pelo deserto do Sinai. Apesar de sua ocupação ativ ista, este seria um tem po m ais do suficiente para que
pudesse escrev er todo o Pentateuco, e ainda se necessário alfabetizar todo o pov o.

Ele m esm o reiv indicou escrev er sob orientação de Deus ( x 1 7 :1 4 ; 3 4 :2 7 ; Dt 3 1 :9 , 2 4 ). Nenhum outro autor
da antiguidade foi assim identificado.

2 .3 .5. O Que se Entende Por Autoria Mosaica?


1 .Não significa que Moisés tenha pessoalm ente escrito originalmente cada palav ra do Pentateuco. Certam ente
ele lançou m ão da “tradição oral”;

2 .É possív el que ele tenha em pregado porções de docum entos prev iam ente existentes;

3 .Talv ez, tenha usado escribas ou am anuenses para escrev er;

4 .Moisés foi o autor fundam ental ou real do Pentateuco;

5.Sob a orientação div ina, talv ez, tenha hav ido pequenas adições secundárias posteriores, ou m esm o rev isões
(Dt 3 4 );

6 .Substancial e essencialm ente o Pentateuco é obra de Moisés. O Dr Wilson com enta “que o Pentateuco,
conform e se encontra, é histórico e data do tem po de Moisés; e que Moisés foi seu autor real, ainda que talv ez
tenha sido rev isado e editado por redatores posteriores, adições essas tão inspiradas e tão v erazes com o o
restante, não existe dúv ida.”

3 .Unidade

3 .1 . Unidade Literária/Textual

Pequenas adições e m udanças no Pentateuco podem ser adm itidas sem que se negue a unidade literária, e
autoria m osaica da obra.

Não há nenhum a ev idência história ou m anuscritológica que v ários redatores tenham “costurado” os liv ros
do Pentateuco. Não existe nenhum a ev idência que em algum período da história, o Pentateuco tenha
circulado com o “pedaços” (fontes JEDP), e que algum redator, ou redatores, tenha com pilado e dado sua
form ação final, com o propõe a teoria docum entária. Os rabinos judeus desconhecem tal coisa.

3 .2 . Unidade Histórica

O Pentateuco possui um a linha histórica que se desenv olv e. A ligação cronológica entre os cinco liv ros,
transm ite-nos a idéia de que, é som ente um liv ro de cinco capítulos. Podem os resum ir a história de Israel
registrada no Pentateuco da seguinte form a:

1 .Deus é o criador de toda a raça hum ana, e dela form ou para si um pov o.

2 .Deus escolheu Abraão e seus descendentes, e lhes prom eteu dar a terra de Canaã.

3 .Israel foi para o Egito, e caiu na escrav idão, da qual o Senhor os liv rou.

4 .Deus conduziu Israel a Canaã conform e prom eteu.

3 .3 . Unidade Tem ática

1 . Em Gn v em os a origem do univ erso e a aliança com Israel.

2 . Em x v em os a escravidão e libertação de Israel.

3 . Em Lv v em os a santificação de Israel.

4 . Em Nm v em os a recontagem do pov o de Israel.

5. Em Dt v em os a renovação da aliança com a nov a geração de Israel


4 . Div isões

O Pentateuco é um a unidade em cinco liv ros.

O pensam ento crítico m ais antigo defendia que Dt não term ina o Pentateuco, m as culm ina com o liv ro de
Josué. Esta tese form ulada por Julius Wellhausen e Gerhard Von Rad, é conhecida com o “teoria do
Hexateuco”(Gn+ x+ Lv + Nm + Dt+ Js).

O pensam ento crítico m ais recente defende que Dt é um a introdução teológica à subseqüente “História
Deuteronom ística”. Segundo a “História Deuteronom ística” o liv ro de Deuteronôm io faz parte de seqüência de
liv ros com pilados por redatores. Form ulada por Martin Noth:

Tetrateuco “História Deuteronom ística”

Gn x Lv Nm Dt Js Jz Sm Rs

As teorias críticas de G. Von Rad e Martin Noth negam tanto a autoria, quanto a unidade do
Pentateuco. Seguim os a div isão tradicional em cinco liv ros. Não há ev idência de que o Pentateuco tenha sido
“m utilado” ou “acrescentado” com o querem sustentar os defensores de um “Tetrateuco” ou “Hexateuco”.
Algum as ev idências da unidade estrutural dos cinco liv ros, ou Pentateuco:

1 . O Pentateuco Sam aritano

2 . A LXX

3 . Filo, filosófo judeu de Alexandria (Egito)

4 . Fláv io Josefo, historiador judeu

5. Designações judaicas posteriores se referiam ao Pentateuco com o “os cinco quintos da Lei” (Talm ud de
Jerusalém , Sanhedrin 1 0:1 e Koheleth rabba Ec 1 2 :1 1 ).

5. Esboço do Pentateuco

O Pentateuco é form ado por cinco liv ros que, juntos, abrangem um período de tem po que se estende desde a
Criação até a chegada do pov o de Israel aos lim ites de Canaã.

1 . História prim itiv a com um contexto histórico am plo....Gn 1 -1 1

2 . História dos Patriarcas...............................Gn 1 2 -50

3 . Opressão de Israel e preparativ os para o xodo........ x 1 -9

4 . O xodo e a chegada ao Sinai.......................... x 1 0-1 9

5. O Decálogo e o Pacto no Sinai......................... x 2 0-2 4

6 . Tabernáculo e o sacerdócio aarônico................... x 2 5-3 1

7 . A v iolação idolátrica do Pacto........................ x 3 2 -3 4

8. Acréscim o de leis acerca do Tabernáculo............... x 3 5-4 0

9 . A lei das oferendas...................................Lv 1 -7


1 0. Consagração dos sacerdotes e oferendas iniciais......Lv 8-1 0

1 1 . As leis da purificação...............................Lv 1 1 -1 5

1 2 . O Dia da Expiação....................................Lv 1 6

1 3 . Leis acerca da m oralidade e pureza...................Lv 1 7 -2 6

1 4 . Votos e dízim os......................................Lv 2 7

1 5. Censos e leis........................................Nm 1 -9

1 6 . A Viagem desde o Sinai até Cades-Barnéia.............Nm 1 0-2 0

1 7 . Peregrinações até Moabe..............................Nm 2 1 -3 6

1 8. Prim eiro discurso....................................Dt 1 -4

1 9 . Segundo discurso com um a introdução exortativ a.......Dt 5-1 1

2 0. Coleção de estatutos e direitos......................Dt 1 2 -2 6

2 1 . Maldições e Bênçãos..................................Dt 2 7 -3 0

2 2 . Ascensão de Josué e a m orte de Moisés................Dt 3 1 -3 4

6 . Im portância

6 .1 .Aspecto social

O Pentateuco funcionou com o um a constituição da teocracia de Israel. Antes de refletir os costum es


nacionais, o Pentateuco tencionou ditá-los. G.L. Archer escrev e que “estes seriam os alicerces m orais e
religiosos nos quais a sua nação hav eria de cum prir o seu destino”. Quando Deus deu a Moisés a Lei, Ele
forneceu o princípio regulador que nortearia toda um a nação.

6 .2 . Aspecto Científico

A origem do univ erso com um ato criativ o de Deus. O Mov im ento Criacionista tem desenv olv ido
argum entos consistentes num a tentativ a de explicar cientificam ente a origem do univ erso à partir de
pressupostos bíblicos encontrados, especialm ente, no liv ro de Gênesis . Apresenta Deus com o a “prim eira causa
eficiente”. Com o tam bém transform ações que podem ser explicadas pelo ev ento de um dilúv io univ ersal.

6 .3 . Aspecto Teológico

Raízes do Cristianism o e judaísm o estão profundam ente firm adas no Pentateuco. Tudo se firm a, ou tudo caí
com a autoridade do Pentateuco.

No Pentateuco encontram os inform ações e pressupostos para o desenv olv im ento da teologia. A origem do
univ erso, sobre a v ida hum ana, pecado, “proto-ev angelho”, cerim onial, culto, nom es de Deus, aliança, início
de Israel, etc.

6 .4 . Aspectos Históricos

Esses liv ros são os únicos a traçar um a linha contínua a partir de Adão. Todav ia, não sua intenção
apresentar um a história com pleta de todas as gerações e raças, m as sim um relato altam ente especializado da
im plantação do reino teocrático no m undo. Não é m era história. Mas a história da redenção do ser hum ano
pecador. História especial com um m otiv o teológico por trás. História apontando para Cristo.

6 .5. Aspectos Étnicos

Os liv ros do Pentateuco descrev em o com eço e a expansão das div isões raciais do m undo.

6 .6 . Aspectos Proféticos

O Pentateuco é o fundam ento para os tem as proféticos m ais im portantes da Bíblia. As profecias
preenchem a interpelação histórica atrav és das dem ais rev elações.

7 . Propósito

Esta obra não é um m ero ensaio literário, m as o registro histórico de um a grande fam ília, a
descendência de Abraão. Toda a história gira em torno deste pov o. A sua identidade étnica se delineia nestes
cinco liv ros. O Pentateuco procura situar o pov o de Israel dentro do m undo, especialm ente em Gn,
apresentando suas origens e a origem dos pov os que posteriorm ente v iriam a cruzar o seu cam inho. Tal
conhecim ento da história nacional seria tão im portante para o pov o no deserto, quanto para o pov o já
estabelecido em Canaã.

O Pentateuco foi escrito para apresentar o Deus que libertou o pov o de Israel. De m odo que o pov o
pudesse adorar e obedecer a Deus, sabendo que Ele é v erdadeiram ente o único Deus e que é poderoso, santo e
glorioso.

Rev . Ewerton Barcelos Tokashiki

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