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com
Geralm ente esta seção do AT é com um ente conhecido com o Toráh (Lei). O substantiv o toráh se deriv a
da raiz y arah, “lançar” ou “projetar”, e significa orientação, lei, instrução. Edward J. Young observ a que
com o designação dos cinco prim eiros liv ros da Bíblia, esse term o é em pregado em sentido m ais restrito para
destacar o elem ento legal que form a tão grande porção desses liv ros. Esse em prego do term o, porém , não
exclui as seções históricas ou de narrativ a; antes, inclui-as, v isto que form am o segundo plano ou arcabouço
apropriado para a legislação.
A palav ra “Pentateuco” é um a deriv ação de duas palav ras gregas “pente” (cinco) e “teuchos” (v olum e).
Seu prim eiro uso se encontra, talv ez, nos escritos de Orígenes, a respeito de Jo 4 :2 5, “do Pentateuco de Moisés”.
1 .Liv ro da Lei: Gl 3 :1 0.
2 .Liv ro de Moisés: Mc 1 2 :2 6 .
3 .Lei: Mt 1 2 :5; Lc 1 6 :1 6 ; Jo 7 :1 9 .
4 .Lei de Moisés: Lc 2 :2 2 ; Jo 7 :2 3 .
5.Lei do Senhor: Lc 2 :2 3 -2 4 .
2 . Autoria do Pentateuco
O Pentateuco é um a obra contínua, com pleta, produzida por um só autor inspirado. É possív el que se
tenha feito o uso de fontes orais e escritas sob orientação div ina.
Negando a prem issa sobrenatural, não se pode sustentar a doutrina da inspiração, profecias, a prov idência
div ina, etc. A Bíblia torna-se um liv ro m eram ente hum ano. Foi quando com eçaram a questionar a autoria
m osaica, e a sua data de escrita, com o tam bém a v eracidade de seu conteúdo.
Thom as Hobbes em sua obra Leviathan (1 6 51 ) afirm ou que o Pentateuco hav ia sido editado por Esdras a
partir de fontes antigas.
Jean Astruc, m édico francês, foi o prim eiro a dar expressão literária a essa teoria (em 1 7 53 ). Lim itou
suas dúv idas apenas a autoria de Gn 1 . Sua tese era que Moisés hav ia com pilado o liv ro de Gênesis a partir de
duas m em órias (m em oires), e outros docum entos m enores. Astruc identificou 2 fontes principais: Fonte A,
com o uso da palav ra Elohim , e fonte B, o uso da palav ra Yahweh. Todav ia, aceita Moisés com o autor do liv ro
todo. Alegav a ter encontrado em Gênesis m ais de dez fontes e outras interpolações textuais!
Johann G. Eichorn em sua Einleitung (1 7 80-1 7 83 ), expandiu as idéias de Astruc a todo o Pentateuco e
não apenas a Gênesis. Negou a autoria m osaica. Div idiu Gn e x 1 -2 em fontes designadas J e E, e afirm ou que
estas foram editadas por um autor desconhecido.
Alexander Geddes, padre católico escocês, inv estigou as “m em oires” de Astruc. Em 1 7 9 2 -1 800
desenv olv eu a teoria fragm entária. Segundo a Teoria Fragm entária o Pentateuco consiste em fragm entos
lendários, desconexos entre si e de m uitos autores desconhecidos, m as possuindo apenas um redator. Foi o
prim eiro a sugerir a existência de um Hexateuco. Segundo Geddes o Pentateuco foi com pilado por um redator
desconhecido a partir de num erosos fragm entos que tiv eram sua origem em círculos diferentes, um elohístico,
e o outro jav ístico. A data da com posição final do “Hexateuco” teria ocorrido em Jerusalém , durante o reinado
de Salom ão.
J. Vater (1 802 -1 805) fez a div isão do Pentateuco em 3 9 fragm entos. A data da com posição final do
Pentateuco foi no exílio babilônico, sendo que nesta época adquiriu a form a que hoje conhecem os.
A.T. Hartm ann foi o prim eiro a dizer que a escrita era desconhecida no tem po de Moisés entre os
israelitas (1 83 1 ). Segundo ele, o Pentateuco era constituído de um grande núm ero de pequenos docum entos
pós-m osaicos, a que foram feitas adições, de tem pos em tem pos, até se tornarem nos cinco liv ros. Considerav a o
Pentateuco com o lenda e m ito.
Wilhelm M. L. De Wette (1 7 80-1 84 9 ) em 1 805 escrev eu um liv ro, acerca de Deuteronôm io, dando este
liv ro com o pertencente ao tem po de Josias e escrito um pouco antes da sua reform a religiosa, em 6 2 1 a.C.
Heinrich Ewald (+ 1 87 5) rejeitou a autoria m osaica. Segundo ele o Pentateuco é com posto de m uitos
docum entos, m as enfatizando o docum ento E com o sendo básico.
Tuch foi quem deu expressão clássica à teoria. Deu ênfase a dois docum entos básicos, o E e o J, tendo
datado o E no tem po de Saul, e o J no tem po de Salom ão.
Representa um a v olta a Teoria Docum entária prim itiv a. Segundo essa teoria, o docum ento básico, original
era um só, o docum ento E (elohista), com binado com um suplem ento principal que era o docum ento J
(jeov ísta) form av am a base para o Pentateuco. No decorrer dos séculos nov as adições foram feitas a estes
docum entos, term inando na cristalização do atual conjunto de cinco liv ros. Todos estes críticos negaram a
autoria m osaica do Pentateuco.
Esta teoria defende que de três a quatro docum entos principais e contínuos foram com binados por um
redator.
Herm ann Hupfeldt, em 1 853 , ensinou que, além do Deuteronôm io, hav ia três docum entos contínuos
que eram J,E1 e E2 , com binados por um único redator.
E. Riehm (1 854 ) defendeu que os docum entos contínuos eram quatro e não três. Foi o prim eiro a
apresentar um quarto docum ento principal, cham ado D. A form a dos docum entos seria E1 , E2 , J, D.
Segundo esta teoria, quatro ou cinco docum entos principais, m ais outros docum entos secundários foram
com binados por quatro redatores principais e m ais outros redatores secundários.
Reuss (1 850) acreditav a em cinco docum entos principais J, E1 , E2 , d, P. Foi o prim eiro a sugerir o
docum ento P com o sendo docum ento básico e tam bém com o sendo o últim o deles. Atribuiu ao tem po de Esdras
com o data final da redação do Pentateuco.
Karl H. Graff, em 1 86 5, afirm ou a literatura de xodo, Lev ítico e Núm eros, não pertencia ao período de
Josias, m as ao cativ eiro babilônico. Rejeitou o docum ento E1 com o sendo um docum ento independente. Para
ele o E1 é igual ao P, um docum ento procedente do período do reinado de Josias. Para Graff a ordem dos
docum entos seria P–histórico, E, J, D, P-legal.
Julius Wellhausen foi quem deu um a popular form ulação literária à teoria, em sua obra Die
Composition dês Hexateuchs, em 1 87 6 . Com ele a teoria adquiriu o nom e de Graff-Kuenen-Wellhausen.
Causou um grande im pulso ao criticism o m oderno.
R.H. Pfeiffer em I ntroduction to the Old Testament (1 9 4 1 ) m ostra erudição e apologia, basicam ente anti-
cristã. Ensinou a existência de um docum ento S (Sul ou Seir), m as obtev e aceitação popular. Nega a
rev elação, m ilagres, etc., segundo Pfeiffer estas são cousas subjetiv as, sem prov a científica.
Gerhard Von Rad (1 9 3 4 ) defendeu a existência de m ais dois docum entos Pa e Pb. Propôs a teoria do
Hexateuco.
Aage Bentzen publicou em 1 9 4 1 um a obra que esposa o m étodo histórico-crítico que presta dedicada
atenção ao estudo das supostas form as da literatura do AT.
Atualm ente o liberalism o predom ina nos estudos do AT em todo o m undo. Todav ia, há v ozes
conserv adoras que se fazem ouv ir com v asta erudição. Tem os em português algum as obras acadêm icas
publicas sobre IAT:
1 .5. W.S. Lasor, D.A. Hubbard & F.W. Bush, I ntrodução ao AT, Ed. Vida Nov a, 1 9 9 9 (conserv ador?)
2 .Adota a “teoria docum entária” proposta pelo teólogo liberal alem ão Martin Noth, cham ada “Tetrateuco”
(Gn, x, Lv , Nm ) e “História Deuterom ística” (Dt, Js, Jz, Sm , Rs), págs.1 1 -1 4 ;
5.Enfatiza que a form ação do Pentateuco “é um a antologia literária” e o produto de “com unidade de fiéis ao
longo de m uitos séculos”(p.1 4 ).
6 .Aceita com o prem issa a teoria da “crítica canônica” de B.S. Childs (neo-ortodoxo). Afirm a que o im portante
é o produto final (i.é., o cânon, pág.1 4 ), sem im portar com o m étodo utilizado, em bora, não rejeita os
pressupostos e m étodos básicos da teoria docum entária de Martin Noth (v eja as notas 1 7 -1 9 , na pág. 7 54 da
obra).
Resum idam ente, segue abaixo um resum o sobre os supostos docum entos que com põe o Pentateuco,
segundo os adeptos da teoria docum entária.
4 .Conteúdo: com eça com a criação e v ai até o fim do reino de Dav i (Gn 2 a Nm 2 2 -2 4 ).
5.Natureza: um a coleção de literatura épica, dem onstrando forte sentim ento nacionalista. Contém
dram atização v ív ida, apresentações antropom órficas de Deus, em que Deus é descrito em term os hum anos.
Prefere usar o nom e Yahweh para Deus. Ressalta a continuidade do propósito de Deus desde a criação,
passando pelos patriarcas, até o papel de Israel com o seu pov o. Essa continuidade lev a ao estabelecim ento da
m onarquia com Dav i.
Documento E (Elohista)
2 .Autoria: atribuída a um sacerdote desconhecido de Betel (Reino do Norte), ou a um profeta, sob a influência
de Elias.
5.Natureza: Usa-se a história na form a épica. Este docum ento possui um a v ariedade de detalhes, grande
interesse no ritual e um a teologia m ais abstrata, que ev ita antropom orfism o e usa v isões e anjos com o m eios
de rev elação. É a narrativ a da tradição de Israel (reino do Norte) em paralelo com docum ente J. Prefere
Elohim com o nom e de Deus até a rev elação de seu nom e Yahweh a Moisés ( x 3 ), depois disso passa a
em pregar am bos os nom es de Deus.
1 .Data: 6 50 a.C.
5.Natureza: tem interesse teológico pelo Tem plo de Jerusalém , e forte oposição contra a idolatria. O estilo
literário é prosaico, prolixo, paranético (repleto de exortações ou conselhos). Seria o tal liv ro descoberto no
reinado do rei Josias no ano 6 2 1 a.C.
1 .Data: 52 5 ou 4 50 a.C.
2 .Autoria: desconhecida
Dev em os considerar algum as im plicações da Teoria Docum entária em afirm ar a form ação final do Pentateuco
num período pós-exílico (entre 500-4 00 a.C.), quando a religião de Israel já estav a bem desenv olv ida.
1 .A Teoria Docum entária não prov a a não autoria de Moisés. Falando francam ente, esta teoria nem sequer
conseguiu prov ar a sua própria v eracidade científica, para tirar de sobre si o estigm a de “teoria” a que está
v inculada durante todos esses séculos.
2 .Mesm o entre os adeptos desta teoria não há concordância acerca da identificação e classificação dos textos e
dos grupos docum entais a que eles supostam ente pertencem .
3 .Aceitar a teoria JEDP anula a credibilidade do Pentateuco. Segundo a Teoria Docum entária a história
bíblica é forjada. O Dt foi inv entado pelos profetas para reforçar a idéia da centralização. O uso do nom e de
Moisés no Pentateuco, era sim plesm ente para dar autoridade ao texto, m as ele nada tinha a v er com a
com posição histórica do m esm o. O docum ento P, com posto para assegurar a aceitação do sistem a sacerdotal
por parte do pov o, fora baseado em lendas e crendices folclóricas. Com o observ a Stanley A. Ellisen “rejeitar a
autoria de Moisés é rejeitar o testem unho univ ersal dos escritores bíblicos e solapar a credibilidade do
Pentateuco e do resto da Bíblia. É da autoria de Moisés, e não apenas um ‘m osaico’ de diferentes”.
4 .Retira todo o caráter norm ativ o do Pentateuco. Não teria qualquer v alor para o pov o da época, já que nada
acrescentaria ao judaísm o. Se o Pentateuco fosse apenas um produto de um a religião tardiam ente
desenv olv ida, e não o princípio regulador, não faria sentido cham á-lo de “a Lei”. Se ele não foi o princípio
regulador para os prim eiros leitores, não teria v alor algum para os crentes de outras épocas, um a v ez que os
conceitos hum anos m udam e o que não foi norm ativ o para um pov o, pode não ser para outro.
5.Inv alida o esforço de com posição. O relato do Pentateuco é rico em detalhes e inform ações. Possui
inform ações das origens e desenv olv im ento dos pov os, em especial do pov o de Israel. Os supostos autores
teriam se dado a um im enso trabalho de im aginação para sim plesm ente m anter um a ordem que já estav a
estabelecida.
7 .Considera o autor m al intencionado. A Teoria Docum entária im plica que um autor (ou autores), com um
sentim ento profundam ente religioso e com o intuito de conduzir o pov o diante de Deus, tenha se rebaixado a
abandonar v alores que quer ensinar e redigir um a m entira, colocando na boca de Deus, o que Ele não disse,
inv entando “estórias” e fazendo com que todos a considerassem com o v erdadeiras!
8.Im possibilidade do sobrenatural no AT. Conseqüentem ente a interv enção div ina é negada: rev elação,
inspiração, encarnação, m ilagres, etc.
9 .Negação da rev elação especial. A Bíblia torna-se m eram ente um a referência literária sem ítica. Um liv ro
antigo com o outro qualquer, deixando de ser a auto-rev elação proposicional de Deus.
Não há no Pentateuco um a declaração objetiv a de que Moisés tenha escrito o Pentateuco. Todav ia, há
um testem unho suficiente, que apóia a sua autoria.
A ausência do nom e do autor harm oniza-se com a prática do AT em particular, e com as obras literárias
antigas em geral. No antigo Oriente Médio, o “autor” era basicam ente um preserv ador do passado, lim itando-
se ao uso de m aterial e m etodologia tradicionais, conform e já foi observ ado.
2 .3 .1 . Ev idências Internas
4 .Nm 3 3 :1 -2 Moisés anotou a lista das paradas desde o Egito até Moabe (cam inhada pelo deserto).
6 .Dt 3 1 :2 2 refere-se a Dt 3 2 .
7 .Narra detalhes de um a testem unha ocular. O núm ero de fontes e palm eiras ( x 1 5:2 7 ), a aparência e
paladar do m aná (Nm 1 1 :7 -8).
9 .Conhecim ento de palav ras e nom es egípcios. O autor possuí um a noção estrangeira da Palestina. Os term os
usados para as estações, tem po, fauna, flora são egípcios, não palestinos. O autor estav a fam iliarizado com a
geografia egípcia e sinaítica. Menciona quase nada sobre a geografia palestina, o que ev idencia seu pouco
conhecim ento da região.
2 .3 .2 . Ev idências Externas
1 .Liv ro de Josué repleto de referências a Moisés com o autor do Pentateuco Js 1 :7 -8; 8:3 1 ; 2 2 :9 ; 2 3 :6 ; etc.
3 .Expressões freqüentes nos liv ros históricos: “lei de Moisés”, “liv ro da lei de Moisés”, “liv ro de Moisés”, etc. 1
Rs 2 :3 ; 2 Rs 1 4 :6 ; 2 1 :8; Ed 6 :1 8; Ne 1 3 :1 ; etc.
2 .3 .3 . Ev idências do NT
1 .Cristo m enciona passagens do Pentateuco com o sendo de Moisés. Mt 1 9 :8; Mc 1 0:4 -5.
2 .O texto sobre a circuncisão (Gn 1 7 :1 2 ) m encionado no NT (Jo 7 :2 3 ) com o fazendo parte da Lei de Moisés.
Alguns críticos questionam não som ente a autoria de Moisés, m as inclusiv e até m esm o a sua
historicidade. Acham inconcebív el com o tam anhos desastres puderam atingir um pov o tão desenv olv ido e
organizado, com o eram os egípcios, e ainda assim não existir nenhum registro desses fatos? Respondem os
m encionando a contribuição do arqueólogo Alan Millard que declara
os faraós, e isso não é surpresa, não apresentam descrições das derrotas sofridas diante dos seus v assalos ou
sucessores. Se os m onum entos reais não podem ajudar, os distúrbios v iv idos pelo Egito com as pragas e a perda
da m ão-de-obra poderiam ter gerado m udanças adm inistrativ as. Com o qualquer estado centralizado, o
gov erno do Egito consum ia grandes quantidades de papel (papiro), e boa parte da docum entação era
arquiv ada para consulta. Mas isso tam bém não ajuda, pois, com o já v im os, praticam ente todos os docum entos
pereceram , e a probabilidade de recuperar algum que m encione Moisés ou as ativ idades dos israelitas no Egito
é risív el.
Moisés é reconhecido com o o hom em erudito na antigüidade bíblica. Nos dias de Moisés o Egito era a m aior
civ ilização do m undo, tanto em dom ínio, construções e conhecim ento. Moisés tev e a oportunidade de ter sido
educado na corte real egípcia, recebendo a instrução de disciplinas acadêm icas que no Egito já eram tão
desenv olv idas. Incluindo a arte da escrita, que há m uito tem po era usada, de com um uso dos egípcios,
inclusiv e entre os próprios escrav os.
Com o historiador, soube coletar as inform ações da rica tradição oral de seu pov o. Mas além da tradição oral,
Moisés dispôs, enquanto estev e no palácio real egípcio, do seu acerv o literário.
Era possuidor de um v asto e detalhado conhecim ento geográfico. O clim a, v egetação, a topografia, o deserto
tanto do Egito com o do Sinai, e os pov os circunv izinhos lhe eram fam iliares.
O m odo com o o autor do Pentateuco descrev e os ev entos e lugares, indica que ele não era palestino. Alguns
fatos contribuem para esta conclusão 1 ) conhecia lugares pelos nom es egípcios, 2 )usa um a porcentagem
m aior de palav ras egípcias do qualquer outra parte do AT, 3 ) as estações e tem po que se m encionam nas
narrativ as são geralm ente egípcias e não palestinas, 4 )a flora e a fauna descritas são egípcias, 5)os usos e
costum es relatados que o autor conhecia e eram com uns em seus dias.
Moisés com o fundador da com unidade de Israel, tam bém exerceu o papel de legislador, educador, juiz,
m ediador, profeta, libertador, sacerdote, pastor, historiador, entre outros. Possuía v ários m otiv os, segundo as
funções que exerceu, para prov er ao seu pov o alicerces m orais concretos e religiosos, e era preciso registrar e
distribuir a Lei entre o pov o, de m odo que ela fosse acessív el a todos.
Com o escritor tev e tem po m ais que suficiente. O xodo durou quarenta árduos e longos anos de peregrinação
pelo deserto do Sinai. Apesar de sua ocupação ativ ista, este seria um tem po m ais do suficiente para que
pudesse escrev er todo o Pentateuco, e ainda se necessário alfabetizar todo o pov o.
Ele m esm o reiv indicou escrev er sob orientação de Deus ( x 1 7 :1 4 ; 3 4 :2 7 ; Dt 3 1 :9 , 2 4 ). Nenhum outro autor
da antiguidade foi assim identificado.
2 .É possív el que ele tenha em pregado porções de docum entos prev iam ente existentes;
5.Sob a orientação div ina, talv ez, tenha hav ido pequenas adições secundárias posteriores, ou m esm o rev isões
(Dt 3 4 );
6 .Substancial e essencialm ente o Pentateuco é obra de Moisés. O Dr Wilson com enta “que o Pentateuco,
conform e se encontra, é histórico e data do tem po de Moisés; e que Moisés foi seu autor real, ainda que talv ez
tenha sido rev isado e editado por redatores posteriores, adições essas tão inspiradas e tão v erazes com o o
restante, não existe dúv ida.”
3 .Unidade
3 .1 . Unidade Literária/Textual
Pequenas adições e m udanças no Pentateuco podem ser adm itidas sem que se negue a unidade literária, e
autoria m osaica da obra.
Não há nenhum a ev idência história ou m anuscritológica que v ários redatores tenham “costurado” os liv ros
do Pentateuco. Não existe nenhum a ev idência que em algum período da história, o Pentateuco tenha
circulado com o “pedaços” (fontes JEDP), e que algum redator, ou redatores, tenha com pilado e dado sua
form ação final, com o propõe a teoria docum entária. Os rabinos judeus desconhecem tal coisa.
3 .2 . Unidade Histórica
O Pentateuco possui um a linha histórica que se desenv olv e. A ligação cronológica entre os cinco liv ros,
transm ite-nos a idéia de que, é som ente um liv ro de cinco capítulos. Podem os resum ir a história de Israel
registrada no Pentateuco da seguinte form a:
1 .Deus é o criador de toda a raça hum ana, e dela form ou para si um pov o.
2 .Deus escolheu Abraão e seus descendentes, e lhes prom eteu dar a terra de Canaã.
3 .Israel foi para o Egito, e caiu na escrav idão, da qual o Senhor os liv rou.
3 . Em Lv v em os a santificação de Israel.
O pensam ento crítico m ais antigo defendia que Dt não term ina o Pentateuco, m as culm ina com o liv ro de
Josué. Esta tese form ulada por Julius Wellhausen e Gerhard Von Rad, é conhecida com o “teoria do
Hexateuco”(Gn+ x+ Lv + Nm + Dt+ Js).
O pensam ento crítico m ais recente defende que Dt é um a introdução teológica à subseqüente “História
Deuteronom ística”. Segundo a “História Deuteronom ística” o liv ro de Deuteronôm io faz parte de seqüência de
liv ros com pilados por redatores. Form ulada por Martin Noth:
Gn x Lv Nm Dt Js Jz Sm Rs
As teorias críticas de G. Von Rad e Martin Noth negam tanto a autoria, quanto a unidade do
Pentateuco. Seguim os a div isão tradicional em cinco liv ros. Não há ev idência de que o Pentateuco tenha sido
“m utilado” ou “acrescentado” com o querem sustentar os defensores de um “Tetrateuco” ou “Hexateuco”.
Algum as ev idências da unidade estrutural dos cinco liv ros, ou Pentateuco:
2 . A LXX
5. Designações judaicas posteriores se referiam ao Pentateuco com o “os cinco quintos da Lei” (Talm ud de
Jerusalém , Sanhedrin 1 0:1 e Koheleth rabba Ec 1 2 :1 1 ).
5. Esboço do Pentateuco
O Pentateuco é form ado por cinco liv ros que, juntos, abrangem um período de tem po que se estende desde a
Criação até a chegada do pov o de Israel aos lim ites de Canaã.
1 1 . As leis da purificação...............................Lv 1 1 -1 5
1 2 . O Dia da Expiação....................................Lv 1 6
1 5. Censos e leis........................................Nm 1 -9
2 1 . Maldições e Bênçãos..................................Dt 2 7 -3 0
6 . Im portância
6 .1 .Aspecto social
6 .2 . Aspecto Científico
A origem do univ erso com um ato criativ o de Deus. O Mov im ento Criacionista tem desenv olv ido
argum entos consistentes num a tentativ a de explicar cientificam ente a origem do univ erso à partir de
pressupostos bíblicos encontrados, especialm ente, no liv ro de Gênesis . Apresenta Deus com o a “prim eira causa
eficiente”. Com o tam bém transform ações que podem ser explicadas pelo ev ento de um dilúv io univ ersal.
6 .3 . Aspecto Teológico
Raízes do Cristianism o e judaísm o estão profundam ente firm adas no Pentateuco. Tudo se firm a, ou tudo caí
com a autoridade do Pentateuco.
No Pentateuco encontram os inform ações e pressupostos para o desenv olv im ento da teologia. A origem do
univ erso, sobre a v ida hum ana, pecado, “proto-ev angelho”, cerim onial, culto, nom es de Deus, aliança, início
de Israel, etc.
6 .4 . Aspectos Históricos
Esses liv ros são os únicos a traçar um a linha contínua a partir de Adão. Todav ia, não sua intenção
apresentar um a história com pleta de todas as gerações e raças, m as sim um relato altam ente especializado da
im plantação do reino teocrático no m undo. Não é m era história. Mas a história da redenção do ser hum ano
pecador. História especial com um m otiv o teológico por trás. História apontando para Cristo.
Os liv ros do Pentateuco descrev em o com eço e a expansão das div isões raciais do m undo.
6 .6 . Aspectos Proféticos
O Pentateuco é o fundam ento para os tem as proféticos m ais im portantes da Bíblia. As profecias
preenchem a interpelação histórica atrav és das dem ais rev elações.
7 . Propósito
Esta obra não é um m ero ensaio literário, m as o registro histórico de um a grande fam ília, a
descendência de Abraão. Toda a história gira em torno deste pov o. A sua identidade étnica se delineia nestes
cinco liv ros. O Pentateuco procura situar o pov o de Israel dentro do m undo, especialm ente em Gn,
apresentando suas origens e a origem dos pov os que posteriorm ente v iriam a cruzar o seu cam inho. Tal
conhecim ento da história nacional seria tão im portante para o pov o no deserto, quanto para o pov o já
estabelecido em Canaã.
O Pentateuco foi escrito para apresentar o Deus que libertou o pov o de Israel. De m odo que o pov o
pudesse adorar e obedecer a Deus, sabendo que Ele é v erdadeiram ente o único Deus e que é poderoso, santo e
glorioso.
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