Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
net/publication/232805349
CITATIONS READS
0 1,477
2 authors, including:
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by Herivelto De Souza Bronzeado on 23 September 2016.
V1l =
(V2
12 )
+ V132 + V 232 (1 + λ )
(9)
4.1 – Fator de desequilíbrio devido ao compo-
nente de seqüência nula
6
com λ = 3−
(
6 V124 + V134 + V 234 ) (10)
Considerando a equação 2 e as propriedades c,
2 2 2 2 d e f, obtém-se o fator de desequilíbrio devido ao
(V + V + V )
12 13 23 componente simétrico de seqüência nula, para as
e) O módulo V dos componentes de seqüência
2
l
tensões de fase, ou seja,
negativa das tensões de linha é calculado por 2
2(V1n + δV2 n + γV3 n ) + 2 1 − γ 2 V3 n − 1 − δ2 V2 n
2
V 2l =
(V 2
12 )
+ V132 + V 232 (1 − λ )
(11)
k0
100
=
(
)
V122 + V132 + V232 (1 + λ )
6
(12)
f) A relação entre o módulo dos componentes de
com γ, δ, λ dados pelas equações 7, 8 e 10 res-
seqüência não-nula das tensões de linha e o das
pectivamente.
tensões de fase é igual a 3 (dem. no anexo E).
Para sistemas trifásicos sem neutro ou com o
g) Se cada fasor de tensão é defasado dos outros neutro isolado, o componente simétrico das cor-
dois de 1200 , então o módulo dos componentes rentes de seqüência nula e o fator de desequilí-
de seqüência nula e o dos componentes de se- brio das correntes devido a esse componente
qüência negativa são iguais (dem. no anexo F). também são nulos, pois a soma das três corren-
h) Se os módulos das tensões são iguais e o tes (corrente de neutro) é nula.
ângulo entre as tensões V&A e V&B é 1200 , então o
módulo dos componentes de seqüência nula e o 4.2 – Fator de desequilíbrio devido ao compo-
dos componentes de seqüência negativa são nente de seqüência negativa
iguais (demonstração no anexo G).
Substituindo a palavra tensão e suas notações Substituindo as equações 9 e 11 na equação 1,
por corrente e as notações correspondentes, es- obtém-se o fator de desequilíbrio devido ao com-
sas propriedades, exceto o item c, aplicam-se pa- ponente simétrico de seqüência negativa, ou seja,
ra os componentes simétricos de corrente com as 1− λ
seguintes restrições: os itens b, d, e, para qual- k 2 = 100 (13)
1+ λ
quer circuito trifásico sem neutro ou com o neutro
isolado, e o item f, para dispositivos trifásicos com λ dado pela equação 10.
ligados em triângulo. K o=K2 (% )
60
4.0 – FATOR DE DESEQUILÍBRIO 50
40
Teoricamente num circuito trifásico com neutro
pode-se determinar quatro fatores de desequilí- 30
brio de tensão: 20
i) fator de desequilíbrio das tensões de linha 10
devido ao componente de seqüência negativa,
ii) fator de desequilíbrio das tensões de linha 0 Vc (% )
devido ao componente de seqüência nula, 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
iii) fator de desequilíbrio das tensões de fase Figura 3: k0 e k2 para Van = Vbn e α = θ = 1200
devido ao componente de seqüência negativa e
iv) fator de desequilíbrio das tensões de fase
devido ao componente de seqüência nula. 5.0 EXEMPLOS E APLICAÇÃO
Entretanto devido as propriedades dos compo-
nentes simétricos basta determinar apenas os A figura 3 apresenta os fatores de desequilíbrio,
considerando os ângulos de defasagens entre as
4
tensões iguais a 1200 , as tensões V&an e V&bn iguais cias do desequilíbrio de tensão é necessário cal-
cular os dois fatores de desequilíbrio e não ape-
e a tensão de fase C variando de 0 a 110% Van .
nas o fator devido ao componente de seqüência
A figura 4 apresenta os fatores de desequilíbrio, negativa. O fator de desequilíbrio devido ao com-
considerando Van = Vbn = Vcn , θ = 1200 e σ variando ponente de seqüência nula indica a possibilidade
de 0 a 2400 . de circulação de corrente ( I n = 3I 0 ) no neutro de
sistemas e equipamentos aterrados, enquanto o
Ko=K2(%)
fator de desequilíbrio devido ao componente de
120 seqüência negativa indica a possibilidade de pro-
100 blemas com motores de corrente alternada.
80 Para avaliar o grau de desequilíbrio das tensões
60 de um circuito trifásico com neutro é suficiente
40 calcular os fatores de desequilíbrio das tensões
20 de fase, devido ao componente de seqüência
0 Ângulo nula e ao de seqüência negativa, pois o fator de
0 30 60 90 120 150 180 210 240
desequilíbrio das tensões de linha é nulo ou é
igual ao das tensões de fase.
Figura 4: : k0 e k2 para Van = Vbn = Vcn e θ = 1200 Apenas para circuitos trifásicos sem neutro, é
A tabela abaixo apresenta os módulos dos com- que basta calcular o fator de desequilíbrio devido
ponentes simétricos e os fatores de desequilíbrio, ao componente de seqüência negativa.
calculados e medidos, por relé F60 microproces-
sado da Multilin, de um sistema de distribuição de 7.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13,8kV. V1 e V2 são os módulos dos componentes
[1] Associação Brasileira de Normas Técnicas
de seqüências positiva e negativa respectivamen- (1987). Eletrotécnica e eletrônica – Eletricidade
te das tensões de fase. geral – Terminologia. Norma NBR-5456.
As diferenças encontradas podem ser justifica- [2] Associação Brasileira de Normas Técnicas
das pelas variações rápidas de tensões do siste- (1992). Sistemas elétricos de potência – Termino-
ma e impossibilidade de ler todas as grandezas logia. Norma NBR–5460.
ao mesmo tempo. [3] Robba, E. J. (1972). Introdução a sistemas
GRAN- VALORES elétricos de potência – Componentes simétricos.
DEZAS MEDIDOS (V) CALCULADOS São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda.
V0 145 147,6 [4] Bezerra, M. J. (1967). Curso de matemática.
V1 7.900 7.891,4 São Paulo: Companhia Editora Nacional.
V2 134 133,0
V1
l - 13.668,4 ANEXO A
V l - 230,4
2
MÓDULOS DOS COMPONENTES SIMÉTRICOS
Van 8.168 ko 1,87 x ESCOLHA DAS FASES
Vbn 7.781 k2 1,69
Parte 1: Demonstração da independência dos
Vcn 7.734
módulos em relação à seqüência de fases.
Vab 13.803 Considerando a figura 1 e a seqüência de fases
Vbc 13.439 ABC, os componentes simétricos de V&a são dados
Vca 13.766 por
V + Vb / − θ + Vc / σ
V&a 0 = a
6.0 – CONCLUSÕES 3
2
V + aV / − θ + a Vc/ σ V + Vb / 120 − θ + Vc / σ − 120
V&a1 = a b
= a
Basicamente duas são as conseqüências do de- 3 3
sequilíbrio de tensões em circuitos trifásicos: a 2
V + a Vb / − θ + aVc / σ Va + Vb / − θ − 120 + Vc / σ + 120
circulação de corrente no neutro de sistemas V&a 2 = a =
3 3
aterrados e a redução do conjugado de motores Considerando a figura 1 e a seqüência de fases
trifásicos de corrente alternada com comando ele-
tromecânico, para circuitos com neutro ou não. ACB, os componentes simétricos de V&a são dados
Portanto para avaliar plenamente as conseqüên- por
5
V + Vc / − σ + Vb / θ vo trifásico ligado em triângulo ou em estrela com
V&a′0 = a neutro isolado também é nulo.
3
2
V + aVc / − σ + a Vb / θ Va + Vc / 120 − σ + Vb / θ − 120
V&a′1 = a =
3 3 ANEXO C
2
V + a V − σ + aV b/ θ V + V − σ − 120 + Vb / θ + 120
V&a′2 = a c/
= a c/
3 3 MÓDULO DO COMPONENTE SIMÉTRICO DE
Comparando esses dois conjuntos de equações SEQÜÊNCIA NULA DAS TENSÕES DE FASE
constata-se que os componentes simétricos da
seqüência de fases ABC e os da seqüência de fa- Indicando o ângulo entre os fasores V&bn e V&an
ses ACB são conjugados, isto é, eles possuem
módulos iguais e ângulos de sinais contrários. por θ e o ângulo entre os fasores V&cn e V&an por σ
Parte 2: Demonstração que os módulos dos (veja figura 5) e usando Van como referência an-
componentes não dependem da escolha da pri- gular, pode-se reescrever a equação 3 para as
meira fase (fase A). tensões de fase como
Pela definição de componentes simétricos têm- 1
se V&0 = (Van + Vbn / − θ + Vcn / σ )
3
V& + aV&b + a 2V&c e seu módulo é igual a
V&a1 = a
3
(Van + Vbn cos θ + Vcn cos σ )2 + (Vcn sen σ − Vbn sen θ )2
a Va + a Vb + a 4V&c V&b + aV&c + a 2V&a
2 & 3 &
V0 =
V&b1 = a 2V&a1 = = 3
3 3 (14)
aV + a Vb + a Vc Vc + aVa + a 2V&b
& 2 & 3 & & & Entretanto o seno e co-seno desses ângulos po-
V&c1 = aV&a1 = a = dem ser determinados conforme se segue:
3 3
Vcn
e como Va1 = Vb1 = Vc1 , então os módulos dos com-
ponentes de seqüência positiva não dependem
da escolha da fase A. Vbc Vca
De modo análogo demonstra-se que os módulos σ
dos componentes de seqüência negativa não de- θ
pendem da escolha da primeira fase. Vbn Van
A propriedade comutativa da soma de fasores, Vab
V&a + V&b + V&c = V&b + V&c + V&a = V&c + V&a + V&b , implica na in-
Figura 5: Ângulo entre os fasores de fase
dependência dos módulos dos componentes de i) aplicando a lei dos co-senos [4] ao ângulo σ da
seqüência nula em relação à escolha da primeira figura 5 tem-se
fase.
Vca2 = Van2 + Vcn2 − 2VanVcn cos σ
Chamando o cos σ de γ têm-se
ANEXO B Vaa2 + Vcn2 − Vca2
γ = cos σ = (15)
COMPONENTE DE SEQÜÊNCIA NULA DAS 2VanVcn
TENSÕES DE LINHA e sen σ = 1 − cos2 σ = 1 − γ 2 (16)
Reescrevendo a equação 3 para as tensões de ii) aplicando a lei dos co-senos [4] ao ângulo θ da
linha tem-se [3] figura 5 tem-se
V& + V&bc + V&ca Vab2 = Van2 + Vbn2 − 2VanVbn cos θ
V&0l = ab ⇒ Chamando o cos θ de δ têm-se
3
V& − V&bx + V&bx − V&cx + V&cx − V&ax V an2 + Vbn2 − V ab2
V&0l = ax =0 δ = cos θ = (17)
3 2V anVbn
onde x é um ponto qualquer do circuito (para dis-
e sen θ = 1 − cos2 θ = 1 − δ 2 (18)
positivos trifásicos ligados em estrela, x poderia
ser a interligação comum das três fases e para
dispositivos trifásicos ligados em triângulo, x Substituindo as equações 15 a 18 na equação
poderia ser qualquer ponto de uma das fases). 14 e considerando que o módulo é independente
Semelhantemente o componente de seqüência da escolha das fases pode-se escrever
nula das correntes de linha de qualquer dispositi-
6
2 ii) aplicando a lei dos co-senos [4] ao ângulo
(V1n + δV2 n + γV3n )2 + 1 − γ 2 V3n − 1 − δ 2 V2 n (180-ω) da figura 6b tem-se
V0 =
3 Vca2 = Vab2 + Vbc2 − 2VabVbc cos(180 − ω)
com γ e δ dados pelas equações 15 e 17. Vca2 − Vab2 − Vbc2
cos ω = (21)
2VabVbc
ANEXO D OBSs.: 1)As equações 20 e 21 demonstram que
se os módulos dos fasores de linha são iguais,
MÓDULO DO COMPONENTE DE SEQÜÊNCIA então necessariamente o ângulo entre os fasores
POSITIVA DAS TENSÕES DE LINHA é 120°.
3)Para determinação dos ângulos tem-se que
Usando o fasor da tensão de linha V&ab como re- conhecer a seqüência de fase do sistema e as
tensões têm de ser senóides sem distorções.
ferência angular, indicando o ângulo entre os fa- A partir das equações 20 e 21 encontram-se
sores V&bc e V&ab por ω e o ângulo entre os fasores 2
V 2 − Vab2 − Vca2
V& e V& por α (veja figura 6), pode-se reescrever sen α = 1 − bc ⇒
ca ab
a equação 4 para as tensões de linha como 2VabVca
1
(
V&1l = Vab + Vbc / 1200 − ω + Vca / 2400 + α ) sen α =
(
− Vab4 − Vbc4 − Vca4 + 2 Vab2 Vbc2 + Vab2 Vca2 + Vbc2 Vca2 )
3 2VabVca
e escrever a seguinte equação para o módulo do
componente de seqüência positiva
sen α =
(V 2
ab )2
(
+ Vbc2 + Vca2 − 2 Vab4 + Vbc4 + Vca4 ) (22)
(3V ) = [V + V cos(120 − ω) + V cos(240
1
l 2
ab bc
0
ca
0
+ α) + ] 2
2VabVca
+ [V sen(120 − ω) + V sen(240 + α) ]
0 0 2
2
bc ca
V 2 − Vab2 − Vbc2
Efetuando as operações indicadas e usando al- e sen ω = 1 − ca ⇒
gumas identidades trigonométricas, essa equa- 2VabVbc
ção pode ser reescrita como
(3V ) 1
l 2
= Vab2 + Vbc2 + Vca2 + 2VbcVca [cos120 cos ω + sen ω =
(V 2
ab )2
(
+ Vbc2 + Vca2 − 2 Vab4 + Vbc4 + Vca4 ) (23)
+ sen120 sen ω)(cos 240 cos α − sen 240 sen α ) + 2VabVbc
+ (sen120 cos ω − cos120 sen ω)(sen 240 cos α + Substituindo as equações 20 a 23 na equação
(19) 19 e realizando algumas operações algébricas
+ cos 240 sen α )] + 2Vab [Vbc (cos120 cos ω +
elementares, tem-se
+ sen120 sen ω) + Vca (cos 240 cos α − sen 240 sen α )]
(3V1l )2 = 3(Vab + V2bc + Vca ) +
2 2 2
(
V ab2 + Vbc2 + V ca2
2
)
V1l =
6
V&bc
Chamando a raiz interna dessa equação de λ e
como o valor de V1l independe da escolha das
(b) V&bc V&ca
fases, pode-se reescrever essa equação como
180-ω 180-α
V&ab V1l =
(V 2
12 + V132 + V232 (1 + λ ) )
6
Figura 6: Ãngulos dos fasores de linha
i) aplicando a lei dos co-senos [4] ao ângulo De modo análogo demonstra-se que
(180-α) da figura 6b tem-se
V2l =
(V 2
12 + V132 + V232 (1 − λ ) )
Vbc2 = V ab2 + Vca2 − 2VabVca cos(180 − α) ⇒ 6
Vbc2 − Vab2 − Vca2
cos α = (20)
2VabVca
7
ANEXO E ANEXO F