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(...) Com amparo nas razões expostas, julgo parcialmente procedentes os pedidos
apenas para condenar a ré TAGUATINGA VEÍCULOS LTDA. a pagar os débitos que
recaem sobre o automóvel desde janeiro de 2008 constituídos perante o órgão de
trânsito. (...).
1
Fortes nestas razões, Eminente Juíza, pugna-se pela:
a) intimação da Executada, por edital, com arrimo no art. 513,
parágrafo 2º, inciso II, c.c. art. 274, ambos, do NCPC, com
desiderato de pagar os débitos que recaem sobre o automóvel
desde janeiro de 2008 constituídos perante os órgãos de
trânsito.
b) No tocante à outra obrigação de pagar1 as multas e tributos,
decorrente da eficácia declaratória da sentença, requer-se a
concessão de tutela inibitória2 específica ou resultado prático
equivalente, expedindo-se ofício ao DETRAN/DF, DNIT,
DRDF e a Secretaria de Fazenda para que se transfira a
propriedade administrativa e as multas, pontuação da CNH e
tributos para o nome da parte Executada, desde janeiro de 2008
ou, subsidiariamente, nos últimos 5 anos, sob pena de crime de
desobediência.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Gama/DF, 04 de outubro de 2016.
1
No livro Comentário do Código de Processo Civil, edição eletrônica de 2016, os
festejados autores Nelson Nery Jr. e Rosa Maria Andrade Nery citam, ao comentar o art.
497 do NCPC, que a “obrigação de fazer e indenização por perdas e danos. “Pode haver
cumulação sucessiva dos pedidos de indenização por perdas e danos e de obrigação de
fazer, que são compatíveis entre si” (JTJ 165/103).
2
Tutela inibitória. Destinada a impedir, de forma imediata e definitiva, a violação de um
direito, a ação inibitória, positiva (obrigação de fazer) ou negativa (obrigação de não fazer),
ou, ainda, para a tutela das obrigações de entrega de coisa (CPC 498 ), é preventiva e tem
eficácia mandamental. Seu objetivo é “impedir, de forma direta e principal, a violação do
próprio direito material da parte. É providência judicial que veda, de forma definitiva, a
prática de ato contrário aos deveres estabelecidos pela ordem jurídica, ou ainda sua
continuação ou repetição” (Spadoni. Ação inibitória, n. 1.2.3, pp. 29/30). A objetivo da
inibitória é evitar que o ilícito corra, prossiga ou se repita (Marinoni. Tut.inibitória 2, n. 3.5, p.
41).