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Estudo sobre Leis de Kashrut, terceira parte –

reavaliando concepções

Algumas reflexões sobre o mandamento de ser


Kadosh

Os versos de abertura da parashat Kedoshim


proporcionam o conceito geral, de toda a elaboração da
Torá, intitulada pelos especialistas na Bíblia Hebraica de “o
código/coletânea/camada” da concepção de
Santidade.

Faz parte deste material, a totalidade do texto de Vaicrá 17 a


26, bem como partes específicas de outros capítulos.

Em Vaicrá 19: 1 lemos:

‫ דַ ֵּ֞בר אֶ ל כל ע ַ ֲַ֧דת ְבני יִ ְשר ֵ֛אל וְ אמַ ְר ֵּ֥ת אֲ ל ֶ ָ֖הם‬:‫שה לאמֹֹֽ ר‬ ֵּ֥ ֶ ֹ‫הֹ וָ֖ה אֶ ל מ‬- ְ‫וַיְ דַ ֵּ֥בר י‬
‫יכם‬
ֹֽ ֶ ‫הֹ וֵּ֥ה אֱ ֹלה‬- ְ‫קְ דֹ ִ ִׁ֣שים ִת ְהי֑ ּו ִ ִׁ֣כי ק ֔דֹוש אֲ ִנָ֖י י‬

HaShem falou a Moshe, dizendo: Fale a toda a comunidade


de Israel e lhes diga: "Sejam kedoshim, porque Eu, o
HaShem teu Elohim, sou Kadosh.

Enquanto porções anteriores de fontes tradicionais


sacerdotais se concentram mais nos próprios Kohanim
(sacerdotes), esses versos refletem a orientação da
concepção de santidade em relação a todos os israelitas e
sua mensagem de que, todos devem aspirar a "ser
kedoshim" = Distintos, separados, santos.
O que esta instrução significa afinal?

A mais antiga interpretação rabínica de Vaicrá, conhecida


como Sifra (possivelmente compilada no Terceiro Século da
Era Comum), oferece uma observação bem direta, no início
de seu comentário sobre Kedoshim:

.‫ פרושים היו‬-“ ‫קדושים תהיו‬

Sejam Kedoshim – isto é, Sejam Separados (Hebr.


Perushim)

Em outras palavras, os israelitas e seus herdeiros culturais


do povo Judeu deveriam se distinguir dos estrangeiros - e
até, talvez, de judeus insuficientemente meticulosos com
seus deveres religiosos; como sugere o termo relacionado a
ideia: “Perushim”.

O comentário da Sifra aplica-se bem à porção


de Kedoshim, que discute justamente os atos de idolatria e
impropriedade sexual, já associados a estrangeiros como os
Egípcios e os Kena’anim (Vaicrá 20: 1–24; ver também
Vaicrá 18).

Esta seção conclui da seguinte maneira:


Vaicrá 20;22...

‫יתם אֹּ ָּ ָ֑תם וְׁל ֹּא ָּת ִ ֶּ֤קיא א ְׁתכם‬ ֶ֖ ‫ּוש ַמ ְׁר ֶּ֤תם את כָּל חֻ קֹּ ַתי וְׁאת כָּל ִמ ְׁשפָּ טַַ֔ י ַוע ֲִש‬ ְׁ
‫ ו ְֶּׁ֤ל ֹּא ֵ ָּֽת ְׁלכּו ְׁבחֻ קֹֹּּ֣ ת הַ גַ֔ ֹוי‬:‫הָּ אַָּ֔ רץ אֲ ֶׁ֨שר אֲ ִ֜ ִני ֵמ ִ ִ֥ביא א ְׁתכֶ֛ם ָּ ֶ֖ש ָּמה לָּ ִ֥שבת ָּ ָּֽבּה‬
‫ וָּאֹּ ַ ֹּ֣מר לָּ ֶ֗כם אַ תם‬:‫אֲ שר אֲ ִנִ֥י ְׁמ ַש ֵלֶ֖חַ ִמ ְׁפנֵיכָ֑ם ִ ֶּ֤כי את כָּל אֵ לה עָּ ַ֔שּו וָּאָּ ֻ ֶ֖קץ ָּ ָּֽבם‬
‫ִ ָּֽת ְׁיר ֹּ֣שּו את אַ ְׁד ָּמ ָּתם וַאֲ ִ֞ ִני א ְׁת ֶּ֤ננָּה לָּ כם לָּ ֹּ֣רשת אֹּ ַ֔ ָּתּה ֶ֛ארץ ז ַ ִָּ֥בת חָּ ָּלֶ֖ב ְּׁוד ָּ ָ֑בש‬

Guardem todos os meus regulamentos e regras e ajam de


acordo com eles, para que a terra para a qual Eu os estou
levando não os vomite. Não vivam pelos regulamentos da
nação que expulso de diante de vocês; pois eles fizeram
todas estas coisas que Eu detesto. Contudo, Eu lhes disse:
Vocês herdarão a terra deles; Eu a darei a vocês como
propriedade, a terra em que sobejam leite e mel.

Em outras palavras, os israelitas devem se comportar de


maneira diferente dos habitantes anteriores da terra de
Israel, se eles esperam permanecer na terra.

O versículo 24 conclui a ideia:

:‫יכם אֲ שר ִה ְׁב ַ ִ֥ד ְׁל ִתי א ְׁתכֶ֖ם ִמן ָּ ָּֽהעַ ִ ָּֽמים‬


ַ֔ ֵ‫הֹּ וָּ ֹּ֣ה אֱ לָּֽ ה‬-‫אֲ נִ י ְׁי‬

Eu o HaShem o teu Elohim, o que te separou dos outros


povos.

Santidade então implicaria, separação, distinção.

Nos versos seguintes, por outro lado, o foco muda


completamente. Ao invés de se falar de questões sexuais, o
texto passa para questões de alimento, especificamente, as
leis dietéticas explicadas em maiores detalhes em Vaicrá 11.
Em Vaicrá 20: 25 em diante lemos....

‫ו ְִׁה ְׁב ַד ְׁל ִ֞תם ֵ ָּֽבין הַ ְׁב ֵה ָּ ֶּ֤מה הַ ְׁטהֹּ ָּרה לַ ְׁט ֵמאַָּ֔ ה ּובֵ ין הָּ ִ֥עֹוף ַהטָּ ֵ ֶ֖מא לַ טָּ ָ֑ ֹּהר ו ְָּֽׁל ֹּא‬
‫מש ָּ ָּֽהאֲ ָּד ַ֔ ָּמה אֲ שר‬ ֹּ ֹּ֣ ‫ּובכֹּל אֲ ֹּ֣שר ִת ְׁר‬
ְׁ ‫יכם בַ ְׁבהֵ ָּ ֹּ֣מה ּובָּ ֶ֗עֹוף‬ ִ֜ ‫ש ֵת‬
ֹּ ָּֽ ‫ְׁת ַש ְׁק ֶׁ֨צּו את נ ְַׁפ‬
‫ כו‬: ‫כ‬
‫הֹּ וָּ ָ֑ה וָּאַ ְׁב ִ ִ֥דל‬-‫ו ְִׁהיִ ֶּ֤יתם ִלי ְׁקד ַ֔ ִֹּשים ִ ִ֥כי ָּק ֶ֖דֹוש אֲ ִנֹּ֣י ְׁי‬ :‫ִה ְׁב ַ ִ֥ד ְׁל ִתי לָּ כֶ֖ם ְׁלטַ ֵ ָּֽמא‬
:‫א ְׁתכֶ֛ם ִמן ָּ ָּֽהעַ ִ ֶ֖מים ִל ְׁ ִ֥היֹות ִ ָּֽלי‬

Portanto, distingam animais puros de poluentes e aves


puras de poluentes; não se tornem detestáveis por um
animal, ave ou réptil que separei para vocês considerarem
poluentes. Em vez disso, sejam kedoshim para mim, pois
Eu, o HaShem, Sou Kadosh; e os separei dos outros povos
para pertencerem a Mim.

Ao contrário dos versos anteriores, estes aqui não fazem


distinção entre israelitas e estrangeiros, na concepção de
santidade.

Ao invés disso, o verso 25 instrui os israelitas a agir de


forma semelhante ao indicado pelo Elohim, fazendo
distinções entre os animais, assim como o Elohim fez
distinções entre os povos.

Nas palavras do rabino Jacob Milgrom Z”L:

“Assim como Deus reduziu sua escolha de nações por Israel,


também Israel deve reduzir sua escolha de animais aos
poucos que foram permitidos por Deus.”

[Jacob Milgrom, Levítico 1–16 (Anchor Bible; Nova York: Doubleday, 1991), página 724].
Assim, o Vaicrá consideraria “se manter kasher” (uma
expressão anacrônica) como um meio de se manter
separado dos estrangeiros?

Sim! Afirmam muitos estudiosos tradicionais e acadêmicos.

Como o próprio rabino Milgrom coloca: “a dieta


restritiva de Israel é um lembrete diário para se
separar das nações”.

[Milgrom, Levítico , 726.]

Porém, poderíamos argumentar que...

Se manter kasher pode muito bem ter servido para lembrar


aos israelitas, de sua distinção em relação à Divindade; mas
pouco contribuiu para – realmente - distinguir os israelitas
de outros grupos que viviam na região montanhosa central
de Kena’an!

As dietas dos israelitas e seus vizinhos eram - em grande


parte - idênticas, como os autores das tradições da
concepção de santidade certamente reconheciam! É por isso
que eles, particularmente, não fazem este contraste entre as
práticas alimentares dos israelitas e dos Kena’anim no verso
25!

Então, o potencial latente na lei dietética das Escrituras,


vista como um meio de separar seus adeptos de outros que
comem de maneira diferente; só se manifestou neste
sentido, a partir de/ e durante o, período helenístico,
que se seguiu à conquista da Judéia por Alexandre, o
Grande, em 332 antes da Era Comum; bem depois –
portanto - da composição da Torá!
Afinal, como o próprio rabino Milgrom observou, as leis
alimentares de Vaicrá se referem exclusivamente a um tipo
de alimento: carne - que a maioria das pessoas na antiga
Israel só podia comer algumas vezes por ano, e olhe lá.

[Milgrom, Levítico, 733.]

Essas leis, portanto, dificilmente poderiam constituir um


“lembrete diário” para a população em geral. Não havia um
“mercado kasher” no qual, eles teriam acesso aos “milhares
de produtos”, nem estavam eles, entre países nos quais,
deveriam fazer a “seleção” entre produtos permitidos e não
permitidos!

Evidências arqueológicas também indicam que a grande


maioria das carnes consumidas na região era já permissível
de acordo com a lei da Bíblia Hebraica.

Como o Dr Walter J. Houston (da Universidade de Oxford)


concluiu: a adesão às normas expressas na Torá “não exigiu
mudanças bruscas nas práticas dietéticas e culturais já
habituais no contexto geral na região e em seus arredores,
pelo menos desde o começo da Idade do Bronze”.

[Walter J. Houston, Pureza e Monoteísmo: Animais Limpos e Imundos na Lei Bíblica (1993),
página 177. ]

A Torá proíbe especificamente o consumo de carne de


porco, mas usa a mesma linguagem para destacar a carne de
Procavia Capensis (chamado: Damão-do-cabo ou Rock
Hyrax), e a animais semelhantes a porcos-da-índia, que
vivem em regiões remotas e íngremes e que; com certo grau
de certeza, não eram consumidos por ninguém
“regularmente”.

Porcos e o Damão-do-cabo, tal como camelos e lebres, não


receberam atenção tão especial, porque seriam comumente
comidos pelos Kena’anim. Não eram.
Ao invés disso então, essas espécies foram escolhidas
porque cada uma delas parecia estar de acordo com um,
mas não ambos, os critérios para animais permitidos: ter
casco fendido e também ruminar (Vaicrá 11.4-7).

[Milgrom, Levítico , 648, 727-28: observa que, na verdade, nem lebres nem o Damão-do-
cabo ruminam, embora seu método de mastigar, se assemelhe ao dos ruminantes, algo que
gera enormes equívocos.]

Refletindo sobre a questão de não comer com goy’im


na Bíblia Hebraica: não, este não é o problema!

Longe de endossar a separação social quando se trata de


comida, a Bíblia Hebraica contém numerosos exemplos em
que seus heróis compartilham refeições com goy’im ou
comem a comida que os goy’im preparam:

Somente na Torá, temos referências a este comportamento,


da parte de Avraham (Bereshit 14:18), Itzhak (Bereshit
26:30) e Iáacov (Bereshit 31:46, 54), bem como Moshe,
Aharon e até os anciãos de Israel (Shemot 18:12).

Em Devarim, o Elohim até instrui os israelitas a obter


comida de povos estrangeiros durante sua jornada pelo
deserto! (Devarim 2: 6; e confira: 2:28).

Em Bereshit, descrevendo a preparação na cena em que


Iossef e seus irmãos comeram juntos no Egito, é explicado
que: “os egípcios não podiam comer com os hebreus, visto
que isso seria abominável para os egípcios” (Bereshit
43:32); os próprios Hebreus, no entanto, aparentemente
não levantaram objeções sobre comer com eles – foi ao
contrário!
Somente no Sêfer Daniel – que cronologicamente, é a mais
recente obra incorporada no cânon da Bíblia Hebraica - o
protagonista é descrito como alguém que se recusa a comer
da comida fornecida por um rei goy, mesmo que aquela
comida, não contenha carne - que seria biblicamente
proibida:

Então, em Daniel 1: 8 lemos:

‫ּוביֵ ֹּ֣ין ִמ ְׁש ָּ ָ֑תיו ַויְׁבַ ֵקש‬


ְׁ ‫חוַיָּ ֶּ֤שם ָּדנִ יֵאל עַ ל ִל ַ֔בֹו אֲ ֶׁ֧שר ָּֽל ֹּא י ְִׁתג ַ ֶָּ֛אל ְׁבפַ ְׁת ַ ִ֥בג ַה ֶ֖מלְך‬
:‫יסים אֲ ֶ֖שר ִ֥ל ֹּא י ְִׁתג ָּ ָָּּֽאל‬
ִ ַ֔ ‫ִמ ַ ֹּ֣שר ַהסָּ ִר‬

No entanto, Daniel decidiu que não se contaminaria com a


comida ou com o vinho do rei; assim, ele pediu ao chefe
dos oficiais que o eximisse de contaminar a si mesmo.

Em contraste com isso, textos bíblicos mais antigos relatam


que o rei Iehoiakim de Iehudá comeu tais alimentos, como
lemos em Melahim Bet 25: 29:

‫ לוַאֲ רֻ חָּ ֶ֗תֹו אֲ רֻ חֶַׁ֨ ת ָּת ִ ֶׁ֧מיד נִ ְׁתנָּה ֶ֛לֹו‬:‫ כה‬:‫וְׁאָּ ֶַׁ֨כל לֶׁ֧חם ָּת ִ ֶ֛מיד ְׁלפָּ נָּ ֶ֖יו כָּל י ֵ ְִׁ֥מי חַ ָּיָּֽיו‬
:‫יֹומֹו ֶ֖ ֹּכל י ֵ ְִׁ֥מי חַ ָּיָּֽו‬
ָ֑ ‫ֵמ ֵ ִ֥את הַ ֶ֖מלְך ְׁדבַ ר ֹּ֣ יֹום ְׁב‬

Assim, Iehoiakim não precisou mais usar roupas de


prisioneiro; além disso, ele recebeu uma provisão de
alimento durante todo o seu tempo de vida;

Daniel então, é uma das várias obras que foram compostas,


durante o chamado período helenístico (cerca de 323 antes
da Era Comum até 146 da Era Comum); cujos protagonistas
são apresentados como, fazendo questão de não comer
alimentos associados aos goy’im.
Para citar um tipo de “expansão” do assunto, baseado na
Meguilat Ester, podemos mencionar uma obra composta no
final do segundo ou início do primeiro século, antes da Era
Comum; na qual a protagonista faz questão de enfatizar que
não comeu à mesa de Haman, nem bebeu o vinho oferecido

(Esther in Ancient Jewish Thought por Aaron Koller).

Também no pseudoepigráfico Livro dos Jubileu (escrito em


meados de 160 a 150 antes da Era Comum), Avraham é
descrito, instruindo Iáacov: “Mantenha-se separado dos
goy’im, não coma com eles” (22:16), algo que expressa uma
norma, que seria irreconhecível para pessoas que
viveram no período relatado em Bereshit!

A ideia de proteção contra a assimilação

Em questão em pauta, em obras como o Sêfer Daniel, não é


exatamente, o dever de seguir as leis em Vaicrá, mas
expressar a ideia – neste ponto sem precedentes - de
separar os Judeus dos Goy’im. Todos os protestos
anteriores sobre o tema, envolviam apenas a religião dos
Goy’im, não os indivíduos.

Esse desejo é percebido durante a era helenística


precisamente porque, somente neste período era possível
aos judeus “tornarem-se” efetivamente Gregos, através da
adoção de normas culturais helenísticas, incluindo práticas
alimentares deles.

Como observa o historiador Americano Seth Schwartz


(Universidade Columbia/ EUA): Nações inteiras poderiam
“ser apagadas da existência pelo desejo dos seus membros
de alta classe, de serem Gregos”, algo que sugere que essa
era precisamente a intenção de alguns judeus, nos anos que
antecederam a revolta dos Macabeus!
[ler Seth Schwartz, Imperialismo e sociedade judaica, 200 aC a 640 dC (2001), página 27.]

Portanto, poderíamos concluir que a possibilidade de


anulação da distinção que separa o povo de Israel das
nações, foi o principal fator que levou os representantes do
povo a elaborarem novas restrições alimentares,
reinterpretarem as antigas; de modo a reforçar e perpetuar
um sentido de distinção judaica em face da ameaça cultural
Grega.

Não é coincidência que os trabalhos mais antigos que


tratam a abstenção de carne de porco, especialmente, como
um fator decisivo da ideia de Judaísmo, são justamente os
livros de Macabeus (2 Macabeus. 6: 18-7.42; e: 1 Macabeus.
1:47, 63) Livros que nem foram incluídos nas Escrituras
Hebraicas!

Isso porque, antes da era helenística, a ideia de se manter


kosher não implicava, necessariamente, segregar a
comunidade Israelita dos Goy’im.

Me parece mais provável então, que as leis em Vaicrá


tenham procurado assegurar que os israelitas comessem
carne de uma maneira consagrada, consumindo animais
semelhantes aos que são adequados para as
Ofertas.

[Milgrom, Levítico , 721–25. Na página 728, o rabino Milgrom cita Devarim 14.4-6 como
evidência de que as leis dietéticas são derivadas da lista de animais adequados para o
sacrifício e não o inverso]
Voltando ao texto em questão: “Contudo, Eu lhes disse:
“Vocês herdarão a terra deles; Eu a darei a vocês
como propriedade, a terra em que sobejam leite e
mel. Eu Sou HaShem, o Elohim de vocês, que os
separou dos outros povos...” (Vaicrá 20: 24-25).

Percebe-se que só o Elohim, é o responsável por separar


o povo de Israel; as leis dietéticas não são entendidas
imediatamente como meio pelo qual isso acontece!

Pelo contrário, a adesão a essas leis é o que torna os


israelitas tal qual o Elohim, i.e. Kadosh/Distinto - uma vez
que ambos fazem distinções entre diferentes tipos de
animais / povos.

É evitando alimentos poluentes, que os israelitas


mantinham um estado propício à Kedushá – a distinção,
fornecida pelo próprio Elohim, não derivada do
alimento em si. Não era uma necessária oposição aos
Goy’im.

Deste modo, o fato da pessoa se manter kasher não é


inerentemente relacionado, a “ser santo” – a ideia de
“santidade” não é essa.

Afinal de contas, a concepção de santidade associa de modo


claro, as leis da dieta com a santidade, tanto
em Kedoshim (20:26) quanto nas regras dela refletidas (11:
44-45).
Sim, a ideia de santidade às vezes implicava noções de auto-
segregação. Mas nem sempre.

Rashi mesmo, parece reconhecer isso ao comentar no


trecho:

‫ הוו פרושים מן‬- ‫קדשים תהיו‬


‫העריות ומן העבירה‬

Sejam Santos – i.e. Separem-se, no que diz respeito a


pecados relacionados a sexualidade.

Enquanto que, na Sifra temos uma explicação sobre a


instrução inicial desta Parashah, como uma ordem para
"estar separado" em todos os aspectos; o Rashi limita
essa interpretação, a esferas específicas do comportamento
humano!

Deste modo, se você procurar entender este tema, por meio


do olhar das próprias leis dietéticas, a ideia de “ser santo”
significa simplesmente, ser obediente às instruções do
Elohim, e se comportar de uma maneira ética.

Manter kosher, então, é apenas um lembrete para seguir e


imitar as ideias inspiradas pelo Elohim.

Mas se a pessoa “come Kasher”, e falha nos outros


requisitos, esta pessoa “não é santa” de acordo com a Torá.
Elaboração inspirada na obra do prof Dr Rabino David Freidenreich na obra: Foreigners and
their Food: Constructing Otherness in Jewish, Christian, and Islamic Law – Estrangeiros e
seu alimento: construindo a alteridade na lei judaica, cristã e islâmica (2011), págs. 17-46.

Bentzion

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