Sunteți pe pagina 1din 2

A obra “Revolução de 1848” de Alexis de Tocqueville é caracterizada por ser uma

análise e observação feita pelo autor em torno da Revolução de 1848 na França.

Em 1830 assume o trono da França Luís Filipe I (1830-1848), em meio a um


cenário de crescimento do proletariado industrial e demandas políticas. O governo de Luís
Filipe I tem como principal característica seu direcionamento para os interesses da
burguesia e conservadorismo. Isso causa um descontentamento com as classes de
oposição. Sua política conservadora e burguesa fez com que sua popularidade fosse
afetada, forçando-o a abdicar o trono em 1848 e se exilar no Reino Unido.Foi um período
marcado, em primeira vista, pela consolidação do poder político da burguesia e
surgimento de um proletariado industrial (que se mudaram para a capital em busca de
trabalhos em manufatureiras).

Para Tocqueville, é o mau governo de Luís Filipe I que faz com que haja a
Revolução. Enumera diversas causas que tiveram importante papel no processo da
Revolução, como a entrada numerosa de operários em Paris para trabalhar nas
manufaturas (proletariado industrial), desprezo e descontentamento com a classe
governante, retraimento da participação política, centralização do poder, reivindicações
por parte da oposição, instabilidade do país, e a principal causa: a incapacidade de Luís
Filipe I de governar. Segundo Tocqueville, Luís Filipe I não foi capaz de governar porque
não previu a Revolução, sendo pego de surpresa. Seu governo deixava várias classes de
oposição descontentes, para tal, surgiam “sociedades secretas” por toda França que
reuniam representantes dessas classes como operários, republicanos e socialistas. Um
desses encontros foi o banquete da oposição em 22 de fevereiro de 1848, marco do início
da Revolução.

Tocqueville, em seguida, mostra as atitudes dos parlamentares após a Revolução


de Fevereiro. Aponta políticos “ociosos”, que antes apoiavam a luta, mas agora buscavam
apenas o bem-estar. Sejam proprietários ou padres ou burgueses, buscavam-se benefícios
trazidos pela nova ordem instaurada. Com isso fazemos um paralelo, comparando com o
“indivíduo egoísta” de Shepsle, que busca seus interesses e adquire comportamentos para
que se chegue ao desejado.

Em seguida, trata sobre o período pré-eleições gerais, nas quais decide se


candidatar a um cargo na Assembleia Nacional. Parte para a região da Normandia para
angariar votos. Lá, nota a diferença da percepção popular local sobre os acontecimentos
em Paris – as notícias demoravam mais para chegarem na região. No entanto, notou que
ao perceberem que poderia haver o aumento de imposto, além da paralisação do comércio
e suas propriedades, houve uma mobilização dos habitantes da região para juntos lutarem
contra medidas que pudessem, eventualmente prejudica-los. Mesmo que não
concordassem que o regime de República fosse o melhor, votariam em “inimigos” do
regime instalado. Podemos mais uma vez fazer um paralelo com Shepsle, quando ele trata
sobre comportamento estratégico, no qual os habitantes da região fazem uma análise e
previsão dos fatores, se antecipando e escolhendo aquilo que melhor lhes atende.

Tocqueville analisa as eleições e critica quando afirma que os revolucionários se


equivocaram ao marcar eleições gerais para muito depois da Revolução; deveriam ter
marcado logo após a Revolução para não abrir espaço para oposições, mantendo assim o
poder por mais tempo. O resultado das eleições é o esperado: majoritariamente contrário
ao partido dos revolucionários. A sociedade parisiense novamente se dividiu entre
burgueses e povo. Pode-se traçar mais um paralelo com a obra de Shepsle, ao afirmar que
o método das votações – nesse caso o período da votação – influenciou no resultado.
Como Tocqueville mesmo afirma, se as eleições tivessem ocorrido (estrategicamente)
logo após a Revolução, provavelmente ter-se-ia um resultado diferente.

S-ar putea să vă placă și