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Acidentes com Materiais

Biológicos:
Riscos, Prevenção e Conduta

Prof. Regis Mariano de Andrade


Considerações Gerais

• 1984 -> Publicação do 1º caso documentado de contaminação por


HIV em profissional de saúde

• Estimam-se cerca de 600.000 exposições a derivados de sangue nos


EUA por ano entre profissionais de saúde

• Aproximadamente 1.000 profissionais desenvolvem infecções por


HBV, HCV ou HIV anualmente nos EUA

• Risco de várias doenças (Principais: HBV, HCV, HIV)

• É uma emergência médica


Risco infeccioso em acidentes com
materiais pérfuro-cortantes
Soroconversão (%)

Risco infeccioso em acidentes com materiais pérfuro-cortantes


60
50
50

40
30
30

20

10
0,3 2
0
HIV HCV HBsAg (+)/HBeAg (-) HBsAg (+)/HBeAg (+)
Patogênia Viral
Hepatite B

• Formas de transmissão: sangue e outros fluidos orgânicos, relação


sexual, transmissão vertical (Obs.: O HBV pode persistir viável por até
1 semana sobre superfícies)

• Alta transmissibilidade, VACINA EXTREMAMENTE EFICAZ

• Soroconversão (HBsAg): 1 a 10 semanas

Formas crônicas
5 – 10%
Formas agudas
90-95%

Cura
Hepatite C

• Formas de transmissão: essencialmente sangue

• Soroconversão (anti-HCV): 6 a 24 semanas

• Elevação de transaminases: 7 a 8 semanas

• É uma doença essencialmente crônica.

Formas crônicas
80 – 85%
Formas agudas
15-20%

Cura
HIV

• Formas de transmissão: sangue e outros fluidos orgânicos, relação


sexual, transmissão vertical

• Soroconversão em até 6 meses, podendo raramente chegar a 1 ano

• Uso de ARV reduz o risco em aproximadamente 10 vezes


Distribuição dos casos
publicados de transmissão
ocupacional do HIV nos EUA
Fatores que agravam a
exposição
• Agulhas com lúmen

• Agulhas de grosso calibre

• Lesão profunda

• Agulha usada no interior de artéria ou veia

• Presença de sangue visível no dispositivo

• Carga viral elevada do paciente-fonte

• Para exposição em mucosas: volume e tempo de exposição


Materiais biológicos e risco
infeccioso
• Materiais biológicos com risco de transmissão de infecção:
Sangue, e qualquer fluido ou material que o contenha
Sêmen e secreção vaginal (Pouco eficaz para HCV)
Saliva (apenas para hepatite B, discutível)
Outros: líquido pleural, pericárdico e peritoneal; líquor; leite materno

• Materiais biológicos sem risco, salvo na presença de sangue:


Suor
Lágrima
Fezes
Urina
As formas de exposição

• Formas de exposição de risco para o profissional de saúde:


Exposições percutâneas (82% das exposições)
Exposições cutâneas (14%)
Exposições em mucosas (3%)
Mordedura humana (quando envolver sangue) (1%)
Recapeamento correto de agulha
Recapeamento correto de agulha
1 – Revisão Crítica de Literatura
1 – Revisão Crítica de Literatura
1 – Revisão Crítica de Literatura
Condutas mediante um
acidente
Conduta imediata do profissional de
saúde em caso de exposição
• Lavar a região exaustivamente com água e sabão ou detergente (não
utilizar soluções irritantes como éter, álcool e hipoclorito)

• Não se recomenda a expressão do local afetado para induzir


sangramento. Não lançar mão de procedimentos lesivos à pele;

• Em caso de exposição em mucosas, lavar com água corrente


abundante ou soro fisiológico, repetindo várias vezes;

• Explicar a situação ao paciente-fonte e não liberá-lo por enquanto

• Informar o ocorrido ao supervisor imediato e entrar IMEDIATAMENTE


em contato com o setor responsável da unidade de saúde
Condutas relacionadas
ao HIV
Condutas com relação ao HIV

• Identificar as circunstâncias do acidente, para determinar seu risco e


gravidade
• Obter dados do paciente-fonte (sorologia prévia?)
• Se paciente-fonte sabidamente HIV+, obter informações inerentes à
infecção: Estágio da infecção
Carga viral
Histórico de tratamento
Testes de resistência

• Se não há informação sorológica do paciente-fonte, realizar teste


rápido anti-HIV, após aconselhamento pré-teste e autorização do
mesmo
Teste rápido
Condutas com relação ao HIV
Esquema expandido
Esquema básico

Duração: 28 dias
Considerações quanto à
quimioprofilaxia do HIV
• Deve ser iniciada dentro de 2 horas após o acidente

• Benefício discutível após 48 horas. Prazo máximo: 72 horas

• Na dúvida quanto à gravidade do acidente, iniciar a quimioprofilaxia

• O efeito protetor é de pelo menos 81% (AZT isolado), porém <100% mesmo
com 3 drogas.

• Não se recomenda profilaxia em risco extremamente baixo, quando o risco de


toxicidade medicamentosa supera o risco de transmissão

• Se há suspeita de resistência viral aos esquemas-padrão indicados, deve-se


consultar um especialista (Na dúvida, iniciar esquema padrão)
Seguimento laboratorial após
acidente com paciente-fonte HIV+

• Sorologias anti-HIV (ELISA convencional) do profissional acidentado


no momento zero e após 6 semanas, 3 meses e 6 meses

• Monitorar toxicidade medicamentosa com hemograma e bioquímica

• Teste de gravidez quando existir essa possibilidade


Orientações importantes

• O profissional deve estar atento a sintomas de infecção aguda


(geralmente na 3ª e 4ª semana após exposição)

• Cuidados para com terceiros até que a infecção seja descartada


(relações sexuais, doação de sangue ou órgão para transplante,
compartilhamento de agulhas, gestação, aleitamento)

• Mais de 50% dos profissionais acidentados sofrem efeitos colaterais


(os efeitos colaterais devem ser bem explicados)
Drogas utilizadas nos
esquemas-padrão
Droga Efeitos colaterais mais freqüentes

AZT (zidovudina) Mielossupressão, particularmente anemia e neutropenia


Náuseas e vômitos, astenia, cefaléia, mal-estar geral
Dor abdominal, Hepatite medicamentosa
Hiperpigmentação cutânea, ungueal e de mucosas

3TC (lamivudina) Raramente associado a efeitos adversos

LPV/r (Lopinavir/ritonavir) Diarréia (freqüente) e outros sintomas gastrintestinais


(Kaletra) Hepatite medicamentosa
Dislipidemia, lipodistrofia
Hiperglicemia, diabetes.

TDF (tenofovir) Insuficiência renal


Tempo de profilaxia pós-exposição
no estado de São Paulo (2000-2003)
Condutas relacionadas
ao HBV
Condutas com relação à hepatite B

• Verificar história vacinal do profissional acidentado (Se tem pelo menos


3 doses e controle sorológico positivo, nada a fazer)

• Profissionais de saúde que já tiveram hepatite B -> Nada a fazer

• Obter dados do paciente-fonte (sorologia prévia?)

• Para a hepatite B, a gravidade do acidente não pesa na decisão quanto


à profilaxia (alta infectividade)

• Se não há informação sorológica do paciente-fonte, realizar teste rápido


para HBsAg
Condutas com relação à hepatite B

Situação do profissional Situação do paciente-fonte


acidentado HBsAg positivo HBsAg negativo Desconhecida

ão vacinado Imunoglobulina (1x) + Iniciar vacinação Iniciar vacinação e avaliar


iniciar vacinação risco (imunoglobulina?)

Vacinado

Resposta vacinal adequada Nada a fazer Nada a fazer Nada a fazer

Resposta vacinal inadequada Imunoglobulina (1x) + Iniciar revacinação Iniciar revacinação e avaliar
iniciar revacinação risco (imunoglobulina?)
ou
Imunoglobulina (2x)
Resposta desconhecida Testagem da imunidade do Nada a fazer Testagem da imunidade do
profissional acidentado profissional acidentado
(anti-HBs): (anti-HBs):
.Se >10mU/mL = .Se >10mU/mL =
resposta adequada resposta adequada
.Se <10mU/mL = .Se <10mU/mL =
resposta inadequada resposta inadequada
As ferramentas utilizadas na profilaxia
da hepatite B: Vacina e
Imunoglobulina
1) Vacina:

• É composta pelo antígeno de superfície do HBV (HBsAg)


• É isenta de risco de infecção vacinal.
• Esquema básico: 3 doses (0, 1 e 6 meses)
• Caso haja interrupção do esquema, não é necessário reiniciá-lo

2) Imunoglobulina:

• É uma solução de anticorpos humanos contra o antígeno s


• Confere imunidade temporária (3 meses)
• Opção para indivíduos que não respondem à vacina e são expostos
Seguimento laboratorial após
acidente com paciente-fonte HBsAg+

• Sorologias do profissional de saúde susceptível no momento zero,


3 e 6 meses após a exposição (HBsAg, anti-HBs, anti-HBc)

• Mesmos cuidados de transmissão secundária mencionados para o


HIV, exceto quanto à amamentação, que a maioria dos autores
(inclusive o Ministério da Saúde) não contra-indica
Condutas relacionadas
ao HCV
Condutas com relação à hepatite C

• Identificar as circunstâncias do acidente, para determinar seu risco e


gravidade

• Obter dados do paciente-fonte (sorologia recente?)

• Se não há informação sorológica do paciente-fonte, recomenda-se a


realização do anti-HCV (teste convencional)

• Não há vacina nem profilaxia pós-exposição para hepatite C

• Ciência da importância do seguimento para tratamento precoce


Seguimento e orientações
pós-acidente

• Sorologias do profissional de saúde susceptível no momento zero e


após 3 e 6 meses (anti-HVC)

• PCR para HCV-RNA após 3 meses do acidente

• Dosagem de transaminases (TGO/TGP) no momento zero e após 6


semanas, 3 meses e 6 meses

• Os cuidados de transmissão secundária semelhantes ao


recomendados para HBV
Quadro de resumo do
seguimento pós-acidente

ALT/TGP
PCR-RNA ALT/TGP
para HCV
Acidentes com paciente-fonte
desconhecido

• Decisão caso a caso quanto à realização de profilaxia

• Deve ser decidido pelo médico em conjunto com o profissional


acidentado

• Deve-se considerar: .Gravidade da exposição


.Probabilidade epidemiológica do material
estar contaminado
.Probabilidade de efeitos colaterais
.Condição psicológica do profissional
acidentado
Resumo de medidas
preventivas importantes
para evitar acidentes
Medidas preventivas

• Uso sistemático de luvas


Medidas preventivas
Medidas preventivas

• Uso sistemático de luvas

• Lavagem de mãos constantemente, antes e após o uso das luvas


Medidas para prevenção e redução da
gravidade de acidentes
Medidas para prevenção e redução da
gravidade de acidentes
• Uso sistemático de luvas

• Lavagem de mãos constantemente, antes e após o uso das luvas

• Vacinação para HBV com controle sorológico posterior


Casos confirmados de hepatite B
ocupacional em profissionais de
saúde nos EUA de 1983 a 1999
Medidas para prevenção e redução da
gravidade de acidentes
• Uso sistemático de luvas

• Lavagem de mãos constantemente, antes e após o uso das luvas

• Vacinação para HBV com controle sorológico posterior

• Evitar sempre que possível reencapar agulhas

• Quando for necessário reencapar, fazê-lo com a técnica de uma só mão


Recapeamento correto de agulha
Medidas preventivas

• Uso sistemático de luvas

• Lavagem de mãos constantemente, antes e após o uso das luvas

• Vacinação para HBV com controle sorológico posterior

• Evitar sempre que possível reencapar agulhas

• Quando for necessário reencapar, fazê-lo com a técnica de uma só mão

• Desprezar os materiais pérfuro-cortantes imediatamente após uso

• Ter um “DESCARPACK” próximo ao local do procedimento


“Descarpack”
Medidas preventivas

• Uso sistemático de luvas

• Vacinação para HBV com controle sorológico posterior

• Evitar sempre que possível reencapar agulhas

• Quando for necessário reencapar, fazê-lo com a técnica de uma só mão

• Desprezar os materiais pérfuro-cortantes imediatamente após uso

• Ter um “DESCARPACK” próximo ao local do procedimento

• Utilizar o “DESCARPACK” até 2/3 da capacidade

• Evitar utilizar lâminas de bisturi desmontadas

• Uso de dispositivos que protegem automaticamente as agulhas após o uso


Dispositivos de proteção da agulha
Medidas preventivas

• Todo setor onde exista risco de exposição ao agente biológico deve ter
um lavatório apropriado para higiene das mãos provido de água corrente,
sabonete líquido toalha descartável e lixeira com tampa de acionamento
por pedal
Medidas preventivas
Medidas preventivas

• Todo setor onde exista risco de exposição ao agente biológico deve ter
um lavatório apropriado para higiene das mãos provido de água corrente,
sabonete líquido toalha descartável e lixeira com tampa de acionamento
por pedal

• Os profissionais com feridas e/ou lesões nas mãos, antes de iniciar suas
atividades, devem cobri-las com curativos impermeáveis. Na
impossibilidade de cobri-las, deve-se evitar o contato com pacientes

• Utilizar máscara e proteção para os olhos em procedimentos invasivos


com risco de respingo de material
Medidas preventivas
Medidas preventivas

• Todo setor onde exista risco de exposição ao agente biológico deve ter
um lavatório apropriado para higiene das mãos provido de água corrente,
sabonete líquido toalha descartável e lixeira com tampa de acionamento
por pedal

• Os trabalhadores com feridas e/ou lesões nas mãos, antes de iniciar


suas atividades, devem cobri-las com curativos impermeáveis. Na
impossibilidade de cobri-las, deve-se evitar o contato com pacientes

• Utilizar máscara e proteção para os olhos em procedimentos invasivos


com risco de respingo de material

• Evitar passagem manual de objetos pérfuro-cortantes de um


profissional de saúde para outro (usar bandeja ou cuba-rim)

•Treinamentos e orientações para os profissionais de saúde


Condutas em Modeduras
de animais
Raiva
• Notificação compulsória e imediata

• Letalidade: ≅100% (óbito em 5-7 dias após início do quadro)


• Transmissibilidade: 2-5 dias antes do início dos sintomas
• Vias de contágio: mordedura, lambedura, arranhadura

• Incubação: muito variável (dias até anos), média de 45 dias.

• Manifestações: .Febre baixa, adinamia, cefaléia, náuseas, irritabilidade;


.Disestesias adjacentes ao local da mordedura;
.Ansiedade, alterações de comportamento, delírios,
espasmos musculares, convulsões, paralisias;
.Espasmos de faringe, sialorréia intensa;
.Disfagia, fotofobia, aerofobia, alterações respiratórias
.Alterna períodos de consciência e alucinação->coma->óbito
Raiva em caninos em 2010
Raiva humana em 2010
Raiva em felinos em 2010
Raiva em bovinos em 2010
Raiva em morcegos
hematófagos em 2010
Definição de conduta:
Acidentes leves x Acidentes graves
Tétano acidental
• Notificação compulsória

• Transmissão: introdução de esporos do Clostridium tetani em ferimentos,


através de materiais contaminados (terra, fezes, vidro, poeira, metais, etc)

• Incubação: de 1 dia a alguns meses (geralmente 3 a 21 dias)

• Período de Progressão: do início dos sintomas até o início das contraturas

• Manifestações: .Febre baixa, adinamia;


.Hiperreflexia, hipertonia, trismo, dificuldadde de deglutir;
.Contraturas musculares que generalizam em 80% dos casos
.Opistótono (quadro extremo de hipertonia muscular)
.Comprometimento de musculatura respiratória

• Tratamento: . Metronidazol (2ª escolha: penicilina cristalina)


. Outras medidas (suporte)
Facial muscle contracture resulting in trismus
and risus sardonicus.
De Marchis, G. M. Neurology 2008;70:e70

www.cha.state.md.us
/Sim
Outras infecções
• Febre da mordedura do rato

• Doença da arranhadura do gato

• Esporotricose

• Brucelose

• Tularemia

• Infecções bacterianas (celulite, artrite séptica, osteomielite, abscesso,


piomiosite)
(risco: homem > gato > cão)
Condutas adicionais no
atendimento:
• O ferimento deve ser lavado com água e sabão

• No primeiro atendimento, limpar com solução antisséptica (povidine tópico,


clorexidina)

• Não se deve suturar o ferimento

• Soro e vacina não devem ser administrados no mesmo grupamento muscular

• Avaliar indicação de antibiótico


Microbiologia

Microbiota do gato: Microbiota humana:


Pasteurella multocida Streptococcus viridans
Bartonella henselae Staphylococcus aureus
Sporothrix schenckii Eikenella corrodens
Aneróbios Haemophilus influenzae
Anaeróbios

Microbiota canina:
Estreptococos alfa-hemolíticos
Staphylococcus sp
Pasteurella multocida
Eikenella corrodens
Capnocytophaga canimorsus
Anaeóbios
Indicações de uso de
antibióticos em mordeduras
 Antibiótico profilático (quando iniciado dentro de 8 horas):
horas):
– Lesão grave, profunda,
profunda, em cabeça e pescoço
pescoço,, mãos,
mãos, pés e genitais
– Paciente imunocomprometido
– Todas as mordeduras por humano e macaco
– Duração
Duração:: 3 a 5 dias

 Antibiotico terapêutico:
terapêutico:
– Quando o primeiro atendimento é feito após decoridas mais de 8h do acidente
– Em todas as infecções estabelecidas
– Duração:
Duração: 7 a 14 dias
Droga indicada: amoxicilina/clavulanato
Opções: Clindamicina + ciprofloxacino
Moxifloxacino

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