Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
1. Introdução ............................................................................ 3
2. Desenvolvimento ................................................................. 5
3. Considerações finais ............................................................ 13
4. Referências .......................................................................... 14
1
INTRODUÇÃO
A rúcula (Eruca sativa) é uma brássica cujas folhas são muito apreciadas na forma de
salada. Produzida em todas as regiões do Brasil, desde o final da década de 1990, a
rúcula vem conquistando maior espaço no mercado. Estima-se que a área cultivada seja
de 6.000 haano-1, com 85% da produção nacional concentrada no Sudeste (SALA et al.,
2004; FILGUEIRA 2007; PURQUEIRO et al., 2007). Para bom desenvolvimento dessa
espécie e produção de folhas grandes e tenras, há necessidade de temperaturas entre 15
e 18°C (TRANI; FORNASIER; LISBÃO, 1992). Apesar de se desenvolver melhor sob
temperaturas amenas a rúcula tem sido cultivada ao longo do ano, em numerosas
regiões (FILGUEIRA, 2007). Em regiões onde ocorrem altas temperaturas, as folhas da
rúcula tornam-se menores e mais rijas, podendo apresentar maior pungência, sabor mais
forte e favorecer a emissão prematura do pendão floral, comprometendo sua produção
em regiões tropicais. A crescente demanda por hortaliças de alta qualidade ofertadas
durante o ano todo tem contribuído para o investimento em novos sistemas de cultivo
que permitem uma produção adaptada em diferentes regiões e condições adversas do
ambiente (CARRIJO et al., 2004). O cultivo em ambiente protegido tem apresentado
uma série de vantagens no desenvolvimento das plantas, como aumento de
produtividade; melhoria na qualidade dos produtos; diminuição na sazonalidade da
oferta, conferindo maior competitividade pela possibilidade de oferecer produtos de
qualidade o ano todo, inclusive na entressafra; melhor aproveitamento dos fatores de
produção, principalmente adubos, defensivos e água; controle total ou parcial dos
fatores climáticos (MARTINS, 2007). Purqueiro et al. (2007), avaliando o efeito da
adubação nitrogenada de cobertura e do espaçamento entre plantas em rúcula, cultivada
dentro e fora de ambiente protegido, constatou que no cultivo de verão as plantas
cultivadas dentro do ambiente protegido beneficiaram-se de melhores condições,
refletindo em maior crescimento, produtividade e qualidade de folhas, enfatizando
assim a importância da utilização desse ambiente. O cultivo protegido caracteriza-se
pela construção de uma estrutura, para proteger as plantas contra os agentes
meteorológicos e que permita a passagem da luz. Os tipos mais comuns de ambiente
protegido são, telados, ripados e estufas, sendo que os telados são normalmente
construídos de madeira com cobertura de palha ou tela plástica (BEZERRA, 2003). A
utilização de telas de sombreamento nos cultivos em locais de temperatura e
luminosidade elevadas conduz as hortaliças de folhas dentro de uma variação ótima de
luminosidade, reduzindo a intensidade da energia radiante com melhor ajuste na sua
distribuição. Esses benefícios acarretam outros fatores favoráveis à necessidade da
planta, principalmente no aumento fotorrespiração, o que contribui para melhor
desempenho da cultura, podendo ocorrer maior produtividade e qualidade das folhas,
em comparação com o cultivo a céu aberto (SILVA, 2000; ROCHA, 2007). Para os
produtores de hortaliça torna-se atraente o cultivo de rúcula devido ao sistema simples
de plantio, ciclo curto e crescimento rápido. Entretanto no município de Corrente-PI,
percebe-se que em razão das elevadas temperaturas e luminosidade mesmo no período
2
de inverno, a produção e a qualidade de hortaliças-folhas são comprometidas, sendo
inferiores em relação a outras regiões produtoras, necessitando-se de conhecimentos
sobre técnicas de manejo adequadas ao cultivo.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o desempenho de rúcula cultivada sob tela de
sombreamento e a campo aberto.
3
DESENVOLVIMENTO
ROTEIRO DE CULTIVO
O solo foi adubado com esterco orgânico de origem animal, em uma média de 8kg de
adubo em toda área do canteiro. As sementes usadas são da marca Feltrin, da safra
2016/2016 possuem 96% de germinação e 100% de pureza, com essa alta porcentagem
de germinação usamos 2 sementes em cada cova. No dia 03/10/2017 foi realizada a
semeadura.
MONITORAMENTO
Podemos perceber que as sementes germinaram com 5 dias, quando a plântula emergiu.
Aguardamos um período de 10 dias para calcular a porcentagem de germinação, caso
alguma sementes germinasse fora do período esperado. Após os 10 dias, obtivemos os
seguintes dados: No T1, houve 77,5% de germinação e no T2 30%. Não obtivemos o
percentual de germinação esperado, acreditando assim, que a qualidade da sementes não
era confiável. Alguns outros fatores podem ter influenciado, como a temperatura, que
estava acima de 30°C no período de germinação.
4
Figura 1. Plântulas logo após emergir Figura 2. Após germinação.
Avaliamos o crescimento com medidas de raiz e folha nos dias 23, 30, 37 e 44 após a
semeadura. Foram coletados 2 amostras de cada tratamento para realizar as medidas.
5
O lado com sombrite (T1) obteve sempre valores maiores que o lado sem sombrite.
Mesmo apresentando valores satisfatórios em campo aberto, o cultivo de rúcula sob tela
preta de 50% pode incrementar a produção devido a redução da temperatura do ar e do
solo. As telas de sombreamento em regiões tropicais contribuem proporcionar redução
na intensidade de radiação solar diretamente nas plantas, reduzirem a temperatura do
ambiente, acarretando em benefícios na fotorrespiração, contribuindo no aumento do
seu desempenho.
6
Figura 5 e 6. Cultivo com 23 dias.
7
Figura 7 e 8. Cultivo com 30 dias.
8
Figura 11 e 12. Cultivo com 44 dias/ Colheita.
9
As folhas basilares podem ser lirado-penatipartidas, as folhas superiores podem ser
oblongas, onduladas, denteadas, formando, ou não, uma "cabeça" de folhas apertadas,
antes da floração. São verdes, grossas e não são carnudas.
As flores, dispostas em rácimos terminais eretos, podem ser brancas ou amarelas, com
sépalas eretas e corola composta por quatro pétalas obovadas, unguiculadas (com forma
de unha). Tem estames tetradinâmicos, (quatro com filetes compridos e dois curtos).
10
Os frutos são silíquas cilíndricas (com um prolongamento em forma de bico na
extremidade). Síliqua é um tipo de fruto seco e deiscente, constituído por 2 carpelos.
Em seu interior há um septo plano, onde inserem-se as sementes, em ambas as suas
faces (encerrando-as em cada um dos dois lóculos formados). Este septo, na abertura do
fruto, destaca-se de ambos os carpelos, expondo as sementes ao vento.
11
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a realização do trabalho de campo, conseguimos entender a necessidade da
presença da prática na Agronomia. O trabalho nos deu uma leve noção sobre o que é um
experimento e como deve ser conduzido para que se tenha êxito.
REFERÊNCIAS
12
BEZERRA, F. C. Produção de mudas de hortaliças em ambiente protegido. Fortaleza:
Embrapa Agroindústria Tropical, 2003. 22 p. (Embrapa Agroindústria Tropical
Documentos, 72).
SALA, F. C.; ROSSI, F.; FABRI, E. G.; RONDINO, E.; MINAMI, K.; COSTA, C. P.
Caracterização varietal de rúcula. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
OLERICULTURA, 44., 2004, Brasília. Resumos... Brasília: Associação Brasileira de
Olericultura, v. 22, n. 2, jul. 2004. Suplemento. CD-ROM. Disponível em:
<http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/
Download/Biblioteca/44_303.pdf>. Acesso em: 21 out. 2017.
13