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D.M. LLOYD-JONES ao A Cruz — A Justificagéo de Deus D. M. Lloyd-Jones “Ao qual Deus propGs para propiciacdo pe- la fé no seu sangue, para demonstrar a sua justi- ¢a pela remissao dos pecados dantes cometidos, sob a paciéncia de Deus; Para demonstracao da sua justica neste tem- po presente, para que Ele seja justo e justifica- dor daquele que tem fé em Jesus.” Romanos 3: 25, 26 Ao chamarsua aiencao para as grandes palavras que se encontram na Epistola de Paulo aos Romanos, capitulo trés, versiculos 25 e 26, gostaria de lembrar- -Ihes que, em certos sentidos no existem outros versi- culos mais importantes em toda a extensdo das Escri- turas do que esses dois. Aqui temos a afirmacdo classi- ca da grande e fundamental doutrina da expiacdo. Eis porque a consideramos tao de perto e cuidadosamente. Ja disse que alguém descreveu esta doutrina como a "acropole da fé crista”. Podemos estar certos de que > nao ha nada mais importante que a mente humana pos- sa considerar que estes dois versiculos. A histéria da Igreja mostra com muita clareza que eles tém sido os meios usados pelo Espirito Santo para trazer muitas almas das trevas para a luz e para dar a muitos pobres pecadores 0 seu primeiro conhecimento e a sua primei- ra seguranga da salvacao, Permitam-me dar um exemplo ilustrativo tirado da historia, bem conhecide e notavel. Refiro-me ao poeta William Cowper. Conta-nos ele que estava em seu quarto numa agonia espiritual, sob profundo e terrivel sentimento de culpa. Naéo podia achar paz e andava para frente e para tras, quase chegando ao ponto do proprio desespero, sentindo-se em condicéo completa- 3 mente irremediavel, sem saber o que fazer consigo mes- mo. De repente, sem esperanca, sentou-se numa cadeira ao lado da janela do quarto. Havia uma Biblia ali, To- mou-a e abrindo-a deu com esta mesma passagem. As palavras dele sGo estas: “A passagem com a qual meus © olhos depararam foi a do versiculo 25 do capitulo 3 de Romanos, Ao lé-la recebi imediato poder para crer. Os raios do Sol da Justiga cairam sobre mim em toda sua plenitude.. Vi a completa suficiéncia da expiacdo que Cristo havia efetuado para dar-me perdao e inteira jus- tificacdo. Instantaneamente eu cri e recebi a paz do evangelho. Se o brago do Deus Todo-poderoso nfo me tivesse sustentado creio que teria sido esmagado pela gratidao e alegria. Meus olhos encheram-se de lagrimas: a emocdo embargou a minha voz. S6 podia olhar para o céu em silencioso temor, transbordando de amor e admiracdo”, Foi isso o que fez o versiculo 25 do capi- tulo 3 da epistola aos Romanos pelo famoso poeta, William Cowper. Fez também a mesma coisa por mui- tos outros. Deixem-me lembrar-lhes novamente 0 que a passa- gem diz. E continuacdo do que o apostolo dissera no versiculo 25. Sio as grandes boas novas de que agora nos € possivel sermos “justificados gratuitamente pela sua graca pela redengao que ha em Cristo Jesus”. Em outras palavras, agora existe um caminho de salvacdo, a parte da Lei, que independe de nossa observancia de- la. E este caminho gratuito que ha em Cristo. Deus nos resgatou em Cristo e estes versiculos 25 e 26 expli- cam como aconteceu isso. Mas por que teve de aconte- cer dessa forma? Como isso sucedeu? Ja consideramos (na exposic¢do anterior) duas das grandes palavras que explicam isto. Sdo as duas gran- des palavras “propiciagdéo” e “sangue”. Sabemos tam- bém que a redencdo adquirida dessa forma chega até nos através da instrumentalidade da fé. Mas o apéstolo nao para ai, Diz algo mais. Exami- nem de novo a declaracdo: “Ao qual Deus propos para propiciagdo pela fé no seu sangue, para demonsirar a 4 sua justiga pela remissao dos pecados dantes cometidos, sob a paciéncia de Deus; para demonstracdo da sua jus- tiga neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus”. Por que o apostolo prosseguiu e acrescentou todas essas coisas? Por que nao se deteve na primeira afirmagdo? Qual é o significado dessa afirmacao adicional? Para descobrir a resposta precisamos considerar novamente esses termos. O primeiro é “propor”. Sig- nifica “manifestar”, “tornar claro”. Aqui esta algo que obviamente é de vital interesse para nds; o termo nos diz isso de imediato. A morte do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvario nfo foi um acidente; foi obra de Deus. Foi Deus quem O “manifestou” ali. Quao fre- quentemente é despercebida toda a gloria da cruz, de- vido o sentimentalismo dos homens, sendo extinguida quando dizem: “Ah, Ele foi bom demais para o mundo; foi puro demais. Seus ensinos foram maravilhosos de- mais e os homens cruéis O crucificaram”! O resultado é que comegamos a ter pena dEle, esquecendo que Ele proprio voltou-Se para aquelas “filhas de Jerusalém” que estavam comegando a se penalizarem por Ele, e dis- se: “Nao choreis por mim mas chorai por vés mesmas”. Se o conceito que temos da cruz é tal que nos leva a ter pena do Senhor Jesus Cristo, significa simplesmen- te que nunca a vimos como realmente é. Foi Deus quem O “manifestou”. Nao foi um acidente, mas algo deliberado. Na realidade, 0 apdéstolo Pedro, pregando no dia de Pentecoste disse que tudo aquilo acontecera “pelo determinado conselho e presciéncia de Deus” (Atos 2: 23). “Ao qual Deus propdés”. O termo também acentua o carater puiblico da acdo. E um grande ato publico de Deus. Ele fez algo ali no palco da historia universal, a fim de que fosse visto, observado e gravado em definitivo e para sempre — 0 ato mais publico j4 acontecido. Assim, Deus publica- mente “‘o propés para propiciacgado pela fé no seu san- bt gue”’. Isto nos leva a esta pergunta vital: por que Deus fez tsso? Por que aconteceu tudo isso? O que foi (per- gunto reverentemente) que levou Deus a fazer isso, que O levou a esse propésito? A melhor resposta, ainda, pode ser encontrada, quando se considerar os termos um por um. Depois os apreciaremos como um todo e veremos exatamente por que 0 apostolo achou que era tdo vital e essencial acrescentar estas palavras ao que ja havia dito. O primeiro termo é este: “declarar” — “declarar sua justiga”. Significa “mostrar”, “manifestar”, “dar uma prova evidente”, “provar”. Deus fez isto, diz Pau- lo, para que assim Cristo pudesse resgatar-nos, entre- gando-Se como oferta propiciatéria. Sim, mas em acrés- cimo a isso, Deus esta “declarando” algo ali; esta mos- trando algo, manifestando, dando uma prova evidente de alguma coisa. Que prova? ‘De sua justi¢a”. Precisa- mos ser muito cuidadosos com esta expressao, termo que estamos examinando desde o versiculo 21. E pena que a mesma palavra seja usada para representar duas idéias ligeiramente diferentes. Até aqui, quando consi- deramos esta palavra “justica”, vimos que significa ““um caminho de justica”. Volte ao versiculo 21: “Mas agora se manifestou sem a lei a justiga de Deus”. Em outras palavras isso significa: “o caminho pelo qual Deus torna justos os homens”, ou “o meio pelo qual da justiga aos homens”. Mas aqui nao tem esse sentido. Aqui ele diz que Deus fez algo pelo qual declara Sua justica, nao a justiga que Deus nos da, mas um dos Seus gloriosos atributos. Significa a equidade de Deus;.tam- bém a retidao judicial de Deus; significa essencialmente © carater moral, santo, justo e reto de Deus. Paulo diz novamente no versiculo seguinte (vs. 26): “para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé (ou cré) em Jesus” — “para que ele seja justo”. Na cruz, Deus esta declarando Sua propria justica, Seu proprio carater jus- to, Sua propria justiga e equidade inerente e essencial. A proxima palavra € “pela”. “Para demonstrar sua justiga pela remissao dos pecados dantes cometidos”. 6 “Pela” significa “a respeito de” ou “por causa de”. Ele esta declarando Sua justiga por causa da remissao de pecados passados. A proxima palavra é “remissao”. Aqui esta uma palavra de suma importancia e é pena que a traducdo da Authorized Version seja realmente muito infeliz neste ponto. E um daqueles casos onde a AV é real- mente inferior 4s verses revisadas, incluindo a Revised Standard Version, que estao certas neste ponto. A tra- ducgao da AV é incorreta pelo seguinte motivo. Olhe para a palavra “remiss4o” na sua traducao da AV e vera que ela é usada varias vezes, mas se vocé.se der ao tra- balho de procurar o vocabulo usado no grego fara a in- teressante descoberta de que o usado pelo apdstglo ali € que esta traduzido como “‘remissio” é usado somente neste texto em todo o Novo Testamento. O apdstolo Paulo nfo o usou em nenhum outro lugar; ninguém mais o usou. Ha outra palavra também traduzida como “‘re- missio” e em suas varias formas a achard dezessete ve- zes no Novo Testamento; mas esta palavra que temos aqui é usada somente uma vez e nao significa realmen- te “remissao”’, e sim “pretermissao”’. Esta é uma palavra importante e devemos dar-lhe atencdo. O que significa “pretermisséo”? O que signi- fica “pretermitir” pecados em distingao de “remir” pecados? Trata-se de uma palavra empregada no Direito Romano. Era geralmente usada com o seguinte sentido: refere-se a alguém que fez um testamento e deixou um amigo fora dele. Imagine um homem fazendo um testamento e deixando algo para certos amigos, mas ha um amigo para quem nao deixou nada. Isso é “pretermissao”’! Ele o deixou fora de seu testamento; deixou-o fora de cogitagdo. Significa, se o preferir, “passar por cima”. Aquele homem deu algo a todos aqueles amigos e parentes mas passou por cima daguele unico — isto é pretermitir. Esta é a propria pa- lavra usada aqui — ‘‘passar por cima’’, ‘“‘desconsiderar”, 7

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