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Artigo

ERRO GRAVE NO
PROJETO
ESTRUTURAL

APRENDA A RECONHECER UM ERRO DE PROJETO

QUE É EXTREMAMENTE GRAVE, PODE LEVAR A

UM COLAPSO ESTRUTURAL GLOBAL E QUE 80%

DOS ENG. ESTRUTURAIS EM INÍCIO DE CARREIRA

NÃO CONSEGUEM PERCEBER

2ª Edição
(Revisada e Ampliada)

Lucas Ramires
LUCAS RAMIRES

Prefácio

O programa que você utiliza não vai dar nenhum aviso sobre este erro... Os
processamentos, dimensionamentos e detalhamentos vão acontecer como se tudo estivesse
funcionamento normalmente. Ou você reconhece o problema e dá o tratamento adequado ou
poderá estar sacramentando um erro MUITO GRAVE no seu Projeto.

O mais surpreendente deste tipo de erro, no entanto, não é o erro em si. O que mais
surpreende é que a maioria dos engenheiros sequer conseguem percebê-lo (espero que não
seja o seu caso).

Como você vai evitar um problema que não consegue enxergar?

Este artigo é uma contribuição minha para o meio técnico. Vi muitos engenheiros (com
muita e pouca experiência) passarem “cegos” por situações como as que serão descritas a
seguir.

É também um alerta... Principalmente para dois tipos de profissionais: a) aqueles que


atuam na Engenharia Estrutural sem um embasamento teórico e prático que lhes permita
“Analisar Criticamente e Validar” os resultados emitidos por uma máquina e; b) para aqueles
que confiam excessivamente nos programas.

E você? Será que cairia nesta armadilha?

Ao final do artigo preparei um exercício para testar o seu domínio sobre a matéria.

Faça bom proveito!

Lucas Ramires

lucasramires@estruturasegura.com.br ESTRUTURA SEGURA

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O Erro...

Para que você compreenda precisamente o que irei apresentar, primeiro peço que você
analise o pilar da Figura 1 abaixo. Você pode dimensionar este pilar como se o comprimento de
flambagem dele fosse L1, ou como se ele possuísse dois lances com comprimentos de
flambagem distintos, L2 e L3. Tudo dependerá da rigidez “k” da estrutura intermediária.

Figura 1: Pilar com estrutura de travamento intermediária de rigidez “k”

Se a rigidez “k” da estrutura intermediária for muito baixa, o pilar tenderá a flambar
conforme indicado na Figura 2a, praticamente desprezando a existência da estrutura
intermediária. Por outro lado, se ela for rígida o suficiente (ver Nota 1 no final do artigo), o pilar
tenderá a flambar conforme indicado na Figura 2b.

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Figura 2: Possibilidades de flambagem do pilar conforme rigidez “k” da estrutura intermediária. (a) “k” com rigidez
muito baixa (b) “k” com rigidez elevada

Como você deve saber, o resultado do dimensionamento de um pilar com pé-direito


duplo (Figura 2a) é MUITO diferente do dimensionamento de um pilar com pé-direito simples
(Figura 2b). Isso significa que se você acidentalmente considerar que uma estrutura
intermediária tem rigidez suficiente para “travar” o pilar e ela, de fato, não tiver essa rigidez,
você poderá ter comprometido totalmente o dimensionamento do pilar por conta da adoção de
uma premissa falsa. É justamente neste ponto que a coisa fica perigosa...

Para tornar essa história mais clara, separei abaixo alguns exemplos clássicos que
costumo mostrar em treinamentos que conduzo (detectados ao longo de anos analisando
projetos e catalogando erros para evitar que se repetissem).

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Exemplo 1:
Este é um exemplo teórico, feito simplesmente para ilustrar o problema. Na Figura 3
abaixo apresento o 1° pavimento de 2 modelos similares, o Modelo 1 e o Modelo 2. A única coisa
diferente entre eles é que no Modelo 2 eu criei uma estrutura intermediária de travamento que
fatalmente tem rigidez muito baixa para fins de dimensionamento do pilar P12. Se o Modelo 2
fosse real eu com certeza iria desprezar qualquer travamento nesse nível para o pilar P12.

Figura 3: Modelos 1 e 2 do Primeiro Pavimento de um edifício fictício de 4 pavimentos.

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O resultado desse Modelo 2 é que o programa não sabe identificar automaticamente


que não existe travamento intermediário, acabando por dimensionar o Pilar P12 exatamente da
mesma maneira que o pilar P9, como pode ser visualizado na Figura 4.

Figura 4: Ilustração do dimensionamento idêntico nos dois modelos.

Então, para poder comparar o impacto do “esquecimento” de informar ao programa


que o pilar P12 tem pé-direito duplo no Modelo 2, manualmente informo ao programa que o
Pilar P12 deve ser considerado com pé-direito duplo naquela região. Veja o que acontece com
o dimensionamento dele na Figura 5:

Figura 5: Dimensionamento da armadura longitudinal do pilar P9 e do pilar P12

Perceba que o dimensionamento correto do pilar P12, levando em consideração o pé-


direito duplo, apresenta 3x (TRÊS VEZES) mais área de aço do que o dimensionamento
automático (incorreto neste caso). Perceba também como seria fácil “esquecer” de informar
ao programa que nesta situação deve ser desprezado o travamento da estrutura intermediária.

Receita perfeita para uma tragédia!

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Exemplo 2:
Esta é uma situação Real, onde pode ser um pouco mais difícil enxergar o “travamento duvidoso” dado aos pilares indicados (P23 e P24). Perceba que
as vigas que travam esses pilares na “direção x” apoiam-se em outra viga, que por sua vez apoia-se em pilares que também tem baixa rigidez na “direção x”
(ver Figura 6).

Figura 6: Exemplo de como pode ser difícil perceber os “travamentos duvidosos” dos pilares P23 e P24. Neste exemplo, no reconhecimento automático do programa, estes pilares foram
considerados travados.

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Talvez você possa até dizer que é possível que a estrutura de travamento existente neste
exemplo tenha rigidez suficiente para travar os pilares indicados, mas ter certeza disso pode ser
mais complicado (e menos confiável) do que simplesmente desconsiderar qualquer travamento
nessa região. Lembre-se, não basta “achar”, não é um jogo de sorte ou azar, é necessário ter
certeza...

Exemplo 3:
Este é “uma pérola”, um caso real com diversos pilares sem travamento nas “direções x
e y”, que o programa, no seu funcionamento automático, considerou travados. Você consegue
perceber a inexistência ou deficiência de travamento nestes exemplos (ver Figura 7)?

Figura 7: Exemplo de um pavimento com diversas situações com travamentos duvidosos

Normalmente os Engenheiros têm mais dificuldade em perceber o “não travamento” ou


"travamento duvidoso" dos pilares P1 e P24, afinal estão ligados a lajes e vigas bem comportadas
(ver Figura 7.1).

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Figura 7.1: Pilares P1 e P24 salientados em função de normalmente ser mais difícil perceber a falta de travamento
na “direção x” dos mesmos

Para deixar mais evidente, nas Figuras 7.2 e 7.3 a seguir mostro a deformada na direção
na qual eles NÃO apresentam estruturas de travamento claramente observáveis:

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P1:

Figura 7.2: Deformada na direção na qual o pilar P1 NÃO apresenta estrutura de travamento claramente definida.

P24:

Figura 7.3: Deformada na direção na qual o pilar P24 NÃO apresenta estrutura de travamento claramente definida.

Neste caso do P24, se as vigas que chegam nele forem dimensionadas para esse fim (V66 e V72),
poderá ser considerado o travamento.

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Exemplo 4:
Neste exemplo apenas selecionei mais alguns casos que podem ser bastante duvidosos
sobre o que considerar...

Figura 8: Travamento duvidoso dos pilares, proporcionado unicamente por viga na extremidade de ambos

Figura 9: Travamento duvidoso dos pilares, proporcionado por estrutura de baixa rigidez nas extremidades dos
pilares

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Teste seus conhecimentos

Preparei um exercício especial para que você possa verificar se realmente entendeu o
conceito exposto neste artigo.

Trata-se de uma situação real, um pavimento mezanino de uma torre residencial, onde
você precisará se posicionar em relação ao que fazer com cada pilar. Clique no link abaixo para
ter acesso ao pdf do exercício. Lá você também encontrará instruções sobre como proceder.

[Clique aqui para baixar o pdf do exercício]

Nota: Na penúltima página deste artigo você encontrará o link para um vídeo que eu preparei
com a resposta comentada do exercício (não o assista sem ter tentado resolver sozinho o
problema, seria uma grande perda para o seu entendimento do assunto).

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Sugestões Adicionais

1. Verifique o comprimento de flambagem considerado EM TODOS os pilares do seu


projeto. Não caia na armadilha de deixar essa definição unicamente por conta da rotina
automática do programa que você utiliza.

2. Atenção especial com pavimentos intermediários onde existam apenas vigas. Nesses
locais existe uma chance maior de “falsos travamentos” acontecerem.

3. Cuidado com vigas de platibanda que chegam em pilares de torre. Elas podem
falsamente dar travamento onde não existe condições de travamento.

4. Muita atenção com alterações de projeto já detalhado. Muito facilmente um pilar pode
perder um travamento importante e você nem vai perceber (nem será avisado disso).

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Considerações Finais

O objetivo aqui foi chamar sua atenção para uma tipologia de erro que facilmente
pode passar despercebida e que pode comprometer completamente o seu Projeto Estrutural.

Diversos engenheiros com quem tive a oportunidade de trabalhar e conversar sobre


esse assunto me disseram que nunca tinham reparado nisso (engenheiros com pouca e muita
experiência), o que é extremamente sério... e este é apenas UM entre VÁRIOS exemplos de
situações potencialmente graves (tenho várias catalogadas que em breve divulgarei) ...

E você? Já tinha se dado conta deste problema? Como diria um amigo meu: “a ignorância
é a mãe da tranquilidade”...

Espero que tenha gostado e que tenha sito útil!

Cordialmente,

Lucas Ramires

Nota 1: Não foi o objetivo aqui discorrer sobre como definir se a rigidez “k” é suficiente ou não
para travar o pilar. O objetivo foi apenas chamar a atenção para situações potencialmente
duvidosas, que podem requerer uma análise mais refinada ou, a favor da segurança e mais
simplificadamente, a consideração de um comprimento de flambagem maior.

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Vídeo com resposta do Exercício

ADVERTÊNCIA: Não assista este vídeo sem ter tentado resolver sozinho o problema (seria uma
grande perda para o seu entendimento do assunto).

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Sobre o Autor

Lucas Ramires
Engenheiro Estrutural, Professor e Coach. Um apaixonado por Educação, Análise Crítica
de Estruturas e pela oportunidade de fazer uma contribuição real para a comunidade técnica.
Trabalho a 17 anos com Engenharia Estrutural e já fiz algo que é o sonho de muitos engenheiros:
analisei em profundidade cálculo e detalhamento de mais de 10 milhões de m² de Estruturas
Reais. Estou aqui para somar e para compartilhar um pouco do que aprendi!

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