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Apresenta:

FUTSAL NAS CATEGORIAS DE BASE


CONSTRUÇÃO DO JOGO DEFENSIVO:
Conceitos e atividade práticas

AUTORES

Rodrigo Guimarães Lima (PERDIGÃO)

 Graduação em Educação Física pela UFMG


 Especialização em Futebol e Futsal pela UGF
 Treinador Principal do Minas Tênis Clube
 Treinador da Categoria Adulta do Minas Tênis Clube no
período de 2006 à 2011

Pablo Ramon Coelho de Souza (PABLITO)

 Graduação em Educação Física pela UFMG


 Mestrado em Treinamento Esportivo pela UFMG
 Treinador da Categorias de base do Colégio Magnum, no
período de 1998 à 2013
 Professor e treinador de Futsal do Colégio Militar de Belo
Horizonte

2015
APRESENTAÇÃO

Nós, Pablito e Perdigão, autores deste material, gostaríamos de agradecer


pela confiança em nosso trabalho e por adquirir este produto, voltado para as
categorias de base no futsal.

Este material compõe-se de duas partes: a) este arquivo em pdf com a teoria;
b) 14 vídeos, disponíveis no Youtube, para aqueles que adquiriram este produto.

Para acesso aos vídeos, você deve enviar um e-mail para


p2defesa@gmail.com, contendo o seu nome completo, número do CPF e
número da identidade.

É imprescindível o acesso à Internet para visualizar os vídeos. E, como os


vídeos apresentam narrações das atividades e dos comportamentos,
recomendamos a utilização de fones de ouvido, tendo em vista diferentes
velocidades de conexão e potências das caixas de som dos computadores.

Após o envio do e-mail, para complementação deste material, você terá


acesso aos 14 vídeos, assim organizados:
- 01 vídeo tutorial: facilitar o entendimento e utilização dos demais vídeos;
- 06 vídeos com propostas de atividades práticas das ações técnico-táticas
defensivas individuais, com sugestões de variações;
- 06 vídeos com propostas de atividades práticas das ações técnico-táticas
defensivas de grupo, com sugestões de variações;
- 01 vídeo com breve apresentação dos novos produtos do P2 Futsal

Sugerimos que os vídeos sejam assistidos na ordem acima, que representa a


sequência apresentada neste material. Desse modo, a leitura anterior desse
material, facilitará o pleno entendimento das atividades e dos comportamentos
destacados durante as mesmas.

Os vídeos das atividades, contando com as variações, consistem de mais de


20 atividades práticas, com duração total superior a 25 minutos, com explicações no
quadro tático e filmagens dos comportamentos dos atletas para maior detalhamento.

Esperamos que este material seja muito útil para os seus treinos e aulas!!
Acompanhem os próximos lançamentos na Página do P2 Futsal, no Facebook!
INTRODUÇÃO

O futsal é uma modalidade em que ações apresentam grande


imprevisibilidade e variabilidade, exigindo que o seu praticante seja capaz de se
adaptar constantemente, de modo a resolver os problemas em forma de situações
de jogo. Assim sendo, essa capacidade de adaptação depende do repertório
técnico-tático dos atletas, ou seja, das suas habilidades cognitivas para fazer as
melhores escolhas (tomada de decisão) e das habilidades motoras (gestos motores)
para concretizar estas decisões.
Temos observado que, na prática, os treinadores e/ou professores, muitas
vezes, iniciam os treinamentos de suas equipes excessivamente preocupados com
sistemas de jogo, padrões ou rodízios, jogadas ensaiadas, posicionamentos
ofensivos e defensivos de bola parada, utilização do goleiro-linha, etc. Logicamente,
que a partes coletivas do jogo citadas acima são também muito importantes.
Porém, pouco adianta, principalmente para a formação do atleta e busca de
resultados consistentes a médio e longo prazo, elaborarmos e treinarmos a parte
coletiva de nossa equipe, se os atletas não apresentarem uma variedade de
ferramentas para potencializar a proposta coletiva da equipe. Por isso, torna-se
fundamental desenvolver os pré-requisitos individuais e de grupo previamente, para
que os sistemas coletivos possam ser produtivos.
Desse modo, essas ações, consideradas pré-requisitos para a construção da
proposta ofensiva e defensiva de jogo, devem ser devidamente trabalhadas nas
categorias de formação e não negligenciadas, ao serem substituídas por sistemas
inibidores e especialização precoce em posições/funções de jogo. Além disso, estas
ações, consideradas importante pré-requisitos do “saber jogar”, devem ser
ensinadas e aprimoradas, desde o início, orientadas a partir de princípios ofensivos
e defensivos de jogo.
Por isso, estaremos apresentando, inicialmente, os princípios do jogo de
futsal e, na sequência, as principais ações individuais e de grupo, com suas
definições, características, erros mais comuns e atividades práticas para o seu
desenvolvimento.
1. PRINCÍPIOS TÁTICOS DO JOGO

Os princípios táticos do futsal são indicações que norteiam ou direcionam os


comportamentos dos atletas na quadra de jogo, contribuindo para regular e
organizar ações tático-técnicas individuais, de grupo e coletivas, sustentando as
possibilidades de atuação nos diversos contextos de jogo.
Existem diferentes classificações e terminologias, porém, será estabelecida
abaixo uma mescla dos princípios consolidados de outros esportes de invasão,
principalmente, a partir da literatura de futebol consultada (COSTA et al, 2009) e os
observados na prática dos autores deste material.
Os princípios gerais citados abaixo representam o que chamamos de
“raciocínio básico do jogo” e destacam a preocupação constante e intensa que as
equipes devem ter, em relação ao número jogadores, no local da disputa da bola, ou
seja, do “centro de jogo”. Portanto, estes princípios servem também como metas a
serem alcançadas, sendo importantes indicadores da qualidade das equipes.

QUADRO 1
Princípios Gerais (Raciocínio Básico do Jogo)

ATAQUE DEFESA
Criar superioridade numérica
Evitar igualdade numérica
Recusar inferioridade numérica

Diferentemente dos princípios gerais, que são comuns às fases ofensiva e


defensiva do jogo, temos os chamados princípios operacionais (Bayer, 1994), que
regulam e direcionam as ações dos jogadores em diferentes fases do jogo,
configurando portanto ações antagônicas de uma equipe em relação à outra

QUADRO 2
Princípios Operacionais (Ordem de prioridade ou emergência)
ATACANDO DEFENDENDO
1. Finalizar à meta adversária 1. Proteger a própria meta
2. Progredir pelo espaço de jogo 2. Impedir progressão pelo espaço de jogo
3. Manter a posse de bola 3. Recuperar a posse de bola
Fonte: adaptado de DAOLIO, 2002
Os princípios apresentados abaixo só podem ser plenamente atendidos,
quando estiverem presentes/visíveis nos comportamentos/ações dos atletas durante
o jogo. Ou seja, quando um defensor aborda um determinado atacante com bola,
induzindo o mesmo para o lado do seu pé não dominante ou para o corredor lateral,
ele está orientando a progressão do portador da bola e/ou dirigindo o ataque para
diminuir o ângulo de finalização. Quando uma equipe “inverte o jogo”, por meio de
um passe de ala a ala, está buscando o espaço menos compactado da defesa.

QUADRO 3
Princípios Relacionados aos colegas, adversários, meta, espaço de jogo e tempo

ATACANDO DEFENDENDO
 Tomar a iniciativa das ações de posse  Orientar e induzir a progressão do
da bola portador da bola
 Acelerar o jogo, quando a defesa  Propiciar maior tempo para a
adversária está desorganizada; organização defensiva;
 Atacar utilizando o maior espaço  Compactar-se diminuindo os
possível da quadra (largura e espaços de ação do ataque;
profundidade);  Estar com todos seus atletas atrás
 Buscar sempre jogar às costas das ou próximo da linha da bola;
linhas de defesa;  Dirigir e ou induzir o ataque para
 Buscar finalizar da região mais central as alas, para diminuir angulação de
possível; finalização;
 Tentar atacar pelo espaço menos  Diminuir espaços para facilitar
compactado da defesa; cobertura e sobreposição de
 Buscar linhas de passe mais distantes cobertura;
para dificultar a compactação  Buscar a compactação longitudinal
defensiva. e transversal/lateral da equipe
Fonte: Adaptado para o Futsal, baseado em GARGANTA; PINTO, 1994.

Considerados os princípios apresentados anteriormente, seguem a seguir as


ações técnico táticas individuais e de grupo ofensivas e defensivas do futsal, que
serão melhor detalhadas nos E-books específicos. Vale, porém, conceitua-los:
 Uma ação técnico-tática individual representa o recurso que o atleta possui
para resolver as situações-problemas do jogo. Esses recursos podem ser
observados quando se analisa especificamente a ação de um jogador e as
suas possibilidades de tomada de decisão em relação ao adversário direto ou
a um determinado colega.
 Uma ação técnico-tática de grupo representa uma ação coordenada (em
termos motores e cognitivos) entre dois ou três jogadores da mesma equipe,
visando um objetivo comum.
QUADRO 4
Ações técnico-táticas individuais

ATAQUE DEFESA
Criação de linha de passe (desloc/desmarc) Acompanhamento
Condução Interceptação
Drible Aproximação
Passe Abordagem
Recepção Bloqueio de chutes e passes
Chute/Cabeceio (Finalização)
Fonte: Adaptado de SOUZA; LEITE, 1998.

QUADRO 5
Ações técnico-táticas de grupo

ATAQUE DEFESA
Tabela Troca de marcação
Bloqueio Cobertura e sobreposição de
Corta luz cobertura
Cruzamento Ajuda
Engajamento Dobra
Fonte: Adaptado de SOUZA; LEITE, 1998.

Vale ressaltar que muitas vezes o fracasso das ações coletivas (sistemas
ofensivos e defensivos) ocorrem por não existir um pleno domínio dos pré-requisitos
ou das ferramentas técnico-táticas individuais e de grupo.

FIGURA 1- Sequência sugerida para desenvolvimento dos conteúdos técnico-táticos

Desse modo, a partir de agora, serão apresentados os conteúdos técnico-


táticos DEFENSIVOS individuais e de grupo, com suas definições, características e
exemplos de atividades práticas para o seu desenvolvimento.
2 CONTEÚDOS TÉCNICO-TÁTICOS DEFENSIVOS INDIVIDUAIS

Nessa parte, estas ações individuais serão apresentadas na seguinte ordem:


ações dos defensores relacionadas aos atacantes sem bola (1); ações do defensor
relacionadas ao jogador com bola (2 e 3).

FIGURA 2- Conteúdos técnico-táticos individuais: perspectiva de oposição

Ações individuais defensivas no contexto sem a bola (1)


Nesse contexto, as ações defensivas sobre o atacante sem bola são as
chamadas interceptações e acompanhamentos.

FIGURA 3- Representação das estruturas funcionais sem presença da bola


2.1 Acompanhamento

Acompanhamento é o deslocamento do defensor, posicionado entre o gol a


ser defendido e o seu adversário direto, objetivando ter o mesmo, sem a posse de
bola, no seu campo visual. Assim sendo, o defensor posiciona-se de modo a não
perder de vista o atacante direto, estando entre o mesmo e o gol a ser
defendido.Geralmente, este deslocamento ocorre de costas e/ou “um pouco de lado”
alternando a atenção entre o adversário direto e a bola.

FIGURA 4- Acompanhamento (visão geral com a linha de deslocamento do defensor e foto com
a postura e alternância de atenção entre a bola e o atacante direto)
Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

Erros mais comuns:


 olhar apenas para a bola ou olhar apenas para o adversário, não estando
posicionado para as ações de colaboração defensiva;
 iniciar, com atraso, o deslocamento, em relação ao movimento já
realizado pelo seu adversário direto que corre de frente e, portanto,
desenvolverá maior velocidade.

2.2 Antecipação ou Interceptação


Antecipação ou Interceptação é a ação de interromper a trajetória da bola
enviada a um atleta adversário. Caracteriza-se pela ação do defensor que percebe
que seu adversário direto é o destino de um passe ou lançamento e posiciona-se de
modo a poder interromper a trajetória da bola, para recuperá-la ou impedir a
continuidade da ação ofensiva do adversário. Pode ser uma ação essencial para a
construção de contra-ataques. Deve ser estimulada sempre, principalmente entre os
jogadores que atuam como fixo, que devem buscar com segurança a interceptação
de passes para pivô.
FIGURA 5- Sequencia da antecipação ou interceptação
Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

Erros mais comuns:


 ficar passivamente atrás do atacante (principalmente, na posição de fixo);
 não perceber o momento ideal para a realização da interceptação;
 buscar a inteceptação precipitadamente, mostrando ao atleta detentor da
posse de bola, seu intuito e posicionamento. Desta forma, o atleta não
passa a bola, ou é criada nova linha de passe nas costas do mesmo.

Ações individuais defensivas no contexto com a bola (2 e 3)


Passamos, agora, para os próximos níveis de análise, em que se destaca a
ação individual do defensor em relação ao seu adversário direto que está de posse
de bola. Assim sendo, as ações defensivas seguintes devem dificultar as ações de
condução, passe, recepção, dribles e chutes por parte do atacante.

FIGURA 6- Representação da estrutura funcional com presença da bola


2.3 Aproximação
A aproximação refere-se ao deslocamento do defensor em direção ao
adversário que receberá a bola, buscando a distância e o equilíbrio adequados para
executar a ação de abordagem. É necessário que defensor tenha a correta noção do
momento certo e da velocidade apropriada para deslocar-se, a fim de estabelecer-se
numa posição de equilíbrio e numa distância adequada para as ações posteriores.

FIGURA 7- Sequencia da aproximação


Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

Erros mais comuns:


 chegar muito rapídamente sem muito equilíbrio;
 lentidão na aproximação que dará muito tempo de análise, percepção e
tomada de decisão ao adversário.

2.4 Abordagem
A abordagem caracteriza-se pela ação do defensor sobre o adversário direto
que já está com a posse da bola, procurando recuperá-la ou dificultar a intenção
deste atacante.
Nessa ação direta sobre o adversário que tem a posse da bola, o defensor
deverá sempre adotar um comportamento ativo sobre o atacante, havendo
possibilidades distintas que devem considerar o local da quadra e o pé dominante do
oponente.
FIGURA 8- Abordagem
Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

A abordagem, mesmo sendo uma ação individual, deve estar inserida em um


contexto tático prévio, em que na impossibilidade de recuperar a posse de bola, o
atacante seja impedido de progredir para determinado espaço da quadra, ou tenha
que utilizar seu pé não dominante durante a ação.
Um aspecto indispensável à boa abordagem é a intensidade de execução:
quanto mais intensa e ativa for a abordagem, maior será o estresse gerado ao atleta
de posse de bola. O mesmo terá que bucar protegê-la, sendo que para isso será
obrigado a olhar para a bola, deixando, mesmo que por poucos instantes, de
perceber aspectos relevantes ao bom prosseguimento de sua ação.
Um bom equilíbrio corporal permite ao defensor que executa uma abordagem,
basicamente, duas possibilidades:
1° - tentar tomar a bola do adversário direto;
2°- retirar a iniciativa do atacante, criando insegurança no mesmo, através de
simulações e/ou mudança nos posicionamentos das pernas
Vale destacar que a distância do defensor para o atacante deve diminuir à
medida que se aproxima do gol a ser defendido, porém sem esquecer que um erro
na abordagem pode acarretar em um maior prejuízo. Vale também destacar que
quando se marca um jogador com o pé trocado nas alas, ou seja, um atleta destro
na lateral esquerda ou um atleta canhoto na lateral direita da quadra deve-se evitar,
principalmente, o seu drible para o corredor central.
Erros mais comuns:

 adotar uma postura passiva ou muito distante do adversário direto. Além


disso, não considerar as características do atacante com a bola (nível de
qualidade no drible, no passe ou pé dominante) e do setor da quadra

2.5 Bloqueio de passes e chutes


É o modo de impedir que a bola passada e, principalmente, chutada pelo
adversário atinja o objetivo pretendido. Esta ação tem sido muito utilizada
atualmente como forma de bloquear a trajetória da bola, a partir do momento em que
a mesma já saiu do pé do executante. Existem duas técnicas básicas de execução:
- Postura em “L”: é utilizada quando o defensor já se encontra, relativamente em
uma linha reta entre o executante e o gol, ou seja, o defensor encontra-se na linha
de chute. Assim, o defensor procura, com seu corpo, tornar-se um obstáculo maior
para tentar evitar a passagem da bola, flexionando o joelho da perna de apoio e
posicionando lateralmente a outra perna, em forma de L, através da aproximação do
seu joelho no chão.

FIGURA 9- Postura em “L” para travar chutes e passes


Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

- Carrinho na trajetória: é utilizado quando o defensor não se encontra numa posição


favorável para bloquear a trajetória da bola e precisa lançar-se, de forma deslizante
pelo solo, a fim de chegar mais rápido para o bloqueio da trajetória da bola.
Ressaltamos que esta é uma ação a ser feita sem a disputa da bola, para que não
seja interpretada como faltosa.
FIGURA 10- Sequencia do “carrinho na trajetória da bola”
Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

Erros mais comuns:


 na postura em “L”, não abaixar o necessário, permitindo que a bola passe
por baixo e crie dificuldades para o próprio goleiro.

 lançar-se, no solo, de modo deslizante (carrinho) tendo contato com a


bola de posse do adversário, o que é considerado falta, de acordo com as
regras da modalidade.
3 CONTEÚDOS TÉCNICO-TÁTICOS DEFENSIVOS DE GRUPO

3.1 Ajuda

Na ajuda, ocorre um posicionamento que visa criar uma situação de


superioridade numérica, geralmente de 2x1, da defesa em relação ao ataque. Inicia-
se quando o adversário realiza um passe em profundidade, geralmente para o pivô.
A partir daí, o defensor percebe que seu adversário direto não participa efetivamente
da jogada e nem oferece risco ao gol a ser defendido e desloca-se em direção à
bola. Desse modo, esse defensor procura auxiliar o seu colega que marca o jogador
que tem a posse de bola. É uma ação que exige a tomada de decisão por parte do
defensor, pois muitas vezes ele tem que optar por acompanhar seu oponente direto,
ou ajudar o seu colega.

FIGURA 11- Ajuda


Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

Erros mais comuns:


 lentidão e indecisão, por parte do defensor da linha mais avançada, na
aproximação para a ajuda, propiciando ao adversário de posse de bola,
tempo suficiente para a condução/drible ou passe para o companheiro;
 precipitação por parte do defensor mais recuado que faz a abordagem
com objetivo de desarmar e não permite que seu colega tenha tempo
para retornar e configurar a superioridade numérica defensiva.
3.2 Dobra

Ação similar à ajuda, porém é diferenciada pelo fato de ocorrer geralmente


um pouco mais distante do gol a ser defendido do que a ajuda, em virtude do início
da dobra ser desencadeado por um passe lateral ou por um passe para trás por
parte da equipe atacante. Além disso, o defensor geralmente realiza esta ação
quando percebe uma grande aproximação entre o atacante de posse de bola e o
colega deste que irá receber o passe. Deste modo, ocorre consequentemente uma
aproximação dos respectivos defensores que, após a definição do passe, deslocam-
se em direção ao atleta receptor do passe, configurando também uma situação de 2
defensores contra um atacante que tem a posse da bola. Porém vale destacar, que
esta situação da dobra provoca a ausência de marcação em um dos atacantes,
devendo ser imediatamente compensada pela flutuação de um terceiro defensor.

FIGURA 12- Dobra


Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

Erros mais comuns:


 pouca atitude na postura dos atletas defensores em tentar tomar a bola,
criando chance para o adversário perceber possibilidades de saída desta
ação defensiva.

3.3 Cobertura e sobreposição de cobertura

Ato de apoio que assegura proteção a uma determinada situação. A cobertura


é uma ação de cooperação em que o defensor, que estava flutuando, abandona o
seu adversário direto e coloca-se numa determinada posição, impedindo a
progressão do atacante que superou o seu colega.

FIGURA 13- Sequencia da ação de cobertura


Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

As ações de cobertura, muitas vezes, são realizadas nos corredores laterais.


Inclusive, podem ocorrer, a partir de uma estratégia da equipe, em que a abordagem
sobre o atacante de posse de bola “induz” o mesmo a conduzir/driblar para próximo
da linha lateral, sofrendo uma nova abordagem de um defensor de uma linha mais
recuada (o que pode caracterizar uma ação de cobertura). Esta combinação tem
sido muito utilizada nos sistemas coletivos zonais (alguns deles denominados de
marcação quadrante).
Outra possibilidade de considerarmos como uma ação de cobertura, seria
cobrir eventuais linhas de passe, não devidamente fechadas pela abordagem ao
jogador de posse de bola (são popularmente chamadas de “fechar o meio”). Essa
ação deve considerar a indicação/intenção do portador da bola e a distância/postura
do seu adversário direto.

FIGURA 14- Coberturas de linhas de passe (“fechar o meio”)


Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.
A sobreposição de cobertura nada mais é do que uma proteção ao atleta que
saiu na cobertura de seu companheiro. Tal procedimento permite recuperar o
equilíbrio defensivo coletivo, o quanto antes, por meio de sucessivas coberturas.

FIGURA 15- Sequencia da sobreposição da cobertura


Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.

Erros mais comuns:


 o atleta se preocupar com seu marcador direto e não se preocupar com a
possibilidade de auxiliar seu companheiro de equipe;
 perceber a possibilidade de auxiliar seu companheiro, mas não chegar
“no tempo”, para fazer a cobertura.

3.4 Troca de marcação

É uma ação conjunta entre os defensores que, após iniciarem o


acompanhamento, percebem o sentido de deslocamento dos seus adversários
diretos, e interrompem seus deslocamentos, decidindo continuar em seus setores
iniciais para manter o equilíbrio numérico defensivo.

FIGURA 16- Sequencia da troca de marcação


Fonte: SOUZA; SILVA, 2007.
Tem sido bastante utilizada contra ações ofensivas de cruzamentos e
bloqueios, além de evitar o desgaste físico. Exige, porém, muito conhecimento
tático, percepção e comunicação para evitar desencontros entre os defensores.
Recomenda-se que seja desenvolvida apenas quando a ação de acompanhamento
estiver bem consolidada.

Erros mais comuns:


 falta de comunicação visual e verbal entre os defensores;
 não realizar um acompanhamento inicial e alternância de atenção, para
visualizar o novo atacante a ser marcado e efetuar a troca.
4 ATIVIDADES PRÁTICAS

Neste material, as ações técnico-táticas individuais e de grupo defensivas


serão também ensinadas/desenvolvidas e aprimoradas por meio de atividades
práticas. As mesmas serão didaticamente descritas por meio de vídeos, após o
envio do e-mail, que recomendamos que sejam assistidos, com a utilização de fone
de ouvido, conforme informado na apresentação deste material.

Nos vídeos, por meio do quadro tático, a atividade será descrita quanto a sua
estruturação básica (espaço, estrutura funcional, materiais, etc) e desenvolvimento
padrão (dinâmica e regras de funcionamento). Em quase todas as atividades,
principalmente aquelas relacionadas às ações individuais, será realizado também
um detalhamento técnico-tático, por meio de filmagens de comportamentos dos
atletas, abordando exigências motoras e cognitivas nas ações dos jogadores.

As atividades apresentadas são propostas iniciais, cabendo ao professor


adaptá-la de acordo com a sua realidade. Ou seja, ajustes sobre nível de
dificuldade, tarefas alternativas, espaço utilizado, estruturas funcionais, tipos e
quantidades de metas, etc., devem ser constantemente pensadas de modo a
otimizar a exercitação.

Apenas para ilustrarmos, citamos como exemplo a atividade 4: caso esteja


muito difícil para o defensor evitar que a bola seja colocada sobre o cone, pode-se
exigir que o atacante tenha que quicá-la antes de colocá-la sobre o cone, destinando
mais tempo para o defensor e reduzindo o nível de dificuldade para o mesmo.

Além disso, os rodízios de posições e funções entre os participantes e/ou as


transições entre as execuções, durante a atividade, que são normalmente,
realizadas pelo número de repetições, por meta alcançada ou por tempo, também
ficam a critério do professor.

Por fim, reconhecemos o interesse e a competência dos profissionais que


investiram nesse material e temos certeza que utilizarão da melhor maneira para
otimizar suas aulas e treinamentos.
REFERËNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAYER, C. O ensino dos desportos colectivos. Lisboa: Dinalivro, 1994.

COSTA, I. T.; GARGANTA, J. M.; GRECO, P.J.; MESQUITA, I. Princípios táticos do


jogo de Futebol: conceitos e aplicação. Motriz, Rio Claro, v.15 n.3 p.657-668,
jul./set. 2009.

DAOLIO, J. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos


técnicos - modelo pendular a partir das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira
de Ciência e Movimento, Brasília, vol.10 n.4, p. 99-104, 2002.

GARGANTA, J.; PINTO, J. O ensino do futebol. In: A. Graça e J. Oliveira (Ed.). O


ensino dos jogos desportivos. Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação
Física da Universidade do Porto: Rainho & Neves Lda, v.1, 1994, p.95-136.

SOUZA, P. R. C.; SILVA, M. V. DVD Manobras Defensivas no Futsal. 2007

SOUZA, P.R.C., LEITE, T.M.F. Futsal. In: GRECO, P.J. Iniciação Esportiva
Universal: metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 1998. p.171-203

AGRADECIMENTOS

REVISÃO DE NORMAS/PORTUGUÊS
Flávia Cristina Fernandes Caetano

DIAGRAMAÇÃO
Laura Virgínia Spinola de Castro

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