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Execução de prestação alimentícia

Arts. 528 a 533 do CPC

Diferente da noção inicial, acerca da prestação de alimentos, este não se presta somente
a alimentos o sentido literal da palavra.

A prestação de alimentos se destina a manter de forma digna a subsistência de outrem,


garantindo-lhe um mínimo existencial, que deve ser visto como alicerce da vida humana, à
aqueles que não possuem condições de custeá-la.

Desta forma a prestação de alimentos destina-se a garantia da saúde, educação,


alimentação, vestuário, moradia, incluindo-se ainda o lazer, considerado atualmente essencial
para desenvolvimento sadio e equilibrado de todo ser humano. (Pontes de Miranda, Araken de
Assis e Fredie Didier Jr.).

Classificação da prestação alimentícia

Quanto a origem:

A prestação de alimentos pode se originar de três elementos: lei, convenção e ato ilícito.

Os alimentos devidos por força de lei, são chamados de legítimos e surgem em razão de
matrimônio, união estável e parentesco. (Art. .1694 do C.C; Lei 9.278/96, art. 7º - regulamenta
o §3º do art. 226 da CRFB, trata união estável).

Os alimentos voluntários, são aqueles que surgem por força de um negócio jurídico
(convenção). Ex. Legado, disposto no art. 1920 do C.C.

A prestação alimentícia advinda do ato ilícito, imposta como indenização, chamado de


alimentos indenizativos. (Art. 948, II e 950 ambos do C.C). Não se considera tal hipótese como
uma prestação de alimentos propriamente dita, o que justifica o fato de serem chamados
também de alimentos impróprios, equiparando-se a prestação alimentícia.

No tocante aos alimentos indenizativos, existe o entendimento doutrinário e


jurisprudencial (STJ), que a sua execução não pode ser realizada pelos meios executivos
previstas paras os demais tipos de prestação de alimentos (legítimos e voluntários), ex. desconto
em folha, prisão civil e etc., aplicando-se exclusivamente aos alimentos indenizativos o art. 533
do CPC.

Porém alguns doutrinadores, Marinoni, Sergio Cruz Arenhart e Daniel Amorim


Assumpção descordam de tal entendimento, sob a alegação de não haver justificativas para tal
diferenciação. Tendo em vista que em diversas ocasiões os alimentos que decorrem de ato ilícito
que incapacita a vítima, que passa a depender deles para sua mantença. Assim, permitir medidas
executivas mais incisivas (desconto em folha, prisão civil etc), traria eficiência a tutela concedida,
prestigiando o direito fundamental disposto no art. 5º, XXXV da CRFB, destacando ainda o art.
139, IV do CPC, que autoriza o uso de medidas atípicas pelo julgador para assegurar o
cumprimento da ordem judicial, dando efetividade ao bem da vida. Porém conforme já
destacado anteriormente, este não é o entendimento adotado, inclusive pelo STJ, tratando-se
de uma doutrina minoritária.

O referido artigo trata de uma peculiaridade destinada somente aos alimentos


indenizativos, qual seja, a constituição de renda para assegurar o cumprimento da obrigação
através dos frutos advindos desse capital, que pode ser realizada através de direitos reais sobre
bens imóveis, aplicação financeira em banco oficial etc., estes permanecerão sob o domínio do
executado, porém se tornam inalienáveis e impenhoráveis para os demais credores,
constituindo-se ainda um patrimônio de afetação.

Importante salientar que a constituição de renda disposta no art. 533 não é uma medida
necessária ou ainda que possa ser determinada de oficio pelo magistrado, tal fato pode ser
extraído da literalidade da letra de lei, que é claro, no sentido de que a medida depende de
requerimento do exequente.

O §2º do art. 533 do CPC, admite ainda que tal medida seja substituída, pela inclusão do
exequente na folha de pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade econômica, ou
ainda a requerimento do executado, por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser
arbitrado de imediato pelo juiz.

Sendo possível o aumento ou diminuição dos valores, diante de modificações nas


condições econômicas.

Destacando que tanto a revisão como a exoneração de alimentos devem ser requeridas
em ação própria.

Quanto a estabilidade da prestação alimentícia

Neste aspecto os alimentos podem ser classificados em definitivos e provisórios.

Sendo os alimentos definitivos aqueles determinados na decisão final pelo órgão


julgador diante do exaurimento da fase de conhecimento.

Os alimentos provisórios por sua vez, são aqueles determinados no processo em que se
pleiteia alimentos definitivos, visando garantir desde já a mantença daquele a quem se destina
tal verba, para tanto exige-se a comprovação de parentesco ou da obrigação de prestar
alimentos. (Art. 2º e 4º da lei 5478/1968, ou ainda nos termos do art. 300 do CPC, casos em que
sua concessão estará condicionada a demonstração de probabilidade de direito e do perigo de
dano ou risco ao resultado útil do processo. (tutelas de urgência).

Em ambas as hipóteses (alimentos provisórios ou os definitivos certificados em título


judicial provisório), a forma de execução será a mesma, em autos apartados (Art. 531, §1º do
CPC), tendo em vista que os autos principais ficarão destinados ao processamento da fase de
conhecimento (provisórios), ou ao processamento da apelação, se estivermos tratando de uma
sentença definitiva. Neste ultimo devemos observar o disposto no art. 1012, §1º, II do CPC, que
prevê a sentença de alimentos surte efeito de forma imediata, após sua publicação.

Aplicando-se ainda no que couber, a execução de título provisório o regramento do art.


520 e ss do CPC.

No tocante aos alimentos definitivos, fixados em sentença transitada em julgado,


ocorrerá nos próprios autos. (art. 531, §2º do CPC).

Ritos próprios para execução de alimentos – art. 528 do CPC

Rito de prisão

O Rito disposto no art. 528 “caput” e §§ 3º e 7º do CPC, diz respeito as três ultimas
prestações devidas antes da execução e as que vencerem posteriormente, lembrando que não
há necessidade de aguardar o vencimento da terceira parcela para se promover a execução
(entendimento 4ª turma do STF, AgRg no REsp 561.453/SC), submetendo-a a este rito
processual (conhecido como rito de prisão, pois se admite a prisão civil do devedor), tais
alimentos são ditos como futuros/atuais.

Súmula 309 do STJ x Art. 528, §7º do CPC

Anteriormente a 2015, o entendimento do STJ, era de que havia a necessidade de se


aguardar o vencimento das 3 prestações atuais, para que a cobrança fosse realizada pelo rito de
prisão.

Após o CPC/2015, o entendimento trazido pela própria lei (art. 528, §7º) e ratificado
pelo STJ no recurso citado acima, é de que o debito alimentar que autoriza a prisão do devedor
é o correspondente até as 3 ultimas prestações devidas antes do ajuizamento da ação, deixando
cristalino a desnecessidade de se aguardar o vencimento das três prestações para ingresso do
execução por este rito processual.
Rito de penhora

Disposto no art. 528, §§8º e 9º do CPC, dizem respeito aos alimentos pretéritos, ou seja,
aqueles que já perderam a natureza alimentar, por não mais servirem para manter a
subsistência do credor, sendo a execução procedida por expropriação.

Meios executivos: Protesto da decisão, prisão civil, desconto e


expropriação.

Cumprimento de sentença por coerção indireta: protesto e a prisão civil – Art. 528, §§1º
ao 7º

Aquele que foi condenado a prestar alimentos, seja por decisão interlocutória ou por
sentença, será intimado pessoalmente, para que no prazo de 3 dias: pagar, provar que já pagou
ou justificar a falta de pagamento.

Realizado o pagamento, o juiz sentenciará, extinguindo o feito.

Diante da não realização do pagamento é licito que o devedor apresente sua defesa, o
que não se confunde com impugnação, tal defesa na pratica é chamada de justificação,
momento em que o devedor poderá alegar:

A) Já pagou, ou a existência de outro fato extintivo ou impeditivo. Ex. novação ou transação


B) Impossibilidade absoluta de pagara

Importante destacar a respeito do item B, que trata-se de um conceito jurídico


indeterminado e deve ser preenchido pelo magistrado no caso concreto.

Didier defende a ideia de que tal justificação deve ser analisada com maior tolerância
pelo órgão jurisdicional, considerando que em determinados casos a parte não tem condições
de contratar um advogado e acaba por apresentá-la sem um defensor constituído, situações em
que o juiz não deve rechaçá-la, desentranhando-a dos autos, considerando ainda que não
examinar a defesa apresentada, poderá acarretar a prisão civil de maneira indevida. (Didier,
2018, p. 738).

Comprovada a impossibilidade, o juiz não extinguirá o feito, ou seja, o executado não se


eximirá da obrigação, porém o juiz deverá dar seguimento ao feito, determinando a penhora e
todos os demais atos relativos a expropriação patrimonial. Não sendo encontrado bens a
execução ficará suspensa, até que surjam bens suficientes para satisfação do crédito.
A suspensão se dará pelo prazo previsto no art. 921, III, §1º do CPC, qual seja, 1 (um)
ano. Após decurso de tal prazo, na hipótese de não localização de bens penhoráveis, o juiz
ordenará o arquivamento dos autos, que poderá ser desarquivado a qualquer tempo, em caso
de localização de bem passiveis de penhora.

Prescrição intercorrente X execução de alimentos.

Aquela que ocorre no curso do processo de execução por inercia do exequente, a


demora por motivos ligados a morosidade dos mecanismos do Judiciário não justifica uma
prescrição intercorrente.

O prazo para sua ocorrência, se dá após escoado o prazo disposto no art. 921, §1º do
CPC, sem qualquer manifestação do exequente. (§4º do art. 921 do CPC).

A prescrição intercorrente possui o mesmo prazo para pretensão do direito material,


seguindo as regras do art. 206 do C.C. (Súmula 150 do STF)

Prescrição x absolutamente incapazes art. 3º c/c art. 197 e 198 ambos do C.C

De acordo com tais diplomas do Código Civil, não ocorre prescrição entre ascendentes
e descendentes durante o poder familiar e contra os incapazes elencados no art. 3º do C.C

A não comprovação do pagamento e nem de impossibilidade de realiza-lo:

a) juiz mandará protestar a decisão. (Art. 517 c/c 528§1º do CPC)


Especificamente nas obrigações de alimentos, o protesto pode ser realizado tanto nos
casos de cumprimento definitivo, quanto nos casos de cumprimento provisório, considerando a
natureza do crédito, bem como a determinação do protesto pode ser realizada de ofício.
O protesto da decisão, não impede o prosseguimento da execução, tampouco a prática
dos demais atos executivos.
b) decretar a prisão civil do executado (arts. 528, “caput” e §§3º-7º do CPC)

Natureza jurídica da prisão civil: medida coercitiva, tem por objetivo forçar o
cumprimento da obrigação por parte do devedor. Desta forma diante do adimplemento do valor
devido, deve a ordem de prisão ser suspensa pelo juiz, conforme art. 528, §6º do CPC,
justamente por não guardando relação com punição, pena ou sanção.

Independentemente se o cumprimento for provisório ou definitivo, a prisão civil será


determinada nos casos em que não houver o pagamento, ou a justificativa não for aceita ou
apresentada.
O entendimento do STJ é de que a prisão não pode ser decretada de oficio, devendo
haver desta forma requerimento do exequente, porém nos casos em que o Ministério Público
requerer a prisão do devedor, não há que se falar em prisão de oficio. (STJ, 4ª Turma, HC n.
269.430/MS Rel. Min. Marco Buzzi, 13/08/2013).

Conforme dito anteriormente o decreto da prisão civil por alimentos somente poderá
dizer respeito as três prestações anteriores ao ajuizamento da ação, bem como as que vencerem
no curso do processo, tendo em vista que as prestações anteriores as três últimas, já não mais
possuem natureza alimentar, ou seja, de manter a subsistência do alimentando.

Após o decreto da prisão, o devedor poderá ser mantido preso pelo período de três
meses, conforme prevê art.528, §3º do CPC.

O devedor de alimentos deverá ser mantido em separado dos presos comuns, tendo em
vista que não cumpre qualquer pena por nenhum crime, estando somente sob submissão de
coerção psicológica.

Paga a divida ou findo o prazo máximo da prisão, o devedor deverá ser colocado em
liberdade, considerando que a mantença do devedor preso por tempo excedente ao prevista na
lei constitui manifesta ilegalidade, a ser ataca por “habeas corpus”.

Não mais será permitida a prisão do devedor pelas mesmas prestações vencidas, porém
sobrevindo o vencimento de novas prestações, será cabível nova prisão.

Em face da decisão que determina a prisão do devedor agravo de instrumento, sendo


licito ao relator a pedido do agravante suspender a ordem de prisão. Ou ainda é cabível o
“habeas corpus” caso haja manifesta ilegalidade no decreto da prisão.

Porém não é possível utilizar-se de tais mecanismos de forma simultânea, sob pena de
litispendência, existindo uma conexão e o decisões conflitantes, sendo sanável tal vicio com a
suspensão de um dos feitos.

Cumprimento de sentença por desconto

Previsto no art. 529 do CPC, onde a efetivação da obrigação pode se dar através do
desconto em folha de pagamento.

Tem inicio por meio do requerimento do credor, em petição que deve ser solicitada a
ordem de desconto em folha, referente a pagamento de prestação alimentícia.

Recaindo sobre o credor o ônus de informar a fonte pagadora a qual se destina a ordem
de desconto, na hipótese de não dispor da informação, é licito que requisite ao juízo, que
requeira as informações necessárias a repartições públicas, determinando se for o caso quebra
do sigilo bancário e fiscal do executado.

Após o requerimento, haverá intimação do devedor, para que querendo apresente sua
impugnação, no prazo de 15 dias (aplicação por analogia do art. 523 do CPC), sob pena de
expedição de oficio determinando o desconto na fonte pagadora a partir da primeira
remuneração posterior, a contar do protocolo do oficio.

Deverão constar nesse oficio as seguintes informações: Nome e CPF do credor e do


devedor, valor da prestação a ser descontada mensalmente, tempo da sua duração e a conta
bancária que receberá o depósito.

A eficácia desse meio executivo irá depender da estabilidade social do devedor de


alimentos, o que se verifica nos casos em que a parte possui relação empregatícia, estatutária
etc,. Eficiência essa que não ocorre nos casos de profissional liberal, por não serem remunerados
por folha regular de pagamento para sofrer o desconto.

A execução por desconto se aplica tanto para alimentos futuros como pretéritos, assim
poderão ser descontados alimentos vincendos e vencidos, sendo que os vencidos poderão ser
descontados de forma parcelada, desde que a soma do parcelamento e da obrigação regular de
alimentos não ultrapasse 50% dos ganhos líquidos do executado, (art. 529, §3º, do CPC) com
intuito de preservar a dignidade da pessoa humana .

Cumprimento de sentença por expropriação.

Fica a critério do credor a escolha pelo rito, seja por expropriação ou por coerção, porém
uma vez escolhido o rito de expropriação não será possível trilhar o caminho do cumprimento
por coerção, com o emprego da prisão civil.

Aplica-se a esta espécie de cumprimento de sentença, as regras já vistas do


cumprimento definitivo da sentença para pagamento de quantia certa, do art. 523 e ss.

Referências bibliográficas:

➢ Gonçalves, Marcus Vinicius Rios, Direito processual civil esquematizado– 8. ed. – São
Paulo : Saraiva, 2017;
➢ Theodoro Júnior, Humberto. Curso de Direito Processual Civil – vol. III. 51. ed. rev.,
atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017;
➢ Didier Junior, Fredie, Braga, Paula Sarno e outros - Curso de Direito Processual Civil –
vol. 5, 8ª ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Editora JusPodivm, 2018;
➢ Neves, Daniel Assumpção Neves, Manual de Direito Processual Civil, volume único,
10ª ed. rev. e atual. Salvador: Editora JusPodivm, 2018;
➢ BRASIL. Lei 13.105 de 16 de março de 2015
➢ Neves, Daniel Assumpção Neves, Novo Código de Processo Civil comentado, 3. ed. rev.
e atual. Salvador: Editora JusPodivm, 2018;

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