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TEMPOS MODERNOS

O filme Tempos Modernos de Charles Chaplin faz uma crítica contundente,


sarcástica e irônica ao sistema capitalista de produção, sobretudo na passagem da sua fase
industrial para a monopólica ou imperialista. Após a Revolução Industrial ocorrida na
Inglaterra houve um crescente processo de urbanização e industrialização que
culminaram com o aumento exacerbado da massa de trabalhadores desempregados,
chamados por Marx de exército industrial de reserva, pois não tinha a quem vender a sua
força de trabalho. Com efeito, as cidades foram inundadas por pessoas famintas, inanes e
desesperadas por condições mínimas de sobrevivência.
No filme, Chaplin protagoniza o personagem Carlitos, um operário simples que se
obriga a sujeitar-se as condições deploráveis de opressão e exploração impostas pelos
industriais, donos dos meios de produção, portanto, dominantes do trabalho. Na fábrica
onde trabalhava, percebe-se a implementação dos modelos de produção taylorista-
fordista, os quais visam a racionalização, sistematização e o total controle do processo
produtivo mediante a minimização do tempo de trabalho socialmente necessário e a
maximização do tempo de trabalho excedente. Isto fica notório no momento em que é
apresentado ao dono da fábrica de montagem uma máquina que alimenta os operários ao
mesmo tempo em que estes trabalham diminuindo, assim, o tempo despendido para o
almoço. Carlitos, assim como milhares de outros operários, era tratado apenas como um
objeto de troca, um apêndice da máquina, uma mercadoria de baixo custo e valorização.
A fragmentação da produção, ou seja, a ampliação da divisão técnica do trabalho
dentro das unidades fabris alienou física e psicologicamente os trabalhadores que, por sua
vez, não mais dominam as etapas do processo produtivo, passando desta forma a
desconhecer o fruto do seu trabalho e a fetichizá-lo como algo soberano de poder extremo
capaz de dominá-lo e desvalorizá-lo.
O aperfeiçoamento e o desenvolvimento da produção, o acúmulo de lucros de forma
cada vez mais ascendente e a valorização do capital são os objetivos visados pelos que
exploram a força de trabalho, mesmo que para isso seja necessário submeter os
trabalhadores a péssimas e insalubres condições de produção. Constantemente
pressionado para produzir mais e mais através do aumento da velocidade da esteira,
Carlitos não suporta tamanho constrangimento e desenvolve uma série de doenças
mentais, como o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) causado pela repetição
frenética de movimentos. Este momento do filme caracteriza-se como o conflito gerador
de todos os outros acontecimentos.
Carlitos é internado num hospital psiquiátrico e ao sair é preso por ser confundido
com um líder comunista. Na prisão impede uma fuga de penitenciários e é recompensado
com a liberdade, porém o ingênuo e sofredor não fica feliz com a decisão, pois na prisão
possuía um espaço para dormir, descansar e o que comer, diferentemente das ruas onde o
trabalho era uma incerteza e a fome e a miséria uma realidade inevitável. A partir de então
sua vida é marcada por episódios desagradáveis, como as prisões que se tornam
frequentes e injustas. Conhece e se apaixona por uma pobre moça órfã de mãe e pai, a
qual vive da vagabundagem e sujeita-se a roubar para alimentar suas irmãs famintas.
Talentosa para a arte da dança é contratada para fazer shows em um restaurante onde
conseguiu um emprego também para o seu mais recente amado. Carlitos atrapalhado para
servir se revela um talentoso cantor. Porém, a jovem é foragida do poder estatal por ser
menor de idade e considerada vagabunda. É forçada a ficar sob custódia do Estado, no
entanto, foge com Carlitos para longe tentando reconstruir uma nova vida nas incertezas
da emergente sociedade burguesa moderna.

GLOBALITARISMO
O geógrafo Milton Santos foi um dos poucos pensadores brasileiros realmente
preocupado com os grandes problemas em relação à população marginalizada pelo
perverso processo de globalização. Ele não era contra a globalização e sim contra o
modelo da globalização vigente no mundo atual, o qual era chamado por ele
de “globalitarismo”.
O Mundo Global Visto do Lado de Cá, é um documentário que foi produzido pelo
cineasta brasileiro Silvio Tendler, onde ele e o geógrafo Milton Santos discutem os
problemas da globalização sob a perspectiva das periferias e dos países chamados “em
desenvolvimento”. Silvio traz um cenário em que a globalização mostra toda sua
crueldade. Falas e imagens do centro e da periferia evidenciam o abismo existente entre
ricos e pobres, revelando o dinamismo do processo do cidadão protagonista dos tempos
agonizantes da globalização.
Durante o documentário, Milton se refere com frequência ao
termo “globalitarismo”, termo utilizado por ele para expressar o totalitarismo que as
nações hegemônicas impõem sobre as camadas populares, seja no âmbito econômico ou
social. Segundo o geógrafo, estamos vivendo um segundo momento da globalização,
onde se apresenta uma fragmentação dos territórios.
Ele se refere também ao humanismo como sendo o motor inicial da globalização,
que é substituído pelo consumo excessivo. Propõe novas maneiras de se combater a
informação desfigurada na maioria das vezes pela mídia. Onde a partir destas
informações, a realidade dos fatos como por exemplo: o desemprego, a pobreza e até a
miséria são vistos como algo normal. O documentário deixa claro que somos manipulados
a todo instante pela mídia, de forma que só enxergamos e ouvimos o que é transmitido
por ela. Devemos por um ponto final nesta situação, e mudar nossas concepções em
relação à sociedade consumista.
Devemos enxergar o próximo como um cidadão que possui necessidades e
carências como as nossas. Infelizmente hoje em dia não há espaço para a maioria da
população nem se quer para garantir seus itens básicos de sobrevivência.
Hoje não se vê democracia de fato e a cidadania infelizmente está se tornando uma
utopia. O que realmente existe é uma falsa democracia convocada a cada quatro anos.
Precisamos compreender que a nossa cidadania realmente tem que ser posta em prática a
todo o momento. E uma das alternativas para tal prática são os movimentos populares.
Apesar destas manifestações não mudarem todo o sistema, mudam situações, o que já é
um bom começo. O que devemos ter em mente é que a mudança deve partir de todos nós.

O documentário ¨O mundo global visto do lado de cᨠdo cineasta brasileiro Sílvio


Tendler (2002), aborda as conseqüências deixadas pela globalização na visão do
Geógrafo e intelectual baiano Milton Santos, destacando os períodos de exploração e
descobertas e a globalização econômica, sobretudo a expansão do capitalismo para o
mundo e as marcas deixadas por esse sistema.
Em primeiro momento o documentário faz um paralelo entre colonização e
globalização mesmo se tratando de épocas diferentes, mas, com a mesma finalidade:
dominar, administrar, comercializar, explorar e expandir um território já habitado
dizimando e destruindo culturas e povos. Após a guerra fria começou o processo de
globalização e assim iniciou a corrida para o domínio do mercado mundial. A divisão do
planeta em dois mundos, Norte e Sul, onde ao norte encontram-se os países desenvolvidos
e ao sul do globo os países subdesenvolvidos ou países de terceiro mundo, ficando claro
a desigualdade entre os dois mundos. Segundo Santos, “deve-se considerar a existência
de pelo menos três mundos em um só: o primeiro seria a globalização como fábula, o
segundo como ele é, e o terceiro o mundo como ele pode ser” (SANTOS, 2006 Pág 9).
Através dessa concepção, podemos afirmar que para cada classe social a globalização é
vista de diferentes formas.
O Consenso de Washington mostra a globalização de forma perversa propondo
aos países da América Latina regras para retomada do crescimento. Elevação de impostos,
juros altos e privatizações deram forças aos setores privados demonstrando a
incapacidade do estado em administrar. No Equador, a dolarização da economia provocou
recessão levando a população a se rebelar contra o governo. Na Bolívia a privatização da
água explodiu uma gigantesca revolta popular forçando o estado a desprivatização. Na
Argentina com a abertura do mercado levou a quebra do país: fabricas fecharam,
empreendimentos abandonados, trabalhadores converteram-se em catadores de lixo, a
classe média perdeu suas economias com enfraquecimento da moeda. No Brasil a
privatização de grandes estatais gerou protestos isolados a ilusão da moeda forte e o
consumo fácil paralisaram a população.
Para o autor a relação entre a globalização e território se dá por uma rede planetária
utilizada por grandes empresas para controlar e se territorializar, sendo que para montar
um único produto adquire-se peças fabricadas em vários países, espalhando uma única
empresa em vários lugares, dividindo o trabalho desigual, explorando e se beneficiando
da pobreza. Enquanto a globalização permite a livre circulação de mercadoria, dinheiro e
serviço proíbem a circulação dos indivíduos. A Europa e os Estados Unidos se tornam as
principais rotas de imigrantes, onde pessoas se arriscam em transportes clandestinos
morrendo de sede no deserto, outros afogados quando a embarcação naufraga, ou até
mesmo quando são detido e repatriado para seu país de origem podendo receber até
sentença de morte.
O monopólio da mídia mundial está concentrado nas mãos de um pequeno grupo
na qual a informação pode ser deturpada de acordo com interesses político e econômico.
Afinal, a informação que chega para a massa popular é totalmente manipulada que em
vez de esclarecer, confunde.
O capitalismo cria divisões entre as classes, restringe o espaço no qual o acesso se
torna seletivo, essa restrição se dá por força física, racial, moral e econômica. O dinheiro
se torna nesse mundo perverso o centro de todas as ações. Sendo assim, o homem perde
importantes valores de humanidade, por exemplo, a compaixão e a solidariedade.
Atualmente, o outro é visto como um inimigo a ser vencido, um obstáculo. A
competitividade tem como norma a guerra, e o consumo tornaram-se um verdadeiro
regime totalitário.
Sendo assim, podemos dizer que o autor aborda questionamentos pertinentes e
importantes que geram discussões acerca do mundo contemporâneo, possibilitando aos
seus leitores um entendimento mais aprofundado e crítico sobre o assunto. Este
documentário é uma boa indicação, pois trás vários exemplos reais do nosso cotidiano,
expandindo assim o nosso conhecimento, trazendo um novo olhar sobre os processos da
globalização.

A HISTORIA DAS COISAS

A história das coisas é um filme dinâmico e objetivo, que fala dentre outros
assuntos, sobre o consumo exagerado de bens materiais, e o impacto agressivo que esse
consumo desregrado acaba exercendo sobre o meio ambiente. O filme é apresentado por
Annie Leonard, e mostra de uma maneira bastante clara todo o processo que vai desde a
extração da matéria, confecção do produto, venda e ideologia publicitária, facilidade de
compra e falsa idéia de necessidade, até o momento em que vai parar nos galpões de lixo
ou incineradores. Fala também do mal que esses resíduos tóxicos presentes na confecção
e/ou incineração do produto causam não só ao meio ambiente, mas também à saúde da
população em geral. A confecção do produto depende de meteria prima, muitas vezes
encontrada em abundância na natureza, porém utilizada de maneira irresponsável, altera
não só as condições climáticas e ambientais como torna essa mesma matéria antes em
abundância, muitas vezes, escassa. Esse consumo é estruturado em uma política que se
baseia na reposição do produto, ao invés de estimular a duração. Logo os bens são feitos
com tempo de uso curto e limitado, fazendo com que de pouco em pouco tempo seja
necessária uma nova aquisição do mesmo produto, por uma versão mais “atual”. O filme
é voltado para diversos públicos, embora fique claro se tratar das especificidades de um
determinado país [no caso Estados Unidos da América, atualmente um dos países que
mais retira matéria prima e que mais estimula o consumismo nacional e internacional].
Existe também no filme, uma clara preocupação em mostrar como funciona o mecanismo
de publicidade e toda a ideologia de consumo existente por trás dessa “necessidade de
ter”. Que hoje em dia, os bens são criados para satisfazer a estética, e a aceitação por parte
da sociedade, assim, quem tem mais e quem tem o melhor, eleva-se na cadeia social,
dessa maneira, o consumismo interfere também, nas relações inter-pessoais e no status
das classes. Outro fator relevante é que esse consumo em massa e essa extração de
riquezas naturais vêem interferindo numa gradativa crescente, em questões como clima
(como um dos exemplos temos o aquecimento global), desocupação territorial por
interferência no clima ou relevo, na saúde pública, pelo aumento de substâncias tóxicas
presentes nos alimentos e produtos que utilizamos em nosso dia a dia, e principalmente,
pelo acúmulo de lixo não reciclado ou não reciclável em aterros, que contaminam o solo
e a água, ou em outro caso pior, como mostra o filme, o do lixo que é incinerado lançando
seus resíduos tóxicos diretamente no ar, aumentando a poluição, proliferação de doenças
e afetando os já citados fatores climáticos. Embora tida como utópica, a idéia para reverter
um pouco esse quadro agravante de agressão ambiental, já vem sendo implementada por
algumas grandes empresas, é a de reposição do que vier a ser extraído como matéria prima
do meio ambiente, há também quem lute pelo desligamento dos incineradores e uma
melhor estruturação do espaço reservado ao lixo, obviamente essas medidas aliadas a uma
política de uso racional de matéria prima, de preservação ambiental e estimulo de
reciclagem, gerariam resultados mais contundentes e abrangentes. Esses são alguns dos
principais fatores que serão abordados durante o documentário em questão. A história das
coisas, mostra com uma pitada de humor, os padrões de consumo impostos pela mídia e
pelas grandes empresas, e certamente nos leva a questionar o que cada um pode fazer pra
amenizar esse impacto. Vale a pena dar uma conferida!

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