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DIREÇÃO DEFENSIVA Módulo II

DIREÇÃO DEFENSIVA
DIREÇÃO DEFENSI

CONCEITO DE DIREÇÃO DEFENSIVA

Direção Defensiva é a técnica indispensável para o aperfeiçoamento do


motorista que trata de forma correta o uso do veículo na maneira de dirigir,
reduzindo a possibilidade de envolvimento nos acidentes de trânsito; ou seja: é uma
atitude de segurança e prevenção do acidentes.

Direção Defensiva é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações


incorretas dos outros e das condições adversas que encontramos nas vias de
trânsito.

ACIDENTE DE TRÂNSITO

Todo evento ocorrido na via pública, decorrente do trânsito de veículos e


pessoas, que resulta em danos humanos e/ou materiais. É decorrente de um ou
mais fatores causadores. O acidente pode ser:

EVITÁVEL - É aquele em que o condutor deixou de fazer tudo o que razoavelmente


poderia ter feito para evitar o acidente.

INEVITÁVEL - É aquele em que, apesar do condutor fazer tudo para evitar o


acidente, ele ocorre.

CONDUTOR DEFENSIVO

É aquele que preserva a sua vida e a de todos que estão à sua volta através
do emprego racional e sensato dos conhecimentos teóricos e de uma postura na
condução do veículo procurando evitar acidentes.
É importante lembrar que pesquisas realizadas apontam que a maioria dos
acidentes tem como causa o condutor (75%), falhas mecânicas (12%) e problemas
com a via (6%). Dentre os fatores relacionados com o condutor, temos:

NEGLIGÊNCIA – Ocorre quando o condutor deixa de realizar a manutenção do


veículo. Ex: Conduzir veículo que apresente equipamento obrigatório inoperante.

IMPRUDÊNCIA – Ocorre quando o condutor tem conhecimento das leis e regras de


trânsito e deixa de respeitá-las. Ex.: trafegar com velocidade inadequada para a via,
avançar sinal vermelho, entre outras.

IMPERÍCIA – Ocorre quando o condutor é imperito na prática da direção, ou seja:


não possui conhecimentos técnicos ou habilidade para realizar as manobras
necessárias ao ato de dirigir. Ex: Não conseguir manter o veículo parado em um
aclive.

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A IMPORTÂNCIA DA DIREÇÃO DEFENSIVA

Dirigir defensivamente significa completar o percurso sem desrespeito às


normas e regras de trânsito. Em sua maioria, os acidentes de trânsito são evitáveis
por um ou ambos os motoristas envolvidos, ainda que para isso seja necessário
ceder ao motorista que esteja errado.
A noção que a maioria das pessoas têm de que os acidentes podem ser
evitados torna importante a distinção entre as precauções possíveis e razoáveis a
serem tomadas por um motorista a fim de evitar o acidente.

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DA DIREÇÃO DEFENSIVA

O desenvolvimento de alguns requisitos na condução do veículo possibilitarão


ao motorista a prevenção de acidentes.

CONHECIMENTO – É preciso conhecer as leis e normas que regem o trânsito. Este


conhecimento é repassado através do Código de Trânsito Brasileiro e do
aprendizado na prática. É necessário conhecer seus direitos e deveres em qualquer
situação de trânsito, como condutor ou pedestre, para evitar tomar atitudes que
possam causar acidentes ou danos aos usuários da via.

ATENÇÃO – Deve ser direcionada a todos os elementos da via e também às


condições físicas e mentais do condutor, aos cuidados e à manutenção do veículo,
tempo de deslocamento e conhecimento prévio do percurso, entre outros.

PREVISÃO – É a antecipação de uma situação de risco e podem ser desenvolvidas


e treinadas no uso do seu veículo. São exercidas numa ação próxima (curto prazo,
ex: o condutor prevê a possibilidade de riscos nos cruzamentos; ver um pedestre à
sua frente e prever complicações.) ou distante (longo prazo, ex: revisão do veículo;
abastecimento; verificação de equipamentos obrigatórios.), dependendo sempre do
seu bom senso e conhecimento.

DECISÃO – Dependerá da situação que se apresenta e do seu conhecimento das


possibilidades do veículo, das leis e normas relacionadas ao trânsito, do tempo e do
espaço que você dispõe para tomar uma atitude correta. É ser ágil nas suas ações,
mas não esquecendo o bom senso e sua experiência.

AÇÃO – Agir sendo um condutor capaz de manusear os controles de um veículo e


executar com perícia e sucesso qualquer manobra necessária para evitar o acidente
de trânsito, após considerar todos os elementos básicos anteriores.

Além desses elementos é preciso conhecer e aplicar as três medidas básicas


para a prevenção de acidentes:

PREVER O RISCO

CONHECER E APLICAR A DEFESA

AGIR NO MOMENTO CERTO

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CONDIÇÕES ADVERSAS

São todos aqueles fatores que podem prejudicar o seu real desempenho no
ato de conduzir, tornando maior a possibilidade de um acidente de trânsito. Existem
várias "condições adversas" e é importante lembrar que nem sempre elas aparecem
isoladamente, o que se torna um perigo ainda maior.

CONDIÇÕES ADVERSAS DA LUZ

As condições de iluminação são muito importantes na Direção Defensiva. A


intensidade da luz natural ou artificial, em dado momento, pode afetar a capacidade
do motorista de ver e de ser visto.

O excesso de claridade pode provocar ofuscamentos e a falta de luz ocasiona


penumbra, podendo provocar condições favoráveis a um acidente. Para não sofrer
um acidente, o motorista precisa se adaptar a essas circunstâncias.

A visão é mais prejudicada em dois momentos:

Ao amanhecer ou no pôr do sol, quando os raios solares estão muito inclinados e


a luz do sol inside diretamente nos olhos, causando ofuscamento.

O ofuscamento também pode acontecer devido:

Ao farol alto de um veículo vindo em sentido contrário;

Ao reflexo da luz solar em espelhos ou pára-brisas;

À passagem de um trecho muito iluminado para um trecho escuro, ou vice-


versa, como acontece nas entradas ou saídas de túneis.

Em dias de chuva, o ofuscamento causado por faróis altos é ainda maior, já


que os pingos de água no pára-brisa ampliam a luminosidade.
Muita atenção também com as queimadas à beira das estradas, porque
podem gerar muita fumaça e, em conseqüência, impedir a visão dos condutores.

Assim sendo, siga as seguintes orientações:

Em vias iluminadas, use farol baixo;


À noite, ao perceber veículo em sentido contrário, seja o primeiro a baixar o
farol.
Nas rodovias, use sempre faróis acesos em luz baixa, independente da hora
do dia. Assim, você pode ser visto mais facilmente.

Quando há ofuscamento de sua visão pelos faróis do veículo que vem em


sentido contrário, suas pupilas levam de 4 a 7 segundos para restabelecerem a
visão normal. Isto significa que um veículo a 80Km/h andará 155 metros nesses 7

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segundos enquanto o condutor está sem visão alguma. É importante observar que,
em 1 segundo, o veículo em velocidade de 80 Km/h percorrerá 22 metros.

Portanto, em um tempo razoável, procure diminuir a velocidade e alertar o


motorista que vem em sua direção, piscando os faróis. Caso s situação persista, ao
se aproximar do outro veículo procure se guiar pela faixa branca da margem direita
da via e não olhe na direção dos faróis do veículo que transita em sentido contrário.
Em tais situações utilize a visão periférica, que é a capacidade de enxergar as
coisas que estão fora do campo de visão sem que você precise olhar diretamente
para elas.

Quando a luz solar incidir diretamente nos seus olhos, proteja-os utilizando a
pala interna de proteção ou óculos protetores a fim de evitar o ofuscamento.

O ofuscamento pode também ocorrer pela reflexão da luz solar em objetos


polidos como por exemplo lagos, rios, pistas e pára-brisas.
Em dias nublados, com cerração, ao crepúsculo, logo ao amanhecer ou
dentro de túneis, faça o uso do farol baixo para que os outros percebam o seu
veículo.

Entrando ou saindo de um túnel você necessitará de um determinado tempo


para que suas pupilas voltem a se adaptar. Nesse caso, procure se distanciar do
veículo que segue à frente.

CONDIÇÕES ADVERSAS DO TEMPO

Estas condições adversas estão ligadas às condições atmosféricas: frio, calor,


vento, chuva, granizo e neblina. Todos esses fenômenos reduzem a capacidade
visual do motorista, tornando mais difícil a visualização de outros veículos. Tais
condições podem tornar-se tão extremas que o impossibilitam de ver a margem de
estradas ou as faixas divisórias.

Além de dificultar a capacidade de ver e de ser visto, as condições adversas


de tempo causam problemas nas estradas como barro, areia e desmoronamento,
deixando-as escorregadias e perigosas, proporcionando derrapagens e acidentes.

A grande maioria dos acidentes ocorridos em condições climáticas adversas


deve-se à falta de adaptação de alguns motoristas que continuam a dirigir o veículo
em velocidade incompatível. Assim, devem-se tomar medidas de segurança tais
como reduzir a marcha, acender as luzes baixas e, se o tempo estiver ruim, parar
em um lugar seguro e esperar que as condições melhorem.

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AQUAPLANAGEM OU HIDROPLANAGEM

Conceito: É a falta de aderência dos pneus à via. Ocorre em função da


formação de uma “camada” de água entre a pista e o pneu do veículo, levando o
condutor à perda do controle do automóvel.

Fatores que propiciam a aquaplanagem:

Alta velocidade;
Grande quantidade de água na pista;
Pneus lisos, com ausência de sulcos.

O que deve ser feito quando o veículo aquaplanar:


 Desacelerar suavemente;
 Segurar firme o volante;
 Manter o veículo em linha reta, o mais possível.

O que deve ser evitado :


 Frear bruscamente;
 Movimentar a direção de forma brusca.

A possibilidade do veículo mais leve aquaplanar é maior que dos veículos


mais pesados. Portanto, procure controlar sua estabilidade através da velocidade,
que deverá ser menor nos pisos molhados.

CONDIÇÕES ADVERSAS DA VIA

Antes de iniciar um percurso curto ou longo, o motorista defensivo deve


procurar informações sobre as condições das vias que vai percorrer para planejar
melhor seu itinerário, assim como o tempo que vai precisar para chegar ao destino
desejado.

O condutor deve ajustar-se às condições da via, reconhecendo o seu estado


de conservação, largura, acostamento, quantidade de veículos, para poder se

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preparar melhor para aquilo que vai enfrentar e tomar os cuidados indispensáveis à
segurança e ao uso de equipamentos que auxiliem no percurso.

São muitas as condições adversas das vias de trânsito e listamos algumas


para que você tenha idéia dos problemas que irá enfrentar:

 Curvas;
 Desvio;
 Subidas e descidas;
 Tipo de pavimento;
 Largura da pista;
 Desníveis;
 Acostamento;
 Trechos escorregadios (areia, óleo na pista, poças de água);
 Buracos;
 Obras na pista;
 Saliência ou lombada;
 Depressão;
 Pista irregular;
 Desmoronamento;
 Excesso de vegetação.

De acordo com cada situação, o condutor deve, como medida preventiva,


controlar a velocidade e redobrar a atenção, evitando ser surpreendido e sofrer
qualquer acidente.

CONDIÇÕES ADVERSAS DO TRÂNSITO

As condições de trânsito envolvem a presença de outros usuários da via,


interferindo no comportamento do motorista. Com o trânsito fluindo facilmente ou
estando congestionado, a velocidade desenvolvida poderá ser alta ou baixa.
Existem períodos do dia que afetam sobremaneira o tráfego na via tais como
os horários de pico, durante os quais a movimentação de pessoas e veículos é mais
intensa.

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Podem-se diferenciar duas situações adversas de trânsito:

NAS CIDADES (VIAS URBANAS)

O trânsito é mais intenso e mais lento, havendo maior número de veículos,


mas existe uma sinalização específica para controle do tráfego com segurança.

Em determinados locais (área central, área escolar, órgãos públicos, paradas


de ônibus) e também em determinados horários (entrada ou saída de trabalhadores
e escolares) o número de veículos é maior. O motorista defensivo deve procurar
obedecer à sinalização existente com redobrada atenção e com todo o cuidado ao
dirigir. Sempre que possível o motorista deve evitar esses horários e locais e optar,
preferencialmente, pelo uso do transporte coletivo.

NAS RODOVIAS E ESTRADAS (VIAS RURAIS)

Nas rodovias estaduais e federais os níveis de velocidades são maiores,


porém o número de veículos geralmente é menor, o que predispõe o motorista a
exceder a velocidade permitida e cometer infrações de trânsito, aumentando
também o risco de acidentes.

Em determinadas épocas do ano (férias, feriadões, festas), o número de


veículos aumenta muito, causando congestionamentos e outros tipos de problemas
com o trânsito.

Além disso, o motorista defensivo deve observar à frente e atrás, avaliando as


condições do trânsito e evitando assim, situações estressantes para todos os
usuários.

CONDIÇÕES ADVERSAS DO VEÍCULO

A condição em que se encontra o veículo é outro fator muito importante a ser


considerado para evitar acidentes. Antes de assumir a direção, todo motorista
defensivo deve cuidar da manutenção do seu carro e verificar se o mesmo
encontra-se em condições de circulação.

Os defeitos mais comuns que podem causar acidentes são:

1. pneus gastos;
2. freios desregulados;
3. lâmpadas queimadas;
4. limpadores de pára-brisa com defeito;
5. falta de buzina;
6. espelho retrovisor deficiente;
7. cintos de segurança defeituosos;
8. amortecedores vencidos;
9. folga na direção;
10. suspensão danificada.

MANUTENÇÃO DO VEÍCULO
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Preventiva – É a manutenção que, além de valorizar o veículo, também é um


investimento na segurança – não devemos considerá-la como despesa – e deve ser
efetuada segundo as recomendações do fabricante do veículo. É necessária uma
revisão periódica no veículo para que sejam feitas as regulagens do motor e da
suspensão, verificação do sistema de freios, o alinhamento da direção e o
balanceamento das rodas.

Inspeção – É responsabilidade do condutor e visa a sua segurança e dos usuários


do veículo. Deve ser efetuada diariamente, nos equipamentos obrigatórios de
informações e comunicação e semanalmente, nos demais acessórios.

EQUIPAMENTOS INDISPENSÁVEIS

PNEUS

Os pneus devem estar em perfeitas condições, pois representam um fator


importante de segurança, devendo estar sempre calibrado corretamente. No entanto,
há vários fatores que provocam um desgaste irregular, as mais comuns são as
seguintes:

 Defeito na suspensão (desgaste apenas de um dos lados do pneu);


 Desalinhamento dos pneus dianteiros;
 Folga nos embuchamentos;
 Folga nos rolamentos das rodas dianteiras;
 Terminais de direção gastos;
 Folga na caixa de direção;
 Impacto causados por buracos ou contra as guias de calçadas, aceleração e
freadas bruscas.

MEDIDAS DEFENSIVAS PARA TER A MÁXIMA SEGURANÇA E ESTABILIDADE

 Use os pneus em perfeito estado com as pressões corretas. A calibragem


deve ser feita uma vez por semana sempre com os pneus frios. O estepe
também deve ser calibrado, seguindo as especificações do fabricante.

 Evite o uso de pneus recauchutados, carecas ou lisos. Recomenda-se que


seus desenhos ou sulcos não sejam de profundidade inferior a 1,6mm.

 Faça o rodízio dos pneus de acordo com as recomendações do fabricante


para que o desgaste seja feito por igual.

 Em pista molhada, observe pelos espelhos retrovisores se as rodas estão


deixando um rastro no asfalto. Em caso positivo, é sinal que está tudo bem e
os pneus estão em contato direto com o piso. Caso não haja rastros é porque
está ocorrendo aquaplanagem. Nesta situação, nunca use os freios. Retire o
pé do acelerador e reduza a marcha.

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 Verifique se as ferramentas para a sinalização de segurança e para a troca de
pneus estão no veículo e se funcionam adequadamente, como: chave de
roda, macaco e triângulo.

FREIOS

É o dispositivo mais importante para a segurança e tem por finalidade fazer o


veículo parar. Os veículos leves são equipados com freio de serviço e de
estacionamento. Já os veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de
estacionamento, são equipados com o freio motor.

 Verifique o funcionamento do freio de serviço imediatamente após


iniciar o seu trajeto.
 Utilize a mesma marcha na subida e na descida das serras sempre que
possível, pois isto possibilita que a força de frenagem do motor atinja
seu máximo, proporcionando um menor esforço ao freio de serviço.
 Regule periodicamente o sistema de freios para a sua segurança.
 Verifique sempre o nível do fluído do freio, qualquer ruído durante o
uso do freio, indicam problemas e devem ser solucionados.

SISTEMA DE SUSPENSÃO

Diminui as trepidações e os choques resultantes do contato dos pneus do


veículo com o solo. Esteja atento aos amortecedores, molas e estabilizadores, pois
eles são muito importantes na manutenção da dirigibilidade, da estabilidade e da
segurança do seu veículo.

SISTEMA ELÉTRICO

Toda parte elétrica do veículo deve estar funcionando perfeitamente. Qualquer


sinal de mau funcionamento no painel de instrumento merece ser investigado.

Também é importante:

 Levar lâmpadas e fusíveis sobressalentes para estar preparado em caso de


mau funcionamento em alguma parte desse sistema. Lembre-se de testar os
faróis, as luzes e os indicadores de direção.

ESPELHOS RETROVISORES

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Os espelhos retrovisores, internos e externos devem ser mantidos limpos,


firmes e regulados para a posição que permita boa visibilidade pelo motorista.

LIMPADOR DE PÁRA-BRISAS

 O pára-brisa deve estar sempre limpo e isento de poeiras.


 Verifique o funcionamento do limpador de pára-brisas, o nível do reservatório
de água e o estado das borrachas das paletas.

Lembre-se que revisões periódicas mantêm o veículo em boas condições e


podem evitar sérios acidentes.

CONDIÇÕES ADVERSAS DO MOTORISTA

Finalmente, é preciso considerar o estado em que o motorista se encontra,


isto é, se ele está física e mentalmente em condições de dirigir um veículo.

1. Condições Físicas

 Fadiga
 Sono
 Estresse
 Visão deficiente
 Audição deficiente
 Perturbação física
 Estado alcoólico

FADIGA

A fadiga é provocada pelo excesso de atividade física e estresse.


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 Diminui o tempo de reação;


 Aparecem lapsos de atenção;

MEDIDAS DEFENSIVAS

 Comece a viagem descansado;


 Dirija em posição confortável;
 Use o cinto de segurança;
 Evite viagens longas ou execute paradas para descanso;

Ao notar sintomas de cansaço:

O ideal é uma ligeira interrupção da viagem, feita em lugar seguro, onde o


motorista possa relaxar a musculatura, esticar as pernas, movimentar os braços e
andar um pouco. Se os sintomas persistirem e o corpo emitir sinais de cansaço e
dificuldade de concentração:
 Descanse o tempo que for necessário;
 Não prossiga a viagem sem que tenha descansado suficientemente.
 Quando não estiver bem, peça a outra pessoa que dirija por você;

SONO

Um motorista com sono representa uma ameaça igual ou maior à segurança


das pessoas do que um condutor que dirige embriagado. Pesquisas comprovam que
a sonolência prejudica os reflexos e a atividade psicomotora bem mais que o álcool,
fato que explica o alto índice de acidentes envolvendo motoristas sonolentos.

ESTRESSE

O estresse é uma reação do organismo diante de qualquer coisa que possa


representar perigo. O estresse se revela, por exemplo, pela aceleração do coração,
aumento da tensão muscular, aumento do alerta do cérebro e alterações do
organismo.
Submetido a uma situação de perigo ao dirigir ou pressionado por outros
fatores - pessoais e profissionais - o motorista pode se manter quase
permanentemente em estado de estresse, levando ao surgimento de sintomas
como: fadiga, sono irregular, nervosismo, impaciência, agressividade e até mesmo o
aparecimento de doenças orgânicas.

MEDIDAS DEFENSIVAS

Um exame médico regular pode ajudar a detectar doenças orgânicas e males


causados pelo estresse.
É preciso saber dividir o tempo de maneira que as horas de lazer, bem como a
prática de exercícios físicos e/ou de relaxamento, possam compensar as tensões
do trânsito.

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DEFICIÊNCIA DE VISÃO E/OU AUDIÇÃO

Exames especializados podem detectar a deficiência visual ou auditiva do


condutor, fatores estes que se constituem em risco para a condução veicular.

BEBIDA ALCOÓLICA

O álcool etílico é considerado uma substância psicoativa (droga) e, como tal,


é a de maior consumo no Brasil.
A bebida alcoólica é responsável por 75% dos acidentes automobilísticos com
vítimas fatais.
Quando chega ao estômago, o álcool é rapidamente absorvido e transportado
para a corrente sangüínea. A dosagem alcoólica distribui-se por todos os órgãos e
líquidos orgânicos, mas concentra-se elevadamente no cérebro.
O processo de absorção do álcool no organismo é rápido (90% em 1 hora),
porém a eliminação total é lenta, processo que demanda de 6 a 8 horas e não pode
ser acelerado por exercícios físicos, café forte, banho frio ou remédios. Esses
recursos populares conseguem apenas transformar um ébrio sonolento num bêbado
bem acordado.
A atuação do álcool afeta completamente nossa capacidade de condução de
veículos, pois deprime os centros de controle do cérebro, levando às seguintes
conseqüências:

 Diminuição da Capacidade de Reação: causa depressão e pode levar o


motorista a um estado de relaxamento com retardamento dos seus reflexos.

 Redução de Inibição: os efeitos do álcool tendem, em princípio, eliminar


nossa inibição. Assim, a habilidade de controlar as más condições de trânsito
torna-se quase inexistente.

 Debilitação do Controle Neuromuscular: o motorista não pode dividir sua


atenção satisfatoriamente depois de uma pequena dose de bebida. A
habilidade de mudar a atenção de um acontecimento para outro, ou de fazer
duas coisas de uma só vez (que é exigida para uma direção segura) torna-se,
em grande parte, reduzida.

 Dificuldade de Visão: o motorista não pode julgar corretamente a velocidade


de seu veículo ou dos outros, nem a que distância se encontra em relação a
outros veículos.

MEDIDAS DEFENSIVAS

- Jamais conduza um veículo após ingerir bebida alcoólica;


- eliminação desta substância para que a pessoa esteja em condições
adequadas para conduzir o veículo depende exclusivamente do próprio processo de
metabolização de cada organismo.

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OUTRAS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS OU REMÉDIOS

O consumo de algumas substâncias afeta negativamente o nosso estado


físico e mental e nosso modo de dirigir. Alguns remédios usados, mesmo por
recomendação médica, alteram nosso estado geral prejudicando nosso desempenho
ao volante. Evite tomá-los, ou evite dirigir após o seu uso.
Ex.: Remédios para emagrecer, calmantes ou antialérgicos, remédios para se
manter acordado (rebite).
Todos os tipos de drogas são proibidos ao volante, inclusive o álcool, pois
afetam o nosso raciocínio lógico e o desempenho normal de nossas funções físicas
e mentais. Muitas drogas podem ser fatais, principalmente quando associadas a
bebidas alcoólicas.

MANEIRA DE DIRIGIR

A maneira de conduzir o veículo é também uma das causas de acidentes no


trânsito. Os motivos para o volante escapar das mãos do motorista são os mais
variados. os mais comuns são:

 Dirigir apenas com uma das mãos;


 Apanhar objetos no veículo em movimento;
 Acender cigarros;
 Espantar insetos com o veículo em movimento;
 Efetuar manobras bruscas com o veículo;
 Volante escorregadio devido ao suor do motorista;
 Usar o celular;
 Ajustar o rádio ou manipular CD.

MEDIDAS DEFENSIVAS

 Dirigir sempre com as duas mãos segurando o volante firmemente.


 Parar no acostamento.
 Não se curve para apanhar objetos dentro do veículo em movimento.
 Não fale ao telefone enquanto dirige.
 Evitar manobras bruscas.
 Avaliar seus próprios erros.

2. Condições Mentais:

a) Estado de Tensão Emocional

 Preocupações;
 Aborrecimentos;
 Agressividade.

b) Pressa/Impaciência

c) Distração

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ESTADO DE TENSÃO EMOCIONAL

Preocupações, aborrecimentos e temperamento agressivo são causas


freqüentes dos acidentes de trânsito. Sob estado de tensão emocional do condutor,
o veículo passa a ser manobrado e usado como arma pessoal, ampliando o perigo
da velocidade e do peso para si e para os outros usuários da via.

MEDIDA DEFENSIVA

O condutor deve ficar atento a possíveis mudanças em seu comportamento,


pois está transitando em um espaço público e a sua conduta poderá prejudicar ou
facilitar a locomoção de outras pessoas neste espaço.
PRESSA/IMPACIÊNCIA

Motorista com pressa é risco alto de acidentes. Isto significa que todos correm
perigo diante da pressa de alguns.

MEDIDAS DEFENSIVAS

 Planeje com antecedência o roteiro da viagem, de modo a não precisar dirigir


com pressa.
 Pressa e impaciência somadas diminuem a margem de raciocínio claro que o
motorista precisa manter o tempo todo no trânsito.
 Além disso, diante da pressa e da impaciência dos outros, o motorista precisa
manter mais calma ainda, ajudando a evitar acidentes. A regra é: não aceite
desafios e deixe passar o afobado sem se contaminar pela sua atitude.

DISTRAÇÃO

Por problemas pessoais ou profissionais, cansaço, trechos longos,


acontecimentos fora da estrada, sinalização deficiente ou inexistente, o desvio da
atenção do ambiente de trânsito são freqüentes causas de acidentes.

MEDIDA DEFENSIVA

Manter a atenção ativamente concentrada à frente e distribuída nas laterais e


traseira do veículo, pois o trânsito é um espaço dinâmico que está em constante
mudança. Desta forma, é possível o condutor observar todo o ambiente e descobrir
as circunstâncias de risco no momento em que elas estão surgindo.

PRINCIPAIS COLISÕES

Colisão é o impacto entre veículos em movimento. Existem vários tipos de


colisões.

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1. Colisão com o veículo da frente

Acontece quando o condutor colide com o


veículo que está imediatamente à sua frente no
mesmo sentido de direção. O motorista defensivo
precisa ter tempo e espaço suficientes para realizar as
manobras.

Como evitar a colisão com o veículo da frente:

Esteja atento

Nunca desvie a atenção do que está acontecendo em volta e observe os


sinais do condutor da frente, tais como luz de freio, seta, pisca-pisca, sinalização
com os braços, pois indicam o que ele pretende fazer.

Controle a situação

Procure ver além do veículo da frente para identificar situações que podem
obrigá-lo a manobras bruscas sem sinalizar, verifique a distância e deslocamento
também do veículo de trás e ao seu lado para poder tomar a decisão mais
adequada, se necessário, numa emergência.

Mantenha distância
Deve-se manter uma distância segura do veículo da frente, adotando -
sempre que possível - a regra dos três segundos ou do referencial fixo (que será
visto a seguir). Lembre-se de que com a chuva ou pista escorregadia essa distância
deve ser maior que em condições normais.

Comece a parar antes


Se necessário, pise no freio imediatamente ao avistar algum tipo de perigo,
mas pise aos poucos para evitar derrapagens ou parada brusca, pondo em risco os
outros condutores na via.

2. Colisão com veículo de trás

uma das principais causas dessa colisão é motivada por motoristas que
dirigem "colados" ao veículo da frente e que nem sempre se pode escapar dessa
situação, principalmente numa emergência. Outras causas são:

 Freadas bruscas;
 Falta de sinalização;
 Manobras inesperadas dos condutores do
veículo da frente.

A primeira atitude do condutor defensivo é livrar-


se do condutor que o segue à curta distância,
reduzindo a velocidade ou deslocando-se para

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outra faixa de trânsito mais à direita ou
acostamento, levando-o a ultrapassá-lo com
segurança.

Como evitar esse tipo de colisão:

Planeje o que fazer

Não fique indeciso quanto ao percurso, entradas ou saídas que irá usar.
Planeje antes o seu trajeto para não confundir o condutor que vem atrás com
manobras bruscas.

Sinalize suas atitudes

Informe através de sinalização correta e dentro do tempo necessário o que


você pretende fazer, para que os outros condutores também possam planejar suas
atitudes. Certifique-se de que todos entenderam e viram sua sinalização. O condutor
deve ficar atento aos retrovisores, para ter noção do comportamento do motorista de
trás, que poderá estar muitas vezes escondidos no ponto cego do veículo.

Pare aos poucos

Alguns condutores só lembram de frear após o cruzamento onde deveriam


entrar. Isto é muito perigoso, pois obriga os outros condutores a frear bruscamente e
nem sempre é possível evitar a colisão.

Livre-se dos colados à sua traseira

Use o princípio da cortesia e favoreça a ultrapassagem dos "apressadinhos",


mantendo sempre as distâncias recomendadas para sua segurança.

3. Colisão frente a frente

Esse tipo de colisão é considerado um dos


mais graves, pois o impacto sofrido é
proporcional a soma das velocidades dos
veículos envolvidos. Dentre suas causas, estão:

 Ingestão de bebida alcoólica;


 Excesso de velocidade;
 Dormir ao volante;
 Problemas com o veículo;
 Distração do condutor;
 Ultrapassagens feitas em desacordo com as medidas de segurança.

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Veja algumas sugestões para evitá-las:

Cuidado com as curvas

Velocidade, tipo de pavimento, ângulo da curva, condições do veículo e


condutor são fatores que podem determinar a saída do seu veículo da sua faixa de
direção, indo chocar-se com quem vem no sentido contrário, causando um acidente
grave. Nas curvas, reduza sempre a velocidade e mantenha-se atento.

Atenção nos cruzamentos

Estes acidentes ocorrem nas manobras de virar à direita ou esquerda, não


observar o semáforo ou a preferência de passagem no local, assim como a travessia
de pedestres. Só realize a manobra nos locais permitidos e com segurança.

4. Colisão nas ultrapassagens

São ocasionadas por ultrapassagens mal


feitas aliadas ao excesso de velocidade.

Para evitar este tipo de colisão:

Ultrapasse apenas em locais permitidos,


ficando atento as condições de segurança e
visibilidade;
A Ultrapassagem deve ser realizada apenas pela esquerda.
Mantenha a distância do veículo da frente, para não perder o ângulo da visão.
Checar os espelhos retrovisores, verificar os pontos cegos do veículo.
Sempre sinalizar, mostrando sua intenção.
Jamais ultrapassar em curvas, túneis, viadutos, aclives, declives, lombadas,
cruzamentos e outros pontos que não ofereçam segurança na manobra.

5. Colisão em cruzamentos

Geralmente é nos cruzamentos, entradas e saídas de veículos que acontece


a maioria dos acidentes.

Para evitar este tipo de colisão, é necessário:

Obedecer à sinalização.
Respeitar a preferência de quem transita por via preferencial, ou que já esteja
transitando em rotatórias.
Cuidar com os procedimentos de convergência, tanto à esquerda quanto à
direita.
Dar preferência para pedestres e veículos não motorizados.

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6. Colisão com pedestres/Atropelamento

O pedestre é o usuário mais importante da via pública e, no entanto, é o mais


indefeso, principalmente crianças, idosos, portadores de deficiência física e
necessidades especiais.
A regra para o condutor é ser cuidadoso com o pedestre e dar-lhe sempre o
direito de passagem, principalmente nos locais adequados(faixas, área de
cruzamento, área escolar).

AÇÕES PREVENTIVAS PARA O CONDUTOR EVITAR ATROPELAMENTOS

1. Respeite os limites de velocidade.


2. Obedeça aos sinais luminosos, principalmente não avance os sinais
vermelhos.
3. Pare ou reduza a velocidade antes das faixas de pedestres. Lembre-se que a
preferência é sempre do pedestre.
4. Reduza a velocidade em locais com muito movimento de pedestre, mesmo
que a pista esteja livre. Mais atenção ainda ao passar por locais próximos a
escolas, hospitais, praças, shopping centers, estacionamentos e áreas
residenciais.
5. Tenha atenção especial nas paradas de ônibus, pois o pedestre pode tentar
atravessar a via pela frente do mesmo repentinamente.
6. Fique alerta ao pedestre, porque ele pode aparecer subitamente. Tenha
atenção especial para com idosos, deficientes físicos. Lembre-se que as
crianças podem correr atrás de bolas, pipas ou animais de estimação.
7. Redobre o cuidado e manobre devagar caso precise dar marcha à ré em
garagens ou em locais com crianças, tais como praças, escolas, áreas
residenciais. Por terem baixa estatura, as crianças ficam fora do seu campo
visual e dos espelhos retrovisores. Considere o ponto cego.
8. Não estacione em calçadas nem obstrua a passagem dos pedestres.

RECOMENDAÇÕES PARA O PEDESTRE EVITAR ATROPELAMENTO

1. Antes de atravessar a rua, olhe para os dois lados, mesmo quando a rua for mão
única.
2. Só atravesse quando tiver certeza que há tempo para chegar do outro lado da
via.
3. Ande apenas na calçada. Onde não houver, caminhe no sentido contrário ao dos
carros.
4. Para sua segurança, respeite as placas de sinalização.
5. A travessia deve ser feita em fila única.
6. Nos locais onde houver faixa de pedestre, procure fazer a travessia neste local.
7. Evite atravessar a via no sinal amarelo ou enquanto os carros não pararem
totalmente.

VEJAMOS AGORA ALGUMAS DAS DETERMINAÇÕES CONSTANTES NO


CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO REFERENTE AOS DIREITOS DO
PEDESTRE
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CTB - Artigo 68 - É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens
apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais, para circulação,
podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para
outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestre.

§ 1º O ciclista desmontado, empurrado a bicicleta, equipara-se ao pedestre em


direitos e deveres.

§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível a
utilização destes, a circulação de pedestres na pista de rolamento será feita com
prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais
proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.

§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for possível a
utilização dele, a circulação de pedestre, na pista de rolamento, será feita com
prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido
contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e
nas situações em que a segurança ficar comprometida.

§ 5º Nos trechos urbanos, de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas,
deverá ser previsto passeio destinado à circulação dos pedestres, que não deverão,
nestas condições, usar o acostamento.

7. Colisão com animais

Ocorre com mais freqüência nas zonas rurais, pois os animais muitas vezes
invadem a estrada.Portanto, assim que perceber qualquer animal na pista reduza a
marcha até que o tenha ultrapassado e nunca use a buzina, pois poderá assustá-lo
e fazer com que se volte contra o seu veículo.

8. Choque com objetos fixos ou Colisão misteriosa

É o tipo de acidente que envolve apenas um condutor com veículo em


movimento. Chama-se “misterioso” o acidente cuja causa o condutor, quando
consegue sobreviver, não sabe explicar a ocorrência. É ocasionado geralmente por
culpa do próprio condutor, por mau golpe de vista, quando cansado ou com sono,
sob influência de álcool ou medicamentos, excesso de velocidade, desrespeito às
leis e à sinalização de trânsito.

Para evitar esses acidentes, o condutor defensivo deve toma as seguintes


precauções:

 Fazer revisão periódica no veículo;


 Não insistir em dirigir quando estiver cansado ou indisposto;
 Redobrar a atenção e reduzir a velocidade sob condições adversas.

9. Colisão com bicicletas

O ciclista com o seu veículo não motorizado é frágil e vulnerável. Além de


que, tem a preferência sobre os veículos automotores. Porém, para evitar que você

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se envolva nesse tipo de acidente, o melhor é ficar atento, checar constantemente
os retrovisores, tendo cuidado com os pontos cegos dos veículos, anunciando sua
presença com leves toques na buzina. Ter especial atenção, principalmente à noite,
pois muitos não usam os refletivos previstos em lei.Certifique-se de que o ciclista viu
e entendeu sua sinalização, mantenha distância e cuidado ao efetuar manobras ou
abrir a porta do veículo.

10. Colisão com motocicletas

O motociclista conduz um veículo motorizado,


estando sujeito a direitos e deveres como qualquer
outro. Muitos condutores desse tipo de veículo
costumam ter comportamentos que põem em risco a
segurança do trânsito e dos usuários da via. É
importante lembrar que as acidentes envolvendo
motociclistas sempre têm conseqüências trágicas,
devido à sua fragilidade.

Para evitar este tipo de colisão é necessário:

 Ler com atenção o manual do veículo;


 Usar sempre capacete com viseira ou óculos protetores aprovados pelo
INMETRO. O garupa também é obrigado a usá-los;
 Manter uma distância segura dos demais veículos;
 Checar constantemente os retrovisores, ficando atento aos pontos cegos do
veículo;
 Manter os faróis acesos dia e noite;
 Respeitar a sinalização;
 Antecipar as situações de risco, pois sua segurança só depende de você;
 Redobrar a atenção ao se aproximar de cruzamentos;
 Diminua a velocidade na chuva, na areia ou com neblina;
 Ter cuidado ao abrir as portas do veículo.

11. Colisão em marcha à ré

Deve-se tomar algumas precauções ao realizar manobras à marcha à ré, a


fim de evitar colisões:

 A marcha à ré deve ser utilizada em pequenas manobras.


 Verificar o espaço da manobra e a ausência de qualquer tipo de obstáculo;
 Não dar ré em esquinas e outros lugares de pouca visibilidade;
 Evitar sair de ré de garagens e estacionamentos;
 Ter cuidado com objetos, animais e crianças.

COMPORTAMENTOS SEGUROS NO TRÂNSITO

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COMO PARAR

O condutor defensivo deve conhecer os tipos de paradas do veículo, tempo e


distância necessários para cada uma delas a fim de evitar acidentes.

Distância de Seguimento: é a distância entre seu veículo e o que segue à frente,


de forma que você possa parar, mesmo numa emergência, sem colidir com a
traseira do outro.

Distância de reação: é aquela que seu veículo percorre desde a percepção do


perigo até o momento em que pisa no freio.

Distância de frenagem: é aquela que o veículo percorre a partir do momento em


que o sistema de freio é acionado até a parada total do veículo.

Distância de parada total: é aquela que o seu veículo percorre desde a percepção
do perigo até parar, ficando a uma distância segura do outro veículo, pedestre ou
qualquer objeto na via.

RESUMO: Distância de Reação + Distância de Frenagem = Distância de Parada

Distância Segura

Para você saber se está a uma distância segura dos outros veículos, vai
depender do tempo (sol ou chuva), da velocidade, das condições da via, dos pneus
e do freio do carro, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente.

Porém, para manter uma distância segura entre os veículos, você pode
utilizar a "Regra dos três segundos ou a regra do referencial fixo".

Procedimentos:

 Observe a estrada à sua frente e escolha um ponto fixo de referência


(à margem) como uma árvore, placa, poste, casa, etc.
 Quando o veículo que está à sua frente passar por este ponto, comece
a contar pausadamente: mil e um, mil e dois. (mais ou menos dois
segundos).
 Se o seu veículo passar pelo ponto de referência antes de terminar a
contagem de dois segundos (mil e um e mil e dois), você deve diminuir
a velocidade para aumentar a distância e ficar em segurança.
 Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após você terminar a
contagem dos dois segundos, significa que a sua distância é segura.
 Este procedimento ajuda você a manter-se longe o suficiente dos
outros veículos em trânsito, possibilitando fazer manobras de
emergência ou paradas bruscas necessárias, sem o perigo de uma
colisão com o veículo da frente.

CINTO DE SEGURANÇA

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É um dispositivo que garante a sua segurança em caso de acidentes, além de
fazer parte dos equipamentos obrigatórios. Seu uso nas vias urbanas e rurais é
exigido a todos os ocupantes do veículo. Conforme o CTB, art. 65 – É obrigatório o
uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todos as vias do território
nacional, salvo em situações regulamentadas pela CONTRAN.

O cinto de três pontos é o que dá mais proteção ao condutor e passageiros,


impedindo que eles sejam jogados para fora do veículo, ou mesmo contra o painel
ou partes contundentes do veículo e sofram muitas vezes danos físicos graves ou a
morte.

Crianças menores de 10 anos só podem ser transportadas no banco de trás,


usando o cinto e quando for bebê de colo (até quatro anos), deve usar a cadeira e o
suporte próprio para prender o cinto (no banco de trás).

ENCOSTO DE CABEÇA

Proteção obrigatória para os assentos do motoristas e passageiros (à


exceção do passageiro do assento central traseiro). Sua altura deve estar acima de
seus olhos e a distância não deve ser maior do que 7 cm. Os braços do condutor
devem ficar levemente flexionados, com as duas mãos no volante, para a segurança
e facilidade no modo de dirigir. É necessário para proteger o pescoço, em caso de
colisões com veículos de trás.

PONTOS CEGOS

As seis colunas de sustentação do teto do veículo encobrem a visão do


motorista, quando ele vai realizar algumas manobras, diminuindo seus campo de
visão, como por exemplo.: a mudança de faixa na via.

CUIDADOS QUE EVITAM ACIDENTES:


Todos os usuários das vias são responsáveis pela segurança do trânsito: pedestres,
passageiros, condutores de veículos de duas ou mais rodas. Prevenir acidentes depende mais
dos cuidados na direção do que do domínio do veículo e da autoconfiança.

O método básico

O método básico de prevenção de acidentes consiste em três ações interligadas:

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a) Cuidados nos cruzamentos: a hora e a vez de cada um.

Os cruzamentos são pontos críticos onde acontece grande número


de acidentes. Por ter que cruzar em nível, a preferência de
passagem se alterna, ora sendo de um condutor, ora do outro, ora
dos pedestres.

As causas podem estar no ambiente (ausência ou falha na


sinalização, problemas de visibilidade, mão dupla) ou no
comportamento (desrespeito à sinalização e às normas).
Em qualquer tipo de cruzamento (sinalizado ou não), todo condutor deve agir de forma a ter
tempo de parar diante de qualquer imprudência alheia. Para isso, você deve:

1. redobrar a atenção e diminuir a velocidade;


2. obedecer à sinalização;
3. aguardar o sinal verde do semáforo (sinaleira);
4. dar a preferência de passagem, quando for o caso;
5. sinalizar a intenção de forma clara e com a devida antecedência;
6. aproximar-se com cuidado, mesmo tendo a preferência;
7. manter distância de seguimento segura;
8. olhar primeiro para a esquerda e depois para a direita;
9. deixar o outro passar, se ele desrespeitar sua preferência;
10. realizar as manobras de modo correto;
11. não efetuar ultrapassagem;
Pelo fato de a motocicleta ser um veículo mais perigoso que o automóvel, evite
conversões à esquerda em vias de mão dupla a pista única, procurando um local adequado
para efetuar um retorno com segurança.

Em caso de ser obrigado a efetuar uma conversão à esquerda, você motociclista:


1. olhe para trás por sobre o ombro;
2. verifique o tráfego em sentido oposto;
3. sinalize sua intenção com pisca e braço;
4. antes de virar à esquerda, olhe novamente para trás;

b) Cuidados nas ultrapassagens: o respeito à corrente de tráfego

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A ultrapassagem é uma manobra tão perigosa que exige até a colaboração daquele que está
sendo ultrapassado. Compreende três fases distintas: o deslocamento para a esquerda, o
superamento e o retorno à direita.

Pontos a considerar – Antes de efetuar uma ultrapassagem, você não deve se arriscar e deve
avaliar se a realização da ultrapassagem realmente vale a pena e se é possível faze-lo com
segurança.

As velocidades – Numa ultrapassagem, as velocidades


são relativas. Em relação aos veículos envolvidos na
ultrapassagem, as velocidades diminuem. Em relação
aos veículos que trafegam em sentidos que se chocam,
as velocidades se somam.

O veículo B está desenvolvendo uma velocidade de


apenas 20km/h em relação ao veículo A (100-80=20).
Em caso de colisão, o veículo B vai se chocar com o
veículo C a uma velocidade de 190 km/h
(100+90=190).

A ultrapassagem em vias de mão dupla – A


ultrapassagem em vias de mão dupla é uma das mais
perigosas, pois o veículo que ultrapassa trafega pela
contramão por um determinado tempo, onde a
preferência de passagem é do veículo que vem em
sentido contrário.

Para efetuar uma ultrapassagem com segurança, você deve:

1. ultrapassar somente em locais permitidos, respeitando a


corrente a manobra;
2. ultrapassar somente pela esquerda;
3. ter a certeza de que há espaço e visibilidade suficientes para
fazer a manobra;
4. manter certa distância do veículo que vai ultrapassar, para ter
visibilidade;
5. observar se há veículos atrás que já iniciaram a ultrapassagem,
pois, nesse caso, a preferência e deles;
6. ter a certeza de que o veículo tem potência e condições para
ultrapassar o (s) outro (s);
7. sinalizar com pisca à esquerda, aumentar a velocidade em 20%
(no mínimo), efetuar a ultrapassagem, sinalizar com pisca à
direita e retornar à faixa de origem com segurança;
8. saber que, em condições adversas (chuva, noite...), os cuidados
devem ser redobrados.

c) Cuidados nas manobras de marcha ré: velocidade do passo humano

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A marcha à ré somente é permitida para efetuar pequenas manobras. Você deve:
1. antes de iniciar a marcha, tomar conhecimento completo da situação principalmente dos
lados e atrás do veículo;
2. sinalizar a intenção;
3. manobrar em velocidade reduzida (igual à do passo humano);
4. sair das garagens e estacionamentos de frente, sempre que possível;
5. tomar cuidado com crianças de pouca idade, animais e objetos e não dar marcha à ré
esquinas.

d) Cuidados com o veículo da frente:

È obrigação do condutor e do piloto evitar


a colisão com o veículo que vai à sua
frente. Para isso, você deve:
1. dirigir sempre atento e manter distância
segura de seguimento;
2. aumentar a distancia de segurança em
condições adversas e quando a velocidade
aumenta;
3. estar atento ao que esta acontecendo
adiante do veiculo a sua frente;
4. preparar-se para paradas bruscas;
5. avaliar as condições adversas: trânsito,
tempo, via...
6. colocar a moto no centro da faixa, de
modo que o condutor do veiculo da frente
possa vê-lo pelo retrovisor.

e) Cuidados com o veículo de trás: como ser seguido

Também e dever do condutor e do piloto evitar que o veiculo que esta atrás venha a colidir
com o dele. O condutor pode estar andando muito próximo ou em velocidade incompatível, e
uma simples distração ou frenagem brusca pode ser fator de acidente.

Por isso, você deve:

1. certificar-se de que as luzes do freio do seu veiculo estão em perfeito funcionamento;


2. se tiver que diminuir a velocidade, fazê-lo com moderação;
3. usar com freqüência os retrovisores;
4. sinalizar com clareza a antecedência as manobras que pretende realizar;
5. realizar as manobras corretamente;
6. manter distancia de segurança em relação ao veiculo que vai a sua frente para ter
espaço para manobras;
7. livrar-se do “colas traseiras”;
8. virar a cabeça para os lados, conferindo as situações, uma vez que você pode não
enxergar o veiculo de trás se utilizar apenas os retrovisores.

f) Cuidados com o veículo que vem sentido contrário: o perigo frente a frente

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O choque frente a frente é o mais grave tipo de acidente


e com as mais graves conseqüências. Ele acontece por:
1. ultrapassagens indevidas;
2. perda do controle do veiculo nas curvas;
3. manobras indevidas nos cruzamentos;
4. invasão da pista contrária devido a condições
adversas: sono, bebida ou distrações do
condutor, buracos na pista, etc.

É atitude prudente adotar os seguintes cuidados:

1. manter-se à direita em vias de mão dupla e estar atento para a melhor medida de
emergência em caso de o outro condutor invadir a pista contrária;
2. só efetuar ultrapassagens com segurança;
3. diminuir a velocidade antes de iniciar a curva, acelerando gradualmente ao efetua-la,
mantendo o controle do veículo;
4. não aumentar o raio da curva e nem corta-la em linha reta;
5. nos cruzamentos, diminuir a velocidade, redobrar a atenção, sinalizar sua intenção sem
deixar dúvidas;
6. em caso de situações adversas adotar medida preventiva, colaborando com o outro condutor
para que o acidente não aconteça.

g) Cuidados com veículos de grande porte: tão grandes quanto perigosos

Os acidentes envolvendo veículos de


pequeno porte ficam destruídos,
principalmente se forem motocicletas.
Não raro, há vitimas fatais.

Por isso, trafegar ao lado de gigantes


(ônibus, caminhões, veículos articulados)
requer atenção redobrada. Como são mais
pesados, suas manobras se tornam mais
difíceis de ser efetuadas. Se demoram
mais para atingir a velocidade, também
demoram mais para parar. É a Lei da
Física.

Por isso, você:


1. Deve aumentar a distancia segura de seguimento (regra dos três segundos);
2. Não deve disputar o espaço com eles;
3. Para passar por eles, deve aproveitar as retas ( nas curvas, você corre risco de levar
uma fechada por ficar fora da visão do condutor);
4. Deve sinalizar com antecedência, fazendo-se também notar com uso de luzes ou toque
breve da buzina.

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h) Cuidados ao transitar por vias rurais: as rodovias e estradas

Conduzir ou pilotar nas estradas ou rodovias e completamente diferente do que dirigir nas
cidades. Para adquirir experiência, dirija por pouco tempo, ao lado de pessoas experientes e
em vias pouco pavimentadas. Enfrentar viagens longas ou vias mais movimentadas, somente
com boa dose de experiência.

É importante lembrar os principais cuidados para dirigir ou pilotar em rodovias:


1. Revise o veiculo ( moto e carro) e a documentação antes de sair;
2. Consulte um guia rodoviário, a Policia Rodoviária ou paginas da INTERNET para
obter informações sobre o roteiro, trafego, etc.;
3. Planeje cada etapa da viagem;
4. Evite viajar à noite ou quando estiver cansado;
5. Antes de sair ajuste o banco, espelhos retrovisores..;
6. Use óculos de sol e equipamentos de segurança em caso de motocicletas;
7. Faça paradas a cada duas horas para relaxar, esticar os músculos, alimentar-se;
8. Em viagens longas, reveze a direção;
9. Mantenha velocidade constante e compatível com o fluxo de veículos;
10. Obedeça à sinalização;
11. Em caso de emergência, para no acostamento, ligando o indicador de alerta;
12. Em caso de viagens em grupo com motos, combine procedimentos básicos de
segurança, consultando fontes especializadas;
13. Siga sempre todos os procedimentos de direção e pilotagem defensivas.

i) Cuidados com os demais elementos – motos, bicicletas, pedestres, animais: tão


pequenos quanto perigosos
Motos

As motocicletas e os ciclomotores são veículos motorizados pequenos e velozes que, por


serem menores, tem preferência prevista em lei. Como grandes e pequenos devem conviver
pacificamente no trânsito, e necessário que cada um faça a sua parte. Portanto:

Se você é condutor de veículo de quatro rodas, deve:

1. Manter distancia maior de segurança em relação a motocicletas e ciclomotores,


considerando-lhes a fragilidade e a rapidez;
2. Aumentar sua preocupação em relação a visibilidade dos seus condutores, pois podem
ficar facilmente escondidos pelos “pontos cegos” do seu veiculo, que é maior;
3. Na ultrapassagem, ter os mesmos cuidados que teria se estivesse ultrapassando outro
carro;
4. Ter cuidado ao abrir a porta, pois pode surgir inesperadamente um motociclista
desatento.

Se você é motociclista, deve pilotar defensivamente.

Bicicletas

Como a bicicleta e um veículo não motorizado, pode ser conduzida por menores de
idade, que nem sempre dispensam os cuidados de segurança, nem sempre dispensam
os cuidados de segurança, nem sempre obedecem ás normas legais e à sinalização. Por
isso, a conduta nem sempre é segura e realizada segundo as normas da legislação.
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Se você é condutor, deve: manter distancia de segurança lateral mínima de 1,5 m e
distância segura de seguimento; dar-lhe a preferência; ter cuidado mais nas conversões
à direita e esquerda; tomar cuidado ao abrir a porta do carro.

Se você é ciclista, deve: equipar a bicicleta com os equipamentos obrigatórios;


preferir circular em ciclovias e ciclofaixas, quando existirem; respeitar os sinais e as
normas de circulação previstas pelo código de trânsito; circular de modo a ver e ser
visto; manter distancia em relação aos demais veículos; segurar o guidão com as duas
mãos; não fazer malabarismos.

Pedestres

Costumamos ver os pedestres como “o outro”. No entanto, no trânsito, somos muitas


vezes dos em um: condutores, ao dirigir o veiculo; pedestres, ao andar com as próprias
pernas. Por isso muitas vezes dois em um: condutores, ao dirigir o veículo; pedestres,
ao andar com as próprias pernas. Por isso, a segurança no transito também depende da
nossa atitude como pedestres.

Onde – O maior número de atropelamentos acontece nas travessias de zonas urbanas ou em


fase de urbanização. São fatores de perigo:

a) O intenso volume de trafego;


b) A ausência de sinaleiras (semáforos);
c) A elevada velocidade desenvolvida pelos veículos;

Quando – O maior número de atropelamos é sempre maior à noite, quando a visibilidade do


pedestre fica prejudicada.

Velocidade – A velocidade elevada, alem de dificultar as travessias dos pedestres, aumenta o


risco e a gravidade dos acidentes. Quanto maior for a velocidade desenvolvida pelo veiculo,
tanto maior será a gravidade do atropelamento.

Como condutores e pilotos defensivos devemos ter os seguintes cuidados:


1. Ter muita cautela e dar sempre a preferência ao pedestre;
2. Dedicar especial cuidado aos idosos, deficientes físicos e crianças;
3. Tomar cuidado com pedestres alcoolizados;
4. Redobrar a atenção e reduzir a velocidade ao aproximar-se de locais de transito ou
travessia de pedestres.

Como pedestres defensivos, devemos:

1. Transitar sobre calçadas ou passeios, deixando livre a pista para os veículos;


2. Atravessar a via nos locais próprios para isso e conforme determina a legislação;
3. Mesmo no nosso direito, atravessar a pista quando tivermos a certeza de que fomos
vistos pelo condutor;
4. Respeitar o direito do motorista quando lhe é devido.

Animais

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Chocar-se com animais sempre é fato que traz conseqüências graves. Quanto maior for
a velocidade, quanto maior for o animal e quanto menor for o veiculo, mais graves serão os
danos. Além disso, se, tentando evitar o choque do veiculo com o animal, condutor e piloto
fizerem movimentos bruscos na direção, o veículo poderá se desgovernar e provocar um
acidente.

Por isso, você

1. Deve redobrar a atenção ao passar por fazendas ou por locais sinalizados advertindo a
presença de animais;
2. Ao avistar um animal, deve diminuir a velocidade e evitar movimentos bruscos na
direção;
3. Não deve buzinar para não assustar o animal;
4. Se estiver pilotando, não chutar o animal para evitar o desequilíbrio da moto;
5. Avisar a polícia dando a localização do animal (em rodovias federais, ligando para o
191; em rodovias estaduais, ligando o 198; em vias urbanas, ligando o 190).

CONDUÇÃO EM SITUAÇÕES DE RISCO:


Situação de risco

A palavra “risco” deriva do latim risicare ou risicu, que significa “ousar”. E a primeira
“ousadia” do ser humano é o ato de nascer. O risco é inerente à vida e ao movimento.

Transitar é um risco. Qualquer um que entra na via pública sabe que é um risco e que
pode se envolver em acidente

1. Seja por causa de seu próprio comportamento;


2. Seja por causa do comportamento imprevisível e incontrolável do outro usuário da
via;
3. Seja pelas condições da própria via ou do ambiente.

Mesmo que o condutor seja prudente, poderá se deparar com surpresas desagradáveis
pelo caminho: ultrapassagens indevidas, derrapagens, ondulações e buracos na via, situações
criticas em cruzamentos e em curvas e situações em que deverá acionar os freios de modo
emergencial. Diante de imprevistos, é preciso manter a calma e agir com rapidez, conforme as
dicas a seguir.

Ultrapassagem em situação de risco

A ultrapassagem em si já é uma manobra de risco. Os riscos aumentam quando


realizada de forma indevida, podendo provocar acidentes graves, pois esse tipo de manobra a
colisão se dá quase sempre frente a frente.

Variáveis – A ultrapassagem é a manobra que apresenta o maior número de variáveis


a serem levadas em conta. Quando qualquer variável é avaliada de modo inadequado, pode
levar a um acidente:

1. Velocidade do veiculo a ser ultrapassado;

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2. Potencia do veiculo que o condutor está dirigindo;
3. Potencia do veiculo a ser ultrapassado;
4. Número de veículos a serem ultrapassados;
5. Condições climáticas;

Mesmo em situações de risco, existem comportamentos em que é possível evitar


acidentes. Vejamos:

Se outro veículo vier em sentido contrário durante a ultrapassagem:

1. Tentar desistir da ultrapassagem, retornando à faixa de origem;


2. Se não for possível, deslocar-se para a direita, aproximando-se ao máximo do veículo
que está sendo ultrapassado;
3. Em caso de estar ultrapassando vários veículos, não insistir em ultrapassar todos, e
intercalar-se entre os outros veículos;
4. Nunca ir para o acostamento contrário;

Ultrapassagem de veículos pesados – Deve-se ter paciência com condutores de veículos


pesados. Os condutores desses veículos não vão querer “perder o embalo” para dar
oportunidade ao condutor de veículos leves, pois a retomada da velocidade de um veiculo
pesado é bem mais lenta. Nunca se deve “fechar” um caminhão, pois a distância de frenagem
para os veículos pesados é mais longa, e certamente, não haverá tempo suficiente para essa
manobra, resultando em acidente.

Regra geral – Em caso de dificuldades na ultrapassagem, facilitar imediatamente,


deslocando-se o máximo possível para a direita.

Curvas em situação de risco

Curvas e frenagem é uma combinação que não da certo. Em caso de frenagem nas curvas:

1. O veículo pode derrapar e fugir ao controle do condutor;


2. As rodas podem travar ( deixar de girar e arrastar-se), e o veículo pode capotar.

Em caso de ter de diminuir a velocidade numa curva:

1. Nunca pise fortemente nos freios;


2. Tire o pé do acelerador e reduza a marcha ( não importa se o motor faça barulho
porque a rotação do motor sobe);
3. Só depois use os freios moderadamente.

Derrapagens

Derrapar significa não aderir ao solo. A derrapagem acontece quando o pneu do


veiculo perde a aderência com o solo devido à presença de elementos como cascalho, areia...,
sobre a pista. Quanto maior for a velocidade desenvolvida pelo veículo, tanto maior serão as
possibilidades de derrapagem.

Em derrapagens, existem veículos que saem “de frente” para fora da curva e veículos
que saem “ de traseira”.
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DIREÇÃO DEFENSI
Saem com a parte de frente para fora da curva aqueles veículos em que o peso (motor,
câmbio, diferencial, tração dianteira, etc.) se concentra na frente. Nesse caso, você deve:

1. Tirar o pé do acelerador e não pisar no freio;


2. Girar o volante para dentro da curva até retomar a trajetória;
3. Saindo da curva, acelere progressivamente.

Saem com parte traseira para fora da curva aqueles veículos em que o peso (motor,
diferencial, tração traseira...) se concentra na parte de trás. Nesse caso, você deve:
1. Tirar o pé do acelerador e não arriscar no freio;
2. Girar o volante para o lado que a traseira saiu, assim a frente do veiculo começar a
virar para dentro da curva;
3. Em seguida, acelerar progressivamente;

Derrapagens com motocicletas

As ondulações nas vias podem ser obtidas de moto intencional com o objetivo de
reduzir a velocidade, como é o caso das lombadas, dos sonorizadores e das depressões, nesse
caso, sempre sinalizados, conforme regulamentação. Em outros casos, podem existir na pista
de rolamento como conseqüência de consertos na via, nesse caso, nem sempre sinalizadas.

Ao perceber antecipadamente esses elementos na via, diminuir a velocidade usando os


freio. No entanto, ao passar por eles, despercebidamente, evite

1. Fazer movimentos bruscos na direção do veículo;


2. Frear bruscamente o veiculo;

Buracos na via

Infelizmente eles são presença constante nas vias urbanas e rurais. Ao andar por uma via
esburacada:

1. Diminua a velocidade: velocidade altas podem impedir o desvio de um buraco,


“ganhando” com isso uma roda amassada e um pneu estourado;
2. Aumenta a distância frontal de segurança – ficando mais distante do carro de frente, é
possível ver os buracos à sua frente;
3. Buraco inevitável – se não conseguir desviar de um buraco, mantenha o volante da
direção reto, não pise bruscamente no freio e avalie a pressão do pedal do acelerador;
se pisar na embreagem, serão evitados danos no câmbio.

Cruzamentos em situação de risco

Os cruzamentos são pontos de conflito por natureza, onde acontecem situações de risco
devido aos mais diversos motivo:
1. Falta de sinalização;
2. Falta de sincronismo dos semáforos;
3. Pouco tempo destinado à travessia dos pedestres;
4. Colocação inadequada das faixas de travessia de pedestres;
5. Excesso da velocidade imprimida pelos condutores;
6. Desrespeito à sinalização e às normas de trânsito;

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Ao aproximar de cruzamentos, todo condutor deve fazê-lo com cuidado de modo a poder
evitar o acidente diante de um imprevisto ou de um comportamento inadequado dos outros
usuários das vias..

Frenagem normal e de emergência

Frenagem normal e aquela que o condutor e o piloto sabem que vão parar. Elas
acontecem diante de um sinal vermelho, ao dar preferência de passagem aos pedestres ou a
outros condutores. Frenagem de emergência é aquela em que o condutor e o piloto são
obrigados a parar de forma inesperada diante do surgimento de um imprevisto: um pedestre
desavisado que atravessa diante do veículo, um veículo que desrespeita a preferencial, um
animal que aparece de repente. Em ambas, o condutor dever ter comportamentos diferentes.

Comportamento na frenagem normal

Na frenagem normal, o condutor deve acionar o freio suavemente, de modo a parar o


veículo com segurança, de modo a permitir distância segura em relação aos que vão à sua
frente e aos que vêm atrás. Ele deve lembrar-se da norma do Código de que nenhum condutor
deve frear bruscamente seu veículo a não ser por questões de segurança.

Comportamento na frenagem de emergência

Numa situação de emergência, ele deve levar em consideração vários aspectos, como
se verá a seguir.

Numa situação inesperada, a situação instintiva é frear bruscamente, o que nem


sempre é uma atitude correta. Para frear corretamente, o condutor deve conhecer o sistema de
freios do seu veículo: freios comuns ou freios ABS.

Freios comuns

Quando o pedal do freio de sistemas comuns é acionado com força, as rodas travam,
isto é, param de girar e passam a se arrastar no chão, não mais obedecendo ao comando da
direção, indo chocar-se com os obstáculos.

Freios ABS

A sigla ABS vem das palavras do inglês Antilock Break System, que, em português
significa Sistema de Freios Antitravamento. Ao contrário dos freios comuns, quando o pedal é
acionado, as rodas não travam e permitem girar o volante, mesmo em situações críticas de
frenagem.

Frenagem de emergência com freios comuns

Se você estiver muito perto de um veículo e precisar fazer uma frenagem de emergência
com freios comuns:

1. Não desvie simplesmente, pois você pode fechar ou atingir outro carro;

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2. Pise forte no pedal do freio, porém procurando dosar a pressão, pisando e aliviando
para que as rodas não travem ( se travarem podem desgovernar o carro);
3. Repita até o veículo parar ou chegar a uma velocidade compatível.

Não se esqueça – Se o carro da frente também tiver de parar e tiver freios ABS, ele vai parar
num tempo e espaço menores. E como saber se ele tem freios ABS? Não há como. Então é
melhor ser prevenido e manter sempre distância segura.

Em caso de um objeto fixo ou de um animal parado, o procedimento correto é:


1. Tirar o pé do freio na hora de desviar;
2. Ter o controle da direção;
3. Não olhar para o objeto a ser desviado, mas para o espaço aonde quer levar o veículo.

Frenagem de emergência com freios ABS

Se você estiver muito perto de um veículo e precisar fazer uma frenagem de emergência
com freios ABS:

1. Pise fundo e forte no pedal, sem aliviar a pressão até o final da freada;
2. Em caso de trepidação, não alivie a pressão, pois tal ocorrência é característica normal
desse sistema.

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