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1ª Edição
Campinas
Volume 82
Equipe da Metareilá :
Da esquerda para a direita:
Almir Narayamoga Suruí
Ubiratan Gamalodtaba Suruí
Kachia Téchio
Jamiria Suruí
Adlanes Osmídio
Rubens Naraikoe Suruí
Arildo Gapamé Suruí
Enoque Mopidgasoten Suruí
Equipe do CLE :
Da esquerda para a direita:
Vinícius Ferreira Costa
Claudia Marinho Wanderley
Guilherme Carneiro
Apoio:
1ª edição
Claudia Marinho Wanderley
Kachia Téchio
Guilherme dos Santos Carneiro
Vinícius Ferreira Costa
I SOEITXAWE
Congresso Internacional de Pesquisa Científica na Amazônia
CT Paiter Suruí, Cacoal, Rondônia-Brasil.
1ª edição
Campinas
Volume 82 – 2017
Universidade Estadual de Campinas
Reitor: Macelo Knobel
Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência
Coordenador: Marcelo Esteban Coniglio
Coordenador-Associado: Fábio Maia Bertato
Editor: Itala M. Loffredo D’Ottaviano
Editor Convidado: Claudia Marinho Wanderley
Editor Associado: Fabio Maia Bertato
Conselho Editorial: Ana Maria Alfonso-Goldfarb - UNESP/Marília; Newton Carneiro Affonso da Costa
CLE/UNICAMP, PUCSP; Atocha Aliseda Liera – - CLE/UNICAMP, USP, UFSC; Oswaldo Porchat
UNAM; Décio Krause – UFSC; Evandro Luís de Assis Pereira da Silva - CLE/UNICAMP, USP;
Gomes – UEM; Flavia Marcacci - Pontificia Otávio Augusto Santos Bueno - University of Miami;
Università Lateranense; Francisco Miraglia Neto - Rafael Capurro - Stuttgart Media Universitat;
CLE/UNICAMP, USP; Gregori Chaitin - IBM/New Rodolfo Cristian Ertola Biraben - CLE/UNICAMP;
York, UFRJ; José Ferreirós - Universidad de Sevilla; Steven Richard Douglas French - University of
Joseph Warren Dauben - City University of New Leeds; Ubiratan D'Ambrosio - CLE/UNICAMP;
York; Leandro Oliva Suguitani – UFBa; Maria Zeljko Loparic-CLE/UNICAMP , PUCSP.
Eunice Quilici Gonzalez - CLE/UNICAMP,
ISBN 978-85-86497-33-9
Impresso no Brasil
Coleção CLE
I SOEITXAWE
Congresso Internacional de Pesquisa Científica na Amazônia
CT Paiter Suruí, Cacoal, Rondônia-Brasil.
1ª edição
Sumário
v. 82, pp. 13-792, 2017.
Prefácio 13
Maria Eunice Quilici Gonzalez
Itala M. Loffredo D’ Ottaviano
Apresentação 19
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Prefácio 15
Soeitxawe
16 Maria Eunice Quilici Gonzalez e Itala M. Loffredo D’ Ottaviano
Soeitxawe
Prefácio 17
Erro de português
Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena! Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
Oswald de Andrade
Soeitxawe
"I Congresso Internacional de Pesquisa Científica na Amazônia -
Soeitxawe: resumos e trabalhos completos"
Índice:
I. Apresentação (Kachia Techio e Claudia Wanderley)
II. Carta Aberta I Soeitxawe
III. Manifesto Soeitxawe
IV. Comitê Científico e organização
V. Programação do evento
20
Kachia Téchio
Antropóloga
Universidade Federal de Rondônia
24
(Prof. Dr. Almir Suruí, Prof. Me. Ivaneide Bandeira, Profa. Dra. Maria Eunice Quilice
Gonzalez, Profa. Dra. Kachia Téchio, Profa. Dra. Claudia Wanderley)
Claudia Wanderley
Linguista
29
Mopiry Suruí
1 Soeitxawe na língua Tupi Mondé Suruí significa sabedoria.
31
Antonio Romero
Alessandra Ribeiro-Martins, Comunidade Jongo Dito Ribeiro/Casa
de Cultura Afro Fazenda Roseira
Marcelo Gustavo Aguilar Calegare
Maria Conceição Santos
Miguel Cerqueira Santos
Dermânio Tadeu Lima Ferreira
Ortência Gonzalez
...
32
Manifesto Soeitxawe
Comissão Científica:
36
Comitê Organizador
Diretores
Diretores de Modalidade
Apoio:
Agências de Fomento
Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado de São Paulo - FAPESP
Apoio:
ʀ Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência - UNI-
CAMP, São Paulo
ʀ Centro de Estudos Políticos, Religião e Sociedade - CEPRES,
UNIFAP, Amapá
1 de maio de 2015
2 de maio de 2015
3 de maio de 2015
43
01 de maio de 2015
02 de maio de 2015
03 de maio de 2015
Grupos de Trabalho para Soeitxawe – I Congresso Sobre Pesquisa
Cientifica Na Amazônia.
GT 1 - Saúde: 01/05/2015, 15h15 - Oca 2
GT 2 - Saúde: 01/05/2015, 15h15 - Tenda 1
GT 3 - Desenvolvimento Sustentável: 01/05/2015, 16h45 - Oca 2
GT 4 - Educação: 01/01/2015, 16h45 - Tenda 1
GT 5 - Saúde: 02/05/2015, 15h15 - Tenda 1
GT 6 - Identidade e Linguística: 02/05/2015, 16h45 - Tenda 3
GT 7 - Imaginário Religioso: Um Enfoque Multidisciplinar:
02/05/2015, 15h10 - Tenda 3
GT 8 – Saúde: 02/05/2015, 16h45 - Tenda 1
GT 9 - Direito: 02/05/2015, 16h45 - Tenda 2
GT 10 - Ambiente: 02/05/2015, 15h10 - Tenda 2
GT 11 – Ambiente: 02/02/2015, 15h10 - Oca 2
GT 12 – Ambiente: 02/05/2015, 16h45 - Oca 2
GT 13 - Biodiversidade: 01/02/2015, 15h10 - Tenda 2
GT 14 – Ambiente: 01/02/2015, 15h15 - Tenda 3
Eu, Almir Suruí, nasci a frente de uma grande desafio enfrentado pelo
povo Paiter Suruí. Nasci e cresci durante esse grande desafio e isso tam-
bém me ensinou bastante: que cada povo tem seus próprios ideais, seus
próprios princípios, sua visão, sua missão de lutar para manter sua auto-
nomia, sua cultura, sua religião, sua história como povo. E isso me levou
a refletir sobre o valor da sua vida, da sua sociedade, que precisam ser
respeitadas e valorizadas, dentro do princípio de mantê-lo como povo. E
depois de 47 anos de contato, do povo Paiter Suruí com a cultura do não
índio, ainda enfrentamos grande desafio. Porque não há qualquer pessoa,
qualquer sociedade, que entenda, de fato, a outra sociedade, o valor dela,
a importância dela, e como ela pode contribuir para o bem comum de
todos. E a cultura, o princípio de cada povo, tem seu valor histórico e
atual, dentro do processo, que mantém a nossa natureza viva, dentro do
que você faz, dentro da sua luta, e isso faz com que nossa vida, nossa
natureza, ou então, todos os planetas, girem para o sustento da nossa
humanidade como um todo. E com essa visão eu luto bastante para que
eu possa então fazer minha parte como um dos líderes do povo Suruí.
E quando eu fui eleito, para liderar meus clãs dentro do povo Suruí
em 1992, com dezessete anos de idade ainda, foi um grande desafio para
mim como jovem, mas, mesmo assim, eu sabia que eu tinha uma missão
muito grande: de buscar solução para que eu pudesse dialogar com a
sociedade mais avançada no séc. XXI. E isso trouxe a possibilidade de
dialogar com vários setores da área de comunicação, de áreas de pensa-
mento e de todos os instrumentos que mantém a sociedade estruturada
juridicamente, politicamente, economicamente, culturalmente. Assim,
compreender e respeitar os serviços que a natureza oferece, entre eles, a
floresta e tudo o que ela oferece de grande importância no mundo. É
necessário se estruturar, ter responsabilidade e competência para forne-
cer essas informações ao mundo a partir de seus conhecimentos. Como
povo, como líder, com nossa própria organização, hoje fazemos parte
dessa organização, uma das associações mais antigas do Brasil, ou de
Rondônia, ou da Amazônia, que é a associação Metareilá do Povo Indí-
gena Suruí. E através dessa organização eu tive a oportunidade de coor-
62 Almir Suruí
Soeitxawe
Reflexão do Prof. Dr. Almir Suruí 63
demais, pois todos nós temos falhas, como seres humanos, e a partir de
nossas falhas, temos de refletir e pedir orientação de nossa fé e também
de nossa ligação entre “terra e céu”, para que a gente possa manter a
nossa história viva para as próximas gerações. Eu acredito nisso, senão
não teria começado esse trabalho. Nós (povo Paiter) estamos acreditan-
do cada vez mais, estamos também ampliando as nossas parcerias nacio-
nais e internacionais, sobre essa Universidade Indígena, e acreditando
que um dos mecanismo para manter a autonomia de um povo é valorizar
a educação do seu povo. Um dos princípios maiores do nosso povo, é
que nosso povo possa contribuir com sua sabedoria, com sua cultura,
com sua visão e com missão ao mundo, desses grandes desafios que
passam hoje como crise política, econômica, de religiões, que passam a
guerras, que passam por poder a poder, mas não existe, a partir dessas
reflexões, quando a gente pensa que nós estamos em um planeta só. E
cada um tem que fazer sua parte. E como povo Paiter estamos tentando
fazer os nossos grandes esforços para contribuir e sonhar juntos, sonhar
junto com as pessoas que pensam igual a gente. Ver um mundo melhor
para nossas futuras gerações. E assim queremos avançar, compartilhar e
participar de todas as construções políticas que podem fortalecer através
de melhor educação. Não para o povo Suruí (Paiter Suruí), do Brasil
também, o qual é o nosso país. E se depender de nós, sempre lutamos
para que o nosso país Brasil seja sempre um exemplo, de país que deve-
ria respeitar seu povo, suas culturas, suas diferenças. Em nossos princí-
pios filosóficos, nós acreditamos que precisa fazer uma gestão política,
participativa, consciente e justa para todos. Vamos lutar para isso, vamos
continuar acreditando que piores crises que pode trazer ao nosso país, ao nosso
povo, para trazer o melhor caminho. Nesse momento acreditamos que isso
pode acontecer, e acreditar que a Universidade Soeitxawe do Povo Paiter
Suruí está nascendo, não pra disputar com outras universidades, mas
para compartilhar e contribuir com outras universidades para que o Bra-
sil seja um país consciente, de que tem um papel importante para mos-
trar o novo caminho para outros países também que precisam das refle-
xões porque estão em crise. Crises ambientais, crises religiosas, crises
econômicas, e crises de todas as formas que pode acontecer. Então va-
mos acreditando que a nossa luta é que irá mostrar, cada vez mais, o
caminho para a gente. E aqui quero dizer que é muito importante que a
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64 Almir Suruí
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Labiway EY SAD – Sistema de Governança Paiter Surui
Abstract: This research will take place around the reality experienced by Indig-
enous People Surui the community, located between the municipalities of
Cacoal (RO) and Spike Western, and Northwest State of Mato Grosso, Munici-
pality of Rondolândia (MT), which since time contact the Surui have suffered
from the intervention approach and settlers, due to this there was the beginning
of devastation that is causing climate change and causing storms, which signifi-
cantly affect human health directly and indirectly. In the State of Rondônia, the
only areas that still observed the presence of forest are within Indigenous Lands
and Conservation Units, which are constantly threatened. Parliament Surui,
created in November 2010, appears as a forum for democratic debate of ideas,
reflections and deliberations, which represents the people Surui in their deci-
sions, claims, implementation of internal policies and interface with public poli-
cy consolidating government with indigenous and indigenous rights.
Keywords: Governance; Indigenous; Policies; Paiter Surui.
66 Rubens Naraikoe Surui
1. Introdução
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Sendo assim, José Afonso da Silva diz que a posse é a que decorre do
conceito do indigenato,
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João Mendes, vai mais além, trazendo seu conceito sobre o indigena-
to.
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3. Paiter Suruí
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Figura 01. Terra Indígena Sete de Setembro
Fonte: ACT, 2010.
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3.1 O Contato
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3.2 As Invasões
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madeireiras. Nessa mesma época a Terra dos Zoró e Cinta Larga são
invadidas por madeireiras e fazendas, sem que a FUNAI tomasse ne-
nhuma providência.
Alegando não dispor de orçamento para atender a saúde e a comerci-
alização dos produtos dos Paiter, em 1987 os funcionários da FUNAI
persuadem algumas lideranças indígenas a venderem madeira. Esta venda
era feita sem controle e calcula-se que aproximadamente dois milhões de
dólares em madeira tenha sido retirado da área indígena (CEDI, 1992).
As principais madeireiras que atuaram no período de 1987 a 1991, re-
tirando apenas mogno foram:
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sos por parte da FUNAI, que não promoveu a assistência à saúde e ainda
introduziu um padrão alimentar baseado em arroz, feijão e açúcar, ge-
rando nos Paiter Surui uma nova forma de plantar e um novo costume
com horas marcadas para as atividades alimentares, recreação e plantio.
Com novos hábitos sobrava pouco tempo para caçar, pescar e realizar
as festas tradicionais. Os índios em péssimas condições de saúde procu-
ravam assistência nos hospitais de Cacoal e na Casa do Índio em Riozi-
nho. Em condições precárias era fácil render-se ao engodo dos madeirei-
ros e funcionários corruptos.
Apesar de todas as dificuldades em 1988, as lideranças Paiter Surui
investiram contra os madeireiros e criaram a Associação Metareilá do
Povo Indígena Paiter, que tem como objetivo a defesa dos direitos indí-
genas.
A organização expulsa os madeireiros da Terra Indígena, destituir as
lideranças que vendiam madeira e escolhem lideres compromissado com
a defesa do meio ambiente. Esta não foi uma decisão fácil, pois significa-
va ter menos dinheiro e “benefícios” aos quais já estavam acostumados.
Passam a defender junto aos demais povos indígenas do Estado à pre-
servação dos recursos naturais, fazendo declarações públicas em jornais
contra a venda ilegal de madeira.
Durante o ano de 1988 a 1990 não há venda de madeira com a coni-
vência indígena. No entanto, a partir de 1991, sem apoio as suas ativida-
des e sem recursos para dar atendimento às necessidades da comunidade
a Metareilá perde poder e os líderes voltam a fazer acordo com madeirei-
ros, sendo os principais madeireiros a roubarem madeira com a permis-
são dos índios e omissão da FUNAI:
x Zaquel da Silva;
x Toreiro Clemente;
x Toreiro Zildem;
x Toreiro Sidney;
x Toreiro Carlinhos;
x Isac Félix.
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Figura 07: Estrutura Sistema de Governança Paiter Surui.
Fonte: CARDOZO, 2013
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4.11. Labiway EY
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Conclusão
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Abreviaturas
ART - Artigo
CF - Constituição Federal
CP - Código Penal
CPP - Código de Processo Penal
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
FUNAI - Fundação Nacional do Índio
GAMEB - Linhagem clânica dos Paiter Suruí (O povo do marim-
bondo preto)
GABGIR - Linhagem clânica dos Paiter Suruí (O povo do marim-
bondo amarelo)
KABAN - Linhagem clânica dos Paiter Suruí (O povo da frutinha
Kaban)
KABANEY - Associação do Povo Indígena Kabaney Suruí
KANINDÉ - Associação de Defesa Etno Ambiental
MAKÓR - Linhagem clânica dos Paiter Suruí (O povo da taquara)
MMA - Ministério do Meio Ambiente
METAREILÁ - Associação Metareilá do Povo Indígena Suruí
ONU - Organização das Nações Unidas
PAMAUR - Associação de Proteção ao clã Makor do Povo Indígena
Suruí
SPI - Serviço de Proteção ao Índio
TI - Terra Indígena
TISS - Terra Indígena Sete de Setembro
TJ - Tribunal de Justiça
STF – Supremo Tribunal Federal
STJ – Superior Tribunal de Justiça
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106 Rubens Naraikoe Surui
Referências
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108 Rubens Naraikoe Surui
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Ritual com a Ayahuasca em Ji-Paraná Rondônia
Carlos Castañeda
A Erva do Diabo
1 Todas as fotos contidas neste artigo são de autoria da própria autora.
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Ritual com a Ayahuasca em Ji-Paraná Rondônia 111
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112 Regina Clara de Aguiar
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Ritual com a Ayahuasca em Ji-Paraná Rondônia 113
Processo Ritualístico
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114 Regina Clara de Aguiar
“eu bato pammm, o pessoal já silencia, procura o caminho, o segundo tamm, o pessoal
tá na fila. O terceiro, eu to avisando que vou distribuir o Daime”2.
A beberagem que tem uma cor levemente marrom, com sabor forte,
é recebida das mãos do dirigente em pequenos copos de plástico, aonde
é dosada a quantidade do chá, dependendo de quem vai receber. Os
seguidores após ingerirem a bebida, tem sempre algum bombom à mão,
que já seguram sem a embalagem, para pôr na boca na intenção de cortar
o sabor amargo. Os participantes vão se aproximando silenciosamente da
igreja que tem paredes vazadas para que se aproveite ao máximo do
ambiente natural do lugar, circundado pela floresta. Vestem roupa branca
e formam filas em duas colunas. Os homens do lado esquerdo e as
mulheres do direito, incluindo as crianças que também ingerem a
ayahuasca e ficam na frente de todos nas filas. O último a beber é o
próprio dirigente. Esse momento solene da entrega sacramental da
ayahuasca pode ser interpretado como uma espécie de comunhão, a
exemplo da prática do rito final da missa no catolicismo. Mas ao
2Entrevista realizada na Barquinha de Ji-Paraná ou Centro de Irradiação Casa
de Jesus e Lar de Frei Manuel, no dia 08 de março de 2015, com o dirigente da
entidade, Edilson Fernandes da Silva.
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Obras de Caridade
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Crianças Ayahuasqueiras
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Bailado
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126 Regina Clara de Aguiar
Vieram aqui, tomaram o Daime duas vezes, e aí viram como é que era a
casa. Aí, me perguntaram se eu estava disposto a receber os apenados aqui.
Eu prontamente disse, claro... isso aqui, meu filho, é uma igreja. A casa
aqui é de todos, pode vir quem quiser... Agora em torno de trinta apenados
vem aqui. O projeto na ACUDA atende cem... Mas não é obrigado a
tomar Daime, e nem é obrigado a vir aqui... Na associação tem oficina
mecânica, tecelagem, cerâmica, horta comunitária, granja... Além disso...
Terapia Ocupacional. Depois tem Reik, constelação familiar... É uma série
de coisas. Quando chega aqui... O apenado já chega aqui mansinho...,
aceitando a condição dele, a situação dele, e respeitando a doutrina...
Evolução? Claro. Até a cor deles muda, a cútis, a pele muda, o olhar deles
muda, a postura deles, o comportamento deles. Eles vêm meio arredios, depois
vão se libertando, eles vão se soltando, vão relaxando, vão se entrosando...
Ficam com todo mundo..., ninguém sabe quem é quem... É isso que eu quero
mesmo, que ninguém saiba quem é quem prá ninguém ter preconceito... Todos
eles participam..., inclusive a gente os agrega a família... (Entrevista com
o dirigente da Barquinha Edilson Fernandes da Silva).
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Ritual com a Ayahuasca em Ji-Paraná Rondônia 127
Feitio do chá
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128 Regina Clara de Aguiar
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Ritual com a Ayahuasca em Ji-Paraná Rondônia 129
pessoa não conhece a reação física que poderá causar uma ingestão
irresponsável, sem critério. Para o feitio do chá há um ritual específico. E
toda uma preparação. Tudo é feito no espaço da igreja.
Não é mais necessário ir à floresta para a coleta do cipó e das folhas,
já que atualmente o plantio é próprio, no terreno da Barquinha, sendo
suficiente, pois na verdade é feita uma quantidade para oferecer às
pessoas, não para elas ficarem fora de si, mas para que abra a
sensibilidade, para que se possa entender um salmo, um hino, a
profundidade da palestra, que saibam que são médiuns de irradiação, que
possam receber e trabalhar com as entidades. E ter consciência, porque o
que se procura com a ingestão do chá, é o efeito benéfico que o Daime
pode produzir. A natureza sacralizou o Daime como um poder, os índios
já usavam desde muito tempo. A religião não sacralizou o Daime, muito
pelo contrário, ele veio sacralizar a ritualidade. Então o Daime é usado
nesse sentido, com o critério de que tenha uma energia positiva que faça
com que as pessoas se sintam bem, que possam aprender alguma coisa,
abrir os canais, e os chacras espirituais possam oferecer algum beneficio.
A ritualidade que se faz é primitiva, antiga, primeiro se pede licença para
colher, porque a natureza tem toda uma regência. Os espíritos não são
criação, não são imaginação, nem fantasia,
a gente chega e pede licença ao poder, aos seres de luz, a todos os seres que
compõem a floresta, porque ali tem energia, tem seres, tem responsáveis, nada
é por acaso. A pessoa não pode invadir uma área... Ali tem um dono, tem
um responsável. Eu peço permissão... Pego a folha, peço permissão pra folha,
vou cozinhar peço licença né, a sinergia, as forças que vão me conduzir...
Ingerimos o Daime, pra fazer a colheita, tudo isso com muito carinho, muito
cuidado. Batemos... Conversamos assuntos que são coerentes a nossa religião.
Ao ferver, ao cozinhar a gente vai orando rezando, pedindo né. Incutindo
naquela energia ali, magnetizando naquela energia ali, as nossas intenções de
fazer o bem, a caridade, o amor ao próximo né. Então é essa a ritualidade.
Claro que nós temos os cânticos, as orações. (Entrevista com o dirigente
da Barquinha Edilson Fernandes da Silva).
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130 Regina Clara de Aguiar
Considerações Finais
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Ritual com a Ayahuasca em Ji-Paraná Rondônia 131
Referências
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132 Regina Clara de Aguiar
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Psicologia e Dependência Química: Análise Preliminar de
uma Pesquisa-Intervenção em uma Comunidade Terapêuti-
ca de Cacoal-RO
Rosangela C. R. Aniceto
Simone M. de Oliveira
Cleber Lizardo de Assis
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Fluxos de CO2 em Regiões de Floresta e Pastagem no
Sudoeste da Amazônia
Bárbara Antonucci
Naara Ferreira Carvalho de Souza
Patrícia dos Santos Guimarães
Renata Gonçalves Aguiar
Introdução
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136 Bárbara Antonucci; Naara Souza; Patrícia Guimarães & Renata Aguiar
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Fluxos de CO2 em Regiões de Floresta e Pastagem no Sudoeste da Amazônia 137
Material e métodos
Área de estudo
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138 Bárbara Antonucci; Naara Souza; Patrícia Guimarães & Renata Aguiar
Resultados e discussão
Figura 1 – Médias horárias dos fluxos de CO2 na Rebio Jaru no ano de 2008.
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Fluxos de CO2 em Regiões de Floresta e Pastagem no Sudoeste da Amazônia 139
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140 Bárbara Antonucci; Naara Souza; Patrícia Guimarães & Renata Aguiar
Considerações finais
Agradecimento
Referências
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Fluxos de CO2 em Regiões de Floresta e Pastagem no Sudoeste da Amazônia 141
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Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia:
Uma breve análise
Neiva Araujo
Considerações Iniciais
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144 Neiva Araujo
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Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia 145
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Soeitxawe
146 Neiva Araujo
UHE Samuel
Soeitxawe
Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia 147
2 A temática não será aqui aprofundada, maiores informações acerca dos
impactos decorrentes das alterações do lençol freático podem ser obtidas em:
Soeitxawe
148 Neiva Araujo
<http://www.mabnacional.org.br/noticia/atingidos-ocupam-prefeitura-itapu-d-
oeste-por-direito-moradia> e
<http://philip.inpa.gov.br/publ_livres/2006/Parte%20B%20Vol%20I%20Rela
t%C3%B3rio%20Philip%20Fearnside.pdf>
3Ariquemes, no ano de 1995 ficou conhecida como capital mundial da malária e
Porto Velho, no mesmo ano, registrou 29.000 casos de malária. (Fearnside,
2004)
4Área que corresponde a 59% do território nacional diz respeito a um conceito
político (e não geográfico), que teve início com a Lei 1.806/53 e suas alterações.
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Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia 149
UHE Jirau
5 Importante observar que após as cheias históricas em Rondônia em 2014,
ainda não se sabe ao certo quantas famílias serão de fato impactadas no decorrer
da obra e quando de seu funcionamento, em razão das obras que acarretaram
mudanças no rio Madeira, que é um rio novo e ainda em formação.
6 Segundo dados do IBGE (2010), a população do estado de Rondônia é de
1.562.409, assim, cerca de 6,5% da população do estado foi atingida apenas com
estes dois empreendimentos.
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150 Neiva Araujo
Soeitxawe
Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia 151
7O estudo em relação a outros empreendimentos semelhantes dá conta de que
o número de atingidos é sempre superior àquele que consta no EIA/RIMA.
8 Este é o número de migrantes estimado pelo MAB.
Soeitxawe
152 Neiva Araujo
Soeitxawe
Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia 153
9 “Há mais de 1,5 mil potenciais Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH)
mapeadas no país, mas que ainda não saíram do papel. Desse total, 772 estão
disponíveis para estudo. No entanto, outras 141 já foram registradas na Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) por empreendedores privados e 645
aguardam apenas a análise do órgão regulador” (MAIS DE 1,5 MIL
PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS (PCH) AINDA ESTÃO NO
PAPEL, BRASIL ECONÔMICO, 2014).
Soeitxawe
154 Neiva Araujo
Soeitxawe
Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia 155
100% Alta
para Hidro Floresta Salda
Saldanha 5.280 5.280 PIE
luz Centrais d´Oeste - nha
Elétricas Ltda RO
100%
para Hidroelé Alto Alegre
Santa Luzia Colora
3.000 3.000 APE trica do Parecis -
D´Oeste do
Bergamin RO
Ltda.
100%
para Cassol
Vilhena -
Cabixi 2.700 2.700 APE Centrais Cabixi
RO
Elétricas
Ltda.
100% Alta
para Centrais Floresta Salda
Monte Belo 4.800 4.800 PIE
Elétricas d´Oeste - nha
Cassol Ltda RO
100%
Castaman I Colorado
para Adelino Engana
(Antiga 1.500 1.844 APE do Oeste -
Castaman & do
Enganado) RO
Cia Ltda.
100%
para Hidros Alta
sol Floresta
Rio Branco 6.900 7.140 PIE Branco
Hidroelétri d´Oeste -
cas Cassol RO
Ltda
100%
Colorado
para Casta Engana
Castaman II 750 750 APE do Oeste -
man Centrais do
RO
Elétricas Ltda
100%
Colorado
Castaman para Casta Engana
1.480 1.480 PIE do Oeste -
III man Centrais do
RO
Elétricas Ltda
Soeitxawe
156 Neiva Araujo
Pimenta
Bueno -
100%
RO Pimen
para Eletro-
Primavera 18.200 19.182 PIE Primavera ta
Primavera
de Bueno
Ltda
Rondônia -
RO
100% Alta
Ângelo para Hidroelé Floresta
3.600 3.600 PIE Branco
Cassol trica Ângelo d´Oeste -
Cassol Ltda RO
100%
Chupin
Cascata para Hidroelé Pimen
guaia - RO
Chupin 9.600 9.600 PIE trica ta
Corumbiara
guaia Chupinguaia Bueno
- RO
Ltda
100%
Chupin
para Centrais
guaia - RO
Cesar Filho 7.000 7.000 PIE Elétricas Taboca
Parecis -
Cesar Filho
RO
Ltda
Total: 463 Usina(s) Potência Total: 4.640.031,30 kW
Soeitxawe
Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia 157
Considerações finais
Soeitxawe
158 Neiva Araujo
Referências
Soeitxawe
Impactos Socioambientais de UHE e PCH em Rondônia 159
Soeitxawe
Psicologia e gravidez: análise preliminar de uma pesquisa-
intervenção junto a mulheres grávidas de Cacoal – RO
Elizeu Diniz de Medeiro1
Nádia Valéria Moreira Santos2
Cleber Lizardo de Assis3
Soeitxawe
Psicologia e adolescência: análise preliminar de uma pesqui-
sa-intervenção em um centro de referência em assistência
social de Rondônia
Kely Cristina de Matos
Daieli Cristina de Oliveira Sechini
Cleber Lizardo de Assis
Soeitxawe
Vivências e estratégias de enfrentamento em crianças hospi-
talizadas
Gislaine Federichi
Cleber Lizardo de Assis
Soeitxawe
Avaliação da Lei Maria da Penha por gestores de Cacoal-RO
Bruna Angélica Borges
Luana Sampaio
Cleber Lizardo de Assis
Soeitxawe
Intervenção psicossocial junto a um grupo de grávidas de
Cacoal-RO
Bruna Angélica Borges
Luana Sampaio
Tatiane Mendes
Cleber Lizardo de Assis
Soeitxawe
Extensão universitária e enfrentamento à violência de gênero
em Cacoal-RO
Simone Muniz
Lucineide Costa Santana
Nádia Valéria Santos
Cleber Lizardo de Assis
Soeitxawe
Prática profissional em psicossomática em profissionais de
saúde da região norte
Simone Muniz de Oliveira
Erica Barbosa
Elizeu Diniz
Lucineide Santana
Nádia Valéria Santos
Uiara Diane Costa Lima
Cleber Lizardo de Assis
Soeitxawe
Representações sociais sobre a psicologia e o psicólogo em
universitários de uma faculdade privada de Rondônia
Géssica Alves de Souza Matthes
Cleber Lizardo de Assis
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária junto a
usuários de um CAPS da região Norte
Soeitxawe
178 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Introdução
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 179
Soeitxawe
180 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
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Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 181
Soeitxawe
182 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 183
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184 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 185
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186 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
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Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 187
Soeitxawe
188 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Método
Amostra
Procedimentos e Materiais
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 189
Soeitxawe
190 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Resultado e Discussão
Avaliação inicial/diagnóstico
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 191
Soeitxawe
192 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
psicólogo no uso de seu saber contribui para que este momento seja
enfrentado da forma mais saudável possível.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 193
a seguir confirmam isso: S1- “venho péssima de casa (mesmo medicada), e sinto-
me bem quando falo com ele (psicólogo), consigo enfrentar o dia e as situações, enfren-
tar os problemas da família sem crises.”; também há queixa do S2 sobre o
efeito colateral do medicamento que usa e que causa prejuízo no seu
desempenho sexual e que, por sua vez causava conflitos no relaciona-
mento conjugal, mas que tem sido superados após a atenção recebida
por um psicólogo.
Junto aos funcionários, quando indagados sobre o trabalho do psicó-
logo na instituição, obtivemos respostas nas quais foi possível identificar
o quanto é importante a sua presença, conforme alguns aspectos relevan-
tes em falas a seguir: - Formação de equipe: “discutimos os problemas”,
“trocamos informações o tempo inteiro”; - Resultados significativos: “o
paciente precisa também de um psicólogo, faz a diferença”; “a avaliação
psicológica é importante porque ajuda o paciente a se encontrar”; - As-
sistência profissional específica: “acredito que só os medicamentos não
resolvem, precisa de uma orientação, intervenção psicológica...”. A partir
destes depoimentos, notamos como se consolida a importância da Psico-
logia na percepção dos funcionários, mas também de sua atuação de
forma interdisciplinar, de forma que favoreça o bem estar biopsicossocial
da pessoa com sofrimento mental.
Considerações Finais
Soeitxawe
194 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 195
Referências
Soeitxawe
196 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 197
APÊNDICE A
Objetivos:
Geral: Favorecer a apresentação do grupo e a autoestima dos
participantes
Específico: A partir de um estímulo verbal, promover a descontração
dos membros do grupo e sua consequente apresentação.
Desenvolvimento:
1- Enumerar uma série de cartões coloridos e no seu verso escrever a
seguinte ordem: “Estoure uma bola com o número do seu cartão”
2- Encher as bolas coloridas e introduzir em cada uma delas papéis. Com
as seguintes perguntas:
x Qual o seu nome?
x O que você deseja para 2014?
x Qual foi o melhor dia da sua vida?
x O que você deseja para seus amigos e sua família?
x O que te deixa feliz?
x Qual o seu maior sonho?
3- Dispor as bolas no centro da sala.
4- Formar um círculo em volta das bolas coloridas.
5- Dispor os cartões coloridos em uma mesa e solicitar aos participantes
que escolham cada um o seu cartão.
Soeitxawe
198 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 199
APÊNDICE B
Convite
As alunas do 6º período de psicologia/UNESC
Arte de Natal.
Dia:___/___/2013 às ______h.
Local: CAPS II
Soeitxawe
200 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
APÊNDICE C
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 201
Soeitxawe
202 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 203
APÊNDICE D
6- Quais as formas que você encontra para lidar com este sofrimento?
Estudando, lendo, fazer artes como: pintar, plantar verduras e flores, o
CAPS também me ajuda devido as amizades.
Soeitxawe
204 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
10- Tem alguma coisa que você gostaria de fazer e está impossibilitada de
realizar?
Tenho vontade de estudar medicina, mais não encontrei coragem, pois
acho um curso muito complexo e me acho incapaz, pois as vezes minha
mente falha.
13- Você tem conhecimento dos seus direitos como pessoas com
sofrimento mental? Quais?
Não.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 205
6- Quais as formas que você encontra para lidar com este sofrimento?
Ficar sozinho (quando é mais grave), ler a bíblia e também ficar no meio
de pessoas.
Soeitxawe
206 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
10- Tem alguma coisa que você gostaria de fazer e está impossibilitada de
realizar?
Trabalhar mais para aumentar a renda da família.
13- Você tem conhecimento dos seus direitos como pessoas com
sofrimento mental? Quais?
Não tenho conhecimento.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 207
6- Quais as formas que você encontra para lidar com este sofrimento?
CAPS, terapias, oficinas e Psicólogos/Neuro/Psiquiatra
10- Tem alguma coisa que você gostaria de fazer e está impossibilitada de
realizar?
Sim, serviço de casa, trabalhar fora e se alfabetizar.
Soeitxawe
208 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
13- Você tem conhecimento dos seus direitos como pessoas com
sofrimento mental? Quais?
Sim. Não ser discriminado e se isso acontecer posso denunciar a pessoa.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 209
APÊNDICE E
2- A respeito do seu trabalho, o que você pensa sobre ele (o que é bom,
o que poderia mudar ou melhorar, quais ações podem ser implantadas):
Organizar agendamento, com relação a espera antes os pacientes
esperavam até 20 dias, hoje é melhor, o atendimento é mais rápido,
Instituição física não é boa (aprovada), porém a equipe é boa, mais
faltam profissionais no RH.
Soeitxawe
210 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
6- No seu setor que tipo de parceria pode ser desenvolvido junto com
um profissional psicólogo?
Enriqueceria o grupo de profissionais do CAPS.
2- A respeito do seu trabalho, o que você pensa sobre ele (o que é bom,
o que poderia mudar ou melhorar, quais ações podem ser implantadas):
No acolhimento percebe-se que ainda existe preconceito porque não tem
informações necessárias. Com isso não procura ajuda. Outra questão é o
CAPS, é uma casa adaptada, falta sala para consultórios, não tem ar con-
dicionado, as vezes não tem lâmpadas, as cadeiras estão quebradas, enfim
o ambiente é precário, sem condições de trabalho e falta também intera-
ção entre as unidades de saúde.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 211
6- No seu setor que tipo de parceria pode ser desenvolvido junto com
um profissional psicólogo?
Trocar informações o tempo inteiro, trabalhar em equipe. Se for necessá-
rio pode encaminhar para um psicólogo. Discutir os problemas, como
por exemplo sobre o CID, tanto o Enfermeiro quanto o Psicólogo anali-
sar juntos e chegar a uma conclusão mais precisa.
Soeitxawe
212 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
podemos ajudar mais essas pessoas (pacientes) que sofrem com transtor-
no mental. A prática tem muito a acrescentar no aprendizado acadêmico
e profissão futura. É diferente da teoria.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 213
ANEXO A
Soeitxawe
214 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 215
Soeitxawe
216 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
ANEXO B
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 217
Disponível: <http://www.cacoalnews.com.br/2013/11/pacientes-do-
caps-aprendem-fazer.html#>
Soeitxawe
218 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
ANEXO C
Soeitxawe
Pesquisa-Intervenção em Psicologia Comunitária 219
Soeitxawe
220 Cleber A.; Luciana R.; Lucineide S.; Priscila A. & Rosângela A.
Soeitxawe
Estratégias de enfrentamento em acompanhantes hospitala-
res de familiar
Soeitxawe
Intervenção psicossocial junto ao adolescente autor de ato
infracional
Luciana Laura Maciel
Poliana Galvão
Valdirene Lima
Cleber Lizardo de Assis
Soeitxawe
Arte e Psicologia em pesquisa-intervenção junto a usuários
do CAPS II de Cacoal – RO
Soeitxawe
Pesquisa-intervenção em psicologia comunitária com um
grupo social LGBT da cidade de Cacoal - RO
Soeitxawe
A Constitucionalização dos Princípios e sua Aplicação no
Cotidiano da Segurança Pública Brasileira
Resumo: Este trabalho tem por objetivo traçar um panorama sobre a aplicação
de princípios constitucionais e como podem ser adequados para transformar o
paradigma jurídico positivista, de forma a trazer mudanças sociais, que podem
ser aplicadas em todos os âmbitos da sociedade, inclusive naqueles em que a lei
tem maior dificuldade de ser aplicada e fiscalizada, nos referimos aos ambientes
prisionais, que normalmente ficam a margem da lei e é também onde mais
ocorrem desrespeitos ao bem maior do homem segundo nossa Constituição
Federal que é a dignidade da pessoa humana. Tenta-se alertar sobre a não
suficiência da lei positiva como aliada, se faz necessário que os princípios
predominem e que sejam respeitados. A motivação real da lei deve estar na
contínua vontade de se buscar o bem comum, transformar a sociedade visando
a qualificação da pessoa humana, a sua dignidade, mais do que a necessidade de
punir vingativamente. Por fim, considera-se que os princípios devem nortear de
forma flexível o ordenamento jurídico, tornando-o cada vez mais dinâmico e
coerente com a sociedade regida por esse ordenamento.
Palavras chaves: Princípios; Sociedade; Dignidade.
Soeitxawe
230 Fábio C., Marlison C., Sebastião B. & MSc. Antonio Romero
Soeitxawe
A Constitucionalização dos Princípios 231
Soeitxawe
232 Fábio C., Marlison C., Sebastião B. & MSc. Antonio Romero
Soeitxawe
A Constitucionalização dos Princípios 233
Soeitxawe
234 Fábio C., Marlison C., Sebastião B. & MSc. Antonio Romero
Soeitxawe
A Constitucionalização dos Princípios 235
Soeitxawe
236 Fábio C., Marlison C., Sebastião B. & MSc. Antonio Romero
Lutar por nossos direitos é lutar por um Brasil melhor, que possibilite
a todo brasileiro ter um emprego que possa suprir suas necessidades por
completo, um país que apresente educação com qualidade, acesso as
universidades, que apresente melhor distribuição de renda, menores taxas
e tributos, que sejam supridas as nossas necessidades básicas como
saúde, moradia, alimentação, vestuário etc.
Pode parecer um tanto absurdo pensar na possibilidade de extinção
do Senado como maneira de reformar a política brasileira, mas há razões
suficientes e convincentes que nos possibilitam tal raciocínio.
O professor Paulo Queiroz (UniCEUB), em seu livro Ensaios Críticos
é partidário desse pensamento ao afirmar que para uma reforma política
brasileira deve haver mudanças significativas se almejarmos construir um
Brasil sem precedentes.
Uma reforma política que não seja simples estratégia para manter
as coisas como estão, criando uma falsa impressão de mudança e
perpetuando privilégios por meio de concessões meramente
paliativas ou simbólicas, deve começar pela extinção pura e
simples do Senado Federal (2013: 67).
Soeitxawe
A Constitucionalização dos Princípios 237
Soeitxawe
238 Fábio C., Marlison C., Sebastião B. & MSc. Antonio Romero
seja um norte, um guia que nos leve a tomar decisões certas de forma
suficientemente abrangente que não seja capaz de tolir do arbítrio como
uma regra rígida e pré-definida.
Na Obra de Faralli (2006), fica claro essa necessidade:
Soeitxawe
A Constitucionalização dos Princípios 239
Referências
Soeitxawe
240 Fábio C., Marlison C., Sebastião B. & MSc. Antonio Romero
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais às Margens do Rio Barão
do Melgaço no Estado de Rondônia, Brasil
Introdução
Soeitxawe
242 Rogério C.; Claudia C.; Benedito Jr.; Nubia C.; Marília L. & Viviane G.
Passivos Ambientais
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais 243
Soeitxawe
244 Rogério C.; Claudia C.; Benedito Jr.; Nubia C.; Marília L. & Viviane G.
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais 245
Métodos e Técnicas
Soeitxawe
246 Rogério C.; Claudia C.; Benedito Jr.; Nubia C.; Marília L. & Viviane G.
Fig. 1: Desastres naturais causados por inundação gradual em Rondônia no período de 1991
a 2010.
Fonte: UFSC (2013, p. 25)
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais 247
Soeitxawe
248 Rogério C.; Claudia C.; Benedito Jr.; Nubia C.; Marília L. & Viviane G.
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais 249
1 Dados da pesquisa de campo realizado pelos autores em 2015.
Soeitxawe
250 Rogério C.; Claudia C.; Benedito Jr.; Nubia C.; Marília L. & Viviane G.
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais 251
Soeitxawe
252 Rogério C.; Claudia C.; Benedito Jr.; Nubia C.; Marília L. & Viviane G.
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais 253
Soeitxawe
254 Rogério C.; Claudia C.; Benedito Jr.; Nubia C.; Marília L. & Viviane G.
Referências
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais 255
Soeitxawe
256 Rogério C.; Claudia C.; Benedito Jr.; Nubia C.; Marília L. & Viviane G.
Soeitxawe
Reflexo dos Passivos Ambientais 257
Soeitxawe
O Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e o
Fortalecimento da Agricultura Familiar: A Percepção dos
Agricultores do Município de São Felipe D’Oeste - RO1
Introdução
Soeitxawe
262 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
Soeitxawe
264 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
Soeitxawe
266 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
Soeitxawe
268 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
3. Metodologia
Soeitxawe
270 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
Onde:
xi e yi são as variáveis analisadas; e
Soeitxawe
272 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
O Programa de Aquisição de Alimentos 273
Soeitxawe
274 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
5. Considerações finais
Foi mostrado que tudo começa com a Política Pública, ressaltando que
foi a partir dos anos 90 que se deu início as primeiras políticas voltadas à
agricultura familiar. Mesmo de forma lenta e gradual, essa política se
destinava ao crescimento do volume produzido.
A agricultura familiar tem ajudado municípios de pequeno porte a ter
uma renda extra para que os jovens não precisem sair dos seus
municípios em busca de emprego nas cidades grandes. No sentido de
contribuir com o aumento da valorização da produção agrícola familiar,
em 1996 foi criado o Programa de Fortalecimento da Agricultura
Familiar - PRONAF que tem como objetivo promover o
desenvolvimento sustentável e proporcionar aos agricultores um
aumento na produção e geração de renda.
Por sua vez, o PAA foi criado em 2003, tendo como finalidade
ajudar os produtores na comercialização dos seus produtos de maneira
que não haja desperdícios. Os preços são calculados diretamente pela
CONAB. Quem tem acesso a esse programa são os agricultores
familiares, comunidades indígenas, entre outros. Os alimentos podem ser
comercializados em creches, escolas tanto municipais quanto estaduais,
hospitais, cozinhas comunitárias, entre outros lugares. Sobre o
fortalecimento da agricultura familiar, de acordo com os agricultores
entrevistados, houve esse fortalecimento a partir do momento em que as
famílias começaram a ter uma renda a mais para aumentar e melhorar a
sua produção, contribuindo assim com o aumento da renda das
famílias.
Logo, conclui-se que este programa é muito importante para esse
grupo de produtores rurais. Faz-se necessário a ampliação de estudos
que possam não só trazer os benefícios do programa, mas possíveis
problemas enfrentados pelos produtores rurais. É recomendada também
a ampliação da amostra, pois se acredita que trará resultados mais
precisos, principalmente em relação à análise de correlação.
Soeitxawe
276 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
Referências
censo?Busca=1&id=1&idnoticia=1466&view=noticia>. Acesso
em Maio
D’ÁVILA, Claudia Romeira. et al. Programa de Aquisição de Alimentos:
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nutricional. 2010. Disponível em
<http://plataforma.redesan.ufrgs.br/biblioteca/pdf_bib. php?
COD_ARQUIVO=14043>. Acesso em Maio de 2014.
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PESQUISA/Antônio Carlos Gil. Acesso em Julho de 2014
HESPANHOL, Rosangela Ap. de Medeiros. Mudança de concepção das
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<http://www.ub.edu/geocrit/-xcol/221.htm>. Acesso em Abril
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Alimentar para a Agricultura Familiar. Maio de 2013. Acesso em
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Hoffman- 4ºed rev. e ampl. – São Paulo: Cengage Learning, 2011.
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Soeitxawe
278 Yasmin C.; Andréa B.; Abraão F. & Matilde M.
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Basso, Lima (et al). 2011. Acesso em Junho de 2014
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O Programa de Aquisição de Alimentos 279
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SCHNEIDER, Sérgio. Teoria Social, Agricultura Familiar E Pluriatividade
Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: fevereiro de
2015.
Soeitxawe
Ciência ou Religião? A Psicografia como meio de Prova no
Processo Penal
Introdução
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282 Adrian Cury
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Ciência ou Religião? 283
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284 Adrian Cury
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Ciência ou Religião? 285
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286 Adrian Cury
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Ciência ou Religião? 287
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288 Adrian Cury
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Ciência ou Religião? 289
Solange Pelatt, com seu livro Les lois de l’écriture, em que formula quatro
leis essenciais, fornecendo à Grafoscopia incontestável respaldo
científico. São elas: “1.ª Lei da Escrita: O gesto gráfico está sob a
influência imediata do cérebro. Sua forma não é modificada pelo órgão
escritor se este funciona normalmente e se encontra suficientemente
adaptado à sua função” (GOMIDE, 2000, p. 3).
Sobre a primeira Lei, comenta Gomide e Gomide (2005, p. 41) que
desde que o mecanismo muscular esteja convenientemente adaptado à
sua função, o cérebro, gerador do gesto gráfico, produzirá escrita sempre
com as mesmíssimas peculiaridades, inclusive aquele que escreve com a
mão direita e passa a treinar a escrever com a mão esquerda apresentará
escritas com idênticas características grafocinéticas, ocorrendo o mesmo
se a escrita for produzida com a boca ou com os pés.
A 2.ª Lei dispõe que:
Soeitxawe
290 Adrian Cury
Soeitxawe
Ciência ou Religião? 291
Soeitxawe
292 Adrian Cury
fato de não se saber quem o escreveu não o torna inútil tampouco lhe
retira o aspecto de documentalidade, uma ideia reduzida em base
material. Ainda que de menor valor de que um documento nominativo, o
documento anônimo não deixa de ser mais um elemento para avaliação
judicial dentro do contexto probatório; somente não se deve excluí-lo do
conjunto das provas, posto que ilícito não é (NUCCI, 2008, p. 482).
De modo exemplificado:
Soeitxawe
Ciência ou Religião? 293
Soeitxawe
294 Adrian Cury
autoria gráfica não era totalmente eficaz para ser aplicado ao estudo da
psicografia.
Segundo suas palavras, “Confirmou-se a necessidade da valorização
de alguns pontos de grafoscopia, como a cultura gráfica, as causas
modificadoras do grafismo, a mão amparada, a mão guiada e
principalmente o pivô da escrita, todos analisados a partir da gênese
gráfica” (PERANDRÉA, 1991, p. 19-0).
Apesar de a maioria dos doutrinadores não se posicionar a respeito
do assunto, há diversos artigos publicados em revistas científicas e na
internet com argumentos tanto a favor quanto contra, bem como
existem julgados admitindo a psicografia como prova. Em opinião
oposta, o jurista Guilherme de Souza Nucci defende a ilegitimidade da
utilização da psicografia como prova no processo penal. Transcreve-se,
abaixo, trechos de sua obra.
Soeitxawe
Ciência ou Religião? 295
Não se pode negar que a maior parte das psicografias tenha sido
escrita em centros espíritas, pois é o Espiritismo que dedica maior
atenção à psicografia, sendo fenômeno plenamente aceito como natural,
e isso facilita e viabiliza sua produção; porém não significa dizer que fora
dele não ocorra.
A psicografia tem natureza científica, podendo ser provada
cientificamente e não sob aspecto religioso. Como afirma Castro,
“Defendemos a aceitação da psicografia como prova por fundar-se em
critérios científicos, suficientemente solidificados, tanto pelo exame
pericial, quanto pela física quântica, portanto, está pautada em
parâmetros da ciência e não da religião” (CASA PAZ E LUZ).
Portanto, admitir a psicografia como prova não implica reconhecer
preponderância de uma religião sobre outra. De outro lado, não aceitá-la,
baseando-se na laicidade do Estado sem nenhuma previsão legal contra,
aí sim caracteriza descumprimento do princípio do Estado Laico, por
preconceito religioso.
A esse respeito, pondera o Paulo Filho:
1 “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar,
o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
Soeitxawe
296 Adrian Cury
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”
(BRASIL, 1988).
2 “O Estado e os Municípios, diretamente ou através do auxílio de entidades
privadas de caráter assistencial, regularmente constituídas, em funcionamento e
sem fins lucrativos, prestarão assistência aos necessitados, ao menor
abandonado ou desvalido, ao superdotado, ao paranormal e à velhice
desamparada”.
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Ciência ou Religião? 297
Soeitxawe
298 Adrian Cury
Considerações finais
Soeitxawe
Ciência ou Religião? 299
5HIHUrQFLDV
Brasil. Código de Processo Penal. Disponível em: <www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 25 de maio 2015.
______. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível
em: <www.planalto.gov.br>. Acesso em: 25 de maio 2015.
______. Constituição do Estado de Pernambuco. Disponível em:
<www.pe.gov.br>. Acesso em: 25 de maio 2015.
Soeitxawe
300 Adrian Cury
Soeitxawe
Ciência ou Religião? 301
Soeitxawe
A Organização Social e as formas de Produção do Assenta-
mento 14 de Agosto em Ariquemes-RO1
Soeitxawe
304 Maria Estélia de Araújo
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A Organização Social e as formas de Produção do Assentamento 305
3 Estes escritos estão na contra capa do livro de Martelli, 1969.
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306 Maria Estélia de Araújo
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A Organização Social e as formas de Produção do Assentamento 307
desta área por ser “[...] encravada em uma das regiões mais representati-
vas do latifúndio rondoniense, no município de Ariquemes/RO, próxi-
mo à Fazenda Nova Vida, símbolo de violência contra camponeses do
estado”. Como enfrentamento à essa situação, as famílias lideradas pelo
MST e organizações próximas, lutaram durante 16 anos até a posse defi-
nitiva. Durante esse tempo as famílias foram consolidando as formas de
produção, vivência e organização. Para confirmar que é possível reverter
as relações de produção, apresentaremos a experiência de um Grupo den-
tre estas famílias, que vem bravamente resistindo às imposições do capi-
tal. Localizados às margens da BR364, representam um marco da luta
pela terra em Rondônia no enfrentamento ao hidro e agronegócio que se
encontra amplamente instalado na região.
Constituíram uma caminhada de produção e organização própria e
durante os 23 (vinte e três) anos de caminhada, foram avançando nas
formas de cooperação e constituindo-se em um grupo informal de pro-
dução de subsistência, vivenciando através dos fundamentos e princípios
agroecológicos novas relações sociais, éticas, econômicas políticas e
pedagógicas. Guiados pela proposta de cooperação agrícola do MST, e
por meio do resgate da agricultura camponesa, há mais de onze anos vêm
constituindo outras formas de vivência e a produção de alimentos sem
agrotóxicos. O grupo em questão caminha na contramão do modelo
agrário da região, onde a produção predominante é a criação de gado de
corte, avançando rapidamente para as monoculturas de grãos, principal-
mente a soja em larga escala, constituindo-se em problemas consideran-
do a vulnerabilidade do solo da região e a expulsão de famílias campone-
sas para outras fronteiras agrícolas. Silva (2013; 2014) adverte que a im-
plantação do agronegócio da soja exclui camponeses gerando problemas
diversos para o campo e a cidade.
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308 Maria Estélia de Araújo
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A Organização Social e as formas de Produção do Assentamento 309
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310 Maria Estélia de Araújo
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A Organização Social e as formas de Produção do Assentamento 311
Soeitxawe
312 Maria Estélia de Araújo
6Projeto da Diocese de Ji-Paraná, com atuação em diversas frentes incluindo a
agricultura.
7Uma de suas linhas de trabalho em Rondônia é a agroecologia. Referência na
organização da agroecologia, contrapondo assim, a política agrária do
agronegócio.
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A Organização Social e as formas de Produção do Assentamento 313
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314 Maria Estélia de Araújo
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A Organização Social e as formas de Produção do Assentamento 315
Desafios e perspectivas
Soeitxawe
316 Maria Estélia de Araújo
lação por preço justo, sem exploração de mão de obra e com menor
impacto ambiental possível.
Atualmente, podemos dizer que o Grupo 14 de Agosto tem visibilidade
aos olhos da sociedade e organizações sociais porque produz comida
com qualidade ambiental adequada. Aos órgãos públicos porque se apre-
senta como um Grupo capaz de se organizar para buscar o que precisa. O
próprio INCRA rompe com modelos históricos de demarcações de ter-
ras (como foi conquistado pelo Grupo), a demarcação coletiva das terras.
Cabe agora a este grupo de famílias compreender a grandeza do que
conquistaram, e se organizarem para além do simplismo de não se situa-
rem no território construído. Como um “oásis” no deserto, o Grupo 14 de
Agosto vêm mostrando a possibilidade de resistência na terra através da
cooperação agrícola e da produção de base agroecológica.
Referências
ALMEIDA, Alfredo Wagner Herno. Terras de preto, terras de santo, ter-
ras de índio: uso comum e conflito. In: GODOI, Emília Pietrafesa
de; MENEZES, Marilda Aparecida de; MARIN, Rosa Acevedo
(Org). Diversidade do campesinato: do campesino e categorias
estratégias de reprodução social. São Paulo: UNESP, 2009.
ALTIERI, Miguel. et al. Agroecologia Bases científicas para una
agricultura sustentable. Montevideo: Editorial Nordan
comunidade, 1999. Disponível em:
<agroeco.org/doc/ecolrolebiodiv.pdf.>. Acesso em: 12 mai. 2015.
., Miguel. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sus-
tentável. 4. ed. Porto Alegre: UFRGS, 2004.
. Agroecologia: bases científicas para uma agricultura Sustentá-
vel. 3 ed. São Paulo, Rio de Janeiro: Expressão Popular, AS-PTA,
2012.
BOFF, Leonardo; MURARO, Rose Marie. Feminino e masculino: Uma
nova consciência para o encontro das diferenças. Rio de Janeiro:
Sextame, 2002.
Soeitxawe
A Organização Social e as formas de Produção do Assentamento 317
Soeitxawe
318 Maria Estélia de Araújo
Soeitxawe
A Organização Social e as formas de Produção do Assentamento 319
Disponível em:
<http://6cieta.org/arquivosanais/eixo5/Ricardo%20Gilson%20d
a%20Costa%20Silva. pdf>. Acesso: 10 nov. 2015.
SOUZA, Murilo Mendonça Oliveira de. Luta territorialização e
resistência camponesa no leste Rondoniense (1970-2010).
2011. 358 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Universidade
Federal de Uberlândia (Impresso).
. A Estrada como Destino: a formação desenraizada do
campesinato rondoniense. In: CHELOTTI, Marcelo Cervo et al
(orgs.). Geografia Agrária e diversidades territoriais do campo
brasileiro. Uberlândia, MG: Assis, 2012. 304 p.
STEDILE, João Pedro; FERNANDES, Bernardo Mançano. Brava gente:
a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. 3 ed., São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2005.
., João Pedro; CARVALHO, Horácio Martins de. Soberania Ali-
mentar: Uma necessidade dos povos. Eco Debate-Cidadania e
meio ambiente. mar. 2010. Disponível em:
<https://www.ecodebate.com.br/.../soberania-alimentar-uma-
necessidade-dos-povos-arti>. Acesso em: 6 de setembro de 2015.
Soeitxawe
Levantamento de animais atropelados na Rodovia - 471 que
liga o munícipio de Ministro Andreazza à BR 364, Estado de
Rondônia
Surui, F. G.1
Fermiano, E. C.¹
Silva, P. J. G.¹
Buss, E. S¹
Suruí, A¹
Gonçalves, M. S1
Introdução
Soeitxawe
322 Eder Fermiano
Material e Métodos
Resultados
Soeitxawe
Levantamento de animais atropelados na Rodovia-471 323
Tabela 01. Grupos de vertebrados atropelados na RO-471 que liga o município de Ministro
Andreazza à BR 364, estado de Rondônia.
Aves 5 3 0 3 11
Anfíbios 4 1 1 1 7
Répteis 3 1 1 1 6
Soeitxawe
324 Eder Fermiano
Crotophaga ani
Figura 01: Vertebrados atropelados com maior ocorrência na RO-471 que liga o município
de Ministro Andreazza à BR 364, Rondônia.
Discussão
Soeitxawe
Levantamento de animais atropelados na Rodovia-471 325
Referências
Soeitxawe
Monitoramento da Biodiversidade da Terra Indígena Sete de
Setembro do Povo Paiter Suruí, Rondônia, Brasil.
Soeitxawe
Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça1
1Trabalho apresentado no I Congresso Internacional de Pesquisa Científica na
Amazônia - CIPAM, realizado entre os dias 1,2 e 3 de Maio de 2015, Cacoal,
RO.
2 Acadêmico do Curso de Direito da ESO/UEA. E-mail:
acursiobenevides@gmail.com
3 Docente do Curso de Direito da Escola Superior de Ciências Sociais –
ESO/Universidade do Estado do Amazonas – UEA. E-mail:
aromero@uea.edu.br
Soeitxawe
330 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
Introdução
Soeitxawe
Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça 331
Justificativa
Soeitxawe
332 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
Soeitxawe
Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça 333
Soeitxawe
334 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
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Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça 335
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336 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
4 Docente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.
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Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça 337
Soeitxawe
338 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
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Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça 339
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340 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
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Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça 341
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342 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
6Advogado do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do
Município de Joinville/SC - IPREVILLE. Mestrando em Ciência Jurídica pela
UNIVALI.
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Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça 343
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344 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
Considerações finais
Soeitxawe
Jürgen Habermas e o caráter solidário da justiça 345
Referências
Soeitxawe
346 Acursio Júnior & MSc. Antônio Romero
Soeitxawe
Pequenos Agricultores e o Código Florestal: desafios, pres-
sões e consciência de preservação nas linhas 180, 184 e 188 do
município de Rolim de Moura (RO)1
1 Trabalho apresentado no I SOEITXAWE Congresso Internacional de
Pesquisa Científica da Amazônia, realizada entre os dias 1 e 3 de Maio de 2015
Cacoal, RO.
2Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Avenida Norte Sul, 7300, 76940-
000 - Rolim de Moura – RO, Brasil.
Soeitxawe
348 Josiane Keffer; Karoline Mendes & Jizeli Monteiro
Introdução
Soeitxawe
Pequenos agricultores e o Código Florestal 349
Soeitxawe
350 Josiane Keffer; Karoline Mendes & Jizeli Monteiro
Soeitxawe
Pequenos agricultores e o Código Florestal 351
Desenvolvimento
Soeitxawe
352 Josiane Keffer; Karoline Mendes & Jizeli Monteiro
Resultados
Soeitxawe
Pequenos agricultores e o Código Florestal 353
Soeitxawe
354 Josiane Keffer; Karoline Mendes & Jizeli Monteiro
“Agora adipois que umas leis quiandarofalano quem tinha uma reserva de
mato eles iam pagá né, mais nunca esse dinhero num chega na nossa mão,
fica por aí mesmo, por meio de avião, vijano de avião nunca chego na nossa
mão não. Tamém sô cronta isso aí, que se eles quisesse ocupá por exemplo
aquela área minha ali, eles tinha que pagá, porque o terreno foi comprado, foi
doado pelo INCRA mas eu paguei o valô que eles pediro, eu tenho os
documento daqui da terra, tenho o título definitivo, é minha, e to aqui a
quase quarenta ano, e proquequi vai pegá uma área minha, vai ocupá uma
área que é minha e um me dá nenhum centavo (...) até gente de umarquero de
terra aí nessa linha aqui mandaro floresta a metade porque pego um avo,
mandaro floresta, isso aí eu sô contra, porque aí onde nós temos fazenda di
cinco seis mil arquero tudo dirrubado prantado pasto, qui nem te esses grande
deputado i senadô, tudo tem fazenda grande por aí, i eles num manda
ninguém floresta, só vem em cima do pequeno agricutô, isso eu sô cronta,
nunca existiu isso, ta existindo agora duns tempo desse pra cá, mas no meu
tempo, eu já tenho 85 ano de idade nunca vi esse tipo de lei, essa leis florestal
é com o governo de estado, todo governo de estado tinha qui deixar sua
reserva, todo estado né, que num pudiadebravá tudo, e agora não eles tão em
cima do chacrero dum arquero, otosqui tem só dois arqueroqui nem dá pra ele
sobrevivê, até fazê uma hortinha aí pra vendê na feira eles tão mandando
Soeitxawe
Pequenos agricultores e o Código Florestal 355
Soeitxawe
356 Josiane Keffer; Karoline Mendes & Jizeli Monteiro
para que pudessem ter acesso aos "benefícios" oferecidos por parte dos
órgãos governamentais.
Considerações finais
Referências
Soeitxawe
Pequenos agricultores e o Código Florestal 357
Soeitxawe
358 Josiane Keffer; Karoline Mendes & Jizeli Monteiro
Soeitxawe
Os Zoró e a identidade étnica
1Doutora em Antropologia na Universidade de Salamanca - ES (2006/2014).
Bacharelado e Licenciatura em História pela Universidade Federal de Santa
Catarina (1997). Trabalha como Assistente Pedagógico no Athenas Grupo
Educacional com as Faculdades: FAP, FAMETA; UNIJIPA, FSP e FAPAN, e é
professora no Magistério Intercultural Tupi Mondé.
2 JULI, tatuagem facial elaborada geometricamente para marcar a passagem da
Soeitxawe
360 Maria Conceição Lacerda
Soeitxawe
Os Zoró e a identidade étnica 361
Soeitxawe
362 Maria Conceição Lacerda
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Os Zoró e a identidade étnica 363
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364 Maria Conceição Lacerda
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Os Zoró e a identidade étnica 365
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366 Maria Conceição Lacerda
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Os Zoró e a identidade étnica 367
res e das concepções do nós frente aos outros, mas do processo cultural
desencadeado que pode culminar na mudança ou perda de identidade.
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368 Maria Conceição Lacerda
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Os Zoró e a identidade étnica 369
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370 Maria Conceição Lacerda
Considerações Finais
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Os Zoró e a identidade étnica 371
Referências
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372 Maria Conceição Lacerda
Soeitxawe
Uso de Sistemas Agroflorestais em Rondônia – espécies
florestais, solos, aptidão agrícola
Marilia Locateli1
Eugênio Pacelli Martins2
Claudia Cleomar Araújo Ximenes Cerqueira3
1 Ph.D. em Ciência do Solo - North Carolina State University (2000) -
reconhecido pela Universidade Federal de Viçosa (Brasil), como Doutorado em
Solos e Nutrição de Plantas, em 2007. Mestrado em Ciência Florestal pela
Universidade Federal de Viçosa (1984). Possui graduação em Engenharia
Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1981). Pesquisadora da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, professora do
Mestrado em Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Membro do
LABICART.
2 Mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (1996).
Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade José do Rosário Vellano
(1985) Engenheiro Florestal do Governo do Estado de Rondônia e Professor da
Faculdade de Rondônia - FARO.
3 Mestre em Geografia e Bacharel em Ciências Contábeis pela Fundação
Universidade Federal de Rondônia, especialista em Administração Pública, em
Gestão Financeira e em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de
Pimenta Bueno - FAP. Professora de Ensino Superior. Membro do
LABICART. Membro da APECs-Brasil.
Soeitxawe
374 Marilia Locateli; Eugênio Martins & Claudia Cerqueira
Introdução
Sistemas agroflorestais
Soeitxawe
Uso de sistemas agroflorestais em Rondônia 375
Material e métodos
Resultados e discussão
Soeitxawe
376 Marilia Locateli; Eugênio Martins & Claudia Cerqueira
Schizolobium parahyba
Bandarra ou Madeira,
var. amazonicum Caesalpiniaceae 24,63
Paricá reflorestamento
(Huber ex Ducke)
Madeira,
Ipê Tabebuia sp Bignoniaceae 12,31
paisagismo
Madeira,
Freijó Cordia goeldiana Hube. Boraginaceae 4,62
arborização
Madeira,
Cedro Cedrella fissilis Vell. Meliaceae 4,62
reflorestamento
Madeira,
Teca Tectona grandis L. f. Verbenaceae 10,77
reflorestamento
Soeitxawe
Uso de sistemas agroflorestais em Rondônia 377
Hevea brasiliensis
Madeira,
Seringueira (Willd. ex Adr. de Euphorbiaceae 4,62
especiarias
Juss.) Muell-Arg.
Swietenia macrophylla
Mogno Meliaceae 1,53 Madeira
King
Madeira,
Castanheira-do- Bertholletia excelsa artesanato,
Lecythidaceae 6,15
Brasil Kunth. cosméticos,
alimentação.
Madeira,
Ingá Inga sp. Fabaceae 3,07
paisagismo.
Madeira,
Cajazeiro Spondias lutea L. Anacardiaceae 1,53
alimentação
Soeitxawe
378 Marilia Locateli; Eugênio Martins & Claudia Cerqueira
Andiroba Madeira,
Carapa guianensis
Meliaceae 1,53 medicinal,
Aubl.
paisagismo e
reflorestamento.
Fig. 2: Medidas estatísticas referentes à idade dos SAF dos agricultores no estado de
Rondônia.
Soeitxawe
Uso de sistemas agroflorestais em Rondônia 379
Soeitxawe
380 Marilia Locateli; Eugênio Martins & Claudia Cerqueira
Fig. 4: Classes de Solos encontrados nas áreas com sistemas agroflorestais agroecológicos,
Rondônia, 2009.
Soeitxawe
Uso de sistemas agroflorestais em Rondônia 381
Soeitxawe
382 Marilia Locateli; Eugênio Martins & Claudia Cerqueira
Soeitxawe
Uso de sistemas agroflorestais em Rondônia 383
Idade HC DAP
Municípios Tipo de solo
(anos) (m) (cm)
O. P. O. Latossolo Vermelho Eutrofico 39 9,6 30,9
M. A. Latossolo Vermelho Eutrofico 22 13,9 47,1
V.P. Latossolo Vermelho Eutrofico 20 9,9 67,3
M. S. Latossolo Vermelho Eutrofico 20 10,9 30,7
O. P. O. Latossolo Vermelho Eutrofico 19 14,7 6,6
O. P. O. Latossolo Vermelho Eutrofico 19 10,6 58,5
M. S. Latossolo Vermelho Eutrofico 17 20,2 21,4
M. S. Latossolo Vermelho Eutrofico 17 16,2 42,3
M. S. Latossolo Vermelho Eutrofico 17 16,3 18,5
M. S. Latossolo Vermelho Eutrofico 16 13,4 53,4
M. S. Latossolo Vermelho Eutrofico 14 21,6 50,2
N.U. Latossolo Vermelho Eutrofico 14 15,5 39,4
N.U. Latossolo Vermelho Eutrofico 13 16 28,2
N.U. Latossolo Vermelho Eutrofico 11 8,7 33
Cambissolo Haplico
O. P. O. 9 15,7 46,6
Distrofico
Onde HC= altura comercial, DAP= diâmetro a altura do peito, M.A – Ministro
Andreazza, N. U. – Nova União, O. P. O. – Ouro Preto D’Oeste e M. S. –
Mirante da Serra
Fig. 6: Dados de altura comercial e DAP da Bandarra ou Paricá em diferentes sistemas
agroflorestais avaliados, Rondônia, 2009.
Soeitxawe
384 Marilia Locateli; Eugênio Martins & Claudia Cerqueira
Soeitxawe
Uso de sistemas agroflorestais em Rondônia 385
Considerações finais
Soeitxawe
386 Marilia Locateli; Eugênio Martins & Claudia Cerqueira
Referências
Soeitxawe
Uso de sistemas agroflorestais em Rondônia 387
Soeitxawe
388 Marilia Locateli; Eugênio Martins & Claudia Cerqueira
Soeitxawe
Associativismo Rural: Um estudo de caso de um laticínio no
município de Alta Floresta D’Oeste – Rondônia
Resumo: A demanda por produtos lácteos no Brasil cresceu a uma taxa anual
de 3% ao longo da última década. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA), cada brasileiro consome, em média, 170 litros de
leite por ano. A principal característica da cadeia produtiva do leite no Brasil e a
sua importância no agronegócio nacional que, além de ser significativa, encon-
tram-se representantes dos segmentos de produção, industrialização e comercia-
lização de leite e derivados em todas as regiões do território nacional, os quais
desempenham papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de
emprego e renda para a população. Em Rondônia, a modernização do setor se
inicia com a criação do Programa de Desenvolvimento da Pecuária Leiteira
(PROLEITE). O objetivo desse programa é a capacitação do produtor familiar e
da sua propriedade para o sistema intensivo de produção de leite a pasto, incen-
tivando o aproveitamento de pequenas áreas, alcançando em pouco tempo,
maior produtividade.
Palavras-chaves: agroindústria leiteira; cadeia produtiva; agronegócio; associa-
tivismo rural.
Justificativa
1 Graduado em Administração. Faculdade São Paulo
2 Doutora em Antropologia, Docente na Faculdade São Paulo, Orientadora
Soeitxawe
390 Marlon Roberto & Kachia Techio
Objetivo geral
Objetivo específico
Metodologia
Soeitxawe
Associativismo Rural 391
Associativismo rural
Soeitxawe
392 Marlon Roberto & Kachia Techio
Soeitxawe
Associativismo Rural 393
Associação x cooperativa
Soeitxawe
394 Marlon Roberto & Kachia Techio
contou com uma rede elétrica trifásica para abastecer a necessidade ener-
gética do laticínio.
Hoje, a pequena agroindústria contém quatro funcionários: um exer-
cendo funções administrativas e três executando as tarefas técnicas como
a manipulação e o transporte do leite.
Sua missão é produzir e industrializar o leite de seus associados e não
associados, gerando lucro e renda que circule dentro do município onde
se encontra. E como visão, num prazo de quinze anos o laticínio pre-
tende galgar uma posição que o coloque entre os dez maiores laticínios
do estado (na categoria de laticínio administrado por uma associação
rural).
Atualmente o laticínio produz apenas o leite do tipo “barriga mole”
(armazenado em pacote plástico), produzindo entre seiscentos e setecen-
tos litros diários e chegando a dezoito mil litros por mês. Mas as preten-
sões são além da matéria prima láctea, produzir também alguns derivados
como: iogurte, queijo mussarela, queijo frescal e o suco lácteo. Pois de
acordo com a associação esses derivados tem uma demanda maior que o
leite propriamente dito, principalmente no período chuvoso que a pro-
dução leiteira é elevada e, além disso, seria uma forma de aproveitar o
leite que é recolhido após o período de entrega.
Nas situações de perda da matéria prima como, por exemplo azeda-
mento, ele é descartado da produção e encaminhado em forma de ali-
mento para os animais de criação dos associados.
Além de atender o comércio local, o laticínio leva seu produto a al-
guns municípios vizinhos como: Alto Alegre dos Parecis, Novo Hori-
zonte D’Oeste e Santa Luzia D’Oeste.
Segundo os associados, o mercado do leite ainda é promissor em
municípios do interior do estado. Para eles, caso a legislação vigente seja
cumprida rigorosamente pelos fiscais e órgãos competentes, banindo a
entrega de todo o leite sem procedência e processo de tratamento, au-
mentaria significativamente o mercado tanto interno quanto externo para
o consumo de um produto de origem confiável e de qualidade.
Para manter um excelente padrão de qualidade, o laticínio possui um
profissional habilitado titulado como Fiscal de Linha, que tem como
função fiscalizar e orientar o processo de ordenha de todos os produto-
res sócios ou não e garantir que o primeiro processo seja executado den-
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Associativismo Rural 395
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396 Marlon Roberto & Kachia Techio
Considerações finais
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Associativismo Rural 397
Referências
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A Casa de Cultura Fazenda Roseira e a Comunidade Jongo
Dito Ribeiro – Campinas, SP
1 O artigo resulta de pesquisa de doutorado em curso desenvolvida por
Alessandra Ribeiro Martins com apoio da CAPES e sob orientação do Prof. Dr.
Wilson Ribeiro dos Santos Junior. POSURB - Programa de Pós Graduação em
Urbanismo. Pontifícia Universidade Católica de Campinas. E-mails:
alejongo@gmail.com e wilson@puc-campinas.edu.br
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400 Alessandra Ribeiro Martins
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A Casa de Cultura Fazenda Roseira 401
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402 Alessandra Ribeiro Martins
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412 Alessandra Ribeiro Martins
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414 Alessandra Ribeiro Martins
Referências
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A Casa de Cultura Fazenda Roseira 415
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416 Alessandra Ribeiro Martins
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A crise do sentido de existência dos jovens Tukano1
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418 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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A crise do sentido de existência dos jovens Tukano 419
Família
Povos
Linguistica
a) Arauk Baniwa, Tariana, Kuripako, Baré, Werekena.
b) Maku Hupda, Yuhup, Nadob, Kuyawi, Dâw.
Tukano, Desana, Piratapuia, Tuyuca, Barasana,
c) Tukano
Kubeo, Uanano, Arapaso, Makuna, Karapanã, Miriti-
Oriental
Tapuia, Siriano.
4 Em uma matéria publicada em 2009, a Folha de São Paulo, descreve a região
afirmando que: Banhados pelas águas do Rio Negro, a cidade está localizada na
tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e a Venezuela, na região conhecida
como Cabeça do Cachorro. Pela proximidade física, os gabrielenses
incorporaram o espanhol em seu caldeirão linguístico.
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420 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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A crise do sentido de existência dos jovens Tukano 421
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422 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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424 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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A crise do sentido de existência dos jovens Tukano 425
O que o Viktor tenta propor aqui é entender que a linha pelo qual ele
segue é não deixar ou torna-se pior com os sofrimentos, com vácuo
existencial, com frustrações que ocorrem na vida do homem, mas dar um
novo passo, projetar-se numa visão de si, elevar-se com a sua
interioridade. Álcool e drogas nesta linha de pensamento, para os jovens
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426 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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A crise do sentido de existência dos jovens Tukano 427
causa de uma vida sem sentido”, ou seja, começa aquilo que se pode perceber
filosoficamente de vácuo existencial, o qual os filósofos existencialistas
propunham o ser no vácuo existencial.
Ao estar nesse sofrimento, o homem deve buscar na situação de sem
sentido da vida como revela-se o verdadeiro ser, a essência de ser uma
pessoa humana e resgatar a humanidade do seu ser interior. Porque o
homem é único ser que possui capacidade de indagar o seu modo de ser,
questionar o seu sentido de vida vai além de si, se projeta diante da sua
existência no mundo, onde o ser verdadeiro se realiza. A perda do
sentido de vida, dita por Blank através do pensamento de Frankl, é
entendida como ocultado no vácuo existencial, o verdadeiro ser.
A crise do sentido dos jovens Tukano, se apresenta nessa perspectiva
de análise existencial. Quais são as indagações da comunidade Tukano,
onde estão inseridos no mundo do álcool e drogas, os quais são entes,
que velam o verdadeiro ser interior, espírito interior segundo Frankl que
permanece oculto, e que não é afetado pela vida banal do homem e que
quando acontece o desvelamento deste, faz assumir o homem como
humano, tendo sua responsabilidade de estar no mundo em realizações
de vida com sentido.
No relatório 2006-2007 sobre A violência contra os povos Indígenas no
Brasil, temos uma avaliação desse quadro. No Brasil, os jovens indígenas
estão no patamar do uso de drogas e álcool onde este afirma que:
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428 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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A crise do sentido de existência dos jovens Tukano 429
Considerações finais
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430 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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Referências
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432 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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A crise do sentido de existência dos jovens Tukano 433
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434 Sidiclei Meireles & Antonio Romero
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Povos indígenas amazônicos: uma análise político-legal
relacionada a aspectos do desenvolvimento sustentável1
Introdução
1 Trabalho apresentado no I SOEITXAWE Congresso Internacional de
Pesquisa Científica da Amazônia, realizado entre os dias 01 e 03 de maio de
2015, Cacoal, RO.
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436 Matilde Mendes; Andréa Barbosa & Alceu Zoia
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Povos indígenas amazônicos 437
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438 Matilde Mendes; Andréa Barbosa & Alceu Zoia
Mas a efetivação plena desses direitos ainda é uma realidade que vem
sendo construída. Exemplo disso é o Decreto 7.747/2012, intitulado
Política Nacional de Gestão Ambiental em Terras Indígenas - PNGATI,
criado com o intuito de proteger, recuperar, conservar, promover a
gestão à sustentabilidade ambiental em terras indígenas às presentes e
futuras gerações, respeitando a autonomia sociocultural das populações
indígenas, promovendo capacitações, desenvolvimento de projetos em
prol de melhorias de qualidade de vida aos povos indígenas (BRASIL,
2012).
Uma das diretrizes desse instrumento político é a “proteção e
fortalecimento dos saberes, práticas e conhecimentos dos povos
indígenas e de seus sistemas de manejo e conservação dos recursos
naturais” (BRASIL, 2012). Percebe-se a necessidade de se fortalecer o
etnoconhecimento, buscando apoio nos ensinamentos dos ancestrais, na
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Povos indígenas amazônicos 439
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4. Considerações finais
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Referências
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Povos indígenas amazônicos 449
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450 Matilde Mendes; Andréa Barbosa & Alceu Zoia
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Desenvolvimento sustentável: uma análise dos mecanismos e
práticas adotadas por uma empresa rural situada no
município de Vilhena-RO no cultivo da silvicultura para fins
comerciais.1
Vanessa Morais
Introdução
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Desenvolvimento Sustentável 453
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454 Vanessa Morais
estão cada vez mais escassos, e as alternativas não estão sendo suficientes
para suprir estas depressões.
A partir do relatório de Brundtland, divulgado em 1987, pode-se
observar a ideia mais convincente em relação ao termo Desenvolvimento
Sustentável, pois o mesmo relata que “O desenvolvimento que procura
satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade
das gerações futuras de atenderem as suas próprias necessidades”
(CMMAD, 1988, p.46 apud BARBIERI, 2009, p.19).
Dito isso, verifica-se uma alternativa a se seguir quando entra no
cenário as políticas de desenvolvimento sustentável, possibilitando a
preservação coerente dos recursos naturais. Além dessas possibilidades
direcionadas pela esfera pública, no âmbito empresarial, também são
percebidas ações no sentido de se preservar, proteger e regatar o meio
ambiente natural. Assim, surge como alternativa dessas atividades, o
atendimento às demandas do setor madeireiro desenvolvidas no
contexto do manejo legal.
Soeitxawe
Desenvolvimento Sustentável 455
ABIMCI, 2003 apud MENDES, 2004). Até o início dos anos 60, as
florestas nativas foram a principal fonte de suprimento de madeira para o
setor de base florestal, sendo as mesmas exploradas sem nenhum critério
racional. Segundo a Associação Brasileira de Produtores de Floresta
Plantada, as florestas plantadas têm assumido relevância crescente ao
servirem como fonte de matéria prima florestal, principalmente na forma
de madeira em tora, na maioria dos países, independentemente de sua
extensão, ao mesmo tempo colabora para reduzir a pressão sobre as
florestas nativas, prestando importantes serviços ambientais para a
sociedade (Disponível em www.abraflor.org.br).
O desmatamento, principalmente para fins agrícolas e de pecuária,
aliado ao manejo florestal não sustentável em larga escala e por longo
período, levou à degradação ambiental e ao comprometimento da
eficiência do setor florestal em grande parte do território nacional. Sendo
assim, o plantio de florestas no Brasil passou a ter expressão a partir da
década de 60, quando o governo federal introduziu incentivos fiscais
para reflorestamento - FISET4, incentivos estes localizados dentro do
Programa Nacional de Desenvolvimento - PND, tendo como visão a
geração de matéria-prima florestal para viabilizar as indústrias de papel e
celulose e siderurgias. Além destes incentivos, a publicação do Código
Florestal em 1965 e a criação do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
Florestal (IBDF) em 1967 foram ações que ajudaram a definir uma nova
política florestal para o País, promovendo o reflorestamento em larga
escala (MENDES, 2004).
Nas décadas de 1980 e 1990, a indústria de transformação de madeira
em Rondônia, entra em seu apogeu em decorrência de seu pólo
industrial fazer ao uso da matéria-prima de origem florestal, mas em
contra partida com o intenso desmatamento e a exportação da madeira
para a Região Sul do país não estavam sendo favoráveis tanto para
aspectos ambientais como também econômicos, pois no mercado do Sul
o preço da madeira extraída era bastante elevado, enquanto em Rondônia
o preço pago para os produtores rurais era muito baixo. Em muitos dos
casos a madeira era trocada por prestação de serviços de empresas para
cobrir custos pela abertura de vias de acesso aos lotes rurais, sendo
ocupados por produtores rurais (CARDOSO, 2013).
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456 Vanessa Morais
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Desenvolvimento Sustentável 457
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458 Vanessa Morais
Nesse contexto, foram plantadas 400 mil mudas de Pinus e 200 mil de
eucalipto, ambas para fins comerciais. As plantações foram executadas
ano após ano até se chegar ao quarto ano, uma vez que se completava o
reflorestamento, pois a meta de plantio era de dois milhões de árvores
nesses respectivos anos.
No ano de 2013, chegaram a ser três milhões de árvores plantadas, e
para 2014, a produção irá aumentar, pois está em projeto uma nova
aquisição de 1.000 hectares para plantação de novas florestas de Pinus e
Eucalipto. Ainda em 2013, a Fazenda Londrina foi pioneira na
exportação de Resina de Pinus para Holanda. A propriedade se
enquadra ao “Programa Mais Ambiente”, de âmbito federal.
A primeira colheita de eucalipto ocorreu cinco anos depois de seu
plantio, e o Pinus para fins madeireiros pode ser extraído com dezoito
anos de cultivo. No entanto, havia outro componente para fins de
comercialização no município de Vilhena: a resina retirada do Pinus.
Com esta se faz mais de cem tipos de subprodutos, como: cola, cremes,
perfumes. Para a coleta da resina é feita a raspagem do fuste,
sangramento, colocação de sacos de coleta e posterior colheita.
As árvores são monitoradas através de parcelas, ou seja, placas de
monitoramento que são fixadas em cada bloco das florestas para estudo,
com essas placas são obtidas informações sobre o crescimento anual de
cada floresta. A espécie Pinus cresce por volta de 34 metros cúbicos por
ano, e o Eucalipto cresce por volta de 60 metros cúbicos ao ano. O
Pinus tem uma produção equivalente a 100 anos. Nesse período, a planta
produz resina e posteriormente pode ser utilizada em fabricação de
móveis. Um hectare de Pinus produz 3 mil quilos de resina por ano, o
preço de mercado varia: atualmente o quilo equivale a R$ 2,00 (dois
reais), o valor de mercado pode chegar até R$ 4,00 (quatro reais) o quilo.
Segundo o engenheiro responsável, a produção de resina pode gerar uma
receita de R$ 6.000,00 (seis mil reais) por hectares ao ano, ou seja, como
uma floresta de cinco mil hectares o empresário terá uma rentabilidade
de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) ao ano desse respectivo lote. Com uma
visão econômica, antes do plantio, o hectare da propriedade não
produzia esse equivalente. A prática do reflorestamento valorizou
economicamente o empreendimento, além de promover a
sustentabilidade na perspectiva ambiental. Nesse contexto, podem-se
Soeitxawe
Desenvolvimento Sustentável 459
Soeitxawe
460 Vanessa Morais
período, após 10 anos, deixa-se 250 árvores, (para fins de serraria) que
trará uma rentabilidade de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais)
por hectare para o proprietário. A floresta nativa dá em média 30 metros
por hectare e a floresta plantada produz em média 800 metros de toras
por hectares. Assim, o custo/benefício é bastante relevante em relação à
floresta plantada, pois na floresta nativa tem-se que abrir estradas, fazer
ponte, enquanto na floresta plantada essas questões já estão
disponíveis. Preocupados com a questão ambiental, os gestores da
fazenda adotam programas de conservação do solo, preservação das
áreas de reserva legal e Áreas de Preservação Permanente -APP,
proibição da caça e pesca na área do empreendimento, manejo integrado
de pragas e doenças com aplicação controlada de defensivos florestais, e
controle sistemático de incêndios florestais. Os tipos de proteção
florestal podem variar com as condições locais.
Árvores frutíferas como um pé de amoreira foram plantadas
juntamente com a floresta, com o intuito de atrair pássaros, abelhas, em
fim recuperando sua fauna, que devido às queimadas não se via mais
animais na região, e com a implantação desse fator a fauna se recuperou
proporcionado à floresta uma vida ativa. Esse também é um dos
aspectos da sustentabilidade ambiental. A fiscalização está presente no
empreendimento. Fiscais da Secretaria do Desenvolvimento Ambiental –
SEDAM, periodicamente visitam o empreendimento e fazem valer a
legislação visada pelo Decreto 15.933 juntamente com a Instrução
Normativa Nº 01 da SEDAM, que expõe seus objetivos de forma
coerente através da legalização, para que posteriormente ocorra a
formação da cadeia produtiva e viabilização da atividade comercial. Os
proprietários da Fazenda Londrina também são sócios da Associação
dos Plantadores e Consumidores de Florestas Plantadas – ARFLORA, a
associação tem como objetivo central viabilizar as leis para o plantio e
comercialização de floresta plantada em Rondônia, promovendo eventos
que contribuam para a comercialização de toda cadeia produtiva.
No aspecto social do desenvolvimento, considera-se as palavras de
Sachs (1993), pois o autor aborda a meta de se construir uma civilização
com maior equidade na distribuição de renda e bens. A Fazenda
Londrina emprega 60 funcionários, sendo que 20 são fixos e 40 são
terceirizados, gerando assim o desenvolvimento para região. Ainda
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Desenvolvimento Sustentável 461
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462 Vanessa Morais
Considerações Finais
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Desenvolvimento Sustentável 463
Referências
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464 Vanessa Morais
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O desmatamento na Amazônia e seus impactos econômicos
e sociais1
por seu caráter descritivo, uma vez que busca a descrição do mundo,
uma comunicação de informações; já o Direito é constituído de prescri-
ções, ordenando, estimulando condutas (dever ser). Desta forma, a partir
de condutas negativas ao meio ambiente, são criadas normas de proteção
ambiental, impondo condutas ao explorador (dever ser), para que assim
se consiga alcançar o objeto da norma, a proteção ambiental. Na Ama-
zônia, desmatar, extrair madeira ilegalmente e qualquer crime ambiental
dentro de áreas de conservação dificilmente resultam em alguma puni-
ção. Em pesquisas acerca do assunto é possível concluir que poucos
destes crimes sofreram castigos judiciais. A raiz do problema pode estar
centrada na falta de estrutura de órgãos de fiscalização, como o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) e a Polícia Federal.
Um acúmulo de demoras, o qual acontece desde a investigação dos
órgãos competentes até o julgamento dos processos, tem deixado livres
os criminosos. Porém, não é apenas isso. A dificuldade para identificar
os reais culpados e até mesmo o local onde estão ocorrendo as infrações
também contribuiu para esse acúmulo de demoras. O território que
abrange a Floresta Amazônica é muito maior proporcionalmente ao
tamanho dos órgãos fiscalizadores. A própria prática de grandes opera-
ções demonstra que não há um trabalho contínuo para prevenir esses
crimes.
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O Desmatamento na Amazônia 467
Soeitxawe
468 Adanor Neto, Thaís Oliveira & MSc. Antonio Romero
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O Desmatamento na Amazônia 469
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470 Adanor Neto, Thaís Oliveira & MSc. Antonio Romero
por todo e qualquer direito que nos seja digno, não tendo importância o
que tenhamos que enfrentar para obter o êxito e conquistas, não sendo
portanto uma mera coincidência o título da obra do autor ser A Luta pelo
Direito.
Não há como se falar sobre desmatamento e não abordar sua relação
com as atividades econômicas na Amazônia e os possíveis impactos
ambientais causados. Uma das formas de desenvolvimento que se mos-
tram presentes no momento é a extração de petróleo e gás natural no
Estado do Amazonas. Segundo Faralli (2006), idade contemporânea
refere-se à época em que vivemos, assumindo assim uma delimitação não
definitiva, mas maleável. Na história, o início da idade contemporânea é
fixado em datas geralmente precisas que, porém, variam nos diversos
países e culturas. É em cima disso que vemos a análise do desmatamento
na Amazônia em tal período.
A extração de Petróleo e gás natural é realizada desde 1996, pela Pe-
trobrás, na província petrolífera de Urucu, no Estado do Amazonas. Os
impactos diretos apontados como os mais graves são dois: o desmata-
mento, resultante da abertura de clareiras aonde se perfuram os poços, e,
o manejo dos fluidos de perfuração e dos resíduos sólidos retirados dos
poços. Nas áreas de perfuração, o movimento de maquinaria pesada
compacta o solo, que o tornará depósito, temporariamente, em diques,
juntamente com os resíduos sólidos retirados da área de perfuração.
Quando cheios, esses diques são desaguados, isto é, o fluido que não eva-
porou é drenado e só sólidos são enterrados no próprio local. Essa práti-
ca de manejo de fluidos e resíduos sólidos não é a ideal por dificultar um
futuro reflorestamento da área, já que os resíduos contêm elementos
químicos. Além disso, esses componentes químicos poderiam vir a atin-
gir o lençol freático. No momento a Petrobrás estuda outras possibilida-
des mais apropriadas de manejo de fluidos.
Como outros projetos de grande escala, as operações em Urucu im-
plicaram na construção de obras de infra-estrutura (construção de mini-
refinaria, heliporto, estradas de acesso, base de apoio, polidutos para
escoamento etc.), as quais resultaram do desmatamento nessa região.
Outra atividade de cunho econômico que tem contribuído para o
desmatamento de grande área da floresta é a agropecuária. Desde o
momento em que o homem passou a dominar a natureza, fazendo da
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O Desmatamento na Amazônia 471
Soeitxawe
472 Adanor Neto, Thaís Oliveira & MSc. Antonio Romero
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O Desmatamento na Amazônia 473
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474 Adanor Neto, Thaís Oliveira & MSc. Antonio Romero
Referências
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Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião a
partir do materialismo dialético1
Da infraestrutura à superestrutura
1 Trabalho apresentado no I SOEITXAWE Congresso Internacional de Pesqui-
sa Científica da Amazônia, realizado entre os dias 01 e 03 de maio de 2015,
Cacoal, RO.
476 Francisco Cetrulo Neto
Soeitxawe
Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 477
alguns autores. Ora, se Marx se recusa a estudar a religião então para que
propor um método para executar exatamente tal tarefa?
Rubem Alves faz uma análise de como a sociologia brasileira prefere
deixar de lado o estudo da religião justamente por esse falso
entendimento a que se chegou, de que Marx, ao enfatizar a busca de
soluções para o problema da infraestrutura estaria afirmando que não se
deveria perder tempo buscando o conhecimento do que se passa na
superestrutura, e os mecanismos de dominação ideológica.
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478 Francisco Cetrulo Neto
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Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 479
Da superestrutura à infraestrutura
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480 Francisco Cetrulo Neto
Soeitxawe
Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 481
Engels vê, neste texto, a religião servindo para dois fins totalmente
opostos. Em primeiro lugar, ao servir de bandeira para a revolução
burguesa ele reconhece o papel enquanto ideologia com potencial
revolucionário. Em segundo lugar, ao ser manipulada pela burguesia, a
religião voltará a ser instrumento de dominação ideológica para a
manutenção da ordem, de acordo com os interesses da classe dominante,
que tem poder para utilizar a ideologia religiosa.
Engels faz também uma comparação entre o processo que se dá na
Inglaterra e na França. Enquanto esta lutou durante um grande período
para se livrar da religião, aquela se utiliza conscientemente do sentimento
religioso de seu povo, inclusive importando seitas dos Estados Unidos.
Apenas duzentos anos depois a França ‘se rende’ e passa a utilizar a
mesma estratégia. Com uma dose grande de ironia Engels mostra como a
burguesia francesa termina por reconhecer que é impossível eliminar do
ser humano a subjetividade, e passa, então, a manipular esse elemento
essencial através da religião.
4 Daí que a frase de DURKHEIM em As formas elementares da vida religiosa, p. 508
é cheia de sentido nesse contexto: “ela (a religião) parece chamada a se
transformar mais do que a desaparecer”.
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482 Francisco Cetrulo Neto
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Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 483
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484 Francisco Cetrulo Neto
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Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 485
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486 Francisco Cetrulo Neto
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Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 487
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488 Francisco Cetrulo Neto
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Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 489
7 Acrescento ainda um outro trecho: “Daí por diante (a partir da
institucionalização) o surgimento de organizações religiosas é legitimado pela
existência da religião como instituição. Existe até mesmo um certo preconceito
contra religiões que não satisfazem certos requisitos ou exigências institucionais,
que as existentes satisfazem. Assim é que a Umbanda e os demais ritos afro-
brasileiros foram (creio que são ainda) por muito tempo marginalizados no
Brasil, pelo menos formalmente, isto é, não ficaria bem para uma pessoa ‘de
bem’ frequentar essas religiões marginais” p. 9-10.
Soeitxawe
490 Francisco Cetrulo Neto
Que mágica acontece aqui? Creio que embora não usando o termo,
Maquiavel está trabalhando aqui com a ideologia religiosa. Esta é que
permite ao príncipe manter o reino coeso sem necessidade de um grande
dispêndio de recursos (por exemplo, mantendo um exército numeroso
para a coerção) e energia (pois há uma aceitação incondicional por parte
dos súditos do governo do príncipe).
Vale salientar que dentro da organização eclesiástica também existe
uma disputa por poder e por prevalência de grupos internos sobre outros
grupos que buscam o poder político e ideológico dentro dela.
Exemplo que clareia essa divisão dentro da Igreja é o seu
posicionamento frente ao Golpe de 64 no Brasil. Enquanto uma parte da
Igreja promovia uma “marcha com Deus” apoiando o Estado contra a
“invasão comunista” outra ala da mesma Igreja inicia um processo
colocando-se ao lado dos pobres e oprimidos assumindo papel de
resistência frente à repressão. Aqui, percebe-se que a relação Igreja e
Estado não é sempre de alianças harmônicas. Pode caminhar também
por discordâncias e antagonismos. Por outro lado, a divisão que existe
no seio da sociedade perpassa também a Igreja. Afinal, o mesmo cidadão
que vai à missa milita num partido, numa associação de moradores, num
sindicato etc.
Soeitxawe
Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 491
Soeitxawe
492 Francisco Cetrulo Neto
Referências
Soeitxawe
Elementos teóricos e metodológicos para estudo da religião 493
Soeitxawe
494 Francisco Cetrulo Neto
Soeitxawe
Educação das Relações Étnico-Raciais: desafios das Leis
10.639/2003 e 11.645/2008.
Resumo: Este artigo está localizado dentro das Políticas de Ações Afirmativas,
mais especificamente da Lei 10.639/2003 e 11.645/2008, e visa abordar alguns
desafios que estão colocados para a implementação das mesmas. A ideia central
do artigo é analisar criticamente que nós, brasileiros/as, tivemos, e ainda temos,
uma educação das relações étnico-raciais historicamente estruturada pela
perspectiva eurocêntrica colonial, e quais as consequências desse processo
histórico, cultural e político para os diferentes grupos sociais que compõem
nossa sociedade, com atenção especial sobre os/as afro-brasileiros/as. Além
disso, visa trazer reflexões no sentido de repensar a educação das relações
étnico-raciais num sentido de respeito e valorização da pluralidade e diversidade
da nação brasileira. O trabalho busca evidenciar o modelo de humanidade
eurocêntrico e racista, produzido no século XVI e consolidado no século XVIII,
e como ele está associado à divisão social do trabalho e produção do capitalismo
mundial. Esta reflexão é baseada em autores latino-americanos que trabalham
com o conceito de colonialidade do poder, entendendo que esta colonialidade
influencia as produções de saber e de subjetividade em nossa sociedade como
um todo e em cada um de nós, educadores/as. A proposta é fazer o/a leitor /a
refletir sobre seu próprio lugar nestas relações étnico-raciais coloniais, como
cada um vem reproduzindo estes padrões e como podemos nos transformar em
agente de mudanças em nossas próprias vidas.
Introdução
ϭ
Financiado pela FAPESP (processo 2015/11419-8)
496 Simone Gibran Nogueira
Soeitxawe
Educação das Relações Étnico-Raciais 497
Soeitxawe
498 Simone Gibran Nogueira
América, até porque não seria possível num simples artigo. A proposta é
desenvolver algumas reflexões críticas com base no pensamento social
latino-americano sobre como nossa vida cotidiana, nossas relações
intersubjetivas, nossos processos educativos escolares, e nossa própria
maneira de pensar e viver com os outros estão orientadas por uma lógica
cognitiva ou uma racionalidade específica produzida no período colonial
denominada por eurocentrismo.
Esta análise compreende que existe uma relação de interdependência
entre sociedade e produção de conhecimentos. Entendo que a produção
de conhecimentos é realizada e sistematizada a partir de uma
determinada realidade social e que este conhecimento retorna para a
sociedade influenciando os processos sociais, sendo a via da educação
formal um dos mecanismos por excelência pelo qual esta relação entre a
sociedade e a produção de conhecimentos se concretiza. Portanto,
refletir criticamente sobre estas problemáticas exige revisitarmos a
história.
O colonialismo europeu foi inaugurado em meados do século XV e
se consolidou na relação América-Europa a partir do século XVI, depois
se expandiu para o resto do mundo. É muito claro que este processo foi
conduzido, principalmente, por interesses econômicos de países
europeus, que viam na América uma fonte de exploração de recursos
naturais e humanos e, consequentemente, o enriquecimento dos
colonizadores.
Outra característica do colonialismo, é que os colonizadores
europeus, nas investidas empreendidas na América e em outros
continentes, entraram em contato com territórios geográficos e humanos
completamente distintos e desconhecidos e, ao mesmo tempo,
desafiadores. A relação com estes “outros”, os diferentes, foi desde o
início marcada pelo interesse econômico colonial e muitos
conhecimentos sobre eles tiveram que ser produzidos/forjados para o
cumprimento do propósito de dominação econômica.
A consolidação da relação de colonização entre países europeus e a
América (e depois com outros continentes), propiciou o enriquecimento
dos primeiros e a emergência da Europa (ocidental) como sede central
do controle do mercado mundial. Segundo Quijano (2005), o
deslocamento do controle do mercado mundial para a Europa, antes
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Educação das Relações Étnico-Raciais 499
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500 Simone Gibran Nogueira
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Educação das Relações Étnico-Raciais 501
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502 Simone Gibran Nogueira
4 Kemet era como os egípcios da antiguidade se autodenominavam. Kemet
significa “terra de negros”.
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Educação das Relações Étnico-Raciais 503
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504 Simone Gibran Nogueira
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506 Simone Gibran Nogueira
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508 Simone Gibran Nogueira
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Educação das Relações Étnico-Raciais 509
marginalizados. Parece uma ação simples, e de fato pode ser, mas não é
fácil, pois isto implica uma revisão particular e pessoal de cada um sobre
seus próprios pensamento, sentimentos e ações em relação aos diferentes
grupos e pessoas, os privilegiados e os desfavorecidos. A mentalidade
colonial está impregnada em cada um de nós e nas nossas ações mais
cotidianas, desnaturalizar esse processo, atentar para os detalhes mais
pequenos de nossas relações sociais é como empreender um processo de
descontaminação.
Esta descontaminação mental deverá ser um esforço permanente para
cada um de nós e para a sociedade como um todo, pois cotidianamente,
em ações mínimas, a perspectiva eurocentrista e racista vem sendo
afirmada há cinco séculos no Brasil. É por este motivo que afirmo que
esta tarefa não é fácil, porque exige atenção permanente. No entanto, ela
pode ser também muito interessante e enriquecedora, pois, se
reconhecermos verdadeiramente a humanidade daqueles que vem sendo
desqualificados em nossa sociedade, e nos abrirmos sinceramente para
conhecê-los e aprender com eles, poderemos nos surpreender com a
quantidade e a qualidade de conhecimentos milenares e interessantes que
seus povos originários preservam até os dias de hoje, apesar dos ataques
seculares. Mas esta é uma outra história, que todos os brasileiros estão
convidados a ajudar a escrever para o século XXI.
Referências
Soeitxawe
510 Simone Gibran Nogueira
Ilustração
Soeitxawe
O plano de sustentabilidade socioeconômica e cultural do
povo Paiter Suruí na floresta amazônica e sua inserção
tecnológica
Resumo: Após o primeiro contato do Povo Paiter Suruí com o "Povo Branco"
no fim da década de sessenta, aquele quase foi extinto. Contudo, a persistência e
o espírito de sobrevivência desse povo fez com que, no século XXI, tenha
conseguido organizar o primeiro Plano de Desenvolvimento Sustentável de uma
tribo indígena brasileira. Com base nessa premissa, justifica-se a pesquisa por ser
de suma importância entender os aspectos jurídicos do Planejamento para 50
anos do Povo Paiter Suruí. O objetivo geral da pesquisa é o de, indicando as
vertentes do Plano de Sustentabilidade ora mencionado, entender as concepções
do plano dentro do contexto da globalização. As abordagens metodológicas são:
(i) teórica, por meio de revisão bibliográfica; e (ii) dados secundários, por meio
da busca na internet dos sítios oficiais e o privado do Fundo Vale, onde o Povo
Paiter Suruí e/ou seus representantes são mencionados. O escopo temporal
da pesquisa é o século XXI.
Palavras chaves: Sustentabilidade; Desenvolvimento socioeconômico; Povo
Paiter Suruí; Globalização e Era da Informação.
Abstract: After the first contact of the “Traditional people Paiter Surui" with
white people in the 60’, they were almost extinct. However, the persistence and
spirit of survival of this people, that in the 21th century, they have managed to
organize the first Sustainable Development Plan of a Brazilian Indian tribe.
Based on this premise, it is appropriate this research for being of paramount
importance to understand the legal aspects of the planning for 50 years of the
512 Claudia Ribeiro Pereira Nunes
Introdução
Soeitxawe
O plano de sustentabilidade socioeconômica e cultural 513
Soeitxawe
514 Claudia Ribeiro Pereira Nunes
1Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao
/rio20/a-rio20/conferencia-rio-92-sobre-o-meio-ambiente-do-planeta-
desenvolvimento-sustentavel-dos-paises.aspx>. Acesso em 14 de agosto de
2015.
2Dimensões da sustentabilidade estabelecidas nas obras do autor publicadas em
1993 e 2000, obras que serão utilizadas neste estudo de caso como um dos
marcos teóricos escolhidos.
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O plano de sustentabilidade socioeconômica e cultural 515
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516 Claudia Ribeiro Pereira Nunes
3 O Fundo Vale não é parceiro direto neste projeto, mas apoia a ECAM na
iniciativa "Fortalecimento da Agenda de Sustentabilidade do Povo Paiter Suruí",
que tem no cacique Almir Narayamoga Paiter Suruí, da Associação Metareilá,
sua principal liderança.
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O plano de sustentabilidade socioeconômica e cultural 517
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SLIDE 1
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522 Claudia Ribeiro Pereira Nunes
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O plano de sustentabilidade socioeconômica e cultural 523
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524 Claudia Ribeiro Pereira Nunes
FIGURA 1
Soeitxawe
O plano de sustentabilidade socioeconômica e cultural 525
Considerações Finais
4 Os formulários utilizados na pesquisa de campo serão construídos pelo corpo
técnico do NUPES, após estudos teóricos e discussões das obras na abordagem
teórica, e as indicações da obra de MALHOTRA e de BABBIE, que tratam da
Pesquisa de Marketing, adequada às necessidades dos integrantes do grupo de
pesquisa, que precisavam estruturar perguntas ligadas à ideia de desenvolvimen-
to sustentável e qualidade, que não são facilmente verificáveis.
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526 Claudia Ribeiro Pereira Nunes
Referências
Soeitxawe
O plano de sustentabilidade socioeconômica e cultural 527
Soeitxawe
Gênero, economia e espaço: O mercado de trabalho na
capital Rondoniense
1 Mestre e Bacharel em Geografia pela Fundação Universidade Federal de
Rondônia. Professora de Ensino Superior. Membro do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero –
GEPGENERO.
2 Mestre em Geografia e Bacharel em Ciências Contábeis pela Fundação
Universidade Federal de Rondônia, especialista em Administração Pública, em
Gestão Financeira e em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de
Pimenta Bueno - FAP. Professora de Ensino Superior. Membro do
LABICART. Membro da APEC-Brasil.
3 Doutora em Ciências Sócio Ambiental e Desenvolvimento Sustentável,
Universidade Federal do Pará (2004), mestra em Geografia pela Universidade de
São Paulo (1996), graduada em Geografia pela Universidade Federal de
Rondônia (1988). Professora de Geografia da Universidade Federal de
Rondônia. Pesquisa principal na área de Geografia e Gênero, com ênfase em
Políticas Públicas para mulheres do campo e da Cidade, Coordena o Grupo de
Estudos e Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero –
GEPGENERO.
4Doutorado em Geografia pela Universidade de São Paulo (2000); Mestrado em
Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (1994);
Graduação em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (1989). É
Professor Associado IV da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas Modos de Vidas e Culturas
Amazônicas (GEPCULTURA).
5 Ph.D. em Ciência do Solo - North Carolina State University (2000) -
reconhecido pela Universidade Federal de Viçosa (Brasil), como Doutorado em
Solos e Nutrição de Plantas, em 2007. Mestrado em Ciência Florestal pela
530 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
Universidade Federal de Viçosa (1984). Possui graduação em Engenharia
Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1981). Pesquisadora da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, professora do Mestrado em
Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Membro do LABICART.
6 Doutorado Pleno em Geografia na Universidade Autônoma de Barcelona
UAB - Espanha (2014-2017). Mestre em Geografia (2010), Graduada em
Geografia (2004) e em Pedagogia (2006), pela Universidade Federal de
Rondônia - UNIR. Especialista em Processamento das Informações
Geográficas na Gestão Ambiental (2006), Faculdade de Rolim de Moura
FAROL - RO. Investigadora convidada do Laboratório de Geografia e
Planejamento Ambiental (LABOGEOPA/UNIR) atuando na linha de pesquisa.
Integrante do Grupo de Pesquisa Água, Território e Sustentabilidade -
(UAB/Espanha). Membro da APEC-Brasil.
Soeitxawe
Gênero, economia e espaço 531
1- Introdução
Soeitxawe
532 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
Soeitxawe
Gênero, economia e espaço 533
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534 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
3- Métodos e Técnicas
4- Lócus da Pesquisa
Soeitxawe
Gênero, economia e espaço 535
Figura 1: Gênero dos participantes
Fonte: pesquisa de campo (2011)
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536 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
)HPLQLQR
0DVFXOLQR
7UDEDOKDP 1mRWUDEDOKDP 1mRUHVSRQGHUDP
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Gênero, economia e espaço 537
)HPLQLQR
0DVFXOLQR
D D D D D 1mR
UHVSRQGHX
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538 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
3 Creio que sim, pois tem áreas que se encaixa mais para um 5º
dos sexos.
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Gênero, economia e espaço 539
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540 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
6 Falta de interesse. 7º
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Gênero, economia e espaço 541
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542 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
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Gênero, economia e espaço 543
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544 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
6- Considerações Finais
Diante da pesquisa exposta, foi constatado que ainda nos dias de hoje
a figura feminina é posta socialmente como secundária em relação ao
homem em todos os segmentos profissionais da sociedade e no âmbito
acadêmico a mulher ainda sofre muito preconceito e discriminação,
mesmo as mulheres investindo em sua formação profissional, ainda não
quebraram a segmentação no mercado de trabalho. Ainda assim existem
aquelas “profissões destinadas” ao público feminino como as áreas da
pedagogia, da enfermagem e das ciências humanas.
O estudo realizado e apresentado neste artigo relativo às relações de
gênero, economia e espaço na capital rondoniense contribui com os
leitores que se interessam em compreender os eventos locais sobre
gênero, de forma que possibilite novos estudos. O estudo de gênero
ainda se encontra em estágio embriatório, porém, a Fundação
Universidade Federal de Rondônia – UNIR, tem buscado, por meio do
grupo de pesquisa GEPGÊNERO, contribuir para a expansão de
estudos que disseminem a importancia da equidade entre gêneros.
Soeitxawe
Gênero, economia e espaço 545
Referências
Soeitxawe
546 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Nubia C.
Soeitxawe
A mulher na economia rural amazônica: estudo de caso no
município de Nova Mamoré, Rondônia, Brasil
1 Mestre e Bacharel em Geografia pela Fundação Universidade Federal de
Rondônia. Professora de Ensino Superior. Membro do Grupo de Estudos e
Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero –
GEPGENERO.
2 Mestre em Geografia e Bacharel em Ciências Contábeis pela Fundação
Universidade Federal de Rondônia, especialista em Administração Pública, em
Gestão Financeira e em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de
Pimenta Bueno - FAP. Professora de Ensino Superior. Membro do
LABICART. Membro da APEC-Brasil.
3 Doutora em Ciências Sócio Ambiental e Desenvolvimento Sustentável,
Universidade Federal do Pará (2004), mestra em Geografia (Geografia Humana)
pela Universidade de São Paulo (1996), graduada em Geografia pela
Universidade Federal de Rondônia (1988). Professora Associada do
Departamento de Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Pesquisa
principal na área de Geografia e Gênero, com ênfase em Políticas Públicas para
mulheres do campo e da Cidade, Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em
Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero – GEPGENERO.
4 Doutorado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo
(2000); Mestrado em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São
Paulo (1994); Graduação em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia
(1989). É Professor Associado IV da Universidade Federal de Rondônia
(UNIR). Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas Modos de Vidas e
Culturas Amazônicas (GEPCULTURA).
5 Ph.D. em Ciência do Solo - North Carolina State University (2000) -
reconhecido pela Universidade Federal de Viçosa (Brasil), como Doutorado em
Solos e Nutrição de Plantas, em 2007. Mestrado em Ciência Florestal pela
548 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Benedito J.
1- Introdução
Universidade Federal de Viçosa (1984). Possui graduação em Engenharia
Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1981). Pesquisadora da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Professora do Mestrado em
Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Membro do LABICART.
6Licenciando em Geografia pela Universidade Norte do Paraná – UNOPAR;
Bacharelando em Ciências Contábeis pela Faculdade de Pimenta Bueno – FAP.
Membro da APEC-Brasil.
Soeitxawe
A mulher na economia rural amazônica 549
Soeitxawe
550 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Benedito J.
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A mulher na economia rural amazônica 551
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552 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Benedito J.
3- Lócus da Pesquisa
Soeitxawe
A mulher na economia rural amazônica 553
Soeitxawe
554 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Benedito J.
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A mulher na economia rural amazônica 555
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556 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Benedito J.
Parte da minha vida fui agricultora, tive meu primeiro filho com
15 anos. Isso dificultou minha saída para trabalhar. Hoje
Soeitxawe
A mulher na economia rural amazônica 557
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558 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Benedito J.
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A mulher na economia rural amazônica 559
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560 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Benedito J.
6- Considerações Finais
Soeitxawe
A mulher na economia rural amazônica 561
Referências
Soeitxawe
562 Adriana O., Claudia C., Maria S., Josué S., Marilia L. & Benedito J.
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo
manauara: uma reflexão a partir da realidade periférica1
1 Trabalho apresentado no I SOEITXAWE - Congresso Internacional de
Pesquisa Científica na Amazônia, realizado entre os dias 1 e 3 de Maio de 2015,
Cacoal, RO/Brasil.
2Acadêmico do 1º ano de Filosofia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino
Superior da Amazônia - ITEPES. E-mail: elias.sarmentojr@gmail.
3Acadêmico do 3º ano de Filosofia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino
Superior da Amazônia – ITEPES. E-mail: jairmundurucania@gmail.com.
4 Docente do Curso de Filosofia do ITEPES e da Escola Superior de Ciências
Sociais – ESO da Universidade do Estado do Amazonas - UEA. E-mail:
aromero@uea.edu.br; anenforo65@hotmail.com
564 Elias S. Pereira, Jair V. Alves & Antonio Enrique F. Romero
Introdução
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo manaura 565
Soeitxawe
566 Elias S. Pereira, Jair V. Alves & Antonio Enrique F. Romero
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo manaura 567
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568 Elias S. Pereira, Jair V. Alves & Antonio Enrique F. Romero
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo manaura 569
Soeitxawe
570 Elias S. Pereira, Jair V. Alves & Antonio Enrique F. Romero
realizar maneiras de reformas para se ter uma vida mais honesta e digna
para a humanidade, para isso, é necessário tomarmos consciência de livre
escolha, pois, uma liberdade conquistada por debates e diálogos que nos
beneficiariam pelo simples fato de apresentarmos propostas humanitárias
para o bem-estar das pessoas, por outro lado, o uso da força da violência,
poderíamos sim, conquistar a liberdade pela força da violência, porém,
seria uma libertação que sentiríamos e vivenciaríamos no pensamento
por muitos anos, logo, não conseguiríamos nenhum benefício, a não ser
a consciência de mais violência ainda.
Muitos pensadores questionaram e refletiram sobre essa questão da
libertação. Todavia, cada pensador apresenta argumentos muito fortes
que visam dialogar e esclarecer uma melhoria de vida para cada
indivíduo, suas preocupações podemos assim dizer, foram com a
fidelidade e compromisso dos governos para com a dignidade do povo.
É com essa ideia de resistência ao uso de armas para alcançar a libertação
dos menos favorecidos, que esses pensadores que estamos dialogando,
nos convidam a olharmos melhor para o mundo em que vivemos e
refletirmos sobre como o poder está sendo mal distribuído para o povo,
impedindo a liberdade de expressão, livre e qualitativa.
De fato, é preciso agir contra essas atitudes ilegais que existem na
sociedade e que impõe ao povo, a falta de perspectivas de realização
pessoal, realização profissional e a realização social, isso tudo é traduzido
diante do olhar crítico, como a impossibilidade de ter sonhos e não
poder realizá-los no futuro, todavia, esse desrespeito para com a
libertação do povo, acaba gerando aos mesmos, uma sensação de
impotência, de personalidade, de identidade e de baixa autoestima.
Hoje na sociedade em que vivemos se percebe que é necessário
voltar-se para essa reflexão sobre a libertação do povo oprimido que
vivem nas periferias não só aqui em Manaus, mas em todas as cidades
grandes, essa liberdade tem que acontecer em forma de diálogo com o
governo, para que assim não seja preciso o povo manchar as mãos com
sangue, ou seja, a utilizar da força armada. Pois, podemos perceber na
nossa própria realidade da cidade de Manaus, que o desequilíbrio
estrutural das periferias necessita de reformas sociais que beneficiem o
povo que sofre com a falta de hospitais, escolas e de segurança. A cidade
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo manaura 571
de Manaus vive hoje uma realidade muito violenta e impotente que acaba
de uma forma ou de outra afetando principalmente a juventude.
John Locke foi um pensador moderno que muito contribuiu para
essa compreensão da libertação do povo oprimido, no entanto, fazendo
uma analogia do seu pensamento para com a realidade do povo das
periferias de Manaus, podemos entender que é necessário a resistência
do povo contra o poder autoritário que se coloca como a seu favor, pois,
se o governo se transforma em ditadura, o povo com certeza manifestará
a força para se defender do opressor que impede a liberdade e a
fraternidade, de fato a massa se sentirá ofendida e alienada ao poder.
Com tudo, de certa forma o povo descobre em si mesmo a resistência
que tem em viver como comunidade unidade, a partir daí o povo achará
meios de combater as autoridades com seus próprios direitos criados em
meio a revolta contra o governo. John Locke acrescenta que:
Soeitxawe
572 Elias S. Pereira, Jair V. Alves & Antonio Enrique F. Romero
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo manaura 573
Soeitxawe
574 Elias S. Pereira, Jair V. Alves & Antonio Enrique F. Romero
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo manaura 575
Maria da Glória Gohn nos faz repensar como encontrar nos dias de
hoje, uma nova maneira de restabelecer o ponto focal desses
movimentos, todavia, podemos dizer que dos anos passados pra cá,
houve sim, uma quebra de paradigmas entre esses grupos, pois, vivemos
num mundo onde o individualismo chega primeiro, a partir daí é que se
percebe que a descrença e falta de organização fazem com que os grupos
percam o ânimo pela luta dos seus direitos iguais na sociedade. É
somente no coletivo que encontraremos forças para lutar, porém, tendo
em mente os objetivos que queremos alcançar em meio à desigualdade e
o individualismo que vem da parte dos governantes.
A luta do povo pelos seus direitos não foi em primeiro lugar, pelo
desejo de possuir bens materiais, mas, sim, pelo desejo de participação
nas decisões que lhes dizem respeito. Se hoje, podemos fazer uso de
muitos direitos conquistados, muitas vezes, com sangue de muitos
inocentes, que de alguma forma reivindicaram os seus direitos, todos os
direitos conquistados até hoje, são frutos dessa participação coletiva do
povo que nunca cansou de lutar por melhorias de vida digna.
Os Movimentos Sociais Populares só saíram às ruas pelo fato de
perceber que a cultura política, estava vivendo um comodismo de vícios,
hábitos e valores seculares, todavia, foi a partir daí que os movimentos
Soeitxawe
576 Elias S. Pereira, Jair V. Alves & Antonio Enrique F. Romero
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo manaura 577
Considerações Finais
Soeitxawe
578 Elias S. Pereira, Jair V. Alves & Antonio Enrique F. Romero
Referências
Soeitxawe
A consciência de liberdade no contexto social do povo manaura 579
Soeitxawe
Perda da identidade cultural: uma reflexão filosófica a partir
da realidade manauara1
Soeitxawe
Perda da identidade cultural 583
Soeitxawe
584 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
Soeitxawe
Perda da identidade cultural 585
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586 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
2 – As metamorfoses do Amazonas
Que a vida do ser humano é dinâmica, isto não se nega. A história das
grandes sociedades revela que o passado, o presente e o futuro são frutos
da capacidade do homem mudar, transformar-se, e por que não,
metamorfosear-se. Todo agrupamento intersubjetivo, aquilo que
chamamos comumente de sociedade, sofre a ação da dinamicidade
Soeitxawe
Perda da identidade cultural 587
Soeitxawe
588 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
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Perda da identidade cultural 589
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590 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
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Perda da identidade cultural 591
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592 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
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Perda da identidade cultural 593
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594 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
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Perda da identidade cultural 595
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596 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
Soeitxawe
Perda da identidade cultural 597
Entretanto, nada foi tão mais nocivo do que esta ideologia capitalista.
Os impactos ambientais à identidade amazonense veem sendo
frequentes desde o “ciclo da borracha” até dias atuais. A adoção do
modelo econômico europeu transformou o Amazonas numa grande
tabula de sacrifício da natureza, desde as frentes pioneiras que
adentraram a região a fim de torná-la local de desenvolvimento
pecuarista e monocultura até as explorações pelos grandes projetos
governamentais, que hoje ameaça não somente a vegetação, mas todo o
bioma amazônico.
Soeitxawe
598 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
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Perda da identidade cultural 599
Soeitxawe
600 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
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Perda da identidade cultural 601
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602 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
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Perda da identidade cultural 603
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604 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
3.1 - Ecologia
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Perda da identidade cultural 605
Soeitxawe
606 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
3.2 - Ecosofia
Soeitxawe
Perda da identidade cultural 607
Soeitxawe
608 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
3.1 - Ecofilia
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Perda da identidade cultural 609
Considerações Finais
Soeitxawe
610 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
Soeitxawe
Perda da identidade cultural 611
Soeitxawe
612 Alef B. Pinto, Alex Mota, Edinei Lima & Antonio E. F. Romero
Referências
Soeitxawe
Análise de redes sociais como instrumento de identificação
de atores na cadeia extrativa da castanha-da-amazonia em
Rondônia
Eslei Reis
Introdução
Soeitxawe
Análise de redes sociais como instrumento de identificação 615
Soeitxawe
616 Eslei Reis
Referencial Teórico
Soeitxawe
Análise de redes sociais como instrumento de identificação 617
Soeitxawe
618 Eslei Reis
3RUWR9HOKR52
*XDMDUi0LULP52
2XWURV0XQLFtSLRV
GDVUHJL}HV6XOH
&HQWUDOGR(VWDGR
Soeitxawe
Análise de redes sociais como instrumento de identificação 619
Soeitxawe
620 Eslei Reis
Soeitxawe
Análise de redes sociais como instrumento de identificação 621
Soeitxawe
622 Eslei Reis
de certos
atores de uma
rede.
Identifica
atores isolados
Relacional/ Falhas
Rede em uma rede, Burt (2000)
Estrutural estruturais
ou pontos de
desconexão.
Avalia a
Força dos intensidade das Granovetter
Relacional Conexão
laços conexões entre (1985)
os atores
Soeitxawe
Análise de redes sociais como instrumento de identificação 623
Índice de Densidade
Índices de Centralidade
Soeitxawe
624 Eslei Reis
Metodologia
Esta pesquisa foi realizada com base na abordagem mista, uma vez
que a análise qualitativa será realizada a partir de dados quantificáveis
coletados pelo pesquisador. De acordo com Creswell (2008) a aborda-
gem mista é mais do que uma simples coleta e análise dos dois tipos de
dados; envolve também o uso das duas abordagens em conjunto, de
modo que a força geral de um estudo seja maior do que a da pesquisa
qualitativa ou quantitativa isolada.
Em relação aos objetivos, este estudo se classifica como exploratório-
descritivo, pois se deseja obter uma visão geral ou uma ideia aproximada
de determinado fato. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente
quando o tema escolhido é pouco explorado, dificultando formular hipó-
teses precisas e operacionalizáveis. (GIL, 1999 p. 43).
Para atender as abordagens desta pesquisa foi adotada a pesquisa de
campo. Este tipo de pesquisa é utilizado com o objetivo de conseguir
informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se
procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou,
ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles. (FERREI-
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Análise de redes sociais como instrumento de identificação 625
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Resultados e Discussão
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Análise de redes sociais como instrumento de identificação 627
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PD API ASSIZ AIK CAST COO FUN INO CON SMS COL
A Z A P RO C AI V AB P AR
PDA 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0
APIZ 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0
ASSIZ
1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0
A
AIKP 1 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1
CAST
1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0
RO
COOC 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
FUNAI 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0
INOV 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0
CONA
0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0
B
SMSP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
COL
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
AR
Elaborado pelo autor (2014)
Densidade
11 110 36 0.3273
Elaborado pelo autor (2014)
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Análise de redes sociais como instrumento de identificação 629
Centralidade
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630 Eslei Reis
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Análise de redes sociais como instrumento de identificação 631
tratar de uma rede relativamente densa, onde a maioria dos atores têm
muitos contatos. Os maiores índices, novamente foram do PDA e da
FUNAI e dentre as associações indígenas a APIZ. Ao contrário da asso-
ciação AIKP que apresentou o segundo menor índice, confirmando sua
baixa influência na rede.
Nesta etapa foi utilizada a mesma matriz de atores, porém foram atri-
buídos valores à conexão de acordo com a frequência do relacionamen-
to, obtendo-se desta forma a Tabela 6.
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Considerações Finais
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Referências
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638 Eslei Reis
Soeitxawe
Análise de redes sociais como instrumento de identificação 639
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Soeitxawe
640 Eslei Reis
Soeitxawe
A ação garimpeira na Terra Indígena Roosevelt: uma análise
histórica (1999-2005)1
1. Introdução
1 Trabalho apresentado no I SOEITXAWE Congresso Internacional de
Pesquisa Científica da Amazônia, realizado entre os dias 01 e 03 de maio de
2015, Cacoal, RO.
2Formado em Pedagogia, Filosofia e Teologia, especialista e mestre em História
pela PUC/RS.
3 A Reserva Roosevelt dos Índios Cinta-Largas localiza-se no sul do estado de
Rondônia, no município de Espigão do Oeste a cerca de 500 quilômetros da
capital Porto Velho.
642 Devanir Aparecido dos Santos
exercem seus papeis como agentes4 históricos num mesmo espaço geo-
gráfico. A sociedade envolvente que tem incorporado a noção de pátria e
nacionalidade brasileira denominar-se-á “brancos” e os Cinta-Largas
serão chamados de “índios”. Contudo, entende-se que os conflitos de-
correntes dessa fricção5 cultural tem pouco haver com a cor da pele dos
envolvidos. Com respeito ao povo Cinta-Larga assinala-se a sua pertença
aos conhecidos como “índios”, no entanto, isto significa povo indígena
da região cujo território lhe está reservado com exclusividade pelo go-
verno federal.
Para essa análise revisou-se uma variada literatura que inclui livros,
revistas, pesquisa de campo e artigos de jornais. Todo esse material foi
submetido metodologicamente à avaliação crítica a partir dos referenciais
teóricos do materialismo histórico para enxergar as variáveis econômicas,
os jogos ideológicos e políticos que animavam a situação social. Num
segundo momento utilizou-se as linhas hermenêuticas propostas pela
Escola dos Annalles, com o intuito de resgatar os aspectos culturais que
dominaram as relações entre os agentes.
Finalmente espera-se com essa investigação esclarecer e revelar a re-
lação social e cultural entre o branco e o índio com o intuito de animar e
provocar um diálogo amistoso, responsável e corajoso que sirva de con-
sideração e entendimento de ambas as partes. Sabe-se e aceita-se etica-
mente que outro mundo é possível e tenta-se, pela via acadêmica e teóri-
ca, ajudar a estabelecê-lo. Uma utopia sempre será um sonho e do mes-
mo modo que falou Martin Luther King queremos ver os filhos e filhas
de índios e de brancos viver como irmãos.
No tópico a seguir será possível perceber como se desenvolveu a re-
lação, ou seja, a fricção cultural, entre o povo Cinta-Larga e a sociedade
envolvente.
4 Para tratar o indígena como agente histórico utiliza-se do conceito de “agency”
de Ortner (2006:45-80). A partir de Ortner é possível pensar o indígena como
indivíduo de ação e não como um sujeito inerte na história.
5 O conceito “fricção interétnica” de Roberto Cardoso de Oliveira (2006:222), é
utilizado nessa análise por compreender que as culturas não se impactam e sim
friccionam-se.
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A ação garimpeira na Terra Indígena Roosevelt 643
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644 Devanir Aparecido dos Santos
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A ação garimpeira na Terra Indígena Roosevelt 645
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646 Devanir Aparecido dos Santos
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648 Devanir Aparecido dos Santos
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650 Devanir Aparecido dos Santos
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A ação garimpeira na Terra Indígena Roosevelt 651
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652 Devanir Aparecido dos Santos
povo uma relação de respeito. Não se trata aqui de uma visão paternalis-
ta da situação, pois houve desrespeito de ambos os lados do conflito.
Uma mudança acentuada na cultura tradicional dos Cinta-Largas é di-
visão de classes. Os caciques não são mais os velhos que conheciam
histórias e mitos, tinham paciência e sabiam ouvir e aconselhar o povo.
Hoje os caciques são índios mais jovens, articulados o suficiente para
negociar na língua do branco. O cultivo de subsistência já não é como
era antes porque quase tudo que consomem é levado da cidade, como:
açúcar, óleo de soja, arroz, feijão, macarrão, carne de açougue (boi, fran-
go etc.).
Alguns indígenas abandonaram a vida em comum tradicional acumu-
lando bens de consumo com o lucro da madeira e do diamante enquanto
outros passavam necessidades no interior da floresta. Aqueles com capa-
cidade de relações de negócio desfrutavam de mordomia como veículos
importados, casas de grande valor nas cidades vizinhas, mulheres brancas
e filhos, dentre outras questões que o branco ainda não estava familiari-
zado. Essa situação trazia muito estranhamento para a sociedade envol-
vente. A terra continuou sendo do povo Cinta-Larga, mas o diamante
que saiu da terra trouxe lucro só para os índios mais articulados no co-
mércio.
A sociedade envolvente estava acostumada com a imagem do índio
ingênuo e indefeso. Isso eles provaram que não são mais. O que se pre-
cisa nesses dias é de uma política que faça valer os direitos de todos e
fazer com que todos cumpram os seus deveres. Assim, aqueles que an-
dam na lei serão subsidiados e os que andam a margem da lei serão dis-
ciplinados por ela sem chance de se esconder em suas brechas.
Soeitxawe
A ação garimpeira na Terra Indígena Roosevelt 653
Referências
Soeitxawe
654 Devanir Aparecido dos Santos
526, pg. 01; 539, pg. 01; 542, pg. 01; 544, pg. 05; 546, pg. 01; 547,
pg. 02, 10; 548, pg. 03; 549, pg. 01; 551, pg. 01, 02; 552, pg. 10;
553, pg. 01; 554, pg. 03; ano 2004 edições: 560, pg. 07; 562, pg. 01;
569, pg. 01; 573, pg. 03; 574, pg. 01, 02, 05, 06, 09, 10; 578, pg. 01,
02, 03; 575, pg. 01, 02, 09, 10; 576, pg. 01, 02, 07; 577, pg. 05; 579,
pg. 01, 03, 06, 07. Espigão do Oeste-RO.
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crita da História: Novas Perspectivas. São Paulo: Editora UNESP,
2011, p. 39-63.
Soeitxawe
O desenvolvimento político na Amazônia: uma reflexão a
partir de Aristóteles1
1 Trabalho apresentado no I SOEITXAWE - Congresso Internacional de
Pesquisa Científica na Amazônia, realizado entre os dias 1 e 3 de Maio de 2015,
Cacoal, RO/Brasil.
2Acadêmico do Curso de Filosofia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino
Superior da Amazônia - ITEPES. E-mail: ivocarneirosantos@gmail.com
3Acadêmico do Curso de Filosofia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino
Superior da Amazônia - ITEPES. E-mail: jeanholanda@outlook.com
4Acadêmico do Curso de Filosofia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino
Superior da Amazônia - ITEPES. E-mail: lucsmnteir@hotmail.com
5 Docente do Curso de Filosofia do ITEPES e da Escola Superior de Ciências
Sociais – ESO da Universidade do Estado do Amazonas - UEA. E-mail:
aromero@uea.edu.br; anenforo65@hotmail.com
656 Ivo Santos, Jean Pereira, Lucas Silva & Antonio Romero
Definição de Política
Soeitxawe
O desenvolvimento político na Amazônia 657
Soeitxawe
658 Ivo Santos, Jean Pereira, Lucas Silva & Antonio Romero
tudo o que acontece em nossa volta. Podemos jogar lixo nas ruas ou não,
podemos participar da associação do nosso bairro ou trabalhar como
voluntários em uma causa em que acreditamos. Podemos votar em um
político corrupto ou votar num bom político, precisamos conhecer
melhor propostas, discursos e ações dos políticos que nos representam.
Não podemos pensar que política é somente o ato de votar ou aquilo
que influencia um grande número de pessoas. Estamos fazendo política
quando exigimos nossos direitos de consumidor, quando nos
indignamos ao vermos nossas crianças fora das escolas ou sendo
massacradas nas ruas. Conhecemos o Estatuto da Criança e do
Adolescente? Ou o Código do Consumidor? A nossa Constituição?
Respeitamos as leis de trânsito?
A política está presente cotidianamente em nossa vida: na luta das
mulheres contra uma sociedade machista que discrimina e age com
violência; na luta dos portadores de necessidade especiais para
pertencerem de fato à sociedade; na luta dos negros discriminados pela
nossa "cordialidade"; dos homossexuais igualmente discriminados e
desrespeitados; dos índios massacrados e exterminados nos 500 anos de
nossa história; dos jovens que chegam ao mercado de trabalho saturado
com milhões de desempregados; na luta de milhões de trabalhadores
sem-terra num país de latifúndios; enfim, na luta de todas as minorias
por uma sociedade inclusiva que, se somarmos, constituem a maioria da
população. Atitudes e omissões fazem parte de nossa ação política
perante a vida. Somos responsáveis politicamente (no sentido grego da
palavra) pela luta por justiça social e uma sociedade verdadeiramente
democrática e para todos.
Para atuar politicamente e, assim, influenciar o poder, cada cidadão e
cidadã deve se conscientizar, informar-se, ouvir, ler, falar, debater,
estudar e procurar formar sua opinião sobre os diferentes problemas.
Com consciência política estaremos preparados para votar, fazer
sugestões, acompanhar os trabalhos dos nossos parlamentares, exigir e
reagir quando for necessário.
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O desenvolvimento político na Amazônia 659
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660 Ivo Santos, Jean Pereira, Lucas Silva & Antonio Romero
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O desenvolvimento político na Amazônia 661
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670 Ivo Santos, Jean Pereira, Lucas Silva & Antonio Romero
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O desenvolvimento político na Amazônia 671
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SALAZAR, Admilton Pinheiro. Amazônia: Globalização e sustentabilidade.
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Soeitxawe
A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus1
1 Trabalho apresentado no I SOEITXAWE - Congresso Internacional de
Pesquisa Científica na Amazônia, realizado entre os dias 1 e 3 de Maio de 2015,
Cacoal, RO/Brasil.
2Acadêmico do Curso de Filosofia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino
Superior da Amazônia - ITEPES.
3Acadêmico do Curso de Filosofia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino
Superior da Amazônia - ITEPES.
4Acadêmico do Curso de Filosofia do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino
Superior da Amazônia - ITEPES.
5Docente do Curso de Filosofia do ITEPES e do Curso de Direito da
ESO/UEA. E-mail: aromero@uea.edu.br, anenforo65@hotmail.com
674 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
1- Introdução
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A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 675
Soeitxawe
676 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 677
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678 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 679
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680 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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682 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 683
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684 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 685
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686 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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688 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 689
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690 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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692 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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694 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 695
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696 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
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A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 697
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698 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
7.14. Proinfo
Soeitxawe
A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 699
7.16. PAA
Soeitxawe
700 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
8. Considerações Finais
Soeitxawe
A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 701
Referências
Soeitxawe
702 João Silva, Luan Silva, Marcelo Frazão & Antonio Romero
Soeitxawe
A qualidade do ensino na rede municipal de Manaus 703
Soeitxawe
Impacto da antropização sobre a ictiofauna em um riacho
pertencente à bacia hidrográfica do Rio Pirarara, no
município de Cacoal, RO
SILVA-DIOGO, Odair
SILVA, Jhonatta Soares
SANTOS, Cristiana Novais
SILVA, Leandro Luiz
OLIVEIRA, Ana Paula
BARBOSA, Lucas Antonio Mariano
Resumo: O objetivo deste trabalho foi comparar as áreas com e sem influência
antrópica em um córrego pertencente à bacia hidrográfica do Rio Pirarara no
município de Cacoal, estado de Rondônia, e avaliar a influência da antropização
na composição da ictiofauna da região. Foram amostrados dois pontos distintos
de um mesmo córrego, sendo um ponto de coleta em uma área antropizada e o
outro ponto em uma área com pouca influência humana. As coletas foram
realizadas com o uso de peneiras e rede de arrasto, os exemplares capturados,
medidos, fotografados e identificados. Foram coletados 53 exemplares de
diversas espécies. Geophagus jurupari apresentou maior número de indivíduos
capturados n=15, representando 28,30% do total de indivíduos amostrados,
seguido pelo loricariidae sp. Com n=9 indivíduos capturados, representando
16,98% do total de indivíduos amostrados. Este estudo nos mostra que as
espécies encontradas são comuns a outras em córregos de cabeceira da região
amazônica, o presente estudo aponta pouca variação dentre as espécies
encontradas nas diferentes áreas coletadas. Para estudos futuros sugere-se um
maior tempo de amostragem e a inclusão de outros materiais de coleta como
rede de espera e vara de pesca.
Palavras-chave: Peixe; Antropização; Riacho.
Introdução
Dentre os vertebrados, os peixes constituem o grupo mais
diversificado, com aproximadamente 28.000 espécies (Nelson, 2006). A
região neotropical contém a maior diversidade de peixes de água doce de
706 Odair S., Jhonatta S., Cristina S., Leandro S., Ana O. & Lucas B.
Material e Métodos
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Impacto da Antropização 707
Resultados e Discussão
Soeitxawe
708 Odair S., Jhonatta S., Cristina S., Leandro S., Ana O. & Lucas B.
Soeitxawe
Impacto da Antropização 709
Conclusões
Soeitxawe
710 Odair S., Jhonatta S., Cristina S., Leandro S., Ana O. & Lucas B.
Agradecimentos
Referências
Soeitxawe
Impacto da Antropização 711
Soeitxawe
Avaliação de impacto ambiental das nascentes urbanas de Ji-
Paraná/RO
Introdução
De acordo com Poleto et al. (2010) apud Santos et al. (2012), os cur-
sos d’água localizados próximos a áreas urbanas são mais propícios a
alterações ambientais acarretadas principalmente por fatores como ex-
cesso de nutrientes e matéria orgânica carreados para os corpos hídricos,
além da intensificação dos processos erosivos, resultando na maioria dos
casos, em assoreamento, eutrofização e contaminação das águas, redu-
zindo assim, a disponibilidade e a qualidade do manancial.
Sendo assim, sabendo que a água é um recurso natural essencial à vi-
da e que apresenta os mais variados usos, de acordo com Santos et al.
(2010), sua manutenção em qualidade e quantidade adequadas de forma a
atender seus usos múltiplos representa um desafio às sociedades.
Neste contexto, parte dos impactos sofridos pelos ambientes urbanos
são negativos e provenientes da ocupação desordenada de áreas de pre-
servação permanentes (APP), que conforme previsto na Lei de nº 12.651
de 2012 são áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com
a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a esta-
bilidade geológica e a biodiversidade, viabilizando o fluxo gênico de fau-
na e flora, protegendo o solo e assegurando e o bem-estar das popula-
ções humanas.
Tendo em vista esta problemática, observa-se que a cidade de Ji-
Paraná/RO também está inserida no contexto brasileiro de crescimento
desordenado, uma vez que, como outras cidades do país também vem
crescendo sem o devido planejamento, o que acarreta uma série de
problemas relacionados à gestão dos Recursos Hídricos. Diante disto, o
presente estudo objetivou determinar o Índice de Qualidade de Água
(IQA) e o Índice de Impacto Ambiental (IIA) de nascentes urbanas em
Ji-Paraná.
Material e Métodos
Área De Estudo
Soeitxawe
Avaliação de impacto ambiental das nascentes urbanas de Ji-Paraná/RO 715
Figura 1- Localização do município de Ji-Paraná.
Soeitxawe
716 Naara F. C. de Souza, Rafael R. Bezerra & Nara L. R. de Andrade
Pontos de Monitoramento
Figura 2 - Localização dos pontos de monitoramento no perímetro urbano de Ji-
Paraná/RO.
Soeitxawe
Avaliação de impacto ambiental das nascentes urbanas de Ji-Paraná/RO 717
Figura 3 - Parâmetros de Qualidade da Água utilizados para cálculo do IQA.
Soeitxawe
718 Naara F. C. de Souza, Rafael R. Bezerra & Nara L. R. de Andrade
Em que:
IQA: varia de 0 e 100, com qualidade péssima (0-25), ruim (26-
50), razoável (51-70), boa (71-90), ótima (91-100);
qi: qualidade que diz respeito a cada parâmetro, obtido pelo
dados da ANA (2004);
wi: peso para cada parâmetro, conforme Tabela 2.
Soeitxawe
Avaliação de impacto ambiental das nascentes urbanas de Ji-Paraná/RO 719
Figura 4 - Classificação das nascentes quanto ao grau de preservação e respectivo Índice de
Impacto Ambiental (IIA).
Fonte: Gomes (2005).
Soeitxawe
720 Naara F. C. de Souza, Rafael R. Bezerra & Nara L. R. de Andrade
Resultados e Discussão
Qualidade da Água
Figura 5 - Índice de Qualidade de Água nos Igarapés Água Pura (P1), Águas Claras
(P2) e Água doce (P3), no mês de dezembro de 2014, período chuvoso.
Soeitxawe
Avaliação de impacto ambiental das nascentes urbanas de Ji-Paraná/RO 721
Variáveis Unidade P1 P2 P3
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722 Naara F. C. de Souza, Rafael R. Bezerra & Nara L. R. de Andrade
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Avaliação de impacto ambiental das nascentes urbanas de Ji-Paraná/RO 723
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724 Naara F. C. de Souza, Rafael R. Bezerra & Nara L. R. de Andrade
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Avaliação de impacto ambiental das nascentes urbanas de Ji-Paraná/RO 725
ၻၸ
ၺၽ
ၺၸ
ၹ
ၹၽ
ၺ
ၹၸ
ၻ
ၽ
ၸ
ၹ ၺ ၻ
Figura 8 – Índice de Impacto Ambiental das nascentes urbanas dos Igarapés Água Pura
(P1), Águas Claras (P2) e Água doce (P3).
Soeitxawe
726 Naara F. C. de Souza, Rafael R. Bezerra & Nara L. R. de Andrade
Considerações Finais
Referências
Soeitxawe
Avaliação de impacto ambiental das nascentes urbanas de Ji-Paraná/RO 727
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728 Naara F. C. de Souza, Rafael R. Bezerra & Nara L. R. de Andrade
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Momentos de Magia: processo de construção de significados
sobre os rituais e discursos do Povo Paiter Suruí a partir do
olhar do antropólogo
Kachia Techio
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Momentos de Magia 731
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732 Kachia Techio
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Momentos de Magia 733
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734 Kachia Techio
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Momentos de Magia 735
Referências
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Qualidade de vida e bem-estar subjetivo em adeptos de
Ayahuasca
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Cultura do povo indígena Gavião e como tratam a respeito da
saúde.
Introdução
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Cultura do povo indígena Gavião 741
Figura 1 - Material para produção de adornos na Aldeia Ikolen.
Fonte: UNIJIPA
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Visita Etnográfica
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Aldeia Ikolen
Figura 2 - Vista aérea da maloca dos índios Gavião (1980), Terra Indígena Igarapé
Lourdes (RO).
Fonte: Kim-Ir-Sen/Agil
De acordo com Catarino, cacique da Aldeia Ikolen, localizada na
Terra Indígena Igarapé Lourdes no município de Ji-Paraná, Estado de
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Cultura do povo indígena Gavião 745
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Cultura do povo indígena Gavião 747
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existe e enxergam isso através de suas obras, como água, sol, vento, lua,
plantas, animais, árvores etc. Foi muito interessante a fala de cacique
Catarino: “nós acreditamos no criador, conhecemos Deus, mas não
deixamos de seguir nossa cultura”. Um ato religioso que por acreditarem
em Deus não quer dizer que devem andar como pastores, ou
abandonarem sua cultura, eles nasceram assim e morrerão assim, e por
mais incrível que pareça eles tem orgulho de como são. Muitas pessoas
da cidade conhece Deus pela palavra que Ele enviou, a Biblia, como a
maioria dos povos indígenas não tem o fácil acesso a este livro eles
conhecem o criador como uma forma real e mais correta, através de suas
criações.
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Educação
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Cultura do povo indígena Gavião 751
Figura 3 - Escola de ensino situada na aldeia Ikolen em Ji-Paraná (RO).
Fonte: UNIJIPA.
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Considerações finais
Agradecimentos
Referências
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Cultura do povo indígena Gavião 753
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Reflexão geográfica: o indígena no município de Pimenta
Bueno/RO/Brasil
1 Mestre em Geografia e Bacharel em Ciências Contábeis pela Fundação
Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Esp. em Administração Pública, em
Gestão Financeira e em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de
Pimenta Bueno - FAP. Professora de Ensino Superior. Membro do
LABICART. Membro da APEC-Brasil.
2 Bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Pimenta Bueno – FAP.
3Licenciando em Geografia pela Universidade Norte do Paraná – UNOPAR;
Bacharelando em Ciências Contábeis pela Faculdade de Pimenta Bueno – FAP.
Membro da APEC-Brasil.
4Mestre e Bacharel em Geografia pela Fundação Universidade Federal de
Rondônia – UNIR. Professora de Ensino Superior. Membro do Grupo de
Estudos e Pesquisas em Geografia, Mulher e Relações Sociais de Gênero –
GEPGENERO. Membro da APEC-Brasil.
5 Mestre em Geografia (2016) e Esp. em Metodologia do Ensino Superior
(2005) pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Graduação em Artes
Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia (1998). Professora do Ensino
Básico, Técnico e Tecnólogo do Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia de Rondônia - IFRO.
6 Mestranda em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia - UNIR.
Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia (2000).
Especialização em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. (2005)
pela União das Instituições de Formação Continuada em Negócios e Tecnol. -
UNINTES.
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1- Introdução
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Reflexão Geográfica 757
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Figura 4: Localização dos Assentamentos em Pimenta Bueno, Rondônia
Fonte: elaborado pela autora a partir dos dados da pesquisa
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Reflexão Geográfica 763
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1GH0XQLFtSLRV52
Figura 5: Evolução da divisão territorial do Estado de Rondônia de 1970 a 2010
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados do IBGE, 2015a
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764 Claudia C, Adna P, Benedito J, Adriana O, Sônia M & Elenice S
Figura 6: Evolução populacional no Estado de Rondônia de 1970 a 2010
Fonte: Elaborado pela autora a partir dos dados do IBGE, 2015a
Não só de expropriados foram povoados os assentamentos. O
movimento de colonização privada, como destaca Santos (2001, p. 27)
foi orientada “[...] partindo do oeste do Rio Grande do Sul e do Paraná
na direção setentrional, orientando-se ao Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso e Rondônia”. Este deslocamento foi motivado pela possibilidade
de adquirir recorte de terras maiores do que já possuíam, ou por
indivíduos sem terra que tinham a esperança de conseguirem
assentamento. O autor destaca que este processo não foi tão agressivo
como os demais, não obstante, provocou considerável aumento
demográfico na região, como pode ser observado na figura 5.
Lícito destacar que a chegada de migrantes no Estado de Rondônia,
como afirma Souza (2009), elevou o número de conflitos por terra. O
INCRA não dava conta de assentar o grande contingente de pessoas à
caça de terras produtivas. Na busca de resolver as contendas, o Governo
Militar buscou por assentar as famílias nos Projetos de Assentamento
Rápido (PAR), o que ocorreu na década de 1980, em ocasião do
POLONOROESTE. Foi o período em que mais ocorreu a expropriação
de índios e seringueiros, doravante, os que não conseguiam eram
esquecidos pelo Estado, ficando às margens das cidades.
Considerado por Bensztok et al (2009) como laboratório
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Uma das grandes questões centrais que dizem respeito aos povos
com culturas imemoriais é o imenso processo pelo qual passaram
a partir da chegada dos colonizadores ao Novo Mundo, trazendo
consigo novos valores, formas e concepção de como se relacionar
com o mundo. Essa chegada implicou em sua série de profundas
mudanças com enormes impactos não apenas na forma de se
relacionar com a natureza, mas, sobretudo em termos culturais,
provocando rupturas e o desequilíbrio nas relações comunais e,
consequentemente, no seu modo de vida.
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5- Métodos e Técnicas
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Reflexão Geográfica 771
tinha quantidade de árvores que rodeava rios, lagos fazendo assim boa
ventilação, ar fresco e os rios tinham peixes e as águas eram limpas. A
ênfase dada pelo casal é que havia moradores na beira dos rios que
pescavam para seus alimentos diários. Na missão de evangelizar o povo
desta localização, os mesmos viram as transformações que ocorreram.
O casal tem três filhas, sendo duas Pimentense (RO) e outra
Mirandense (MS), com o passar dos tempos tiveram que se habituar as
transformações radicalizadas que fora ocorrendo. Apesar de morarem
em setor chacareiro, os indígenas sentiram a diferença impactante. Uma
das filhas expõe que: — às vezes imaginamos que o homem inventa, reinventa
para facilitar um lado acaba prejudicando aos seus próximos. Sendo assim está
família por ser de uma miscigenação indígena destaca que o ambiente é o
que valoriza os bens naturais que o homem pode usufruir sem
prejudicar.
Em nossa realidade temos encontrado vários fatores que nos faz ter
visões do mundo que estamos habituados, sendo uma delas a questão
que ofusca é como o homem tem se avançado em meios tecnológicos
tais como grandes hidrelétricas, minerações, abertura de pastagens para
plantios, criações de bovinos dentre outros.
Hoje os mesmos residem no perímetro urbano do município os quais
expõe: — tudo que era antes em alguns pontos melhoraram, mas em questão
ambiental sem planejamento desvalorizou alguns pontos de Pimenta Bueno, tornando
assim prejudicial a comunidade. Relatam, também, a perda da cultura de seu
povo.
No começo viviam numa chácara destinada à “missão”, a qual ainda é
destinada a este fim. Essa comunidade recebe indígenas vindas de
diversas tribos, as quais, enviam seus filhos e filhas para uma espécie de
“catequese”, onde se preparam por aproximadamente dois anos. Os
jovens que ficam na chácara estudam as lições da missão e frequentam a
escola regular da rede pública municipal e/ou estadual e, assim que
concluem seus estudos retornam para suas aldeias, levando consigo um
novo conhecimento.
Contam que deixaram suas tribos/aldeias em busca de uma vida
espiritual melhor. Pois, acreditam que a forma antiga de ver a
espiritualidade de seu povo não é a mais adequada e que a evangelização
aos moldes das grandes missões religiosas são as que os levarão para a
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7- Considerações Finais
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Referências
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Reflexão Geográfica 775
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Lógicas e Epistemologias Locais: encontro com os Paiter
Suruí
Resumo: Este artigo propõe uma conversa inicial a partir da forma como
pensamos relações multilingues e multiculturais. As relações entre cultura, língua
e identidade são processos que diferem a cada experiência de contato com
outras línguas e culturas. Apresentamos algumas relações multilingues e
multiculturais que estamos experienciando neste evento, no espaço acadêmico
em território Paiter Suruí, entendidas aqui como um trânsito complexo de
informações (Simondon, 2010). É na aposta sobre o processo de auto-
organização (Debrun, 2009) que estruturamos este encontro entre diferentes, e
que aqui queremos refletir sobre algumas das nossas possibilidades de interação.
O acesso democrático à produção de conhecimento assim como a possibilidade
de reconhecimento dos saberes de outro grupo social são elementos que
entendemos como necessários para quem deseja trabalhar coletiva e
intelectualmente em prol do bem comum e de uma cultura de paz. Neste
sentido as lógicas não precisam ser ocidentais, e o espaço para compreender o
que pode vir a ser conhecimento, a episteme, precisa neste caso se abrir a novas
realidades e consequentemente a outras línguas. Esta reflexão se dá no ensejo de
efetivamente promover uma sociedade de saberes seja na vida acadêmica, seja
no mundo digital, e de melhor compreender estas dinâmicas e possibilidades.
Breve histórico
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Apresentação
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4cf. relatório da oficina sobre a Universidade Inuit Nunangat em Nunavut, no
Canadá <https://pt.scribd.com/document/268011594/Inuit-Nunangat-
University-Workshop-Report>
5Com licenciatura em Letras português, mestrado e doutorado em Linguística e
pós doutorado em Linguística Computacional, a questão da língua e de sua
vitalidade na vida de uma comunidade é o vínculo de aproximação entre a teoria
da linguagem e a questão concreta sobre a qual pesquisamos. Inicialmente é
busca respostas entre Jean Jacques Rousseau (1712-1778) e Johann Gottfried
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Herder (1744-1803) que apontam de maneira distinta para a origem das
línguas/da linguagem, em um período em que a Europa precisa se localizar em
relação a tantas nações e/ou povos e suas expressões que adentram a vida do
continente através dos efeitos do processo de colonização. Mas nos dias de hoje
as reflexões ligadas ao tema tomaram corpo através das pesquisas que
consideram estas dinâmicas como sistemas complexos e processos de auto-
organização.
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Lógicas e Epistemologias Locais 789
Considerações
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Lógicas e Epistemologias Locais 791
Referências
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792 Claudia Wanderley e Beatriz Raposo de Medeiros
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