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AULAS DE
EVANGELIZAÇÃO
TRINO TUMUCHY, Mestre Mário Sassi (1983)
TRINO TUMUCHY – AULAS DE EVANGELIZAÇÃO fls. 2
1ª AULA
Salve Deus, meus mestres!
Imaginem um mar encapelado, ondas muito fortes. Um mergulhador,
mergulhando fundo, e, lá embaixo, toda uma tranqüilidade. Os peixes nem se
dão conta da tempestade que está lá em cima! Assim é, também, esta
Corrente. Ela trabalha no meio do tumulto e da confusão, mas, logo acima de
nossas cabeças, há toda uma tranqüilidade.
Pai Seta Branca navega neste espaço sideral, comandando esta amacê
com a rota sempre firme, cumprindo fielmente o seu roteiro, sem se importar
com o que possa estar acontecendo com os seus tripulantes. Nascem,
morrem, sofrem os tripulantes, mas a nave continua seu roteiro... E nós a
bordo dela! Isto é a grande segurança.
Esta Doutrina do Amanhecer, que é o Evangelho redivivo, está cada
vez mais se destacando. Nossa força reside em termos uma concentração,
porque uma luz concentrada na escuridão ilumina muito mais do que muitas
luzes na confusão. A concentração de luzes é a nossa grande força. É por
isso que sempre há dificuldade de se fazerem as coisas fora daqui.
Em termos desta concentração, pedimos ao Divino e Amado Mestre
Jesus que as forças possam descer sobre nós, para que nossos corações
fiquem abertos à recepção das coisas que serão trazidas nesta reunião e
neste curso.
Além da tranqüilidade e segurança habituais com que trabalhamos,
faça com que tenhamos a conscientização necessária à compreensão das
coisas.
Nós sempre falamos em Evangelho e, agora, a preocupação da
Espiritualidade é a Evangelização. Para o Vale do Amanhecer, a
Evangelização significa tornar os mestres conscientes dos fatos e das coisas
que eles vêm fazendo. Trata-se de transformar em síntese objetiva um fato
que é diluído em todos os recantos da vida.
Evangelizar é transformar em síntese este trabalho ininterrupto, que já
tem vinte e quatro anos de existência.
Quando se fala em Evangelho vem logo a idéia da Bíblia, o que nos dá
sensação de culpa, pensando que no Vale não se lê a Bíblia e, portanto, não
se conhece o Evangelho. Mas, em certa oportunidade, pensando assim,
comecei a ler o Evangelho – o do Pastorini, que me pareceu ser o de mais
fácil assimilação. Depois de determinado tempo, senti que começava a me
distanciar das coisas do Vale. Aí, fiz uma consulta à Clarividente, que me
aconselhou a não ler mais. É que eu estava entrando no caminho das
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mesmas velhas estradas, de todo mundo que pega a partir do livro escrito
como sendo a base de tudo, para que se construíssem todas as religiões do
planeta e que, até hoje, não se entendem e vivem discutindo.
Existe muita gente que está ficando obsidiada pela preocupação do
formalismo do Evangelho. Este fato, que para nós parece ridículo, tem
impressionado milhões de pessoas!
No Vale do Amanhecer não existem estes fatos porque, partindo da
clarividência, Tia Neiva seguiu para a vivência do Evangelho em todo o seu
conteúdo. Vivência do Sistema Crístico, porque Jesus nada escrevia. Os
Evangelhos foram escritos depois, pelos seus seguidores. A preocupação
destes seguidores levou a que se colocasse tudo em torno deste livro.
O verdadeiro Evangelho – a Boa
Nova – é todo o sistema que Jesus
implantou, mesmo antes de sua
encarnação. Já havia sido preparado o
terreno, a reorganização de todo o
relacionamento do Homem com o mundo
espiritual.
O Vale vive o Evangelho real como
um todo, e nós, que vamos lidar com
pessoas preparadas em termos de
hábitos, palavras, construções, teremos,
então, de conciliar em nossos espíritos,
para ver onde se enquadra, no
Evangelho, aquela parte que está sendo
tratada. Precisamos ter, portanto, uma
referência do livro sem, entretanto, ser
necessário ter um livro para consultar a todo instante. O que você precisa
saber é a essência do Evangelho, que, em nosso meio, se resume nas
palavras: amor, tolerância e humildade.
Nós sabemos quais ensinamentos do Evangelho atingem mais
diretamente a nossa vida. Assim, quando nos foi ensinado o Sol Interior,
quando nos ensinaram que o ser humano é trinário e não binário, quando nos
ensinaram que o Homem, para se harmonizar, precisa ter os três reinos da
Natureza em harmonia e em sintonia, a partir daí estamos recebendo coisas
que foram contidas em todos os ensinamentos de Jesus, mas que nós
recebemos da maneira como se fosse uma novidade atual.
Na verdade, ela já existia, e nisto se constituiu a verdadeira busca.
Aqueles que tiverem mais tempo para ler vão descobrir maravilhas a partir de
agora, destas revelações que vão sendo feitas aqui, para que depois,
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2ª AULA
Salve Deus! Uma das coisas que mais me impressionou foi esta
possibilidade fisiológica de nos encontrarmos com Jesus, este Mestre Jesus,
que se tornou tão pequenino, se tornando uma partícula crística, para residir
dentro de cada um de nós. Esta partícula tão pequena, um átomo crístico,
que se incendeia dentro de nós e produz uma explosão atômica do átomo
crístico, principalmente no coração do Jaguar.
Nós, que já fomos bárbaros, que já passamos por situações difíceis,
atravessamos civilizações, nunca tivemos uma realização espiritual tão
grande como a que ora se nos apresenta. Nós começamos, realmente,
quando se iniciou a preparação do terreno para a vinda de Jesus.
Tínhamos uma ansiedade milenar, um desejo muito grande de
encontrar um caminho para o Céu, ou seja, o retorno ao nosso planeta de
origem, nossa querida Capela.
Trezentos anos antes da chegada
de Jesus, começamos, no Oráculo de
Delfos, a nossa jornada, hoje relembrada
no trabalho de Unificação. Em nossa
jornada, procurávamos um ponto comum
de referência que saciasse os desesperos
íntimos dos nossos corações.
Este ponto de referência foi Pytia,
que hoje encarna nossa Clarividente
Neiva.
Quando chegou o dia em que os céus tiveram que se abrir para a
chegada de Jesus, tremendas modificações planetárias e sísmicas
aconteceram. Não há registros, porque a História só conta os fatos
localizados. Na América, houve a desintegração dos Homens-Pássaros; na
Europa, que já existia, não houve qualquer notícia a respeito.
O ser humano, em sua encarnação, vive numa escuridão muito densa e
é limitado. Compara-se a um escafandrista que só possui aquele tubinho
para respirar. É como os peixes, que só podem viver dentro da água.
O ser humano só tem pela frente um visor, que é o seu carma, sua
vida. Só percebe aquilo que vê, que ouve e que apalpa. Seus sentidos são
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vivo de Reili e Dubale, como diz nossa Mãe Clarividente. Mas este Jesus,
que se fez tão pequeno, aproveitou, também, todos os ódios, todas as
guerras, todas as manifestações de energia humana-animal e tornou tudo
aquilo improdutivo, para que os espíritos pudessem se libertar das coisas da
Terra.
Em nossa vida de Jaguar estão contidas todas as experiências
humanas de violência, grosseria, descrença, comando, encarnações de reis,
de escravos, etc.
Jesus aproveitou as coisas claras e as ocultas, as coisas terríveis e as
boas, as pestes, os terremotos, as violências, as guerras, etc. Tudo isso
Jesus envolveu naquele grande sistema que permitiu a grande dor e a
recuperação cármica dos seres humanos.
A Clarividente constantemente reaviva fatos passados para que
penetrem em nossos corações.
Reili e Dubale são figuras simbólicas extraordinárias. Quando os
componentes passam pelo Radar, todos se parecem no mesmo turno. Eles
se completam, e parece que, naquele momento, está passando um exército.
Naquela hora, em que passamos ali, estamos levando conosco todas as
recordações e a saudade daquele tempo, em que lutávamos por razões
variadas. Ali, passamos a ver a inutilidade da vida terrena.
Agora, estamos em outra guerra e esta é contra os vales negros da
incompreensão.
Os mesmos soldados, os mesmos cavaleiros, os mesmos príncipes
daqueles tempos estão aqui lutando, e todas estas coisas nos foram dadas
por Jesus.
Neste mundo – que não é só dos Jaguares mas, sim, que é de Jesus –
estamos oferecendo a Ele nossos préstimos e nosso trabalho.
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estão presas na pessoa, abrindo espaço para que a Luz possa penetrar.
Depois, impregnamos aquele espírito com ectoplasma do nosso fluido
magnético animal, manipulado com a nossa Doutrina. O espírito, então,
cresce e se desliga ao receber esta energia benéfica. As células daquela
pessoa que é beneficiada começam a receber as energias da Corrente
Mestra e vão se reativando, se revitalizando, e o espírito recebe a cura, a
cura desobsessiva, porque aquele esclarecimento tirou a obsessão e fez com
que ele, mesmo sem saber, tivesse clareado o seu Sol Interior e iniciasse o
caminho para Deus. Esta é a verdadeira cura!
Agora, se pegarmos uma pessoa, independentemente de saber qual o
seu carma, só porque sabemos que temos muito poder de cura mediúnica,
mal assessorados, porque, na nossa Doutrina, o poder está na reunião de
forças dos Jaguares, aí estaremos interferindo no carma daquela pessoa. E,
depois, como é que vamos afastar uma doença que Deus, em Sua infinita
misericórdia, concedeu àquele espírito em sua trajetória cármica, para ele
sofrer na Terra através daquela doença e poder chegar até Deus, pagando
seu carma? É o carma daquele espírito. E seus reajustes, como ficarão? E
nós, como poderemos ser felizes se utilizamos nosso sacerdócio para
prejudicar aquele espírito? Entraremos em choque conosco mesmos, em
dúvida com o nosso trabalho.
Então, queremos que todos percebam a diferença entre uma visão
puramente humana do Sistema de Jesus e a visão espiritual de quem tem
uma individualidade.
Daqui por diante, só nos será permitida a visão da nossa
individualidade.
Salve Deus!
3ª AULA
Salve Deus! Nossa Corrente entrou em uma
forma interpretativa completamente diferente e vai
se encontrando, na sua forma expressiva, com o
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É o caso da frase: “Eu sou o Caminho da
Verdade e da Vida!” Houve, inicialmente, uma
dúvida quanto à semântica desta frase, com a
versão: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!”
Mas, nossa intuição mediúnica nos dizia que a
primeira versão seria a mais correta.
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4ª AULA
Salve Deus! Agora, mais do que nunca, estou ficando convencido de
que a nossa partida evangélica vem se tornando efetiva.
Vamos estabelecer uma ponte entre o tempo de Jesus e a nossa
vivência atual, e vamos ver que, cada vez mais, vamos nos aproximando da
semelhança das situações.
Vivemos intensamente as coisas, mas não as avaliamos devidamente!
É como as grandes pinturas, às quais só podemos avaliar com profundidade
quando as olhamos a uma certa distância.
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a área oriental. A ela tinham acesso todas as informações do Tibete. Esta era
a situação no tempo em que chegou Jesus: uma preparação, que havia se
iniciado no Tibete, e a Palestina, área escolhida, que havia recebido a
preparação direta. José de Arimatéia era um lhama tibetano. Ele era o
mesmo Simão Sirineu, que ajudou a Jesus carregar a cruz, e era, também,
um rabino. Portanto, tinha várias personalidades. Foi também ele que
conseguiu, com Maria e José, a preparação de Jesus, tendo ele como tutor.
Só ele tinha condições para tratar de um espírito tão elevado.
Jesus passou por tudo porque a Lei assim determinava. Só não passou
pelo casamento, porque não tinha carma. Isso nos dá idéia de que
casamento é carma. Uma das determinações do carma é que a pessoa não
pode deixar de casar. E é por isso que os sacerdotes católicos não casam,
em busca de se assemelharem ao Grande Mestre Jesus. Como se isso fosse
possível a um ser humano!...
Na verdade, Jesus não veio para se redimir, mas para confirmar a Lei
Natural, física, que rege o sistema estabelecido por Deus.
Para se entender o espírito do Evangelho é preciso entender o sentido
das leis naturais. O mundo de Deus não tem nenhuma segurança, nem nada
certo. Ninguém sabe a hora da morte, nada sabemos sobre o dia de amanhã,
etc.
Todos os fenômenos da natureza, tanto físicos como sociais, são
sempre em termos de insegurança, e esta insegurança é que traz, ao
espírito, a busca da segurança transcendental. Se não houvessem os
estados de insegurança, os conflitos e as guerras, o Evangelho não falaria
em armas, como a lança, a espada, etc.
Para que possamos encontrar a tranqüilidade, é preciso que subamos
em busca do vértice do Triângulo, ponto comum e mundo do espírito, ponto
de purificação.
Só existe tranqüilidade da individualidade. Fora disto é impossível
porque o organismo físico impede que ocorra. A todo momento estamos
vivendo, intensamente, a vida e a morte. A paz só existe na individualidade,
no espírito, na sede do transcendental.
À medida em que a parte física vai enfraquecendo, o conflito vai
diminuindo, vamos caminhando para as soluções cármicas, vamos ao
encontro da paz, e nos encontramos livres do fator físico-psíquico, do fator
luta e do fator conflito.
Assim, é preferível enfrentar as lutas, as dúvidas e os conflitos, do que
fugir deles. A maioria dos prejuízos financeiros resulta da tentativa constante
de fugir à luta.
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5ª AULA
Salve Deus, meus mestres! Estamos entrando numa fase decisiva
desta Corrente nesta Partida Evangélica, que diz respeito diretamente ao
teste prévio dos Jaguares nesta nossa era. É o teste pelo qual estamos
passando, antes de entrarmos em nossa jornada mais difícil.
As armas já nos foram distribuídas, e nossa Clarividente está
aproveitando cada minuto de sua vida para nos deixar todo este sistema
pronto e em funcionamento, o sistema composto pelo Turigano, Estrela de
Nerhu e Estrela Candente, em funcionamento conjugado com os Oráculos
em confronto.
Ela vem, durante todos esses anos, distribuindo as armas,
individualmente, e, hoje, já existe um número suficiente de Jaguares
credenciados para enfrentar esta jornada.
O problema, entretanto, repousa em um exame de consciência, e esta
Partida Evangélica nada mais é do que um alerta em torno das coisas
fundamentais desta Corrente, e a respeito mais diretamente da nossa
individualidade.
Temos que tomar uma consciência individualizada das nossas posições
estratégicas dentro desta Corrente, porque os prenúncios de tempestade são
muito claros e nos parece que o princípio do fim está chegando.
Periodicamente, nossa Corrente recebe influxos, trazendo à tona uma
série de recordações. As inspirações mediúnicas que se apresentam nestas
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Salve Deus!
6ª AULA
Salve Deus! Uma carta de Tia Neiva diz: “... a vaguear na amplidão
circunstancial desta Doutrina.” Esta frase é importante em nossos contatos,
nestas informações sobre evangelização, pelas circunstâncias e atitudes das
coisas. Se quisermos entender a nós mesmos, se quisermos entender esta
Doutrina, temos que nos colocar mentalmente nas circunstâncias que
rodearam o Mestre Jesus.
Não esqueçamos o fato fundamental de que, enquanto Ele não fez sua
aparição pública, Ele estava interligando todos os pontos do Sistema.
No mundo anterior a Jesus – talvez dois milênios – toda uma
civilização, aqui nas Américas, lá no Oriente Médio, na Índia, no Tibete e em
outras regiões do mundo, tudo estava acontecendo de terrível e problemas
estavam se acumulando, da mesma forma como está ocorrendo atualmente.
Hoje, o fator básico humano, fundamental, determina, pelo mecanismo
natural, o fator religioso que já entrou em fase de abstração. Os homens
falam da doutrina de Deus, mas de maneira totalmente abstraída. Da mesma
forma, predomina em certas regiões o formalismo religioso, em detrimento de
seu sentido mais profundo, que é a religiosidade natural. O mecanismo
sempre foi o mesmo: o espírito vem para a Terra e prepara o seu retorno.
Seria absurdo pensar que Deus Pai Todo Poderoso houvesse criado o
mundo e não houvesse criado os mecanismos para cada geração, para cada
milênio. Todo o mecanismo do Sistema
Crístico está no interior do Homem, porque
sua religiosidade acontece naturalmente.
Em todos os quadrantes do planeta,
todos os seres humanos dispõem do mesmo
mecanismo: nascem, crescem, reproduzem e,
quando se completam, começam a se
preparar, conscientemente, para sua partida
de volta.
Assim, cria-se o culto, a reverência a
Deus, exteriorizada em termos de
individualidade.
Os índios, por exemplo, adoram o Sol e
a Lua. Os fatores Sol e Lua estavam previstos
nas antigas religiões, há milhares de anos.
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Sol Interior é alimentado com as coisas que são tão vivas como no tempo de
Jesus. Nós vivemos o Cristo Redivivo, como diz nossa Mãe Clarividente.
É assim, porque temos Iniciação, consagrações, ligações com os
nossos Cavaleiros, nossos Ministros, nossas Princesas, etc.
Quando ligamos nosso espírito, colocamos nossa mente na condição
de percepção das coisas que dominam o nosso espírito. Saímos da
personalidade e ingressamos na individualidade e, através dessa vivência,
vamos alimentando nosso Sol Interior.
Salve Deus!
SALVE DEUS!