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o judaísmo   

&A C U R A

Sha’ul Bentsion
 
 
 

DEDICATÓRIA

 
Para todos aqueles que vertem  

lágrimas  em busca da cura,  

e para aqueles  

que  realmente se importam  

com o bem‐estar do próximo,  

e não com sinais e prodígios

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ÍNDICE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Doenças de causa natural...................................................................................................................... 8 
Doenças psicossomáticas...................................................................................................................... 9 
Doenças como provação da Fé............................................................................................................10 
Doenças como punição direta do pecado.......................................................................................... 11 
Doenças da alma....................................................................................................................................12 
A origem de todas as doenças.............................................................................................................13 
Doenças Psicossomáticas.....................................................................................................................15 
Doenças como Provação da Fé e Outros Objetivos ......................................................................... 20 
Doenças Espirituais e a Torá ................................................................................................................22 
Doenças Espirituais e Kashrut............................................................................................................. 26 
Doenças Espirituais e a nossa relação com o Próximo .................................................................... 29 
Ciência da Conexão com Elohim......................................................................................................... 34 
O Estudo da Torá Contribui para a Cura ............................................................................................ 36 
Kol D'mama Daka ................................................................................................................................. 39 
Musicoterapia ........................................................................................................................................41 
Comida Natural ......................................................................................................................................41 
Sexualidade Equilibrada ...................................................................................................................... 43 
As Nove Regras da Chassidut .............................................................................................................44 
Conclusão ..............................................................................................................................................49 
 

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ATENÇÃO
ESTE LIVRO NÃO É GRATUITO

Como funciona?

Trabalhamos com base na confiança, crendo que as pessoas serão 
íntegras perante o Criador dos céus e da terra.  

Esta obra funciona à base de doações.

Você é quem decide quanto o livro vale, ou quanto deseja doar para 
manter a obra operante, e faz uma doação para a obra dentro das suas 
possibilidades.    

Para quem, por razões financeiras, não puder nos ajudar com doação, o 
livro é cedido gratuitamente.   

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Itaú (preferencialmente)Ag. 7062 C/C 26683‐3 ou   

Caixa Econômica Conta Poupança: 1374.013.93399‐ 5 (este 
número já inclui conta, agência e operação) 

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A S D O E N Ç A S
 

E
ste é um tema muito interessante, por ser bastante controverso 
em alguns pontos, e muito importante, “ Judaísmo e a Cura”. 

Isto é algo que sempre buscamos; sempre temos entre nós 
alguém que está enfermo, que está passando por dificuldades, muitas 
vezes somos nós mesmos que estamos passando por dificuldades e nem 
sempre temos o entendimento do “por que estamos passando por 
aquilo”. 

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O objetivo desta palestra é elucidar um pouco, sem esgotar o tema, pois 
esgota‐lo a luz da Bíblia é uma tarefa quase impossível, pois ela é 
riquíssima de informações sobre este assunto.  

A proposta é fazer algo diferente do que estamos acostumados a ver, o 
qual sempre aborda sobre milagres: “como obter tal milagre” ou 
mesmo “curso de como obter milagre” etc. Acreditamos que isto seja 
uma grande distorção como veremos ao longo deste material . 

Se você está lendo este livro querendo saber sobre milagres 
“sobrenaturais” ou “moveres sobrenaturais”, está no local errado. 
Inclusive, recomendamos que deva buscar as suas motivações.  

Por que quem está enfermo, a preocupação principal que temos de ter é 
a de que a pessoa possa atingir uma cura, que possa se recuperar, e não 
ver um “show de pirotecnia” da parte do Eterno.  

Acreditamos que seja muito transparente também a razão pela qual 
muitas vezes a resposta do Eterno, o milagre, é por vias naturais. Foi o 
próprio Eterno que permitiu que os médicos atingissem o grau de 
conhecimento que eles têm hoje.  

Por exemplo, imagina se nos tempos de Yeshua alguém tivesse um 
entupimento coronário. Se isto acontecesse não havia ninguém para 
operar, fazendo o procedimento cirúrgico necessário. Ou o Eterno agia 
de maneira sobrenatural ou ele morreria. Hoje temos mais recursos e 
acreditamos que o Eterno aja também dentro destes recursos. 

Mas o foco principal não é o que muita gente procura fazer, o de 
substituir a medicina a luz da religião, pois não se trata disto. Mas 
encarar a doença dizendo: “Onde é que nós, com a nossa Fé, podemos 
agir quando há uma situação de doença, quer nossa, quer de pessoas 
próximas?”. O que podemos fazer? Onde está o nosso papel, pois há 

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coisas que competem somente à medicina e a coisas que competem a 
nós.  

Uma das grandes surpresas quando pesquisamos a Bíblia sobre este 
tema, é o quanto ela é rica de informações , inclusive, das quais só 
tivemos conhecimento formal, muitos séculos depois. Isto não poderia 
ser diferente, pois ela é um livro muito especial.  

A primeira parte deste livro abordará as doenças. A segunda parte há 
uma serie de informações que cremos ser do interesse de todos , com 
dicas que são dadas no judaísmo de como abordar as doenças, e a 
relevância para nós. 

As doenças
Que tipo de doenças as Escrituras nos revelam que existe? 

Uma grande surpresa que pode surgir,  é que a Bíblia não relata apenas 
um único tipo ou uma única fonte de doenças nas pessoas.  

DOEN ÇAS DE CAUS A NATURAL

Yochanan (João) 9: 

02. Perguntaram‐lhe os seus talmidim (discípulos): Rabino, 
quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 

03. Respondeu Yeshua: Nem ele pecou nem seus pais; mas 
foi para que nele se manifestem as obras de Elohim. 

A Bíblia relata que há doenças  de causa natural, como relata Yeshua a 
este respeito, quando os seus discípulos perguntam a Ele, na passagem 

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acima. Ou seja, por que havia na época a crença popular de que toda a 
doença tinha origem no pecado, não no sentido de que corrompeu a 
humanidade ou criação, mas sim que se ficou doente foi a pessoa que 
pecou, e sabemos que não é bem assim. Yeshua relata que neste caso 
não foi por isto, mas que nasceu cego de nascença porque ele teve um 
problema de formação congênita. 

E certamente isto serviu a um propósito, pois tudo está no controle do 
Eterno, e se não houvesse um propósito não estaria na Bíblia. Há um 
reconhecimento aqui que há doenças que vêm de causas naturais. 

DOEN ÇAS PS ICOS SOMÁTICAS

Iyov (Jó) 17 e Mishlei (Provérbios) 17 

07. Pelo que já se escureceram de mágoa os meus olhos, e já 
todos os meus membros são como a sombra. 

22. O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito 
abatido seca até os ossos. 

A Bíblia já falava das doenças psicossomáticas muito antes da sua 
formalização acadêmica. Para referência, o conhecimento formalizado 
só ocorreu no final do século XIX, através do médico francês chamado 
Charcot, o qual demonstrou que as doenças poderiam ter uma causa 
psíquica através da experiência com alguns pacientes que eram 
submetidos a hipnose clínica, podendo remover temporariamente os 
sintomas apresentados. Se fosse uma causa física, nestes pacientes este 
procedimento não conseguiria remover tais sintomas. 

Mas muito antes deste médico, a Bíblia já falava disto, como nos 
versículos acima citados. No 1º versículo, Iyov (Jó) fala do escurecimento 
dos olhos e membros fraquejando por conta de uma mágoa. Para contra 

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argumentar a possível tese da “figura de linguagem” neste versículo, há 
o 2º que possui um reconhecimento bíblico de que o estado psicológico, 
emocional tem influência direta no seu estado físico.  

E, portanto, doenças podem ter origem psicossomática assim como a 
cura pode vir de um tratamento psicológico. 

Claro que não são todas as doenças que são psicossomáticas. Pois se 
alguém for exposto ao vírus da gripe suína, a origem desta doença não 
será algo fora da contaminação de exemplo. 

Embora, algumas vezes, a doença de uma pessoa pode ter várias causas, 
apesar de  aqui estarem separadas isoladamente. Daí a importância para 
entender onde a Fé e a religião podem atuar na doença de uma pessoa. 

DOEN ÇAS COMO P ROVAÇÃO DA FÉ

Iyov (jó) 2: 

5. Porém estende a tua mão, e toca‐lhe nos ossos, e na carne, 
e verás se não blasfema contra ti na tua face!  

6. E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; 
porém guarda a sua vida. 

Existem doenças que vêm para que nossa Fé seja refinada, seja apurada. 
Há o famoso caso do “espinho na carne” de Rav. Sha’ul ou a passagem 
de Iyov acima reproduzida.  

Podemos ter a certeza que a doença que venha como  forma de 
provação , também traz a fé, como no caso dele , pois muito se fala no 
sofrimento dele mas, não se fala  que depois ele tenha ganho do Eterno, 
como uma espécie de mérito, aquela Fé  três vezes mais do que ele 

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tinha. Ele passou por um sofrimento temporário, mais aquilo veio como 
uma provação de Fé para que ele pudesse crescer espiritualmente. 

E muitas vezes nós só crescemos espiritualmente em meio ao 
sofrimento. Não precisamos entrar nisto de forma enfática, pois isto é 
extremamente claro que o sofrimento pode produzir um refinamento 
no caráter e na Fé das pessoas.  

Os sofrimentos que passamos nos servirão para buscarmos mais, termos 
mais Fé e também sermos mais sensíveis ao sofrimento alheio, quando 
não temos sensibilidade ao sofrimento das pessoas. 

DOEN ÇAS COMO P UN IÇÃO DIR ETA DO


P ECADO

Existem na Bíblia relatos de doenças que vieram pelo pecado, 
principalmente de povos como vemos em Divrei Haiamim Beit (2ª 
Crônicas) 21: 

14. Eis que o Eterno ferirá com um grande flagelo ao teu 
povo, aos teus filhos, às tuas mulheres e a todas as tuas 
fazendas.  

15. Tu também terás grande enfermidade por causa de uma 
doença em tuas entranhas, até que elas saiam, de dia em 
dia, por causa do mal. 

Temos doenças que são punição direta do pecado. 

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DOEN ÇAS DA ALMA

Temos Curintayah Alef (1ª Coríntios) 11: 

30. Por causa disto há entre vós muitos fracos e enfermos, e 
muitos que dormem. 

31. Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos 
julgados; 

Nossa alma, espiritualmente, também pode adoecer. Isto tem uma 
diferença em relação à doença psicossomática, embora a princípio possa 
parecer semelhante; ela pode não ter uma origem física, mas pode 
desenvolver um sintoma físico por conta da alma. 

Como na passagem celebre que Rav. Sha'ul cita acima. Ele fala sobre 
quem não discerne o corpo da alma, sobre uma enfermidade da alma. 

Com isto, um fator pode desdobrar em outro. Por exemplo, a AIDS onde 
há a destruição do sistema imunológico levando o paciente a ser morto 
por outra bactéria e não pela AIDS em si mesmo. O sistema imunológico 
deficitário permite a entrada das “doenças oportunistas” que levam a 
morte.  

Isto também pode acontecer, em nível dos tipos de doença citados 
neste estudo. Uma doença psicossomática pode levar a sua resistência 
imunológica para níveis baixos, permitindo a entrada das infecções 
mencionadas anteriormente, por exemplo, na AIDS. 

Se houver uma decepção muito grande, com desdobramentos 
psicossomáticos, poderá haver uma doença de pele, por exemplo. 
Depois que a bactéria se instalou o tratamento foi através de antibiótico; 
mas o inicio foi apenas psicológico. 

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Como há está “mistura” potencial de tipos de doença, temos de tentar 
agir dentro daquilo que nos compete. E aquilo que não nos compete, 
temos de buscar auxilio nas áreas pertinentes. 

A origem de todas as doenças


Todas as doenças têm a mesma origem. Isto não é uma contradição com 
a classificação inicial dos cinco tipos de doenças, por que a palavra 
doença no hebraico se escreve ‫חלי‬ (“choli” – Chet‐Lamed‐Yud). A 
primeira letra da palavra “Chet”, no hebraico significa literalmente 
“pecado”.  

Isto não significa dizer, como os seguidores de Yeshua pensaram, o qual 
Yeshua repreendeu,  que uma pessoa está doente por que “ela” pecou. 
Esta pessoa certamente esta doente por que o pecado entrou no 
mundo. Nós vivíamos anteriormente, antes do pecado entrar no mundo, 
sendo esta uma promessa ao mundo vindouro, uma situação de perfeita 
harmonia e perfeita sustentação na criação. Havia vida, e em 
abundância. Se a doença vem do pecado, a origem é a ausência de vida. 
O que nós tínhamos no Gan Éden era este estado de plena conexão com 
o Eterno sem que o pecado interferisse e trouxesse morte.  

Ou seja, a origem de todas as doenças está no pecado – não 
necessariamente do doente em si, mas do pecado que adentrou o 
mundo.  Em Bereshit/Gênesis 3 temos: 

“17. E a Adam disse: Porquanto destes ouvidos à voz de tua 
mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: 
Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com 
dor comerás dela todos os dias da tua vida.”  

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Ou em Ruhomayah/Romanos 5: 

“12. Portanto, como por um homem entrou o pecado no 
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte 
passou a todos os homens por isso que todos pecaram.”  

Onde está o erro e onde está o acerto dos seguidores de Yeshua quando 
eles tentam curar uma pessoa por meio de oração, por exemplo? O erro 
está em não entender que existem causas físicas, em negar a medicina 
ou negar a terapia psicológica. O erro está em negar que precisa tratar 
estes aspectos, uma vez que estes aspectos se desenvolveram.  

Mas o acerto está que todas as doenças, mesmo uma infecção 
bacteriológica tem uma coisa em comum: a origem desde o principio 
que está no desequilíbrio da criação por causa da maldade que entrou 
no mundo. 

Dentro do conceito de “tikun olam” (mundo vindouro) como 
“restauração do mundo”, que já foi tratado em outros materiais, 
principalmente no material sobre “orações”, temos a necessidade de 
tirar o máximo de bem e de luz do Eterno, está é a razão que Yeshua diz 
que devemos ser a “luz do mundo”, para que possamos fluir o máximo 
de luz ao mundo para combater o mal. Se você age com bondade, com 
amor, com Fé para com a pessoa doente, você está automaticamente 
combatendo o mal e automaticamente está ajudando na recuperação 
desta pessoa. 

A relevância disso para nós está no conceito de “tikun olam” (mundo 
vindouro). Independentemente da origem da doença, toda doença pode 
ser combatida se trouxermos luz para o mundo. 

Nem na Bíblia todas as doenças eram curadas pela oração. Há situações 
até mesmo de remédio, situações de terapias psíquicas e as situações de 

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orações. Devemos ter Fé e crermos que a oração é capaz de curar. Mas 
ninguém, por conta da oração, deve deixar de tomar antibiótico.  

Este é o perigo, por exemplo, querendo dizer que o Eterno vai 
“necessariamente” agir de forma sobrenatural, pois o Eterno pode agir 
por meio do modo natural, através da medicina, do remédio ou dando 
sabedoria ao médico quando for lhe diagnosticar. 

Por exemplo, se vai e marca uma consulta com um médico, porém o 
médico agendado não lhe atendeu por um imprevisto. No lugar dele 
vem outro que não era esperado e este outro consegue lhe dar um 
diagnóstico que seria dificílimo de perceber. A isto pode ser atribuída a 
uma situação de oração. Mas nem por isto deixou de ir ao médico. 

Houve uma situação com meu irmão, em que ele estava enfermo, tendo 
ido a vários médicos que o diagnosticaram como alergia. Determinado 
dia, um grupo se reuniu para orar por ele e, após isto, uma amiga da 
minha mãe indicou um novo pediatra que descobriu que ele estava com 
coqueluche, apesar da vacina tomada, fazendo com que nem todos os 
sintomas se desenvolvessem e dificultando este diagnóstico. 

Independente da origem da doença podemos orar, por que no fundo, 
tudo está no mal. Podemos orar mesmo se for uma infecção viral, pois 
devemos acreditar no poder da oração. Só não devemos deixar de ir ao 
médico. 

3) Doenças Psicossomáticas
Apesar de serem primitivos os conceitos, vemos que doenças 
psicossomáticas já eram trabalhadas pelos sábios judeus: 

“O yetser hará [inclinação ao mal] às vezes engana uma pessoa, convencendo-a


de que cometeu pecado grave, apesar do pecado ser apenas um rigor excessivo,

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ou talvez nem seja pecado. [O yetser hará] deseja que a pessoa se encha de
tristeza, de modo que em sua tristeza ele negligencie o serviço ao Criador,
bendito seja Ele.” (Ba’al Shem Tov)

O judaísmo sempre reconheceu que a culpa é um fator que pode vir 
como uma tentação da própria carne para te afastar do serviço do 
Eterno. 

Quantas vezes você deixou de orar, de procurar o Eterno, de ler a Bíblia, 
de fazer o bem, de estar com irmãos, por que você se sentia sujo na 
presença do Eterno, por que sentia culpado? Saiba que isto é uma 
tentação; isso não é  uma coisa simples. É mais do que isto: pode indicar 
também um problema psicossomático.  

O Psychosomatic Medicine Journal assim descreve as doenças 
psicossomáticas:  

“[doenças cujos] sintomas são causados por processos mentais daqueles que
delas sofrem, ao invés de causas imediatamente fisiológicas”.

Elas estão em um processo mental e não num processo físico. 

Em grande parte, as doenças psicossomáticas se originam de neuroses. 
A forma mais fácil de pensarmos nelas é como “energia presa”, que 
acaba “saindo” na forma de sintomas.  

Por exemplo, faleceu uma pessoa na sua família; você sente aquela 
tristeza, mas não consegue chorar; não é de propósito, mas não 
consegue apenas chorar. Depois de algum tempo, passa a ter dor de 
cabeça. Este sintoma da dor de cabeça nada mais é do que uma energia 
que ficou presa, que acaba saindo ou se manifestando através de um 
sintoma nesta forma somática.  

A energia, também denominada como libido, sai de uma de forma 
descontrolada, sem que você entenda.  

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Essa é a razão pelo qual cultos religiosos onde há histeria emocional, 
uma pessoa com doença psicossomática pode apresentar grande 
melhora, e atribuir isso a uma “cura” espiritual.  

No exemplo anterior, se a pessoa não associar que a dor de cabeça está 
ligada à morte em família; se alguém convida esta pessoa para um culto 
de um “televangelista” bem sensacionalista que falam que curam etc. 
naquele culto, tem uma imensa catarse, todos gritam, esperneiam, 
oram, choram, cantam etc. o que aconteceu ali foi que aquela energia 
que estava presa saiu, pois encontrou uma forma da energia sair.  

Quando o “televangelista” perguntar “quem estava com dor de cabeça 
e não está mais?”, está pessoa terá a sensação de que foi curado, pois 
tinha uma enxaqueca monstruosa e não tem mais. Na realidade não foi 
curado, não da forma que achava. Simplesmente teve um momento de 
catarse daquilo que estava preso e aliviou os sintomas psicossomáticos 
dele. 

Isto é importante saber por que muitas vezes, onde mais comoção 
houver nestes locais de culto religioso, mais as pessoas vão achar que 
estão curados de sintomas psicossomáticos.  

O problema é que os sintomas podem voltar, pois não foi curado; 
permanece o problema de não chorar, que precisa ser tratado. A 
próxima situação potencial de choro, o qual não se manifestar, 
retornará a dor de cabeça ou similar. É muito comum nestas situações as 
pessoas acharem que forem curadas e depois voltam a ter os sintomas. 

Até um câncer pode ter natureza psicossomática, onde após passar por 
um culto religioso, com exames posteriores, aparentemente o câncer foi 
removido. 

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Isto não quer dizer que não existe a cura pela oração. Apenas temos de 
ratificar que existe a questão psicossomática, senão acabamos 
simplificando equivocadamente as soluções. 

Quando estiver visitando um doente, que inclusive é um mandamento 
do Eterno cultuado no Judaísmo, e há a suspeita de ser uma 
manifestação psicossomática, temos uma postura prática para atuar. 

Doenças psicossomáticas precisam ser tratadas por profissionais, 
sempre. Se a pessoa apresentar tais sinais, deve ser encaminhada para 
este tipo de ajuda, ao invés do erro usual de alguns grupos que desejam 
fazer “cura interior” dentro da igreja, pois não são profissionais 
qualificados para fazer tratamento psicossomático, pois corremos o 
risco de tornar a pessoa pior do que estavam. 

Todavia, algumas coisas nós podemos fazer para aliviar seus sintomas, 
segundo o rabino Isaac N. Trainin: 

9 Pergunte à pessoa doente como está sua vida, e encoraje a falar 
de suas angústias, mesmo que aparentemente nada tenha a ver 
com a doença. 

Se vai visitar uma pessoa, com  dor de cabeça e de cama, não pergunte 
apenas da dor de cabeça, mas que fale da vida, de como está andando, 
se prestando a ouvir, falando pouco, como é feito no ditado  judaico 
onde “temos dois ouvidos e uma boca por uma razão”. Ao ouvir, pode 
haver um alivio do sintoma . 

9 Encoraje a falar de suas emoções. Ajude‐a “soltá‐las” se estiver 
com algo preso, mas nunca force. Nunca encoraje a pessoa a 
prender emoções, com palavras como “Não chore”, “Vai passar” 
etc.  

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 Se a pessoa comeca a falar e passa a chorar, não adote a atitude de 
bater no ombro e dizer: “Não chore  que o Senhor está contigo, isto vai 
passar”. Se fizer isto, está potencializando o sintoma psicossomático, 
pois está direcionando para que a emoção fique presa ao invés de solta‐
lá.  

A Bíblia nunca ordenou que prendêssemos nossas emoções; 
exatamente ao contrário, estimulou que vários personagens soltassem 
tais emoções perante o Eterno. 

9 Ore bastante com ela. A oração pode ter dupla função: Invocar a 
cura de Elohim, e prover um meio para a pessoa liberar suas 
emoções. 

Ao estar falando com uma pessoa que está contida; ao orar por esta 
pessoa, ela literalmente deságua. Se isto acontecer, isto é bom, é 
positivo, pois a oração tem está dupla função.  

“Para que vou orar se o Eterno já conhece meu coração?” Esta é uma 
boa maneira de liberar suas emoções perante Ele. 

9 Ore por toda a vida da pessoa, e não apenas pela doença, 
especialmente coisas como: vida profissional, angústias, relações 
pessoais e familiares.  

Pode ser que a pessoa esteja com um sintoma, como a enxaqueca 
mencionada. Pode ser que se orar pela vida, para o Eterno visitá‐lo nas 
suas angustias, pela sua vida profissional, pela sua vida familiar, quando 
alcançar este ponto, , há oportunidade para a pessoa dar vazão a 
questão psicossomática. 

9 Leia narrativas bíblicas onde os personagens apresentem quadro 
de sofrimento. Fale de esperança em Elohim. 

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Ninguém gosta de se sentir sozinho.  A Bíblia é repleta de situações de 
sofrimento humano, quando apresenta algo paralelo a esta situação, 
pode significar um alivio a esta pessoa. 

9 Não se frustre se a pessoa apresentar melhora, atribuir a uma 
cura milagrosa, e depois apresentar recaída.  

Se isto acontecer, pode ser uma doença psicossomática. Após chorar, 
passar a dor de cabeça e houver a constatação de que “houve cura”; se 
alguns dias após, retornar a dor de cabeça, pode ser apenas o caso da 
doença psicossomática. 

9 Oriente a pessoa a procurar ajuda psicológica. 

Se suspeitar que a pessoa possua está doença psicossomática deve ser 
orientada para buscar ajuda psicológica. Que não é fazer gabinete com o 
“líder espiritual”; ela não é qualificada para ajuda psicológica. Só o 
profissional da área. 

4) Doenças como Provação da Fé e


Outros Objetivos
É preciso reconhecer, por mais doloroso que seja, que às vezes na 
doença existe um propósito de Elohim. Nem mesmo Rav. Sha'ul (Paulo) 
compreendeu tudo o que lhe passou em Curintayah Beit/2 Coríntios 12:: 

“7. E, para que não me exaltasse pela excelência das 
revelações, foi‐me dado um espinho na carne, a saber, 
um mensageiro de Satan para me esbofetear, a fim de 
não me exaltar.”  

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Muitos tentam, de todas as formas, encontrar qual era o “espinho na 
carne” do Rav. Sha'ul; uns acreditam que estava começando a ficar 
cego, outros dizem que começou a ficar manco, outros inventam outras 
teorias. Tudo isto não tem importância alguma.  

O que importa na realidade é que ele reconheceu que num dado 
momento, o Eterno precisou lembrá‐lo que ele era um ser humano. 

E por isto ele reconheceu  nisto como um espinho na carne e que o 
Eterno não iria curá‐lo, pois estava servindo a um propósito e, enquanto 
aquele propósito não fosse atingido, não iria haver cura. 

O importante é entender que o direcionamento, quando o principal 
objetivo nosso que é a cura, pode ser apenas desenvolver melhor 
qualidade de vida, ou desenvolver um relacionamento com o Eterno que 
leve a salvação. Isto é muito mais importante que a cura.  

As pessoas estão com as prioridades erradas: 1º prioridade das pessoas é 
o milagre sobrenatural; a 2ª é a cura; e a 3ª é o relacionamento com o 
Eterno. Só que o correto é exatamente o inverso desta ordem, pois o 
sobrenatural enquanto “pirotecnia” é a menor das prioridades do 
Eterno. 

Às vezes, o propósito pode ser a conversão/Teshuvá : Tehilim/Salmos 
107: 

“17/20 Os loucos, por causa da sua transgressão, e por causa 
das suas iniqüidades, são aflitos. A sua alma aborreceu 
toda a comida, e chegaram até às portas da morte. 
Então clamaram a YHWH na sua angústia, e ele os livrou 
das suas dificuldades. Enviou a sua palavra, e os sarou; e 
os livrou da sua destruição.”  

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As vezes uma doença pode ter um objetivo de fazer a pessoa se voltar 
para o Eterno, pois as pessoas se esquecem. E todo o sofrimento pode 
ser permitido com este propósito. Como foi com Iyov/Jó que foi para 
aprimorar a Fé; ou para que as pessoas se voltem para o caminho do 
Eterno. 

Por exemplo, há pessoas que eram atéias, que faziam chacota da 
religião, que diziam não crer em nada, que se pudesse seguiria a satan e 
outras baboseiras. Mas quando fica doente, passa a querer buscar ao 
Eterno, a religião já não é tão baboseira assim aceita que ore por ela; a 
mesma pessoa que lhe humilhou quando foi falar  sobre o Eterno é a 
mesma que vem lhe procurar quando está doente. Isto significa que a 
doença também pode ter este propósito. 

5) Doenças Espirituais e a Torá


Este é o ponto mais importante desta primeira parte do nosso estudo, 
envolvendo as doenças espirituais. Estas são as que verdadeiramente 
cabe a nós. 

O que podemos fazer para ajudar em caso de doença? 

Não estamos sugerindo que “nós” somos as pessoas que vão detectar 
que tipo de doença a pessoa tem. Até por que muitas vezes uma coisa 
leva a outra: por exemplo, uma doença espiritual pode fazer com que a 
pessoa se leve a negar o Eterno.  

Com esta atitude começa a acreditar que a vida dela não tem propósito; 
quando tem uma doença espiritual, começa a desenvolver uma doença 
psicossomática, com uma depressão e baixa de resistência imunológica. 
Para este quadro evoluir e ser infectado por uma pneumonia é apenas 
um desdobramento.  

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Com isto, não há como cura‐lá só com oração; cabe ao médico tratar da 
pneumonia, mas no nosso lado cabe tratar da parte espiritual. Se ela 
está enferma vamos tratar do lado espiritual, pois esta “pode” ter um 
lado espiritual, sem que nós possamos dizer qual dos fatores envolvidos 
é/são o motivo gerador para a doença. 

Só o Eterno pode dizer se a pessoa está doente por conta de uma 
questão física ou psicossomática ou espiritual. Nem mesmo os médicos 
têm facilidade de fazer esta observação, mesmo que tenha 
conhecimento bíblico e de psicanálise. Até por que muitas vezes uma 
coisa puxa a outra. 

Tem um caso de um amigo de meu pai que tem uma doença espiritual. 
Por conta desta doença espiritual, ele nunca quis saber de coisas 
relacionadas ao Eterno. Como fomos criados para servir ao Eterno, este 
amigo começa a desenvolver uma depressão por ir ficando mais velho e 
não vendo um propósito na vida dele. Por conta disto há baixa na 
resistência imunológica, sendo infectado por uma gripe que progride 
para uma pneumonia, onde seu quadro acaba tornando‐se uma doença 
espiritual, psicossomática e física, na qual tem de ser tratada cada uma 
delas. 

O perigo está quando pretendemos dar diagnostico ou quando achamos 
que podemos tratar só o espiritual que resolve. Temos de tentar tratar o 
espiritual por que é o que podemos tratar, mas isto não significa que só 
devemos ficar no espiritual. 

O profeta Yirmiyahu (Jeremias) 8 certa vez indagou:  

“21 Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; 
ando de luto; o espanto se apoderou de mim. 
Porventura não há bálsamo em Guil’ad? Ou não há lá 
médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do 
meu povo?”  

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A isso, respondeu YHWH (Yirmiyahu/Jeremias 9): 

“13 E disse YHWH: Porque deixaram a minha Torá, que pus 
perante eles, e não deram ouvidos à minha voz, nem 
andaram nela.”  

Quando o Eterno pois a Torah diante do povo, Ele disse “eis vida e 
morte; bênção e maldição”. Se a enfermidade pode vir da ausência de 
vida, a enfermidade espiritual pode vir por conta da ausência do 
cumprimento da Torah, uma vida que não esteja alinhada com a Torah. 

YHWH nos deu uma promessa em Yeshayahu/Isaías 53: 

“4. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas 
enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o 
reputávamos por aflito, ferido de Elohim, e oprimido.” 

De fato, Yeshua disse, ao curar em Matitiyahu/Mateus 9): 

“2. E Yeshua, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem 
bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.” 

Yeshua, enquanto sendo o próprio Eterno, era capaz de perceber que a 
enfermidade daquela pessoa tinha origem nos seus próprios pecados. 
Ele perdoa os pecados desta pessoa e, aí, traz a cura. O pecado pode 
levar a uma situação de enfermidade. 

Todavia, Yeshua também disse em Yochanan/João 8:  

“11. Vai‐te, e não peques mais.” 

Yeshua tomou sobre si as nossas enfermidades, com a condição de não 
pecarmos mais.  

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Uma enfermidade espiritual requer de nós algumas coisas. Como 
podemos, portanto, reconhecer se nossa enfermidade é fruto de 
pecado? 

9 Examine a sua vida, e coloque diante de YHWH as suas 
fragilidades.  

9 Verifique se há algo que possa estar dando brecha à ação do 
inimigo. 

9 Procure ver se há alguma desobediência à Torá que não esteja 
tratada. Isso não se refere a “tropeços”, mas a posições de 
rebeldia.  

9 Peça perdão, e tenha consciência de que Yeshua tomou sobre si 
as nossas enfermidades. 

9 Procure consertar sua vida. 

Por exemplo, ocorreu uma situação de uma pessoa que tinha por habito 
falar mal de outras pessoas regularmente. Em dado momento, esta 
pessoa começou a ampliar este péssimo costume, seguido de uma 
infecção de faringite. Pode até ser uma coincidência, mas devemos 
neste caso examinar nossa vida e verificar que constantemente falo mal 
das pessoas; então, se estou enfermo aqui, pode ser que dei uma 
brecha. O correto é tentar consertar a vida no que está errado.  

É importante olhar para Torah, pela  qual devemos analisar nossas vidas. 
Ela foi dada com o propósito de ser o espelho da vontade do Eterno, o 
qual devemos nos medir. Se algo na sua vida não está correto, deve 
então reparar, agindo nesta área da sua vida. Trabalhando em cima 
disto, lendo a palavra, segurar neste comportamento, tratar a sua vida. 
Muita gente pede cura, mas esquece de tratar a própria vida e se 

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esquece de que a origem da doença pode estar num pecado não 
tratado.  

Enfatizamos que isto “pode” ser assim; não que toda doença seja assim. 

Em outro exemplo, houve o caso de pessoas que estavam orando pelo 
demônio da dengue. O que acontece é que há o mosquito da dengue; 
não devemos espiritualizar tudo.  

Como seguidores de Yeshua vamos focar a origem na raiz espiritual das 
questões. 

6) Doenças Espirituais e Kashrut


Muitas enfermidades físicas podem ser causadas pela alimentação não 
casher, isto é, o consumo de animais biblicamente imundos.  

Hoje em dia, muitos médicos reconhecem a sabedoria da Bíblia ao 
condenar animais imundos. A um exemplo muito famoso que é a “Dieta 
do Criador”que fala sobre isto. 

Alguns exemplos: 

9 Carne suína: É quase unanimemente proibida por médicos a 
pacientes se recuperando de cirurgias e/ou tratamentos mais 
intensivos de saúde. 

Por que será que se a pessoa está em um estado de convalescença 
física, os médicos dizem para evitar a carne de porco? Não é por que ela 
faz bem. 

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9 Corante carmim/cochonilha: Fonte de agravamento de alergias 
respiratórias em crianças. Alguns países têm campanhas para 
baní‐lo. 

Causa alergia em crianças. Este corante é um inseto, similar ao besouro, 
que é esmagado para fazer corante vermelho. 

9 Frutos do mar (camarão, ostras, etc.): Fonte de alergias graves 
(podendo até matar), e grandes depósitos de toxinas e poluentes 
lançados no mar. 

É importante entender que o nosso corpo e o nosso espírito são uma 
unidade. Somos Beit HaMikdash (Templo) da Ruach, conforme Sha’ul 
descreveu em Curintayah Alef/1 Coríntios 6: 

“18 Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem 
comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca 
contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso 
corpo é o Beit HaMikdash da Ruach HaKodesh, que 
habita em vós, proveniente de Elohim, e que não sois de 
vós mesmos?”  

Rav. Sha'ul nos alerta de pecados contra o nosso próprio corpo. A Torah 
fala de coisas que não devemos contra o nosso próprio corpo, pois se 
fizermos vamos ter problemas.  

Transgressões à Torá que representam atentados contra o nosso corpo, 
tais como prostituição, homossexualidade, alimentação imunda, etc. 
podem nos trazer doenças por serem empecilhos espirituais para o 
afluxo da luz de Elohim em nós. 

A prostituição é hoje uma das maiores causas de transmissões de 
doenças venéreas. Há o exemplo de uma famosa cantora judia que 
morreu de AIDS por conta da traição do seu marido. 

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O homossexualismo, além da questão da promiscuidade excessiva, tem 
o problema do coito anal, onde é lançado o sêmen diretamente no 
intestino/reto que é absorvido e vai direto para a corrente sanguínea. 
Como corpo estranho na corrente sanguínea, se for feito com 
regularidade, haverá baixa de resistência por haver sempre um corpo 
estranho. 

Há estudos associando a baixa de resistência imunológica a está pratica, 
da mesma forma que a AIDS, embora em menor escala e/ou gravidade.  

A alimentação imunda também causa isto. 

Mas além destas questões físicas, também a questão espiritual que é, se 
você faz contra seu próprio corpo, você está impedindo que a luz do 
Eterno flua sobre o seu corpo. Estarás impedindo que o Eterno faça fluir 
a luz, causando empecilhos para a sua conexão com o Eterno, trazendo 
sua doença espiritual para sua vida. 

Houve uma palestra de um rabino do Chabad de SP, dizia que a comida 
imunda  tem está característica de diminuir a sua sensibilidade espiritual. 
Então, temos de tomar cuidado, por que a Palavra é clara. 

Se pedimos a cura, devemos cuidar também disso, pois Mishlei 
(Provérbios) 18 nos adverte: 

“9. O que desvia os seus ouvidos de ouvir a Torá, até a sua 
oração será abominável.” 

Após  acabar de comer comida impura, algo que o Eterno diz “não faça”, 
transgredindo um mandamento do Eterno, contra o seu próprio corpo, 
ai você ora pedindo pedindo ao Eterno que lhe cure. O que acha que vai 
acontecer? 

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Se houver uma pessoa que esteja doente, a primeira coisa que se deve 
fazer é verificar a alimentação da pessoa e faze‐la comer só Kasher. 
Houve um caso de um menino que tinha leucemia, quando se alimentava 
com todo tipo de comida. Após passar para a dieta Kasher, a leucemia 
desapareceu. A mãe do menino foi dar o testemunho na aula judaica que 
assistimos. 

Remova da alimentação de qualquer pessoa doente, alimentos imundos. 
Isto é um ponto fundamental. 

7) Doenças Espirituais e a nossa


relação com o Próximo
O Judaísmo faz um alerta muito interessante: Se somos todos parte de 
um mesmo corpo, então se nutrimos ódio, ressentimento ou mágoa 
para com outra pessoa, podemos adoecer, ou ainda fazer com que 
outras pessoas fiquem enfermas: 

"Neste sentido os judeus são de fato um só corpo. “Qualquer coisa que te


impacte negativamente me impactará”. Para que o 'corpo judeu' seja saudável,
todos os seus componentes devem ser sãos. Assim como uma pessoa que ama a si
mesma e deseja que todas as suas partes do corpo sejam saudáveis, nós amamos
a nós mesmos enquanto povo.

Obviamente uma pessoa saudável ama a si mesma, pois se não amasse, como
poderia ser sã? Imagine se uma pessoa dissesse 'eu me odeio' ou 'odeio meu
fígado doente', será que seu fígado jamais poderia ser curado? Se uma pessoa se
odiasse, poderia ser sã ou encarar todas as tribulações para obter saúde?
Poderia uma pessoa genuinamente se odiar? Neste mesmo sentido, um judeu não
pode odiar outro judeu." (Rav. Ya'akov Gerlitz)

É muito comum nos hospitais, principalmente os hospitais menores, ter 
uma preocupação muito grande com o estado psicológico do paciente. 
Lembro‐me de quando meu tio, que tem uma enfermidade grave,  foi 

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fazer uma cirurgia na Inglaterra, em uma situação delicada, as regras de 
visitação aos pacientes que estão em UTI são diferentes do que no 
Brasil. Foi possível visitá‐lo após a cirurgia, com amplo acesso neste 
caso, há  liberdade de visitação na Inglaterra, pois a justificativa que os 
médicos deram era de que muito mais perigoso do que o paciente obter 
uma infecção, seria  o estado emocional da pessoa em se sentir sozinha.  

Isto foi muito interessante devido a esta preocupação com a auto estima 
do paciente. Se hoje é bem trivial o fato de que a pessoa precisa amar a 
ela mesma, ter auto estima elevada, como parte importante para sua 
recuperação, se isto é tão importante, pense no seguinte, como diz o 
Rav. Gerlitz, se todos fazem parte do mesmo e nós nos odiamos uns aos 
outros, nós adoecemos. 

Se você se odeia, você adoece! Isto é fato! 

Se você odeia o próximo, você também vai adoecer por que o próximo 
está ligado a você.  

Há a interpretação absurda que se dá em Curintayah Alef/1 Coríntios 11: 

“29 Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe 
para sua própria condenação, não discernindo o corpo 
do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e 
doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos 
julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” 

Muitas pessoas olham e falam que para participar da ceia tem de ser 
batizado, maior de idade, para poder discernir o corpo, como o texto 
menciona. Na realidade, não há melhor indicação do que a criança para 
tomar o corpo do Eterno, pois a criança não fará este tipo de 
discernimento entre ela e outro; dificilmente nutre magoa ou ódio desta 
forma.  

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Há muitos equívocos sobre este texto; ele não trata se a pessoa é 
emergida ou não, se tem idade ou não. A questão tratada aqui, sobre a 
Kehila de Coríntios era que as pessoas iam para lá e se entupiam de 
comida, sem deixar comida aos demais, sem se preocupar com eles.  

Na realidade o que Rav. Sha'ul está dizendo é que isto era um ato que 
eles faziam enquanto corpo do messias. Se nós fazemos isto sem 
entendermos que todos somos parte do corpo, se temos algo um contra 
o outro, se temos acepção de pessoas, ou de qualquer ato que não seja 
de amor para com o próximo, na verdade estamos trazendo condenação 
para si mesmo.  

Quando fazemos um ato que admite ser parte de um só corpo, e não só 
no sedar de Pessach, mas qualquer ato religioso, mas qualquer ato que 
admite e entende que é parte de um todo, de um organismo vivo, que é 
Israel, se está fazendo algo assim, pois não está fazendo sozinho, e ao 
mesmo faz um atentado contra o corpo, fazendo acepção contra o 
corpo, querendo passar a frente de pessoas, está trazendo condenação 
para si mesmo.  

Há muitos de nós que adoecemos por que nutrimos ódio, magoa e 
ressentimentos para com outras pessoas. Isto é muito serio e muito 
comum. 

Se as pessoas tiverem este tipo de postura de magoas e ódio, certa‐ 
mente  irá adoecer. Se você está enfermo, procure olhar dentro do 
coração se há ódio, raiva, ressentimentos para com alguém, e trate 
disto. 

E também procure saber se alguém nutre ódio, raiva e ressentimento 
por outra pessoa. O ódio pode fazer outra pessoa ficar enfermo, com a 
nossa própria maldade, pois estará na raiz de nossas palavras. 

página 30
É importante orarmos e colocarmos diante do Eterno para que inclusive 
Ele revele a nós se houver alguma coisa, revele se há alguém que nutre 
algum ressentimento contra nós. Muitas vezes o grande problema é que 
nós sabemos que outras pessoas têm alguma coisa contra nós e  nada 
fazemos para reverter isto.  

O Eterno nos protege contra a maldição alheia, que ocorre 
corriqueiramente. Mas cada um sabe, no fundo da alma  que a pessoa 
está com ressentimento, mas você nada faz. Se nada for feito a este 
respeito, está dando uma brecha para que o ódio da pessoa  te atinja.  

Por isto é importante colocarmos diante do Eterno, para que Ele traga 
luz diante destas questões, e tomarmos muito cuidado para que nossos 
sentimentos não atinjam outras pessoas. Isto é fundamental fazermos. 

Portanto, quando vemos uma pessoa enferma, há duas coisas 
importantíssimas a fazer: 

9 Verificar se a pessoa nutre ódio, mágoa ou ressentimento para 
com outrem, e ajudar a tratar esse sentimento.  

9 Verificar se alguém do corpo nutre o mesmo sentimento para 
com essa pessoa, e tratar de igual maneira. 

página 31
 

A C U R A E A
 

S A B E D O R I A
 
J U D A I C A
 

A
lguns elementos podem ajudar na cura, segundo apontados 
por nossos sábios. Vamos analisar algumas dessas informações, 
verificando‐as à luz da Bíblia: 

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1) Ciência da Conexão com Elohim
A sabedoria judaica nos diz que, muitas vezes, a cura não ocorre porque 
a pessoa não confia que está ligada a Elohim: 

"Se a cura depende dessa conexão com Elohim, e estamos sempre ligados, então
por que não estamos sãos? A resposta é que deveríamos (e poderíamos) estar
sãos. No plano original de Elohim para a criação não havia doença e morte.
Nós as criamos. Quando Adam comeu da Árvore do Conhecimento, ele
envenenou a humanidade (e toda a criação.) Desde aquele tempo tem sido a
nossa missão nos desintoxicarmos espiritualmente desse veneno espiritual. Esse
veneno é a noção de que não estamos mais conectados a Hashem." (Rav.
Ya'akov Gerlitz)

Verificando se esta idéia do judaísmo é bíblica, temos como comparativo 
Yochanan/João 15:  

“7. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras 
estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos 
será feito.” 

Então de fato temos a consciência de que estamos em Yeshua e as 
palavras de Yeshua estão em nós, nós podemos pedir a cura e ela será 
realizada. 

E ainda Curintayah Alef/1 Coríntios 12: 

“27. Ora, vós sois o corpo do Mashiach, e seus membros em 
particular.”  

O mais interessante desta citação é que muita gente fala sobre esta, mas 
muitos se esquece que Rav. Sha'ul estava sendo muito critico, ou na gíria 
“estava detonando”, a Kehilá de Corinto e mesmo assim fala elogiando 
esta comunidade. 

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Repare que Sha’ul (Paulo) fala disso num contexto de exortação. E, 
mesmo assim, ele não afirma que o povo deveria ser o corpo, mas sim 
que o povo é o corpo.  

Será que muitas vezes deixamos de receber a cura pois temos uma falha 
em nossa Fé: acreditamos que o Eterno é capaz de curar; mas não 
acreditamos que o Eterno não vá se dignar a curar alguém como nós. No 
fundo  este veneno que Ya'akov Gerlitz citou acima, que possui raiz no 
mal do yetser hará (inclinação para o mal) que nos faz  acreditar em: “O 
que fizemos é tão ruim que não merecemos atenção do Eterno.” 

Na verdade foi para isto que Yeshua veio. Se o Eterno só se ligar a 
pessoas perfeitas, se só curar pessoas perfeitas, se Ele só se conectar 
com pessoas perfeitas, com quem Ele irá lidar? Não serei eu ou você, 
pois não somos perfeitos. Não será, então, ninguém, pois não há 
pessoas perfeitas. 

Então não seremos curados por que não nos sentimos como corpo; o 
Eterno se importa comigo. A luz do Eterno já está fluindo em mim. 
Muitas pessoas oram pedindo para que a luz do Eterno flua, mas isto já 
ocorre, a luz do Eterno já está fluindo em você, pois você é parte da 
oliveira do Eterno e a a seiva da oliveira do Eterno já está fluindo em 
você. 

Temos que ter isto em mente de forma muito convicta. Não se sinta fora 
do corpo. Se sentir assim, você impede que a seiva chegue até você. 

Se acharmos que estamos longe ou desligados de Elohim, isso pode 
contribuir para nosso adoecimento. Se você se sentir assim, por mais 
pecador que seja, saiba que é uma tentação do yetser hará (inclinação 
ao mal) para te fazer adoecer e fraquejar espiritualmente. Se Elohim só 
se conectasse com os perfeitos, nenhum de nós estaria ligado a Ele. 

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2) O Estudo da Torá Contribui para a
Cura
O Judaísmo diz que não apenas o cumprimento, mas também o estudo 
da Torah  (Palavra) pode contribuir para a cura: 

"É através da alma que um judeu recebe a força e a vida de Elohim. Isto nos
ajuda a entender o porquê a realização do estudo da Torá e o cumprimento das
mitsvot são tão essenciais para a saúde... e a necessidade de sua observação
especialmente para pessoas que lidam com uma doença." Alter Rebe (Tanya)

Já vimos que uma vida reta é importante para que possamos corrigir 
uma falha, fechar uma brecha e termos a certeza de que não estamos 
dando abertura para o inimigo agir em nossa vida. Tudo isto é o 
cumprimento das Mitzvot.  

E o estudo da Torah, seria tão importante assim? De fato chaverim 
(amigos), o estudo da Torah, o meditar na Palavra de dia e noite é um 
dos mandamentos do Eterno. Basta olhar o que David fazia nos 
momentos de vigília, quando se deitava e lia a palavra do Eterno no cair 
da noite. Compare com Tehilim/Salmos 63: 

“5/6. A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; 
e a minha boca te louvará com alegres lábios. Quando 
me lembrar de ti na minha cama, e meditar em ti nas 
vigílias da noite.”  

Tehilim/Salmos 119: 

 “77. Venham sobre mim as tuas misericórdias, para que 
viva, pois a tua Torá é a minha delícia.” 

É interessante por que se meditarmos na Palavra do Eterno, se 
estudarmos Sua Palavra , nós nos fortalecemos, através da “vitamina BO 

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_ Bíblia & Oração”. São nossos principais alimentos para que nossa alma 
se fortaleça e tenha vida. 

Claro que há necessidade de ler a Bíblia e também praticar, pois a 
Palavra do Eterno tem o poder de transformar as pessoas, sendo por 
isto muito diferente de outros textos, de outros livros. Só a Palavra do 
Eterno traz alimento para nossas almas, para nos ligarmos nEle e 
saciarmos nossas almas. 

Quando a Bíblia fala de meditar no Eterno, no termo bíblico não significa 
fazer a meditação no estilo oriental. Meditar no Eterno significa ler a 
Palavra, estudar a Palavra, ficar em oração e coisas desta natureza. 

O estudo da Palavra é uma forma de nos ligarmos a Elohim e, meditando 
nEle, alimentarmos nossa alma. Portanto, é sim uma fonte de cura, se 
entendermos que a cura vem pelo fluir da vida de Elohim em nós. 

3) Médicos
Repetindo o conceito já exposto anteriormente, bem como acabar com 
as heresias do tipo “se eu tenho Fé, não preciso tomar remédios ou 
outras providências no campo físico; se eu fizer isto, na verdade estarei 
demonstrando falta de Fé na providência que o Eterno está adotando 
para mim”.  

Temos no judaísmo tradicional a seguinte passagem: 

"Rapei yirapei" significa que os médicos têm o direito de curar, e que a palavra
do médico é essencialmente a palavra de Elohim. É da vontade de Elohim que a
cura venha por meios naturais. “Depois que o Rebe dava uma brachá (benção) e
conselho, ele regularmente dizia às pessoas para procurarem um médico.” (Rav.
Ya’akov Gerlitz)

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De fato, a Bíblia nos fala de médicos em Matitiyahu/Mateus 9: 

“12. Yeshua, porém, ouvindo, disse‐lhes: Não necessitam de 
médico os sãos, mas, sim, os doentes.” 

Claro que estamos citando uma figura de linguagem que Yeshua utilizou 
no contexto desta passagem. Porém, isto significa que os doentes 
precisam de médico, senão não havia sentido que utilizasse esta figura 
de linguagem. Se Yeshua achasse que enfermo não precisa de médico, 
não faria sentido Ele utilizar disto. 

A figura de linguagem de Yeshua parte do pressuposto de que os 
médicos têm função. Colossayah/Colossenses 4: 

“14. Deseja‐vos shalom Lucas, o médico amado, e Demas.” 

Lucas seguia Yeshua, mas nem por isso deixou de ser médico. 

A palavra do médico é a palavra de Elohim? Estamos acostumados com o 
termo “Palavra de Elohim” no sentido cristão, na qual a palavra do 
médico é “lei”, assim como a Palavra de Elohim. Não, o que Ele está 
dizendo, que ficou claro no texto, é que quando o médico fala algo para 
o seu bem estar, é como Elohim falando para o seu bem estar, através 
do médico.  

O próprio texto fala em ir ao médico, o que não significa aceitar 
“cegamente” o que o médico fala, mas entender que a palavra que o 
médico lhe dá  para a cura , o Eterno age através desta palavra  para lhe 
trazer cura. Não é o sentido de Palavra de Elohim como mandamento.  

O Eterno usa o médico para nos dar bons conselhos, quando nos 
colocamos em obediência a Palavra dEle, buscando em oração que o 
Eterno guie a palavra que os médicos irão dar em relação a cura. 

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Pode acontecer de uma pessoa que procura um médico, às vezes se 
deparar com uma situação inusitada, como um parente indicar outro e 
ser exatamente aquilo que precisa ouvir. 

O objetivo aqui não é falar da Voz de Elohim, mas que médicos são parte 
fundamental do processo de cura do Eterno. 

A sabedoria dos médicos foi permitida por Elohim e, portanto, não deve 
ser desprezada.  

4) Kol D'mama Daka


O Judaísmo diz que uma das formas de cura é escutar a "voz baixa e 
calma" (Kol D'mama Daka) de Elohim. As pessoas muitas vezes adoecem 
pois não ouvem a Voz do Eterno, não param para ouvir aquilo que o 
Eterno deseja de nós.  

De fato, em nosso tempo, nos esquecemos de ouvir, e desejamos 
apenas falar Devarim/Deuteronômio 27: 

"9. Falou mais Moisés, juntamente com os sacerdotes 
levitas, a todo o Israel, dizendo: Guarda silêncio e ouve, ó 
Israel! Hoje vieste a ser povo de YHWH teu Elohim." 

Cohelet/Eclesiastes 3: 

"7. Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar 
calado, e tempo de falar;"  

Veja que há o tempo de ficar calado e tempo da falar. Mas, muitas vezes, 
acreditamos que só há o “tempo de falar”.  Em Devarim, Moises fala 
para o povo manter silêncio.  

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“Não só de pão viverá o homem”... Como vamos nos alimentar da 
Palavra que sai da boca e Elohim se não damos espaço para estas? 
Temos de nos manter em silêncio, ouvindo a Sua Voz, para que 
possamos nos alimentar dEla. Isto não significa que teremos de ouvir 
uma voz vinda dos céus, cercada por trovões, necessariamente.  

Pode haver a voz que ouvimos em nossos corações, onde o Eterno 
coloca a vontade dEle para que Elohim possa falar. É o conceito da “voz 
baixa e calma” que o judaísmo mencionou acima. É a voz que vem aos 
nossos corações, que Ele coloca em nossas mentes, a palavra que traz 
conforto, traz shalom, quando lê a palavra do Eterno, você percebe que 
está alinhado com a palavra do Eterno.  

Então seu pensamento é de que seria isto mesmo o que estava 
buscando. E, muitas vezes, as pessoas não vêem, não ouvem a Voz do 
Eterno. Só ficam falando, falando, falando... e não param para ouvi‐Lo. 

É muito importante até mesmo para mim, que sou meio tagarela, que 
tenho está dificuldade. Imagina a situação que está orando, orando, 
orando, está pedindo e clamando, e orando. Mas você não se coloca em 
uma posição de ouvir, igual à anedota do casal que fica orando pedindo 
um sofá, mas não tira o sofá velho da casa, para entrar o sofá novo.  

Coloque‐se na posição de ouvir, criando o habito de ficar na presença do 
Eterno calado, em oração, com uma música judaica que normalmente 
são apenas textos bíblicos, o que é muito positivo.  De forma prática 
seria: ler a Palavra,  orar, e depois comece a ouvir uma música e relaxe, 
sentado em silêncio, de olho fechado ou não, da melhor maneira que 
você ache que possa ficar , sem pressa, esquecendo do tempo, para 
poder ouvir também ao Eterno, neste seu momento com Ele. 

Um dos motivos de estarmos enfermos pode ser o de não darmos 
espaço para nos alimentarmos da Palavra de Elohim, porque não nos 
colocamos em posição de ouví‐lo. 

página 39
5) Musicoterapia
Alguns centros de Healing Judaico nos EUA,  que é muito forte no meio 
judaico como instituições que cuidam dos enfermos e doentes através 
do Bikur Holim ou visitação, onde: se ouve muito, falasse pouco, tais 
como o Jewish Home Lifecare, empregam o ouvir músicas religiosas 
como forma de terapia.  Longe de ser uma novidade, de fato isso é 
bíblico Sh’muel Alef/1 Samuel 16: 

“23 Davi tomava a harpa, e a tocava com a sua mão; então 
Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o espírito mau se 
retirava dele.”) 

Isto não é novidade, pois foi a Bíblia que criou a musicoterapia. No 
exemplo acima, embora exista o aspecto espiritual de Sha’ul, temos 
David tocando a harpa para acalmar Sha’ul; a música tem um impacto 
direto nas nossas emoções e isto é muito importante. 

Se você tiver alguém enfermo, coloque musicas bíblicas. Dê um tempo 
para você, escutando este tipo de música, que pode inclusive liberar 
emoções, que é um dos problemas das doenças psicossomáticas. 

Esta é a importância da música em um ambiente propicio à cura. 

6) Comida Natural
Foi uma surpresa quando percebemos que o judaísmo já mencionava 
sobre as comidas naturais, que eram melhores, pois elas têm uma 
“reserva de energia de vida”, pois o Eterno, ao criá‐las em Bereshit 
(Gênesis) Ele soprou de sua Haruach, do seu fôlego de vida, sobre as 
plantas.  

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O Judaísmo diz que alimentos naturais são dotados de uma centelha de 
vida, que os faz serem diferentes de alimentos quimicamente 
processados, que são “mortos”.  

Como as plantas têm vida e as doenças são essencialmente ausência de 
vida, então as plantas têm propriedades curativas. 

"As ervas curam por causa dessa shefa (energia). Essa 'centelha' dentro das
ervas é uma centelha dessa shefa." (Rav. Ya'akov Gerlitz)

De fato, a Bíblia relata tal uso de alimentos naturais, em especial as 
ervas, para cura Yeshayahu/Isaías 38: 

“21. E dissera Yeshayahu: Tomem uma pasta de figos, e a 
ponham como emplastro sobre a chaga; e sarará.” 

Observamos o uso de plantas, como no exemplo acima, como forma 
curativa.  

A visão de que os alimentos quimicamente processados, ou como o 
judaísmo classifica como: “alimentos mortos”, é respaldado pela 
medicina moderna em que quanto mais natural (viva) for a nossa 
alimentação, melhor para a nossa saúde.  

Não dispense tratamentos naturais. Procure fazer uma reengenharia 
alimentar na sua vida, comendo coisas mais naturais, como foi o caso de 
Daniel quando estava comendo legumes e demais produtos naturais. 

Não devemos desprezar a alimentação natural, equilibrada e também as 
ervas que os antepassados nos ensinavam. Por todas estas plantas 
devemos agradecer ao Eterno, pois graças à Sua Bondade, o Eterno  deu 
para nosso benefício. 

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7) Sexualidade Equilibrada
A Guemará diz:  

“Desde a destruição do Templo, a razão para o prazer sexual foi tirada


[daqueles que a praticam de forma lícita] e dada aos pecadores, conforme está
escrito, águas roubadas são doces, e o pão comido em secreto é prazeroso.”

O Judaísmo diz que a sexualidade equilibrada é uma das chaves para a 
saúde, tanto física quanto espiritual. Já falamos antes, que a deturpação 
da sexualidade humana, como  a prostituição ou a homossexualidade, 
podem causar problemas de saúde. Da mesma forma que uma 
sexualidade exacerbada pode se esvaziar de uma energia que poderia 
aproveitar em outras coisas.  

De fato, já vimos como a sexualidade pervertida pode causar danos à 
saúde na primeira parte da palestra. 

Por ouro lado, a ausência de sexualidade é algo que não nos faz bem.  
Um dos extremos é a sexualidade pervertida ou exacerbada; o outro 
extremo é a privação da sexualidade através do celibato. Como vemos 
também que Sha’ul (Paulo) orienta maridos e mulheres a terem uma 
vida sexual regular Curintayah Alef/1 Coríntios 7: 

“5. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento 
mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e 
à oração; e depois ajuntai‐vos outra vez, para que Satan 
não vos tente pela vossa incontinência.” 

Isto é importante para os casais. Uma mulher não pode chegar para o 
marido e, regularmente, se negar a ter relações com ele. Isto é pecado. 
Assim como o marido idem.  

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Isto não quer dizer, se a pessoa do exemplo da primeira parte, tiver uma 
enxaqueca, ser obrigada a ter relações desta forma. Somente a recusa 
metódica e continua que é condenado. 

A ausência de uma vida sexual regular pode ser a origem de 
enfermidades, conforme a medicina e a psicologia moderna atestam, 
visto que a energia sexual fica represada.  

Isto é recomendado pela Bíblia para que não caiamos em nenhum dos 
dois extremos acima citados.  

8) As Nove Regras da Chassidut


A linha Chassidut do judaísmo propõe nove regras para uma vida 
saudável, colocadas aqui como uma curiosidade: 

9 Certifique‐se de que você está operando 100% para Elohim 

Você tem de entender que o seu objetivo principal de vida é servir ao 
Eterno. Qualquer outra coisa é um acessório, um meio para que você 
possa fazer isto. Então, isto tem dois impactos: olhar para sua profissão 
e ver “como eu posso usar a minha profissão para servir ao Eterno”; e 
servir ao Eterno significa também servir ao próximo.  

“Na minha profissão, estou procurando ajudar o próximo, contribuindo 
para um mundo melhor, sendo ético na minha profissão, operando 
conforme a ética do Eterno? estou consciente que a minha profissão não 
pode ser 100% da minha vida, pois tenho de cuidar do meu tempo com o 
Eterno?”  

9 Crie um bom ambiente para si mesmo  

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Um bom ambiente é aquele onde você possa adentrar a Torah. Então, 
independente de onde você está, no momento que abre a Bíblia, você 
está criando um bom ambiente a você.  

9 Confie plenamente que Elohim cuidará de suas necessidades 

Aquilo que Yeshua nos diz: não andeis ansiosos, pois o Eterno cuida de 
tudo, através da passagem completa sobre olhai as aves etc. Ter a 
certeza de que o Eterno sempre cuidará das nossas necessidades 
pensando:  “ Terei dinheiro para pagar minhas contas?;  terei o que 
comer? etc.” Coloque isto adiante do Eterno e não se preocupe com 
isto. 

9 O mundo te ameaçará a todo tempo 

O mundo sempre trará tentações que procuraram nos desviar do 
caminho do Eterno; temos de estar alertas e ficarmos firmes nos 
propósitos dos caminhos de Elohim. 

9 Seja paciente e quieto  

Tentar não ser afobado, não dar vazão a uma ansiedade excessiva, 
procure pensar antes de falar, pensar antes de agir, tenha paciência com 
as coisas sem querer tudo para ontem. Se as coisas não se resolverem, 
confiar que o tempo do Eterno é diferente do seu. 

9 Investigue sua alma diariamente 

Colocar diante do Eterno a nossa alma, no sentido de olharmos 
diariamente nossa alma perante sua Palavra, para ver o que precisamos 
melhorar. Até por que se melhoramos alguma coisa, pode depois de um 
tempo piorar em outra. Diariamente sempre temos alguma coisa para 
fazer Teshuvá  “retorno a Palavra do Eterno”. Diariamente olhar a 

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Palavra , conversar com o Ele, perguntando “como posso melhorar no 
dia de hoje”. 

9 Diga sim para Elohim 

Precisamos entender que tudo aquilo que aparece no nosso dia a dia, 
são oportunidades do Eterno. Nem sempre nós entendemos estas 
oportunidades; às vezes praguejamos por causa de situações em nossas 
vidas. 

Na verdade, toda a situação em nossa vida, significa que há uma 
oportunidade que o Eterno coloca diante de nós. Quer para 
apreendermos mais, quer para fortalecermos  nossa Fé, quer para 
ajudarmos uma pessoa, e até por que nós não somos capazes de 
enxergar um bem maior. 

Os sábios dizem que se uma coisa se apresenta em nossa vida, um mal, 
isto pode significar ser um bem tão elevado que não temos capacidade 
de compreender. Quantas vezes acreditamos que uma coisa aconteceu 
para o nosso mal e na verdade isto foi para o nosso bem? 

Imagine que tem tudo pronto para sair de viagem e você perde um 
determinado vôo. Como exemplo metafórico, não que o Eterno tenha 
feito isto, mas certamente isto possa ter acontecido com alguém  e 
naquele vôo houve um acidente em que todos morreram.  

Não estamos sugerindo que o acidente foi obra do Eterno, mas é um 
exemplo de como não temos capacidade de ver o todo, como neste 
caso. 

Se quando perdeu o vôo a pessoa achou que algo de ruim tenha 
acontecido, ao ver depois, percebeu que isto foi um “renascimento”.  

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Se algo se apresenta como ruim em sua vida, passando por angustia, 
coloque diante do Eterno e converse com Ele para procurar entender se 
isto é uma oportunidade que Ele colocou diante de você. 

9 Veja o mundo pela ótica da providência de Elohim 

Se o Eterno pediu para que agíssemos de uma determinada maneira, Ele 
dará condições para isto, mesmo que o mundo se oponha. 

Não pense “se eu for ético ou correto, meu negócio não vai sobreviver; 
se eu guardar o Shabat eu vou ter dificuldades; se eu comer kasher eu 
vou arrumar problemas com a minha família”. Para tudo isto, confie no 
Eterno; confie que o Eterno sempre dará o sustento para nós se agirmos 
conforme a Sua ética e moral. 

9 Dedique seu coração, mente e alma para a Torah. 

Este dispensa comentários.  

Para a Torah, a Palavra do Eterno, é clara que o principio da vida tem 
primazia sobre todos os demais preceitos da Torah. Salvo alguns pontos 
que o judaísmo entende que é melhor não fazer do que preservar a vida 
como, por exemplo, como alguém lhe ordenar que renegue ao Eterno _ 
onde é preferível você perder sua vida a cometer está heresia _ ou 
também no caso de alguém lhe ordenar a adorar satan e outras 
situações extremadas similares. 

Por isto, que profissões que lidam com a Vida, como os profissionais de 
saúde ou os da segurança, é lícito trabalhar no Shabat. Isto é uma 
unanimidade em todas as correntes do judaísmo, desde o Ortodoxo, 
Tradicional, Caraíta, Messiânico e Nazareno. 

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Para profissionais da saúde temos não só os médicos, mas também os 
enfermeiros, camareiras, farmacêuticos e outros profissionais 
necessários para a preservação e saúde da vida humana.  

Evidentemente, para situações em que envolvam a preservação da vida 
ou atendimento da cura no Shabat, o que não engloba, por exemplo, um 
dermatologista aplicar botox neste dia. 

O mesmo principio se aplica aos profissionais de defesa que incluem 
policiais, militares e similares com o mesmo enfoque de urgência e 
necessidade da preservação da vida. 

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Conclusão
 

É importante que você sempre veja o mundo pela ótica da Providência 
do Eterno. Entenda que se o nosso Elohim pediu para que agíssemos de 
uma determinada maneira, então o Eterno nós dará condições para que 
façamos isto, mesmo que o mundo se oponha a isto. 

Então, se você vai ser ético, você pode pensar: “se eu for ético o meu 
negocio não vai sobreviver; se eu for correto neste ponto vai acontecer 
algo ruim; se eu guardar o Shabat eu vou ter dificuldades; se eu comer 
kasher eu vou arrumar problemas com a minha família”. 

Confie no Eterno! Confie que o Eterno sempre dará o sustento para nós 
se agirmos conforme a Sua ética e moral. 

Com isto concluímos a lista de recomendações do judaísmo. Esperamos 
que este estudo tenha ficado bem claro aonde podemos agir nas 
enfermidades para trazermos conforto, qualidade de vida ou cura para 
as pessoas que estão enfermas, ou como agir quando somos nós 
mesmos que estamos enfermos. 

Sempre lembrando que nós aqui, como seguidores de Yeshua, iremos 
sempre abordar o lado espiritual das questões, porém sem negar os 
demais lados existentes. Há a questão psicológica e a questão física que  
devem ser tratadas sempre por profissionais competentes para cada 
uma das áreas; os médicos para o campo físico, bem como os de  
respectiva abrangência para o segmento psicológico.  

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Nunca devemos negar tais aspectos, mas devemos nos concentrar no 
aspecto espiritual, para que os mencionais profissionais possam tratar 
nos seus campos de conhecimento.  

O importante é não cairmos nós exageros de alguns grupos e/ou igrejas 
que dizem não ser necessário à presença de médicos ou psicólogos para 
estes tratamentos, pois a Bíblia nunca disse tal coisa ou similar, sendo 
isto, inclusive, uma heresia e até uma crueldade. Se na Bíblia o principal 
preceito é a preservação da vida, não há absolutamente nada que 
justifique deixar de ir ao médico.  

O que não significa que não irá orar ou não irá cuidar da sua vida 
espiritual. 

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