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RESUMO DE FARMACOGNOSIA II

BLOCO 1
1. CONTROLE DE QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS , DERIVADOS E FITOTERÁPICOS:
O controle de qualidade deve ser realizado nos seguintes casos:

Controle de
qualidade É realizado com base
nas monografias,
Brasileiras e
Fitoterápico Produto internacionais e em
Matéria prima
intermediário acabado códigos oficiais.

Os seguintes ensaios devem ser realizados no Controle de qualidade vegetal:


 CQ drogas vegetais x matérias-primas sintéticas
o Teor de um conjunto de o Teor mínimo
substâncias
 Descrição detalhada sobre a droga
 Amostragem
 Ensaios de Qualidade de matérias-primas vegetais
o Análise organoléptica o Ensaios quantitativos e semi-
o Verificação de autenticidade quantitativos
o Verificação da Pureza

A. Amostragem:
Um fator determinante no controle de qualidade é a amostragem, que deve ser
realizada para amostras homogêneas e heterogêneas:
 Amostras homogêneas:

 Amostras heterogêneas:
De cada embalagem 3 amostras iguais - região inferior
do recipiente: Materiais pequenos – aparelho de
- região superior amostragem
- região intermediária Materiais > 1 cm – pode ser manual
A retirada da amostra deve estar em conformidade com o recipiente em que esteja
contida, como sacos ou caixas/tonéis. A quantidade de amostra a ser retirada apresenta
relação com o grau de divisão da droga:

Amostragem

Retirada de 3 amostras

Mistura

Quarteamento
Divide em 4 porções, retira as porções das extremidades mistura de novo

Obtenção da amostra após a quantidade necessária de ciclos do quarteamento

B. Verificação da autenticidade:
 parâmetros de identidade botânica:
o ensaios macroscópicos (incluindo  Treinamento específico para o
organolépticas): analista
 Aspecto visual, do sabor, do  Comparação com amostras
odor e da percepção ao tato autenticas
 Não conformidade – amostra  Coleção de farmacógenos
reprovada (identidade) validados no laboratório
 Simples e rápido para verificar
alguns parâmetros
o ensaios microscópicos
 Realizados a olho nu ou com  Comparar com lâmina
auxílio de lupa; de amostra padrão,
 Com uso de microscópio, desenhos e fotos
 cortes histológicos corados.
o reações quimicas de caracterização – Verificação de pureza:
 Pesquisa de elementos  cadinho de porcelana:
estranhos a droga; incinerado até peso
 Pesquisa de constituintes constante
químicos indesejáveis;  tratamento prévio com
 Determinação do teor de H2SO4 = cinzas sulfatadas
cinzas:  cinzas insolúveis em HCl =
 Impurezas inorgânicas terra ou areia (em geral
não-voláteis <1%)
 fisiológicas e não
fisiológicas
 Determinação do teor de umidade:
 OBS: Limites farmacopeicos – 6-15%
Método gravimétrico Perda por dessecação
% de material volatilizado após
dessecação
Método Azeotrópico Destila o material com Tolueno ou
xileno
Aparelhagem específica (ex. Dean-
Stark - FB V)

Método Volumétrico titulação com Reagente de Karl Fisher

 Pesquisa de contaminantes microbiológicos:


 Pesquisa de agrotóxicos e pesticidas e componentes indesejáveis:
 Agrotóxicos e pesticidas:
o Raticidas, herbicidas, inseticidas, fungicidas
o Tipos: Organoclorados, organofosforados, carbamatos, inorgânicos, de origem vegetal
o Mesmo valores aceitos para alimentos (OMS, 1998)
o Utiliza-se CG e CLAE
 Componentes indesejáveis:
Em alguns casos já preconizado nas monografias farmacopeicas
o Erva-doce + KOH = odor o cáscara-sagrada –
desagradável = coniina antronas/diantronas - CCD
o Hortelã – mentofurano - CG o drogas oleaginosas – aflatoxinas
(Aspergilus flavus) – CCD

 Pesquisa de metais pesados:


 espectrofotometria de absorção atômica ou voltometria inversa

As farmacopeias expecificam limites para cada droga, mas em geral o limite aceitável é de
2% (p/p

o caracterização cromatográfica
 CCD  CLAE
 CP  CG
componentes químicos
Identificação dos

clínico, ativo,
Qualitativa Marcadores
analítico e negativo

Dosagem dos
Quantitativa
princípios ativo

Um marcador é “Componente ou classe de compostos químicos (ex: alcalóides,


flavonóides, ácidos graxos, etc.) presente na matéria-prima vegetal, idealmente o próprio
princípio ativo, e preferencialmente que tenha correlação com o efeito terapêutico, que é
utilizado como referência no controle de qualidade da matéria prima vegetal e dos
medicamentos fitoterápicos.”
 Importância da verificação da autenticidade
o falsificações
OBS: adulterações (ex. sofisticação e exaurimento)

C. Análise do derivado vegetal:

a) solventes, excipientes e/ou veiculos

b) relacao aproximada droga vegetal: derivado vegetal (rendimento de extrato)

c) testes de pureza e integridade: contaminantes microbiologicos; metais pesados; residuo de


solventes e agrotoxicos, micotoxinas

d) metodo para eliminacao de contaminantes

e) caracterizacao fisico-quimica:

• extratos fluidos: caracterizacao, residuo • oleos essenciais: densidade, indice de


seco, pH, teor alcoolico, densidade relativa refracao e rotacao optica

• extratos secos: agua, solubilidade e • oleos fixos= indice de acidez, de ester,


densidade aparente de iodo

f) perfil cromatografico

g) analise quantitativa dos marcadores e controle biologico


D. Análise do produto acabado:
a) perfil cromatográfico ou prospecção fitoquímica
b) análise quantitativa dos marcadores específicos de cada espécie
Associação: pelo menos um marcador específico para cada espécie
c) resultados de testes de controle da qualidade para forma farmacêutica solicitada

2. ÓLEOS ESSENCIAIS:
Estruturas produtoras de óleos essenciais:
 Tricomas:
o Glandulares: presentes na família Lamiaceae, armazenam os óleos
essenciais, geralmente terpenos. A forma do tricoma está relacionada com a forma do
pedicelo. Os tricomas são superficiais, por isso que os óleos da família Lamiaceae sofrem mais
variabilidade em função das condições ambientais, dos regimes de vento e etc.
o Tectores: estão presentes na superfície dos vegetais e, não armazenam
ou secretam óleos essenciais.
 Células secretores: as famílias Lamiaceae, Piperaceae, Apiaceae apresentam as
células, que armazenam e secretem óleos essenciais, mais para o interior, estando isoladas e
sofrendo menos variabilidade ambiente. São células mesenquimáticas com tamanho menor as
vizinhas e acumulam os óleos, resinas e mucilagem. A canela é um exemplo desse tipo de
aparelho secretor, secretanto óleo também nas folhas e flores.
 Canais secretores: na família Apiaceae há canais secretores, os quais são
internalizados, apresentando várias células com um lúmem que apresenta o óleo. Tais células
sofreram diferenciação por esquizogonia, formando o canal secretor.
 Bolsas secretoras: presente nas famílias Pinaceae e Rutaceae, diferindo dos
canais secretores por apresentarem organização mais uniforme. Há alguns tipos de bolsas
secretoras:
o Bolsa esquizógena: as células se diferenciam, se afastam e secretam os
óleos.
o Bolsa lizígena: as células produtoras dos óleos apresentam enzimas
que lisam as células conforme as mesmas se afastam, secretando o óleo.
o Bolsa esquizolizígena: as células produzem o óleo e apresentam
enzimas que realizam a autólise de tais células, conforme as mesma se diferenciam e
secretam. Presente no cravo da índia.
Vias Biossintéticas

Os óleos essenciais podem


ser derivados da via do
ácido chiquímico, sendo
constituídos de
fenilpropanóides ou
derivados da via do Acetil
CoA, sendo constituídos
de terpenos.

O ácido chiquímico é
precursor de fenilalanina e
tirosina. A fenilalanina, sobre
ação da PAL (fenilalanina
aminoliase) e a tirosina, sobre
ação da TAL (tirosina
aminoliase) dão origem,
respectivamente, a ácido
cinâmico e ácido cumárico.
Oxidação da dupla e
degradação da cadeia
lateral
β-oxidação
Formação de derivados C6-
Formação
C1
Fenilpropanóides
Redução da carboxila a
aldeído
Redução
Posterior redução a
propenilfenol

Nos óleos essenciais é quase impossível, sendo bem rara a presença de um


componente majoritário, sendo difícil mimetizar, em sua totalidade, as moléculas presentes no
óleo.

Os terpenos são derivados da via do acetato mevalonato, enquanto que os


fenilpropanóides são derivados da via do ácido chiquímico. Do ácido mevalônico são derivados
os isoprenóides e destes os terpenóides, os quais apresentam estruturas com cabeça e cauda.

Os terpenos são formados por várias condensações de unidades isoprenóides (C5),


resultando no fato de que as estruturas dos terpenos serem múltiplas de 5.
Como os óleos essenciais são voláteis, portanto os terpenos devem ser pequenos, por
isso que, geralmente, os óleos essenciais são compostos por monoterpenos. Tais
monoterpenos podem ser acíclicos como o mirceno e o citronelal, monocíclico com o mentol,
a mentona e a cânfora. Há também óleos essenciais formados por sesquiterpenos, acíclicos
como nerolidol, monocíclico como o alfa-bisaboleno ou bicíclico como o beta- cariofileno.

Os monoterpenos são
formados por DMAPP e IPP,
sendo que DMAPP está
presente apenas no início da
síntese, e o IPP participa da
formação de todos os
terpenos. O IPP sempre
apresenta dupla ligação,
atacando a cauda, seja do
DMPP ou do precursor com
OPP.

Para a formação de
triterpenos não se utiliza IPP e sim duas unidades de C15, sendo uma reação cauda-cauda, a
única diferente da reação cabeça-cauda, presente nas demais reações.

Todo terpenóide cíclico, primeiro tem a cabeça acíclica formada e depois cicliza. Para
identificar onde ciclizou se conta todas as cabeças e caudas, o que sobrar foram os pontos
onde ciclizou.

O OPP pode ser hidrolizado e formar uma série de grupos, de acordo com a sua
posição, a partir da inserção de uma função hidroxila.

Fatores de estabilidade dos óleos essenciais:

 Genética
 Órgão coletado
o Difere nos componentes majoritários e no odor
 Estágio do desenvolvimento
o Difere nos componentes majoritários e no odor
 Condições climáticas
o Luz, acidez, nutrientes do solo, umidade, regime de ventos, etc.
 Extração

Dependendo da família os órgãos secretores podem ser:

 Flores  Madeira
 Folhas  Raiz ou rizoma
 Casca do caule  Sementes
Os óleos essenciais de diferentes partes da mesma planta são diferentes, com
composição e propriedades físico- químicas diferentes, requerendo CQ diferentes.

Quimiotipo é fator de variação importante, pois varia a composição do óleo essencial,


já que se trata de plantas iguais, cuja composição química é diferente. Os seguintes fatores
levam a ocorrência de quimiotipos:

 Hibridação  Tipo de solo


 Diferenças climáticas  Altitude
Dependendo do estágio de desenvolvimento o teor de óleo essencial é diferente, por
isso que sempre se recomenda a extração de plantas maduras. A coleta do óleo deve ser
realizada no início da manhã ou a noite, principalmente quando os órgãos secretores são
tricomas , os quais favorecem a evaporação do óleo. A qualidade do óleo é mais consistente
em estruturas mais profundas, como canais ou bolsas secretoras, do que em estruturas mais
superficiais como tricomas glandulares.

Processos extrativos:

A. Destilação por arraste a vapor:


A tensão superficial dos óleos essenciais é maior que a da água, por isso que quando o
vapor passa é capaz de carrear os óleos.
O material vegetal não entra em contato com a água quente e sim com o vapor. O
vapor passa pelas células carreando os óleos, sendo condensado após passar pelo
condensador, com isso os óleos se separam da água por diferença de densidade.
Como desvantagem há a formação de artefatos, como hidrólise de éster, em função da
acidez, temperatura e por conta da água.

B. Aparelho de Clevenger:
O equipamento consiste em balão em manta aquecedora, contendo água e o material
vegetal. Conforme o aquecimento ocorre a água evapora e carrega o óleo, o qual irá passar
pelo condensador, no qual o vapor condensa e o óleo é depositado em vidraria calibrada,
sendo possível determinar o teor do óleo.
Calor, o tempo (3-4h), o aumento da temperatura e a formação de artefatos são as
desvantagens desse método.

C. Enfleurage:
É uma
técnica manual
usada para
Pétala + camada de
Esgotamento das Substituição por vegetais que tem
gordura em
pétalas novas pétalas
suporte de madeira teor muito baixo
de óleos
essencias, mas
que apresentam
Saturação da alto valor
Extração dos óleos
gordura com as
a partir da gordura agregado.
pétalas
D. Sohxelet:
Aparato fechado com circulação do sistema de solvente. O solvente apolar (éter)
evapora, passa pelo condensador, sendo gotejado sobre o cartucho contendo o material
vegetal, extraindo tudo que é lipofílico, inclusive o óleo essencial.
Como desvantagem há a extração de outros componentes além do óleo.

E. Prensação:
Emprega força mecânica, sendo usada para frutos cítricos, nos quais os pericarpos são
prensados e com isso há a extração do suco e dos óleos essenciais.

F. Fluído supercrítico:
Emprega CO2 inerte e sob alta pressão, o qual, em alta pressão, adquire a viscosidade
de um gás e a miscibilidade de um líquido. Com isso passa pelas células do material vegetal e
retira os óleos essenciais. Com a quebra de pressão retorna ao estado líquido e se obtém o
óleo essencial sem resquícios de artefato derivados da temperatura.
Portanto, o material vegetal fica armazenado e o fluído supercrítico passa por ele e,
como está pouco viscoso como um gás e miscível como um líquido consegue extrair o óleo
essencial.

3. DROGAS QUE CONTÉM ÓLEOS ESSENCIAIS:


Funcho, Erva doce,
Carminativo
Camomila, Menta

Camomila, marcela,
Antiespasmódico
alho, funcho, sálvia

gengibre, genciana,
Estimulante do TGI
Propriedades farmacológicas

laranja-amarga

Cardiovascular cânfora

Anestésico local eugenol, terebintina

Anti-inflamatório azulenos (camomila)

Canela,tomilho, cravo
Antisséptico
da índia, eucalipto

Estimulantes Cânfora

Ação sobre o SNC Depressores Melissa

Convulsivantes Canela, sálvia, losna


A. Drogas com ação carminativa, espasmolítica ou secretoras:
a. CAPIM-LIMÃO, CAPIM-SANTO, CAPIM-CIDREIRA - Cymbopogon citratus (DC.)
Stapf – POACEAE
A droga vegetal é constituída de
folhas dessecadas contendo, no mínimo,
0,5% de óleo volátil. O óleo volátil é
constituído de, no mínimo, 60% de citral. O
citral é um monoterpeno aberto, composto
da mistura racêmica de geranial e neral.

O capim santo é comumente confundido


com a citronela, mas o óleo predominante em
cada um é diferente, no primeiro é o citral e no
segundo, citronelal, e tais moléculas se
diferenciam pela posição da dulpla ligação, como apontado na imagem.
O chá de citronela não pode ser ingerido por via oral, pois é tóxico, mas quando usado
para inalação apresenta ação inseticida.

b. MENTAS/HORTELÃS (Mentha spp., Lamiaceae):


Caráter híbrido Mentha viridis = M. sylvestris e M. rotundifolia
Mentha arvensis = M. viridis + M. aquatica
Mentha x piperita = M. aquatica + M. spicata
Apresenta caráter híbrido, o que é característico da família Lamiaceae, que apresenta
misturas espotâneas entre as espécies.
O nome piperita vem do
sabor pungente pimentas = piper
(Piperácea)
Hortelã pimenta = Menta
x piperita: A droga vegetal é
constituída de folhas secas,
inteiras, quebradas, cortadas ou
pulverizadas da espécie e de suas
variedades, contendo, no mínimo,
1,2% de óleo volátil em folhas
inteiras e, no mínimo, 0,9% de
óleo volátil em folhas rasuradas.
Quando as folhas estão rasuradas aumenta a superfície de contato, o que favorece a
evaporação, por isso que o teor de óleos é menor nas folhas rasuradas, pois tais óleos se
encontram em tricomas glandulares.

Propriedades farmacológicas:

•Indicações Terapêuticas:
expectorante, carminativo e antiespasmódico
tratamento da síndrome do cólon irritável
•MENTOL: odor, refrescância e atividade terapêutica
•Aplicação externa do óleo essencial sobre as têmporas, testa e pescoço
 tratamento de dores de cabeça
 relaxamento dos músculos pericraniais através dos canais de Ca+2
Óleo + flavonoides: efeito espasmolítico, colerético, colagogo, antiflatulência, antipruriginoso,
antiemético e analgésico das mucosas.

Efeitos adversos, contraindicações:


 Pessoas sensíveis - mentol pode provocar insônia e irritabilidade nervosa
 Uso contínuo da essência - irritação das mucosas
 PULEGONA - efeitos convulsivantes e abortivos
 MENTOL - efeitos narcóticos, estupefacientes e irritativo dérmicos
 Podem reduzir o fluxo de leite durante a lactação, devendo-se ter cautela
 Quanto mais jovens as folhas, maior a quantidade de pulegona, por isso não se
recomenda o uso.

c. ANIS ESTRELADO (Illicium verum Hook. f., Schisandraceae):


A droga é constituída pelos frutos secos, contendo, no mínimo, 7,0% de
óleo volátil, com, no mínimo, 80% de anetol (fenilpropanóide).
Características organolépticas: o pericarpo possui odor aromático
agradável e sabor doce e anisado a semente é inodora e tem um sabor
desagradável.
Indicação terapêutica: expectorante e antiflatulento

ANETOL: propriedades eupépticas e carminativas, com ligeira atividade antiespasmódica, óleo


essencial tem ação secretora sobre a mucosa bronquial, sendo útil como expectorante.

Efeitos adversos, contraindicações:

•Efeitos sobre o SNC: hiperexcitabilidade cerebral,


tremores, convulsões do tipo epilético, sonolência,
acidose chegando ao coma

•Muitas vezes o anis estrelado está falsificado com o anis


japonês, que possui sesquiterpenos com propriedades
neurotóxicas e convulsivantes (ex. anisatina e esquinina).
São diferenciados pela morfologia, já que o japonês é menor, com pedicelo curto e folíolos
fechados.

d. ERVA-DOCE ou ANIS (Pimpinella anisum


L., Apiaceae):
A droga vegetal é constituída pelos frutos, que
são diaquênios secos, contendo, no mínimo, 2,0% de óleo
volátil, com, no mínimo, 87% de anetol. Apresenta flores
brancas, suas sementes são pequenas e ovóides.
Indicações: Expectorante, antiespasmódico,
carminativo, dispepsias funcionais

e. FUNCHO (Foeniculum vulgare Mill.,


Apiaceae):
Farmacógeno: frutos (do tipo aquênio)
•Indicações: aperitivas, eupépticas, antiflatulentas, antiespasmódicas, galactagogas,
antissépticas e expectorantes

Anis estrelado, erva


doce e funcho apresentam
como óleo essencial majoritário
o anetol, sendo que o funcho se
diferencia dos demais em
função de apresentar funchona,
além de eugenol em pequenas
proporções.

O anetol e a miristicina presente no óleo essencial


em altas doses (maiores que 1 mL) podem provocar
convulsões e/ou alucinações.
As cumarinas podem ser fototóxicas provocando junto à exposição solar o
aparecimento de vesículas, edemas ou hiperpigmentação.
f.
CICUTA (Conium
maculatum L., Apiaceae):
Farmacógeno: fruto, coiina =
alcalóide.
Estruturalmente semelhante a
erva doce. Empregado na adulteração de
erva doce. O tamanho do fruto é
semelhante ao da erva doce, mas a Cicuta
não produz óleo essencial

Propriedades farmacológicas:

 Usada de forma externa como


analgésico ou anestésico.
 Devido a sua lipofilicidade é capaz
penetrar na pele rapidamente,
sendo útil em casos de neuralgias intensas.

 Os alcalóides possuem ação nas terminações nervosas sensitivas, pelo antagonismo da


acetilcolina em receptores nicotínicos.

Efeitos adversos:

• Os quadros de intoxicação causam ardência no rosto, náuseas, vômitos, vertigens, sede,


diarréia, midríase, paralisia muscular,convulsões chegando à morte por parada respiratória ~4
hs após o consumo.

• São necessárias 6 a 10 g de folhas frescas para promover a morte de um adulto e de 2 a 3 g


de frutos, ou equivalente a 150 mg de coniina.

• Tratamento - lavagem gástrica e uso de laxantes. Posteriormente, administra-se carvão ativo,


infusão de bicarbonato e intubação com respiração artificial.

g. CAMOMILA (Matricaria chamomilla L., ASTERACEAE):


Farmacógeno: capítulos
florais.
Eur. Ph.: 0,4% (0,2 a 1,8 %)
de óleo essencial Não deve conter
menos que 0,4 % (uso farmacêutico)
.
Uso interno:
antiespasmódico, ansiolítico e
sedativo leve .
Uso externo: anti-
inflamatório em afecções da
cavidade oral. Resultante da ação de derivados flavonóides.
O óleo essencial de Camomila apresenta muitos quimiotipos, sendo o α-Bisabolol, um
sesquiterpeno, que é o componente majoritário. Há também a matricina, a qual, é uma
lactona sesquiterpênica, que quando submetida ao aquecimento sofre degradação em
chamazuleno, o qual confere a cor azul, o qual é um artefato, mas que apresenta propriedades
anti-inflamatórias.
Matricaria chamomilla pode ser confundida com a Camomila Romana, a Anthemis
nobilis. A diferença entre elas é o receptáculo oco e desprovido de estípulas, presente na
Matricaria chamomilla.

h. GENGIBRE (Zingiber officinale Roscoe, ZINGIBERACEAE):


Farmacógeno: rizomas 1-3% de óleo essencial Constituintes majoritários: zingibereno e
β-bisaboleno.
Sabor pungente: mistura de compostos fenólicos com cadeias carbônicas de 7 ou mais
átomos de C– gingerois, gingerdiois, gingerdionas, di-hidrogingerdionas e shogaois. O
zingibereno é o responsável pelo sabor pungente e o 6 – gingerol o responsável pelo odor
caraterístico. O aquecimento do gingerol dá origem ao 6-shogarol, o qual é mais pungente e
intenso e apresenta efeito antitussígeno.
Shogaois são produzidos durante secagem e extração do óleo, e são 2 vezes mais
pungentes que os gingerois (gingerol é convertido em shogaol na secagem)
Gengibre seco é mais pungente que o fresco.
Apresenta efeitos carminativo, antigases, antiflatulento, antitussígeno, hepato protetor,
termogênico, inibidor da agregação plaquetária e hipolipidêmico.

B. Drogas com ação sobre as vias respiratórias:


a. EUCALIPTO (Eucalyptus globulosus St.-Lag., Myrtaceae):
Farmacógeno: folhas adultas sem pecíolo.
Propriedades farmacológicas:
Via oral ou por inalação o óleo possui
atividade expectorante, fluidificante e antisséptica
da secreção brônquica.
Não se recomenda ingerir e, sim inalar, a
fim de obter a ação expectorante.
Efeitos adversos:
Doses altas pode provocar náuseas,
vômitos, epigastralgia, gastrenterites, hematúria,
neurotoxidez (convulsões, perda da consciência,
delírio e miose), depressão bulbar respiratória e
coma.
Ingestão de 5 mL de óleo pode levar a morte, por isso o óleo deve ser sempre diluído.

b. CRAVO-DA-ÍNDIA (Syzygium
aromaticum (L.) Merr. & L.M.
Perry, Myrtaceae):
FARMACÓGENO: botões florais e gemas
que não eclodiram secas. Raramente se destilam as
flores.

Propriedades farmacológicas:
•O óleo-de-cravo e o eugenol têm
propriedades antissépticas: bactericida e fungicida
frente a diversos micro-organismos.
•Muito usado na odontologia – analgésico
local.
•Outros usos: reumatismo (uso tópico) e para indigestão e flatulência.

Efeitos adversos, contraindicações:

•O óleo essencial é neurotóxico e irritante das mucosas (doses altas).

•Possui atividade uterotônica - contraindicado na gravidez.

c. CANELA-DA-CHINA Cinnamomum cassia (L.) J. Presl – LAURACEAE:


A droga vegetal corresponde à casca seca contendo no mínimo 1,0% de óleo volátil,
constituído por 70,0 a 90,0% de trans-cinamaldeído.
Características organolépticas. Possui odor aromático característico e seu sabor é menos
doce, levemente mucilaginoso e menos aromático que o da canela-do-ceilão.
d. CANELA-DO-CEILÃO Cinnamomum verum J. Presl – LAURACEAE:
A droga é constituída pela casca seca, isenta
da periderme e do parênquima cortical externo,
proveniente do caule principal e de ramificações
deste, contendo, no mínimo, 1,2% de óleo volátil
contendo, no mínimo, 60,0% de trans-cinamaldeído
(fenilpropanóide).
Características organolépticas. A droga
apresenta aroma característico de aldeído cinâmico e
sabor picante e adocicado

e. ERVA-BALEEIRA Cordia verbenacea


DC. (Boraginaceae):
Uso Tradicional (Caiçaras): -
tratamento de dores musculares e
dores reumáticas - Picada de cobra
Parte Usada: Folhas

Indicado para: tendinites e afecções


músculo-esqueléticas associadas à dor
e inflamação, como dor miofascial
(como dorsalgia e lombalgia), em
quadros inflamatórios dolorosos
associados a traumas de membros,
entorses e contusões.

Uso tópico das folhas como anti-


inflamatório na forma de infuso, como
compressa ou em forma de pomada.

f. MELISSA (Melissa officinalis L. – LAMIACEAE):


A droga vegetal é constituída de
folhas secas contendo, no mínimo, 4,0% de
derivados hidroxicinâmicos totais e, no
mínimo 2,0% de ácido rosmarínico e, no
mínimo, 0,6% de óleo volátil. Apresenta
tricomas glandulares ricos em óleso
essenciais, presente em baixo das folhas, a
fim de evitar que os raios solares promovam
a evaporação dos óleos.
Ação calmante, carminativa e antiespasmódica.

Melissa officinalis, Lippia alba e


Cymbopogum citratus são comumente
identificados como erva cidreira, sendo a Melissa
officinais a verdadeira erva cidreira.
Erva cidreira, Lípia e Capim limão
apresentam em comum geranial e neral.

g. LÍPIA: Lippia alba (Mill.) N.E. Br. ex Britton & P. Wilson, VERBENACEAE:
Frequentemente confundida com a Melissa. Possui flores arroxeadas azuladas. Possui
baixa concentração de óleo essencial.
Digestiva, anti-depressiva, sedativa. Usada no tratamentos de: digestão lenta, insônia,
angústia.

4. SAPONINAS:
São heterosídeos formados por esteróides triterpênicos.
COMO O SABÃO LIMPA?
•A água não consegue remover certos tipos de sujeira (ex. gorduras)
•Por que?
as moléculas de água são polares e as de óleo são apolares
•Sabões são moléculas anfifílicas
FORMAÇÃO DE ESPUMA
• persistente e
abundante (em solução aquosa)
• A espuma formada é
estável à ação de ácidos
minerais diluídos (ex. HCl),
diferenciando-a daquela dos
sabões comuns.
• Massa molecular
elevada (600 a 2.000 Da)
• Misturas complexas:
estruturas com número variado
de açúcares ou presença de
diversas agliconas
• Cadeia de açúcares
pode ser linear ou ramificada
• Substâncias sólidas, brancas ou amareladas, cristalizáveis
• Dissolvem-se em soluções alcalinas, mas precipitam pelos ácidos
• Efeitos colaterais comuns (via oral): desconforto estomacal, náuseas e vômitos

A maioria possui:

compostos polares
• Ação sobre membranas celulares: ação hemolítica e ictiotóxica
• Complexação com esteroides: ação antifúngica e hipocolesterolemiante

Esteroidais
Quanto ao núcleo
fundamental da aglicona
Classificação das sapoinas

Triterpênicas

Carboxila na aglicona ou
Ácida
no açúcar
Caráter ácido, básico ou
neutro
N , geralmente aminas 2°
Básica
ou 3°

1 cadeia de açúcar ligada


Monodesmosídicas
em C3 por ligação éter
N° de cadeias de açúcar
ligadas a aglicona 1 cadeia de açúcar ligada
em C3 por ligação éter
C28 para saponinas
Bidesmosídicas
Triterpênicas
1 cadeia de açúcar ligada
éster
C26 para saponinas
esteroidais

Saponina monodesmosídica Saponina Bidesmosídica


SAPONINAS ESTEROIDAIS neutras e ácidas SAPONINAS ESTEROIDAIS básicas

• Núcleo esteroidal → 27 carbonos • Pertencem ao grupo dos alcaloides


esteroidais
• Sistema tetracíclico →
ciclopentanoperidrofenantreno • Característicos do gênero Solanum
(família Solanaceae)

• Possuem nitrogênio no anel F

• 2 tipos de estruturas: espirosolano (N 2º)


e solanidano (N 3º).

SAPONINAS TRITERPÊNICAS

• Núcleo triterpênico → 30 carbonos

• Derivados do ácido mevalônico →


esqualeno → cátion triterpeno

• Triterpenos tetracíclicos e pentacíclicos

• Triterpenos pentacíclicos podem ser


dividos em 3 grupos principais: α-amirina
(ursanos), β-amirina (oleananos) e lupeol
 Saponinas esteroidais neutras: quase
exclusivas de Monocotiledônea famílias
Liliaceae, Dioscoreaceae e Agavaceae e gêneros Smilax, Dioscorea, Agave e Yucca
 Saponinas esteroidais básicas: gênero Solanum (Solanaceae)
 Saponinas triterpênicas: predominantes em Dicotiledôneas famílias Sapindaceae,
Hippocastanaceae, Sapotaceae, Polygalaceae, Caryophyllaceae, Primulaceae e
Araliaceae

CARACTERIZAÇÃO

• Formação de espuma: Índice Afrosimétrico persistente e resistente a ácidos minerais


diluídos

• Índice hemolítico: absorbância do sobrenadante de uma suspensão de hemácias (sangue


bovino) através da hemólise causada por uma saponina específica ou droga contendo
saponinas

• Reações colorimétricas: Reação de Liebermann: anidrido acético em meio ácido (H2SO4) –


coloração varia de acordo com a genina – triterpênica (rosa a vermelho) e esteroidal (azul a
verde); Reação com vanilina, anisaldeído ou outros aldeídos aromáticos – reação dos aldeídos
com produtos de desidratação das geninas Reação com tricloreto de antimônio em meio
anidrido acético

• Métodos cromatográficos: CCD e CLAE-EM → qualitativos e quantitativos


PROPRIEDADES BIOLÓGICAS

Hemolítica
Hemolítica

• Ação sobre membranas celulares: alteração da


Anti-inflamatória permeabilidade ou destruição
Antitussígena e
• interação com os ésteres da membrana eritrocitária
Propriedades biológicas das

expectorante

Hipocolesterolemiante • Aumento da permeabilidade da membrana


saponinas

• movimento de íons: Na+ e H2O entram e K+ sai → membrana


Ictiotóxica
rompe, permitindo a saída da hemoglobina
Diurética
• Monodesmosídeos são mais hemolíticos que os
bidesmosídeos, e a atividade diminui conforme a cadeia de
Citotóxica
açúcares aumenta

Anti - helmíntica Anti-inflamatória

Antiviral • inibição da degradação de corticoides

• interferência com o metabolismo de mediadores da inflamação

Antitussígena ou Expectorante

• irritação local das mucosas (?)

• irritação do trato respiratório Aumento volume do fluido respiratório, hidratando a secreção


brônquica. O muco teria, então, sua viscosidade diminuída.

• Polygala senega, Primula veris, Grindelia robusta e Hedera helix

Hipocolesterolemiante

Complexação com colesterol circulante → redução do nível de colesterol e triglicerídeos

alfafa, ginseng, calêndula, beterraba, etc.

• Mecanismo de ação:

1. Aumento da excreção de colesterol, por formação de complexo com as saponinas


administradas via oral

2. Aumento da eliminação fecal de ácidos biliares, conduzindo a uma maior utilização do


colesterol para a síntese destas substâncias

• Propriedades irritantes: formação de complexos com colesterol da membrana das células da


mucosa intestinal → esfoliação com perda da função e redução da área de absorção
Diurético

• Irritação do epitélio renal causada pelas saponinas ou pelos flavonoides presentes nestas
drogas ou ainda pelos elevados teores de potássio

IMPORTÂNCIA FARMACÊUTICA

• Adjuvantes para aumento absorção de outros medicamentos: - aumenta solubilidade -


interferência nos mecanismos de absorção - adjuvante para aumento da resposta imunológica.

• Matérias-primas para a hemissíntese de esteroides: Síntese total de alguns esteroides é


empregada pela indústria farmacêutica Maior demanda para produtos naturais → protótipos
para a síntese parcial destas moléculas A maioria dos esteroides utilizados como
contraceptivos ou na terapêutica (anti-inflamatórios, andrógenos, estrógenos, progestágenos)
são obtidos por hemissíntese a partir de substâncias naturais: saponinas, fitosteróis, colesterol,
ácidos biliares etc.

Síntese de
contraceptivos e
hormônios sexuais
Diosgenina
Síntese de
corticosteróides por
fermentação
Matérias primas para microbiológica
hemissíntese de
esteróides
Síntese parcial de
corticosteróides

Hecgogenina
Produção de cortisona
facilitada pela
presença de carbonila
em C12

DROGAS CONTENTO SAPONINAS:

A. Saponinas Triterpenídicas
Nome Nome Fonte da saponina Saponina Parte usada
popular científico derivada
Alcaçuz Glycyrrhiza Genina derivada do Ácido Raízes
glabra Ácido Oleanólico Glicirrético

Castanha- Aesculus Genina derivada do Aescigenina Sementes


da-Índia hippocastanum Ácido Oleanólico

Quilaia Quillaia Genina derivada do Ácido Quiláico Folhas


saponaria Ácido Oleanólico

Centella Hydrocotyle Ácido asiático Ácido


asiatica asiatica Genina derivada do e ácido asiático e
Ácido Ursólico madecássico ácido
madecássico
Arctostaphylus Genina derivada do Ácido ursólico
uva-ursi Ácido Ursólico

Ginseng Panax ginseng damaranos Saponinas Raiz


mono e
bidesmosídicas
de dois
principais
damaranos
Centelha asiática
• Tratamento de lesões cutâneas e feridas
• Cicatrizante em queimaduras e queloides
• Hemorroidas, antipruriginoso de afeccções dermatológicas (rachaduras e
excoriações)
• Via oral na insuficiência venolinfática (pernas pesadas)
• Preparações tópicas no tratamento de úlceras de pernas de origem venosa

paredes vasculares e na microcirculação


• Reações adversas: relatos de dermatites de contato
• Adulteração da droga pela substituição com espécies de Hydrocotyle

Ginseng
Adaptógeno: capaz de aumentar a resistência não-específica do organismo às
influências externas (ex. infecções e estresse). No Brasil, é comum a substituição de Panax
ginseng por Pfaffiapaniculata e P. glomerata, Amaranthaceae (ginseng-brasileiro) atividade
antitumoral de saponinas nortriterpenoides, reações alérgicas, ação depressora do SNC.
B. Saponinas esteroidais
Nome Nome Fonte da saponina Saponina Parte usada
popular científico derivada
Inhame Dioscoreas Espirostânicas diosgenina tubérculos
spp
Agave Espirostânicas Hecogenina Sumo das
sisalana folhas
Salsaparrilha Smilax regelii Espirostânicas smilagenina Rizoma e Raíz

Salsaparrilha Smilax regelii Furostânicas Salsaparrilhosídio Rizoma e Raíz

5. GLICOSÍDEOS CARDIOTÔNICOS
Apresentam alta especificidade e ação sobre músculo cardíaco → baixo índice
terapêutico - grupo individualizado → homogeneidade estrutural e farmacológica
- tratamento de insuficiência cardíaca congestiva
- digoxina
- ↓ concentração nas plantas
- Restritos a Angiospermas (plantas com flores)
- Famílias: Scrophulariaceae Nerium e Strophanthus Liliaceae
Digitalis Asclepiadaceae Convallaria
Asclepias Apocynaceae
- Animais: proteção contra predadores anfíbios - Bufos sp.

 açúcares ligados a genina pela β-OH em C-3


 resíduos de açúcares podem variar de 1 a 4 unidos por ligações β 1→4
 quando a glicose está presente, está sempre na posição terminal da estrutura
 heterosídeos primários e secundários
o PRIMÁRIOS: geralmente em plantas frescas
 o açúcar terminal está presente e pode ser eliminado facilmente por
hidrólise durante a secagem
O tamanho do anel lactônico distingue 2 tipos de
genina:

- cardenolídeos: anel de 4 C (γ-butirolactona-α,β-


insaturada) → mais abundantes

- bufadienolídeos: anel de 5 C (γ-lactona-di-


insaturada= pentadienolídeo) → encontrados no
Reino Animal

Os açúcares mais comuns: (desoxi-hexoses) 2,6-


didesóxi-hexoses = β-D-digitoxose 2,6-didesóxi-3-metil-hexoses= α-L-oleandrose ou β-D-
diginose

Os heterosídeos são mais potentes que as


geninas, mas igualmente tóxicos.

O açúcar confere maior solubilidade para


absorção e distribuição.

Conformação e estereoquímica do açúcar →


afinidade da ligação pelo sítio ligante da
proteína receptora.

ANEL ESTEROIDAL:

• anéis A/B/C/D em cis/trans/cis →


atividade máxima

• anéis A/B em trans → atividade diminui


10 vezes

• anéis C/D → obrigatoriamente em cis

• anel A parcialmente insaturado →


atividade muito reduzida
• heterosídeos são mais ativos que as geninas

• resíduos de açúcares protegem a hidroxila em C-3β

Propriedades físico – químicas:

• solúveis em H2O

• ligeiramente solúveis em EtOH e CHCl3

• solubilidade depende do número de OH livres

• anel lactônico pode ser aberto na presença de meio alcalino

Reações de caracterização dos açúcares Reações de caracterização das geninas


Reação de Pesez ou resíduo CHCl3 → Reação de Kedde 3,5-dinitrobenzoico
do xantidrol dissolvido em ácido → coloração
acético conc. + vermelho-violácea
reativo de xantidrol estável
→ coloração
vermelha na
presença desses
açúcares
Reação de Keller- H2SO4 conc. + Reação de Baljet: ácido pícrico →
Kiliani solução de ácido coloração laranja
acético conc. + sais estável
férricos → anel
vermelho pardo e a
solução acética
adquire coloração
azul-esverdeada
lentamente
Reação de Raymond- m-dinitrobenzeno
Marthoud em meio alcalino →
coloração laranja ou
violeta fugaz
Reação de Legal nitroprussiato de
sódio reage com anel
pentagonal das α,β-
lactonas insaturadas
→ coloração
vermelha

Mecanismo de ação
dos glicosídeos
cardiotônicos

Redução do
Melhora do retorno Redução da Aumento do débito Redução da
Aumento do DC consumo de
venoso resistência a injeção renal e diurese frequência cardíaca
oxigênio
Contratilidade
• ligação específica e com ↑ afinidade
a biorreceptores da membrana da
célula miocárdica
Ação
glicosídeos • sítio de ligação dos digitálicos é uma
cardiotônicos
subunidade α da enzima Na+/K+
ATPase
Automaticidade Condutibilidade

1. quando subunidade α está ocupada → paralisação


da bomba Na+/K+

2. ↑ níveis intracelulares de Na+

3. modulam atividade de um carreador de membrana


envolvido nas trocas de Ca2+ por íons Na+

4. ↑ níveis intracelulares de Ca2+ por influxo ou


mobilização dos retículos sarcoplasmáticos

5. Ca2+ nas proximidades das miofribrilas interage


com a troponina

6. alteração conformacional na tropomiosina

7. complexo actina-miosina 8. contração miocárdica ATP-dependente

Farmacocinética

• estreitamente relacionada a polaridade da molécula (ao grau de hidroxilação das geninas)

• quanto mais OH, mais rápida a ação e posterior eliminação

• cardiotônicos muito lipossolúveis (ex. digitoxina) → degradação hepática, eliminação lenta e


duração de efeito de até 7 dias → usada para manter efeito

• cardiotônicos muito polares (ex. ouabaína, 6 OH) → eliminação rápida e duração de efeito de
12 horas → usada em casos de emergência

• principal reservatório tecidual é o músculo esquelético e não o tecido adiposo

• dosagem deve basear-se na massa corporal magra estimada

• heterosídeos cardiotônicos são eliminados sob forma não modificada (50 a 70%)
• biotransformação: hidrólise da ligação glicosídica em C-3β + oxidação do C-3 → epimerização
+ conjugação com ácido glicurônico → eliminado na urina na forma de glicuronato

Toxicidade e efeitos adversos

• baixo índice terapêutico → concentração que causa efeitos tóxicos é apenas 2 vezes maior
que a concentração terapêutica Intoxicação moderada:

• vômitos, náuseas, anorexia, bradicardia e contrações ventriculares prematuras Intoxicação


aguda:

• diarreia, visão borrada, suor frio, taquicardia e fibrilação ventricular, diminuição do pulso a
até 35 batidas por min, convulsões, síncope e morte

Interações medicamentosas

• β-bloqueadores → bradicardia

• fármacos depletores de potássio (diuréticos tiazidas e mineralocorticoides, inibidores da


anidrase carbônica e anfotericina B) → hipopotassemia

• evitar produtos absorvíveis contendo cálcio (leite, fosfato de cálcio, etc.) → hipercalcemia →
potencializa efeitos cardíacos

• antimuscarínicos, bloqueadores dos canais de cálcio, quinina ou quinidina → ↑ [ ] sérica de


cardioativos → intoxicações

• antiácidos, antidiarreicos, colestiramina, fibras, laxantes, etc → inibem absorção de


cardioativos e ↓biodisponibilidade

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