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FATHEL – FACULDADE THEOLÓGICA


PAULO SÉRGIO DE SOUZA GONCALVES

DIVÓRCIO: EVITANDO ESTE MAL A LUZ DA BÍBLIA E


PRESERVANDO A FAMILIA, PROJETO DE DEUS

BACHAREL EM TEOLOGIA
CAMPO GRANDE/MS, NOVEMBRO DE 2008
1

FATHEL FACULDADE TEOLÓGICA


PAULO SERGIO DE SOUZA GONÇALVES

DIVÓRCIO: EVITANDO ESTE MAL A LUZ DA BÍBLIA E


PRESERVANDO A FAMILIA, PROJETO DE DEUS

Monografia apresentada para a banca


examinadora da Fathel - Faculdade
Theológica, sob a orientação do Professor
Hélio dos Anjos, para obtenção do Título
de Bacharel em Teologia.

BACHAREL EM TEOLOGIA
CAMPO GRANDE/MS, NOVEMBRO DE 2008
2

PAULO SÉRGIO DE SOUZA GONÇALVES

DIVÓRCIO: EVITANDO ESTE MAL A LUZ DA BÍBLIA E PRESERVANDO A


FAMILIA, PROJETO DE DEUS

Monografia apresentada como requisito final para conclusão de curso de Baharel em


Teologia da FATHEL – Faculdade Theológica, pela banca examinadora:

Profº Hélio dos Anjos


FATHEL

Profº Especialista Oclécio Alves Cabral Filho


FATHEL

Profª Geisa Maciel


FATHEL

Campo Grande/MS 17 de Novembro de 2008.


3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, à minha querida esposa e meus filhos.

Aos meus pais pelas orações.

Ao meu orientador professor e pastor Hélio pelo apoio dado para a realização desta
monografia.

Ao meu Pr. Auxiliar Vanderlei Correia, pelo apoio na congregação.


4

RESUMO

O divórcio é um mal dos séculos, com freqüência tomamos conhecimento de casais


se separando. Mas o que diz a Bíblia acerca do divórcio? “Jesus mostrou que o
casamento é uma instituição divina, a união do homem e da mulher”. Serão ambos
uma só carne" (Gên. 2:24). O segundo casamento, pelo contrário, destrói esta
relação. Muitos desconhecem dessa verdade. O casamento somente poderá ser
desfeito após a morte de um dos cônjuges. O divórcio tem conseqüências sérias,
principalmente para os filhos pequenos, que são os que mais sofrem. Como evitar
esse mal para a luz da Bíblia para que os projetos de Deus sejam cumpridos?.

Palavras-chave: Casamento - divórcio – Igreja


5

ABSTRACT

The divorce is one of the evil of the centuries, frequently takes knowledge of couples
if separating. But what it says the Bible concerning the divorce? Jesus showed that
the marriage is a divine institution, the union of the man and the woman, as marriage
does not destroy this, for the opposite: "meet" will be both one only; (Gên. 2:24), but
many are unaware of this truth. The marriage could only be after insults the death of
one of the spouses. The divorce has us serious consequences, mainly for the small
children, is the ones that more suffer. As to badly prevent this for the light of the Bible
so that the projects of God are fulfilled?

KeyWord: Marriage - divorce - Church


6

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 07

2 DIVÓRCIO....................................................................................................... 10

2.1 Divórcios no antigo testamento........................................................... 13

2.2 Divórcios nos evangelhos..................................................................... 16

2.2.1 Divórcio nas epistolas paulinas...................................................... 21

2.3 Divórcio na cultura judaica................................................................... 25

3 DIVÓRCIO: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS ............................................... 28

3.1 Quando ocorre a infidelidade conjugal............................................... 31

3.2 O papel da igreja.................................................................................... 36

3.3 O divórcio e seus filhos......................................................................... 41

3.3.1 Como o divórcio afeta os filhos......................................................... 42

3.3.2 Ministério de ajuda............................................................................ 45

3.3.3 Quando o papai não vem ................................................................. 46

3.3.4 Sinto falta do meu pai!...................................................................... 48

4 O CRISTÃO DIVORCIADO QUE SE CASA NOVAMENTE .......................... 51

CONCLUSÃO..................................................................................................... 52

REFERÊNCIAS.................................................................................................. 56
7

1 INTRODUCÃO

Concluindo o curso de Bacharelado em Teologia, baseado na experiência


pastoral, como acadêmico, procura-se escrever sobre divórcio. Temos conhecimento
que este tema é um assunto polêmico e muito delicado. A controvérsia acerca do
divórcio no mundo cristão tem sido interminável, centenas de escritores e
pensadores expressaram-se a esse respeito e, ele tem sido debatido há séculos. O
objetivo do presente estudo é definir se divórcio é valido e em que caso isto da
direito a um novo casamento.

O divórcio é algo que fere os princípios divinos, o casamento é uma


aliança e, como tal, não deve ser desfeita por qualquer motivo. O casal que um dia
foi levado diante do altar e do anjo da igreja, diante das testemunhas, familiares e,
principalmente, diante da presença do Pai, Filho e do Espírito Santo fizeram
juramentos de se amarem até que a morte os separasse. Essa união não pode ser
desmanchada por motivos simples que podem ser repensados e considerados. É de
extrema importância pensar que o valor do casamento vai muito além de uma união
comum.

O casamento foi a primeira instituição estabelecida por Deus, ela


preexiste ao estado e à igreja. Aos longos dos anos tem-se visto que esta instituição
vem sendo bombardeada e, hodiernamente 1, muitas pessoas dizem que é uma
instituição falida. Neste contexto de Pós-Modernidade, os princípios de Deus,
estabelecido para o alicerce do casamento, estão sendo abalados. A nossa geração
não aceita mais os valores absolutos expressos na palavra de Deus. Estes valores
estão sendo invertidos, desprezados e cada um segue sua própria idéia, cada um
estabelece para si mesmo aquilo que acha estar certo ou errado. A Bíblia é um
manual de Fé e prática, absoluta e universal que rege o comportamento e a conduta
do ser humano, mas estamos vivendo num momento em que a palavra do Senhor
esta sendo desprezada, vínculos conjugais afrouxados para justificar e estimular o
divórcio e o concubinato.

O divórcio na vida das pessoas tem efeito devastador, é um desastre de


grandes proporções. Quando um casamento é desfeito o caminho é a separação
seguida pelo divórcio, deixando marcas para toda vida. Especialistas na área

1
Nos dias atuais
8

afirmam que a primeira coisa que ocorre na separação é a angustia na alma,


podendo levar a pessoa a uma depressão, pois ela se sente sozinha, angustiada,
mas o efeito maior recai sobre os filhos. Todo casal, antes de se separar, deveria
pensar primeiro nos filhos. Pesquisas afirmam que filhos de pais separados, e que
foram criados por um dos dois, tem maior possibilidade de envolver-se com drogas,
alcoolismo, caírem na promiscuidade sexual, obterem baixo desempenho escolar
além de tornarem-se crianças com facilidade para serem enganado. São ansiosas e
sofrem de insegurança.

Não é de hoje que o divórcio suscita polêmicas. Jesus, há dois mil anos,
foi questionado pelos Escribas e Fariseus quanto a essa questão, que gerava, assim
como hoje, uma controvérsia muito grande no meio do povo de Deus. O interessante
nisso tudo é que os fariseus estavam mais preocupados com a forma correta de
divorciar-se do que com a forma correta de permanecer casados. A resposta de
Jesus foi surpreendente2, Jesus realizou duas coisas, ele não apenas restabeleceu o
propósito original de Deus para o casamento, mas também forneceu uma solução
para o problema da dureza do coração humano, com uma só palavra ele cancelou
todas as desculpas baratas para o divórcio “Eu, porém vos digo que todo aquele que
repudiar sua mulher a não se por causa de relações sexuais ilícitas e se casar com
outra comete adultério” (MT 19.09). Cristo esclareceu o assunto sobre casamento e
divórcio, Ele disse que divórcio não é o caminho de Deus, todavia se um crente
pratica a sua própria vontade, acima da vontade de Deus, obtendo um divórcio nos
tribunais terrenos ele realmente não esta divorciado aos olhos de Deus.

O divórcio tem sido uma das questões mais complexas da atualidade,


muita gente tem receio de discutir o assunto abertamente. Contudo nós não
podemos fugir deste tema que tem afetado a igreja evangélica.

De um lado, os mais conservadores rejeitam o divórcio em toda e


qualquer situação, mesmo nos casos de infidelidade conjugal. De outro, os liberais
fazem uma leitura dos textos bíblicos que tratam da questão, sob a justificativa de
que os tempos são outros e que ninguém deve ser obrigado a sofrer para sempre ao
lado de quem não gosta. Diante de um tema tão intrigante torna-se necessária
lançar uma pesquisa profunda numa perspectiva da Bíblia.

Esta monografia esta divida em quatro capítulos, sendo o primeiro, a


2
Mt. 5. 32
9

introdução, o segundo capitulo acerca do divórcio no Antigo Testamento e no Novo


Testamento, o divórcio na cultura judaica; o terceiro capítulo, com o tema, “Divórcio:
causas e conseqüências” e finalizando, quarto capítulo, “o cristão divorciado que se
casa novamente” e para a elaboração da mesma, foi utilizada a Bíblia – aplicação
pessoal, (genebra) (Nvi), (Tompsom).

.
10

2 DIVÓRCIO

Divórcio é a dissolução do vínculo matrimonial, ficando a parte inocente


livre para contrair novas núpcias. Não é, portanto, a mera separação de corpos. O
vocabulário Grego é apostasion, segundo Vine, significa primariamente “abandono”.
O termo ocorre apenas três vezes no Novo Testamento 3, e quatro na LXX, para
traduzir do Hebraico, Sepher Kritut.4

A outra palavra grega com o sentido de “divórcio” é apolyo, que significa


“repudiar”, “libertar”, “livrar”, “perdoar”, significa “despachar” 5. Esse verbo é também
usado para “divorciar”,6 pois com o divórcio a mulher ficava livre para casar-se
novamente.7

Há ainda o verbo grego Chorizo, que aparece treze vezes no Novo


Testamento Grego, e significa “separar”, “apartar”. Tanto na literatura grega extra-
bíblica quanto em 1 Corintios 7.10,11, 15, tem o sentido de “divórcio”. Disse mais o
Senhor: “Não é bom que o homem esteja só”,

“Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”.


Havendo, pois o Senhor Deus formado da terra todos os animais do campo
e todas as aves do céu trouxe-os ao homem para ver como este lhes
chamariam e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse
seria o nome deles.
“Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às aves dos céus, e a
todos os animais selvagens”.
Toda via para o homem não achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.
“Então o Senhor Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este
adormeceu, tomou uma das costelas e fechou o lugar com carne”.
“E a costela que o Senhor Deus tomara do homem transformou-se numa
mulher e lha trouxe”.
“E disse o homem: esta afinal é osso dos meus ossos e carne da minha
carne, chamar-se a varoa por que do varão foi tomada.”
“Por isso deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando os dois
uma só carne.” 8
Em Gênesis 2:20, vemos que Adão estava sozinho dando nomes aos
animais que passavam diante dele, mas viu Deus que ele se encontrava muito
solitário, e o trecho encerra com as seguintes palavras: “para o homem, todavia, não
se achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea.”

A Bíblia nos informa como Deus fez a provisão especial para Adão, retirou
3
Mt 5.31; 19.7; Mc. 10.4
4
Deuteronômio 24.1,3, Isaias 50.1 e Jeremias 3:8.
5
Matheus 15.23
6
Mateus 5.31 e Marcos 10.2, 4, 11,
7
Deuteronômio 24.1-4.
8
Gênesis 2.18-24
11

uma costela do homem, formou a mulher e lhe trouxe. Este foi o primeiro casamento
do mundo, cuja cerimônia foi realizada pelo próprio Deus.

O Senhor estabeleceu o casamento, com os seguintes propósitos, para


que o seu lar fosse um lugar de adoração a Deus, para felicidade do homem, para
conservar a raça humana e para procriação. Portanto o divórcio nunca esteve nos
planos do criador. Em Mt 19.1-12, Jesus deixa bem claro que Deus foi o idealizador
do casamento, e que sozinho o ser humano torna-se incompleto.

A família foi a primeira instituição criada por Deus, nela esta inserido o
sucesso dos homens, as restaurações de vida e o equilíbrio da humanidade. A
família é a base de um ministério, ela esta acima de qualquer princípio terreno e
religioso. Deus sempre foi e sempre será o primeiro em todas as coisas, e a família
está em segundo plano dentro da esfera divina.

Apesar de ser uma instituição divina, tendo como base as escrituras, o


matrimônio não chega a ser um sacramento, como dogmatiza a Igreja Católica
Apostólica Romana. De acordo com a lei de Deus, em Gênesis, e reafirmado por
Jesus Cristo em Mt 19.4-6, o casamento é um acordo feito por um homem e uma
mulher, efetuada segundo a Lei civil de cada País, até que a morte os separe.

Havendo Deus formado a mulher, entregou-a a Adão, o próprio Deus


estabeleceu a importância e a necessidade da procriação da espécie humana. Ele
mesmo disse: “sede fecundos, multiplicai-vos e enchei-vos a terra” Gn 1:28, o
salmista Davi no salmo 127:3 diz “Os filhos são herança do Senhor, o fruto do ventre
o seu galardão”. Procriação é um dos propósitos do casamento.

O Senhor Deus deu ao homem o poder de procriação, mas isso deve ser
encarado com respeito e sabedoria. Aos pais é dada essa incumbência, não só de
trazer filhos ao mundo, mas também de ensiná-los a andar nos caminhos do Senhor
(Ef. 6.4).

O casamento deve ser permanente e moral, legalmente. Estão vinculados


por toda vida. Assim o lar é estabelecido e a família mantida. Esposo e a esposa são
declarados, conforme a palavra de Deus, “uma só carne”.

Segundo a palavra de Deus o casamento é indissolúvel, ele é para vida


inteira. Foi assim que Deus o instituiu, e foi assim que Deus o abençoou (Gn 1.24).
12

Como demonstra as Sagradas Escrituras, se a família teve sua origem


segundo os propósitos de Deus, também a Ele deve sua lealdade. Por esta razão
marido e mulher devem atentar para os seus ensinamentos, pois do contrário como
alcançarão a verdadeira felicidade? A felicidade conjugal não é algo automático, é
preciso construí-la com muito esforço e inteligência e determinação. O casamento é
para aqueles que querem investir o melhor de seu tempo, dos seus sentimentos e
dos seus sonhos na vida dos cônjuges, como diz o Pastor Silmar Coelho:
“casamento é como uma conta bancária, se sacar mais do que deposita você vai à
falência”.

Muitas pessoas têm procurado na separação uma saída, uma solução


para o seu problema, muitos alegam que escolheram mal, outros até dizem não
saber o que estavam fazendo, outros dizem: o meu marido (esposa) mudou de
repente, outros alegam “incompatibilidade de gênios” sendo sempre apontado
nessas ocasiões. Há outras denúncias de maus tratos, infidelidade e até ameaças
de morte, devemos lembrar e nos esforçarmos na manutenção do casamento.

Não há nenhum assunto mais importante urgente e vital do que o


casamento. Se destruirmos este fundamento, toda estrutura familiar começará a
entrar em colapso, a Igreja deve posicionar-se contra o divórcio. Muitas famílias têm
sido destruídas, por causa da catástrofe que é o divórcio. No entanto sabemos que
devemos levar em conta, que realmente existem casos que são especiais, o que
deve prevalecer é a orientação bíblica.

O divórcio foi aprovado pela lei 6.516, de 26/12/1977. Está previsto no


artigo 226 da Constituição Federal do Brasil. Antes que esta lei fosse aprovada os
casais, chamados desquitados, tinham apenas o direito de saírem de suas casa
sem que fosse caracterizado abandono de lar e a garantia de que poderia adquirir
bens que fosse incomunicáveis, mas não poderiam casar novamente. Podemos
observar então, que a nova legislação abriu uma porta muito grande de escape para
aqueles que já estavam pensando em separação incitando-os a poligamia, uniões
desleixadas e regulamentando o divórcio. Isso não siguinifica que a igreja seja
obrigada a admitir o divórcio por qualquer motivo, surge então à necessidade da
igreja se manifestar, mesmo por que Jesus lhe conferiu essa autoridade (MT 16. 19;
18.16-18). O tempo passa, os costumes mudam, os valores morais se alteram, mas
a palavra de Deus permanece.
13

Esta monografia foi desenvolvida com o objetivo de dissipar eventuais


dúvidas que o assunto divórcio possa provocar na mente do cristão. Para tanto, a
intenção é demonstrar criteriosamente a verdade cristalina, que esta impressa na
Bíblia sobre esse tema tão intrigante que é o divórcio. O que a Bíblia diz a esse
respeito? Em que situação o desquite é permitido? O que fazer de um casamento
fracassado? Essas são algumas das questões que trataremos aqui com muita
franqueza e objetividade, todo o raciocínio esta fundamentado nas sagradas
escrituras.

2.1 O divórcio no Antigo Testamento

O divórcio vem desde a antiguidade e está presente em todas as raças,


nações e civilizações do mundo. Mas para a nação santa começou com o grande
legislador Moisés. Ele foi usado por Deus para tirar o povo Hebreu da escravidão de
Faraó no Egito e levá-los a terra prometida, “Canaã”. Recebeu do Senhor as Leis, os
estatutos, as normas para conservar a Nação Santa de onde viria o cumprimento da
promessa, “O Messias. Nos dias de Moisés não havia divórcio por causa de
adultério mas os homens deixavam suas esposas por qualquer outra razão.

O Doutor. Alfred Edersheim, Judeu com profundos conhecimentos da


Mishná, convertido ao cristianismo na metade do século XX, foi professor da
Universidade de Edimburgo, Escócia e afirma que para os Judeus daquela época,
(Dt. 24.1-4). Implicava em: A mulher apresentar em público com os cabelos soltos,
andar pelas ruas desnecessariamente, falar com familiaridade com homens,
maltratar os pais do marido de maneira que os vizinhos escutassem ter má
reputação, fraudes antes do casamento; “A luz do contexto bíblico, o adultério está
fora de cogitação nessa passagem, pois a alei punia este pecado com a morte”.
Assim a afirmação do Dr. Alfred Edersheim. 9

Em Dt 24. 1-4, Muitos acham que essa passagem viabiliza o divórcio, mas
não é verdade, nela apenas há o reconhecimento do divórcio como prática em
Israel. Quando examinamos este texto, vemos que não há sugestões para que o
homem se divorcie de sua esposa por um capricho, pelo contrario. O divórcio e um
ato extremo, colocando um ponto final e permanente no relacionamento do casal.
Uma vez divorciados os ex-cônjuges poderiam casar com outras pessoas, mas não

9
A família cristã, Assembléia de Deus. 2º Ed. p 15.
.
14

poderia reatar um com o outro (Dt 24.4). Esta restrição tinha a finalidade de prevenir
o divórcio por motivos frívolos, as pessoas tinham que pensar duas vezes antes de
divorciar-se.

Em Dt 24.1-4 Moisés permitia que o marido se divorciasse de sua esposa


se encontrasse nela “alguma impureza”, isto se tornou tão polêmico que nos dias de
Jesus havia duas interpretações, uma de Hilliel e outra de Shammai.10

Eles eram dois mestres rabinos, famosos e respeitados, eram lideres de


duas escolas Rabínicas de Jerusalém e viveram um século antes de Cristo. Hilliel,
defendia que o homem podia divorciar-se de sua esposa por qualquer coisa, por
exemplo não cuidar da casa, cozinhar mal. Segundo Hilliel o que o esposo julgasse
mal, ele poderia achar que foi uma afronta podendo então dar a carta de divorcio.

Shammai, dizia que não, “o divórcio só podia ser concedido em caso de


infidelidade”. 11

Os fariseus tentaram surpreender Jesus nesse particular: é licito repudiar


sua mulher por qualquer motivo? Mt 19.3,5. A resposta de Jesus foi simples e
objetiva, Moisés não ordenou que fosse dada uma carta de divórcio, como vocês
estão afirmando (V.7),”por causa da dureza de vossos corações ele apenas permitiu;
(V 8);Mas desde o princípio não foi assim Gn 2:28,24” ,ou seja a vontade de Deus
desde o princípio estabelecido no casamento:o homem tivesse uma esposa só “É
serão um, ambos uma só carne” (Mt 19.9).

No antigo testamento havia várias situações em que o divórcio era


proibido. Quando um homem acusava sua futura esposa de infidelidade, e a noiva
fosse inocente ele deveria indenizar o pai da moça e nunca mais poderia separar
dela Dt 22:19. Quando um homem antes do casamento, deitasse com sua noiva e
tinha relações pré-maritais com ela, teria que indenizar o pai da jovem e casar-se
com ela, por ele ter humilhado a moça, ele jamais poderia divorcia-se dela. 12.

No antigo testamento quando uma pessoa casada ou solteira cometia


adultério a punição era a morte Dt 22:22; Lv. 20.10, esta penalidade parece ser
extremamente dura, mas por que será que Deus não tolera tais atos. Deus não
tolera tais pelos seguintes motivos:
10
A família cristã, Assembléia de Deus. 2º Ed. p 15
11
A família cristã, Assembléia de Deus. 2º Ed. p 15
12
Deut. 22.28-27
15

 Eles destroem o compromisso mútuo do casal,


 Destroem a santidade familiar,
 Torcem o bem estar mental das pessoas,
 Espalham doenças. 13
O pecado sexual entre pessoas não casadas, costuma esconder
tragédias e dores profundas. Vemos a sociedade apresentando o pecado sexual de
modo atrativo, e as pessoas se esquecem das conseqüências desse pecado. Deus
tem bons motivos, para proibir os pecados sexuais. Ele nos ama e deseja o melhor
para nós. No antigo testamento a pena era a mesma para quem cometesse
14
formicação antes do casamento.

No Antigo Testamento resta ainda mais um exemplo de divórcio. Esdras e


Neemias mandaram que os Israelitas expulsassem as esposas pagãs e incrédulas
Ed. 9 e 10; Ne. 13. 23; Ml. 2. 10.16. Deve destacar-se que a lei de Moisés não
instruiu o divórcio. Por ordem divina Moisés tolerou o divórcio e o regulamentou a fim
de evitar os abusos. As mulheres não tinham direito e para protegê-las Deus
permitiu que Moisés criasse esta Lei Civil, afim de que as mulheres tivessem uma
nova chance.

A Lei garantia à mulher divorciada certo direito, e na realidade a protegia


de ser considerada adúltera ou rejeitada pela sociedade. Ela deixava a casa de seu
primeiro marido como mulher livre e respeitada pela sociedade e apta para contrair
um matrimônio honroso.

A carta de divórcio, estabelecia que, seu primeiro esposo já não tinha


mais jurisdição legal sobre ela, e que ela não tinha nenhum tipo de obrigação para
com ele, senão que estava livre para ser esposa de outro homem. Ao voltar à casar,
não se faria culpada de adultério, nem se violavam os direitos de seu primeiro
marido. A lei mosaica sobre o divórcio não foi dada para anular os ideais do
matrimônio instituído por Deus na criação, senão a causa da “dureza” dos corações
humanos Mt 19:8. A carta de divórcio aliviava seu infortúnio. Essa Lei simplesmente
reconhecia situação existente e buscava melhora-la. Esta era uma Lei de permissão,
e não de obrigação. Estas mesmas restrições tinham por objetivo eliminar o fácil
processo de divórcio que evidentemente os Hebreus haviam aprendido em sua
associação com os povos pagãos.

13
A família cristã, Assembléia de Deus. 2º Ed.
14
Dt.22.21-23
16

A lei de Dt 24:1-4 não instruiu o divórcio senão que o tolerou em vista das
imperfeições da natureza humana e aos baixos conceitos morais do povo de Deus
neste tempo. Para conhecer a opinião de Deus a respeito do matrimônio é preciso
não se deter apenas em Dt 24: 1-4, mas fazer como Jesus, se projetar o início e ver
qual é a vontade de Deus para o casamento (Gn 1: 27 e 2; 24 Mt 5:27-32; 19: 3-9).

O conselho escrito por Moisés serve para aquela época e deve


interpretar-se à luz dos costumes de sua gente e não da nossa, e sempre tendo em
vista o ideal divino. Uma vez mais Cristo elevou ä vista dos homens esse divino ideal
ordenado no Éden. Esse primeiro matrimônio nos proporciona o modelo dado por
Deus para seu povo de hoje. Algumas pessoas hoje se referem a Dt 24:1-4 como
base do que chamam de “divorcio cristão”, porém, na realidade, estes versículos nos
revelam a vida doméstica dos Judeus, no qual ao tomar uma esposa equivalia a
adquirir uma propriedade. A autoridade do esposo sobre sua mulher era quase
absoluto. O propósito da lei aqui enunciada era melhorar a sorte da mulher Hebréia.
Essa lei,esta longe de estabelecer uma baixa norma moral, ou de aprovar uma
norma tal, representava uma norma muito mais elevada que a reconhecida pelos
cruéis costumes daquele tempo.

2.2 Divórcio nos evangelhos

Sem querer fazer muita cerimônia, ou evitar ofender alguma pessoa que
tenha interesse pessoal nesse assunto, vamos direto a palavra de Deus observar o
que ela nos ensina a respeito disso. Vamos analisar as 7 (sete) passagens bíblicas
do novo testamento que tratam deste assunto, e que afirmam categoricamente a
indissolubilidade do casamento, enquanto o homem e a mulher dessa união estão
vivos. Em Mc 10: 11,12 e Lc. 16:18, Cristo não deixa espaço para o divórcio em
quaisquer base. Somente em Mt 5 32, 19:9. Ele menciona que o divórcio é permitido
15
em caso de fornicação. “Porém eu vos digo, que todo homem ao repudiar sua
esposa, a não ser por causa de fornicação e faz leva-la a cometer adultério, e todo
aquele que se casar com ela que é divorciada comete adultério (MT 5:32)”

Percebemos que Cristo esta dizendo que o casamento é indissolúvel


enquanto o marido e a esposa estiverem vivos. Somente no evangelho de Mt 5; 32
ele menciona que o divórcio é permitido em caso de formicação. Essa é a palavra
correta usada, inclusive por João Ferreira de Almeida em 1693, pois vem do Grego
15
SILVA, Ezequias Soares da. Analisando o divorcio a luz da Bíblia. São Paulo: CPAD, 1996 pg. 28.
17

“pornéia”. A condição da humanidade, naquela época, precisava ser levada em


conta, por que isso se aplica a situação peculiar dos Judeus, no verso 5.1 Jesus
estava dirigindo-se a multidão e aos discípulos.

José passou por esta experiência, ao descobrir que sua noiva estava
grávida, pensou que ela tinha cometido um ato imoral, antes do casamento,
fornicação, “pornéia”, em João 8:41, os fariseus também acusaram Jesus de ter
nascido de um ato de fornicação, ato ilícito antes do casamento, e não adultério
“mocheia”.

Em Mt 1.20, o Anjo apareceu a José e chamou Maria de tua mulher, ou


esposa, embora o casamento ainda não tivesse sido oficializado. Eles ainda não
tinham tornado-se uma só carne, mas já era marido e mulher, Jesus esta dizendo
que o casamento poderia ser cancelado caso houvesse fornicação, ato libertinoso
antes do casamento. O verbo “moicha”, cometer adultério, aparece duas vezes no
texto, mas Jesus não usa esse verbo para abrir uma brecha para o divórcio. A
palavra adultério não foi usada porque a exceção não se aplicava aos que se
tornaram uma só carne, mas ao que estavam em contrato de casamento.

Em Mt 1.18 diz que Maria era desposada “Ministrou” com José e não
casada “gameo”. É para caso especial como esse, e é apenas nesse caso dos
Judeus, que Jesus esta se referindo, por que o casamento não tinha se consumado.
Nesse caso o pecado é a fornicação que quebraria o pacto do esposamento e não
do casamento.

Havia três etapas de um casamento Judeu, primeiro as famílias dos


nubentes concordavam com a união, depois era feito um anúncio público. Nesse
momento o casal estava oficialmente noivos. A cerimônia era semelhante ao noivado
de hoje a não ser pelo fato de que o relacionamento só poderia ser rompido em caso
de morte de um dos nubentes, ou carta de divórcio. As relações sexuais não eram
permitidas, então os noivos se casavam e começavam a viver conjugalmente. Pelo
fato de Maria e José estarem noivos, a aparente infidelidade de Maria levava
consigo um severo estigma social, de acordo com a lei civil judaíca, José tinha o
direito de divorciar-se dela, e as autoridades Judaicas poderiam ter mandado
16
apedrejá-la até a morte (Dt 22:23,24)

16
Gary chapman. Esperança para os separados editora mundo cristão. São Paulo 1996.
-http://www.baptistlink.com/creationists/divorciarecasaadultera.htm Acessado em 26/08/2008 às
18

No versículo 32 Jesus faz o uso de uma conjugação adversativa “porém”.


Aprendemos aqui que o que Jesus estava ensinando não era o que os judeus
queriam ouvir, Jesus não estava defendendo o divórcio porque, se Ele tivesse
defendendo-o, o novo casamento não havia necessidade da conjunção adversativa
“porém”. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua esposa, a não ser por
causa de formicação, faz que ela cometa adultério, e qualquer que se casar com a
repudiada também comete adultério Mt 5: 32.

A mulher aqui repudiada, chamada parte inocente, está divorciada, mas


Jesus não reconhece nenhum divórcio, qualificando essa outra união como
adultério.

O divórcio é tão nocivo e destrutivo hoje, quanto foi na época em que


Jesus esteve físicamente entre nós. Deus deseja que o casamento seja um
compromisso para toda a vida (Gn 2:24). Ao se casarem as pessoas jamais
deveriam pensar em divórcio como opção para resolver os problemas ou como
saída para uma relação que parece estar morta, nesses versículos Jesus aproveitou
para repreender aqueles que, propositadamente abusam do contrato de casamento,
usando o divórcio para satisfazer o desejo luxurioso de casar-se com outra pessoa.

Jesus disse que o divórcio não é permitido, exceto em casos de


infidelidade. Isto não significa que deve acontecer automáticamente quando um
cônjuge comete adultério. A palavra traduzida por infiel sugere um estilo de vida
sexualmente imoral, não um ato isolado de adultério, do qual a pessoa se
arrependeu. Aqueles que descobrem que seu parceiro foi infiel devem primeiro fazer
todo esforço para perdoar, reconciliar-se e restaurar o relacionamento. Devemos
sempre procurar razões para restaurar o casamento, ao invés de procurar desculpas
para terminá-lo.

Em Mt 19.9 vemos a reação desesperada dos discípulos. ”Eu, porém vos


digo que qualquer que repudiar sua mulher, exceto por causa de fornicação, e se
casar com outra comete adultério, e o que casar com a repudiada também comete
adultério”. Nesses versículos está muito claro, Jesus disse que quando um homem
casa com uma mulher divorciando-se, seja qual for a situação dela, comete
adultério.

10h50mi.
19

Embora o divórcio fosse relativamente fácil nos dias de Jesus, Mt 19;7


essa não era a intenção de Deus. Os casais devem posicionar-se contra o divórcio
desde o início e fundamentar seu compromisso vitalício. Para os discípulos, o
divórcio e novo casamento era simplesmente uma opção. Jesus disse que eles
estavam errados, casamento é muito mais sério do que eles pensavam.

A dúvida dos discípulos era, se alguém podia se divorciar por qualquer


motivo ou só em casos de adultério. Ficaram estarrecidos com a resposta de Jesus,
que fechou as duas portas, atônitos, achavam os ensinamentos de Jesus muito
pesados, e partiram para a apelação, se for assim é melhor que o homem não se
case, mesmo assim Jesus não cedeu e disse aos seus discípulos que nem todos
tinham maturidade para entender esse assunto, mas somente aquele que foi
concedido. É interessante como o homem sempre tenta distorcer a palavra de Deus.
No princípio Deus disse “não é bom que o homem viva só”, aqui os discípulos estão
questionando os ensinamentos de Jesus e dizendo, se este é o seu padrão para
casamento, melhor não casar.

Tanto no evangelho de Marcos como de Lucas a proibição do divórcio e


novo casamento estão mais do que claras. Deus odeia o divórcio (Ml. 2:16). Porque
a mulher que tem marido, está ligada pela lei ao marido enquanto ela estiver
vivendo, mas se o marido morrer, ela esta livre da lei do marido dela, de sorte que
enquanto estiver vivendo o marido, se ela se casar com outro homem, ela será
chamada de adúltera, mas em caso da morte do marido, ela esta livre daquela lei,
de modo que ela não é adúltera, ainda que se case com outro homem (Rm 7:2,3).

A mulher que casa com outro homem estando ainda o seu marido vivo,
não importa o motivo, nem a legitimidade atribuída pelos homens, não se livrou do
fato de que o seu legitimo marido é o primeiro. Não existe ex-marido na Bíblia, isso
foi invenção dos homens para justificar o pecado de adultério. O que Paulo esta
dizendo, é que se a mulher divorciada se casar com outro homem enquanto o seu
marido estiver vivo, comete adultério e que essa nova união não é reconhecida por
Deus. Na verdade, ela tem dois maridos. Ela será chamada por adúltera. Isto quer
dizer que ela esta num estado de adultério, não apenas num ato de adultério isolado
como querem alguns. Ela será chamada de adúltera. Isto enquanto o seu marido
verdadeiro estiver vivo esta palavra, e pesada e difícil de aceitar, mas é o que a
Bíblia nos fala acerca desse ato (Rom. 7:1-3).
20

Paulo diz que a mulher esta ligada ao marido enquanto ele viver, não esta
dizendo que a mulher é ligada ao marido enquanto ele for fiel, ou eles se
divorciarem, ele esta dizendo que exceto a morte ninguém pode quebrar a união do
casamento.

Infidelidade não quebra a união do casamento, incompatibilidade de


gênios, que é sempre apontado nesses casos, não quebra a união do casamento,
maus tratos não quebram a união do casamento, e nem o divórcio quebra a união do
casamento.

Esses são apenas alguns dos muitos problemas que trazem maldição
profanação para o casamento, mas não a sua anulação, os dois continuam uma só
carne, até que a morte os separes. Por mais difícil que seja o casamento, o divórcio
é sempre pior. Muitos acham que divorciando estão se livrando de alguns
problemas, estão enganados, completamente errados. Quando chegar as
dificuldades no seu casamento, satanás estará sempre pronto para sugerir a solução
o divórcio.

O divórcio não é a solução, pelo contrário, divórcio é uma fonte de dores,


de tristezas e solidão que gera angustia na alma podendo levar a pessoa até a
sofrer de depressão.

Não há, no Novo Testamento, nenhuma sustentação para o divórcio, a


não ser que um dos cônjuges morra. A única exceção para um novo casamento é se
a esposa ou o esposo falecer. Para Deus o ideal é que a pessoa permaneça casada
a qualquer preço, não importando o que aconteça.

Diante dos muitos casos de separação, desquites, divórcios e novos


casamentos, evidenciam-se as tendências pecaminosas do coração humano. Como
disse o profeta Jeremias, “enganoso é o coração humano mais que todas as coisas,
e desesperadamente corrupto quem o conhecer” (Jr. 17:9). Os princípios Bíblicos
são estes aqui expostos, isso parece duro mais é a verdade.

É possível que algumas pessoas que se tenham divorciado por opção


própria ou contra vontade e se casaram de novo. A intenção não é de ofender
ninguém, a Bíblia diz que Deus odeia o divórcio, isso é fato (Ml. 2.16). E não se
encontra respaldo Bíblico, exceto a causa dita por Jesus, para um novo casamento .

Divórcio é pecado, mas Deus ama as pessoas divorciadas, Ele é um


21

Deus amoroso e está pronto a oferecer perdão a todos os que buscam de verdade ,
”eis que minhas mãos não estão encolhida nem o meus ouvidos tampados para nos
vos ouvir e vos abençoar, mas são os vossos pecados que fazem divisão entre voz
e o vosso Deus”Isaias 59.2 17 18

2.2.1 Divórcio nas epistolas paulinas. (1 cor 7.1-15)

O apóstolo Paulo escrevendo a sua primeira epístola aos Coríntios, nos


primeiros capítulos, depois de tratar das questões da desordem na igreja, passa a
responder as perguntas levantadas pelos Corintios acerca dos solteiros e se era
conveniente casar-se.

Corinto era uma das cidades mais pecaminosa e devassa daquela época,
uma cidade onde imperava a imoralidade sexual, nela existia vários templos
consagrados a vários deuses. A promiscuidade sexual da cidade de Corínto era
caracterizada, principalmente, por mil homens e mulheres que se prostituíam e
serviam no templo de Afrodite, fornecendo sexo como parte do serviço de adoração,
a todo o homem que levasse uma oferta designada.

Segundo Myles Munroe, eles eram testados tanto pelos judeus não
convertidos como por aqueles que já tinham convertido ao cristianismo. Os cristãos,
em Corinto, estavam cercados pela tentação sexual, algumas pessoas não judias e
muitas das sacerdotisas, ou antigos pagãos, já havia se convertido e freqüentavam a
Igreja, contudo sem abandonar suas práticas pagãs.

A cidade tinha uma reputação de prática de imoralidade sexual e


prostituição religiosa. Foi para esse tipo de sociedade que Paulo proferiu essas
instruções referente ao sexo e o casamento. Eles queriam saber se a pessoa
deveria mudar seu estado conjugal quando fosse convertida. Generalizando, Paulo
disse que não.

1º Corintios 7.1, a primeira coisa que Paulo disse que seria bom que o
homem não toque em mulher. É claro que na opinião de Paulo o estado ideal para
os solteiros era não se casarem, a fim de estarem livres para servir ao Senhor. Paulo

17
http://www.baptistlink.com/creationists/divorciarecasaadultera.htm. Acessado em 05/9/2008 as
11h:15min h,(2) Dicionário bíblico, Wycliffe, primeira edição CPAD 2006 pp570(3) subsidio teológico
bíblia de estudo aplicação pessoal pg. 1221(4) Jacques Poujol e Claire .
18
POUJOL, Jacques. O potencial criativo do conflito no casamento. São Paulo: Vida 1999. (5)
LOPES, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. São Paulo: Hagnos, 2005.
22

via um homem, ou mulher fora do casamento como um cristão inteiramente livre


para trabalhar para Deus, sem as preocupações e ocupações que tomam o tempo
quando alguém é casado e é obrigado a pensar em suprir as necessidades do
cônjuge. O homem que não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, e em
como agradar ao Senhor. Mas o homem casado preocupa-se com as coisas deste
mundo, em como agradar sua mulher, e está dividido. Tanto a mulher não casada
como a virgem preocupam-se com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo
e no espírito. “Mas a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como
agradar seu marido” (1 Cor 7: 26-27b, 32-34 NVI). Segundo Myles Munroe, não
eram o que eles queriam ouvir. Considerando as circunstâncias da igreja, o que eles
queriam mesmo era viver na promiscuidade sexual. Paulo nos diz que o fato de ser
solteiro pode ter suas vantagens, mas está cercado igualmente de muitos perigos.

O ideal de Deus é que o homem não se separe, Apóstolo Paulo diz:

“Todavia, aos casados mando não eu, mas o Senhor, que a mulher não se
aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se
reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher. Mas aos outros
digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela
consente em habitar com ele, não a deixe, mas se o fizerem há duas
opções: separação sem novo casamento ou, então, reconciliação: que se
reconcilie com seu marido.” 19

No texto de 1º Cor. 7: 12-13, o Apóstolo Paulo fala de casais mistos, e de


casais crentes. No v-10, ele condena a separação do casal crente. Não existe, a luz
da palavra de Deus, base legal para o divórcio, exceto em situações excepcionais,
prevista em Mt. 5:31-32, diz ainda que não seja parecer dele, mas mandamento do
Senhor Jesus Cristo, uma alusão as passagens de Mt. 5:31-32, 19: 4-6 ,mc 10:6-9,
Lc: 16:18.

O que a frase, "Todavia, não eu, mas o Senhor" significa? Paulo está
chamando a atenção de que ele está se referindo ao que Cristo disse quando estava
na terra (Mt 5:31-32).

Por outro lado, no verso 12, nós lemos, "mas aos outros digo eu, não o
Senhor", Paulo chama a atenção de que, agora, ele está indo adicionar àquilo que
Cristo disse. É errado pensar que o Apóstolo esta colocando ensinamento contrário
ao de Cristo, Paulo aceita perfeitamente a autoridade da concessão de Jesus em Mt.
5:32, e 19:9, mas também exerce ai a sua autoridade apostólica. Ele está
19
1° Cor.7.10-15
23

simplesmente cumprindo João 16:12-13, onde Cristo pré-autenticou as epístolas do


Novo Testamento. Alguns mal interpretam esta segunda observação de Paulo
distorcendo-a para significar que Paulo está negando a autoridade e a inspiração de
Deus nas suas declarações, no entanto, de modo nenhum isso é o que Paulo está
dizendo. Ele está simplesmente mostrando quando ele está se referindo ao
mandamento de Cristo e quando ele está adicionando a tal mandamento através do
Espírito Santo. IIº Timóteo 3:16 nos assegura que “Toda a Escritura é divinamente
inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em
justiça;”

Paulo ordena que a mulher não se separe do marido. O texto refere-se à


ordem de Jesus e aplica-se contextualmente. Tal orientação destina-se a mulheres
crentes que achavam que deveriam deixar o marido descrente. Seguindo o ensino
de Cristo, ela não poderia casar-se de novo, pois isso seria adultério, conforme
Mateus 19.9. Aqui não houve pornéia. No caso de imoralidade o divórcio foi
permitido; no caso de um motivo injustificado, como o caso de um cônjuge pagão, o
divórcio é proibido. Todavia, caso a convivência ficasse impossível, a separação era
aceitável, mas não o recasamento. Assim, o cristão estava proibido de casar-se de
novo. O casamento é uma instituição divina e indissolúvel, o que Deus ajuntou, não
o separa o homem. A Lei do país, que permiti o divórcio, não pode estar acima da
palavra de Deus, não serve para os crentes. A luz das escrituras nada justifica o
divórcio do casal crente, sem as causas previstas na Bíblia Mt: 5:32. É caso de
disciplina, se o casal, à revelia da igreja, se divorciar, não se aparte do marido, v. 10.

Ainda que nunca tenha tratado diretamente do problema do divórcio,


Paulo compreendia que a única razão para o segundo casamento é a morte de um
dos cônjuges. Ele diz: “A mulher está ligada a seu marido enquanto ele viver”. Mas,
se o seu marido morrer, ela estará livre para se casar com quem quiser, contanto
que ele pertença ao Senhor .1º Cor. 7:39.

Os apóstolos vieram a compreender bem essa verdade, porém por um


tempo acharam muito difícil aceitar a perspectiva de casamento que Jesus havia
colocado diante deles. É por isso que eles disseram aborrecidos: "Se a situação de
um homem com sua esposa é assim, não é vantajoso nem aconselhável casar". Mt
19:10. Isto é, se o único motivo para o recasamento é a morte de um cônjuge, eles
achavam que o melhor era não casar! Afinal, qual o judeu que se divorciaria se
24

soubesse que não poderia casar de novo? Para eles, era muito difícil aceitar o
casamento como uma aliança para a vida inteira, "até que a morte os separe". Então
Jesus lhes respondeu: “Nem todos podem aceitar esta verdade sobre o casamento”.
Mas Deus capacitou alguns para aceitá-la”. .Mt 5:31-32 , Mt 19-9.

Nem todos, no meio do próprio povo de Deus, conseguem aceitar o


projeto de casamento de Deus, mas somente os que foram capacitados. É óbvio que
o ser humano tem a capacidade de desunir onde há corações endurecidos, porém
Jesus declarou: "Portanto, não deixem ninguém separar o que Deus uniu" (Mt
19:6b). Não é que ele não estivesse consciente dos problemas que um casamento
enfrenta. É que ele sabia que Deus tem o poder de capacitar para união,
fortalecimento, perdão e restauração onde há corações abertos. Nenhum casal é
perfeito, mas quando se abre espaço para Deus capacitar, as situações mais difíceis
20
podem se tornar oportunidades para experimentar grandes vitórias (Tg. 1: 2- 4)

2.3 Divórcio na Cultura Judaica

No antigo testamento encontramos o “termo de divórcio”, em Dt. 24:1 em


Is 50:1, a “carta de divórcio”. A palavra grega, usada por trinta e uma vezes,
principalmente no apocalipse, é usada em Mateus 19.7, dentro da expressão “carta
de Divórcio”, refletindo o hebraico sayfer.

Um judeu podia divorciar-se de sua esposa, simplesmente entregando-lhe


este certificado.

Esse documento naturalmente, era preparado pelas autoridades


religiosas judaicas, concordando com a lei da nação, por mais brutal que isso
parecesse para as mulheres.

Baseados em escritos hebraicos Maimonides (Hilch.Gerushin, c.4. s.12)


reproduzimos um exemplo de carta de divórcio.

No dia da semana....... no mês de ........ desde o princípio do mundo,


segundo o cálculo comum, na província de.............., eu.............. filho
de.............(Pelo nome com que sou chamado), da cidade de .......,com total
consentimento de minha mente e sem qualquer compulsão, tenho me
divorciado, despedindo e expulsado a ti, a ti, digo....................., filha
de...........(pelo nome que é chamada), da cidade de................, que antes foi
minha esposa; mas agora tenho despedido de ti, digo............., filha
de............, para ser livre de casar-se, por sua própria disposição com
qualquer pessoa, desde este dia e para sempre. Portanto, estás livre para

20
Myles Munroe. Solteiro, casado e separados. São Paulo: Reino editorial, 2006 pg. 58 (2)
http://www.baptistlink.com/creationists/divorciarecasaadultera.htm.
25

casar-se com qualquer homem. Esta seja a tua carta de divórcio, por mim
concedida, escritura de separação e expulsão, segundo a lei de Moisés e de
Israel.
Rubem, filho de Jacó (testemunha)
Eleazar, filho de Gileade (testemunha)
É bem possível que as provisões mosaicas, referentes ao divórcio,
houvessem sido estabelecidas a fim de regulamentarem uma prática já existente,
pelo que também o Senhor Jesus disse, em verdade, que tais provisões foram
estabelecidas, não como um reflexo da verdadeira vontade de DEUS, e sim, para
atender a dureza dos corações humanos.

No trecho de Dt 24.1-4 está descrito alguns preceitos que com freqüência


era interpretada literalmente pelos judeus. Se um homem encontrasse alguma coisa
“indecente” em sua esposa, literalmente a nudez de alguma coisa, bastaria essa
razão para que pudesse divorciar-se dela. Alguns pensavam que esta palavra só
pode significar, mais estritamente, casos de adultério; porém muitos rabinos Judeus
davam as tais palavras uma interpretação extremamente liberal, de tal modo que um
homem podia divorciar-se de sua legitima esposa por praticamente qualquer motivo,
embora ela mesma não pudesse mover a ação de divórcio contra ele.

Essa era uma antiga aplicação do duplo padrão que, sem dúvida alguma,
fazia parte integrante dos costumes sociais dos judeus. É óbvio que para os Judeus
o adultério era causa suficiente de divórcio, ainda que, na maioria dos casos de
adultério, tanto a mulher como o homem culpados eram apedrejados até morrerem.
Porém, a noção de adultério era muito restrita, já que requeria a cópula ilícita entre
um homem e uma mulher casados com outros, ou, pelo menos exigia que um dos
lados culpados fosse casado. 21

Por esse motivo, mesmo a poligamia era por demais generalizada, bem
como concubinato. Em que tais relações sexuais não eram consideradas como
adultério, não havendo, nesses casos segundo a opinião judaíca antiga, qualquer
razão para o divórcio. Naturalmente que os casamentos múltiplos e o concubinato
eram privilégios exclusivos dos homens. 22

A lei judaica de concubinato foi criada pelas tradições dos anciões, e não
pela legislação mosaica. Portanto, para os homens judeus, não havia qualquer
21
R.N Champlim. O Antigo Testamento interpretado Versículo por versículo. São Paulo: Distribuidora
Candeia, 2000.
22
Ibid.
26

restrição nesse sentido, podiam ter diversas esposas, contanto que nenhuma dela
fosse esposa de outro, e os contratos eram feitos segundo os desejos de homens e
mulheres envolvidos, estabelecendo casamentos múltiplos ou concubinatos, sem
que nenhum desses casos fosse reputado como adultério.

Abraão lançou mão do concubinato por sugestão de Sara, sua mulher que
era estéril Gn 16:1-4, Jacó teve esposas e concubinas, Gn 29 . 18-30 e nesse
contexto de machismo, bigamia e concubinato que surge o divórcio.

Os códigos mais antigos da humanidade já configuravam o código


Hamurabi 1792-1750 a.C, legislou claramente sobre divórcio.

a) Artigo 128 - o casamento sem contrato escrito e considerado nulo de


pleno direito.

b) Artigo 134 - admite o divórcio para mulheres de um prisioneiro que não


tive se renda suficiente para garantir sua sobrevivência.

c) Artigo 137 e 140 - admite o divórcio por qualquer motivo , desde que
seja respeitado os direito de dote e herança .

d) Artigo 141 - dá ao marido o direito de se divorciar de sua esposa que


tenha má reputação para se casar com outra

e) Artigo 142 - dá mulher o direito de se divorciar de um marido relaxado,


impotente, irresponsável e desonesto.

f) Artigo 144 e 147 tratam do concubinato

g) Artigo 148 – permite que o marido se case com outra mulher se a


primeira for cometido de doença incurável, mas ele fica responsável e
obrigado a cuidar dela. 23

Houve duas ocasiões, dentro do Antigo Testamento, em que o divórcio foi


imposto como obrigação, a saber:

Alguns judeus foram forcados a se divorciarem de suas mulheres


estrangeiras, depois que os judeus voltaram do exílio Ed. 9 e 10; Ne. 13. 23 e 55

Certos judeus se divorciaram de suas esposas judaicas, a fim de se


24
casarem com mulheres pagãs (Ml. 2:10-16).
23
Guy Duty .Divórcio e novo casamento. 2 ed. Belo Horizonte: Betânia, 1999.
24
Ibid
27

O capitulo a seguir, trata do divórcio e suas conseqüências, de que


maneira o divórcio ocorre, o papel da igreja em uma situação dessa e principalmente
as conseqüências do divórcio nos filhos de pais que estão se separando..
28

3 DIVÓRCIO: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Para satisfazer os seus propósitos, e até mesmo caprichos, sem razão de


ser, o homem toma decisões, que não são coerentes com a vontade absoluta de
Deus. O divórcio é uma dessas situações que fere os princípios básicos da vida que
Deus determinou ao homem através do casamento.

A maioria dos casamentos, que estão desfeitos, não estava dentro do


plano de Deus. Já os casamentos que estão dentro do plano de Deus e foram
destruídos é porque os cônjuges não saíram de sua posição egoísta, e querem levar
a vida, casamento e família a seu bel-prazer. Há casos ainda que vão de mal a pior
por falta de orientação
O divórcio é um inimigo cruel, capaz de marcar os componentes da
família por toda a vida. Normalmente, ele só ataca depois de alguns anos de vida
conjugal, podendo, no entanto, ocorrer até poucos meses depois do casamento. As
causas da separação dos casais são muitas. Infidelidade conjugal, descumprimento
dos papéis de cada um dos conjugues dentro do casamento, problemas financeiros,
frieza, agressividade verbal ou física, falta de preparo para o próprio casamento são
muitas as causas que cooperam para os crescentes números de divórcios, ausência
de diálogo, emancipação da mulher, mudança do padrão profissional, agora marido
e mulher trabalham fora.
As desculpas são sempre as mesmas. Muitos alegam que não sabiam o
que estavam fazendo, outros dizem que escolheram mal, outros dizem que estão
sofrendo maus tratos, infidelidade, ameaças de morte e outros dizem simplesmente
que o amor acabou, acabou mesmo ou nunca existiu?
Entretanto, nós sabemos que a causa principal para o divórcio é a falta do
verdadeiro amor, “Eu não o amo mais”. Esta é uma frase comumente usada pelos
cônjuges em crise para se justificar e dar legitimidade ao divórcio. Mas como tudo o
que é dito nas Escrituras, o amor também sofre de má compreensão. O amor não é
um sentimento bom para ser vivido apenas em bons momentos a dois, ou só na lua-
de-mel. Conforme Cristo disse, o marido tem que amar a esposa como Cristo amou
a Sua Igreja dando sua vida por ela. Cristo amou uma igreja infiel, o marido deve
amar a esposa assim como ela é. Amor é a decisão de agir em favor do outro.
Temos que abandonar aquele tipo de amor-fantasia, amor de novela, amor
29

emocional. Amar é desempenhar atos de amor. Amar é ser gentil com o cônjuge, é
procurar atender às necessidades do outro, é saber ouvir, é ser paciente, é não
procurar seus próprios interesses, é não ser egoísta, é não mentir ao outro, é ter
palavras de elogio e não de crítica, A ausência destas atitudes sufoca o casamento.
O divórcio não oferece uma oportunidade fácil de começar uma nova vida
lembre-se que, sempre que desobedecemos a Deus sofremos conseqüências, você
leva cicatrizes do divórcio consigo para sempre.
A Bíblia diz que as muitas águas não poderiam apagar este amor nem os
rios afogá-los Ct. 8:7. É sobre o amor que o casamento deve ser fundamentado. O
amor profundo produz, no relacionamento, uma grande harmonia, pois no dizer do
rei Salomão, é forte como a morte (Ct.8:6). Cabe pois, ao homem manter, cultuar,
reverenciar, respeitar , prover e sustentar o amor no casamento. Um lar que quer ser
guiado pelos princípios estabelecidos por Deus, o instituidor da família deve amar e
para que isso aconteça deve se convidar Deus para fazer parte da união do casal,
mesmo muito antes das núpcias, ainda no namoro, ou até mesmo bem antes .
Podemos ter certeza de que um casal, unido pelo amor, sob a direção segura e
sábia do Senhor Jesus, jamais será vítima de separação, seja pelo desquite, pelo
divórcio ou por qualquer outra quebra do vínculo conjugal.
Poderíamos destacar qualquer uma das causas acima citada para o
divórcio, mas quero destacar uma em especial - a infidelidade conjugal.
Desconhecemos algo que seja mais prejudicial a um casamento do que a
infidelidade. Ela provoca o naufrágio da confiança mutua; é uma violação as
promessas de Deus feitas diante da igreja de cristo.
Não há um lugar mais sagrado e intimo, onde ocorre uma união mais
completa do que a cama do casal, quando há uma entrega por completo a uma
outra pessoa. Quando há infidelidade, esse mal aloja no coração da pessoa que foi
traída é se torna um mal difícil de ser reparado. O lar cristão deve ser a continuação
da igreja, porque, num sentido mais profundo, é a igreja também. O relacionamento
entre os membros da família deve ser tão santo em casa, quanto na igreja.
A infidelidade é um mal que não é de hoje, mas que, nos tempos atuais,
tem-se tornado muito comum nos lares sem Cristo, e também tem atingido muitos
lares cristãos. A infidelidade conjugal não passa de um instrumento diabólico para a
destruição e desagregação da família. “Não deixe que uma mulher como essa
ganhe o seu coração: não ande atrás dela. Pois ela tem sido a desgraça de muitos
30

homens e tem causado a morte de tantos, que nem da pra contar.” (Prov. 7.25-26).
Provérbios 7 nos traz o relato de um rapaz sem juízo que caiu na
armadilha de uma mulher adúltera e imoral. Ele se entregou a ela “como um boi que
vai para o matadouro, como um animal que corre para a armadilha”. As pessoas
precisam se proteger das armadilhas da infidelidade
Mas, Satanás diz ao esposo: "ora, não é nada demais; procura unir-te a
outra mulher: a tua já não te agrada. No fim, tudo dará certo - Os teus amigos não
possuem outras mulheres?". Com isso, o inimigo procura desfazer o plano de Deus
para a vida conjugal. E muitos homens, mesmo cristãos, têm cedido a essa tentação
diabólica, cometendo adultério e prostituição, e desprezando o lar, a esposa, os
filhos e seu próprio nome e, o que é pior: desprezando a Deus. A infidelidade é um
inimigo cruel, e não acontece de repente.
1 Tessalonicenses 4.1-8
“Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, assim
como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus,
assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais;2 - porque vós
bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus.3 -
Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais
da prostituição,4 - que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em
santificação e honra,5 - não na paixão de concupiscência, como os gentios,
que não conhecem a Deus.6 - Ninguém oprima ou engane a seu irmão em
negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como
também, antes, vo-lo dissemos e testificamos.7 - Porque não nos chamou
Deus para a imundícia, mas para a santificação.8 - Portanto, quem
despreza isto não despreza ao homem, mas, sim, a Deus, que nos deu
também o seu Espírito Santo.”

Os padrões sexuais eram extremamente baixos no império romano, e


hoje em muitas sociedades, não e muito diferente daquele tempo. A tentação de se
envolver em uma relação sexual fora do casamento, sempre foi poderosa, ceder a
essa tentação pode trazer resultados desastrosos. Os pecados sexuais sempre
ferem alguém: indivíduos, famílias, negócios, igrejas além de conseqüências físicas
há também conseqüências espirituais.
Deus estabeleceu para os crentes normas elevadas de pureza e
santidade. Ser santificado é o resultado de se viver a vida cristã, o Espírito Santo
opera em nós, tornando-nos imagem de Cristo (RM 8-29). A infidelidade conjugal é
uma violação da lei moral de Deus Ex 20.14, um atentado ao direito do outro
cônjuge Pv. 6.34-35, destrói a alma do ofensor Pv 6. 32 a e o exclui do reino de
Deus.
31

3.1 Quando ocorre a infidelidade conjugal

A infidelidade pode ocorrer em dois momentos distintos: Primeiro: quando


ha. intenção. "Eu porem, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para
cobiçá-la já em seu coração cometeu adultério com ela" (Mt 5. 28). No A.T, a lei
assegura que é errado ter relações sexuais com alguém que não seja seu cônjuge,
(ex 20-14) no N.T Jesus disse que essa prática é considerada por Deus adultério,
portanto é um pecado, Jesus disse que adulterar é pecado, mas que a intenção
também é pecado. Ser fiel ao cônjuge com o corpo e não com o pensamento e
quebrar a confiança que é base tão importante para o casamento, é tornar a mente
liberada para fantasias malignas que poderá vir á ser colocado em prática. Agora é
possível ter intenção sem consumar o ato propriamente dito. Todavia tanto quem tem
intenção como quem consuma, adúltera.
E em segundo, quando há a consumação do ato "Então, Davi enviou
mensageiros e mandou trazer beteseba; e, entrando ela a ele, se deitou com ela..."
(II Sm 11. 4). O adultério, isto é, a infidelidade de um cônjuge a outro, é um ato
doloso. Ninguém o faz contra a vontade. Ele começa com um desejo impuro no
coração para depois se consumar através do ato físico. Davi saiu da esfera do
pensamento e da vontade entrando na esfera da ação Ele como rei de Israel
determinou aos seus subordinados que trouxessem Bateseba à sua presença e
depois se deitou com ela consumando assim o adultério. A consumação implica num
primeiro momento no querer expontâneo e num segundo momento no realizar.
A infidelidade conjugal deixa marcas profundas que só podem ser curadas
pela graça de Deus. De acordo com o apóstolo Paulo destacaremos três destas
marcas, a saber:
1. A opressão. "Ninguém oprima" I Tess 4. 6 .A infidelidade é um ato
opressor. Ela abala a estrutura de qualquer homem ou mulher. Deus sabe a
dor e angustia que uma traição podem causar. Em Isaías 54 : 5-6 Deus se
revela a Israel através da figura de um marido apaixonado. Marido este que
em muitas ocasiões fora traído pelo seu povo através de adultérios
espirituais quando se juntaram os outros deuses. Se o cônjuge bem
soubesse jamais exporia seu parceiro ao opróbrio e a vergonha.
Sentimentos são dilacerados, a confiança é abalada ao extremo e as
chances de reconciliação evaporam-se se tornando quase impossível
estabelecer uma nova relação.
2. A segunda marca e a violação do direito alheio “ou engane a seu irmão
em negócio algum" I Tess. 4. 6 a. Um outro fator marcante no adultério é
que ele viola o direito do parceiro traído: O direito a exclusividade. A
promessa do cônjuge de que se guardaria exclusivamente para o outro é
quebrada deixando marcas profundas. Muitos outros direito também são
violados: O direito ao amor não dividido, o direito a confiança não abalada,
32

etc. A imoralidade sexual viola o direito do outro seja ele crente ou não.
3. Terceira marca, O desprezo a Deus “Portanto, quem despreza isto não
despreza ao homem, mas, sim, a Deus." I Tess. 4. 8 a.Tanto a primeira
como a segunda marca (opressão e violação do direito), são atentados
contra a pessoa ofendida: o parceiro ou a parceira conforme o caso. Neste
terceiro item, o objeto da ofensa, não é nem o homem nem a mulher. Paulo
diz que quem despreza a exortação quanto a maneira que convém andar e
agradar a Deus não despreza o homem mas ao Senhor. Tal homem ou
mulher estão passivos do juízo divino visto que Deus é vingador de todas
estas coisas I Tess. 4. 6 b. Já Provérbios 13.13 diz que o que despreza a
palavra perecerá, mas o que teme o mandamento será galardoado. Os que
desprezam a Deus serão por ele desprezados.

É necessário estar alerta para as ciladas do Inimigo. Muitas vezes, a


causa do adultério, ou melhor, dos fatores que contribuem para a infidelidade, está
sendo gerado dentro do próprio lar: Com o passar dos anos, o esposo e a esposa
deixam de cultivar o amor verdadeiro. Aquelas expressões de carinho dos primeiros
tempos ficam esquecidas. O afeto vai desaparecendo entre os dois. No entanto, a
necessidade de afeto continua a existir em cada um. É a chamada carência afetiva,
que leva muitos a se decepcionarem com o casamento.
As lutas do dia-a-dia também tendem a desfazer o clima amoroso entre o
casal, se não forem adotadas providências para cultivá-lo. O lar, em muitos casos,
passa a ser uma espécie de pensão, na qual o marido é o hóspede número um.
Proceder fielmente em tudo é uma característica marcante dos verdadeiros cristãos.
O oposto disso, ou seja, a infidelidade, é um terrível inimigo, que tem destruído
inteiramente muitos lares e famílias. Neste aspecto, avulta com maior gravidade, a
infidelidade conjugal: o esposo, o pai de família, sendo infiel à esposa e vice-versa.
Então Satanás, que não dorme, entra em ação. Começa a falar ao
coração que é hora de experimentar um caso de amor, um romance, mesmo
passageiro. O cônjuge, mesmo sendo cristão, diante de tal sedução, entra em
conflito consigo mesmo. A mente começa a estampar a crise de afeto que existe no
lar, a falta de carinho, a indiferença do outro cônjuge, a consciência bate forte,
lembrando a condição de cristão, lavado e remido no sangue de Jesus. Nas
primeiras investidas, o servo de Deus pensa, recua, vence. Mas, dia após dia, as
coisas se agravam. A voz do Inimigo soa mais forte e sedutora; a concupiscência se
aquece, e vem a queda, o ato, o pecado, a morte espiritual.
Depois, entra em desespero e reações evidentes, o coração explode. O
lar, que antes estava ruim, fica pior. A culpa não dá paz. Os conflitos aumentam, só
há dois caminhos: abandonar o lar, a esposa, os filhos e viver na nova "pensão" ou
33

continuar enganando a todos, mas não a Deus. Em qualquer caso, todos sofrem. O
cônjuge infiel, o cônjuge fiel, os filhos, a família, a igreja. Para evitar esse tipo de
contribuição à infidelidade, é necessário que o casal se mantenha debaixo da
orientação da Palavra de Deus. O esposo, amando sua esposa de todo o coração,
como Cristo à Igreja e a esposa, amando o esposo da mesma forma e lhe sendo
submissa pelo amor.

Em termos práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta


do amor, para que as ervas daninhas da infidelidade não germinem no coração de
um dos cônjuges. É bom, que os cristãos casados saibam que a santidade do
cristianismo não faz ninguém deixar de ser humano. Nesta vida, precisamos de
amor, de alegria, de paz, de carinho e de afeto. O leito conjugal precisa ser bem
aproveitado, e a união sexual, legítima entre os casados, deve continuar sendo fator
de integração, não apenas física, afetiva, mas também espiritual. Deus se agrada da
união entre os casados, especialmente entre cristãos: "Seja por todos venerado o
matrimônio, e o leito sem mácula” (Hb. 1.3.4). Reconhecemos que há muita
infidelidade que começa por mera tentação, para o que o outro cônjuge, às vezes,
em nada contribui. Mas havemos de reconhecer que o casal bem unido em torno do
Senhor Jesus terá condições de vencer o Inimigo.

Aqui desejamos relembrar algumas recomendações da Bíblia quanto à


infidelidade. Paulo doutrinou bastante sobre o assunto. A igreja em Corínto ele disse:
"Não sabeis vós que sois o templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em
vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá: porque o templo de
Deus, que sois vós, é santo" (1 Cor. .3.16,17). O homem, ou a mulher cristã, deve
tomar em consideração esta advertência solene e grave da Bíblia: Se alguém
destruir o seu próprio corpo, pelo pecado, Deus o destruirá. Mais clara, ainda, é a
exortação, quando lemos o trecho de

Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo,


mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que
O NOSSO CORPO E TEMPLO DO ESPRITO SANTO, que habita em vós,
proveniente de Deus e que não sois de vos mesmos? Porque fostes
comprados por bom preço; glorificai, pois a Deus NO VOSSO CORPO, e no
vosso espírito, os quais pertencem a Deus. 25.

Vemos, então, que a infidelidade conjugal, geralmente tornada em

25
1° Cor.6.18-20
34

adultério, é considerada o maior pecado contra o corpo. Isto porque o corpo é


"templo de Deus", "templo do Espírito Santo”. Havendo o verdadeiro amor, não
haverá frieza sexual.

Haverá interesse, atração de um pelo outro; haverá prazer no ato sexual.


É necessário evitar a infidelidade sob qualquer forma ou pretexto.

O pastor Silas Malafaia diz que Todas as coisas que acontecem nascem
de pequenas sementes que são plantadas ou ate mesmo jogadas em terras fértil.
.Uma arvore começa brotando de uma pequena semente, cresce e logo desenvolve
seus frutos. Isso acontece com todas as plantas até mesmo os espinhos, contudo,
podemos dizer que todas as coisas, tanto boas quanto más, acontece de pequenas
sementes que semeamos ao longo de uma vida. Ninguém toma a decisão de
divorciar-se de um dia para o outro, com certeza houve um processo até chegar a
essa decisão, então é preciso que nós estejamos atentos, para perceber quando
esta nascendo algo de uma semente ruim que plantamos (Mc 14;38, 1 Cor 16;13 1
Ts5.6).

Não deixe que pequenas desavenças ou pequenos desentendimentos


cresçam ao ponto de destruir a obra prima da criação de Deus que é a família. Ao
primeiro sinal corte o mal pela raiz. Existem situações desagradáveis que poderão
ser controladas e exterminadas se detectadas no começo.

DESCONTENTAMENTO: Se você sentir que o seu cônjuge não esta


satisfeito por alguns motivos, ou algumas atitudes sua, converse peça explicação e
procure faze-lo entender o motivo do seu comportamento.

LINQUAGEM DESTRUTIVAS: As criticas demasiadas, humilhações,


reprovações diante de outras pessoas, xingamentos indiretas, ironias são motivos
que provocam desentendimento (Sl 15.1-3;pv 15 ; 27.15 ,Tg 3.6; 1Pd 3.10).

DESCORTEZIA: Quem não gosta de ser tratado com carinho e atenção,


existem muitos tratos entre casais que deveriam se reconsiderados. A falta de
atenção, cortar a conversa, desmentir o parceiro diante dos filhos ou dos amigos são
atitudes que merecem reprovação.

DESONESTIDADE: Começa com coisas pequenas - o preço enganoso


35

de um objeto comprado, ir pra um lugar e dizer que foi pra outro, o encontro com
uma pessoa que não é bem vista pelo cônjuge são coisas que aparentemente não
tem importância, mas que começa a gerar desconfiança e duvida. Tudo começa
pequeno e vai crescendo até chegar a abalar as estruturas do casamento.

TÉDIO, ENFADO, CANSEIRA, ROTINA: São situações que vão minando


a convivência do casal até chegar ao desinteresse e ao distanciamento. A falta de
diálogo, às vezes essas situações são proporcionadas pelo excesso de trabalho ou
falta de uma programação mais equilibrada. Quando começa a dar atenção a outras
pessoas, ou quando se dá preferências a companhias de outras pessoas não ao
26
conjugue, ou até mesmo quando a atenção os filhos supera os cônjuges.

Pode se considerar um desastre de grandes proporções quando um


casamento é desfeito, a pior situação e a dos filhos. O regime de visitas estabelecido
para que os pais vejam os filhos e muito complicado e é muito difícil para ser
entendido pelos filhos , porque a família tem que se desfazer depois de ter vivido
muito tempo juntos.

Às vezes diante de tantas brigas e discussões, não sabem se posicionar,


porque ama o pai tanto quanto ama a mãe e não sabe com qual dos dois vão ficar,
ficam divididos e traumatizados com essa decisão.

Quanto aos adolescentes a separação causa uma grande decepção,eles


estão no momento de se colher um herói com quem vai si identificar e seguir o
exemplo. Esse herói eles esperavam que fossem o seu pai.

Quando um casal toma a decisão de se divorciar é porque o egoísmo já


tomou conta do seu coração, ele agora só pensa em dar bem na vida , achar um
novo amor e assim se esquecem do sofrimento do filhos. Mesmo que ele cumpra
com suas obrigações, não deixando faltar o conforto material, existe uma grande
possibilidade de esses filhos apresentarem sérios problemas no futuro entre eles
ansiedade insegurança etc. Eles passam a viver em um mundo que não consegue
entender. Mesmo em meio a um casamento ruim, existem momentos bons, a
separação traz um sentimento de nostalgia e fracasso.

26
Guy Duty .Divórcio e novo casamento. 2 ed. Belo Horizonte: Betânia, 1999.
36

O divorcio trás negligência e descaso pelos filhos, cada um dos cônjuges


quer jogar a responsabilidade para o outro. 27

3.2 O Papel da Igreja

Existem muitos problemas que prejudicam o casamento, entre tantos


destacamos um dos piores que é o abuso físico. Quando falamos em abuso físico
achamos que isso só ocorre com casais não crentes, no entanto, estamos
enganados, o número de abusos físico entre casais que freqüentam a Igreja é maior
do que pensamos.

Geralmente os casos de abusos físicos ocorre logo após o casamento,


antes o rapaz parecia até boa pessoa, ia à igreja, era educado, responsável, tinha
bom testemunho, só que depois do casamento ele revelou quem de fato era. Jesus
citando Isaias nos falou acerca desse tipo de pessoas.

“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração esta longe de
mim”.28

O que se deve fazer numa situação dessas? A melhor coisa que uma
esposa nessa situação pode fazer é procurar a igreja para tentar salvar seu
casamento e o seu esposo. Se depois de algum tempo congregando, ela continuar
sendo agredida por ele, então a esposa deverá levar o assunto à igreja. Muitas
pessoas poderiam dizer que neste caso o divórcio seria a saída, um ponto final
neste sofrimento, outros poderiam dizer que Deus não nos criou para sofrer, outros
poderiam dizer contrate um advogado entre com o processo de divórcio e mantenha-
o fora de casa. O que a esposa deve fazer?

É impossível ela permanecer casada, mas como já vimos na palavra de


Deus o divórcio é proibido, e duro, mas é a verdade contida nas escrituras, e
ninguém tem base bíblica para legitimar o divórcio em qualquer situação a não ser
no caso de relações sexuais ilícitas (Mt 5.32). A Bíblia diz: Se os crentes separarem
por vontade própria, não por uma separação legal, ordena-se que ele não se casem

27
KEMP, Jaime. Antes de dizer adeus. São Paulo: Mundo Cristão, 1999.(2)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&q=causas+e+consequencias+do+divorcio+infedelidade&start=140&as. Acessado em 3/09/2008
as 11.30(5) revista bíblica escola dominical família um presente de Deus editora central gospel.
28
Mt 15.8
37

de novo, ou então que se reconcilie. 1 Cor 7.14. O papel da igreja é extremamente


importante, para oferecer orientações espirituais para os casais onde ocorre abusos
físicos . Entre os conjugues Jesus disse que a igreja tem as chave do céu.

“Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir
ganhaste teu irmão, se ele não ti ouvir leve uma ou duas testemunhas ,
para que , pelo testemunho de duas ou três testemunhas, toda palavra se
estabelece . E se ele não os atender , dize-o a igreja , se ele não ouvir a
igreja, considere o como um gentio publica no. Em verdade vos digo, que
tudo que ligares na terra será ligado no céu . Mt 18:15-18

Depois que a esposa tiver tentado resolver o problema e ver que nada
adiantou e houver testemunha do caso, então ela deverá levar o caso à igreja
acompanhado pelas testemunhas.

Se o abuso físico for entre um casal crente não pode haver separação, de
acordo com a Bíblia, se for um incrédulo com uma crente pode haver separação
desde que o incrédulo a deixar voluntariamente (1 Cor 1-15). Numa relação de maus
tratos e abusos físicos, eu penso que a igreja deveria pegar a esposa colocar na
casa de um casal, enquanto os obreiros tratam do esposo, conselhos de abandono
de lar, separação nunca devem ser dados mesmo porque a mensagem de Jesus e
sempre reconciliar, desse modo a igreja deve enfrentar e ajudar o casal permanecer
unidos e feliz na pessoa de Cristo.

Quando vemos um casal em situações como abusos físicos, ficamos


preocupados e chegamos até pensar - será que Deus não esta vendo o sofrimento
da parte inocente? Deus está vendo e quer ajudar só que o divórcio não é permitido.
O problema é que muitas pessoas em situações como esta não querem ir à igreja,
acham que o casamento já acabou e que não tem mais jeito, outros se calam para
evitar comentários, passam a viver só de aparências, outros dizem que é tarde
demais que não há mais esperança, se esquecendo de procurar ajuda logo no povo
de Deus. O fato de muitas pessoas não procurarem ajuda na igreja é por que elas
sabem que não há apoio bíblico para o divórcio, e o que esperam do pastor é a
autorização para o divorcio.

Muitas pessoas não vêem a igreja por achar que o problema é o cônjuge
e não um problema espiritual . Trazer o problema a igreja é o primeiro passo para
achar a solução, na igreja será detectado o problema, se é o cônjuge ou espiritual.
38

Os lideres da igreja logo detectarão o problema e logo inicia o


tratamento. O tratamento não tem o objetivo de expulsar ninguém ou excluir, o
principal objetivo da igreja é o do processo de tratamento e restaurar a saúde
espiritual e a comunhão total com o Senhor.

“Se ele não os atender diga a igreja se não ouvir a igreja, considere
como gentil e publicano”. Mt 18.17

Se o processo de tratamento não adiantar, então os presbíteros deverão


aplicar uma disciplina mais severa, esta autoridade Deus entregou a Igreja. “Prega a
palavra, ensina quer seja oportuno quer não , corrija, repreendo, exorto com total
longaminidade e doutrina” II Tm 4.2.“Evita o homem faccioso depois de admoestá-lo
pela primeira e segunda vez” Tito 3.10”.

“O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, será


quebrantado de repente sem que haja cura” (.Pv 29.1).

De acordo com a apalavra de Deus em 1 Cor 6.3 Paulo fala sobre a


autoridade da igreja.”Não sabeis vos que havemos de julgar os próprios anjos
quantos mais as coisas desta vida”. É muito difícil saber o que se passa nos
corações das pessoas , mas eu entendo que a igreja tem autoridade de avaliar e
analisar se um esposo que se diz crente e espanca sua esposa , se de fato é crente
ou incrédulo. O fato de uma pessoa ter nascido na igreja não quer dizer que ele seja
um cristão, nem todos que dizem Senhor, estarão no reino (Mt 7.4).

Se a igreja considerá-lo como um incrédulo, ele pode desfrutar a paz


oferecida em 1 Cor 7.15, poderá separar, mas casar com outro. Mas sendo ele
incrédulo, e ele decidir continuar casado, a esposa é obrigada a aceitar e manter o
casamento (1 cor 7.24).

Mas se a situação espiritual física for ameaçadora à mulher crente ou à


sua família, uma separação temporária é permitida 1cor 7.12,14, estando para que
as palavras da Bíblia sejam cumpridas.

Deus adverte os crentes do Novo Testamento, que estão vivendo em


dificuldades conjugais e também aqueles que estão em discórdia com seus cônjuges
a não desistirem nem procuram os tribunais seculares para o aconselhamento.
39

Aventura-se alguns de vos, tendo questão contra o outro , a submetê-lo a


juízo perante os injustos, e não perante os santos! Ou não sabeis que os
santos hão de julgar o mundo? Ora se o mundo sois julgados por voz,
quanto mais as coisas desta vida? No entanto vos quando tendes de julgar
coisas terrenas , constituis um tribunal aqueles que não tem nenhuma
aceitação na igreja! Não há porventura nenhum sábio entre vos? Que possa
julgar no meio da humanidade? Mas ira um irmão contra outro irmão a
dizer, e isto perante incrédulos? (1 cor 6.1-6).

Quando um crente não pode mais suportar o seu cônjuge nem mais um
minuto, ao invés de procurar solução no tribunal, deve procurar ajuda na igreja.
Quando um cônjuge não pode suportar o casamento, as soluções não são
encontradas em tribunais, nem com o divórcio, mas sim na igreja. Ela é nosso
quartel geral, mediante a palavra de Deus onde aprenderemos a desenvolver os
frutos do espírito: “O amor, a alegria, a paz, a longaminidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio, contra essas coisas não há lei” (Gl 5.22).

O cônjuge visível da carne e sangue não é o problema básico. O


problema verdadeiro é a avidez espiritual que abre caminho para o trabalho do
diabo.

O número de divórcios está crescendo dramaticamente na sociedade,


mostrando que hoje muitos casais o consideram uma opção importante quando um
casamento não vai bem. No Brasil, um em cada quatro casamentos acaba em
divórcio e nos Estados Unidos o problema atinge quase metade dos casamentos.
Mas o que impressiona mais é que estudos mostram que os cristãos são tão
vulneráveis ao divórcio quanto qualquer outra pessoa.

Todos os anos, milhares de cristãos decidem, por diversos motivos,


terminar seu casamento. Um estudo realizado pelo Barna Research Group revela
que o índice de divórcio entre os cristãos americanos está realmente um pouco mais
elevado do que entre os que não são cristãos. Entre os adultos que não são
cristãos, 24 por cento estão atualmente ou já estiveram divorciados. Em
comparação, 27 por cento dos crentes que acham que nasceram de novo estão
nessa mesma situação. Essa tendência prejudica o testemunho dos cristãos na
sociedade. Há a informação de que até os ateus estão, com alegria, utilizando o
mesmo estudo para anunciar que quem não crê em Deus tem o índice mais baixo de
divórcio.
40

Embora pareça uma opção aceitável no caso de um casamento infeliz e


tumultuado, o divórcio sempre marca uma família. Filhos de pais divorciados muitas
vezes desenvolvem depressão e ansiedades profundamente enraizadas de si
mesmos, sua família e seus relacionamentos com os pais e amigos. O divórcio torna
as crianças novas quietas e deprimidas e os adolescentes, revoltados, agressivos e
até mesmo vulneráveis à delinqüência e às drogas. Pesquisas também mostram que
pessoas separadas e divorciadas sofrem mais sentimentos de infelicidade, solidão e
29
doenças crônicas e agudas do que as pessoas casadas ou solteiras.

Não há dúvida de que o divórcio é uma tragédia que vem crescendo no


meio das igrejas. Não há cristão que não conheça casal dentro da igreja se
separando ou já separado. Os exemplos incluem até evangélicos em posição de
liderança.

Não é fácil lidar com tudo o que está relacionado com o divórcio. Até
mesmo estudiosos da Bíblia têm muita dificuldade para debater essas questões num
nível teológico. Portanto, não é sem razão que há tantas opiniões e interpretações
variadas. Tudo o que sabemos sobre os sentimentos de Deus é que ele declarou:
“Odeio o divórcio” (Ml. 2:16). Fica então uma pergunta intrigante: Por que está
aumentando entre os evangélicos algo que Deus odeia? Parece haver uma
necessidade da igreja abordar o assunto da forma mais bíblica possível, a fim de
que mais casamentos possam ser preservados. Cabe, a igreja e principalmente à
liderança adquirir um conhecimento bíblico mais adequado e aplicá-lo para proteger
seus rebanhos das tendências que estão destruindo os casamentos no mundo.
Objetivo da igreja não é tratar dos complexos problemas existentes depois que um
casal evangélico já seguiu a tendência do divórcio. Tudo o que a igreja precisa fazer
e apresentar uma perspectiva a luz da Palavra de Deus que seja útil para os casais
evangélicos, antes que eles pensem em tomar a decisão pelo divorcio. 30

3.3 O divórcio e seus filhos


Nós às vezes ouvimos muitas pessoas dizerem que o fato de ainda
estarem casadas são por causa dos filhos, às vezes isto pode não parecer coreto

29
Informações extraídas do CD-Rom The Family in América, New Research (digital archive), março
de 1987-julho de 1996.
30
PLEKKER, Robert J. Divórcio a luz da bíblia. Vida Nova, 198511(2)http://advir.com.br/ acessado
em 03/10/2008 as 10h:30min.
41

mais eu ainda acho que é uma boa razão ,alguns psicólogos e pesquisadores de
assuntos familiares diz que o sofrimento que ocorrem as crianças depois do divórcio
permanecem com elas por toda vida e faz que tenham dificuldade para enfrentar
desafios.

O pastor Jorge Linhares diz: que “os filhos sofrem mais por causa do
divórcio do que por causa da morte dos pais”, a morte do pai e da mãe não produz
no filho os mesmo problemas que a separação, alguns filhos pensam que quando os
pais decidiram si separar e por que um deles resolveu abandona-los, então se
sentem rejeitados e carregam esse sentimento por toda a vida. Estudos realizados
em diversos paises mostra que o divórcio produz na criança um forte impacto cujos
efeitos permanecem até à fase adulta e afetam seus relacionamentos posteriores.

Muitas pessoas nos procuram para aconselhamento em meio a uma


crise no casamento, a vontade que eles têm é de desaparecer e começar uma vida
nova , não conseguem analisar a situação friamente e procurar ver o que é melhor
para os seus filhos. A maioria tenta se iludir, dizendo: “se eu estiver feliz, os meus
filhos também estarão felizes”. O que adianta o papai e a mamãe estar junto se não
se amam mais? Meus filhos não terão que ouvir mais gritos palavrão e nem
discussão será melhor pra eles isso é egoísmo, quem age assim está pensando
apenas em si mesma, em tornar a própria vida mais fácil, quando alguém pensar no
divórcio, não deve esquecer das conseqüências que ele trará para os seus filhos.
Baseado em minha experiência pastoral e analisando as pesquisas podemos dizer
que o tempo não cura essas feridas, e que o divórcio tem um alto custo.

Alguns dados estáticos podem nos mostrar a situação dos lares após o
divorcio:

1. O índice de pobreza entre crianças vivendo em lares de pais


descasados é cinco vezes mais alto que os daquelas que vivem com os pais.

2. Em média, 42% dos homens divorciados progridem em seu estilo de


vida economico-financeiro no primeiro ano depois do divórcio. Enquanto isso, as
mulheres divorciadas e seus filhos experimentam 73% de declínio econômico.

3. Crianças que já freqüentam a escola e moram com pai/madastra ou


mãe/padastro tem maior probabilidade de repetência ou explusão por
42

comportamento inadequado. Os índices variam entre 40% a 75%. Crianças que


crescem em uma família desfeita têm menos possibilidade de terminar o segundo
grau que as famílias estáveis

4. A grande maioria dos jovens que fogem de seus lares vem de familias
com madastra ou padastro.

5. Crianças pequenas, do sexo masculino, têm freqüentes pesadelos e


demonstra um enorme desejo de ter um pai em casa, depois que o seu abandonou.
Quando adolescente sua agressividade aumenta; filiam-se gangues e evidenciam
outros problemas comportamentais e emocionais.

6. Crianças do sexo feminino, muitas vezes experimentam ansiedade e


culpa. Quando adolescente, tendem a manter relações sexuais prematuramente, a
casar-se cedo demais, a engravidar antes do casamento e a divorciar-se mais cedo
do que aqueles que crescem num lar estabilizado.

7. Filhos do divórcio sentem-se mais deprimidos e consomem mais


drogas e álcool que os filhos de pais casados. 31

3.3.1 Como o divórcio afeta os filhos

Certamente uma das crises mais seria e complexas que os filhos do


século XX terão de enfrentar será o crescente índice de divórcio e as conseqüentes
repercussões emocionais em suas vidas. A cada ano, milhares de crianças e jovens
são profundamente afetados pelo divórcio de seus pais.

Que efeito a separação definitiva dos pais exerce sobre os filhos? Será
que as crianças, os adolescentes e os jovens conseguem ajustar-se às dificuldades
que advêm dessa situação? Pesquisas indicam que cerca de um terço dos filhos de
pais divorciados ajusta-se razoavelmente bem aos efeitos do divórcio; outro um
terço adapta-se com algumas dificuldades, e o restante um terço luta pelo resto de
suas vidas com os danos da experiência pela qual passaram.

Parte do estresse que eles enfrentam ocorre por questões conflitantes,


como, por exemplo, a criança sente necessidade de ter mais tempo com o pai ou

31
LINHARES, Jorge. O divórcio. Belo Horizonte: Getsemani. 2004 pp 50
Free to be family, publicado por family Research council, division ad focus on the family, Washington,
d.c.
43

com a mãe, enquanto estes querem ficar a sós. Os filhos desejam que seus pais os
amem, mas os pais estão em crise, e não tem condições emocionais de de mostrar
amor a ninguém. O casal então enfrenta uma separação essa confusão toda e
transmitida aos filhos .muitos pais Exercem sua autoridade de modo exacerbado ao
mesmo tempo em que pedem que as crianças, os adolescentes os jovens sejam
mais independentes. Não é raro os pais agirem incoerentemente ou fazerem
afirmações do tipo “Eu estou zangado (a) com sua mãe (seu pai), mas não quero
que você se aborreça com ela (e)”.colocando as vezes os filhos contra os pais. Em
meio a tal crise, os filhos podem perceber a imensa confusão em que seus pais
estão mergulhados.

Às vezes os adultos tentam convencer seus filhos de que eles não tem
medo do futuro, mas os filhos captam o sentimento escondido, caso imperceptível,
que seus pais tentam negar.

O casal enfatiza constantemente que seus filhos devem valorizar e


priorizar um bom relacionamento familiar, enquanto o dele está se despedaçando.
Os pais devem ter consciência da dificuldade que tal experiências está causando e
acarretará futuramente na vida de seus filhos. É muito comum que as crianças
desenvolva um sentimento de culpa.

Mesmo que haja qualquer motivo para isso e que os pais lhe provem que
eles não tem a menor influencia no divórcio, ainda assim, de alguma forma, eles
consideram culpados pelo fim do casamento de seus pais: ”Se eu tivesse
comportado melhor ou talvez tivesse cooperado mais com as tarefas que eles me
davam, talvez isso não tivesse acontecido! ”Se de fato o pai ou a mãe os culpam de
algo, então caem em depressão e tornam-se tremendamente triste.

Outras reações que as crianças, os adolescentes e os jovens


demonstram são raiva e depressão. A maneira de tratar essas emoções depende da
idade da criança. O pré-escolar (1 a 6 anos) ficara grande parte do tempo amuado,
resmungando, choramingando, sem aproveitar seu universo infantil.

O pré-adolescente (7 a 12 anos) mostrará raiva e depressão receio de ser


abandonado, tristeza demasiada ele tem um enorme duvida quanto a lealdade de
seus pais .
44

“Se eu mostrar que gosto do papai, será que a mamãe ficara brava?”

E vice-versa. A raiva e a depressão dos adolescentes (13 a a18 anos) se


manifesta de modo mais direto e objetivo, porém muitas vezes eles não sabem
avaliar a contribuição de cada cônjuge para o fracasso do relacionamento. Acabem
assumindo posições de parcialidade, posicionando-se ao lado de um outro. A
insegurança é também muito natural entre os jovens durante o processo de
separação dos pais: “Como será minha vida depois que eles se divorciarem? Quem
cuidara de mim?”

O que os pais podem fazer para ajudar seus filhos num momento como
esse de emoções contraditórias, conversas confusas, ambiente tenso e decisões
difíceis?

1. devem ser abertos e honestos, contando-lhes o que está acontecendo.

2. não deve usar filhos como suporte emocional.

3. Não devem colocar filhos como ‘peteca “entre eles”. Os filhos não são
objetos de disputa. São pessoas queridas e devem ser respeitadas como tais.

5. Não devem culpar os filhos, Já é difícil para as crianças terem de lidar


com a tendência natural de culpa. Não ponham mais peso; libere a carga emocional.

6. Devem resolver ressentimento recíproco o mais rápido possível.

Se os pais continuarem a demonstrar raiva um pelo o outro por muito


tempo, será mais complicado para os filhos se ajustarem.

7. Devem providenciar pessoas que possam prestar auxílio emocional aos


filhos. Avós, tios, professores, alguns de seus amigos, professores da escola
dominical podem tentar, com imparcialidade, estabilizá-los durante essa fase.

8. Manter contato semanal com os filhos para o cônjuge que não mora
mais na mesma casa. O divórcio fica mais difícil para os filhos quando o pai ou a
mãe custa a aparecer.

9. Permita que os filhos tenham seu momento de dor. Deixe-os chorar,


45

entristecerem-se. Não reprimam atais reações. Assim como os adultos, os filhos tem
que aprender lidar com suas próprias dores eles têm eu aprender a lidar r com suas
perdas.

10. Na medida do possível, mantenha a rotina familiar. É aconselhável


que a criança, o adolescente ou jovem permaneça em sua escola, para não perder
suas referências inteiramente. Seria ótimo para eles se as mães não precisassem
trabalhar depois do divórcio (quando os filhos ficam com a mãe). 32

3.3.2 Ministério de ajuda


Para aqueles que se preocupam com os filhos de seus pais que estão se
divorciando, é importante dar atenção a cada criança, individualmente, pois suas
necessidades e reações ao estresse são diferentes. Alguns tornam irrequietos e
arteiros, tentando chamar atenção, outros ficam tristes, deprimidos.

Há os aqueles que se isolam, e há aqueles que pelo contrario, não se separam do


pai, ou da mãe, solicitando o tempo todo proteção e até mesmo colo. Alguns são
amigáveis, outros possuem personalidade forte.
Existem muitas maneiras de socorrer esses pequenos seres sofridos.
Certamente a pessoa que se propõem a ajuda-los terá de dispor de amor e
compreensão. Para as pessoas que querem desenvolver esse ministério tenho as
seguintes orientações .

1. Faça contato amigável com os olhos. Para as crianças isso é muito


importante. Sente-se no chão com ela, até mesmo deite ao seu lado para brincar
conversar, ou simplesmente fica em silencio.

2. Verbalize de forma carinhosa que ela é especial!

3. Comunique sua preocupação, expressando-se adequadamente à


idade da criança. – Soube que seus pais estão separados. Sinto muito! Imagino
como deve esta sendo difícil para você! S e a criança demonstrar alguma abertura
continue conversando: – Você quer conversar sobre isso? O que você tem sentido
ultimamente? Como posso orar por você?

4. Descubra o que acriança gosta de fazer e proponha-se a fazer com


ela.
32
KEMP, Jaime. Antes de dizer adeus. São Paulo: Mundo Cristão, 1999, pág. 72.
46

5. Ofereça-se para acompanhá-la nas atividades de escola, quando os


pais não puderem ir. É importante eles terem alguém ao seu lado nas festas, jogos
e nas reuniões da escola ,como ocorre com os amiguinhos.

6. Envie cartões e telefone sempre em ocasiões especiais.

7. Inclua a criança em algumas de suas atividades familiar.

8. Convide os pais divorciados para jantar com sua família

9. Quando você e seu cônjuge perceberem que seu amigo (a)


divorciado (a) está entrando em depressão, procurem ser sensíveis para ajudar.
Ofereça-se para cuidar das crianças enquanto ele (a) sai para se distrair, etc.

10. Convide toda família para passar um dia especial com a sua família.
Todas essas atitudes evidenciam o maior. E o que os filhos necessitam nessa hora
de crise é: AMOR.

Os adultos têm que enxergar além do comportamento da criança, do


adolescente ou do jovem, e descobrir seus sentimentos para ajudá-lo a se estabilizar
a se ajustar em meio a traumática tormenta do divórcio de seus pais. Esse é um
investimento em vidas, e não há nada mais precioso na face da terra.

3.3.3 Quando o papai não vem

Segundo a Constituição Brasileiro, a criança e o adolescente gozam de


todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, assegurando-lhes o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social. Por que o papai não veio?
Por quê? A mãe (ou pai) que vê seu filho sofrer tal desapontamento sente um misto
de dor, tristeza, remorso, rancor, raiva etc. Em resumo, os pais divorciados, não
conseguem suportar a decepção de seus filhos sem sentir culpa ou transferi-la a seu
ex-cônjuge.

É muito importante que aquele que estiver com a guarda das crianças
tenha sensibilidade e o bom senso de não atacar o ex-cônjuge. Sua própria raiva
não pode ser transmitida aos filhos, pois isso só lhes causará mais ansiedade,
confusão, dúvidas e insegurança. A Bíblia diz que a raiz de amargura contamina a
todos que estiverem ao redor (Hb. 12.15). Sendo assim, seria interessante poupá-los
de mais esse estresse emocional para não acrescentar peso além daquele que o
divórcio de seus pais já lhe impõe. Uma pessoa pode optar por não continuar sendo
47

marido ou esposa de alguém, mas não pode optar por não ser mais pai e mãe de
alguém. Há diferença entre ser pai e mãe , e exercer o papel de pai e mãe. A criança
deve sentir que, apesar de seus pais não estarem mais juntos, ela é amada por
ambos, não teve participação no divórcio deles e que, mesmo se falhar, continuara
sendo amada.

Concluímos, então, que aquele que está com os filhos tem o dever de não
influir na avaliação que eles fazem do cônjuge (e pai) ausente, e principalmente, de
não transferir sua própria desilusão a eles. Também é verdade que os sentimentos
não devem ser escondidos, pois a criança deve perceber coerência na vida dos pais.
Entretanto esse sentimento tem de ser comunicado sem hostilidade, tensão e
rancor. Quer dizer a uma criança que está triste decepcionada porque o pai/mãe
não compareceu ao encontro marcado com antecedência e pelo qual ele esperou e
se preparou tanto? Ela precisa saber que, eventualmente, o pai/mãe poderá faltar ao
encontro devido a uma situação inesperada. Deixe bem claro eu sei que se ele (a)
não veio foi por que realmente não pode. Se for o caso, converse com o seu ex-
cônjuge posteriormente sendo bem sincero(a), expondo a desilusão da criança
.Elogie a aparência de seu filho, que caprichou para esperar o pai( a mãe). Não
demonstre ciúmes por causa disso, ao contrario incentive. Ao perceber que a
ausência é a uma certeza converse de modo honesto com a criança para que a
ansiedade dela não se prolongue demasiadamente. Demonstre compreensão,
carinho, companheiro, mas nunca culpe seu ex-cônjuge. Antes peça a seu filho que
de uma oportunidade par seu pai/mãe explicar o que ocorreu, Enfatize que ele(a)
deve ter sido impedido por algum motivo muito serio e que , certamente , não
esqueceu.

Se as ausências se repetiram frequentemente, além de conversa com seu


ex- marido/esposa sobre como isso esta prejudicando seu filho, planeje programas
alternativos para que as crianças não se sintam tão abandonada. Convide seus
amiguinhos para participarem dessas atividades.

A dois alertas importantes que gostaríamos de fazer aos pais e as mães:


Se casualmente você fizer algum comentário negativo sobre seu ex-cônjuge diga a
verdade a seu filho, que a situação ainda é difícil para você que isto faz você dizer o
que não deveria. Tente não cometer mais o mesmo erro. Nunca pergunte as
crianças o que ela fez quando saiu com o pai/mãe.Não o interrogue para satisfazer
48

sua própria curiosidade. Não o use como meio para controlar seu ex-conjugue.

Os pais cristãos sabem que há um Deus poderoso que controla todas as


situações de sua vida, aquém podem recorrer quando necessitarem de sabedoria
para agir com seus filhos. Por isso desde muito cedo devem ensiná-los a orar para
que sintam que existe um Pai Celestial sempre presente, em que podemos confiar e
que nunca lhes rejeitara: AMOR. 33

3.3.4 Sinto falta do meu pai!

Norman Wright34, uma das maiores autoridades norte-americanas na arte


familiar, relata em seu livro Sempre a menininha do papai o seguinte fato verídico,
que ele mesmo presenciou:

A noiva entrou pela nave da igreja e foi levada até o altar não só por seu
pai, mas também pelo seu padastro, atual marido de sua mãe. Ambos a beijaram
antes de entrega-la ao noivo e foram posicionar-se ao lado da ex e atual esposa,
reciprocamente.

Norman diz: o que será que essa moça esta sentindo, caminhando para o
altar de braços dados com esses dois homem?

Seu pai natural a abandonara quando ela ainda era bem pequena, e
desde então, reecontraram-se poucas vezes. Na verdade seu padastro a educara ,
e ela cresceu projetando nela figura de seu pai.

A historia dessa noiva é o retrato de experiência de milhares e milhares


de jovem de nosso país, cujo pais largaram sua familias.

Temos presenciado com grande angustia pessoal, o sofrimento que essa


perda causa na vida das pessoas. O que acontece quando um homem desiste largar
de sua família? Qual o efeito que essa atitude provoca na formação de seus filhos,
em especial de suas filhas?

Como dissemos antes, uma filha abandonada pelo pai às vezes acha que
ela foi a causa do divórcio, o que a faz sentir muita culpada. Podem surgir dúvidas
sobre seu alto valor e também um sentimento de fracasso no que diz respeito a sua

33
Baseado no artigo porque o papai não veio, publicado pela psicologia Solange de morais, na revista
lar cristão, n 31, pág. 32-35
estudo da criança e do adolescente, artigo 15 e 16
34
WRIGHT, Norman h. Sempre a menininha do papai. São Paulo: Mundo Cristão, 1998
49

colaboração a estabilidade familiar.

A garota sente completa falta de proteção, carinho e compreensão


paterna.

Ela deseja que a mãe supra o vazio deixado pelo pai, mas esta também
passa por um momento sofrido e esta tão estressada que mal consegue sustentar-
se.

A jovem que cresce carregando raiva contida e não resolvida contra o pai
poderá ter seus futuros relacionamentos com outros homens prejudicado por esta
situação. Ela pode até querer desenvolver um relacionamento com algum rapaz,
mas torna-se muito difícil confiar nele. Se alguém realmente falhar com ela, traindo
sua confiança, isso confirmara, e enraizara ainda mais suas suspeitas e receios. Ela
quer amar e ser amada , mas a raiva, o medo e o desconfiança a impede de um
relacionamento normal.

Essa jovem provavelmente terá o relacionamento com a mãe alterado. Na


grande maioria das vezes a mãe , se trabalhava fora, passa a faze-lo e tem menos
tempo para dedicar tempo a garota, que se sente falta de seu carinho e
companheirismo. A raiva que ela alimentou pelo pai por te abandonado, agora
transfere-se também para a mãe, a quem culpa pela ausência paterna.

A mãe tende a dividir as responsabilidades com a filha, especialmente se


ela for a mais velha dos irmãos. A garota sente-se pressionada assumir posturas
adultas para ocupar a lacuna que o pai deixou. Sente-se confusa sobre a identidade
que deve ter em seu lar: Substituta do pai em suas incumbências e companheira de
sua mãe, ou apenas a filha que realmente é.

Devido a esta pressão a jovem torna-se adulta e independente


prematuramente, perdendo as características emocionais de sua idade, o que quase
sempre provoca enorme insatisfação interior por não ter podido viver de modo
apropriado essa fase da infância ou adolescência.

A menina que é privada da companhia do pai, apresenta muitas vezes na


adolescência dificuldade para interagir com os meninos de sua idade. Tenho
observado que ao estar próximo a eles, elas se sentem tensas, desconfortável,
ansiosa, agressiva ou , então tímida, calada, arredia. Acaso de garotas que se
tornam sexualmente promiscuas, como forma de atacar aquele que a desamparou.
50

A jovem filha vitima do divórcio, por vezes casa-se com expectativa e


otimismo irreais, quando não precipitadamente.

É muito comum fantasiar um relacionamento utópico com o marido, que


nem ao menos imagina o que ela sente no intimo. Projeta nele o que esperava do
pai que a decepcionou. É bem provável que esse desapontamento se repita, pois
seus esposo dificilmente corresponderá a todos os seus anseios emocionais.

Graças a esse Deus misericordioso e que providencia cura para essas


moças abaladas pelo divórcio de seus pais, há esperança de recuperação da
estabilidade emocional.

A mãe sensível e madura pode adotar atitudes positivas e até suprir a


falta do homem no lar, tornando-se um modelo positivo para sua filha. Um tio ou avô
pode também transformar-se em indiscutível referencial masculino .

Observamos que existem padrastos, responsáveis, de caráter firme,


amáveis, compreensivos, que também podem vir a ser uma benção na vida dessas
meninas carentes da figura paterna. Por outro lado acompanhamos a luta de
jovens , tentando recuperar-se depois do divórcio de seus pais. Não é exagerado
afirmar que os efeitos emocionais na vida de uma menina ou adolescente são
preocupantes.

Que Deus nos ajude a compreendê-las, oriental as, acolhe-las e amá-las


quando o Senhor as aproximar de nos ou trouxer a uma de nossas igreja . 35

O quarto capítulo, a seguir, aborda a questão do cristão divorciado


quando casa-se novamente, como a igreja vê essa situação, onde a Bíblia diz que o
divórcio não é o ideal de Deus para seu povo.

35
WRIGHT, Norman h. Sempre a menininha do papai. São Paulo: Mundo Cristão, 1998.
(2) KEMP, Jaime. Antes de dizer adeus. São Paulo: Mundo Cristão, 1999,pg. 76-80.
51

4 O CRISTÃO DIVORCIADO QUE SE CASA NOVAMENTE


A questão do divórcio e novo casamento é muito confusa complexa e as
vezes mal compreendida, são muitas as opiniões de escritores, pastores e
estudiosos da Bíblia e até mesmo as pessoas que já viveram essa amarga
experiência. Todos têm a sua posição, alguns dizem que as pessoas que estão
juntas e que já foram casados e que agora estão divorciados devem largar o seu
atual companheiro (a) e voltar ao primeiro casamento.

Outros dizem que os que estão separados continuem assim e que um


novo casamento é pecado, e há outros que dizem que se a separação foi por causa
do adultério o esposo ou esposa esta livre para si casar de novo.

Diante de tantas opiniões as vezes ficamos confusos , quem esta com a


razão. Esta resposta só poderemos obter de Deus mediante a sua palavras. Às
vezes a resposta de Deus pode vir contrario aquilo que aprendemos durante
anos ,mas o que prevalece é a palavra de Deus e não aquilo que achávamos que
estava certo.

Como já fora dito, antes o divórcio não é o ideal de Deus para o homem,
na verdade a Bíblia diz que Deus odeia o divórcio. Ml 2.16. Matthew Henry,
conhecido intérprete das escrituras diz: “que homem nenhum tem autoridade para
separar o que Deus ajuntou, nem marido , nem esposa, nem juiz, nem sacerdote
religioso”..

Portanto, onde quer que o divórcio aconteça não e a perfeita vontade de


Deus para o casamento. O divórcio e novo casamento não são considerados
legítimos diante dos olhos de Deus, a não ser pelas exceções concedidas pela
própria palavra do Senhor, relações sexuais ilícitas antes do casamento ou
abandono por cônjuge descrente. Qualquer que repudiar sua mulher antes do
casamento, exceto em casos de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se
adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério (MT 5.33). Novo
casamento a Bíblia proibi. Robert Plekker corretamente afirma, que aos olhos de
Deus o marido divorciado ainda esta casado com a primeira esposa, o que ele
estava querendo dizer e que aos olhos de Deus o divorcio não anula o casamento e
nem da direito aos ex- conjugues si casarem novamente.

Robert J. Plekker, diz. Que há uma solução de Deus para as pessoas que
52

si divorciou e se casaram novamente, uma vez que a Bíblia não classifica em


nenhum lugar qualquer um dos pecados sobe discussão como imperdoável.
Quando estamos lidando com o sintoma do divórcio e o problema real do novo
casamento, a dificuldade que experimentamos em reconhecer qual é a solução de
Deus, é a nossa falha em isolar as exigências exatas de DEUS para o perdão depois
que o novo casamento se tornou um fato. 36

Há vários exemplos bíblicos que pode nos ajudar a encontrar a solução


de Deus para esta armadilha do novo casamento, e nenhum deles envolve romper o
segundo casamento. Reconhecemos a facilidade em que temos em prejulgar
emocionalmente esta situação. Cada um de nós tem pensamentos e conclusões
sobre este assunto que formamos através de muitos anos de estudo bíblicos. O que
citamos aqui parece ate contradizer alguns pontos, contudo entendemos que antes
de contradizer qualquer coisa dita até aqui, o exemplo que iremos citar, representam
o perdão que Deus oferece diariamente, a cada pecador.

Deus nos ordena a não pecarmos. Depois, ele nos diz que se pecarmos,
assim mesmo, ainda há perdão. Isto parece ser contraditório? O apóstolo João nos
diz: “meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia,
alguém pecar, temos a advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo.” 1 João 2:1

Também dizemos nesta monografia: “Não se divorcie e não se case de


novo”, e agora acrescentamos: Mas se você o fez assim mesmo, ainda há perdão e
esperança. Não vemos mais contradição aqui do que em 1 João 2:1 . As aplicações
são baseadas no mesmo defensor, sustentador e perdoador a saber: Jesus Cristo .

Uma coisa precisa ser dita: Estas aplicações são apenas para pessoas
divorciadas e casadas de novo, não para a pessoa divorciada procurando uma
brecha para casar-se de novo37

36
PLEKKER, Robert J. Divórcio a luz da Bíblia. 1 ed. São Paulo: Vida Nova, 1895, pág. 94.
37
Ibid 94.
53

CONCLUSÃO

Ao elaborar este trabalho procuramos ler muitos livros e buscar uma visão
do ponto de vista humano e teológico, focando no que é a palavra de Deus.
Detectamos e observamos que o homem busca a qualquer preço aquilo que ele
acha bom para ele e se esquece de obedecer aos princípios bíblicos estabelecidos
por Deus. Quando Deus criou o casamento, ele o fez para que os homem e mulher
pudessem completar um aos outro em suas necessidades emocionais, espirituais
intelectuais, físicas e sociais. Para que o casamento cumpra esse propósito e
necessário, porém, que esteja alicerçado na rocha que é Jesus .

Quando lemos EF. 5:23-32, aprendemos sobre a relação que há entre


marido e mulher e comparado com a relação que tem Cristo e sua Igreja ,nesta
perfeita analogia permitir que o marido deixe seu lar e a esposa não é nada
aceitável. Pois Cristo jamais se divorciará de sua Igreja, seja qual for a situação, o
melhor é lutar para preservar o casamento, com muita humildade e renúncia própria,
que são as marcas do cristianismo que adubarão o relacionamento conjugal. Moisés
permitiu o divórcio por causa da dureza do coração humano e garantir algum direito
a mulher. Naquela época quando um homem se casava, era como se ele houvesse
adquirido uma propriedade. No novo testamento Cristo coloca o homem e a mulher
em pé de igualdade, o ideal do criador é que o homem e a mulher sejam uma só
carne, o casamento é uma instituição sagrada e eterna a qual nada deve destruí-la.

Todo esforço deve ser feito para manter o casamento, mesmo que haja
adultério, deve se buscar a restauração, parece ser difícil aceitar um ato de
infidelidade, mas lembre-se que Deus amou uma esposa adúltera Jr. 2:20, “Eu
porém vos digo que qualquer que repudiar sua esposa não sendo por causa de
fornicação: “relações sexuais ilícitas”, comete adultério”. Muitas pessoas ao lerem
este texto acham que Deus permite o divórcio em caso de adultério, mas quando
analisamos o texto original grego, não encontramos sustentação para tal
interpretação. Quem repudiar a sua mulher, não sendo por causa de relações
sexuais ilícitas “pornôs, que poderia ser traduzido também como fornicação”, e se
casar com outra comete adultério ”moichos”. Foi isso que Jesus disse, e não aquele
que repudiar a sua mulher não sendo por causa de adultério. Se assim fosse, a
palavra “moichos” “adultério” estaria no lugar de pornôs “fornicação”. As relações
54

sexuais ilícitas podem englobar uma série de práticas como :homossexualismo,


bestialidade, incesto, pedofilia, como única abertura para anulação do casamento ,
portanto não existe na Bíblia fundamentação para divórcio por causa de adultério,
sendo que no Antigo testamento a punição era a morte. Então que validade teria
uma carta de divórcio para alguém que já estava sentenciado a morte?

De acordo com a palavra de Deus o casamento só pode ser desfeito, pela


morte de um dos cônjuges. Em caso de adultério a pessoa poderia até divorciar mas
aos olhos de Deus ainda continua casada. Entretanto o divórcio ainda acontece no
meio do povo de Deus. No princípio criou Deus os céus e a terra, e viu Deus que
tudo isso era bom Gn 1.10, Deus fez o homem e também a sua companheira e
disse, “portanto deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher e serão dois
uma só carne”. Gn 2.24, mas o homem caiu e passou a desenvolver uma natureza
pecaminosa e isto fez com que ele tivesse dificuldade de guardar a lei de Deus. Ele
passou a desenvolver habilidade para enganar e pensar que estava enganando a
Deus e isto é demonstrado todas as vezes que optamos pelo divórcio para anular
aquilo que aos olhos de Deusé uma união indissolúvel. A Escritura é clara, se
casarmos de novo cometemos adultério, o casamento foi planejado para ser
permanente. Foi assim desde o inicio e permanece assim hoje e a explicação pra
tanto divórcio hoje é que nós temos tendência para pecar.

Como vimos, o assunto divórcio é extremamente complexo não se pode


determinar regras e primícias que englobem todos os casos, no entanto qualquer
que seja a situação, o Senhor é quem deve dar a resposta. É bem verdade que a
igreja já vem recebendo muitas pessoas, algumas que já se separaram e casaram
novamente outras ainda estão vivendo uma relação destrutiva isso tem que ser
conduzido com muita sensibilidade. No entanto é necessário que o povo de Deus
mantenha firmeza como falamos. E nunca perder o foco de que e a indissolubilidade
do casamento. Um passado de amargura, experiência decepcionante dentro do
casamento também não é desculpa. A felicidade deve ser conquistada, nunca
podemos ter em mente a idéia de trocar de cônjuge, pois não é a melhor solução. O
padrão de limites nesta questão do divórcio é a palavra de Deus, e não o
sentimento. A separação não pode ser dar por qualquer razão.

Encerrando este trabalho gostaríamos de manifestar nossa tristeza


diante de tantos lares desfeitos pelos divórcio. Se nós como Igreja de Cristo
55

anunciarmos o poder salvador de Jesus cristo e cuidar mais de nossas famílias


desenvolvendo projetos de ensinos principalmente para nossos jovens os índices de
divórcios não seria tão preocupante. Devemos estar vigilantes ao crescente números
de divórcio. A nossa oração é que Deus levante um nova geração cristã que seja
sensível a voz do Espírito e que combatam esse mal à luz da palavra de Deus.
Amém !! Aleluia!!
56

REFERÊNCIAS

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