Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Typogruphla do Conuaerelo
Ferraria de Baixo n. 108
1865
IS
f, HARVARD COtUet UfeftMft
coiwi of smv EUUUA
COLLECTION
61FT OF
WHN B, 8TETWN, Jf,
. , AUG 14
M MOTIM HA CEM AX\0S
INTRODUCÇÃO
II
7
98 UU MOTIM HA CEM ANNOS
IV 1J
Aquelle dia
De eu vôr a Nize,
Saudade, dize
Quando será ?
134 UM MOTIM HA CEM ANNOS
SEGUNDA PARTE.
SCENA 1
.Jardim da» Heiperidet, onde »e vê a planta de oiro
■ARTE E SEGREDO
SEGREDO.
MARTE.
Pois como
Nunca pude encontral-a,
Correndo todo o monte a procural-a?
SEGREDO.
MARTE.
Pois vai, e corre,
Ao meu violento amorprompto soccorre:
Dize-lhe...
.
154 UM MOTIM HA CEM ANNOS
i
UM MOTIM HA CKM ANK08 161
VI
.
vn
VIII
— Sobre quê ?
Aqui a tia Micaéla achou maior porção de
fôlego, e disse affoitamente :
.*-- Tia Margarida, nós vinhamos consultal-a...
Sim, vm.ce sabe muito bem... sim... sabe de certo
que o snr. Sebastião de Carvalho, ministro das
mercês. ~. .
A estas palavras, Margarida aprumou-se, e
fitou nella os olhos scintillantes , e que pareciam
faiscar.
— Ah ! é ácerca d'elle?...
— Sim... snr.a Margarida—balbuciou Caeta
no Moreira— é a respeito d'elle...não digo bem...
é por que em fim...
— Olhe, tia Margarida—acudiu aqui animo
samente a snr.a Micaéla — olhe, vm.ce não pôde
levar isto amai... Porque em fim, isto é coisa que
se não póde soffrer. Tirar ao povo a liberdade de
comprar e vender o vinho , e mandar que só o
compre e só o venda por conta da Companhia, é
um desaforo , é uma pouca vergonha. Vm.ee não
pôde gostar d'isto, tia Margarida ; porque em fim
o povo está alvoroçado, está resolvido a fazer um
levante...
— E tem razão. Que esmague o tyranno —
bradou Margarida, pondo-se de pé e com os olhos
a reluzirem com todo o rancor , que dois annos
mais tarde levou ao cadafalso o duque de Aveiro
e os marquezes de Tavora.
— Então, não vos dizia eu ? — disse Micaéla,
voltando-se para o marido e para o cunhado. De
pois continuou, fallando para a bruxa — Diz vm.C8
muito bem, tia Margarida. E um maroto, um ty
ranno aquelle ministro ; mas o povo não está re
solvido a soffrel-o, nem a el-rei que o protege. È
como lhe digo, tia Margarida ; ou a Companhia ha
216 UM MOTIM HA CEM ANNOS
IX
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
i
436 UM MOTIM HA CEM ANNOS
XVIII
XIX
XX
XXI
*
UM MOTIM HA CEM ANNOS 493
XXII
XXIII
XXIV
FIM.
NOTAS
> NOTAS '
Mappa
dae Pessoas que forão presas, condemnadas, e das que
sahirão livres da culpa.
Homens Mulheres
Condemnados na pena ordinaria do
delicto 21 5
Destes se executaram a pena de
morte em 13; e oito que se ti-
nhão ausentado do Reino, forão
banidos: e das cinco Rés, se não
executou a pena de morte em
huma, por estar prenhe.
Em açoutes, e galés , e confiscação
de ametade dos bens .... 26 0
Em açoutes com a dita confiscação,
e degredos para os Reinos de An
gola, e Benguella 8 9
. UM MOTIM HA CEM ANNOS 549
Homens Mulheres
Em degredo para Angola, e dita
confiscação 3 1
Para Mazagão , confiscada a terça
parte dos bens 9 0
Para Castro Marim, e penas pecu
niarias 3 0
Dito degredo, e confiscada a quarta
parte dos bens 0 9
Para Africa, confiscada a quarta par
te dos bens 22 0
Para fóra da Comarca, confiscada a
quinta parte dos bens ... 26 5
Em seis mezes de prisão, e diversas
penas pecuniarias, que constão da
sentença 54 9
Impuberes condemnados em irem
vêr as execuçoens etc. ... 17 0
Absolutos 32 4
Mandados soltar em diversas au
diências de visitas, que fez o Pre
sidente da Alçada, e o Escrivão
seu filho 183 12
Fascinorosos, que se remeterão á Re
lação para nella serem sentencea-
dos por meios ordinarios ... 16 0
Condemnados para os Estados da In
dia 4 0
Somma . . . 424 54
Total. . . 478
P.e Agostinho Eebello. Discripção ty-
pographica e histórica da cidade do
Porto Cap.viii,§8.0pag. 309. Por
to. 1789.
550 UM MOTIM HA CEM ANHOS
II
INFORMAÇOENS OU CONTAS
DADAS PELA CAMARA DO PORTO A EL-REI ACERCA
, DO TUMULTO DE 23 DE FEVEREIRO DE 1757i'
* f i.i : '< ' ' • ' 1*
. , PRIMEIRA CONTA.
. > . Senhor.
SEGUNDA CONTA.
Senhor.
IV
-1. • . • .<;: ' •' •
,;. , :!.. .. §§ I B U DA
j.:t. .. SENTENÇA PROFERIDA PELA ALÇADA,
O* . • v • A 12 DE OUTUBRO DE 1757,
CONTRA O8, C0MPLICAD08 NO LEVANTE DE 23 DE
; , > -w ., , . FEVEREUiO DO MESMO ANNO.
r. o'-.--'! .. ...).!, • . • .
Acórdão em Relação os da Alçada etc. Vis-!
tos estes Autos, que se tizerão summarios aos du
zentos e sesenta e cinco Réos conteúdos na Pro
nuncia da Devassa de fol. 157. v. ate fol. 160,
Artigos e Razões por elles offerecidas etc.
. •>. § I E como plenamente se prova, commetter-
se nesta Cidade, por huma parte da Plebe della,
o abominavel delicto de Alta Traição; por quan
to se mostra , que em o dia vinte e tres de Fe
vereiro do presente anno, esquecidos alguns dos
seus Habitantes da Religião, e devida fidelidade,
em que sempre se destinguirão os vassallos Por-
tuguezes, se atreverão a comover com a sua as
tucia huma grande parte do infimo Povo , que
animado pelas vozes, dos que o concitárão, for
mou hum Tumulto, e Rebellião tão temeraria,
que depois de buscarem ao Juiz do Povo, para
560 DM MOTIM HA CEM AWNOS
Vid. Nota x.