Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
amplitude metodológica
possível na investigação
antropológico-social
1. Buscas introdutórias
Quando iniciei minha pesquisa no campo das culturas de
matriz africana, já tinha em mente que me empenharia em
conhecer a nação (Jeje-)Nagô, do Candomblé, para
investigar sobre repercussões ético-estéticas — logo, também
políticas — da atuação das Iyalorixás, em terreiros
localizados à cidade de São Paulo e interior, no âmbito das
mudanças sociais na atualidade. Essa escolha se deu pelo
fato de que meu primeiro contato com a cosmologia
candomblecista foi a partir de um terreiro nagô, do qual,
hoje, faço parte como abyan. Como pesquisadora nesse
campo, admiti-me, desde o começo, bastante afeita
à observação participante — inclusive no sentido que
aproxima esse método da antropologia iniciática de que
fala, em diálogo com Vagner Gonçalves da Silva (2015),
Juana Elbein dos Santos:
3. A formação do Candomblé na
pesquisa de Parés (2006)
Na elaboração sobre seu caminho metodológico para
desenvolver profundo estudo sobre a nação jeje no Brasil,
tangenciando, com isso, a formação do Candomblé, como
um todo, nesse território, Parés (2006) traz a interessante
possibilidade de inserir a pesquisa envolvendo culturas de
matriz africana nas áreas da história e da antropologia da
religião afro-brasileira, simultaneamente. Nesse trabalho, o
autor destaca que utiliza fontes escritas e orais, junto de
análise de comportamentos rituais — assim, a pesquisa como
uma interface entre história e etnografia –, observando que
“o cruzamento crítico dessa variedade de fontes se mostrou
bastante fértil e abriu caminhos interpretativos que teriam
sido impossíveis a partir da análise de um único tipo de
fonte” (PARÉS, 2006, p. 13). Esse exercício, complementa,
foi especialmente importante para a reconstituição da
história dos terreiros Bogum de Salvador e Seja Hundé de
Cachoeira, no Recôncavo Baiano, “ambos fundados por
africanos jejes, ainda na época da escravidão” (p. 13). Pela
pertinência e abrangência de sua obra, também cabe
observar mais, e de perto, aqui, como o autor articula sua
metodologia.
5. Conclusão
Para concluir esta exposição, convém relevar pontos centrais
do que se recortou dos(as) autores(as) aqui citados(as),
assim como questões e possibilidades interessantes que
estes(as) suscitam.
6. Referências bibliográficas
ANJOS, José Carlos Gomes dos. A Filosofia Política da
Religiosidade Afro-Brasileira como Patrimônio Cultural
Africano. Debates do NER, Porto Alegre, ano 9, n. 13, pp.
77–96, jan./jun. 2008.