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Processamento de
Pedidos e Controle
de Estoques
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
CDU 005.93
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 7
Módulo 1 9
1 Introdução e Conceituação 11
3 Políticas de Estoque 15
Atividades 20
Referências 21
3 Custo de Estocagem 24
4 Custos de Capital 24
5 Custos de Armazenamento 24
6 Custos de Risco 25
7 Custo de Pedidos 26
Atividades 33
Referências 34
3
1 Controle de Nível de Estoque 36
Glossário 45
Atividades 46
Referências 47
Módulo 2 48
1 Conceituação 50
Atividades 61
Referências 62
Atividades 71
Referências 72
1 Introdução 74
4
5 Sistema de Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP) 78
Atividades 81
Referências 82
Módulo 3 83
1 Introdução 85
2 Custo Médio 86
4 Método PEPS 90
5 Método UEPS 91
Atividades 92
Referências 93
1 Conceito e Objetivos 95
3 Procedimento de Compras 97
5 EDI 100
6 Internet 101
5
7.4 Relação com os Fornecedores 115
Glossário 117
Atividades 118
Referências 119
Gabarito 120
6
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Este curso possui carga horária total de 35 horas e foi organizado em 8 unidades,
dividas em 3 módulos, conforme a tabela a seguir.
7
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
Bons estudos!
8
Compras,
Processamento de
Pedidos e Controle
de Estoques
MÓDULO 1
UNIDADE 1 | GESTÃO DOS
ESTOQUES
10
Unidade 1 | Gestão dos Estoques
Nesta unidade você vai conhecer um pouco mais sobre a função e os objetivos dos
estoques, aprendendo a identificar diferentes rotinas de gerenciamento desse elemento
tão importante numa empresa.
1 Introdução e Conceituação
a)
Melhorar o nível de serviço
prestado.
11
Mas, cuidado, nunca seja pego com muito estoque! Estoque custa dinheiro. Parece
paradoxal, não acha?
12
5. Permitir flexibilidade na programação da produção. O estoque tem que ser capaz
de se adaptar às alterações e solicitações do setor produtivo. Manter estoques
de reserva é uma maneira de garantir o fornecimento ao setor produtivo.
Manter estoques de reserva é uma maneira de garantir o fornecimento ao setor
produtivo.
Gerenciar os estoques é uma tarefa difícil. Uma das principais dificuldades é buscar
conciliar da melhor maneira possível os diferentes objetivos de cada departamento da
empresa para os estoques, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. Explicando
melhor: a gerência financeira tem como meta minimizar estoques, uma vez que este
significa capital investido, enquanto os gerentes de produção e de vendas desejam
estoques mais elevados (o primeiro encara os estoques como um meio de ajuda para a
produção e o segundo deseja atender a todos os clientes).
13
Quadro 1: Conflitos interdepartamentais quanto aos estoques.
DEPTO.
DEPTO. DE COMPRAS
FINANCEIRO
Matéria - Prima (Alto -
Desconto sobre as
estoque) Capital investido
quantidades a serem
compradas
Perda Financeira
DEPTO.
DEPTO. PRODUÇÃO FINANCEIRO
Material em Processo (Alto -
Nenhum risco de falta Maior custo de
estoque)
de material. Grandes armazenagem
lotes de fabricação. e perdas por
obsolescência
DEPTO. VENDAS DEPTO.
FINANCEIRO
Produto acabado Entregas rápidas, boa
imagem, melhores Maior custo de
vendas armazenagem
Para isso, a gestão dos estoques não deve se preocupar apenas com o fluxo diário
de materiais entre vendas e compras, mas com a relação lógica entre cada integrante
deste fluxo, trazendo uma mudança na forma tradicional de encarar o estoque.
14
3 Políticas de Estoque
3º. O nível de flutuação dos estoques, para atender uma alta ou baixa de vendas
ou alteração do consumo. Existe um grau de atendimento pelo setor de estoques
ao setor de produção (consumo de matéria-prima) e ao setor de vendas (produtos
acabados). Este grau de atendimento é medido em porcentagem. Ex: Ao se
determinar que se deve atender aos clientes ou ao setor de produção em 90% de
suas necessidades e que temos um consumo de matéria-prima ou venda mensal
de 700 unidades, deve-se ter disponível em estoque para fornecimento de 630
unidades, ou seja, 700 x 0,90, como mostra o gráfico.
15
Capital
Investimento
80 90 % Grau de atendimento
Gráfico 1: Grau de atendimento ao cliente em função do capital investido
4º. Definição da rotatividade (ou giro) dos estoques. A rotatividade dos estoques é
importante, pois empresas com baixa rotatividade geram pequeno retorno ao
capital investido. Como exemplo, suponhamos que o volume de vendas seja de
R$ 1.800,00 e o capital em estoque de R$ 1.000,00. Então, a rotatividade do
estoque é:
16
Por fim, cabe dizer que as diretrizes 3 e 4, são as que merecem especial atenção do
profissional da área de estoque. Nelas será medido o capital investido em estoque.
17
5 Classificação dos Estoques
Já tratamos da finalidade dos estoques. É importante citar agora alguns outros aspectos
necessários para se montar um sistema de controle de estoque. Assim, procuraremos
classificar os vários tipos de estoque.
• Produtos Acabados: são aqueles que já passaram pelo processo produtivo, mas
cuja venda ainda não foi concretizada (exemplo: os veículos prontos);
• Materiais Auxiliares: são os produtos que normalmente são utilizados pela área
administrativa da empresa (exemplo: materiais de escritório e de limpeza).
Resumindo
18
As políticas de estoque devem, fundamentalmente, definir:
• Nível de flutuação dos estoques para atender uma alta ou baixa nas
vendas
19
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A gestão de estoques tem
como objetivo otimizar o investimento em estoques,
aumentando o uso eficiente dos meios da empresa,
minimizando as necessidades de capital investido.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
20
Referências
21
UNIDADE 2 | CUSTOS DE
ESTOQUE
22
Unidade 2 | Custos de Estoque
Nesta Unidade, você vai aprender mais sobre os custos de estoque, descobrindo como
mantê-los sem onerar o processo de produção e vendas.
Para que uma empresa possa maximizar seu lucro é necessário, entre outras coisas:
• Eficiência na operação
Os estoques ajudam a elevar ao máximo o atendimento aos clientes, mas, para isso, é
necessário manter alto o nível dos estoques.
Mas tudo isso tem um preço. Manter altos níveis de estoque gera custos elevados para
uma empresa. Logo, é preciso otimizar o investimento em estoques, equilibrando com
o custo de sua manutenção.
Sendo assim, devemos voltar nossa atenção para os custos associados aos estoques.
Acompanhe a seguir os tipos de custo utilizados nas decisões sobre a gestão de
estoques.
23
2 Custo por Item
O custo pago por um item comprado consiste no custo desse item e de qualquer outro
custo direto associado como, por exemplo, trazê-lo até a fábrica. Isso pode incluir
transporte, seguro e taxas aduaneiras. Quando se trata de um item fabricado na própria
empresa, incluem-se os custos de mão de obra, de material utilizado na fabricação e
ainda os custos indiretos (como, por exemplo, consumo de energia, manutenção dos
equipamentos, entre outros).
3 Custo de Estocagem
4 Custos de Capital
O dinheiro investido em estoques não está disponível para outras utilizações e por isso
representa o custo de uma oportunidade perdida. Esses custos variam em função da
taxa de juros, do crédito da empresa na praça e das oportunidades de investimentos
que a empresa pode ter.
5 Custos de Armazenamento
24
6 Custos de Risco
Observe o quadro de Martin (2000), que apresenta um resumo das variações dos custos
de armazenagem.
Quadro 2: Variações dos custos de armazenagem
25
Exemplo:
Resposta:
7 Custo de Pedidos
26
Como já foi dito, o custo anual com pedidos depende do número de pedidos emitidos
em um ano. Porém, podem ser reduzidos se a cada pedido forem requisitadas mais
unidades, o que resulta na emissão de menos pedidos. Entretanto, isso aumenta o
nível de estoque e também o custo anual com sua manutenção.
Exemplo:
Resposta:
27
b) comprar três vezes por ano, lote = 15.000/3 = 5.000 unidades
Em resumo, esta tabela mostra a relação entre os custos de pedido e o estoque médio
(Q/2) mantido.
Tabela 1: Relação entre os custos de pedido e o estoque médio (Q/2)
São aqueles custos que ocorrem caso haja uma demanda por parte do cliente, ou por
parte do setor de produção, por algum item em falta no estoque. Podem ocorrer dois
tipos de custo de falta de estoque: custos de vendas perdidas e custos de atrasos. O
primeiro ocorre quando um cliente cancela seu pedido caso o produto desejado esteja
em falta, então o custo é estimado como o lucro perdido pela perda da venda. Os
custos de atraso referem-se aos custos incorridos entre a data do pedido não-atendido
e a data efetiva de atendimento do pedido. Eles podem ser do tipo:
28
b.
Custos extraordinários de
transporte e manuseio, caso o
suprimento deva ser realizado fora
do canal normal de distribuição.
O setor da empresa responsável pelo controle dos estoques tem por objetivo minimizar
o custo total com estoque. Como pode ser visto no gráfico apresentado previamente,
os custos de armazenagem e o de pedido têm comportamentos “opostos”. Enquanto o
custo de armazenagem cresce conforme aumenta a quantidade em estoque, o custo
de pedido diminui com a quantidade pedida por requisição. Portanto, diminuir um
29
custo significa aumentar o outro. Logo, é necessário balancear esses custos, isto é,
encontrar o ponto ideal, ou a quantidade adequada. Esse ponto ideal é dado pela
interseção das duas curvas de custo, no ponto (Q0). A curva de custo total, em formato
de “U”, representa a soma das curvas de custos de armazenagem e de pedido. Como
pode ser visto no gráfico, o ponto mais baixo, ou mínimo, da curva de custo total
coincide com o ponto de interseção das duas curvas de custo. É esse, então, o mais
baixo custo total, ou seja, a quantidade Q0 em estoque é a que incorrerá no menor
custo total de estoque (C0).
Custo
(Valores)
Custo total
C0 Custo de
armazenagem
Custo de pedido
Q0 Quantidade
Gráfico 2: Curva de custo total de estoque
Exemplo:
30
Resposta:
Custo de Pedido
Quantidade Custo de
(custo do pedido
comprada Armazenagem Custo Total (R$)
x nº de pedidos)
(por lote) (R$)
(R$)
0,30 x 2.500/2 = R$ 375 + 480 = R$
2.500 30 x 16 = R$ 480,00
375,00 855,00
0,30 x 2.600/2 = R$ 30 x 15,38 = R$ 405 + 444,30 = R$
2.600
390,00 461,40 866,40
0,30 x 2.800/2 = R$ 30 x 14,29 = R$ 420 + 428,70 = R$
2.800
420,00 428,70 848,70
0,30 x 3.000/2 = R$ 30 x 13,33 = R$ 450 + 399,9 = R$
3.000
450,00 399,90 849,90
0,30 x 3.200/2 = R$ 30 x 12,5 = R$ 480 + 375 = R$
3.200
480,00 375,00 855,00
31
Conclui-se que a melhor quantidade a ser comprada por pedido é 2.800 unidades, pois
apresenta o menor custo total de estoque (R$ 848,70).
Custo total
848,7
Custo de
armazenagem
Custo de pedido
Resumindo
32
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Nas decisões sobre a gestão
de estoques são utilizados os custos da compra do item, de
estocagem, de pedidos, de falta de estoque os associados à
capacidade.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
33
Referências
34
UNIDADE 3 | NÍVEIS DE
ESTOQUE
35
Unidade 3 | Níveis de Estoque
O que é nível de estoque? E estoque mínimo? Você já ouviu falar em ressuprimento?
Controlar o nível de estoques é uma tarefa difícil e quase incerta, pois nunca se tem
certeza da quantidade de itens que serão solicitados aos estoques. Para uma melhor
compreensão do controle de estoque, antes vamos apresentar algumas definições:
Q E.Mx
E.Mn
T
Gráfico 4: Estoque mínimo
36
b) Estoque Médio: O estoque médio (E.M.) é definido como o nível médio de
estoque em torno do qual as operações de compra e de consumo se realizaram.
O estoque médio pode ser representado com Q/2, sendo Q a quantidade que
será comprada para ser consumida. Em outras palavras, o estoque médio é a
quantidade comprada (Q) para ser consumida num dado intervalo de tempo (T)
dividida por 2.
Q/2 (E.M)
T
Gráfico 5: Estoque médio
Lote de
compra
E.Mn
T
Gráfico 6: Lote de compra
37
d) Estoque Médio Ajustado para Incertezas: Por definição, o estoque médio
ajustado para incertezas é definido como a soma do estoque médio e do estoque
de segurança (estoque mínimo), isto é:
E.Ma = E. M. + E. Mn.
Suponha que uma empresa mantenha 50 unidades de uma certa matéria-prima como
estoque mínimo (segurança). Ela adquire periodicamente 150 unidades dessa matéria-
prima para ser consumida na produção. Então, o seu estoque médio ajustado para
incertezas é de 125 unidades, ou seja:
a) Gráfico de Dente-de-Serra
Quantidade
180
160
Reposição
140
120
Co
Co
100
n
n
su
su
80
mo
mo
60
40
20
Tempo
J F M A M J J A
Gráfico 7: Gráfico de dente-de-serra
38
Chamamos de gráfico de dente-de-serra aquele onde se vê que o estoque iniciou na
quantidade mais alta, foi sendo consumido durante determinado tempo até chegar a
zero no quarto mês, como vimos. Estamos supondo que este consumo tenha sido igual
e uniforme mensalmente.
Quando o estoque chegou a zero, no quarto mês (abril), imediatamente foi dada
entrada no estoque uma quantidade igual à inicial (180). Com isso, o estoque retornou
à posição inicial.
Política 1
50
25
365 Dias
300
Política 2
150
365 Dias
Gráfico 8: Outro exemplo de gráfico de dente-de-serra
39
c) O fornecedor do item nunca atrasar sua entrega
Mas a prática mostra que estas quatro condições, juntas, não ocorrem em 100% dos
casos. Assumindo que estas ocorrências são normais, então, se deve criar um método
com a finalidade de diminuir o risco de ficar com o estoque a zero durante algum
período.
Quantidade
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Tempo
-20 J F M A M J J A
-40
A M J
Gráfico 9: Gráfico dente-de-serra com ruptura de estoque
Nesse gráfico, vemos uma situação de dente de serra com ruptura, ou seja, ocorreu
alguma situação dentre as citadas que fez com que chegássemos ao estoque zero
ainda sem fazer a reposição do mesmo (é uma situação faltosa).
Na linha pontilhada, verifica-se que, nos meses de abril e maio, o estoque esteve a zero
e então deixou de atender a uma quantidade de 40 peças (itens) que seriam consumidas
nesse período. O administrador (ou controlador) de estoque tem que tentar impedir
esta situação, escolhendo a melhor solução possível, ou seja, a mais econômica.
40
c) Dente-de-Serra Utilizando o Estoque Mínimo
Quantidade
180
160
140
120
100
80
60
40 Estoque mínimo
20
Tempo
J F M A M J J A
Gráfico 10: Gráfico dente-de-serra com estoque mínimo
Esse gráfico mostra o seguinte: se determinássemos um ponto (ou seja, uma quantidade
de reserva para suportar os atrasos, as qualidades e as alterações de consumo) a
probabilidade de o estoque chegar a zero seria bem menor. E, com isso, a probabilidade
de não atender a produção ou ao requisitante é reduzida.
Vê-se ainda nesse gráfico que o estoque que se inicia em 180 unidades seria consumido
mês a mês, e quando chegasse em 40 unidades seria reposto em 140 unidades,
retornando assim às 180 unidades iniciais.
Essa quantidade de estoque mínimo serve como segurança para as eventualidades que
por acaso ocorressem durante o prazo de entrega do material. Novamente, deve-se
ter critério e bom senso para dimensionar o estoque de segurança, pois ele representa
capital empatado.
d) Tempo de Ressuprimento
41
Você sabia que o tempo de ressuprimento pode ser
desmembrado em três partes? Vejamos:
TR Tempo
Gráfico 11: Tempo de ressuprimento
Esse tempo deve ser determinado de modo mais próximo da realidade possível. As
variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a estrutura do sistema de
estoques.
42
e) Ponto do Pedido
O Ponto de Pedido (PP) é, por definição, igual à quantidade em estoque para atender
à produção, durante o tempo de ressuprimento (PP = emissão do pedido + preparação
do pedido + transporte).
PP
C x TR
E.MN
T
TR
Gráfico 12: Ponto do pedido
Em suma, quando o nível de estoque for igual a PP, um novo pedido deve ser emitido.
Exemplos:
Resposta:
PP = (30 x 2) + 30
PP = 60 + 30 = 90 unidades
43
Logo, quando o estoque chegar a 90 unidades, deverá ser emitido um pedido de
compra para que, ao fim de 60 dias (2 meses) quando atinge o estoque mínimo, a peça
chegue ao almoxarifado na quantidade comprada.
Exemplo:
Resposta:
PP = 20 x 3 + 20
PP = 60 + 20 = 80
44
b) Se essa margem for estabelecida alta, acarretará custos mortos, custos de estoque
parado, em virtude da não necessidade, em momento algum, de determinada
quantidade que está no estoque.
Onde:
C: consumo médio
K: um coeficiente de segurança
E. Mn = 118,75
Glossário
45
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Controlar o nível de estoques
é uma tarefa difícil e quase incerta, pois nunca se tem certeza
da quantidade de itens que serão solicitados aos estoques.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
46
Referências
47
Compras,
Processamento de
Pedidos e Controle
de Estoques
MÓDULO 2
UNIDADE 4 | CLASSIFICAÇÃO
ABC
49
Unidade 4 | Classificação ABC
Existem diferentes maneiras de compreender e classificar estoques. Você conhece todas
elas? A Unidade 4 tem como objetivo levá-lo ao domínio deste conteúdo.
1 Conceituação
Trataremos aqui de uma das formas mais usuais de examinar o estoque, ou seja, a
classificação ABC.
50
É claro que o banco não dispensa o mesmo tratamento aos três grupos de clientes.
Dentre esses grupos, há um deles que merece um tratamento especial: o primeiro
grupo, pois dele depende a sobrevivência da instituição financeira. O grupo B
(intermediário) recebe um tratamento também intermediário e quanto aos
componentes do grupo C, às vezes, chegam a ter suas contas encerradas.
51
Classe A: Classe C:
itens de
importância
intermediaria
Figura 2: Ordenação dos itens pela importância relativa
• Classe A: esse grupo de itens deve ser tratado com atenção muito especial pela
administração.
52
Em Termos de Movimentação de Estoques: Não existe uma forma totalmente aceita
para determinar o percentual de itens que pertencem à classe A, B ou C. Os itens A são
os mais significativos, podendo representar algo entre 35 e 70% do valor movimentado
dos estoques, os itens B variam de 10 a 45%, e os itens C representam o restante.
Recursos 100
20
80
20 80 100 Itens
Gráfico 12: 20% dos itens participam em 80% dos recursos
53
Seguindo esse raciocínio, os produtos classificados como “A” representam os 20% dos
produtos que geram 80% dos resultados; os produtos classificados como “B” e “C”
representam os 80% dos produtos que geram 20% dos resultados. O estudo constante
dessa relação permite aos comerciantes gerenciar a relação entre os produtos, dando
atenção especial àqueles que efetivamente trazem resultados ao negócio, para que
continuem a trazê-los.
O varejo tem um determinado espaço disponível na loja para oferecer produtos a seus
clientes. O objetivo principal é ocupar esse espaço com mercadorias que atendam
às necessidades dos clientes e que tragam o máximo de resultado para a empresa.
Assim, a substituição constante de produtos classificados como “C” por outros com
um maior potencial de resultados poderá dar à loja uma dinâmica positiva aos olhos
do cliente, tenderá a melhorar a ocupação do espaço disponível para exposição de
produtos e, principalmente, tenderá a incrementar os resultados globais do negócio.
Por outro lado, como esses produtos trazem proporcionalmente pouco resultado para
a organização, a substituição planejada dos itens da classe “C”, não afetará de forma
negativa os resultados globais.
54
2 Confecção da Curva ABC
Na prática, não há uma regra rígida para a classificação ABC e seus percentuais, que
podem variar de empresa para empresa.
Percentual do
C
Valor de
consumo B
Anual
A
% Número de Itens
Gráfico 13: Percentual do valor de consumo anual
1) Uma certa empresa industrial, com fábrica em São Paulo, envia seus produtos
para 20 municípios paulistas. O faturamento mensal da indústria é visto na tabela.
55
Tabela 3: Faturamento médio mensal, segundo municípios (R$ 10³)
Resolução:
1/20 x 100 = 5%
56
Agora, para se determinar os pontos de corte A e B e entre B e C não existe uma regra
absoluta. Cada profissional utiliza uma regra prática própria que se apoia no bom senso
e na experiência. Uma regra prática para escolher o ponto de transição entre as classes
A e B é observar as porcentagens acumuladas do faturamento na sequência, parando
quando houver mudança clara no grau de participação. Por exemplo, observou-
se na tabela que a partir do item 6, as porcentagens são menores que 9%. Então,
podemos considerar como classe A os municípios de 1 a 5. Assim, cerca de 60,68%
do faturamento total da indústria é representado por 5 municípios, ou seja, 25% do
número de municípios.
Frequência Faturamento
Nº % %
Município acumulada Mensal (R$
ordem Faturamento Acumulada
% 1.000,00)
Ribeirão
2 10 R$ 57,89 13,43 31,76
Preto
57
14 Votuporanga 70 R$ 6,22 1,44 95,35
Outro exemplo:
58
Organizando os itens por ordem decrescente do valor consumido durante o período e
calculando os percentuais de cada um dos itens em relação ao total, obtém-se:
Tabela 6: Calculando os percentuais dos itens em relação ao total
Consumo
Custo (R$/ Percentual
Item (unidades/ Percentual Frequência*
unidade) acumulado
ano)
Analisando a tabela, vemos que os três primeiros itens representam 60% dos gastos
totais e estes três itens juntos correspondem a 20% do número de itens em análise
(6,66% x 3 = 19,98). Conclui-se, então, que 20% dos itens são responsáveis por 60%
dos gastos.
59
Tabela 7: Proporção para a classificação ABC
No nosso exemplo, podemos concluir que 20% (19,98%) dos itens são da classe
A e representam 60% dos gastos, 26,64% dos itens são da classe B e representam
aproximadamente 25% dos gastos (84,89% – 60,00% = 24,89%) e 53,28% dos itens são
da classe C e resultam em cerca de 15% dos gastos (R$ 100 – 84,89 = 15,11). Observe-
se que as contas entre parênteses representam a diferença do percentual acumulado
e o percentual da classe.
60
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A classe A é o grupo de itens
que deve ser tratado com atenção muito especial pela
administração.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
61
Referências
62
UNIDADE 5 | LOTE ECONÔMICO
DE COMPRA (LEC) E DE
PRODUÇÃO (LEP)
63
Unidade 5 | Lote Econômico de Compra (LEC) e de
Produção (LEP)
De que forma a organização do estoque pode interferir nas relações com os clientes?
Resposta à Questão 2: é uma decisão difícil, pois, para prestar melhor serviço ao
cliente, talvez seja preciso fazer estoques antieconômicos.
Problema:
O tempo necessário para comprar e/ou fabricar pode ser maior do que ele deseja
esperar. A decisão é então tomada item por item, sobre o custo de fabricação na base
de pedido por pedido.
Então:
Quanto deve ser comprado de cada vez? Temos que verificar os custos para então
responder a esta questão. Como vimos, há tipos de custo que afetam a decisão: há
custos que aumentam se a quantidade do material pedido aumenta, são os custos de
armazenagem, ou os custos de se manter em estoque. E, por outro lado, há aqueles
64
custos que diminuem à medida que a quantidade do material pedido aumenta, são os
custos por pedido. Estes custos diminuem em função da distribuição dos custos fixos
por quantidades maiores.
$
Custo Total
Custo de
armazenagem
Custo de pedido
LEC Quantidade
Gráfico 14: Lote Econômico de Compra - LEC
O Lote Econômico de Compra – LEC deve ser a quantidade que justamente balanceia
os custos de armazenagem e de pedido. Para ilustrar o conceito, suponhamos que a
empresa Made Ltda vende um produto cuja demanda anual é de 40.000 unidades. O
custo de emissão de um pedido de compra, também chamado de custo de obtenção, é
de R$ 30,00 por pedido. Os custos anuais de manutenção dos estoques são de R$ 0,30
por unidade. Calcular o custo total (CT) decorrente de manter os estoques para lotes
(Q) de 2.500, 2.600, 2.700, 2.800, 2.900, 3.000, 3.100 e 3.200 unidades.
65
Solução:
C = 40.000
Esta tabela mostra os custos de armazenagem, de pedido e o custo total para cada um
dos lotes solicitados no exemplo:
66
3 Lote Econômico de Fabricação (LEF)
O LEF é semelhante ao LEC. A diferença é que no LEC todo o lote é entregue de uma só
vez e nada é consumido enquanto o lote está sendo entregue.
Aplica-se o LEF no caso de uma empresa que fabrica internamente seus itens ou peças
ou componentes que serão usados em outra parte do processo produtivo.
LEC LEF
• Empresa A: fabrica bolsas
• Empresa A: fabrica bolsas
• Empresa B: fabrica o zíper para a Bolsa
• Empresa A: fabrica o zíper para a Bolsa
• A empresa A compra da Empresa B
• A empresa A, ao invés de comprar, ela
o zíper para utilizar na fabricação da
mesma fabrica o zíper.
bolsa
1º. A velocidade (V) com que a peça é fabricada (também chamada de cadência de
fabricação ou taxa de produção) é maior do que o Consumo (C), ou a demanda,
do setor produtivo do produto final, ou seja, V > C. Nesse caso, significa dizer que
há um acúmulo de peças fabricadas e justifica-se o lote de fabricação.
67
Exemplo:
500/10 = 50
Decisão da empresa: a prensa pode ser operada sem parar e produzir um lote grande.
A partir disso, ela para e fabrica outra estampa.
Exemplo:
5 horas X 500 = 2.500 peças. Com isso, o outro processo produtivo terá
matéria prima por 250 horas sem parar.
68
3º. V < C, nessa situação, a velocidade com que a peça é fabricada é menor que
a velocidade com que é consumida, portanto, não há formação de lote de
fabricação. Ao contrário: a empresa deve comprar de terceiros a peça que será
utilizada na montagem do produto final. V sendo menor que C, a empresa deve
comprar de terceiros a diferença entre C – V.
69
5 Lote Econômico sob Restrição de Investimentos em
Estoque
70
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O custo total é então o
somatório dos custos de armazenagem com os custos de
pedido.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
71
Referências
72
UNIDADE 6 | SISTEMAS DE
CONTROLE DE ESTOQUES
73
Unidade 6 | Sistemas de Controle de Estoques
Além de serem identificados, classificados e mantidos, os estoques também precisam ser
controlados. Nesta Unidade 6, veremos algumas rotinas e procedimentos adequados a
isso.
1 Introdução
74
Caixa A Caixa B
Figura 3: Sistemas de duas gavetas
O estoque é armazenado nessas duas caixas (ou gavetas). A caixa A tem uma quantidade
de material suficiente para atender ao consumo durante o tempo de reposição, mais o
estoque de segurança. A caixa B tem um estoque equivalente ao consumo previsto no
período. Os pedidos de material que chegam são atendidos pelo estoque da caixa B.
Quando a caixa esvazia, conforme mostra a figura, isso indica que deverá ser
providenciado outro pedido de compra. Para não faltar, passa-se a atender os pedidos
pelo estoque da caixa A.
Nesse intervalo de tempo, deverá ser recebido o material comprado quando a caixa B
foi a “zero” (esvaziou). Deve-se então completar o nível de estoque da caixa A e
complementar a caixa B. Volta-se então a consumir o estoque da caixa B.
Caixa A Caixa B
(estoque reposto) (estoque parcialmente reposto)
75
3 Sistema dos Máximos-Mínimos (Quantidades Fixas)
Nesse sistema, a reposição de um determinado item é feita quando seu estoque atinge
um nível pré-determinado. A quantidade a ser pedida é fixa, pois aqui é considerada a
mais econômica. Porém, os períodos de reposição são variáveis, isto é, em função do
consumo do item na empresa a reposição pode ocorrer depois de três meses, por
exemplo, e no período seguinte, o mesmo consumo ocorre em quatro ou cinco meses,
e assim por diante.
Quantidade
Estoque máximo
PP
Estoque mínimo
Tempo
J F M A M J J A
Nesse gráfico, podemos identificar todos os níveis de estoque e concluir que o Ponto
de Pedido – PP e o lote de compra Q são fixos e constantes. Mas as reposições são
realizadas em períodos variáveis, sempre acontecendo quando o nível de estoque
alcança o ponto de pedido. O cálculo do ponto de pedido é em função do consumo
médio e do tempo de reposição do item pelo fornecedor, assim:
76
4 Sistema das Revisões Periódicas (Datas Fixas)
Estoque máximo
Revisão Revisão Revisão
Estoque mínimo
J F M A M J J A Tempo
Para determinar o quanto deve ser comprado no dia da emissão do pedido, verifica-
se a quantidade disponível em estoque, comprando-se o que falta para atingir um
estoque máximo, também previamente determinado. Considera-se aqui também um
estoque mínimo ou de segurança, que deve ser dimensionado de forma que previna
o consumo acima do normal e os atrasos de entrega durante o período de revisão e
tempo de reposição.
Nesse sistema, o período de revisão é fixo, mas permite que a quantidade do pedido
varie. Assim, a quantidade disponível em estoque mais a quantidade pedida deve ser
suficiente para durar até que a próxima remessa seja recebida. Temos, então:
• Grande período de tempo entre as revisões acarreta baixo estoque médio, mas,
em consequência, gera aumento no custo de pedido e risco de ruptura.
77
28
26,8
28,0
26
24,7 24,6 24,6
24,3 24,3
Em Reais por tonelada
22
20,9
20,8
20
19,2
18,2
17,0 17,9
18
17,1
17,0
16
Média Média Mai Jul Set Nov Jan Mar Jun Ago Out Dez Fev Abr Média
00/01 01/02 03/04
Para minimizar esses riscos, devem ser calculadas revisões para cada material ou
grupo de material estocado, de acordo com os objetivos operacionais e financeiros da
empresa.
78
Como funciona?
A ideia do Just in Time (JIT) surgiu no Japão nos anos 1970 e foi aplicada inicialmente
pela Toyota Motor Company. Seu princípio consiste em disponibilizar produtos para a
linha de produção, depósitos ou clientes apenas quando forem necessários, para que o
custo de estoque seja menor. Em outras palavras, no JIT a execução de todas as etapas
da produção, do projeto à entrega do produto, é baseada no princípio de se manter um
estoque mínimo (apenas o necessário), a melhor qualidade (índice zero ou próximo
disso em defeitos) e o custo mínimo.
Podemos citar como exemplo de aplicação da técnica Just in Time no Brasil o caso de
uma fábrica da Volkswagen situada na cidade de Resende, no estado do Rio de Janeiro.
No mesmo terreno situam-se as instalações dos fornecedores de peças. Após recebido
o pedido, a VW de imediato solicita aos fornecedores as peças necessárias, o que é
prontamente atendido. Nesse caso, todos os processos são realizados em tempo bem
menor que em outros métodos de produção. Também há uma economia no tempo e no
custo do transporte entre o fornecedor e a empresa solicitante.
79
Entre outros, podemos citar como objetivos do Just in Time:
• Flexibilizar a empresa
• Menor perda
• Maior investimento
80
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Existem sistemas de controle
de estoques que apresentam, com certo grau de precisão, os
volumes a serem adquiridos para determinado tempo de
produção.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
81
Referências
82
Compras,
Processamento de
Pedidos e Controle
de Estoques
MÓDULO 3
UNIDADE 7 | MÉTODOS DE
AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
84
Unidade 7 | Métodos de Avaliação dos Estoques
Se lhe pedissem, hoje, para avaliar os estoques de uma empresa, você saberia fazê-lo? Que
critérios e instrumentos empregaria? Utilizando-os, você obteria dados confiáveis? É sobre
isso que trataremos nesta Unidade.
1 Introdução
Podemos realizar avaliação dos estoques através de alguns métodos, vamos ver a seguir.
85
2 Custo Médio
A avaliação feita pelo custo médio é a mais utilizada. Tem por base o preço de todas as
retiradas, ao preço médio do suprimento total do item de estoque.
Exemplo 1:
500
Com a entrada de 200 unidades, o saldo total (R$ 500,00 + R$ 200,00) do dia 8 passa a
ser de 700 unidades. O valor total da entrada é o somatório dos dois dias (R$ 7.500,00
+ R$ 4.000,00 = R$ 11.500,00). O valor do custo médio dos materiais em estoque é:
700
Tabela 9: Cálculo do custo médio
86
2.1 Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS)
O método PEPS, em inglês: First In, First Out (FIFO), trata-se de uma avaliação. Por
este método é feita pela ordem cronológica das entradas. Sai o material que primeiro
integrou o estoque, sendo substituído pela mesma ordem cronológica em que foi
recebido, devendo ser aplicado o seu custo real.
Exemplo:
O valor total de saídas do estoque é então de (100 x R$ 15) + (50 x R$ 20), ou seja R$
1.500,00 + R$ 1.000,00 = R$ 2.500,00.
Neste método não há uma atualização do custo, como foi visto no primeiro método.
8/5
87
2.2 Último a Entrar, Primeiro a Sair (UEPS)
Este método de avaliação (em inglês Last In, First Out, ou LIFO) considera que devem
sair em primeiro lugar as últimas peças que deram entrada no estoque, o que faz com
que o saldo seja avaliado ao preço das últimas entradas.
Exemplo 1:
O valor total de saídas do estoque é então de (100 x R$ 20) + (50 x R$ 15), ou seja R$
2.000,00 + R$ 750,00 = R$ 2.750,00.
30/3
88
Exemplo 2:
1/3 10 150,00
10/3 30 120,00
30/3 20
Vamos utilizar os métodos de custo médio, PEPS (primeiro a entrar e primeiro a sair) e
UEPS (último a entrar e primeiro a sair), para conhecer o valor do estoque ao final da
movimentação, em reais.
89
4 Método PEPS
1.500,00
150,00 +
30/3 10+10=20 1.200,00 20 2.400,00
120,00 =
2.700,00
Do estoque saíram:
90
5 Método UEPS
Na saída de estoque:
91
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A avaliação dos estoques inclui
o valor das mercadorias e dos produtos em fabricação ou
produtos acabados.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
92
Referências
93
UNIDADE 8 | ADMINISTRAÇÃO
DE COMPRAS
94
Unidade 8 | Administração de Compras
Quando saímos às compras domésticas, raramente nos damos conta de que as compras
de uma empresa não são feitas da mesma forma. Quais semelhanças e diferenças são
encontradas entre esse procedimento cotidiano e o procedimento empresarial?
1 Conceito e Objetivos
95
2 Objetivos da Administração de Compras
Para satisfazer a esses objetivos, devem ser desempenhadas algumas funções básicas:
96
3 Procedimento de Compras
Solicitação Solicitação
de compras de compras
Solicitação
Emite solicitação de cotação
de cotação
Recebe e Envia
Recebe as
aceita as Mercadoria e
Mercadorias
Mercadorias Fatura
97
2. Selecionar Fornecedores: Encontrar fornecedores potenciais, emitir solicitações
para cotações, receber e analisar cotações, selecionar o fornecedor certo. Se o
pedido é de pequeno valor, um fornecedor poderá ser encontrado num catálogo,
num jornal ou numa suficiente de fornecedores, para garantir o recebimento de
cotações competitivas.
98
Apresentamos um modelo de pedido de compra que pode ser utilizado por qualquer
empresa.
Pedido de Compra
N° FL.
Fornecedor: Cód.
Fornecedor
Endereço:
Pela presente, autorizo-lhe o fornecimento abaixo descrito, observadas as condições
constantes no verso.
IT Quant. Unid. Cód. SC Descrição Preço unit. $ IPI%
ET ES EM
Importa o total deste PC em $
embalagem
frete
transportadora
Data de vencimento
das parcelas
99
comunicação com fornecedores é feita eletronicamente. No Pão de Açúcar, graças a
estas novas formas de compras, o índice de falta de produtos caiu, o tempo médio de
armazenamento foi reduzido e o volume de cargas recebidas aumentou.
5 EDI
Uma das formas de compras que mais cresce atualmente é a Electronic Data Interchange
– EDI, tecnologia para transmissão de dados eletronicamente. Por meio de um
computador, com um modem e, por exemplo, com uma linha de telefone e com um
programa específico, o computador do cliente é ligado diretamente ao computador do
fornecedor. As ordens e os pedidos de compra são enviados sem a utilização de papel.
O fornecedor, ao receber a comunicação, providencia o envio das mercadorias
solicitadas e as envia ao cliente.
Figura 8: EDI
Com a utilização do EDI, um pedido de compras, que levava muitos dias para se
concretizar, é feito automaticamente e o recebimento é feito mais rapidamente.
100
6 Internet
É cada vez mais difundida entre nós a utilização do e-mail como um veículo de transação
comercial ou e-commerce.
gg
Neste site você pode ver alguns exemplos de e-commerce.
Assista!
https://www.superempreendedores.com/ecommerce/tipos-de-
ecommerce-existentes/
101
7.1 Classificação de Fornecedores
• Matéria-prima
• Serviços
• Mão de obra
102
c) Especiais: são os que ocasionalmente poderão prestar serviços, mão de obra e até
mesmo fabricar produtos, que requerem equipamentos especiais ou processos
específicos e que normalmente não são encontrados nos fornecedores habituais.
Esta é uma classificação genérica. Não podemos deixar de citar que há graus de
necessidade e importância dos produtos a serem comprados, que podem estar ligados
às características do fornecedor, como:
103
Cadastro de fornecedor
Nome da empresa:_____________________________________________________________
Endereço Escritório:_________________________Tel.:______________CEP______________
Endereço Fábrica:___________________________Tel.:______________CEP______________
Inscrição Estadual:___________________________
Contato:______________________________________________________________________
Linha de Produtos:_____________________________________________________________
Condições de Pagamento:_______________________________________________________
Principais Produtos:____________________________________________________________
Bancos com os quais opera:_____________________________________________________
Outras informações:____________________________________________________________
Segundo Arnold (1999), alguns fatores influenciam na escolha dos fornecedores, como:
104
• Localização do Fornecedor: um fornecedor próximo do comprador (ele próprio
ou um estoque local) auxilia na redução dos tempos de entrega e nos custos de
transporte.
Ainda segundo Arnold (1999), várias são as formas utilizadas pelas empresas para
avaliar seus fornecedores, apresentando métodos simplificados.
105
Para uma melhor compreensão disso, este quadro apresenta um modelo de classificação
de fornecedores para um determinado produto.
Quadro 4: Modelo de classificação de fornecedores
Fornecedores A B C D A B C D
Qualidade 10 8 10 6 6 80 100 60 60
Preço 8 3 5 9 10 24 40 72 80
Entregas no prazo 8 9 4 5 7 72 32 40 56
Serviço pós-venda 7 7 9 4 2 49 63 28 14
Localização 5 4 3 6 9 20 15 30 45
O fornecedor que apresentar o melhor resultado, deverá ser o escolhido. Esse quadro
mostrou que, teoricamente, o fornecedor D, com o total de 255 pontos, seria o
escolhido. Isso não quer dizer que os outros devam ser esquecidos e abandonados.
106
• Pontualidade: o fornecedor deverá possuir uma cultura de pontualidade nas
suas entregas. A não pontualidade quebrará a cadeia cliente-fornecedor, com
efeitos devastadores nas imagens de ambos, já que o cliente comprador não irá,
por sua vez, cumprir os prazos de pagamento.
107
Quadro 5: Modelo de avaliação de fornecedor
Capacidade financeira
108
Em seguida, avalia-se cada quesito, atribuindo uma nota para cada um. O critério a
ser utilizado é nota 1 – ruim; 2 – regular; 3 – bom e 4 – excelente. Depois, multiplica-
se a nota obtida pela categoria em cada um dos quesitos, pelo seu peso. Observe no
quadro.
Quadro 6: Nota dos quesitos x peso
QUESITOS PESO 4 3 2 1
PRODUTO
Custo 10 X
Qualidade 14 X
Embalagem 7 X
Garantia 4 X
10 x 3 + 14 x 4 + 7 x 4 + 4 x 3 = 126
SERVIÇOS
Pontualidade na entrega 10 X
Presteza no atendimento 5 X
Cortesia no atendimento 2 X
Qualidade na expedição e transporte 3 X
Assistência técnica pós-venda 5 X
10 x 2 + 5 x 3 + 2 x 4 + 3 x 1 + 5 x 2 = 56
ENGENHARIA
Pesquisa 2 X
Grau de inovação 9 X
Flexibilidade nas alterações 4 X
2 x 2 + 9 x 4 + 4 x 4 = 56
INSTALAÇÕES
Equipamentos 9 X
Prediais 3 X
Adequação do layout 3 X
9 x 2 + 3 x 3 + 3 x 1 = 30
109
ADMINISTRAÇÃO/FINANÇAS
Relações humanas – ambiente de trabalho 5 X
Relacionamento comercial com clientes 3 X
Capacidade financeira 2 X
5 x 3 + 3 x 4 + 2 x 3 = 33
TOTAL = 301
Onde:
Q = avaliação da qualidade
P = avaliação da pontualidade
C = avaliação do preço
fq = ponderação de qualidade
110
fp = ponderação de pontualidade
fc = ponderação de preço
Considerações:
• Preço = média aritmética dos preços nos últimos três anos (ao melhor preço
FOB1 atribui-se o melhor número de pontos).
Avaliação
Bom IADF entre 0,90 e 1,00
Observar IADF entre 0,80 e 0,89
Substituir IADF abaixo de 0.80
Exercício:
Fator Pontos
Qualidade 35
Preço 25
Serviço de entrega 40
111
Fornecedor Lote recebido Lote aceito
Fornecedor A 80 76
Fornecedor B 95 92
Fornecedor C 90 82
PREÇO FOB
Fornecedor
Ano n-2 Ano n-1 Ano n
Fornecedor A R$ 110,00 R$ 105,00 R$ 100,00
Fornecedor B R$ 120,00 R$ 120,00 R$ 120,00
Fornecedor C R$ 100,00 R$ 95,00 R$ 90,00
Fornecedor A = 95%
Fornecedor B = 80%
Fornecedor C = 90%
Com base nos dados disponíveis, escolha qual é o melhor fornecedor para
a empresa.
Calculando:
112
Fornecedor Lote recebido Lote aceito % aceite Ponderação
Fornecedor A 80 76 95 33,25
Fornecedor B 95 92 97 33,95
Fornecedor C 90 82 91 31,85
Após obter a média aritmética dos preços nos últimos três anos, atribui-se ao melhor
preço, o melhor peso, ou seja, 25. Com isso, verifica-se uma relação inversa, uma vez
que o menor preço corresponde ao maior número de pontos:
Fornecedor C = 25
Preço FOB
Fornecedor Ponderação
Ano n-2 Ano n-1 Ano n Média
113
Concluindo:
Com base nos dados disponíveis, verifica-se no quadro conclusivo que o melhor
fornecedor, em termos de qualidade, é o B; o melhor preço apresentado foi pelo C e
melhor serviço de entrega (prazo e confiabilidade) foi atribuído ao fornecedor C. Em
termos de IADF a escolha recai no fornecedor A, com o índice mais alto. Ressalta-se
que mesmo com o preço mais elevado que o fornecedor C e com um nível de qualidade
um pouco abaixo do fornecedor B, a vantagem em termos de serviço de entrega fez a
diferença. Conclui-se aqui que nem sempre o melhor preço ganha uma concorrência,
outros fatores, juntamente com o preço, são importantes na escolha do fornecedor.
No que se refere ao modelo utilizado para escolha dos fornecedores, é preciso ressaltar
que os fornecedores A e C podem ser considerados como bons (IADF entre 0,90 e 1,00).
Por outro lado, o fornecedor B deve ser observado, uma vez que o mesmo se encontra
em condições (IADF entre 0,80 e 0,89) de participar de outras avaliações, em outros
momentos, não devendo ser descartado.
114
um programa de treinamento, quer por parte do cliente comprador ou por terceiros.
É nessa fase que os contatos entre ambos se tornam mais íntimos, e os dois buscam
melhorias nos processos. No caso de fornecedores altamente capacitados, essa fase
de treinamento pode ser suprimida.
O comprador, bem como o fornecedor, devem trabalhar numa base semanal para
garantir que ambas as partes estejam cientes de quaisquer mudanças nas exigências
ou na disponibilidade de materiais.
A licitação é o procedimento pelo qual são escolhidos aqueles que pretendem contratar
com a Administração Pública. Todas as normas legais que disciplinam o procedimento
licitatório visam à escolha da melhor proposta. Aquilo que ocorre de modo quase
automático no setor privado, movido pela necessidade de sobrevivência da empresa,
precisa ser definido através de atos administrativos coordenados entre si para atingir
aquele objetivo.
115
Se a empresa optar pela escolha de fornecedores com preços mais altos, será punida
com a diminuição da margem de lucro, pela impossibilidade de competir. O mesmo não
ocorre na tomada de decisões no setor público. A lei impõe certas regras na escolha do
contratado.
ee a) Concorrência
b) Tomada de preços
c) Convite
d) Concurso
e) Leilão
a) Abertura da licitação
116
d) Homologação e adjudicação
Glossário
Comakership: Tipo de parceria entre cliente e fornecedor que atinge elevado grau
de evolução, gerando confiança mútua, participação, fornecimento com qualidade
assegurada, etc.
Ressuprimento: Reabastecimento.
117
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O processo de compra não é
responsabilidade exclusiva do departamento de compras. A
compra, se realizada de forma eficiente, envolve outros
departamentos da empresa: marketing, engenharia, produção
e compras.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
118
Referências
119
Gabarito
Questao 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 V F
Unidade 3 V F
Unidade 4 V F
Unidade 5 V F
Unidade 6 V F
Unidade 7 V V
Unidade 8 V F
120