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A sede de ganância dos grandes poluidores não é nada comparada à coragem dos

povos
 Nós lutamos para manter o combustível fóssil no solo - e fazemos isso junto com as
comunidades.
 
 Por May Boeve
 
 Hoje foi um dia diferente para mim. Ele começou com
uma viagem para Java Ocidental, Indonésia, em uma comunidade de Cirebon que está
lutando para parar uma usina de carvão já em existência e uma outra que está a caminho.
Passamos o dia conversando com os membros da comunidade e nos familiarizando com as
pessoas que estão fazendo campanha para parar o projeto, isso é o que torna Cirebon
única. No dia seguinte visitamos outra comunidade em Indramayu, onde encontramos
pessoas que tiveram sua saúde severamente afetada por uma usina de carvão financiada
pela Agência de Cooperação Internacional do Japão. O dia terminou com umas notícias
desanimadoras vindas do meu próprio país - onde especula-se que Trump facilite a
aprovação dos oleodutos de Keystone e Dakota.

Nuvens negras sobre as usinas de carvão de Cirebon vistas da aldeia de Kanci, regência de
Cirebon, província de Java Ocidental. Foto: Ardiles Rante

Há tantas lutas em todo o mundo como esta - onde as pessoas lutaram duramente para
proteger os lugares e as pessoas que amam - para preservar algo de um lugar que o
garanta para o futuro, seja o abastecimento de água, a poluição ou o impacto no clima, o
que afeta a todos nós.

Plantação de arroz perto da usina de carvão de Indramayu na vila de Mekarsari, regência
de Indramayu. Foto: Ardiles Rante
 
 Em Cirebon, Indramayu e em toda a Indonésia,
aprendemos especificamente sobre o que acontece aos pescadores e às pessoas que
dependem deles - quando não há mais peixe. Neste caso, nós aprendemos que Cirebon é
famosa por um tipo de pasta de camarão, a trasi. Eu até li sobre ela ao procurar
informações gerais sobre Cirebon na Wikipédia. Trasi é para Cirebon como croissants são
para Paris. O problema é que a usina de carvão está situada na água, e uma vez que foi
construída, os pescadores, como a pessoa que conhecemos hoje chamada Dusman, não
tinham mais redes cheias de camarão. Dusman chegou até a mudar o seu sustento para
começar a mineração de sal, apenas para descobrir o sal coberto de cinzas de carvão e,
portanto, inutilizável.

May Boeve, fala com os representantes da comunidade local na aldeia Kanci, regência de
Cirebon, sobre os impactos do carvão para a saúde e o sustento deles. Foto: Ardiles
Rante
 
 Dusman e seus vizinhos estão sendo apoiados por muitos de nossos parceiros -
entre eles Walhi, Jatam e Greenpeace, todos ativos no país inteiro. Em reunião com eles
nesta semana eu aprendi que estas duas usinas em Cirebon fazem parte de 2 das de cerca
de 109 que são previstas para trazer 35.000 MW de carvão on-line para a Indonésia.
Esses projetos têm muito apoio do governo, onde as avaliações de impacto ambiental estão
sendo desprezadas, e muitos financiamentos de investidores, particularmente do Japão.

Aini, de 8 anos, segura sua radiografia de tórax, mostrando manchas em seus pulmões, em
sua casa perto da usina de carvão de Indramayu, em Java Ocidental. Foto: Ardiles Rante

A partir daqui eu vou para o Japão para levar esta história para uma série de eventos que a
350.org Japão está realizando sobre financiamento de carvão. Agora eu posso ver com meu
"terceiro olho" exatamente o que acontece quando os indivíduos do Japão abrem suas
contas correntes com os bancos que investem nesses projetos. É nossa esperança que, à
medida que pessoas aprendem mais sobre o impacto, e que elas tenham alternativas de
opções bancárias, o financiamento não esteja mais facilmente disponível. Isto, combinado
com a oposição local, poderia, esperamos, definir um curso diferente para as necessidades
energéticas da Indonésia. Atualmente, o carvão é apresentado como a única opção - mas
sabemos de tantos outros países, como Alemanha, China e Turquia, que existem outras
opções e as pessoas podem virar as costas para carvão em direção às energias
renováveis.

May Boeve, co-fundadora da 350.org levanta seu punho em solidariedade as comunidades


de Indramayu. Foto de Ardiles Rante

Agora, sinto um peso no meu coração, sabendo que a cada dia pode haver retrocessos -
como a notícia de hoje sobre a luta em Cirebon e Indramayu e como ela está tirando
dinheiro dos bolsos das pessoas e uma touchstone cultural inteira de suas histórias.
Mas eu me lembro de como a reunião terminou com Dusman - ele nos deu uma bênção,
disse que nos manteria em suas orações, e nos encorajou a manter o nosso espírito,
continuarmos a luta - com um sorriso no rosto.
 
 
 
 
 


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