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Os biomas são amplas unidades bióticas naturais, caracterizadas por uma combinação
distinta de plantas e animais, e que formam comunidades climáticas totalmente desenvolvidas e
identificadas por um tipo uniforme de vegetação.
Ou seja, os biomas podem ser descritos como grandes ecossistemas terrestres caraterizados
pela vegetação e pelo clima, como exemplos temos as florestas tropicais húmidas e os desertos.
A vegetação afeta o clima e vice-versa!
CLIMA
EFEITO ESTUFA
A onda curta atravessa facilmente a atmosfera, mas a onda longa não, é absorvida pelos
gases presentes nesta, como CO2 e vapor de água, e é depois enviada de novo para a Terra.
A quantidade de energia solar que chega à superfície varia com dois fatores:
1º Nas latitudes superiores, a radiação atinge a superfície num ângulo maior, por isso dispersa-se
numa área superior.
2º A radiação que passa pela atmosfera num ângulo diferente de 90 graus tem de atravessar uma
maior camada de ar. Encontra um superior número de partículas da atmosfera e é refletida para o
espaço.
A taxa de arrefecimento depende da quantidade de humidade existente no ar, uma vez que
quanto mais humidade tiver mais lentamente arrefece.
Este padrão causa grande precipitação nas zonas tropicais (tem mais humidade). Nas zonas
com grande latitude, o ar frio desce e absorve a água do solo, causando condições áridas.
NOTA:
Neste mapa, há grandes climas. Mas também existem microclimas: como por exemplo, no
Alentejo, a planície possuía uma floresta há muito tempo atrás. Ao longo do tempo, a floresta foi
desaparecendo, e com a construção do lago do Alqueva, houve uma maior disponibilidade de água,
mais vegetação e, consequentemente, maior vapor de água. Com estas alterações, o microclima foi
afetado.
Zonas como esta, em que existe muita humidade, são consideradas zonas húmidas, e
nelas há retenção de calor, uma vez que a água tem um efeito tampão ou efeito de estufa.
Consequentemente, isto faz com que as temperaturas sejam constantes (25º - 27ºC), e que quando
não existe Sol, sejam muito baixas.
Nestas zonas, não há uma sazonalidade clara, isto é, não existem estações bem
definidas, e não há seca.
É caraterística por ter uma produtividade alta: como temos muitos organismos de
diferentes espécies e cada um faz uma coisa e desempenha o seu papel, então a produtividade é
alta.
Ou seja, este ecossistema é produtivo uma vez que possui muitas espécies (seja
vegetais como animais, mas principalmente vegetais), que potenciam relações
interespecíficas entre elas, o que faz com que, as taxas dos vários processos do ecossistema
(como a fotossíntese, decomposição e entre outros) sejam maiores, promovendo uma
otimização e um aproveitamento de recursos ao máximo, sendo o seu uso classificado
como eficiente.
Planta
do café
COMO OS SOLOS SÃO POBRES EM NUTRIENTES, O QUE É QUE A VEGETAÇÃO FAZ?
Como o solo é pobre em nutrientes, as raízes são superficiais e estabelecem relações de
simbiose com os fungos micorrizas.
Solos pobres > Raízes superficiais > (estabelecem) Relações de simbiose com fungos micorrizas
Estas adaptações de morfologia servem para facilitar a captação de nutrientes, uma vez que
os solos são pobres em nutrientes.
De forma a que a decomposição seja muito rápida (reciclagem de nutrientes).
Neste tipo de bioma, só há duas estações do ano: metade do ano é húmida (com chuva muito
intensa) e outra metade é seca, que é a mais predominante.
SAVANA
DESERTO
Neste bioma a precipitação anual é baixa, < 300 L/ano, o que leva a
uma falta ou a uma baixa de água atmosférica, que se traduz numa baixa
humidade do ar. O que provoca, uma retenção de calor muito baixa ou até
mesmo nula, visto que, não há efeito de estufa.
As duas preocupações principais das plantas e dos animais são evitar perdas de água e
aumentar os ganhos.
ESTEPE (PRADARIA)
NOTA: O estrato herbácio é tanto mais curto quanto mais seco for o solo.
Tem Verões curtos e por vezes muito quentes (com risco de incêndios), e Invernos frios
e longos;
Tem uma baixa densidade de animais, porque os invernos são muito frios, logo a
temperatura não é muito favorável para os animais.
TUNDRA
MICROCLIMAS
Ou seja, dentro de um bioma, pode existir um microclima: é uma zona mais pequena que
possui caraterísticas diferentes do bioma em que se está inserido.
As caraterísticas podem diferir ao nível de:
1. Sol/sombra;
2. Influência do Solo (capacidade de retenção de água);
3. Perto das grandes massas de água;
4. Vento;
5. Precipícios;
6. Morfologia da paisagem.
BIODIVERSIDADE E SUSTENTABILIDADE
Perspetivas da Biodiversidade
• Espécies
• População
• Comunidades
• Ecosistemas
As comunidades biológicas
• é o conjunto de organismos de
diferentes espécies que coexistem no espaço
e no tempo
AMEAÇAS À BIODIVERSIDADE
Alterações Climáticas: prevê-se que a taxa de extinção de espécies aumente de forma exponencial
com o aumento da temperatura (por exemplo.)
Os efeitos de fenómenos climáticos extremos, como cheias, picos de calor com seca acentuada, de
forma inesperada, torna difícil a contornação das suas consequências;
BIODIVERSIDADE EM CRISE?
ESTAREMOS PERANTE OUTRA CRISE DE EXTINÇÃO EM ESPÉCIES?
COMO AVALIAR A BIODIVERSIDADE?
MEDIDAS DE BIODIVERSIDADE?
Diversidade taxonómica: avalia a riqueza em taxa, reinos, filos, ordens, famílias, géneros,
espécies, subespécies e populações;
Diversidade funcional: avalia o nº de grupos funcionais:
relaciona-se com as funções ecológicas dos indivíduos;
relações tróficas, os ciclos dos nutrientes, o fluxo de energia;
Diversidade genética: que pode distinguir indivíduos ou populações dentro da mesma
espécie.
(genótipos ou filótipos)
AVALIAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
2. Hipótese Rivet: defende que cada espécie desempenha um papel no ecossistema, pelo
que, o conjunto de todas as espécies é essencial à manutenção e ao funcionamento do ecossistema.
Assumindo que as espécies existentes possuem funções diferentes, chega-se a um ponto em
que o funcionamento do ecossistema não aumenta muito mais, uma vez que todas as funções se
encontram asseguradas pelas diferentes espécies.
Contudo, caso uma espécie seja retirada do ecossistema, o funcionamento do mesmo desce!
3. Hipótese de Redundância: esta hipótese defende que, desde que se encontre presente
uma espécie representante de um determinado grupo funcional, o número total de espécies deixa
de ser tão relevante, como na hipótese supramencionada.
Assim, mesmo que uma espécie perca a sua função, essa perda não compromete a
funcionalidade do ecossistema, uma vez que já existem outras que asseguram essa função,
promovendo a estabilidade do mesmo.
Contudo, chega-se a um ponto em que se perde uma espécie, que é a única de um
determinado grupo funcional, e quando isso acontece, a funcionalidade decresce. Por isso, é muito
importante que haja muitas espécies pertencentes ao mesmo grupo funcional, isto é, que
assegurem a(s) mesma(s) função(ões).