Sunteți pe pagina 1din 54

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”

LSO-526 ADUBOS E ADUBAÇÃO

Fertilizantes nitrogenados:
obtenção, características, ação
fertilizante e emprego

Prof. Dr. Rafael Otto

Piracicaba, SP
11 e 12 de maio de 2017
Atmosfera: Possui 78% de nitrogênio em volume
na forma de gás inerte  1015 t de N

Elemento Composição (%)


Nitrogênio 78
Oxigênio 21
CO2 0,038
Outros gases 0,962

Todo o N do solo vem da atmosfera


Um pouco de história...
SÍNTESE DE NH3
• 1909 – Alemanha
• Idealizador: Fritz Haber
• Larga escala: Carl Bosch (BASF)
• Primeira Guerra Mundial
• Produção de explosivos (Nitrato de Sódio-Chile)
• Prêmio Nobel: Haber (1920) e Bosch (1931)
Early NH3 plant at Oppau, Germany (1913)

Source: Smil (2001)


SÍNTESE DE NH3

1909 1921 2000


* Museu de Berlim * BASF *Planta industrial em
Trinidad
“A síntese industrial de amônia a partir do N2 e H foi mais
importante do que a invenção do avião, da energia nuclear,
dos vôos espaciais e da televisão. A expansão da população
mundial de 1,6 bilhões para os atuais 6 bilhões de pessoas
não seria possível sem a síntese de amônia”
Fonte: Smil (2001) – Enriquecendo a terra

Produção de amônia
Adições de N ao solo
Entradas de N no solo

NATURAIS ADUBAÇÕES

Fixação biológica de N Fertilizantes minerais

Descargas elétricas (raios) Fertilizantes orgânicos

Mat. orgânico (estercos, Fertilizantes


restos vegetais, etc.) organominerais
Descargas elétricas

• Quebra do N atmosférico pelos raios;


• Conversão do nitrogênio em óxidos e,
posteriormente HNO3
– transporte pelas águas das chuvas
– Infiltração no solo
– Nitratos disponíveis às plantas
Fixação biológica de N
• Leguminosas;
• Assimilação do N2 atmosférico por microrganismos:
– Fungos;
– Algas;
– Bactérias:
• Rizobium;
• Azotobacter;
• Beijerinkia.

Fonte: interna.coceducacao.com.br
Produção de fertilizantes N
Fosfatos de rocha Nitrofosfatos
O2
HNO3 NH3 Nitrato de amônio (NH4NO3)
NaCO3 Nitrato de sódio (NaNO3)
H2SO4 Sulfato de amônio (NH4)2SO4

NH3 CO2 Ureia CO(NH2)2

H2O Aquamônia (NH4OH)

Fosfatos de amônio
H3PO4
(MAP e DAP)
(NH4H2PO4) e (NH4)2HPO4
(LOPES, 2005)
Consumo de fertilizantes nitrogenados no Brasil
(% do total)
CAN Nitrato de Amônio Sulfato de Amônio Ureia

58 61 63
65 68 68 68 66 69 65 64

22 14 20
10 12 12 15 17 20 18
16

20 21 21 19 21 19 18 16 15 15
15
1 1 2 3
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Fonte: IFA, 2013


Amônia
• Base para produção dos fertilizantes nitrogenados;
• Alta concentração de N – 82%;
• Baixas temperaturas e alta pressão;
• Necessita de aplicação diferenciada (injeção);
• Produto com alto risco para manuseio;
• Produto susceptível a altas perdas.

Fonte: www.quimitec.com.br
Nitrato de amônio
• Neutralização do HNO3 pela amônia anidra
• Produto granulado de alta solubilidade
• Concentração de nitrogênio  ~ 33% N
• Possui as 2 formas de absorção pelas plantas:
– NH4+  absorvido ou nitrificado
– NO3-  absorvido, lixiviado ou desnitrificado
• Problemas de higroscopicidade
• Venda controlada pelo exército (potencial
explosivo)
Sulfato de amônio
• Síntese industrial: neutralização do ácido sulfúrico
pela amônia anidra
• Subproduto industrial: produção de caprolactama
(Nylon)  Principal fonte
• Produto granulado ou cristais de alta solubilidade;
• Concentração de nitrogênio  21% de N;
• Possui enxofre em sua composição (24%);
• Maior poder acidificante entre os nitrogenados
Ureia
• Fonte de N mais utilizada (65%)
• Altamente solúvel
• Alta concentração de nitrogênio  ~45% de N
– Transporte
– Armazenagem Menores custos!
– Aplicação
• Produto na forma granulada ou prill (pérolas)
• Muito susceptível a perdas por volatilização
(NH3)
Outras fontes de N
• MAP e DAP:
– Reação da amônia com ácido fosfórico
– São adubos fosfatados porém contendo nitrogênio (10%
de N; e 17% de N respectivamente)
– Solúveis e alto teor de P2O5(48% no MAP e 45% no DAP)
• Nitrocálcio (14% de N e 16% de Ca)
• Cloreto de amônio (25% de N)
• Nitrato de potássio (12% de N e 44% de K2O)
Fontes orgânicas de N
• Cama de frango:
– concentração de N mínima de 1%
– Muito disputada hoje
– Proximidade de regiões produtoras

• Estercos (concentração mínima de 1%):


– Poedeiras
– Bovinos
– Suínos
Fonte: CPT, R7 e O2
comunicação (respectivamente)

*Devem possuir baixa umidade


Efeitos no solo
Transformações
Acidificação
Salinidade
Higroscopicidade
Empedramento
TRANSFORMAÇÕES DO NITROGÊNIO
(e o que o homem tem feito para alterá-lo)

Mineralização: N orgânico  NH4+

Imobilização: NH4+ ou NO3-  N orgânico

Hidrólise da ureia: CO(NH2)2 + 2H+ + H2O  2NH4+ + H2CO3


NH4+ + OH-  NH3 + H2O
Inibidor de urease, fertilizantes de liberação lenta

Nitrificação: NH4+ + 2O2  NO3- + H2O + 2H+

Inibidor de nitrificação

Lixiviação: NO3-  águas subterrâneas


Inibidor de nitrificação, fertilizantes de liberação lenta

Desnitrificação: NO3-  NO2-  NO  N2O  N2


Inibidor de nitrificação
Acidificação
Índice de acidez dos fertilizantes
Nitrificação: nitrogenados
2NH4+ + 3O2  2NO2- + 2H2O + 4H+ Fertilizante Equivalente CaCO3
2NO2- + O2  2NO3- por t do
por kg de N
produto
_______________ kg ________________
Amônia anidra -1,80 -1.480
Ureia -1,80 -790
Sulfato de Amônio -5,35 - 1.070
MAP -5,00 -450
Nitrato de Amônio -1,80 -580
Nitrocalcio 0 0
Nitrato de cálcio +1,35 +190
Nitrato de sódio +1,80 +270
Nitrato de potássio +2,00 +260

Fonte: Raij et al. (1997) e IFDC (1979)


Perdas de N
Volatilização
Lixiviação
Desnitrificação
VOLATILIZAÇÃO DE AMÔNIA

Reações da Ureia no solo

urease
1) CO(NH2)2 + H2O + 2H+  2NH4+ + H2CO3
volatilização
2) NH4+ + OH-  NH3 + H2O
COMPORTAMENTO DA UREIA APÓS HIDRÓLISE NO SOLO
Secamento do solo e vaporação da água:
amônia para atmosfera!

UREIA APLICADA EM SOLO ÚMIDO


ALTAS PERDAS
(APÓS A CHUVA)

pH = 5,5 6,0 7,5 9,0


NH4+ = 100% 100% 90% 50%
NH3 = 0% 0% 10% 50%

UREIA APLICADA EM SOLO SECO


(ANTES DA CHUVA) BAIXAS PERDAS

pH = 5,5 6,0 6,5 6,5


NH4+ = 100% 100% 90% 90%
NH3 = 0% 0% 10% 10%
Ilustração de Otto (2017)
NH3 SOLO

Média de 30%

CO(NH2)2 + H2O UREASE NH3 + CO2

Necessário incorporação – dificultação pela palha


Vieira, 2009
- Perdas de N-NH3 por volatilização
- Plantio direto de milho sobre aveia e plantio convencional

80 Aplicação
N volatilizado acumulado,

Superficial:
70
Incorporado
60
% do aplicado

50
40
30
20
10
0
SA NA UR SA NA UR
Plantio direto Plantio convencional
Dose de N: 100 kg/ha Fonte: Lara-Cabezas (1998)
Medida mitigadora
• Incorporação da ureia
• Aplicação em solo seco (antes da
chuva)
• Uso de inibidores de urease
Lixiviação
• Percolação do nutriente pelo perfil de solo;
• NO3- (não fica retido na CTC).

NO3- NO3-
NO3-
NO3-
Medida mitigadora
• Parcelamento das adubações de modo a evitar o
excesso de nutriente no solo.

• Utilizar fertilizantes com inibidores de


nitrificação (pouco usados no Brasil)
Desnitrificação
• Produção de formas gasosas de N a partir do NO3-
• Bactérias anaeróbias facultativas:
– Bacilus
– Pseudomonas
– Spirilum
– etc.

NO3- NO2- H2N2O2 N2O N2


desnitrificação
Medida mitigadora
• Não aplicar fertilizantes com fonte de N
nítrica (ex. nitrato de amônio) em
condições de solo alagado  nessa
situação, esperar o solo secar
• Utilizar fertilizantes com inibidor de
nitrificação
• Se for arroz irrigado, dar preferência ao
uso de ureia
Recomendação

Análise de solo

Extração da cultura

Curvas de respostas experimentos

Análise foliar
Fertilizantes de eficiência aumentada

Polímeros
turfas
Enxofre
látex
Ceras

Tecnologias

Iso
urease
Nitrificação formaldeído
crotonaldeído
butilaldeído
FERTILIZANTES DE EFICIÊNCIA AUMENTADA

A) Fertilizantes de liberação lenta


• Recobertos, encapsulados, insolúveis, etc

B) Fertilizantes estabilizados
• Contêm aditivos ou inibidores
A) FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA
A) FERTILIZANTES DE LIBERAÇÃO LENTA

Coberturas com polímeros


B) FERTILIZANTES ESTABILIZADOS

• Inibidores de Nitrificação: caros e pouco


usados no Brasil, devido ao potencial
limitado de perdas de nitrato por lixiviação

• Inibidores de Urease: muito usado, devido


ao alto potencial de perdas de NH3 por
volatilização e custo relativamente barato
B) FERTILIZANTES ESTABILIZADOS
B) FERTILIZANTES ESTABILIZADOS
OBJETIVO  Retardar a hidrolise da ureia e as perdas de NH3

UREA UREA+NBPT
NH₃ = 31.03/(1 + exp( – (t – 4.82)/1.35)) NH₃ = 14.78/(1 + exp( – (t – 8.32)/2.11))
UREA UREA+NBPT
40
Cumulative NH3 loss (% of N applied)

Ureia
31%
30

20
Ureia + NBPT
15%
10

0
0 7 14 21 28 35 42
Days after fertilizer urea application

Fonte: Silva et al (2017) - Agronomy Journal


B) FERTILIZANTES ESTABILIZADOS

Inibidores da urease

Ex: NBPT

Fonte: Agrotain
FATORES QUE AFETAM A RESPOSTA À
ADUBAÇÃO NITROGENADA

• Rotação de culturas
• Uso de subprodutos
• Condições climáticas
ROTAÇÃO DE CULTURAS

NH4+ + O2 X NO3-
Braquiolactanas

NH4+

Crotalaria spectabilis

NH4+ + NO3-
A ROTAÇÃO SOJA-MILHO REDUZ A RESPOSTA
DO MILHO À ADUBAÇÃO NITROGENADA

Sem irrigação

Rotação Soja-Milho

Milho sobre milho

Fonte: Site da Pioneer (2013)


ROTAÇÃO DE CULTURAS

NH4+ + NO3-

• Milho verão :
0,8 a 1,1 kg N saco-1 após soja no ano anterior
1,1 a 1,2 kg N saco-1 após milho ou sorgo
• Milho safrinha:
0,4 a 0,6 kg N saco-1 (devido ao residual da soja)
USO DE SUBPRODUTOS

TORTA DE FILTRO

VINHAÇA
VINHAÇA + TORTA DE FILTRO NO
PLANTIO

Sem aumento
150
Produtividade (t/ha)

100 80 80 87 81 83

50

0
0 50 100 150 200
Dose de N (kg/ha)

Fonte: Otto et al (2013)


CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Resposta do milho-safra ao N – SEM RESTRIÇÃO HIDRICA

250
202 206 212
193
Produtividade (sc ha-1)

200 187
169 204 sc ha-1

150
Dose econômica de N (kg ha-1)

100

50
y = -0,0003x2 + 0,2346x + 170,63
R² = 0,9861; P < 0,0001

0 191
0 60 120 180 240 300
Doses de N (kg ha-1)

Fonte: Vitti et al (dados não publicados)


Resposta do milho-safra ao N – COM RESTRIÇÃO HIDRICA

250
Seca severa no
Produtividade (sc ha-1)

y = -0,0663x + 105,71
200 florescimento do milho R² = 0,7918; P < 0,0004

150
102 101 103 98
100 90 82

50

0
0 60 120 180 240 300

Doses de N (kg ha-1)

Fonte: Vitti et al (dados não publicados)


CÁLCULO DA DOSE ÓTIMA E DOSE
ECONÔMICA DE NITROGENIO
Curva de resposta ao N de soqueira de cana-de-açúcar
(obtida a partir de resultados de 37 sites)

100
y = -0,0005x2 + 0,136x + 86,112
Produtividade (t/ha)

R² = 0,741

90

80

70
0 40 80 120 160 200

Dose de N (kg/ha)

Fonte: Castro e Otto (2013)


COMO CALCULAR A MELHOR DOSE DE N?

Considere a equação da curva:


y = a + b x – c x2
y = 86,112 + 0,136 x – 0,0005 x2

1) Dose de N que proporciona maior produtividade

- Derive a equação e a iguale a zero


dy = b - 2 c x dy = 0
dx dx

y = 86,112 + 0,136 x – 0,0005 x2


0 = 0,136 - (2*0,0005x)
0,001 x = 0,136
x para maior produtividade = 136 kg/ha N
COMO CALCULAR A MELHOR DOSE DE N?
2) Dose de N mais econômica
- Derive a equação e a iguale à relação de preço

dy = b - 2 c x dy = relação de preço
dx dx

Ureia: R$1.200,00/t ou R$2,67/kg


Cana-de-açúcar: R$ 60,00/t
Relação de preço = 2,67/60 = 0,0445

y = 86,112 + 0,136 x – 0,0005 x2


0,0445 = 0,136 - (2*0,0005x)
0,0445 – 0,136 = - 0,001 x
- 0,0915 = - 0,001 x
X para maior retorno econômico = 92 kg/ha N
CONCLUSÕES

1. N é um elemento caro e que pode poluir o ar e água


2. Ureia é a principal fonte de N utilizada no Brasil
3. A ureia sofre perdas por volatilização quando aplicada
sobre o solo ou sobre a palha. Mitigação:
• Incorporação
• Aplicação em solo seco (antes da chuva)
• Inibidores de urease
4. Fertilizantes de liberação lenta: permitem redução de
parcelamento, porém custam caro
5. Como não existe análise de solo para N, a
recomendação se baseia em curvas de resposta,
histórico da área e expectativa de produtividade
Obrigado!

S-ar putea să vă placă și