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Rute Pires
Faculdade de Psicologia – Universidade de Lisboa
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Origens
“Capacidade global do indivíduo para actuar com finalidade, pensar racionalmente e proceder
com eficiência em relação ao ambiente.” (Wechsler, 1944)
4
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Necessidade da WISC-III
Idades de aplicação
Aplicação individual
Crianças dos 6 anos e 0 meses aos 16 anos, 11 meses e 30 dias 5
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Tempo de administração
1h/1h30m: 10 subtestes obrigatórios
+ 10/15 m: 3 subtestes opcionais
Aplicação preferencial numa única sessão
É possível dividir a aplicação em duas sessões, desde que o intervalo não seja
superior a uma semana
Condições de administração
Recomenda-se a aplicação frente-a-frente
É possível optar por uma organização do espaço diferente, mas há que assegurar:
Facilidade de acesso aos materiais de teste;
Materiais de teste fora do alcance visual do sujeito até que sejam necessários;
Cadeira e mesa adequadas à realização das tarefas;
Posicionamento que permita a observação das respostas e comportamento do
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sujeito
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Parte Verbal Parte Realização
2. Informação 1. Completamento de Gravuras
4. Semelhanças 3. Código
6. Aritmética 5. Disposição de Gravuras
8. Vocabulário 7. Cubos
10. Compreensão 9. Composição de Objectos
12. Memória de Dígitos (opcional) 11. Pesquisa de Símbolos (opcional)
13. Labirintos (opcional)
Caso algum dos subtestes obrigatórios seja invalidado ou não possa ser aplicado, os
subtestes Memória de Dígitos e Labirintos substituem, respectivamente, um dos
subtestes verbais e um dos subtestes de realização e neste caso, são utilizados no
cálculo dos QI.
Vocabulário Cubos
A tabela 44 (Manual WISC-III, 2003, p. 289) apresenta, para cada subteste, os resultados
brutos equivalentes a diversas idades-teste.
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WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Relação QI-Percentil
Percentil QI Percentil QI
99 135 50 100
97 128 40 96
95 125 30 92
90 119 25 90
80 113 20 87
75 110 10 81
70 108 5 75
60 104 3 72
1 65
In Manual da Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças (WISC), adaptação portuguesa de J.H. Ferreira
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Marques (1970)
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
WISC-III WAIS-III
QI Classificação Classificação
130 ou mais Muito superior Muito superior
120 - 129 Superior Superior
110 - 119 Médio Superior Médio Superior
90 - 109 Médio Médio
80 - 89 Médio Inferior Médio Inferior
70 - 79 Inferior Inferior
69 ou menos Muito Inferior Muito Inferior
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WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Mas uma diferença pode ser significativa do ponto de vista estatístico e ser muito
frequente na população…
Mais elevado
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WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Subteste Saturação em g WISC-III*
Informação .78 Boa
Semelhanças .77 Boa
Aritmética .76 Boa
Vocabulário .80 Boa
Compreensão .68 Moderada
M. Dígitos .47 Pobre
Comp. Gravuras .60 Moderada
Código .41 Pobre
Disp. Gravuras .53 Moderada
Cubos .71 Boa
Comp. Objectos .61 Moderada
Pesquisa Símbolos .56 Moderada
* Kaufman, A.S., & Lichtenberger, E.O. (2000). Essentials of WISC-III and WPPSI-R Assessment. New York: John
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Wiley & Sons.
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Informação
Resultados Baixos
Depressão 17
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Semelhanças
“Em que é que são semelhantes uma banana e uma maçã”? Para desempenhar a tarefa – qual a
categoria mais geral e mais abstracta a que pertencem dois conceitos – a criança tem de
identificar as características essenciais e negligenciar as que são acessórias.
Esta prova permite obter informações clínicas interessante, já que as respostas podem
corresponder a níveis distintos de desenvolvimento cognitivo: a. nível concreto (a banana e a
maçã têm casca); b. nível funcional (a banana e a maçã servem para comer); c. nível abstracto (a
banana e a maçã são frutos).
Resultados Baixos
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WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Aritmética
Os conhecimentos matemáticos exigidos são do nível do 1º Ciclo do Ensino Básico: adição, subtracção,
multiplicação e divisão, fracções e percentagens
Resultados Baixos
Resultados Baixos
Psicoses 20
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Compreensão
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WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Memória de Dígitos
Permite apreciar a qualidade do controlo da atenção e da memória de trabalho, embora não seja
uma boa medida de inteligência
Tomando como referência o modelo da memória de trabalho de Baddeley (1986), as duas tarefas
que compõem o subteste fazem apelo a mecanismos diferentes:
A recuperação de dígitos em sentido inverso junta a este processo uma segunda tarefa que
envolve a inversão da posição dos dígitos na sequência. Implica tanto o sistema
fonológico/articulatório quanto o administrador central. Esta tarefa é muito mais exigente que
a primeira. Em média, as pessoas conseguem recordar mais dois dígitos em sentido
directo do que em sentido inverso
Resultados Baixos
Problemas de atenção 22
Ansiedade
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Completamento de Gravuras
Resultados Baixos
Problemas visuais
Avalia a capacidade de aprendizagem de uma tarefa nova num curto espaço de tempo
Resultados Baixos
Problemas visuais
A realização com sucesso exige a compreensão de cada imagem, a distinção entre o essencial e
o acessório e a integração do fundamental numa sequência coerente
Resultados Baixos
Problemas visuais
Dificuldades motoras
Avalia a inteligência não verbal . Depende de capacidades de análise visuo-espacial, de raciocínio sobre
relações espaciais, de coordenação visuo-motora e de trabalho sob pressão do tempo
A estratégia analítica consiste numa análise da figura que leva à sua decomposição em unidades
elementares e posterior síntese do todo
Do ponto de vista do desenvolvimento, a estratégia global diminui da infância para a idade adulta e as
estratégias analíticas e sintéticas aumentam. A partir dos 50 anos verifica-se um progressivo retorno à
estratégia global
Resultados Baixos
Problemas visuais
Resultados Baixos
Problemas visuais
Dificuldades motoras
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Ansiedade / pressão do tempo
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Pesquisa de Símbolos
Resultados Baixos
Problemas visuais
Problemas de atenção
Traços obsessivos
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WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Labirintos
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WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Dislexia / Perturbações da Aprendizagem / Perturbações da Atenção
OP > SCAD: ocorre com maior frequência em crianças com Dislexia, Perturbações da
Aprendizagem e da Atenção do que em crianças “normais” (dado que ICV é uma medida de
inteligência cristalizada, a diferença entre CV e SCAD não diferencia crianças com perturbação
de crianças”normais”)
Informação a ser utilizada com prudência, obrigatoriamente integrada com outros dados
clínicos (Falsos Positivos) 30
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Deficiência Mental
Etiologia
Padrão característico
Disposição de Gravuras
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
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Estudo de Caso
Nome: Carolina
Idade: 13 anos e 6 meses
Escolaridade: 7º ano do 3º Ciclo do Ensino Básico
Família: irmã gémea, irmão com 17 anos, mãe professora do ensino especial e pai técnico de informática
Pedido/Objectivo do exame
Clarificação da natureza das dificuldades de aprendizagem, de mobilização da atenção e
concentração.
O pedido de avaliação é efectuado pela mãe, por recomendação da psicóloga da escola e é motivado
pela possibilidade da Carolina vir a reprovar, pela segunda vez, no 7º ano de escolaridade.
O seu percurso escolar é descrito como “regular, mas com dificuldades”. Na opinião da mãe, a má
preparação ao nível do 1º Ciclo é responsável pelas actuais dificuldades, que se agravaram no ano
anterior pelo facto da irmã gémea ter partido uma perna e ter ficado impedida de frequentar a escola
durante o 2º período. O acidente e a operação subsequente foram vividos por toda a família com
grande sofrimento.
A mãe considera a Carolina “muito nervosa e insegura. Quando está a estudar e vê que não
consegue parece que bloqueia.” A este respeito a Carolina diz: “eu estudo, a minha mãe sabe.
Quando ela me faz perguntas eu sei responder, mas nos testes não me consigo lembrar das coisas e
depois já não consigo fazer mais.”
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Estudo de Caso
Gravidez e Infância
Gravidez desejada, não planeada. Por serem filhos únicos desejavam ter mais do que um filho, mas
meses antes da gravidez, a mãe tinha sido submetida a uma intervenção cirúrgica, na qual lhe foi
retirado um dos ovários e os médicos não consideravam provável que conseguisse voltar a
engravidar. Apesar do desejo, “saber que estava grávida de gémeos foi um choque.”
Gravidez de alto risco com vómitos, mal-estar permanente e ameaças de aborto a partir das 24
semanas. Esteve duas vezes internada, no último internamento permaneceu no hospital até ao parto.
A infecção respiratória não teve consequências, embora a mãe considere que a Carolina sempre foi
mais frágil do que a irmã. “É mais franzina, sempre comeu menos, embora nunca tenha rejeitado a
alimentação. Tem uma grande tendência para as alergias, principalmente as que se relacionam com
a pele.”
34
Estudo de Caso
Acontecimentos relevantes
O avô paterno faleceu por doença crónica prolongada e o avô materno faleceu em
casa e inesperadamente, no dia em que a família festejava o seu aniversário.
A mãe da Carolina está muito deprimida. Embora tenha tido o apoio do marido, sente
que o marido acha que a vida é assim e que ela tem de superar.
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Estudo de Caso
WISC-III
WISC-III
RP RP
Semelhanças 9 Código 9
Vocabulário 5 Cubos 6
QI V 70 ICV 74
QIR 75 IOP 73
QIEC 68 IVP 103
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Estudo de Caso
Matrizes Progressivas de Raven – SPM
Tipo I
Tipo I
Teste de Bender-Santucci
Resultado situado entre a mediana dos 12 anos (59) e a dos 14 anos (63)
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Estudo de Caso
Análise e interpretação da WISC-III
38
Estudo de Caso
Análise e interpretação da WISC-III
Faria sentido interpretar ICV e IOP se QIV e QIR estivessem baixos por causa de
uma nota anormalmente baixa em Aritmética ou Código, respectivamente. Nestes
casos, o ICV reflectiria melhor a Inteligência Cristalizada e o IOP a Visualização
Geral.
IVP tem poucos estudos que o validem… Apresentará alguma relação com a
atenção, tendo-se verificado que baixava nos casos de perturbação de atenção
(Grégoire, 2001).
4. Análise Intra-individual
4. Análise Intra-individual
42
Estudo de Caso
Análise e interpretação da WISC-III
4. Análise Intra-individual
45
Estudo de Caso
MPS
A B C D E
1 1 1 1 1
1 1 0 1 1
1 1 0 1 1
1 1 0 1 0
1 1 1 1 0
1 1 0 1 0
0 0 1 1 0
1 0 1 0 0
1 0 1 1 0
1 1 1 1 0
1 1 0 0 0
0 1 0 0 0
Discrepâncias
RO 10 9 6 9 3
RE 11 9 7 8 2 46
-1 0 -1 +1 +1
Estudo de Caso
Figura Complexa de Rey
Cópia
O tipo de cópia e a precisão da reprodução confirmam a
inexistência de dificuldades ao nível da organização perceptiva e da
estruturação espacial.
A sua reprodução revela, no entanto, falhas pontuais de atenção
(ver elemento 8).
Memória
O resultado obtido na reprodução de memória indica inexistência de
limitações mnésicas.
47
Estudo de Caso
Figura Complexa de Rey – Cópia
48
Estudo de Caso
Figura Complexa de Rey – Memória
49
Estudo de Caso
Teste de Bender-Santucci
O resultado total situado entre a mediana dos 12 anos e a dos 14 anos revela
capacidades grafo-perceptivas adequadas à idade.
Resultados parciais:
Aos 12 anos os modelos de mais difícil realização são o IV, II e o I
Aos 14 anos os modelos de mais difícil realização são o IV e o I
A Carolina obtém o seu pior resultado no modelo III, o mais fácil de realizar em todas
as idades, estando o seu desempenho ao nível dos 8 anos.
Desempenhos adequados são obtidos nos modelos I, II e V.
50
Estudo de Caso
Teste de Bender-Santucci
51
Estudo de Caso
Personalidade
Teste de Rorschach
A Carolina tem lidado com estes afectos negativos através do recurso a uma estratégia
defensiva de evitamento dos conteúdos emocionais.
53
Testes de Factor g / WISC-III
T. Factor g / E. Wechsler
Os resultados tendem a ser concordantes
No caso dos resultados serem discordantes é possível levantar as seguintes hipóteses:
56
Estímulo 1
57
Estímulo 2
58
Estímulo 3
59
Estímulo 4
60
Estímulo 5
61
PROVA DE ORGANIZAÇÃO GRAFO-
PERCEPTIVA (1967)
Material
5 modelos
Folha A4 (disposição horizontal)
Lápis (não permitir a utilização de régua ou borracha)
Folha de cotação e grelhas de correcção
Tempo de realização
6 minutos
Critérios de realização
A nota 3 é reservada para as realizações raramente conseguidas aos 6 anos.
A nota 1 é atribuída às reproduções que são conseguidas pela maior parte das crianças de 6
anos.
A nota 2 é atribuída aos casos intermédios.
O ritmo do desenvolvimento grafo-perceptivo é mais intenso entre os 6 e os 10 anos (com uma
evolução acentuada dos 6 para os 7 anos).
Entre os 10 e os 14 anos verifica-se um abrandamento progressivo do ritmo do desenvolvimento
62
grafo-perceptivo.
PROVA DE ORGANIZAÇÃO GRAFO-
PERCEPTIVA
Considerações sobre a interpretação
63
Figura Complexa de Rey (1959)
Autor: André Rey
Figura geométrica complexa sem significado aparente. A sua
realização gráfica é fácil, mas a sua estrutura é suficientemente
complexa para exigir uma actividade perceptiva analítica e
organizadora.
Figura A – aplica-se a partir dos 8 anos [Normas portuguesas para
crianças dos 6 aos 11 anos, autoria de M. Simões et al. (1997)]
Figura B – aplica-se dos 4 aos 7 anos (Pode aplicar-se a adultos
com forte suspeita de DM)
Permite avaliar Organização perceptiva e Memória visuo-espacial
(indirectamente fornece dados sobre a eficiência intelectual).
64
FCR Fig. A
65
FCR Fig. B
66
Figura Complexa de Rey
Análise da Cópia
Informa sobre a organização perceptiva e o desenvolvimento intelectual.
A análise da Cópia tem em consideração 3 aspectos: Precisão da Cópia,
Tipo de Cópia e Tempo de Realização.
Precisão da Cópia Bem colocado = 2 pontos
Correcto
Mal colocado = 1ponto
Deformado ou incompleto
Para cada elemento mas reconhecível
Mal colocado = ½ pontos
Irreconhecível ou ausente = 0
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Figura Complexa de Rey
Tipo de Cópia (Osterrieth, 1945)
Tipo I – Construção sobre a armadura
O sujeito começa o desenho pelo grande rectângulo central, que funciona como a
estrutura do desenho, em relação ao qual agrupa os outros elementos da figura.
É o tipo de cópia dominante nos adultos. Está, no entanto, presente desde os 4
anos, aumentando lentamente até atingir uma frequência máxima na idade
adulta.
Tipo II – Detalhes englobados na armadura
O sujeito começa o desenho por um detalhe ligado ao grande rectângulo (e.g., cruz
superior esquerda) ou traça o grande rectângulo englobando em simultâneo um
detalhe. A restante reprodução é feita em função do rectângulo enquanto “armadura”.
É um tipo acessório de cópia. Aparece aos 6 anos, desenvolve-se regularmente
até aos 12 anos onde atinge a frequência mais elevada para em seguida diminuir
até à idade adulta.
Os tipos I e II são semelhantes por polarizarem o desenho em torno do rectângulo central. O tipo
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II é uma variante do tipo I e ambos são englobados no Tipo I/II.
Figura Complexa de Rey
Tipo de Cópia (Osterrieth, 1945)
Tipo III – Contorno geral
O sujeito começa o desenho pela reprodução do contorno integral da figura sem
diferenciar explicitamente o rectângulo central. Obtém um “continente” no qual são
colocados os detalhes interiores.
Tipo de cópia acessório que diminui depois dos 6 anos (embora aos 10 anos
assuma uma expressão razoável) e que é negligenciável na idade adulta.
69
Figura Complexa de Rey
Atraso do desenvolvimento intelectual => responsável por uma organização perceptiva e uma
Tempo de cópia longo => sujeitos empenhados, mas com dificuldades na análise rápida e
racional das estruturas visuo-espaciais.
Tempo de cópia curto, traçado fácil e firme => sujeitos dotados para o desenho que copiam a
figura de um modo pouco racional (tipo IV), mas fazem-no com qualidade.
71
Figura Complexa de Rey
CONSIDERAÇÕES SOBRE A CÓPIA
72
Figura Complexa de Rey
Análise da reprodução de memória
A reprodução de memória realiza-se após a cópia, sem conhecimento prévio do
sujeito (intervalo de tempo não superior a 3 m).
Avalia-se segundo os parâmetros: Precisão da reprodução de memória e Tipo de
reprodução de memória
Resultados Baixos
Se a cópia foi normal = indicam dificuldades na memória visuo-espacial.
Se a cópia foi deficiente = traduzem as dificuldades de análise perceptiva e de
estruturação espacial já reveladas na cópia.
Nota: quando a reprodução de memória é muito pobre, mesmo que a cópia tenha sido
deficiente pode-se pensar em dificuldades de memória.
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Figura Complexa de Rey
Considerações clínicas
74
Bibliografia
Cooper, S. (1995). The clinical use and interpretation of the Wechsler Intelligence Scale for
children (3rd ed.). Springfield: Charles Thomas Publisher.
Grégoire, J. (2000). L’évaluation clinique de l’intelligence de l’enfant. Théorie et pratique du
WISC-III. Sprimont: Mardaga.
Maganto, C., Amador, J. A., & González, R. (Coord.) (2001). Evaluación psicológica en la infancia
y la adolescencia: Casos práticos. Madrid: TEA Ediciones.
Prifitera, A., & Saklofske, D. (Eds.) (1998). WISC-III: Clinical use and interpretation. Scientist-
practitioner perspectives. New York: Academic Press.
Raven, J.C., Court,J.H., & Raven, J. (1996). Standard Progressive Matrices. Oxford: Oxford
Psychologists Press.
Rey, A. (1959). Manuel, Test de Copie d’une Figure Complexe. Paris: Les Editions du Centre de
Psychologie Appliquée.
Santucci, H., & Pêcheux, M.G. (1967). Épreuve d’organisation grapho-perceptive pour enfants de
6 à 14 ans. Neuchatel: Éditions Delachaux & Niestlé.
Wechsler, D. (2003). WISC-III, Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças – III. Manual.
Lisboa: CEGOC-TEA.
75
WISC-III
Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças - III
Kaufman, A.S., & Lichtenberger, E.O. (2000). Essentials of WISC-III and WPPSI-R Assessment. New
York: John Wiley & Sons.
Se amplitude de pelo menos um dos IFs ≥ critério, os IFs não são homogéneos e é necessário dar
mais ênfase à análise dos subtestes (sem perder de vista IFs)
Critérios: