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do ambiente desses animais, porém, é muito mais do

que uma delimitação geográfica. Refere-se ao caráter bio­ vel dizer que o período fetal no ser humano estende-se
logicamente fixo de sua relação com o ambiente, mesmo por todo o primeiro ano apó� o nascimento.• Impor­
.
se for introduzida uma variação geográfica. Neste sen­ t antes desenvolvimentos orgânicos que no ammal se
tido, todos os animais não humanos, enquanto espécies completam no corpo da mãe efetu�m-se no lactente hu­
e enquanto indivíduos, vivem em mundos fechados, cujas mano depois que se separa do utero. Nessa ocas1ao,
estruturas são predeterminadas pelo equipamento bioló­ porém, a crianç� humana não somente está n� mundo
.
gico das diversas espécies animais. exterior mas se inter-relaciona com este por muitos mo-
dos complexos .
Em contraste, a relação do homem com seu ambiente
O organismo humano, por conseguinte, está ainda de­
caracteriza-se pela abertura para o mundo.• O nomem .
senvolvendo-se biologicamente quando Já se acha em re­
não somente conseguiu estabelecer-se na maior parte da
lação com seu ambiente. Em outras palavras, o processo
superfície da Terra, mas sua relação com o ambiente
de tornar-se homem efetua-se na correlação com o
circunstante é em toda a parte muito imperfeitamente
ambiente. Esta afirmativa adquire significação se refle­
estruturada por sua própria constituição biológica. Esta
tirmos no fato de que este ambiente é ao mesmo tempo
última, sem dúvida, permite que o homem se empenhe
um ambiente natural e humano. Isto é, o ser humano em
em diferentes atividades. Mas o fato de continuar a viver
desenvolvimento não somente se correlaciona com um
uma existência nômade em um lugar e voltar-se para a
ambiente natural particular, mas também com uma ordem
agricultura em outro lugar não pode ser explicado em
cultural e social específica, que é mediatizada pa�a ele
termos de processos biológicos. Isto não significa, está _
pelos outros significativos que o têm a seu cargo. Nao
claro, que não haja limitações biologicamente determina- .
apenas a sobrevivência da criança hu�ana depende de
diiS para as relações do homem com seu ambiente. Seu .
certos dispositivos sociais mas a d1reçao de seu desen­
equipamento sensorial e motor específico da espécie im- .
volvimento orgânico é socialmente de!ermmada. ?:sde o
põe limitações evidentes à sua gama de possibilidades.
momento do nascimento, o desenvolvimento orgamco do
A peculiaridade da constituição biológica do homem re- .
homem, e na verdade uma grande parte de seu � er b� o­
pousa antes em sua componente instintiva.
lógico enquanto tal, está sub�etido a uma continua in­
A organização instintiva do homem pode ser descrita terferência socialmente determinada.
como subdesenvolvida, comparada com a de outros ma­
Apesar dos evidentes limites fisiológicos estabelecidos
míferos superiores. O homem, está claro, tem impulsos, _
para a gama de possíveis e diferentes maneiras de tor­
mas estes são consideravelmente desprovidos de especia­ .
nar-se homem nesta dupla correlação com o ambiente, o
lização e direção. Isto significa que o organismo humano
organismo humano manifesta uma imensa plasticidade
é capaz de aplicar o equipamento que possui por cons- �--../ em suas respostas às forças ambientais que atuam sobre
tituição a uma ampla escala de atividades e, além disso,
ele. Isto é particularmente claro quando se observa a
constantemente variável e em variação. Esta peculiari-
flexibilidade da constituição biológica do homem ao ser
dade do organismo humano funda-se em seu desenvolvi-
mento ontogenético. • Com efeito, se examinarmos a 1 A sugestão de que o perlodo fetal no homem se estende durante o
questão em termos de desenvolvimento orgânico é possí- erlmclro ano de vida foi feita por Portmann, que chamou este ano o
extra-uterlne Frühjahr" ·
• o termo "outros significativos" foi tomado de "ead
'\ sobre a tcor1 a
1 As Implicações antropológicas do termo "abertura para o mundo" foram da ontogtnese do eu enunciada por Mead, cf. a obra do autor Mlnd, Stlf
and Society (Chlcag�. Unlverslty oi Chicago Prcss, 1934) Um comptndlo
desenvolvidas por Plessner e Oehlen. útil sobre os trabalhos de Mead t o de Anselm Strauss (e� ) , Otor(l.t
• A peculiaridade do ori:anlsmo humano como sendo ontogenetlcamente Htrbtrt Mtad on Social Psychology (Chicago, Unlverslty. oi Chicago Press,
fundada foi mostrada particularmente nas Investigações de Portmann. 1964) Para um sugestivo debate secundário, cf. Maurocc Nallnson, The
Soctai Dynamlcs of Otorge H. ltltad (Washington, Public Allalrs Press, 1956).
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interação social. O fato de me s mo esse indivíduo solitário,
h omem solitário tem no m1mmo a companhia de seus admitindo que tenha sido formado como um ego (como
procedimentos operatórios . teríamos de admitir no caso de nosso construtor de uma
As ações tornadas h�bi� a is, está claro, cons ervam canoa de paus encaixados), terá de tornar habitual sua

seu ca ráter plenamente significativo para o i·nd·1v1'd uo, em- ativid ade de a cordo com a experiência biográfica de um
bo a o s1gru · Ticado em questão se torne incluído como mundo de instituições sociais que precede seu estado de

rotma em seu acervo gera l de conhecimentos admT 1 d solidão, não nos interessa no momento. Empiricamente,
como cE;;tos por el: e sempre à mão para ds proj e�o� a parte mais importante da formação do hábito da ativi­
futuros. A fo maçao do hábito acarreta o importante d ade humana é coextensiva com a institucionalização
_ �
ganho ps1cológ1co de fazer estreitarem-se as opções desta última. A questão passa a ser então saber co mo
Em �ora em �eoria haja uma centena de maneir as d� se originam as instituições.
realizar o pr?Jeto de construir uma canoa de paus ajus­
A institucionalização oco rre sempre que há uma tipi­
t�dos, o �áb�t� r�duz estas maneiras a uma única. Isto
ficação recíproca de ações habituais por tipos de a tores.
liberta o md1v1d �� da carga de "to das es tas decisões",
_ Dito de maneira diferente, qualquer uma dessas tipifica­
dando-l�e
�m . ahv10 psicológico que tem por base a es­ ções é uma instituição. "' O que deve ser acentuado é a
trutura 1�sti�tiva não dirigida do homem. O hábito for­
reciprocidade das tipificações institucionais e o caráter
nece a d ireçao e a especialização da atividade que f altam
_ típico não somente das ações mas também dos atores nas
no equipamento biológico d o homem, alivian do assim 0
, instituições. As tipificações das ações habitua is que cons ­
a cu ulo de tensões res ultantes dos impulsos não d irigi­
� tituem as instituições são sempre partilhadas. São acessí­
d s .. E oferecendo um fundamento estável no qua l a
� veis a todos os membros do grupo social particular em
ativid ad e humana pode prosseguir com o mínimo d e to­
questão, e a própria instituição tipifica os a tores indivi­
mada d e d:cis õe s durante a ma ior parte do tempÔ, li­
d uais assim como as ações individuais. A instituição
berta energia para decisões que podem ser necessárias
pressupõe que ações do tipo X serão executadas por
em c�rtas ocasiões. Em outras palavras, 0 fundamento
. a tores do tipo X. Por exemplo, a instituição da lei po s­
d a a t!v1d ad: tornada habitua l abre o primeiro plano para
tula que as cabeças serão decepadas de maneiras es­
a dellbera çao e a inovaçã o. ,..
pecíficas em circunstâncias específicas, e que tipos de­
No que se re_ �ere aos significados a tribuídos pelo ho­ terminados de indivíduos terão de fazer a decapitação
mem à sua at1V1dade, o hábito torna desnecessário que ( carrascos, ou membros de urn a casta impura, ou vir­
_ _
cada s1tuaçao sej � ��finida de novo , etapa por etapa... gens de menos de certa idade ou a queles que foram de­
Uma grand e mul !1 �h :1dade de situações podem reunir-se signados por um oráculo).
sob sua� pré:def1mçoes. A a tividade a ser empreendida
As instituições implicam, além disso, a historicidade e
nessas s1t�aç�es pode então ser antecipada . E' possível
o controle. As tipificações recíprocas das ações são con s­
mesmo atribuir pesos padrões à s alternativas da conduta.
truídas no curso de uma his tória compartilhada. Não po­
�ste� processos de formação d e hábitos precedem to­ d em ser criadas instantanea mente. As instituições têm
da m �titucio_ naliza�ão, na verdade podem ser aplicados a sempre uma história, da qual são produtos. E' imposs ível
_
um hipotético indivíduo solitário, destacado de qualquer

:g �frmo ; estoq u e de conhecimento" f oi tirado de Schutz .


re ere-se a este ponto em se us conceitos de Trle bUberschuss e
., Temos conscllncia de que este conceito de Institu iç ão é mais amplo
do qu e o prevalecente na sociologia contemporânea. Achamos que este
conceito ma,s vasto é útil para u ma análise global dos processos sociais
En llas�un�� básicos. Sobre controle social, cf Frledrich Tenbruck, "Soziale Ko�trolle",
'" Oehlen refere-se a este po t e to e Hin tergrun dse rfUll ung. Staatsltxikon der Ooe rres-Oese/lschaft ( 1962) e Hclnrlch Popltz, Sozlale
�lt u�ç;� f�f"f;l
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• O conceito da definiçã o d� Normen", Europta n Journol of Sociology.
desenvolvido ao longo de todo O seu trabalho ��;,0 :,��- 16 W. 1. Thomas e

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