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Aula 05

Atualidades p/ Oficial PMDF


Professor: Rodrigo Barreto

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Atualidades para PMDF
Teoria e Questões
Prof. Rodrigo Barreto Aula 5

AULA 05

SUMÁRIO PÁGINA
1. Panorama do DF (Parte I) 1
2. Questões comentadas 26
3. Lista de questões 35
4. Gabarito 41

1. Panorama do DF (Parte I)

Olá, pessoal. Hoje começarem os a estudar o Distrito Federal.


Neste primeiro momento, veremos os antecedentes da construção de
Brasília, o surgimento e o desenvolvimento da ideia de transferência
da capital, o processo de transferência e de construção durante o
governo JK e noções acerca do perfil do DF. Na próxima aula veremos
a segunda parte da teoria sobre o panorama do DF. Vamos ao que
interessa!

A ideia da transferência da capital brasileira do litoral para o


sertão instiga há muito a imaginação política brasileira. Seu
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surgimento, de modo geral, esteve relacionado à construção de um a


identidade nacional que fosse do litoral ou do interior. Atores políticos
se identificaram com determinados símbolos históricos, como, por
exemplo, a transferência da capital, utilizando-os em favor de suas
próprias ações.

Essas ideias, com o passar do tempo, foram se desenvolvendo e


se incorporando a instituições e ao ordenamento jurídico brasileiro,
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aparecendo em cartas constitucionais e em lei até se tornar realidade.


No século XVII, o vazio no interior do Brasil já preocupava a Corte
portuguesa. Nessa época, Frei Vicente do Salvador publicava História
do Brasil, obra em que já apresenta esse tipo de preocupação.

A cidade de São Salvador foi a primeira sede administrativa da


coroa portuguesa na colônia, funcionando com esse status de 1578 até
1763, momento em que foi transferida para a cidade do Rio de Janeiro.
Entretanto, desde aquela época, já aparecem algumas referências
sobre os benefícios de se transferir a capital do litoral para o interior
do país.

Os ideólogos da Conjuração Mineira de 1798, influenciados por


ideias iluministas de liberdade e igualdade, pensavam em instalar a
capital do país na cidade de São João del Rei, enquanto os
revolucionários nordestinos de 1817 acreditavam que um a nova
capital da república independente que visaram inaugurar deveria ser
feita centralizadamente a 30 ou 40 léguas do mar.

O Rio de Janeiro, em 1723, ainda no reinado de José I, substitui


Salvador com o a capital da colônia, por decisão do marquês de
Pombal. Apesar de se tratar de um a transferência de capitais, o
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deslocamento se dava tão somente no litoral, entre Nordeste e


Sudeste, influenciado pela mineração em Minas Gerais. Todavia, não
demoraria para a ideia de transferir a capital do litoral para o interior
começasse a aparecer e ganhar certa força.

Em 1788, devido a motivos políticos e militares, essa ideia


começa a se consolidar em Vila Rica, Minas Gerais. Esse período foi
marcado pelo declínio da mineração e, com o desmantelamento da
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atividade do ouro, a necessidade de um a capital litorânea em que se


poderia explorar os portos diminui consideravelmente. Surgia também
no Brasil um grupo influenciado pelo pensamento iluminista europeu e
que seria marcado pela defesa da independência da colônia – justam
ente os ideólogos da Conjuração Mineira.

Os iluministas, majoritariamente erradicados em Minas,


pensavam poder transformar a colônia em um país com melhores
condições do que as que se apresentavam e, além disso, pensavam
que Vila Rica deveria ser a capital do novo país independente.

Em 1808 a administração portuguesa veio para o Brasil, fugindo


do exército de Napoleão, e, nessas circunstâncias, a questão da
transferência da capital é retomada, uma vez que a capital litorânea
apresentaria maior exposição diante de inimigos do que um a capital
no interior. Mas, a despeito da possível fragilidade da marinha
portuguesa no Rio de Janeiro, a ideia de transferir a capital para o
interior não prosperou naquele momento.

No mesmo ano, Hipólito José da Costa Pereira Furtado Mendonça


fundou, em Londres, o primeiro periódico brasileiro: Correio Braziliense
ou Armazém Literário. Neste jornal, Hipólito defendia a transferência
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da capital para o interior, pois considerava o Rio de Janeiro inadequado


para sediar o governo. Ele desejava a construção de uma nova cidade,
interligada por estradas aos portos. Hipólito destacava a dificuldade de
comunicação entre a capital e algum as áreas distantes, como, por
exemplo, o Pará.

Em Ideias sobre a organização política do Brasil, José Bonifácio


Andrada e Silva defenderia ideias parecidas com as de Hipólito da
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Costa. Para ele, questões de segurança e integração eram fatores que


deveriam ser levados em considerações para escolher a nova capital.
Com a proclamação da Independência, a ideia de transferência foi
defendida por José Bonifácio de Andrada e Silva, que, em 1823,
apresentou à Assembleia Constituinte uma proposta de edificar, no
interior do Brasil, um a nova capital.

Para ele, a com arca de Paracatu, em Minas Gerais, seria o local


ideal para a nova capital que deveria ser denominada Petrópole ou
Brasília. A ideia de José Bonifácio não foi realizada, entretanto as
sugestões de transferir a capital permaneceram no período, sendo
defendidas principalmente por Varnhagen. Francisco Adolpho de
Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro, foi um dos mais destacados
defensores da ideia de transferência da capital para o sertão, ainda
durante o século XIX.

Interessante apontar que Varnhagen defendeu perspectivas


apresentadas praticamente em todas as defesas de transferência da
capital, do final do século XIX até a inauguração da nova capital, em
1960. Além disso, destaca-se que ele defendia uma localização ideal
para a capital em um triângulo formado por Formosa, Feia e Mestre
D’Armas, ponto que se tornaria referência para os projetos de
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transferência da capital. A localização proposta por Varnhagen estava


contida na ideia de que, na confluência das bacias do Amazonas, Prata
e São Francisco, estaria o coração do Brasil. Para ele, eram três os
principais aspectos que determinariam a transferência da capital:

 Condições favoráveis de clima;

 Capital desenvolvendo as demais cidades interioranas;


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 Melhora na defesa externa frente a ameaças estrangeiras.

Varnhagen defendia que a capital fosse povoada mediante


imigração europeia, pois acreditava que populações mestiças eram
mais atrasadas e que elas prejudicavam o desenvolvimento da nova
capital. Havia ainda, nos textos do diplomata, forte preocupação com a
salubridade da nova capital, uma vez que o Rio de Janeiro era, na
época, considerado um a cidade fortemente insalubre, principalmente
após as sucessivas epidemias de febre amarela do século XIX.

Varnhagen é chamado de pai da historiografia brasileira e suas


ideias publicadas em História Geral do Brasil obtiveram grande
repercussão. Ele ressaltou a vulnerabilidade do Rio de Janeiro a
bombardeios e outras ameaças. Em 1877, Varnhagen liderou um a
expedição ao sertão brasileiro com destino ao Plano Central, local que
apontava com o ideal para a construção da nova capital. Varnhagen e
sua comitiva viajaram por quase dois meses, saindo de São Paulo até
Vila Formosa de Imperatriz, no Planalto Central do Brasil.

A marcha foi extremamente cansativa para Varnhagen, que


morreria no ano seguinte. Oficialmente o objetivo da missão era
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encontrar áreas adequadas ao sistema de colonização europeu,


entretanto, para Vernhagen, o objetivo da missão era identificar a área
certa para a transferência da capital. Varnhagen ainda publicaria um a
obra cujo título demonstrava a importância da questão para ele (A
questão da Capital: marítima ou no interior?).

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Outra situação interessante é o misticismo que paira sobre a


construção de Brasília. Em 30 de agosto de 1883, Dom Bosco teve um
sonho, revelado durante um a reunião do Capítulo da Congregação
Salesiana, no qual ele prevê o surgimento de um a grande civilização
em um lugar desconhecido. Dom Bosco faz menção a um a área entre
os paralelos 15 e 20, que, apesar de ser uma imensidão, contém
Brasília.

Juscelino Kubitschek, posteriormente, iria utilizar esse fato para


assegurar uma predestinação de Brasília, chegando a dizer que: “e
veio-me à mente, outra vez, a frase profética do santo de Brecchi: ‘e
essas coisas me acontecerão na terceira geração’. Dom Bosco falecera
em 1888. Computando-se o período de vinte anos para cada geração,
era óbvio que a década dos 50 seria a da ‘terceira geração’. As forças
misteriosas que regem o mundo haviam agido no sentido de que as
circunstâncias se articulassem e criassem a oportunidade para que o
que vejo em sonho se convertesse em realidade. Justamente na
década dos 50 a ideia havia chegado à maturação, requerendo
execução. A visão de Dom Bosco fora, de fato, um a antecipação
profética sobre o que iria ocorrer no Planalto Central a partir de 1956”.

Com o início da República, a transferência da capital para o


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interior viraria dispositivo constitucional. Apesar do grande esforço


intelectual e político anterior, apenas no início da Primeira República é
que a ideia de transferência da capital ganharia maior força e
maturidade.

Em 1891, a Constituição promulgada estabelecia que “fica


pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de
14.400 km², que será oportunamente demarcada, para nela
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estabelecer-se a futura Capital Federal.” Essa previsão levou, em


1892, à criação da Comissão Exploradora do Planalto Central, também
conhecida como Comissão Cruls, já que era chefiada pelo astrônomo
Luiz Cruls. Foi o presidente Floriano Peixoto quem determinou que
essa comissão de cientistas explorasse o Planalto Central e
demarcasse a área que seria destinada ao Distrito Federal e, assim, a
proposta começava a se concretizar.

A Comissão iniciou seus trabalhos em de junho de 1892 e os


finalizou em fevereiro de 1893. Ela que era composta por 21 pessoas e
chefiada pelo astrônomo e geógrafo belga Louis Ferdinand Cruls
demarcou a área de 14.400 Km², considerada adequada para a futura
capital, que ficou conhecida com o Quadrilátero ou Polígono Cruls. A
equipe de Cruls era composta por pesquisadores, geólogos, geógrafos,
botânicos, naturalistas, engenheiros e médicos, entre outros, e
realizou estudos científicos até então inéditos na região, mapeando
aspectos climáticos e topográficos, além de estudar a fauna, a flora, os
cursos de rios e modo de vida dos habitantes.

As atividades realizadas pela Comissão foram divulgadas em


periódicos numa época em que ganhava força o debate sobre as
distinções existentes entre o sertão e o litoral – debate este
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fortemente influenciado pelo pensamento de Euclides da Cunha, que


via nessa diferenciação um indício da for ação social do Brasil.

Em 1894, era divulgado o relatório da Comissão que, aos


moldes do que Varnhagen colocara, dizia que uma capital no planalto
central poderia ser salubre e sem patologias identificadas em outras
regiões do país. Nesse sentido, a Comissão afirmava que o Planalto
Central possuía condições bastante favoráveis ao estabelecimento e ao
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desenvolvimento de uma capital. Apesar disso, houve intenso debate


em torno do tema, uma vez que médicos como Carlos Chagas
denunciavam um panorama bastante negativo da saúde dos
sertanejos.

Entretanto, se na Primeira República havia forte debate acerca da


ideia de transferência da capital, com a Revolução de 1930 ela
perderia vigor, simplesmente deixando de figurar na agenda do
governo Vargas. Mesmo com a Marcha para Oeste, durante o Estado
Novo (1937-1945), quando terras no interior foram sendo ocupadas a
partir da expansão de fronteiras agrícolas e contenção de êxodo rural e
migração para áreas urbanas, a discussão de transferência da capital
não teve força.

O fim do Estado Novo e a Assembleia Constituinte de 1946 foram


fundamentais para a retomada do debate sobre a transferência da
capital. Dela participaram deputados e senadores eleitos na legenda de
nove partidos, ou seja, representativos de todo o espectro político e
donos de diferentes trajetórias políticas até aquele momento. No
mesmo plenário estiveram presentes, incumbidos da elaboração da
nova Carta, o ex-presidente Artur Bernardes, do Partido Republicano
(PR), e Luís Carlos Prestes, do Partido Comunista do Brasil (PCB), que
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com o líder tenentista fora perseguido ferozmente por Bernardes na


década de 1920; os udenistas Otávio Mangabeira e Afonso Arinos,
notórios opositores do Estado Novo, mas também Gustavo Capanema
e Agamenon Magalhães, importantes ministros do antigo regime; o
próprio Getúlio Vargas, que, apesar da notoriedade, teve um a
participação discreta e inconstante.

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Assim com o nas discussões das constituintes do Império e da


Primeira República, na Constituinte de 1946 a ideia de transferência da
capital foi recolocada. Vários atores políticos que posteriormente
influenciariam a criação de Brasília atuaram de maneira destacada
naquele momento, dentre os quais se destaca Juscelino Kubitschek.
Interessante apontar que havia conflito entre os que defendiam a
mudança da capital para o triângulo mineiro e os que defendiam a
transferência dela para o polígono de Cruls.

Ressalto que há estudos que entendem que Juscelino Kubitschek,


em um primeiro momento, defendeu a transferência da capital para o
Triângulo Mineiro e que havia políticos que defendiam a transferência
da capital para Goiânia. Entretanto, mesmo políticos com o Pedro
Ludovico Teixeira, responsável da transferência da capital de Goiás
para Goiânia, admitiam que esta só poderia ser temporariamente
capital federal, também defendendo a região demarcada por Cruls com
o ponto ideal para a construção de uma nova capital.

Nas disposições transitórias da Constituição de 1946, estavam


previstas a transferência da capital para o Planalto Central, a formação
de uma nova comissão de estudiosos para sua melhor localização e o
envio dos resultados desse projeto para o Congresso Nacional para
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deliberar sobre a nova capital. O então presidente Dutra, dois meses


após a aprovação da Constituição, designou a nova Comissão de
Estudos para Localização da Nova Capital do Brasil. A Comissão teve
Djalma Polli Coelho, geógrafo do Exército, com o líder e principal
membro.

Dentro da Comissão, todavia, existiam posições divergentes


entre os que consideravam equivocada a transferência da capital para
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o quadrilátero de Cruls e os que a defendiam, como o próprio Polli


Coelho. Um dos mais fortes argumentos contrários ao quadrilátero de
Cruls era o de que a região demarcada não possuía viabilidade
agrícola, o que seria um fator indispensável para a nova capital. A
Comissão se preocupou, entre outros fatores, com a existência de
água potável, o potencial hidrelétrico e as condições para a
agropecuária, ao elaborar a delimitação.

Esses fatores foram estudados durante duas expedições ao Plano


Central organizadas pela Comissão de Estudos e Localização da Nova
Capital do Brasil. A primeira foi liderada por Francis Ruellan e estudou
oito áreas previamente escolhidas a fim de classificar qual seria a mais
indicada para transferir a capital. A segunda ficou a cargo de Fábio de
Macedo Soares Guimarães e estudou o Plano Central de forma geral
para definir a melhor zona. Após os relatórios elaborados pelas duas
expedições, o quadrilátero de Cruls ficou em sexto lugar. Contudo,
apesar dos relatórios, essa posição foi minoritária dentro da Comissão
e o quadrilátero de Cruls acabou escolhido com o melhor alternativa
para a construção de um a nova capital. Enquanto os relatórios deram
maior ênfase ao aspecto humano da geografia, a Comissão se
preocupou mais com fatores geopolíticos.

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A posição de dar maior relevância a fatores geopolíticos estava


em consonância com a perspectiva adotada pelo governo brasileiro
naquele momento. Compreendia-se que o país possuía debilidades
geopolíticas e que, assim, era preciso desenvolvê-lo nesse sentido. O
documento final da Comissão estabelecia como proposta a área
determinada pela Comissão Cruls em sua integralidade. Ele foi enviado
ao presidente Dutra e ao Congresso Nacional, mas, somente em 1953,
já no governo republicano de Vargas, é que a questão foi retomada,
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com a nomeação de uma nova comissão para a escolha definitiva do


local da nova capital.

Para escolher em definitivo onde seria a nova capital, o general


Aguinaldo Caiado de Castro liderou a Comissão de Localização da Nova
Capital, entretanto, com o suicídio de Vargas, o General Caiado de
Castro acabou substituído nessa missão pelo marechal João Pessoa
Cavalcanti de Albuquerque. Em abril de 1955, foi definida uma área,
entre os rios Preto e Descoberto, para ser desapropriada a fim de que
a construção da nova capital fosse iniciada. Juscelino Kubitschek
assumiu o governo em 1956 com o local em que a nova capital seria
construída já definido.

Dentro da comissão para instalação definitiva da capital, durante


a presidência de João Pessoa, houve, mais uma vez, muita divergência
em relação à localidade em que a nova capital seria edificada. Essa
comissão logo seria transformada em Comissão de Planejamento da
Construção e Mudança da Capital Federal, o que seria bastante
relevante na condução dos trabalhos que culminariam no lançamento
do edital para a realização do Plano Piloto. Em junho de 1956, o edital
seria lançado e, com isso, a Comissão de Planejamento é extinta e,
então, criou-se a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil
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(Novacap).

A Lei nº 2.874, que criou a Companhia Urbanizadora da Nova


Capital (Novacap), foi sancionada em 19 de setembro de 1956. Para
sua presidência foi nomeado Israel Pinheiro, engenheiro formado na
Escola de Minas de Ouro Preto, político mineiro, filho do ex-presidente
de Minas João Pinheiro e amigo de JK.

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Conforme Otto Lara Resende, Brasília foi produto de uma


conjugação de quatro loucuras: a de Juscelino, a de Israel Pinheiro, a
de Oscar Niemeyer e a de Lúcio Costa. Isso demonstra que Israel
Pinheiro foi peça importante na construção da nova capital, embora
não se deva esquecer de que Bernardo Saião e Ernesto Silva foram
fundamentais nesse processo. Ambos eram diretores da Novacap e
demonstraram ter grande eficiência no gerenciamento de obras.

A Lei nº 2.874 de 1956 estabelecia que "a Capital Federal do


Brasil, a que se refere o art. 4° do Ato das Disposições Transitórias da
Constituição de 18 de setembro de 1946, será localizada na região do
Planalto Central, para esse fim escolhida." Desse modo, o Poder
Executivo ficava autorizado a adotar uma série de providências a fim
de construir a nova cidade, inclusive, dando origem justamente a uma
empresa pública que se seria denominada Companhia Urbanizadora da
Nova Capital do Brasil (Novacap).

De acordo com o artigo 3° da Lei, seriam atribuições da


Companhia:

1. Planejamento e execução do serviço de localização,


urbanização e construção da futura Capital, diretamente ou através de
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órgão da administração federal, estadual e municipal, ou de em presas


idôneas com as quais contratar;

2. Aquisição, permuta, alienação, locação e arrendamento de


imóveis na área do novo Distrito Federal ou em qualquer parte do
território nacional, pertinentes aos fins previstos nesta lei;

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3. Execução, mediante concessão de obras e serviços da


competência federal, estadual e municipal, relacionados com a nova
Capital;

4. Prática de todos os mais atos concernentes aos objetivos


sociais, previstos nos estatutos ou autorizados pelo Conselho de
Administração.

O artigo 9° da referida Lei estabelecia em quinhentos milhões de


cruzeiros o capital da Companhia. Por sua vez, o artigo 10 determinava
que a União subscreveria a totalidade do capital da sociedade, mas as
ações da Companhia poderiam ser adquiridas, desde que houvesse
autorização do Presidente da República, por pessoa jurídica de direito
público interno, que, todavia, não poderia aliená-las senão à própria
União.

O artigo 12 fixava as normas administrativas para a Companhia:


ela seria administrada e fiscalizada por um Conselho de Administração,
um a Diretoria e um Conselho Fiscal. O Conselho teria seis membros; a
Diretoria, quatro; o Conselho Fiscal, três membros efetivos e três
suplentes. Um terço dos membros do Conselho, da Diretoria e do
Conselho Fiscal seria escolhido em lista tríplice de nomes indicados
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pelo Diretório Nacional do maior partido político que integrasse a


corrente da oposição no Congresso Nacional.

No dia 20 de setembro de 1956 foi nomeado pelo Presidente da


República, para representar a União nos atos constitutivos da
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, o então Consultor-
Geral da República, Dr. Antônio Gonçalves de Oliveira. Durante dois

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dias, o Dr. Gonçalves de Oliveira se dedicou à elaboração dos Estatutos


da Companhia e, a 22 de setembro, foi constituída a Novacap.

No dia 24 de setembro de 1956, o Presidente Juscelino


Kubitschek, por meio dos Decretos n° 40.016 e 40.017,
respectivamente, desfazia a Comissão de Planejamento da Construção
e da Mudança da Capital, aprovando os Estatutos da Novacap. Seriam
nomeados, ainda naquele mês, os três primeiros membros da
Diretoria: Israel Pinheiro, Presidente, Ernesto Silva e Bernardo Sayão
Carvalho Araújo, diretores. Faltava apenas um membro, que seria
escolhido de um a lista tríplice a ser enviada pelo Diretório Nacional da
UDN, maior partido político que integrava a oposição de então. A UDN
indicou três nomes: Café Filho, Jales Machado e Iris Meinberg. Porém,
depois da indicação começaram divergências na escolha.

Em primeiro lugar, não era possível escolher Café Filho com o


membro da Novacap, pois ele era um dos principais articuladores do
plano cujo objetivo era impedir a posse de Juscelino Kubitschek. Jales
Machado, deputado pela UDN de Goiás, era forte inimigo do pessedista
Pedro Ludovico, que recorreu a JK para considerar um a questão de
honra o veto ao nome daquele parlamentar. Recaiu sobre Iris Meinberg
a escolha do Presidente.
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O Conselho de Administração da NOVACAP ficava então


constituído pelos seguintes nomes: Alexandre Barbosa Lima Sobrinho,
Ernesto Dorneles, Oscar Fontoura, Bayard Lucas de Lima, Epílogo de
Campos e Adroaldo Junqueira Ayres, sendo esses dois últimos
representantes da oposição. Para o Conselho Fiscal, o Governo nomeou
Hebert Moses e Mauro Borges Teixeira, sendo a oposição representada
por Luiz Mendes Ribeiro Gonçalves. Com a constituição da NOVACAP,
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nomeados seus diretores e conselheiros, iniciava-se a m ais poderosa


concentração de esforços de que já se teve notícia no Brasil.

No dia dois de outubro de 1956, o Presidente Juscelino


Kubitschek deixava a capital do Rio de Janeiro, em com panhia de
Ministro Henrique Lott, General Nelson de Mello, I srael Pinheiro,
Antônio Balbino, Régis Bitencourt, Oscar Niem eyer, Brigadeiro Araripe
Machado, entre outros pessoas.

Sobre esse episódio, JK disse: "de todos os presentes, o General


Teixeira Lott era o que se mostrava mais desconcertado. Sentiu-se
preso de um sentimento, misto de curiosidade e descrença.
Distanciando-se dos presentes, deixou-se ficar à beira da pista,
observando a paisagem selvagem. Ao me aproximar dele, não se
conteve e perguntou: ‘O senhor vai mesmo construir Brasília,
Presidente?’ Respondi de forma a dissipar, no seu espírito, qualquer
resquício de dúvida: ‘Não só vou construí-la, General, mas irei
transmitir a faixa presidencial ao meu sucessor com o governo já
instalado aqui.’

Diante do desafio de erguer a nova capital, o Presidente escreveu


no Livro de Ouro de Brasília:
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"Parecendo um sonho, a construção de Brasília é obra realista.


Com ela realizam os um programa antigo: o dos constituintes de 1891.
(...) É um ideal histórico: o dos bandeirantes dos séculos XVII e XVIII.
Do ponto de vista econômico, Brasília resolverá situações já esgotadas,
para maior equilíbrio, melhor circulação e mais perfeita comunicação
entre o litoral e o interior, entre norte e o sul. Politicamente, Brasília
significa a instalação do Governo Federal no coração mesmo da
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nacionalidade, permitindo aos homens de Estado uma visão mais


ampla do Brasil com o um todo e a solução dos problemas nacionais
com independência, serenidade e paz interior. (...) Na primeira História
do Brasil, que se escreveu, a de Frei Vicente do Salvador, nos
primórdios do século XVII , já observava o seu autor que a colonização
se fazia como a de caranguejos, agarrados ao litoral. Euclides da
Cunha acrescentava profeticamente, no limiar do século XX, que o
drama político e sociológico do Brasil continuaria a ser a separação,
com disparidade de estilos de vida, entre o litoral e o interior, como se
fôssemos duas nações dentro de uma mesma nação. Deste Planalto
Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das
mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o
amanhã de meu País e antevejo esta alvorada, com um a fé
inquebrantável e um a confiança sem limites no seu grande destino."

Segundo Ernesto Silva, “a sorte estava lançada. Começara o


grande, a extenuante, a patriótica, a incomensurável batalha, cuja
vitória estava marcada para 21 de abril de 1960. Esta foi, na realidade,
a única guerra, que teve uma data prevista para terminar. Os
candangos de todas as categorias cumpriram com o seu dever e deram
Brasília ao Brasil, no dia marcado. Para tal, trabalhamos dia e noite,
sob sol inclemente ou as pesadas chuvas, sem descanso, sem folgas,
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ininterruptamente”.

O edital do concurso para a escolha do projeto urbanístico de


Brasília foi enfim lançado. Entretanto os termos do edital foram alvo de
divergências. O arquiteto e urbanista Affonso Eduardo Reidy, por
exemplo, discordou deles e resolveu não participar do concurso.
Apesar disso, concorreram no total vinte e seis projetos, dentre os
quais dezesseis foram logo desclassificados no primeiro julgamento.
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Entre os projetos classificados para as etapas posteriores estavam o de


Lúcio Costa, o de Nei Rocha e Silva, e de Henrique Mindlin, o de Paulo
Camargo, o de MMM Roberto e o da firma Construtec.

Inicialmente, JK havia convidado Oscar Niemeyer para projetar a


cidade de Brasília. Contudo, este entendeu que o correto seria ocorrer
um concurso público com tal finalidade e que ele aceitaria participar da
comissão julgadora e também projetar os edifícios da nova capital.
Nesses termos foi lançado o edital para o concurso do projeto
urbanístico para o Plano Piloto de Brasília, que estabelecia o prêmio de
um milhão de Cruzeiros para o autor do projeto vencedor.

O projeto aprovado era o de Lúcio Costa, o que dividia a opinião


dos arquitetos participantes e de outros especialistas. Para alguns
deles, o projeto de Lúcio Costa não era mais do que um mero esboço,
rascunho e sua inscrição não deveria nem ter sido aceita. Entretanto,
para alguns outros, o projeto era fantástico. O representante do
Instituto de Arquitetos do Brasil, por exemplo, abandonou o júri por
divergir do resultado, já que a proposta de Lúcio Costa era apenas um
rascunho. Os concorrentes derrotados não se conformaram e criaram
uma polêmica que repercutiu na imprensa da época.

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Lúcio Costa venceu não em razão do detalhamento, que era fraco


perto de outros projetos, que apresentaram maquetes, croquis e
estatísticas, mas sim em razão da concepção urbanística e da
descrição de seu estudo. O memorial de justificativa do projeto é um
texto belíssimo que induz o leitor a acreditar que a solução só poderia
ser aquela. O projeto foi feito em sigilo por Lucio durante dois meses.
Os primeiros traços surgiram numa viagem de navio a Nova York.
Vejam os um trecho do memorial de justificativa do projeto:
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“Desejo inicialmente desculpar-me perante a direção da


Companhia Urbanizadora e a Comissão Julgadora do Concurso pela
apresentação sumária do partido aqui sugerido para a nova Capital, e
também justificar-me. Não pretendia competir e, na verdade, não
concorro — apenas me desvencilho de uma solução possível, que não
foi procurada, m as surgiu, por assim dizer, já pronta.

Com pareço, não como técnico devidamente aparelhado, pois


nem sequer disponho de escritório, mas com o simples "maquis" do
urbanismo, que não pretende prosseguir no desenvolvimento da ideia
apresentada, se não eventualmente, na qualidade de mero consultor. E
se procedo assim candidamente, é porque me amparo num raciocínio
igualmente simplório: se a sugestão é válida, estes dados, conquanto
sumários na sua aparência, já serão suficientes, pois revelarão que,
apesar da espontaneidade original ela foi, depois, intensamente
pensada e resolvida; se não o é, a exclusão se fará mais facilmente e
não terei perdido o meu tempo nem tomado o tempo de ninguém.

A liberação do acesso ao concurso reduziu de certo modo a


consulta àquilo que de fato importa, ou seja, à concepção urbanística
da cidade propriamente dita, porque esta não será, no caso, uma
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decorrência do planejamento regional, mas a causa dele: a sua


fundação é que dará ensejo ao ulterior desenvolvimento planejado da
região. Trata-se de um ato deliberado de posse, de um gesto de
sentido ainda desbravador, nos moldes da tradição colonial. E o que se
indaga é como, no entender de cada concorrente, um a tal cidade deve
ser concebida”.

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A construção dos principais prédios de Brasília foi concluída em


apenas três anos. Já em 1958, a revista Manchete divulgava a fachada
do Palácio Alvorada. O Presidente Juscelino Kubitschek acreditava que,
caso a sede do governo não ficasse pronta na data prevista para sua
inauguração, o projeto seria abandonado. JK se instalou no chamado
Catetinho, que era um a referência ao Palácio do Catete, sede do
governo federal no Rio de Janeiro, e de lá comandou a materialização
do sonho de urbanistas e arquitetos modernos, que, imbuídos da ideia
de planejamento, definiam os espaços para moradia, trabalho e lazer.

Apesar de o autor do Plano Piloto tenha sido Lúcio Costa, a


participação de Oscar Niemeyer na construção de Brasília foi
fundamental. Niemeyer foi o responsável pela criação dos principais
palácios e demais edifícios públicos de Brasília, deixando, assim, sua
marca em diversas obras por toda a cidade. Todavia, ele costumava
rejeitar o título de ícone da capital.

Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960 e, desde então, é


estudada nas mais diversas áreas. São geógrafos, urbanistas,
arquitetos, sociólogos, entre outros, debruçando-se sobre a capital
federal. Entre os mais diversos estudos, encontram-se publicações
sobre a primeira geração de moradores, sobre as falhas da cidade que
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dificultam o convívio social dos habitantes, sobre as traições ao plano


original. Brasília já foi chamada de "cidade sem gente", "cidade sem
esquina", "cidade de burocratas", " ilha da fantasia", mas atualmente é
cada vez mais dinâmica, diversificada e cultural. Com a enorme
quantidade de moradores provenientes dos mai diversos cantos do
país, Brasília tem se acostumado a uma rica miscelânea cultural,
transformadora do seu próprio estilo de vida.

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O próprio Lúcio Costa demonstrava certo espanto com a


construção de Brasília. Em 1974, ele declarava à revista Manchete em
1974: "Digam o que quiserem, Brasília é um milagre. Quando lá fui
pela primeira vez, aquilo tudo era planta, era deserto a perder de
vista. Havia apenas uma trilha vermelha e reta descendo do alto do
cruzeiro até o Alvorada, que começava a aflorar das fundações,
perdido na distância. Apenas o cerrado, o céu imenso, e uma ideia
saída da minha cabeça. (...) a ideia brotou do chão como por encanto
e a cidade agora se espraia e adensa."

Posteriormente, em 1988, Lúcio Costa declarou ao O Estado de


S. Paulo que "o que ocorre em Brasília e fere nossa sensibilidade é
essa coisa sem remédio, porque é o próprio Brasil. É a coexistência,
lado a lado, da arquitetura e da antiarquitetura, que se alastra; da
inteligência e da anti-inteligência, que não para; é o apuro parede-
meia com a vulgaridade, o desenvolvimento atolado no
subdesenvolvimento; são as facilidades e o relativo bem-estar de uma
parte, e as dificuldades e o crônico mal estar da parte maior. Se em
Brasília esse contraste avulta é porque o primeiro ela não visou além –
algo maior. Brasília é, portanto, uma síntese do Brasil, com seus
aspectos positivos e negativos, mas é também testemunho de nossa
força viva latente. Do ponto de vista do tesoureiro, do ministro da
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Fazenda, a construção da cidade pode ter sido mesmo insensatez,


mas, do ponto de vista do estadista, foi um gesto de lúcida coragem e
confiança no Brasil definitivo."

A construção de Brasília transformava-se, assim, na meta síntese


do governo JK e, de algum modo, na própria síntese do Brasil. A
Juscelino é atribuído ter transformado a nova capital em um símbolo
do modernismo e do desenvolvimento brasileiro. Claro que Brasília ser
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um símbolo da modernidade só foi possível em razão da inventividade


de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Brasília tornava-se símbolo de uma
época de otimismo, a despeito de críticas da imprensa, da população e
do Congresso Nacional.

No princípio era o ermo


Eram antigas solidões sem mágoa.
O altiplano, o infinito descampado
No princípio era o agreste:
O céu azul, a terra vermelho-pungente
E o verde triste do cerrado.
Eram antigas solidões banhadas
De mansos rios inocentes
Por entre as matas recortadas
Não havia ninguém.

A conceituação de um projeto urbanístico, pautado na divisão de


funções, com grandes espaços naturalmente aberto e com de
espaçosas vias de circulação, com diferenças claras da rua tradicional,
baseava-se na própria formação ideológica de Lúcio Costa e Niemeyer.
Porém, seu próprio desenvolvimento deixava prever que, em desfavor
de uma sofisticação internacional, haveria soluções mais adaptadas à
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situação brasileira. Nesse sentido, deve-se recordar de que Niemeyer


havia construído, também a pedido de Kubitschek, o conjunto da
Pampulha, depois de ter criado em colaboração com Costa, o pavilhão
brasileiro da Exposição de Nova York, de 1939. Niemeyer considerava,
inclusive, que o projeto arquitetônico para Brasília nasceu com o
conjunto da Pampulha.

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A modernidade e o estilo do Plano Piloto, que possui forte marca


expressiva, podem ser pensados inicialmente "do gesto inicial que
designa um lugar e dele se apodera: dois eixos que se cruzam em
angulo reto formando uma cruz" , conforme palavras de Lúcio Costa.
Depois, esse sinal em cruz foi adaptado à topografia, à inclinação
natural do terreno e a uma melhor orientação: dessa maneira, as retas
de um dos eixos foram curvadas. Brasília é detentora da maior área
tombada do mundo – 112,25 km² – e foi inscrita pela UNESCO na lista
de bens do Patrimônio Mundial em 7 de dezembro de 1987, sendo o
único bem contemporâneo a merecer essa distinção, o que demonstra
a sua força e a sua relevância.

De acordo com o parecer da UNESCO que aprovou a


transformação de Brasília em patrimônio histórico e cultural, “o Plano
de Brasília não evoca uma cruz, mas sim um pássaro gigante voando
em direção ao sudeste. O eixo norte-sul, sem curva, define o traçado
da grande via de comunicação rodoviária ao longo da qual alinham-se
zonas residenciais, articuladas em superquadras, tendo, cada uma
delas, uma semi-autonomia graças a suas áreas comerciais e de lazer,
seus espaços verdes, suas escolas, igrejas, etc. Os imóveis, com seis
andares são construídos sobre pilotis, segundo os princípios tão caros
a Le Corbusier. O eixo perpendicular leste-oeste liga as quadras
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administrativas e forma o grande eixo monumental da nova cidade que


se tornou, efetivamente, capital, em 1960. Oscar Niemeyer, ali, ergueu
seus edifícios mais célebres, notáveis pela pureza de formas e com um
caráter monumental evidente, nascido dos sábios contrastes entre
construções horizontais e verticais, volumes retangulares e superfícies
curvas, materiais em estado natural e o toque acetinado de certas
construções. Entre as mais belas realizações da paisagem urbana de
Brasília, podemos citar, ao redor da Praça dos Três Poderes, o Palácio
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do Planalto ou Palácio do Governo, o Congresso, com seus dois


arranha-céus, gêmeos, ladeados pela cúpula do Senado e a da Câmara
dos Deputados, essa última virada com a boca para baixo, e o Palácio
do Supremo Tribunal. Outras citações com uma rara qualidade plástica
ainda podem ser citadas, tais como a Esplanada do Ministérios, a
Catedral, com seus dezesseis paraboloides de concreto, com 40 metros
de altura, o Memorial JK, o Teatro Nacional, etc. A criação de Brasília,
pelo grande desafio, pela ousadia do projeto, a amplidão dos meios
empregados, é, incontestavelmente, um fato da maior importância na
história do urbanismo” .

De acordo com Quadros, em monografia sobre a urbanização de


Brasília, a capital sobressai pela proposta de uma união nacional,
criando espaços novos a partir de adequações culturais impostas pela
própria dinâmica e pelo novo padrão de vida encontrado na cidade
inaugurada recentemente. Nesse emaranhado de culturas e valores
regionalizados, a união nacional se redefine. O resultado é o que
conhecemos hoje: as tradicionais regiões brasileiras definidas
institucionalmente por critérios estatísticos de fluxos de pessoas e
mercadorias, segundo padrões existentes nas décadas de 1950 e
1960, são hoje história do passado. Brasília representou papel
fundamental nessa nova geopolítica. O fenômeno atingiu um vulto de
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tal ordem que, provavelmente, nem mesmo Juscelino Kubitschek


poderia imaginar a dimensão que essa integração iria atingir ao
localizar a capital do país no planalto solitário”.

Questões comentadas

1. O edital do concurso para construção de Brasília data de


1957 . Neste, o projeto aprovado foi do arquiteto e urbanista
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Affonso Eduardo Reidy, que posteriormente foi desclassificado


por fraude.

De fato o edital foi lançado em 1957, mas quem o venceu foi


Lúcio Costa. Não houve essa história de fraude, mas muitos
contestaram a qualidade do projeto vencedor. Questão errada.

2. Os principais prédios de Brasília demoraram quase dez anos


além do previsto, o que resultou em muitas críticas a JK.

Na verdade, Brasília foi construída em três anos - pelo menos


seus principais prédios foram concluídos nesse prazo. JK sabia que, se
a sede do governo não estivesse pronta na data prevista para sua
inauguração, o projeto seria abandonado. Questão errada.

3. Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960.

Essa é a data correta. Questão correta.

4. O Brasil era apresentado, nos anos 1950 , como um país


diante de uma encruzilhada histórica. De um lado, estava o
mundo rural, que representava o passado. De outro, a atividade
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industrial, que apontava para o futuro. Nesse contexto, Brasília


simbolizou o país em direção ao moderno, sobretudo pela
arquitetura neoclássica de Niemeyer.

A questão vem muito até escorregar no final. A arquitetura de


Niemeyer não é neoclássica, mas sim modernista. Questão errada.

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5. A construção de Brasília, durante o governo JK, era chamada


de meta síntese, uma vez que reunia de uma só vez
a intenção geral das outras metas. Pode-se notar nesse
processo a intenção de mudar o eixo-econômico do Sul-
Nordeste para o Centro-Oeste-Sudeste.

O erro da questão está nos eixos apontados. A ideia era


transferir o eixo político do Sudeste para o Centro-Oeste, fazendo com
que o desenvolvimento do país se desse também no interior e não só
no litoral. Questão errada.

6. No Plano de Metas originalmente proposto por JK, a meta


síntese Brasília não constava. Esta foi a última a ser
incorporada às metas.

Exatamente. Havia 30 metas originais, apenas depois que


Brasília foi incorporada ao Plano. Apesar de ter sido a última meta, ela
foi ainda sim considerada a meta síntese. Questão correta.

7. Apesar de a construção de Brasília já estar prevista na Carta


Constitucional de 1932 , apenas no governo de JK ela teve
início.
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Na realidade, a construção da nova capital estava prevista na


Constituição de 1891. Questão errada.

8. A mudança para o interior foi prevista já na primeira


Constituição republicana, em 1891. Entre 1892 e 1896, uma
famosa comissão dirigida por Luís Cruls, diretor do
Observatório Astronômico, foi incumbida de demarcar no
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Planalto Central o quadrilátero a ser ocupado pela nova capital.


Por essa razão, diz- se o Distrito Federal é o Quadrilátero de
Cruls.

De acordo com Lúcia Lippi Oliveira, “entre os estudos mais


antigos sobre a transferência da capital figuram as discussões de
Francisco Adolfo Varnhagen, historiador e diplomata, que em 1877
publicou o trabalho ‘A questão da capital: marítima ou interior?’. A
mudança para o interior foi prevista já na primeira Constituição
republicana, em 1891. Entre 1892 e 1896, uma famosa comissão
dirigida por Luís Cruls, diretor do Observatório Astronômico, foi
incumbida de demarcar no Planalto Central o quadrilátero a ser
ocupado pela nova capital. Ainda no apagar do século XIX, políticos e
engenheiros planejaram a nova capital de Minas Gerais, Belo
Horizonte, para ser a cidade dos seus sonhos, assim como, nos anos
1950, políticos e arquitetos fariam com Brasília. As duas cidades
nasceram, cada uma a seu tempo, para ser modernas e realizar a
integração dos "sertões" , ou seja, interiorizar o país. Questão correta.

9. Durante a Constituinte de 1946, discutiu-se a possibilidade


de a capital ser transferida para o chamado Triângulo Mineiro.

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Justamente. Gostaria de acrescentar que a previsão de mudança


da capital da Constituição de 1891 também foi mantida pela
Constituição de 1932. Questão correta.

10. O governo de Juscelino é lembrado como uma época de


otimismo. O novo presidente introduziu uma política que
consistia em incentivar o progresso econômico do país
estimulando a industrialização. Ao assumir o poder, Juscelino
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estabeleceu um plano ambicioso de realizações prometendo


"cinquenta anos de progresso em cinco de governo". Entre as
metas de progresso, idealizava- se o desenvolvimento agrário,
o que passava pela manutenção da capital no Rio de Janeiro.

A questão está quase toda correta, entretanto o desenvolvimento


agrário passava pela mudança da capital e não por sua manutenção.
Questão errada.

11. O processo de interiorização do país tem início mais claro


em meados do século XVIII , sobretudo em razão dos estudos
do cartógrafo Francisco Tosi Colombina. Todavia, pode se
apontar as bandeiras como um processo nesse sentido.

A interiorização ocorre de modo não oficial desde as entradas e


bandeiras, mas de maneira mais organizada os primeiros estudos são
do século XVIII quando Tosi Colombina dá início a eles. Questão
correta.

12. Em 1959 , segundo o IBGE, em Censo realizado neste ano,


cerca de 60 mil operários trabalhavam febrilmente na
construção de Brasília.
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Segundo o IBGE, em censo realizado neste ano, cerca de 60 mil


operários trabalhavam febrilmente na construção da cidade. No início,
eram apenas mil. Dois anos antes algo em torno de 13 mil. Na
chamada Cidade Livre, o núcleo pioneiro, todas as atividades são
isentas de impostos. Faltando pouco mais de um ano para a
inauguração, contava-se em Brasília e arredores mais de 100 mil
habitantes. Questão correta.
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13. Em 1940, Vargas lançou a chamada "Marcha para o Oeste",


como uma diretriz de integração territorial para o país. Entre
outros, esse pode ser apontado como um dos motivos de se
considerar que a construção de Brasília por JK dá continuidade
às intenções de Vargas.

Em 1940, Vargas lançou a chamada "Marcha para o Oeste",


como uma diretriz de integração territorial para o país. E o fez durante
os festejos de inauguração da cidade de Goiânia. Segundo Lúcia Lippi,
“construir uma cidade como Brasília no meio do nada pode ser
considerado uma continuação da política de Vargas”. Questão correta.

14. A cidade de Brasília, que hoje tem aproximadamente dois


milhões e meio de habitantes, é conhecida por ter aplicado os
princípios estabelecidos pela Carta de Praga de 1933 e ter
concretizado o pensamento urbanístico dos anos 50, pautado
por tendências modernistas.

O erro sutil da questão é dizer que a Carta é de Praga quando na


realidade ela é de Atenas. A Carta de Atenas é o manifesto urbanístico
resultante do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna
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(CIAM), realizado em Atenas em 1933. Questão errada.

15. Brasília foi construída com a finalidade de ser a nova capital


do país, com o propósito de transferir a capital federal
localizada na costa, para o interior , ajudando dessa forma a
povoar aquela zona do país, com pessoas de todo o país,
especialmente do nordeste brasileiro. A ideia de mudar a

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capital do Brasil para o interior do Brasil já existia desde a


época colonial.

Conforme vimos nas questões anteriores, a ideia de mudar a


capital data realmente da época colonial. Questão errada.

16. O projeto urbanístico de Lúcio Costa colocou em prática a


ideia de que os automóveis ocupariam o topo da hierarquia
viária. Isso fez com que, no momento presente, o modelo de
transpor te público brasiliense se pautasse pelo transpor te
público e pela integração metroviária.

O projeto urbanístico de Lúcio Costa de fato colocou os


automóveis no topo. Entretanto, o modelo de transporte público de
Brasília se pauta pelo transporte individual, o que traz sérios prejuízos
para a cidade. Questão errada.

17. O Plano Piloto tem o formato aproximado de um avião. Ele é


cortado de Norte a Sul (da ponta de uma asa até a ponta da
outra) pelo chamado Eixão e, de Leste a Oeste pelo chamado
Eixo Monumental, que recebeu o centro cívico e administrativo,
o setor cultural, o centro comercial e de diversões e o setor
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administrativo distrital.

Perfeito, pessoal. É uma informação boa para a prova. Questão


correta.

18. São obras de Niemeyer em Brasília as seguintes: Igreja de


Nossa Senhora de Fátima, Cine Brasília, Palácio Itamaraty,
Teatro Nacional Cláudio Santoro, Panteão da Pátria, Casa do
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Cantador, Memorial dos Povos Indígenas, Procurador ia Geral


da República e Complexo Cultural da República.

Todas essas são obras de autoria de Niemeyer em Brasília.


Questão correta.

19. A despeito de sua fama na capital, Burle Marx participou


apenas indiretamente da construção da cidade. A paisagística, a
critério de Lúcio Costa, foi mais fruto do acaso do que de rígido
projeto.

Burle Marx assinou vários projetos paisagísticos em Brasília,


participando diretamente da construção da cidade. No mais, não se
poderia dizer que a paisagística da cidade foi mais fruto do acaso do
que de rígido projeto. Questão errada.

20. O estádio Mané Garrincha foi construído durante a década


de 1970 e foi inaugurado, em 1975, pelo então governador
Hélio Prates da Silveira. Próximas ao Estádio estão algumas
intervenções, na Zona Central de Brasília, como a execução do
Projeto Urbanístico Burle Marx.

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Exatamente. Acrescentando que esse projeto prevê melhorias da


área que vai da Torre de TV à Rodoviária do Plano Piloto, com calçadas
com acessibilidade, ciclovias integradas, espelhos d’água, entre outros.
Questão correta.

21. Brasília, apesar do parecer contrário da UNESCO, foi


declarada patrimônio da humanidade pela ONU, em conferência
realizada em 1987.
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O parecer foi favorável e a própria UNESCO declarou Brasília


patrimônio da humanidade. Questão errada.

22. No Distrito Federal, mediante seu sistema de planejamento,


garantiu a uniformidade social tanto do Plano Piloto quanto das
cidades satélites, transformando-os em um
bairros de classe média.

Poderíamos até dizer isso em relação ao Plano Piloto, mas não dá


para dizer que essa uniformidade em todo o Distrito Federal. Questão
errada.

23. Brasília é considerada uma estruturada pelos princípios da


arquitetura modernista, o que lhe confere uma característica
urbanística praticamente homogênea, já que a
cidade foi concebida como sistema integrado.

De fato, conforme vimos, a construção de Brasília foi pautada


pelos princípios modernistas. Em relação à arquitetura, tem-se um
sistema praticamente homogêneo de fato. Questão correta.

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24. Muitos operários vindos de diversas regiões do país


confluíram para o Planalto Central com o objetivo de tornar
possível a construção de Brasília. A concentração principal era
na Cidade Livre, depois chamada Núcleo Bandeirante.
Constituída de um grande conjunto de casas muito simples de
madeira, erguidas pelas empreiteiras para acolher os
trabalhadores migrantes, dever ia ser desmantelada ao final da
construção da capital, o que de fato aconteceu, apesar do
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protesto dos trabalhadores.

É preciso atenção nesse enunciado: vejam que, no período final,


o enunciado fala que o Núcleo Bandeirantes foi desmantelado, mas,
como sabemos, isso não aconteceu. Questão errada.

25. O Plano Piloto previa a criação de cidades-satélites para a


acomodação da população excedente, considerando que
Brasília propriamente dita foi planejada para receber somente
500 mil pessoas até o ano de 2000. Entretanto, vários
acampamentos ir regulares, no entorno da capital, se tornaram
cidades permanentes, como, por exemplo, Brazlândia,
Candangolândia, Paranoá e Planaltina.

O enunciado está correto. De fato, alguns desses acampamentos,


originalmente ocupados por trabalhadores que vieram construir
Brasília, acabaram se desenvolvendo e se transformando em cidades
permanentes. Questão correta.

Lista de questões

1. O edital do concurso para construção de Brasília data de


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1957 . Neste, o projeto aprovado foi do arquiteto e urbanista


Affonso Eduardo Reidy, que posteriormente foi desclassificado
por fraude.

2. Os principais prédios de Brasília demoraram quase dez anos


além do previsto, o que resultou em muitas críticas a JK.

3. Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960.


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4. O Brasil era apresentado, nos anos 1950 , como um país


diante de uma encruzilhada histórica. De um lado, estava o
mundo rural, que representava o passado. De outro, a atividade
industrial, que apontava para o futuro. Nesse contexto, Brasília
simbolizou o país em direção ao moderno, sobretudo pela
arquitetura neoclássica de Niemeyer.

5. A construção de Brasília, durante o governo JK, era chamada


de meta síntese, uma vez que reunia de uma só vez
a intenção geral das outras metas. Pode-se notar nesse
processo a intenção de mudar o eixo-econômico do Sul-
Nordeste para o Centro-Oeste-Sudeste.

6. No Plano de Metas originalmente proposto por JK, a meta


síntese Brasília não constava. Esta foi a última a ser
incorporada às metas.

7. Apesar de a construção de Brasília já estar prevista na Carta


Constitucional de 1932 , apenas no governo de JK ela teve
início.
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8. A mudança para o interior foi prevista já na primeira


Constituição republicana, em 1891. Entre 1892 e 1896, uma
famosa comissão dirigida por Luís Cruls, diretor do
Observatório Astronômico, foi incumbida de demarcar no
Planalto Central o quadrilátero a ser ocupado pela nova capital.
Por essa razão, diz- se o Distrito Federal é o Quadrilátero de
Cruls.
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9. Durante a Constituinte de 1946, discutiu-se a possibilidade


de a capital ser transferida para o chamado Triângulo Mineiro.

10. O governo de Juscelino é lembrado como uma época de


otimismo. O novo presidente introduziu uma política que
consistia em incentivar o progresso econômico do país
estimulando a industrialização. Ao assumir o poder, Juscelino
estabeleceu um plano ambicioso de realizações prometendo
"cinquenta anos de progresso em cinco de governo". Entre as
metas de progresso, idealizava- se o desenvolvimento agrário,
o que passava pela manutenção da capital no Rio de Janeiro.

11. O processo de interiorização do país tem início mais claro


em meados do século XVIII , sobretudo em razão dos estudos
do cartógrafo Francisco Tosi Colombina. Todavia, pode se
apontar as bandeiras como um processo nesse sentido.

12. Em 1959 , segundo o IBGE, em Censo realizado neste ano,


cerca de 60 mil operários trabalhavam febrilmente na
construção de Brasília.

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13. Em 1940, Vargas lançou a chamada "Marcha para o Oeste",


como uma diretriz de integração territorial para o país. Entre
outros, esse pode ser apontado como um dos motivos de se
considerar que a construção de Brasília por JK dá continuidade
às intenções de Vargas.

14. A cidade de Brasília, que hoje tem aproximadamente dois


milhões e meio de habitantes, é conhecida por ter aplicado os
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princípios estabelecidos pela Carta de Praga de 1933 e ter


concretizado o pensamento urbanístico dos anos 50, pautado
por tendências modernistas.

15. Brasília foi construída com a finalidade de ser a nova capital


do país, com o propósito de transferir a capital federal
localizada na costa, para o interior , ajudando dessa forma a
povoar aquela zona do país, com pessoas de todo o país,
especialmente do nordeste brasileiro. A ideia de mudar a
capital do Brasil para o interior do Brasil já existia desde a
época colonial.

16. O projeto urbanístico de Lúcio Costa colocou em prática a


ideia de que os automóveis ocupariam o topo da hierarquia
viária. Isso fez com que, no momento presente, o modelo de
transpor te público brasiliense se pautasse pelo transpor te
público e pela integração metroviária.

17. O Plano Piloto tem o formato aproximado de um avião. Ele é


cortado de Norte a Sul (da ponta de uma asa até a ponta da
outra) pelo chamado Eixão e, de Leste a Oeste pelo chamado
Eixo Monumental, que recebeu o centro cívico e administrativo,
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o setor cultural, o centro comercial e de diversões e o setor


administrativo distrital.

18. São obras de Niemeyer em Brasília as seguintes: Igreja de


Nossa Senhora de Fátima, Cine Brasília, Palácio Itamaraty,
Teatro Nacional Cláudio Santoro, Panteão da Pátria, Casa do

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Cantador, Memorial dos Povos Indígenas, Procurador ia Geral


da República e Complexo Cultural da República.

19. A despeito de sua fama na capital, Burle Marx participou


apenas indiretamente da construção da cidade. A paisagística, a
critério de Lúcio Costa, foi mais fruto do acaso do que de rígido
projeto.

20. O estádio Mané Garrincha foi construído durante a década


de 1970 e foi inaugurado, em 1975, pelo então governador
Hélio Prates da Silveira. Próximas ao Estádio estão algumas
intervenções, na Zona Central de Brasília, como a execução do
Projeto Urbanístico Burle Marx.

21. Brasília, apesar do parecer contrário da UNESCO, foi


declarada patrimônio da humanidade pela ONU, em conferência
realizada em 1987.

22. No Distrito Federal, mediante seu sistema de planejamento,


garantiu a uniformidade social tanto do Plano Piloto quanto das
cidades satélites, transformando-os em um
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bairros de classe média.

23. Brasília é considerada uma estruturada pelos princípios da


arquitetura modernista, o que lhe confere uma característica
urbanística praticamente homogênea, já que a
cidade foi concebida como sistema integrado.

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24. Muitos operários vindos de diversas regiões do país


confluíram para o Planalto Central com o objetivo de tornar
possível a construção de Brasília. A concentração principal era
na Cidade Livre, depois chamada Núcleo Bandeirante.
Constituída de um grande conjunto de casas muito simples de
madeira, erguidas pelas empreiteiras para acolher os
trabalhadores migrantes, dever ia ser desmantelada ao final da
construção da capital, o que de fato aconteceu, apesar do
protesto dos trabalhadores.

25. O Plano Piloto previa a criação de cidades-satélites para a


acomodação da população excedente, considerando que
Brasília propriamente dita foi planejada para receber somente
500 mil pessoas até o ano de 2000. Entretanto, vários
acampamentos ir regulares, no entorno da capital, se tornaram
cidades permanentes, como, por exemplo, Brazlândia,
Candangolândia, Paranoá e Planaltina.

Gabarito

1–E
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2–E
3–C
4–E
5–E
6–C
7–E
8–C
9–C
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10 – E
11 – C
12 – C
13 – C
14 – E
15 – E
16 – E
17 – C
18 – C
19 – E
20 – C
21 – E
22 – E
23 – C
24 – E
25 – C

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