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ENGELS, F. A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra.

São Paulo: Boitempo,


2010. Introdução (p. 45-63) e O Proletariado Industrial (p. 63-66)1.

Com a invenção da máquina a vapor e das máquinas que visavam processar o algodão,
ou seja, com o desenvolvimento das forças produtivas e a transformação do modo de produção,
inicia-se a história da classe operária inglesa. Todavia, o progresso técnico não constitui apenas
uma mudança radical nas bases econômicas da sociedade, mas nela como um todo: nos termos
de Engels, constitui-se como uma revolução industrial. A Inglaterra, "[...] terreno clássico
dessa revolução" (p.45), lugar onde o capitalismo apresenta, na época de Engels, sua forma
mais avançada, é também, dialeticamente, o lugar em que a miséria apresenta-se em sua forma
mais explícita. Sendo, por isso, também "[...] o país clássico para o desenvolvimento do
principal resultado dessa revolução: o proletariado" (p. 45).
Se os filhos das gerações que cresceram na Inglaterra anterior a revolução "[...] cresciam
respirando o ar puro do campo" (p. 46), não eram letrados e ignoravam o mundo que erguia-se
para além das cercas de suas pequenas propriedades, com o advento das máquinas tiveram toda
sua experiência social radicalmente transformada. Primeiramente, a demanda dos mercados
externos não exigia uma extensa produção por parte dos trabalhadores, não incidindo sobre seu
salário e nem exigindo uma longa jornada de trabalho. O trabalhador do campo, ao contrário,
podia produzir num ritmo equilibrado e com certa autonomia. Todavia, seu trabalho ainda
estava sujeito a exploração da classe dominante de seu tempo, a aristocracia, que Engels faz
questão de enfatizar para contrapor-se a certa tendência da tradição romântica, que via na vida
camponesa o exemplo de liberdade destruída pelo advento da modernidade. Em verdade, as
máquinas destroem o resto de autonomia que sobrava aos trabalhadores da época, o que mais
tarde fará da situação do proletariado urbano mais degradante que a dos camponeses. Por outro
lado, incita-os, frente as novas condições, a organizar-se e a exigir mais qualificadamente que
outrora. Ou seja, engendra um novo tipo de consciência de classe.
O advento das máquinas possibilitou um aumento quantitativo da produção. Isso por
que, podia-se agora, produzir mais em menos tempo e com menos mão de obra. A consequência
disso é um barateamento visível do produto e um crescimento de sua demanda. Se antes, a
demanda encontrava-se equilibrada e os trabalhadores do campo podiam além de tecer,
cultivar, agora era muito mais rentável, àqueles que podiam obter as máquinas dedicar-se
integralmente a produção de tecidos. Deixando de dedicar-se a lavoura, deixam a ligação com
a terra, que mais tarde será explorada pelos grandes proprietários. Tornam-se assim, homens
sem terra e que vivem unicamente do trabalho: proletários (working men). A produção familiar
logo perde espaço para as crescentes industrias que, não só englobam as inovações tecnológicas
do tempo, mas conseguem produzir num ritmo incessante. As constantes inovações permitem
o fortalecimento do mercado externo e da riqueza nacional: as inovações na área da
comunicação, o desenvolvimento de estradas, o aumento do número populacional e de cidades,
o progresso de áreas do conhecimento ligadas diretamente a indústria e a busca por colônias
que fornecessem matéria prima necessária à produção, fonte do imperialismo britânico.
Numa situação oposta viviam a classe gerada pelo desenvolvimento capitalismo. "Os
primeiros proletários surgiram com a indústria, foram seu produto imediato" (p.63). Todavia,

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Aluno: Ricardo Menezes Barbosa
sua distinção em relação aos camponeses reside também na consciência de classe que possuem.
Para Engels, quanto mais o operário está próximo da indústria, mais tem clareza sobre seus
interesses, quanto mais distante, como é o caso do trabalhador do campo, menos a tem.

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