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UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO
PROJETO PEDAGÓGICO DO
CURSO DE LICENCIATURA
EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
Uberaba/MG
2014
1
Missão da UFTM:
2
PROFa. DRa. ANA LÚCIA DE ASSIS SIMÕES
Reitora da Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Colegiado de Curso:
3
Profa. Dra. Ana Paula Bossler
Prof. Dr. Pedro Jorge Zany Pampulim Martins Caldeira
Prof. Dr. Daniel Fernando Bovolenta Ovigli
Profa. Dra. Daniervelin Renata Marques Pereira
Prof. Ms. Juliano Pinheiro
Prof. Ms Fernando Luís Pereira Fernandes
Prof. Dr. Danilo Seithi Kato
Profa. Ms. Verônica Klepka
Profa. Ms.Tânia Halley Oliveira Pinto
Prof. Dr. Rodrigo dos Santos Crepalde
Suporte Administrativo:
Maíra Araújo Machado Borges Prata
Bruno Theodoro Gonçalves
Thaíla de Mello Florêncio
5
Sumário
IDENTIFICAÇÃO DO CURSO ________________________________________ 10
PREÂMBULO _______________________________________________________ 11
Introdução ______________________________________________________________ 11
Conclusões ______________________________________________________________ 23
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL _________________________________________ 25
6
4.1. No Ensino _______________________________________________________ 47
7
8 METODOLOGIA DE ENSINO E DA APRENDIZAGEM ________________ 117
9 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ________________________________________ 121
8
ENDEREÇOS
Instituição:
Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
Rua Frei Paulino, n.º 30 - Bairro: Abadia
CEP: 38025-180
Fone: (34) 3318-5000 / FAX: (34) 3318-5846
Uberaba – MG
9
IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
1
De acordo com a Resolução nº 01, de 09 de fevereiro de 2010, da Congregação da UFTM, a duração dos
cursos é fixada em horas-aula (h/a). Cada h/a tem duração de 50 minutos. O crédito acadêmico
corresponde a 15 horas/aula.
10
PREÂMBULO
Introdução
A educação no campo
Alguns dos aspectos fundamentais dessas Diretrizes são: respeito pelos saberes
detidos pelas populações do campo e valorização desses saberes nos processos de
ensino e aprendizagem, garantir a universalização do acesso da população do campo à
Educação Básica e à Educação Profissional de Nível Técnico, garantir a flexibilização
da organização do calendário escolar (salvaguardando os princípios da política de
igualdade), desenvolver processos de formação inicial e continuada de professores em
licenciaturas plenas que atendam às escolas rurais e garantir o financiamento ajustado
para o regular funcionamento das escolas do campo.
A especificidade da educação do campo exigiu a estruturação dos tempos de
ensino e aprendizagem adaptada às características das populações do campo: a
pedagogia da alternância.
12
A educação do campo no Plano Nacional de Educação (Lei n.º 13.005, de 15 de
junho de 2014)
Estratégias:
1.10) fomentar o atendimento das populações do campo e das comunidades
indígenas e quilombolas na educação infantil nas respectivas comunidades, por meio do
redimensionamento da distribuição territorial da oferta, limitando a nucleação de
13
escolas e o deslocamento de crianças, de forma a atender às especificidades dessas
comunidades, garantido consulta prévia e informada;
Estratégias:
2.10) estimular a oferta do ensino fundamental, em especial dos anos iniciais,
para as populações do campo, indígenas e quilombolas, nas próprias comunidades;
2.11) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino fundamental, garantida
a qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades
de caráter itinerante;
Estratégias:
3.7) fomentar a expansão das matrículas gratuitas de ensino médio integrado à
educação profissional, observando-se as peculiaridades das populações do campo, das
comunidades indígenas e quilombolas e das pessoas com deficiência;
14
Estratégias:
4.3) implantar, ao longo deste PNE, salas de recursos multifuncionais e fomentar
a formação continuada de professores e professoras para o atendimento educacional
especializado nas escolas urbanas, do campo, indígenas e de comunidades quilombolas;
Estratégias:
5.5) apoiar a alfabetização de crianças do campo, indígenas, quilombolas e de
populações itinerantes, com a produção de materiais didáticos específicos, e
desenvolver instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da língua materna
pelas comunidades indígenas e a identidade cultural das comunidades quilombolas;
Estratégias:
6.7) atender às escolas do campo e de comunidades indígenas e quilombolas na
oferta de educação em tempo integral, com base em consulta prévia e informada,
considerando-se as peculiaridades locais;
Estratégias:
10.3) fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação
profissional, em cursos planejados, de acordo com as características do público da
educação de jovens e adultos e considerando as especificidades das populações
itinerantes e do campo e das comunidades indígenas e quilombolas, inclusive na
modalidade de educação a distância;
Estratégias:
11.1) expandir as matrículas de educação profissional técnica de nível médio na
Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, levando em
consideração a responsabilidade dos Institutos na ordenação territorial, sua vinculação
com arranjos produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem como a
interiorização da educação profissional;
11.9) expandir o atendimento do ensino médio gratuito integrado à formação
profissional para as populações do campo e para as comunidades indígenas e
quilombolas, de acordo com os seus interesses e necessidades;
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%
(cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de
18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão
para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.
16
Estratégias:
12.13) expandir atendimento específico a populações do campo e comunidades
indígenas e quilombolas, em relação a acesso, permanência, conclusão e formação de
profissionais para atuação nessas populações;
Assim, pode-se facilmente constatar que o PNE em vigor até 2024 tem como um
dos seus grandes objetivos atender às populações do campo, universalizando o acesso
aos diferentes segmentos de ensino (educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio) das populações do campo, acentuando as idades certas para entrar no sistema
educativo e finalizar cada um desses níveis ensino (fundamental e médio).
Para que essa universalização ocorra com a qualidade desejada, o MEC
compromete-se a investir em diversas políticas públicas: transporte escolar, merenda
escolar, construção ou remodelação de espaços escolares e, por fim mas não por último,
na formação e qualificação de professores que atendam às populações do campo.
17
b) estabelecimento de critérios e procedimentos para fomento de cursos
regulares de Licenciatura em Educação do Campo, destinados à formação
de professores para a docência nos anos finais do ensino fundamental e
no ensino médio nas escolas localizadas em áreas rurais, mediante
assistência financeira às Instituições Federais de Educação Superior – IFES;
c) apresentação de organização curricular por etapas equivalentes a semestres
regulares cumpridas em Regime de Alternância entre Tempo-Escola e
Tempo-Comunidade. Entende-se por Tempo-Escola os períodos intensivos
de formação presencial no campus universitário e, por Tempo-Comunidade,
os períodos intensivos de formação presencial nas comunidades
camponesas, com a realização de práticas pedagógicas orientadas;
d) apresentação de currículo organizado de acordo com áreas de conhecimento
previstas para a docência multidisciplinar – (i) Linguagens e Códigos; (ii)
Ciências Humanas e Sociais; (iii) Ciências da Natureza, (iv) Matemática e
(v) Ciências Agrárias. No edital recomenda-se, preferencialmente, que as
habilitações oferecidas contemplem a área de Ciências da Natureza e
Matemática, a fim de atender a demanda de docentes habilitados nesta área
nas escolas rurais.
A LE Campo da UFTM
21
O perfil do egresso da licenciatura em educação do campo da Universidade da
Fronteira do Sul (UFFS), habilitação na área das Ciências da Natureza, muito descritivo,
indica que:
O egresso do curso Interdisciplinar em Educação do Campo – Ciências da
Natureza – Licenciatura, na área de Ciências da Natureza, será Professor, entendido
como o profissional que atuará, sob determinadas condições históricas, nos domínios
político-educacional e didático-metodológico, sempre considerando as relações entre
Sociedade – Campo - Educação. Para tanto, o egresso do curso Interdisciplinar em
Educação do Campo - Licenciatura, com foco em Ciências da Natureza deverá ter uma
sólida formação acadêmica generalista, humanística e específica. Esta perspectiva inclui
a necessidade da formação de professores conscientes das exigências éticas e da
relevância pública e social dos conhecimentos, das habilidades e dos valores adquiridos
na vida universitária. Também, o docente egresso deste curso deverá inserir-se em seus
respectivos contextos profissionais de forma: autônoma, solidária, crítica, reflexiva e
comprometida com o desenvolvimento local, regional e nacional sustentáveis,
objetivando a construção de uma sociedade justa e democrática.
Pretende-se, também, que os futuros professores tenham além de uma formação
sólida, que aprendam como se trabalha e se pesquisa em Ciências, Biologia, Física e
Química, quais procedimentos, experiências e cálculos, enfatizando conteúdos atuais
que podem ser utilizados como instrumentos para a compreensão do mundo
contemporâneo. Aliado a tais conhecimentos, tem-se a perspectiva de fornecer as
ferramentas necessárias para que o professor tenha condições de elaborar metodologias
de ensino contextualizadas e entrelaçadas ao cotidiano do educando.
Enfatiza-se que um dos aspectos relevantes do curso consiste em possibilitar que
o futuro professor desenvolva recursos didáticos experimentais na área de Ciências da
Natureza, como uma maneira de difusão dos conhecimentos teórico-práticos desta área
do saber. O profissional formado neste curso poderá atuar em escolas, nos anos finais
do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, na área de Ciências da Natureza para a qual
estará sendo preparado, bem como na Educação de Jovens e Adultos e/ou em outros
espaços educativos. Terá o compromisso precípuo com a escola pública de qualidade,
sendo constituído como elemento integrador e socializador dos conhecimentos
historicamente produzidos pela humanidade, articulando-os com os conhecimentos da
cultura do campo.
22
Ainda em relação ao perfil do egresso, o Instituto Federal Farroupilha, que oferta
habilitações nas áreas das Linguagens e Códigos, Ciências da Natureza, Matemática,
Ciências Sociais e Humanas e Ciências Agrárias, estipula que:
Conclusões
23
A educação do campo que se propõe no PPC da LE Campo está voltada para a
construção de uma nova dinâmica de vida, desmistificando a ideia de que o campo é
lugar de atraso, valorizando e criando possibilidades de trabalho, de sustento, de
convívio e de qualidade social. Como política pública de compensação em que está
inserida, a LE Campo da UFTM tem também por objetivo combater o êxodo rural que
se faz sentir fortemente na região do Triângulo Mineiro, por exemplo, e proporcionar
uma educação de qualidade às populações rurais e do campo, permitindo-lhes percursos
educativos diferenciados e adaptados quer às suas características sociais, culturais,
econômicas e étnicas, quer às características ambientais onde essas populações se
inserem.
24
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Legislação Nacional
•Parecer CNE/CES n.º 067, de 11 de março de 2003, que aprova o Referencial para as
DCN dos Cursos de Graduação.
25
•Decreto n.º 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as leis 10.048, de 8 de
novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e
10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos
para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida e dá outras providências.
•Parecer CES/CNE n.º 8/2007, de 31 de janeiro de 2007, que dispõe sobre a carga
horária mínima e os procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de
graduação, bacharelados, na modalidade presencial.
•Resolução CNE/CES n.º 2, de 18 de junho de 2007, que dispõe sobre a carga horária
mínima e os procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos de
graduação, bacharelados, na modalidade presencial.
26
•Resolução n.º 3, de 2 de julho de 2007, que dispõe sobre procedimentos a serem
adotados quanto ao conceito de hora-aula, e dá outras providências.
• Lei n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de
1996; revoga as Leis n.º 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de
1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art.
6º da Medida Provisória n.º 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras
providências.
27
• Decreto n.º 4.281, de 25 de junho de 2002, que Regulamenta a Lei n.º 9.795, de 27 de
abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras
providências.
• Decreto n.º 5.626 de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a Lei n.º 10.436, de
24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18
da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
• Lei n.º 10.861, de 14 de abril de 2004, que institui o Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior – SINAES e dá outras providências.
28
•Resolução n.º 004, de 02 de dezembro de 2010, do Reitor da UFTM, que institui o
Núcleo Docente Estruturante – NDE no âmbito dos cursos de graduação da UFTM.
•Resolução CNE/CP n.º 002, de 18 de fevereiro de 2002, que institui a duração e a carga
horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da
Educação Básica em nível superior.
•Parecer CNE/CP n.º 197, de 7 de julho de 2004, que estabelece a consulta tendo em
vista o art. 11 da Resolução CNE/CP 1/2002, que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica em nível superior, curso
de licenciatura de graduação plena.
•Parecer CNE/CES n.º 228, de 4 de agosto de 2004, que consulta sobre a reformulação
curricular dos Cursos de Graduação.
•Resolução CNE/CP n.º 2, de 27 de agosto de 2004, que adia o prazo previsto no art.15
da Resolução CNE/CP 1/2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura
de graduação plena.
29
•Resolução CNE/CP n.º 1, de 17 de novembro de 2005, que altera a Resolução CNE/CP
nº 1/2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores
da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura de graduação plena.
•Decreto n.º 7.352, de 04 de novembro de 2010, que dispõe sobre a política de educação
do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA).
30
1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
2
A seguir são listados os municípios e distritos integrantes da Superintendência Regional de Educação de
Uberaba: Água Comprida, Campo Florido, Campos Altos, Carneirinho, Distrito de Estrela da Barra,
Distrito de São Sebastião do Pontal, Conceição das Alagoas, Conquista, Delta, Fronteira, Frutal, Distrito
de Aparecida de Minas, Itapagipe, Iturama, Distrito de Alexandrita, Limeira do Oeste, Pedrinópolis,
Pirajuba, Planura, Pratinha, Sacramento, Santa Juliana, São Francisco de Sales, Tapira, Uberaba, Distrito
de Ponte Alta, União de Minas e Veríssimo.
31
campo (assentamentos). Na ocasião ficou registrado o interesse no estabelecimento de
futuras parcerias para a implementação e consolidação desta proposta.
32
2. HISTÓRICO DA UFTM E A IDENTIDADE INSTITUCIONAL
33
e) polo da moda (calçados, confecções e acessórios): mais de uma centena de
empresas, envolvendo vários segmentos, têm representado a cidade nas principais feiras
do país, conquistando importantes negócios no mercado internacional. O “Polo da
Moda” é um projeto em estudo, com possibilidade de geração de mais de 3.000
empregos, com uso intensivo de logística e gestão estratégica;
f) polo de alimentos processados (doces caseiros e similares): algumas fábricas
de médio e outras de pequeno porte utilizam diariamente centenas de quilos de açúcar
na produção de doces dos mais variados tipos, notadamente os de frutas e de derivados
do leite;
g) parque tecnológico: com área de 760 hectares, tem abrangência politemática,
com empresas de software, de energia e biotecnologia. Nas extensas áreas verdes da
“UniVerdeCidade” estão sendo implantados projetos de recuperação da paisagem
natural de cerrado da região e a integração entre espaços de trabalho e lazer,
beneficiando trabalhos criativos e inovadores, típicos das empresas de tecnologia lá
instaladas.
A cidade possui 94 escolas de Ensino Fundamental, além de 37 escolas de
Ensino Médio, somando, no total, 48.153 alunos matriculados, de acordo com dados do
IBGE de 2012. Além disso, no que concerne ao ensino superior público e privado, em
Uberaba existem, aproximadamente, 17.000 alunos matriculados. Em Uberaba, as
escolas de ensino superior, públicas e privadas oferecem aproximadamente 94 cursos de
graduação e 49 de pós-graduação, com cerca de 6.500 alunos matriculados.
A atual UFTM teve início com a criação do seu primeiro curso: Medicina.
Começou a ser idealizada no ano de 1948 quando um grupo de médicos, apoiado pelas
lideranças políticas municipais e estaduais, fundou em 27 de abril de 1953, sob regime
de instituição privada, sem fins lucrativos, a Faculdade de Medicina do Triângulo
Mineiro (FMTM).
Fizeram parte da fundação médicos influentes na cidade, seja por suas ligações
político-partidárias, seja por sua atividade pecuarista, que na época concentrava a maior
fonte econômica do município. Vindos de famílias tradicionais, tinham filiações
partidárias que representavam os interesses políticos da região. Alguns deles, inclusive,
34
foram homenageados com nomes de ruas e instituições, dado seu prestígio político e
econômico
De acordo com relatos verbais3, a autorização para funcionamento da então
Faculdade de Medicina foi uma forma de acalmar os ânimos na cidade de Uberaba, que
viveu, por volta de 1952, revolta de seus moradores relacionada com a cobrança de altas
taxas de impostos estaduais.
Era governador do estado de Minas Gerais, nessa época, o senhor Juscelino
Kubitschek, conhecido como J.K. Ele, percebendo que a crise em Uberaba poderia
comprometer suas pretensões políticas de ascensão à presidência da república, o que
posteriormente ocorreria, procurou contornar a situação oferecendo às lideranças
políticas locais uma Faculdade de Medicina. Como local de instalação para a faculdade,
ofereceu as instalações da antiga penitenciária, onde funciona hoje o Campus I da
UFTM.
A autorização para o funcionamento da FMTM foi assinada pelo Presidente
Getúlio Vargas e pelo Ministro da Educação Antonio Balbino, no Decreto-Lei nº
35.249, de 24 de março de 1954, com base em projeto técnico-pedagógico elaborado
segundo a legislação educacional vigente.
Autorizado o funcionamento, realizou-se o primeiro concurso vestibular em
abril de 1954, com 164 candidatos inscritos, concorrendo a 50 vagas. Teve início então
o curso de medicina na FMTM.
A FMTM foi legalizada por meio do Decreto de Reconhecimento nº 47.844, de
24 de dezembro de 1959, sendo a primeira turma de formandos diplomada em 06 de
junho de 1960. Foi federalizada no mandato do então presidente da república, Juscelino
Kubitschek, pela Lei nº 3.856, de 18 de dezembro de 1960 e, posteriormente,
transformada em Autarquia Federal, pelo Decreto nº 70.686, de 7 de junho de 1972.
Os primeiros docentes foram os que compunham o grupo dos fundadores, que
escolheram, entre si, as cátedras (hoje conhecidas como disciplinas ou componentes
curriculares) que assumiriam na faculdade. O modelo educativo empregado
correspondia ao da transmissão de conhecimentos, com ênfase na memorização.
O prestígio político e econômico dos fundadores, que além de médicos e
docentes na escola de medicina, integravam os partidos políticos dominantes e eram,
3
Informações fornecidas pelo Prof. Dr. Valdemar Hial, professor e ex-diretor da então FMTM de 1997
a 2001, durante a realização da mesa redonda realizada em 26/05/2010 na UFTM, em uma promoção
do Curso de Licenciatura em História da UFTM, intitulada: A transformação da FMTM em UFTM.
35
ainda, detentores de riquezas advindas da principal atividade econômica da cidade, a
pecuária, foram elementos que marcaram a história da UFTM. Estabeleceram valores na
criação da instituição, que foram reproduzidos ao longo dos anos, ajudando a criar os
modos de ser e atuar dos grupos iniciais, suas maneiras próprias de existir, ou seja, a
cultura organizacional.
Acredita-se que conhecer esses elementos, discutir a universidade e refletir sobre
o que é feito nela, em todas as suas dimensões, pode contribuir para construir uma
história em que diferentes grupos possam ter garantido seu espaço e representatividade,
materializando a ideia de universidade enquanto espaço de convivência e produção de
uma diversidade de saberes.
36
Hospitalar Geral; Saúde Coletiva; Docência na Educação Superior; Critica Literária e
Ensino da Literatura.
Em se tratando de cursos de pós-graduação stricto sensu, na UFTM são
oferecidos cursos de mestrado e doutorado em Medicina Tropical e Infectologia;
mestrado em Ciências Fisiológicas nas áreas de concentração: Bioquímica, Fisiologia e
Farmacologia, Imunologia, Parasitologia e Microbiologia; mestrado em Patologia;
mestrado em Atenção à Saúde; mestrado em Educação Física, mestrado profissional em
Inovação Tecnológica, mestrado profissional em Matemática em rede nacional
(PROFMAT), mestrado em Educação e mestrado e doutorado acadêmicos em Química,
pelo Programa Multicêntrico em Química de Minas Gerais.
Os programas de pós-graduação possuem linhas de pesquisa e propostas
adequadas e coerentes com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e têm o
fomento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da
Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(FINEP/MCTI), da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS), da União Europeia (UE) e do Ministério da Saúde (MS).
Os programas de pós-graduação da UFTM possuem vínculos estreitos com várias
instituições nacionais e internacionais, as quais possibilitam apoio logístico e
diagnóstico na pesquisa, intercâmbio de discentes e docentes e convênios com
universidades estrangeiras (Universidade do Mediterrâneo, na França e Universidade
Guayaquil, no Equador).
Paralelamente às expansões por intermédio dos novos cursos de graduação, a
UFTM vem desenvolvendo uma política de expansão de seu quadro de pessoal técnico-
administrativo e de docentes altamente qualificados para o apoio ao ensino, à extensão e
a pesquisas científicas voltadas para as áreas de Ciências Médicas e da Saúde, mantendo
a sua vocação histórica, mas abrindo-se para as mesmas atividades citadas
anteriormente em outras áreas do conhecimento, a saber, Ciências Humanas, Sociais,
Sociais Aplicadas, Exatas, Naturais e Tecnológicas.
Ao lado do ensino de graduação e de pós-graduação, a UFTM tem ofertado
cursos de atualização, seminários e atividades de extensão, além de fomentar a
realização de práticas investigativas. A Universidade tem se submetido a um processo
acelerado de expansão, visando consolidar-se mediante a incorporação de novos cursos
37
de graduação e pós-graduação, bem como adaptar-se às transformações requeridas no
que se refere à política acadêmica e ao modelo de gestão e organização projetado.
38
exercida pelo Prof. Ms. Luiz Fernando Rodrigues, vinculado ao Departamento de
Matemática.
O ICENE é composto por 63 docentes efetivos, cinco servidores técnico-
administrativos e discentes dos cursos de Ciências Biológicas, Física, Matemática e
Química. Os docentes estão distribuídos nos seguintes Departamentos: Ciências
Biológicas; Física; Matemática; Química e Educação em Ciências, Matemática e
Tecnologias.
Os departamentos, de acordo com o Art. 39 do Regulamento Geral da UFTM,
poderão aglutinar o trabalho docente por meio dos Núcleos de Estudos e Análise
(NEA), que têm como “objetivo atender à análise de viabilidade de projeto, programas e
atividades e a avaliação do desempenho de cursos, projetos de pesquisa e atividades de
extensão universitária” (UFTM, 2009, p. 19). Esses NEA representam grupos de
trabalho formais, de caráter uni/multi ou transdisciplinar, podendo agrupar docentes de
mais de um Departamento ou Instituto, mas não caracterizando uma unidade
organizacional.
Nesse sentido, destaca-se a criação do NEA da Formação Comum que tem por
objetivo articular o acompanhamento dos conteúdos relativos às disciplinas humanistas
- por meio dos docentes afins - ofertadas aos cursos de licenciatura, promovendo uma
formação reflexiva, crítica e humanista integral dos alunos. Dessa forma, esse NEA é
composto por um coordenador, um secretário e docentes das disciplinas de teor
humanista.
A atuação do NEA é acadêmica e visa principalmente:
a) garantir a eficácia da formação integral dos educandos sob o aspecto
humanístico;
b) acompanhar e avaliar o desempenho integral dos alunos, além de intervir
junto aos cursos atendidos, de forma colaborativa, a fim de assegurar as
condições didático-pedagógicas e de infraestrutura requeridas.
Destaca-se também que o NEA da Formação Comum é composto por
representantes tanto do ICENE quanto do IELACHS.
39
3. HISTÓRICO DO CURSO E JUSTIFICATIVA DA NECESSIDADE
SOCIAL E ECONÔMICA
4
Secretaria de Educação Superior/Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica/Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade/Ministério da Educação.
40
A Educação do Campo é negatividade: denúncia/resistência, luta
contra. Basta! De considerar natural que os sujeitos trabalhadores do
campo sejam tratados como inferiores, atrasados, pessoas de segunda
categoria; que a situação de miséria seja seu destino, que no campo
não tenha escola; que seja preciso sair do campo para frequentar uma
escola, que o acesso à educação se restrinja à escola, que o
conhecimento produzido pelos camponeses seja desprezado como
ignorância [...] A Educação do Campo é positividade: a denúncia não
é espera passiva, mas se combina com práticas e propostas concretas
do que fazer, do como fazer: a educação, as políticas públicas, a
produção, a organização comunitária, a escola [...]. A Educação do
Campo é superação, projeto/utopia: projeção de uma outra concepção
de campo, de sociedade, de relação campo e cidade, de educação, de
escola. Perspectiva de transformação social e de emancipação humana
(CALDART, 2008, p. 67 - 86).
41
específicas. Isso não nos levaria aos objetivos maiores de mudança.
Por isso é também característica essencial de nossa educação a
preocupação com a abertura de horizontes de nossos/nossas
estudantes, de modo que pratiquem aquele velho princípio, também
filosófico, de que nada do que é humano me pode ser estranho (MST,
1997 apud GONSAGA, 2009, p. 15).
42
Superior5. Essas instituições formaram uma comissão no ano de 2005 para, em nome da
comunidade acadêmica, elaborar o documento intitulado Contribuição para a Criação
de uma Instância Acadêmica Responsável pela Formação Superior de Educadores na
UFTM, entregue em sessão solene à Reitoria da UFTM. O referido documento traz
várias solicitações baseadas nas necessidades locais e regionais. Dentre elas, está a
necessidade de oferta das licenciaturas que compõem o Núcleo de Formação Comum da
Educação Básica6, a fim de garantir um trabalho interdisciplinar que contribua para a
melhoria da qualidade da própria Educação Básica.
A tabela a seguir apresenta estatísticas datadas de 2012, referentes ao número de
estudantes que a UFTM pretende alcançar com o curso em tela e, por conseguinte,
professores legalmente não habilitados ao exercício da docência nos anos finais do
Ensino Fundamental e Ensino Médio:
5
Centro Federal de Estudos Tecnológicos (CEFET) - atualmente Instituto Federal do Triângulo Mineiro
(IFTM); Centro de Estudos Superiores de Uberaba (CESUBE); Faculdade Talentos Humanos
(FACTHUS); Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU); Universidade Federal do Triângulo Mineiro
(UFTM); Universidade Presidente Antônio Carlos (UNIPAC); Universidade de Uberaba (UNIUBE).
6
Pedagogia; Letras Português-Inglês e suas literaturas; Letras Português-Espanhol e suas literaturas;
Matemática; História; Geografia; Ciências Biológicas; Educação Física e Educação Artística.
43
Tapira 278 128
Tupaciguara 60 (1.393) 31 (787)
Uberlândia 1.428 (31.152) 0 (20.424)
Nota: o valor entre parênteses refere-se ao total de alunos no município. Nos municípios sem dados entre
parênteses, são contabilizados todos os alunos, dada a classificação do IBGE como região rural (dados
MEC/INEP, 2012).
7
Destaque-se o atendimento à região norte do estado de São Paulo (microrregiões de São Joaquim da
Barra, Franca e Ituverava) e Sul do estado de Goiás (microrregiões de Catalão e Meia Ponte), bem como a
microrregião de Uberlândia/MG.
45
possuem como titulação o Ensino Médio ou equivalente e só pouco mais de 50%
possuem habilitação para o ensino.
A Pesquisa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Brasil, 2007) apontou
que, dentre as 8.679 escolas em assentamentos, apenas 373 oferecem o Ensino Médio.
A escassez e a falta de formação de professores encontram-se entre os vários fatores
responsáveis por esse quadro.
Segundo dados do INEP, há uma carência de 235 mil professores para o Ensino
Médio no país, principalmente nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática.
O estudo indica uma carência em relação à oferta da segunda etapa do Ensino
Fundamental (5ª a 8ª série) nos assentamentos (BRASIL, 2007). Em relação ao Ensino
Médio, podemos afirmar que são poucas as escolas dos assentamentos que oferecem
esse nível de ensino aos estudantes: apenas 4,3% das escolas nacionais e 8,8% das
escolas da Região Sudeste são localizadas em assentamentos.
Esses dados mostram que, em 2004, 61.344 alunos da Região Sudeste
(assentados) frequentavam a escola básica; esse percentual corresponde a 34,0% da
população assentada. As séries iniciais8 do Ensino Fundamental eram ofertadas em
73,9% das escolas (24.301 estudantes), e as séries finais (5ª a 8ª série) eram ofertadas
em 42,7% das escolas (20.026 estudantes); apenas 8,8% das escolas ofertavam o Ensino
Médio (5.963 estudantes). Esses dados indicam que as escolas dos assentamentos
estudadas não ofertavam o Ensino Médio de forma ajustada à demanda. Daí ser
circunstância natural que os alunos dos assentamentos não frequentem o Ensino Médio,
por falta de oferta das próprias escolas.
Segundo a Pesquisa Nacional da Educação na Reforma Agrária (PNERA)
(BRASIL, 2007), há carência de oferta dos anos mais elevados do ensino básico nas
escolas do campo, já que estas oferecem apenas os anos iniciais do Ensino
Fundamental. Situação essa que provoca não só o atraso escolar, mas também explica o
êxodo rural dos jovens estudantes.
Na Região Sudeste, também há muitos jovens fora da escola (BRASIL, 2007). A
razão, de acordo com as famílias, é: distância da escola (45,4%), inexistência de turmas
adequadas ao nível escolar dos alunos (17,3%), ausência de escola no assentamento
(18,7%), falta de vagas (23,5%) e pouco interesse das crianças pela escola (31,9%).
8
A lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que dispõe sobre o Ensino Fundamental de 9 anos, alterou o
termo “série” para “ano”. No entanto, nesse texto, optou-se pelo emprego do termo “série” nestes
períodos uma vez que os dados apresentados se referem ao ano de 2004.
46
4. ABRANGÊNCIA DO CURSO NO ENSINO, NA PESQUISA E NA
EXTENSÃO
4.1. No Ensino
47
exclusivamente na sala de aula e nem em um processo de “transmissão” do professor
para o estudante, mas em um processo de apropriação. Esse processo de apropriação
ocorre notadamente com a mediação do professor. Ao organizar e planejar as suas aulas,
ao delimitar os espaços nos quais a aprendizagem será potencializada (em sala de aula
ou em laboratórios, por exemplo), destaca formas e métodos de auxiliar o licenciando
nesse processo, buscando sempre uma aproximação com a realidade vivenciada por ele,
seus conhecimentos prévios e aqueles conhecimentos que precisam ser compreendidos
para a sua formação. Há de se considerar ainda que as Práticas como Componente
Curricular, aqui denominadas Atividades Práticas Curriculares (APC), também
contribuem para o ensino, uma vez que complementam os conteúdos e as práticas
pedagógicas necessárias à formação do professor da Educação Básica.
A participação em atividades acadêmico-científico-culturais é também de grande
importância para o enriquecimento teórico-prático do licenciando, além de possibilitar
um maior intercâmbio com seus pares, com os diferentes profissionais e com a própria
Universidade. Nesse sentido, a UFTM incentiva a participação dos licenciandos nas
diferentes atividades científicas que se dão em congressos, jornadas, além de eventos
culturais, que incluem apresentação de grupos de teatro, dança, música e outras
manifestações artísticas, que podem acontecer na Universidade, por meio de seu Centro
Cultural e de seus Centros Acadêmicos ligados aos cursos de graduação, ou fora dela.
Dessa forma, as atividades de ensino têm como proposta a sua complexa interface com
as atividades de pesquisa e de extensão. Não poderá ser vista como uma atividade
isolada, mas sim como ponte para o diálogo e o contato com outras atividades e com
seus diferentes atores, entre eles, corpo discente, docentes e demais servidores.
Assim, o ensino, em sua concepção de formação, não pode ser identificado como
uma atividade com local, tempo e forma estanques, mas como um processo em
constante transformação e que acompanha o desenvolvimento do próprio conhecimento
científico. Ainda, é mister destacar que se trata de um processo no qual todos (docentes,
discentes, servidores, comunidade, Estado) estão intimamente imbricados, sendo,
portanto, coletiva e individualmente responsáveis tanto pela sua qualidade como pelas
suas transformações ao longo do tempo.
48
4.2. Tempo–Escola (TE) e Tempo-Comunidade (TC)
49
No TE, os licenciandos permanecem em espaços diversos da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro ou de parceiros (salas de aula, laboratórios, anfiteatros,
etc.) em regime integral, de segunda a sexta feira e, caso haja necessidade, também aos
sábados, para que sejam trabalhados os componentes curriculares específicos de cada
disciplina prevista para as habilitações disponíveis do curso. O TE acontecerá em
períodos que compreendem as férias escolares, notadamente os meses de Janeiro e
Julho, sendo considerados para contagem de horas, no máximo, 25 dias, com 10 a 12
horas-aula por dia (das 07h ou 08h horas até às 20h ou 21h, incluindo tempos de
descanso e horas para refeições). Assim, no máximo, poderão ser lecionadas 12 horas-
aula por dia, perfazendo um máximo de 300 horas-aula durante cada um dos períodos
intensivos em Uberaba (ou em outras localidades quando se conseguir desenvolver o
projeto de Tempo-Escola em itinerância – incentivado pelo MEC).
A carga horária diária prevista no TE intensivo é típico da Pedagogia da
Alternância, está implantada em todos os Cursos de Licenciatura em Educação do
Campo a nível nacional (oscilando entre 8 e 12 horas de aula diárias) e é condição sine
qua non para a frequência de uma licenciatura plena para os públicos-alvo prioritários
neste projeto. Acresce que os movimentos rurais envolvidos na fase inicial de
concepção do PPP do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFTM
aprovado pelo MEC aprovam e incentivam a carga letiva diária prevista neste projeto,
em relação à qual estão familiarizados e adaptados, pois ela também é típica de
processos formativos desenvolvidos pelo INCRA, no âmbito do PRONERA.
Quando for possível, e se for considerado oportuno pelo Colegiado do Curso da
Licenciatura em Educação do Campo, a somar aos TE intensivos poderá haver em cada
semestre (e como culminar dos semestres letivos) um segundo TE curto (no máximo 3
dias (Sexta-feira. Sábado e Domingo), para finalização de tarefas, socialização de
aprendizagens e desenvolvimento de atividades de cunho científico e cultural
(perfazendo no máximo 36 horas de aula).
51
Como foi acima citado, o TC se constitui em momento de reflexão e continuidade
das atividades desenvolvidas no TE, mas para além destas atividades, prevê-se que no
primeiro ano de curso (1° e 2° semestres), o licenciando faça um mapeamento bastante
minucioso de sua comunidade envolvendo a caracterização de aspectos como a história
da comunidade, aspectos físicos, tipos e condições dos serviços públicos oferecidos a
cada comunidade, aspectos populacionais, econômicos, habitacionais, educacionais, de
saúde, segurança, sócio-cultural, religioso e político e maiores problemas das
comunidades. Esse procedimento corresponde a algo como uma ambientação realizada
pela sua própria ação participante na comunidade. No segundo ano do curso, há a
previsão do estudo profundo da realidade educacional das escolas do Campo de cada
comunidade, ou seja, uma revisão interna destas escolas observando a estrutura física,
humana, administrativa, metodológica e legal, o que corresponde à formação de um
olhar crítico docente de dentro do ambiente escolar. Nos dois últimos anos do curso, os
licenciandos se ocuparão sobremaneira, durante o TC, com os estágios curriculares.
Vale ressaltar que todas estas atividades desenvolvidas no TC devem ser
criteriosamente registradas na forma de relatórios, portfólios ou outros instrumentos que
garantam a sistematização de informações e dados que serão construídos neste
momento. Poderão ser realizados seminários ou apresentações para compartilhamento
das experiências nas mais diferentes comunidades a fim de expandir as expectativas e
possibilidades de atuação.
Ademais, tais dados e informações poderão constituir corpus de análise da
realidade vivida no Campo e poderá, ainda, concatenar os processos de ensino, pesquisa
e extensão, contribuindo diretamente com a: produção e publicação de artigos e
materiais didático-pedagógicos que o ensino e a pesquisa nas áreas de Matemática e
Ciências da Natureza; melhoria no ensino e aprendizagem dessas áreas; enriquecimento
profissional e participação ativa dos sujeitos em pesquisas para o desenvolvimento da
capacidade de autorreflexão da própria prática; além de proporcionar visibilidade do
Curso de Licenciatura em Educação do Campo vinculado à Universidade Federal do
Triângulo Mineiro, ampliando o referencial de pesquisa para a comunidade por meio da
apresentação e publicação de artigos em eventos científicos e revistas especializadas no
âmbito nacional e internacional; estabelecimento de parcerias com outras instituições de
ensino superior e escolas da rede pública de ensino fundamental e médio por meio de
discussões, reflexões e produções conjuntas de artigos e materiais didático-pedagógicos.
52
4.2.2.1. Componentes curriculares desenvolvidos durante o Tempo-
Comunidade
53
TABELA 2 – Metas Gerais do Projeto
Essas grandes metas são desdobradas no projeto do TC. Nesse sentido, todos os
projetos descritos, bem como as suas ações e conceituações buscam refletir essas
grandes metas.
As grandes componentes curriculares do TC são as APC (a partir do 3º semestre
do Curso), os Estágios Curriculares Supervisionados, o TCC e as tarefas e trabalhos
destinadas ao TC em diversas disciplinas do Curso, e que serão desenvolvidas dentro da
carga horária destinada para o TC: 1410 horas-aula na habilitação na área de Ciências
da Natureza e 1465 horas-aula na habilitação na área de Matemática.
As APC e os Estágios Curriculares Supervisionados constituem-se como espaços
de integração teórico-prática do currículo e instrumento de (re)aproximação do
licenciando à realidade social, econômica e pedagógica do trabalho educativo que já
desenvolve ou irá desenvolver nas escolas rurais de Ensino Fundamental e do Ensino
Médio. Tais atividades devem ser vivenciadas, ao longo do curso, em espaço educativo
escolar e não escolar, garantindo a inserção do aluno-professor no contexto profissional.
Esses componentes curriculares podem ser definidos como uma prática social
específica, de caráter histórico e cultural. Dessa forma, vão muito além da ação docente,
das atividades pedagógicas dentro da sala de aula, pois abrangem os diferentes aspectos
do projeto pedagógico da escola e as relações desta com a sociedade.
54
As APC são os pontos de partida para a teoria, mas se reformulam a partir dela.
Supõem análise e tomada de decisões em processo, beneficiando-se do trabalho coletivo
e da gestão democrática. A capacidade do professor de refletir sobre a própria prática é
fonte de sua ação instituinte, transformadora. Assim, as possibilidades da escola de
colaborar para a transformação social resultam do tipo de prática pedagógica que seus
professores desenvolvem. Para tanto os licenciandos serão incentivados a desenvolver
as suas próprias ferramentas que utilizarão no processo de implementação desses
componentes no TC:
a) Caderno do Campo: serve este caderno para que os alunos registrem as
suas reflexões sobre o ensinar e aprender, não necessariamente ligados à
escola ou ao Curso (em um primeiro momento), para que mais tarde
registrem as constatações, as análises e as reflexões sobre a realidade
familiar, sócio-profissional e educacional da sua comunidade de origem (ou
na qual desenvolvem as suas atividades docentes). Como registro de
constatações, análises e reflexões provenientes de observações e de
pesquisas desenvolvidas junto da comunidade, este caderno revelar-se-á
como um instrumento básico de registro da evolução das aprendizagens dos
alunos, que poderão em qualquer momento regressar a esses registros,
refletir sobre o que entretanto foi aprendido desde o momento em que foi
escrito o registro inicial e, mesmo alterar esse registro (completando-o,
alterando-o ou, mesmo, suprimindo-o).
55
movimentos sociais, entrevistas com lideranças dos movimentos, dirigentes das
instituições e comunidade em geral.
Para composição do Caderno do Campo, deste primeiro ano, os itens a serem
observados compreenderão:
I. HISTÓRIA DA COMUNIDADE
1.1. Como surgiu, sua origem
II. ASPECTO FÍSICO
2.1. Localização
2.2. Município mais próximo
2.3. Limites geográficos
2.4. Número de habitantes
III. SERVIÇOS PÚBLICOS
3.1. Rede de água
3.2. Rede de esgoto
3.3. Rede elétrica
3.4. Pavimentação
3.5. Rede de água pluvial
3.6. Coleta de lixo
3.7. Meios de comunicação
3.8. Meios de transportes
3.9 Outros
IV. ASPECTOS POPULACIONAIS
4.1. Origem da população
4.2. Relações de parentesco e vizinhança
V. ASPECTOS ECONÔMICO
5.1. Atividades econômicas (horticultura, produção de leite, entre outros)
Observações:
a. Essas atividades econômicas absorvem mão-de-obra?
b. A quem se destinam as produções?
c. Como são comercializados os produtos?
VI. ASPECTO HABITACIONAL
56
6.1. Tipo de casa (tijolo, adobe, tábua, cimentada, chão batido, cisternas, caixas d’água,
distância entre fossas e cisternas, jardins, hortas, plantações, número de cômodos)
VII. ASPECTO EDUCACIONAL
7.1. Número, nome e localização das escolas.
VIII. ASPECTOS DE SAÚDE
8.1. Serviços de saúde
8.2. Número, nome, localização de hospitais, consultórios, postos, centros de saúde
8.3. Natureza jurídica (pública, particular, conveniada, ONG)
8.4. Programas e serviços (médico, odontológico, de vacinação, entre outros)
8.5. Condições de funcionamento
8.6. Público que atende
8.7. Problemas – dificuldades
8.8. Condições de saúde da população (doenças mais comuns, participação da
população em campanhas, índice de mortalidade infantil, índice de mortalidade
infantil.)
IX. ASPECTOS DE SEGURANÇA
9.1. Distrito policial, delegacias
9.2. Serviço de policiamento
9.3. Problemas de violência e insegurança da população
X. ASPECTO SÓCIO – CULTURAL
10.1. Instituições existentes: Centro Comunitário, Associação, Sindicato, Clube
recreativo, entre outros
10.2. Locais e tipos de lazer para recreação de crianças, jovens e adultos
10.3. Usos ou costumes: festas que celebram, jornais que leem, rádios que ouvem,
programas de TV, temas mais conversados, entre outros
10.4 Valores crenças
10.5. Aspirações, expectativas da população
XI. ASPECTOS RELIGIOSOS
11.1. Religião – tipos
11.2. Número, nome e localização das igrejas
11.3. Festas, manifestações religiosas, formas de religiosidade
11.4. Grupos de caráter religioso (jovens, casais, vicentinos, comunidade de base, entre
outros)
57
11.5. Formas de atuação das Igrejas na comunidade (bairro) (através de missas, cultos,
novenas, encontros, grupos, entre outros)
11.6. Influências das igrejas, padres, pastores, curandeiros, pai de santo
XII. ASPECTO POLÍTICO
12.1 Tendência política e eleitoral
12.2. Forma de manifestação política da população: como percebem o Estado,
especificamente o poder executivo (prefeito, presidente), legislativo, judiciário
12.3. Formas de organização: movimentos sociais, partidos políticos, comitê, cabos
eleitorais, candidatos da comunidade (bairro), Associação, Sindicatos, outros
movimentos (grupos de mulheres, jovens, posseiros, entre outros)
12.4 Lideranças (políticas partidárias, religiosas, dos movimentos, entre outros)
12.5. Atividades, lutas, reivindicações, formas de encaminhamento dos diversos
movimentos
12.6. Relação dos movimentos entre si, com a população, com estado, com instituições,
com políticos, entre outros
12.7 Participação de agentes externos (políticos, religiosos, estagiários, estudantes,
Universidade, entre outros)
12.8 Características dos movimentos (reivindicatórios, politizados, representativos,
atrelados ao Estado ou políticos, entre outros)
58
TABELA 3 – Carga horária para o desenvolvimento de tarefas e trabalhos, estágios e
TCC no TC – área de habilitação em Matemática
Carga Horária
1° Ano do curso Constituição do Caderno do Campo 225 horas-aula
(1º e 2º semestre) para mapeamento e diagnóstico das
comunidades
2° Ano do curso Continuação do Caderno do Campo 255 horas-aula
(3º e 4º semestre) para mapeamento e diagnóstico das
Escolas do Campo.
3° Ano do curso Tarefas e trabalhos de ensino e 455 horas-aula
(5º e 6º semestre) pesquisa a desenvolver nas
disciplinas dos núcleos de formação
e específico e estágios curriculares
4° Ano do curso TCC, estágios curriculares e Tarefas 530 horas-aula
(7º e 8º semestre) e trabalhos de ensino e pesquisa a
desenvolver nas disciplinas dos
núcleos de formação e específico
59
desenvolver nas disciplinas dos
núcleos de formação e específico
4.3. Na Pesquisa
64
cursos. O trabalho interdisciplinar a partir dos componentes curriculares constituirá um
espaço para a formação de grupos de estudos e pesquisas, a fim de criar um ambiente de
fomento às iniciativas, aos estudos e às atividades científicas em diferentes áreas do
conhecimento.
Também intenciona que o impacto das pesquisas fomente transformações na
Educação Básica do campo e que os resultados sejam utilizados por outros licenciandos
das áreas de Ciências da Natureza e Matemática, estudantes e professores das escolas de
Uberaba e região. Mais especificamente, pretende-se que a pesquisa se concretize na:
e) criação de materiais e objetos de aprendizagem para a Educação Básica que
possam ser disponibilizados para a comunidade interna e externa à universidade;
f) produção de um acervo digital e físico das produções do projeto a ser
disponibilizado para professores em exercício e em formação inicial;
g) promoção de reflexão sobre os currículos dos cursos de licenciatura e da
Educação Básica, visando à transformação e inovação curricular;
h) criação e disponibilização de instrumentos de diagnóstico e avaliação de ensino-
aprendizagem das ações desenvolvidas: no tempo-comunidade, das ações e
objetos desenvolvidos na Educação Básica, das atividades desenvolvidas em
cada núcleo, das atividades de colaboração, dentre outras;
i) fortalecimento e promoção de colaborações com outros projetos, como
Prodocência9, PIBID10 e PET11, buscando contribuir para a formação inicial de
professores e ampliar a influência do projeto na Educação Básica.
Atualmente, dois projetos de pesquisa foram submetidos pelo corpo docente e
contemplam inclusão digital e saberes do campo (ambos no âmbito do Edital 17/2014,
da Fapemig), além a participação da UFTM no Prodocência e Renaform12.
Um dos pilares da proposta é que o futuro professor tenha condição suficiente
para conhecer a pesquisa científica, participar de diferentes grupos, desenvolvendo
pesquisas individuais ou não, tendo como norte o seu processo de formação como
9
O Programa de Consolidação das Licenciaturas é uma ação da Capes, cuja finalidade é o fomento à
inovação e à elevação da qualidade dos cursos de formação para o magistério da Educação Básica, na
perspectiva de valorização da carreira docente.
10
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência.
11
Programa Especial de Treinamento.
12
A Renaform (Rede Nacional de Formação Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação
Básica Pública), instituída pela Portaria MEC nº 1.328, de 23 de setembro de 2011, tem por finalidade
apoiar as ações de formação continuada de profissionais do magistério da educação básica, agindo em
atendimento às demandas de formação continuada formuladas nos planos estratégicos de que tratam os
artigos 4º, 5º, e 6º do Decreto n° 6.755, de 29 de janeiro de 2009.
65
professor de Ciências da Natureza ou da Matemática. A iniciação científica é uma
proposta que visa justamente propiciar essa imersão do licenciando no universo da
pesquisa, dando-lhe condições para elaborar questões para as suas investigações, bem
como oferecendo suporte adequado durante todo o processo de planejamento,
desenvolvimento e divulgação científica.
O Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFTM deve ser estruturado
no sentido de incentivar e viabilizar que os docentes possam pesquisar e publicar os
resultados de suas pesquisas, bem como de suas práticas de ensino e projetos de
extensão à comunidade. Para o licenciando deve ficar clara a importância da veiculação
científica desde os primeiros semestres do curso.
O curso pretende, ainda, no que diz respeito à pós-graduação, contribuir para a
expansão do Programa de Mestrado em Educação, por meio do incremento no corpo
docente, além da sistematização das pesquisas realizadas, em desenvolvimento e
também vindouras. Embora se considere que a pós-graduação no Brasil é um
empreendimento recente, tardio na história do nosso sistema educacional, há que se
pontuar que é uma das formas mais bem-sucedidas de formação de pesquisadores e
também de docentes em nível superior.
Por fim, há de se destacar que a pesquisa aqui não é entendida apenas como uma
atividade solitária e presa a laboratórios ou centros de investigação, como apregoado na
tradição do modelo cientista, mas que também é ação, é atuação e deve seguir o mesmo
compromisso com a comunidade e com o conhecimento, assim como as atividades de
ensino e extensão.
Desse modo, contribuímos para a formação de pesquisadores críticos e capazes
de desenvolverem trabalhos inovadores e que contribuam para a transformação social e
para o ininterrupto diálogo que se deve estabelecer com a sociedade e a produção do
conhecimento científico.
O processo de formação acadêmica da Licenciatura em Educação do Campo será
realizado tomando como ponto de partida o estudo dos elementos que compõem a
memória, saberes, valores, costumes e práticas sociais e produtivas dos sujeitos do
campo e da agricultura familiar. Ademais, busca-se a prática da pesquisa nos diferentes
componentes curriculares tendo em vista fomentar a análise e compreensão acadêmica
interdisciplinar, característicos de um curso dessa natureza. Uma das justificativas para
a interdisciplinaridade, nesse contexto, reside no conhecimento da realidade em uma
perspectiva relacional. Este trabalho pode ser desenvolvido por meio da pesquisa e
66
problematização da realidade sócio-educacional, para que assim se estabeleça o diálogo
entre os componentes curriculares desenhados na matriz curricular do curso.
4.4. Na Extensão
67
Desse modo, o Curso de Licenciatura em Educação do Campo propiciará o
desenvolvimento sistemático de atividades direcionadas tanto à comunidade acadêmica
quanto à comunidade em geral por meio de:
a) ações de planejamento e acompanhamento das atividades de docência,
coordenação, supervisão, coleta de dados e educação continuada dos
docentes;
b) participação e promoção de seminários, encontros, fóruns, minicursos,
congressos, dentre outros eventos, na área de Educação do Campo;
c) realização de cursos e de oficinas para a comunidade acadêmica da UFTM e
comunidade externa, com vistas a estabelecer ações de responsabilidade
social, em parceria com os demais cursos da UFTM;
d) criação e elaboração de roteiros para programas educativos a serem
veiculados na Rádio e na TV Universitária, e em ambientes virtuais;
e) produção de instrumento de comunicação próprio e produção de conteúdo
(publicações de periódicos, materiais didáticos, dentre outros) para contribuir
com a divulgação do conhecimento produzido no âmbito da universidade;
f) desenvolvimento de projetos de formação docente para os professores das
escolas públicas, especialmente as do campo, e privadas;
g) prestação de serviços de assessoria à comunidade escolar na área educacional,
preferencialmente na questão da formação continuada de professores.
Ações dessa natureza podem apresentar os seguintes produtos: materiais
didáticos e objetos de aprendizagem para serem utilizados na Educação Básica do
campo, em especial nos Ensinos Fundamental II e Médio, instrumentos de diagnóstico e
avaliação de ensino-aprendizagem das ações desenvolvidas e acervos digitais e físicos a
serem disponibilizados para professores em exercício e em formação inicial além de site
para postagem das atividades desenvolvidas e produções bibliográficas.
Dessa forma, as atividades de extensão desenvolvidas pelo Curso de
Licenciatura em Educação do Campo da UFTM deverão ser pautadas na consideração
de que não existe aquele que domina um conhecimento em detrimento daquele que
precisa recebê-lo. Há, por outro lado, diferentes saberes, diferentes manejos, diferentes
práticas que precisam entrar em diálogo, com vistas à promoção de aspectos desejáveis
ao tripé. Um exemplo disso são as práticas que envolvem o atendimento às
comunidades. Nessas ocasiões, não apenas a universidade está oferecendo um
conhecimento desenvolvido por ela, como a comunidade está oportunizando que esses
68
conhecimentos sejam colocados em prática. Similarmente, os conhecimentos da
comunidade podem e devem enriquecer e fomentar as práticas desenvolvidas na
Universidade, quer seja apresentando novas demandas, quer seja levantando
questionamentos ou promovendo práticas mais adequadas.
69
5. ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA DO CURSO
72
II. zelar pela integração curricular interdisciplinar entre as diferentes atividades de
ensino constantes no currículo;
III. indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão,
oriundas de necessidades da graduação, de exigências do mercado de trabalho e
afinadas com as políticas públicas relativas à área de conhecimento do curso;
IV. zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de
Graduação.
Outras atribuições definidas pelo curso, que constarão em Regulamento Interno
do NDE:
I. acompanhar, atualizar, articular e adequar o PPC de acordo com a Comissão Própria
de Avaliação (CPA), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
(SINAES), o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE), o Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI), o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e as
demandas do mercado de trabalho;
VI. encaminhar, ao Colegiado de Curso, propostas de reestruturação curricular para
aprovação;
VII. promover a articulação e integração dos conteúdos curriculares tanto no plano
horizontal como vertical, visando a garantir a qualidade didático-pedagógica e a
interdisciplinaridade;
VIII. analisar o desempenho docente e oferecer formação pedagógica continuada de
acordo com as dificuldades detectadas e as modernas metodologias de ensino;
IX. acompanhar as atividades do corpo docente, recomendando ao Colegiado de Curso a
indicação ou substituição de docentes quando necessário;
X. emitir relatório quadrimestral dirigido ao Colegiado do Curso.
XI. supervisionar, analisar e atualizar a avaliação do processo de ensino-aprendizagem;
XII. analisar e avaliar os Planos de Ensino das disciplinas do curso, adequando-os ao
PPC.
Assim, o Núcleo Docente Estruturante é um órgão com função consultiva,
propositiva e de assessoramento sobre matéria de natureza acadêmica e integra a
estrutura de gestão acadêmica do Curso de Licenciatura em Educação do Campo.
73
5.4. Corpo Docente
74
XIV. reportar-se, independente da lotação, ao Núcleo Didático-Científico de referência,
ao coordenador de Curso, projeto, área ou atividade para o qual tenham sido
designados;
XV. exercer demais atribuições de natureza didática, pedagógica, técnica, científica,
cultural e de gestão a si consignadas.
Considerando o desenho curricular diferenciado que busca promover integração
e propiciar interdisciplinaridade, o perfil do docente para desenvolver o trabalho nos
componentes curriculares é o de um professor com ampla visão, tanto de conhecimentos
específicos quanto da prática pedagógica. O profissional deverá também ser competente
para trabalhar em equipe, desenvolvendo habilidades para concretizar um trabalho
coletivo no curso com a integração necessária entre pesquisa, ensino e extensão.
Deverá, ainda, ter atitude de um docente aprendiz.
Nesse sentido, o Núcleo de Desenvolvimento Educacional (NuDE), setor ligado
à Pró-Reitoria de Ensino, estará em articulação com o corpo docente do Curso de
Licenciatura em Educação do Campo, implementando programas permanentes de
desenvolvimento pessoal e profissional, com o objetivo de colaborar com o perfil de
professor aprendiz que é um dos princípios desta proposta pedagógica.
É importante destacar a necessidade de investir na formação dos docentes e
técnicos administrativos que serão responsáveis pela concretização desta proposta, pois
sabemos que o trabalho do docente representa uma atividade profissional complexa e de
alto nível, que exige conhecimentos e competências em vários campos: cultura geral e
conhecimentos disciplinares; psicopedagogia e didática; conhecimento dos alunos, de
seu ambiente familiar e sociocultural; conhecimento das dificuldades de aprendizagem,
do sistema escolar e de suas finalidades; conhecimento das diversas matérias do
programa, das novas tecnologias da comunicação e da informação; habilidade na gestão
de classe e nas relações humanas, etc.
Essa atividade profissional necessita também de aptidões e atitudes próprias para
facilitar a aprendizagem dos alunos: respeito; habilidades de comunicação; capacidade
de empatia; espírito de abertura para as diferentes culturas e minorias; habilidade para
colaborar com os pais e outros atores escolares; assim também como uma boa dose de
autonomia e o exercício de um julgamento profissional respeitoso tanto das
necessidades dos alunos quanto das exigências da vida escolar e social. Em resumo, o
ensino se tornou um trabalho especializado e complexo, uma atividade rigorosa que
exige, daqueles e daquelas que a exercem, um verdadeiro profissionalismo.
75
Em outras palavras, para ensinar o docente necessita mobilizar diversos saberes
que são imprescindíveis para uma prática pedagógica eficaz. O processo de docência
exige um professor que consiga, habilmente, conciliar o conhecimento específico de sua
área de atuação com o domínio dos saberes pedagógicos, bem como com a consciência
de seu papel como sujeito social, responsável também pela construção de sua
experiência.
76
TABELA 5 – Docentes do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFTM
Situação
Nome Formação inicial Titulação Regime de Trabalho Departamento
funcional
Licenciatura em
Ana Paula Bossler Doutora em Educação Dedicação Exclusiva Adjunto II Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Ciências Biológicas
Licenciatura em
Daniel Fernando Ciências Exatas – Doutor em Educação
Dedicação Exclusiva Adjunto I Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Bovolenta Ovigli habilitação em para a Ciência
Matemática
Licenciatura em
Daniervelin Renata
Letras – Português/ Doutora em Letras Dedicação Exclusiva Adjunto I Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Marques Pereira
Francês
Pedro Jorge Zany Doutor em Gestão da
Pampulim Martins Psicologia Aplicada Informação (Ciências Dedicação Exclusiva Adjunto I Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Caldeira da Informação
Licenciatura e
Juliano Soares Mestre em Ensino de
Bacharelato em Dedicação Exclusiva Auxiliar Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Pinheiro Química
Química
Fernando Luís Pereira Licenciatura em Auxiliar
Mestre em Educação Dedicação Exclusiva Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Fernandes Matemática
Licenciatura em Mestre em Ensino de
Verônica Klepka Ciências – Habilitação Ciências e Dedicação Exclusiva Auxiliar Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Biologia Matemática
Tânia Halley Oliveira Licenciatura em Mestre em Educação Auxiliar
Dedicação Exclusiva Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Pinto Biologia em Ciências
Licenciatura em
Danilo Seithi Kato Mestre em Educação Dedicação Exclusiva Auxiliar Educação em Ciências, Matemática e Tecnologias
Biologia
77
5.5. Perfil dos docentes do curso de Licenciatura em Educação do Campo
78
situações pedagógicas que facilmente poderão ser transpostas para as salas de
aula das escolas do campo;
b) envolver a comunidade rural no aprimoramento de ementas e de conteúdos das
disciplinas pelas quais é responsável;
c) dar suporte e acompanhamento aos discentes no Tempo-Comunidade;
d) desenvolver estratégias pedagógicas adaptadas às realidades sociais das
comunidades de pertença dos discentes;
e) desenvolver estratégias pedagógicas adaptadas às circunstâncias individuais e
coletivas dos discentes;
f) para além do ensino, garantir a interlocução com os outros dois pilares do ensino
superior: a pesquisa e a extensão;
g) garantir a articulação entre discentes/universidade/comunidade nos Tempos-
Escola e, principalmente, nos Tempos-Comunidades;
h) conceber e implementar projetos de pesquisa relacionados às realidades do
mundo rural local na(s) sua(s) área(s) de especialização (com enfoque alargado e
que deverá ultrapassar o campo estrito da educação);
i) conceber e implementar projetos de extensão relacionados à realidade do mundo
rural, com especial enfoque no campo da educação, estabelecendo parcerias com
as comunidades escolares rurais;
j) usar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para dar suporte e
acompanhamento aos discentes, quando estes se encontram nos Tempos
Comunidade, mas estar preparado para usar outras estratégias de comunicação
caso as TIC não se revelem apropriadas às circunstâncias das comunidades
rurais e/ou dos discentes (usar o correio terrestre ou fazer reuniões presenciais
locais, por exemplo);
k) usar a imaginação e a criatividade na resolução dos problemas de ordem prática,
técnica e metodológica que possam surgir nos Tempos-Escola e nos Tempos-
Comunidade, servindo de exemplo aos discentes e preparando-os também para
usar a imaginação e a criatividade na resolução dos problemas da mesma ordem
com que irão se deparar no futuro.
79
5.6. Atenção aos Discentes
81
b) minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e
conclusão da educação superior;
c) reduzir as taxas de retenção e evasão;
d) contribuir para a promoção da inclusão social pela educação.
Além das áreas estratégias definidas já na Portaria Normativa n.º 39, de 12 de
dezembro de 2007, o Decreto acresceu o acesso, participação e aprendizagem de
estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades e
superdotação (Art. 3º, §1º).
O Decreto reconhece, pois, as transformações pelas quais tem passado as IFES e
consolida a concepção da relação profunda entre as condições socioeconômicas dos
acadêmicos com a conclusão de uma graduação de qualidade. Acena para a diversidade
presente em nosso país e para a importância de se captar as singularidades de cada
IFES. Assim, há que se construir a assistência estudantil na sinergia entre a autonomia
das universidades e as singularidades regionais e dos acadêmicos.
A Resolução n.º 002 de 2008 foi revista pelo Conselho Universitário da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro e a Resolução n.º 002 de 14 de abril foi
aprovada. Nela se consolidam os princípios da assistência estudantil e são definidas
quatro modalidades de auxílios: auxílio alimentação, auxílio transporte, auxílio moradia
e auxílio permanência. No final de 2012, a UFTM atendeu 453 alunos com auxílio
alimentação, 235 alunos com auxílio transporte, 137 com auxílio moradia e 03 com
transporte intermunicipal. Em 2013 foi implantado o auxílio permanência cujo objetivo
é contribuir com a permanência e a conclusão de cursos de graduação por estudantes
regulares da UFTM, na perspectiva da formação integral, produção e difusão de
conhecimento e melhoria do desempenho estudantil, da qualidade de vida e do bem-
estar social.
A metodologia aplicada pelo Núcleo de Assistência Estudantil para a
concessão dos auxílios pode ser assim sintetizada:
a) publicação dos editais do processo de seleção no sítio institucional e nos murais;
b) acolhida das inscrições dos alunos;
c) avaliação socioeconômica pelos profissionais do serviço social;
d) divulgação dos resultados e prazo para recursos;
e) assinatura dos termos de compromisso pelos alunos;
f) acompanhamento mensal do processo de pagamento dos auxílios com
observação atenta dos alunos em situação de trancamento de matrícula.
82
Além da oferta e acompanhamento dos auxílios para os alunos em comprovada
situação de vulnerabilidade socioeconômica, o NAE oferece atenção à saúde por meio
de equipe multiprofissional composta por: psicóloga, enfermeira, fisioterapeuta e
médica. Visa acolher as demandas dos alunos, contribuir para o acesso ao sistema único
de saúde e, de modo específico, ofertar ações de promoção de saúde. Dentre as ações
desenvolvidas pelo NAE atualmente, destacam-se os seguintes projetos: Rodas de
Terapia Comunitária; Grupo de Apoio, Interação e Convivência (Gaico); Semanas
Temáticas de Saúde do Universitário; Grupo de Gestantes; Espaço Conviver e NAE na
sala de aula. Além disso, oferece suporte em saúde ocupacional para os alunos em
estágio obrigatório e acompanhamento dos alunos em afastamento de saúde para que
tenham acesso ao acompanhamento pedagógico em seus respectivos cursos.
Os objetivos do NAE em relação à atenção à saúde são:
a) acolher as demandas dos alunos por atendimento médico, psicológico,
fisioterápico e de enfermagem;
b) sistematizar o acompanhamento dos alunos em relação ao esquema vacinal;
c) oportunizar orientações para acesso ao Sistema Único de Saúde no município de
Uberaba;
d) orientar os alunos quanto aos procedimentos referentes à prevenção de acidentes
ocupacionais durante os estágios obrigatórios;
e) acompanhar os alunos em afastamento médico, homologar os atestados de saúde
e contribuir para o acompanhamento pedagógico pelos professores e
coordenadores de curso.
Está em fase de estruturação o Núcleo de Acessibilidade da UFTM cujo objetivo
é atender aos alunos com deficiência garantindo acesso aos equipamentos e materiais
necessários ao processo ensino-aprendizagem. No momento, a PROACE dispõe de
técnica em assuntos educacionais para a digitalização dos textos para alunos com
deficiência visual e duas intérpretes de Libras para os alunos com surdez. Na sala de
multimeios da Biblioteca Frei Eugênio o Núcleo de Acessibilidade disponibiliza lupa
eletrônica para os alunos com baixa visão e leitor autônomo. Destaca-se também o
Programa de Assessoria e Orientação aos Alunos com Necessidades Especiais
(PAOANEE) elaborado pela Fisioterapeuta do NAE que conta com a participação da
Pedagoga do setor. O Programa congrega ações de orientação aos docentes, avaliação,
assessoria e acompanhamento dos alunos com necessidades educacionais especiais da
UFTM e está organizado do seguinte modo:
83
a) identificação dos alunos no momento da matrícula;
b) acolhida individual com entrevista para caracterização das necessidades;
c) construção de planos terapêuticos e de acompanhamento das necessidades dos
alunos;
d) acompanhamento sistemático dos alunos, oferta de digitalização dos textos para
os alunos com deficiência visual, tradução e intérprete de libras para os surdos
em sala de aula e em eventos, quando requerido.
Em parceria com a Pró-Reitoria de Ensino, a Proace conduziu a experiência de
Monitoria Inclusiva voltada ao atendimento dos alunos inseridos no Programa de
Assessoria e Orientação aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. Além
do acompanhamento realizado pelos docentes responsáveis pelas disciplinas/unidades
temáticas, os monitores contaram com o suporte das servidoras envolvidas no Programa
de Assessoria e Orientação aos Alunos com Necessidades Especiais.
No âmbito do curso de Licenciatura em Educação do Campo, pretende-se que seja
feito um acompanhamento permanente dos discentes do curso, tanto do ponto de vista
pedagógico quanto do ponto de vista biopsicossocial. Para realizar esse trabalho, serão
definidas, de forma colegiada, as ações e os responsáveis para que sejam diagnosticadas
as necessidades, definidas as intervenções na forma de parcerias e encaminhadas para o
Núcleo de Apoio ao Estudante, caso necessário.
Além do trabalho a ser desenvolvido no Núcleo de Atenção ao Estudante
pretende-se viabilizar ações/projetos/programas/cursos extraclasse com o objetivo de
atender as carências educacionais dos discentes ingressantes, de forma a possibilitar um
melhor rendimento deles nas atividades de graduação.
Os discentes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo também possuem
livre acesso à Coordenação do Curso e à Secretaria do Instituto para tirarem suas
dúvidas. Todas as informações referentes à sua vida acadêmica são apresentadas na área
restrita do site da UFTM. Informações também são disponibilizadas via e-mail para
todos os alunos e também no mural do Instituto, bem como em outros murais da UFTM.
84
6. CONCEPÇÃO DO CURSO
6.1.1. Geral
6.1.2. Específicos
85
Campo da região Sudeste, UFMG – 15 e 16 de julho de 2014), o perfil dos ingressantes
no Curso de Licenciatura em Educação do Campo seguirá as seguintes prioridades:
a) Categoria 1 – educadores e professores que atuem ou tenham atuado em processos
educativos (formais, não formais e informais) rurais e do campo e jovens e adultos
que vivam ou trabalhem no campo (seguindo os critérios definidos pelo IBGE e / ou
pelo MEC) – nessa definição de campo estão incluídas as seguintes populações:
quilombolas, indígenas, ligadas aos movimentos sociais (rurais e urbanos),
extrativistas, ribeirinhas e caiçaras;
b) Categoria 2 – educadores e professores que atuem ou tenham atuado em processos
educativos (formais, não formais e informais) urbanos e jovens e adultos sem
ligação ao campo.
Assim, para cada prioridade estão definidos dois perfis de acesso e as vagas em
cada prioridade serão distribuídas de forma equitativa entre os dois perfis (60% das
vagas para educadores e professores e 40% das vagas para público jovem e adulto).
Só serão aceitos candidatos da categoria 2 se houver vagas remanescentes da
categoria 1. O objetivo é não deixar vagas ociosas.
Assim, e para os próximos processos seletivos, estarão destinadas 72 vagas (60%
de 120 vagas) para educadores e professores e 48 vagas para jovens e adultos (40% de
120 vagas), respeitando-se em cada perfil as vagas destinadas às cotas definidas
legalmente.
O ingresso no Curso de Licenciatura em Educação do Campo só poderá efetivar-
se se o candidato aprovado no processo seletivo possuir o ensino médio completo
(independentemente do tipo de certificação apresentada pelo candidato: Certificado de
conclusão do Ensino Médio, Certificação de ENEM ou equivalente).
86
social, cultural, político, econômico, de gênero, geração e classe, assim como contribuir
com essa população no processo de sistematização, articulação e potencialização dos
seus saberes, a partir do diálogo com os saberes acadêmicos.
Assim, o licenciado em Educação do Campo é um profissional da educação,
habilitado para o trabalho educativo multidisciplinar em áreas de conhecimento das
Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química) ou Matemática.
Ao longo dos quatro anos da formação docente, o licenciando em Educação do
Campo terá contato com conhecimentos das áreas de Ciências Humanas e Linguagens e
Códigos, com aprofundamento em Ciências da Natureza ou Matemática (conforme a
habilitação escolhida), voltados à docência para os anos finais do Ensino Fundamental e
Ensino Médio da Educação Básica. Para tanto, vivenciará processos formativos
pautados nas inovações tecnológicas, pedagógicas, culturais, políticas de base crítica
permitindo-lhe a construção de perfil pedagógico-científico capaz de:
a) exercer docência multidisciplinar na área das Ciências Natureza ou da Matemática;
b) criar estratégias de produção do conhecimento apropriadas para interferir na
realidade agrária local, regional e nacional em favor dos povos do campo;
c) gerir processos educativos escolares e comunitários, considerando a complexidade e
diversidade do campo, suas escolas, seus sujeitos, tempos e espaços;
d) ser capaz de considerar a diversidade do campo do ponto de vista das relações de
gênero, sexualidade, geração, questões étnico-raciais e pessoas com necessidades
educacionais especiais.
Igualmente, o licenciado em Educação do Campo será capaz de considerar a
diversidade das experiências educacionais e de desenvolvimento territorial agrário que
vêm sendo desenvolvidas de forma inovadora por movimentos sociais, organizações
não governamentais, instituições públicas, associação de agricultores familiares, entre
outros segmentos.
87
Docência na Educação Básica:
88
Competências referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da
sociedade democrática
89
Competências referentes ao domínio dos conteúdos de natureza científico-cultural
a serem socializados, aos seus significados em diferentes contextos e sua
articulação interdisciplinar
91
Os ingressantes do Curso de Licenciatura em Educação do Campo frequentam o
Ciclo Comum e, ao final do 2º semestre, escolhem uma área de habilitação, a partir de
uma classificação de acordo com a média das notas de disciplinas do Ciclo Comum.
Cada área de habilitação oferecerá 50% das vagas de ingresso, sendo que, para
escolher a área de habilitação, os licenciandos serão classificados pela maior média
aritmética das notas obtidas no primeiro e segundo semestres.
Serão seguidos como critérios de desempate das médias:
I - aprovação em maior número de disciplinas;
II - média aritmética de todas as disciplinas,
III - maior média aritmética nas disciplinas específicas (habilitação na área de
Ciências da Natureza: “Saúde, Sexo e Reprodução”; habilitação na área de Matemática:
“Campos Numéricos” e “Funções e suas Aplicações no Campo Agrário”).
IV – maioridade,
V - nota no vestibular.
Os licenciandos serão classificados de acordo com o índice de desempenho
discente dos dois primeiros semestres do Ciclo Comum, calculado pela média aritmética
das notas obtidas nas disciplinas adiante mencionadas:
Primeiro semestre:
Leitura e Escrita de Textos
Arte e Cultura Popular
Campos Numéricos
Introdução às Tecnologias Digitais
Educação de Jovens e Adultos
Saúde, Sexo e Reprodução
Seminário Integrador I
Segundo semestre:
Metodologia da Pesquisa Científica e Elaboração de Projetos
Psicologia da Educação e Desenvolvimento
Teorias da Educação
Tecnologias de Informação e Comunicação Aplicadas à Educação
Funções e Suas aplicações no Campo Agrário
Educação do Campo, Diversidade Linguística e Cultural
Seminário Integrador II
92
Para efeito de cálculo do índice de desempenho discente, será atribuída nota zero à
disciplina não cursada ou não aprovada. No caso de disciplinas do Ciclo Comum com
Aproveitamento de Estudos (dispensa de disciplinas a partir de Competências e Saberes
Reconhecidos anteriormente) será considerada a média aritmética das notas obtidas nas
disciplinas cursadas anteriormente ao ingresso na Licenciatura em Educação do Campo.
A distribuição pelas duas áreas de habilitação do curso de Licenciatura em
Educação do Campo será realizada de acordo com o critério de classificação já
mencionado, sendo o licenciando matriculado no curso de sua preferência, desde que
haja vaga.
93
7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A Educação do Campo, como já vimos, conta com respaldo legal para exigir um
tratamento diferenciado e específico. No artigo 28 da Lei Nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional – LDB), ficou estabelecido o direito dos povos do campo
a um sistema de ensino adequado à sua diversidade sociocultural, prevendo-se
adaptações de organização dos tempos escolares, das metodologias de ensino e dos
currículos, tendo atenção às peculiaridades da vida rural e aos interesses dos alunos da
zona rural.
O Parecer do Conselho Nacional da Educação CNE/CEB n.º 36/2001 e a
Resolução CNE/CEB n.º 1/2002 do mesmo Conselho, que institui as Diretrizes
Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, esclarecem como a escola
rural pode se organizar, salvaguardando para as populações do campo uma educação
emancipatória, proporcionando aos povos do campo um novo desenvolvimento.
Nestes documentos legais, há o reconhecimento, por parte do poder público, da
obrigatoriedade da universalização da educação básica e da educação profissional para
as populações do campo, que considere suas peculiaridades para a organização do
trabalho pedagógico, do currículo e dos tempos pedagógicos.
Assim, atentando para o embasamento legal da educação do campo, bem como da
estruturação de cursos de graduação, a UFTM propõe-se a desenvolver uma
Licenciatura em Educação de Campo nas suas duas habilitações, através da organização
de turmas específicas compostas a partir de demandas identificadas pela Instituição e
pelas suas parcerias (secretarias municipais e estaduais de educação), de modo a
favorecer uma formação identitária de turma (ou de comunidade) e a gestão coletiva do
processo pedagógico. Essa forma de organização curricular deverá espelhar-se em
atividades e processos que garantam sistematicamente a relação prática-teoria-prática
vivenciada no próprio ambiente social e cultural de origem dos estudantes, a “práxis
educativa” proposta por Freire (1979).
A organização curricular em regime de alternância entre Tempo-Escola (o tempo
passado na Universidade, equivalente a semestres de cursos regulares) e Tempo-
Comunidade (tempo passado no campo), visa facilitar o acesso e a permanência nesta
Licenciatura de educadores em exercício em escolas de campo, bem como de jovens e
adultos das comunidades rurais, sem que precisem deixar de viver no campo.
94
7.1. Regime de Alternância
95
7.2. Matrizes Curriculares
A carga horária será de 3.360 horas-aula em cada uma das áreas de habilitações
(Ciências da Natureza ou Matemática), distribuídas em 08 (oito) semestres,
integralizando 04 (quatro) anos de curso.
A carga horária total do curso em cada uma das áreas de habilitação será assim
composta:
Área de habilitação em Ciências da Natureza:
a) Núcleo de Estudos Formador = 1.020 horas-aula
b) Núcleo de Estudos Específico = 1.080 horas-aula
c) Núcleo de Estudos Integrador = 1.260 horas-aula
96
7.2.1 MATRIZ CURRICULAR - LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO
CAMPO
Ciclo Comum
1º SEMESTRE
Horas-aula
Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
2º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Metodologia da Pesquisa
Científica e Elaboração de 15 - 15 - 30 2 - 15 15
Projetos
Psicologia da Educação e
30 15 15 - 60 4 - 45 15
Desenvolvimento
Teorias da Educação 30 15 15 - 60 4 - 45 15
Tecnologias de Informação
-
e Comunicação Aplicadas à 15 15 - 15 45 3 30 15
Educação
Educação do Campo,
-
Diversidade Linguística e 15 15 - - 30 2 30 0
Cultural
Funções e suas Aplicações -
45 15 30 - 90 6 60 30
no Campo Agrário
Seminário Integrador II - 30 - - 30 2 - 30 0
Subtotal 150 105 75 15 345 23 - 255 90
97
Área de Habilitação em Ciências da Natureza
3º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Questão Social e Realidade
15 - 15 - 30 2 - 15 15
Local e Regional
Estratégias de Avaliação 15 15 - - 30 2 - 30 0
Sociologia da Educação 15 15 - - 30 2 - 30 0
Ecologia Geral e Estudo do
30 15 15 15 75 5 - 45 30
Meio
Química e Tecnologia do
30 15 15 15 75 5 - 45 30
Cotidiano
Introdução à Física 30 15 15 15 75 5 - 45 30
Seminário Integrador III - 30 - - 30 2 - 30 0
Subtotal 135 105 60 45 345 23 240 105
4º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Mídia e Educação 15 30 15 - 60 4 - 45 15
Espaços Educativos não
15 - 15 - 30 2 - 15 15
Formais e Movimento Rural
Química do Solo, da Água e
30 15 - 15 60 4 - 45 15
da Atmosfera
Zoologia de Invertebrados
30 15 15 15 75 5 - 45 30
no Contexto do Campo
Fundamentos de Mecânica e
Artefatos Tecnológicos do 30 15 - 15 60 4 - 45 15
Campo
Pesquisa e Ensino-
30 15 - 45 90 6 - 45 45
Aprendizagem das Ciências
Seminário Integrador IV 30 - - 30 2 - 30 0
Subtotal 150 120 45 90 405 27 270 135
5º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Educação Ambiental 15 15 - - 30 2 - 30 0
Zoologia de Vertebrados no
30 15 - 15 60 4 - 45 15
Contexto do Campo
Fundamentos de
Termofísica e Vida no 30 15 - 15 60 4 - 45 15
Campo
Química Aplicada aos Seres
30 15 - 15 60 4 - 45 15
Vivos
Máximo de 2
disciplinas dos
Estágio Curricular
15 90 15 - 120 8 1º, 2º, 3º e 4º 5 115
Supervisionado I
semestres não
concluídas
Pesquisa e Ensino- -
30 15 45 90 6 - 45 45
Aprendizagem da Química
Seminário Integrador V 30 - - 30 2 - 30 0
Subtotal 150 195 15 90 450 30 - 245 205
98
6º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Agricultura Familiar e
15 15 - - 30 2 - 30 0
Sustentabilidade Ambiental
Botânica Geral 30 15 15 15 75 5 - 45 30
Energia e Temperatura na
30 15 - 15 60 4 - 45 15
Química
Eletricidade e
Eletromagnetismo no 30 15 - 15 60 4 - 45 15
Contexto do campo
Estágio Curricular Estágio Curricular
15 90 15 - 120 8 Supervisionado I
5 115
Supervisionado II
Pesquisa e Ensino-
30 15 - 45 90 6 - 45 45
Aprendizagem da Física
Seminário Integrador VI - 30 - - 30 2 - 30 0
Subtotal 150 195 30 90 465 31 - 245 220
7º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
História e Filosofia da
15 15 - - 30 2 - 30 0
Educação
Genética e Evolução 30 15 15 15 75 5 - 45 30
Anatomia e Fisiologia
30 15 15 15 75 5 - 45 30
Humana I
Paleontologia 30 15 - 15 60 4 - 45 15
Estágio Curricular Estágio Curricular
15 90 15 - 120 8 Supervisionado II
5 115
Supervisionado III
Pesquisa e Ensino- -
30 15 45 90 6 - 45 45
Aprendizagem da Biologia
Máximo de 2
Trabalho de Conclusão de disciplinas do 1º
15 45 - - 60 4 5 55
Curso I ao 6º semestre
não concluídas
Seminário Integrador VII - 30 - - 30 2 - 30 0
Subtotal 165 240 45 90 540 36 - 250 290
8º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Políticas e Legislação da
15 15 - - 30 2 - 30 0
Educação Brasileira
Educação Inclusiva e
30 30 - - 60 4 - 60 0
Língua Brasileira de Sinais
Anatomia e Fisiologia
30 30 - 15 75 5 - 60 15
Humana II
- Trabalho de
Trabalho de Conclusão de
15 105 - 120 8 Conclusão de 5 115
Curso II
Curso I
Estágio Curricular Estágio Curricular
30 75 15 - 120 8 Supervisionado III
20 100
Supervisionado IV
Seminário Integrador VIII - 30 - - 30 2 - 30 0
Subtotal 120 285 15 15 435 29 - 205 230
99
SÍNTESE DA MATRIZ CURRICULAR
Horas-Aula
Componentes Curriculares Créditos
Teórica / Prática AD APC Total
Componentes Curriculares Gerais 1665 315 480 2460 164
Estágio Curricular Supervisionado 420 60 - 480 32
Trabalho de Conclusão de Curso 180 - - 180 12
Atividades Acadêmico-Científico-Culturais 240 - - 240 16
TOTAL 2505 375 480 3360 224
100
Área de Habilitação em Matemática
3º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Questão Social e Realidade
15 - 15 - 30 2 - 15 15
Local e Regional
- -
Estratégias de Avaliação 15 15 - 30 2 30 0
- -
Sociologia da Educação 15 15 - 30 2 30 0
Informática na Educação -
30 15 15 15 75 5 45 30
Matemática
-
Sistemas Lineares 30 15 15 15 75 5 45 30
-
Introdução à Física 30 15 15 15 75 5 45 30
-
Seminário Integrador III - 30 - - 30 2 30 0
Subtotal 135 105 60 45 345 23 240 105
4º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Mídia e Educação 15 30 15 - 60 4 - 45 15
Espaços Educativos não
15 - 15 - 30 2 - 15 15
Formais e Movimento Rural
Geometria Analítica 45 30 15 15 105 7 - 75 30
Trigonometria e Números
30 15 15 15 75 5 - 45 30
Complexos
Pesquisa e Ensino-
Aprendizagem da 30 15 - 60 105 7 - 45 60
Matemática I
Seminário Integrador IV - 30 30 2 - 30 0
Subtotal 135 120 60 90 405 27 255 150
5º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Educação Ambiental 15 15 - - 30 2 - 30 0
Introdução à Teoria dos
Números
30 15 15 15 75 5 - 45 30
Geometria Plana 45 15 15 15 90 6 - 60 30
Máximo de
duas
Estágio Curricular disciplinas doa
15 90 15 - 120 8 5 115
Supervisionado I 1º, 2º, 3º e 4º
semestres não
concluídas
Pesquisa e Ensino-
Aprendizagem da 30 15 - 60 105 7 - 45 60
Matemática II
Seminário Integrador V - 30 - - 30 2 - 30 0
Subtotal 135 180 45 90 450 30 215 235
101
6º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Agricultura Familiar e
15 15 - - 30 2 - 30 0
Sustentabilidade Ambiental
Geometria Espacial 45 15 15 15 90 6 - 60 30
Polinômios e Princípios de
Contagem
45 15 - 15 75 5 - 60 15
Estágio Curricular Estágio Curricular
15 90 15 - 120 8 Supervisionado I 5 115
Supervisionado II
Pesquisa e Ensino- -
Aprendizagem da 30 15 60 105 7 - 45 60
Matemática III
Seminário Integrador VI - 30 - - 30 2 - 30 0
SubTotal 150 180 30 90 450 30 230 220
7º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
História e Filosofia da
15 15 - - 30 2 30 0
Educação
Cálculo e Funções de uma
45 15 30 15 105 7 60 45
variável
Probabilidade e Estatística 45 15 15 15 90 6 60 30
Estágio
Estágio Curricular Curricular
15 90 15 - 120 8 5 115
Supervisionado III Supervisionad
o II
Pesquisa e Ensino-
Aprendizagem da 30 15 - 60 105 7 - 45 60
Matemática IV
Máximo de 2
disciplinas do
Trabalho de Conclusão de
15 45 - - 60 4 1º ao 6º 15 45
Curso I
semestre não
concluídas
Seminário Integrador VII - 30 - - 30 2 30 0
Subtotal 165 225 60 90 540 36 245 295
8º SEMESTRE
Horas-aula Pré-requisito TE TC
Componente Curricular
Teórica Prática AD APC Total Créditos
Políticas e Legislação da
15 15 - - 30 2 - 30 0
Educação Brasileira
Educação Inclusiva e
30 30 - - 60 4 - 60 0
Língua Brasileira de Sinais
Matemática Financeira
Aplicada ao Contexto do 30 30 15 15 90 6 - 60 30
Campo
- Trabalho de
Trabalho de Conclusão de
15 105 - 120 8 Conclusão de 15 105
Curso II
Curso I
Estágio
Estágio Curricular Curricular
30 75 15 - 120 8 20 100
Supervisionado IV Supervisionad
o III
Seminário Integrador VIII - 30 - - 30 2 - 30 0
SubTotal 120 285 30 15 450 30 215 235
102
Legenda: Núcleo de Estudos Formador Núcleo de Estudos Específico
Núcleo de Estudos Integrador
3º semestre:
Questão Social e Realidade Local e Regional
Estratégias de Avaliação
Sociologia da Educação
Introdução à Física
Seminário Integrador III
4º semestre:
Mídia e Educação
Espaços Educativos não Formais e Movimento Rural
Seminário Integrador IV
5º semestre:
Educação Ambiental
Seminário Integrador V
6º semestre
Agricultura Familiar e Sustentabilidade Ambiental
103
Seminário Integrador VI
7º semestre:
História e Filosofia da Educação Brasileira
Trabalho de Conclusão de Curso I
Seminário Integrador VII
8º semestre:
Educação Inclusiva e Língua Brasileira de Sinais
Políticas e Legislação da Educação Brasileira
Trabalho de Conclusão de Curso II
Seminário Integrador VIII
104
7.3.3. Núcleo de Estudos Integrador
105
do formato do TCC, este será realizado individualmente e deverá ser entregue nos
moldes de um relatório de pesquisa (portfólios reflexivos e artigos, por exemplo). Esses
trabalhos serão redigidos no idioma nacional, de acordo com as normas da ABNT e
socializados mediante apresentação pública à comunidade acadêmica e aos membros da
banca examinadora.
106
presencial; análise da produção científica na área de educação; análise de
fundamentos e práticas de educação ambiental; dentre outras).
O docente deverá registrar as APC no plano de ensino e o acompanhamento dessas
atividades será processual e não classificatório. Não há modelos prévios de relatórios,
propomos uma avaliação mediadora (HOFFMANN, 2000) com o acompanhamento do
processo de construção do conhecimento. Algumas diretrizes sugeridas para o
acompanhamento são: dar oportunidade aos licenciandos para que expressem ideias e
dificuldades; realizar atividades em grupo para que os próprios licenciandos se auxiliem
nas dificuldades, mas garantindo a atenção individual; fazer anotações significativas
para professor e estudante, apontando soluções equivocadas e possibilidades de
aprimoramento e, ainda, tomando decisões nas diferentes etapas do processo, de forma
que o aluno se torne comprometido com sua formação; estimular a criatividade e propor
diferentes ações que propiciem o desenvolvimento humano pleno.
Os critérios de avaliação são: adequação das APC ao processo de formação do
professor educador; cumprimento das atividades planejadas, de modo a contemplar os
pressupostos das APC; atendimento às exigências de carga horária previstas no Projeto
Pedagógico do Curso; elaboração de registros definidos pelo professor orientador.
As APC constituem um elemento obrigatório na formação do licenciando,
prevendo uma abordagem teórico-prática, tornando o fazer pedagógico mais qualitativo,
dinâmico e transformador. Configura-se como uma das condições para o exercício
profissional autônomo, pois oportuniza que, sob a supervisão de um professor
experiente, a sua prática pedagógica torne-se concreta.
As APCs encontram-se organizadas do seguinte modo:
107
a) As APC em disciplinas do 1º semestre (“Arte, Cultura Popular e a Educação
das Relações Étnico-Raciais e Indígenas”, “Educação de Jovens e Adultos”
e “Saúde, Sexo e Reprodução”) estão estruturadas em torno de uma ou
várias temáticas que têm por objetivo o desenvolvimento de trabalhos
reflexivos por parte dos alunos. A temática ou temáticas, que poderão ou
não ser comuns às três disciplinas, a serem desenvolvidas pelos alunos
estarão diretamente relacionadas a problemáticas vivenciadas no campo e no
mundo rural: como a valorização / desvalorização da arte e cultura
desenvolvida pelas populações rurais e do campo, a identidade das
populações rurais e do campo, processos educativos dirigidos a populações
rurais e do campo ou a agricultara biológica de raiz familiar, por exemplo;
b) As APC da disciplina do 2º semestre (“Tecnologias de Informação e
Comunicação Aplicadas à Educação”), deverão ser dirigidas à aplicação em
escolas básicas das comunidades de origem dos alunos das aprendizagens
realizadas no TE: principalmente através de oficinas dirigidas a professores
e ou alunos do ensino básico (como as animações com massinha de modelar
-ou outros materiais-, a engenharia de papel ou a fotografia e cinema, por
exemplo);
c) As APC das disciplinas a partir do 3º semestre deverão ter como objetivo o
desenvolvimento de atividades de caráter didático-pedagógico relacionadas a
uma ou mais temáticas de cada uma das disciplinas como:
- acompanhar o planejamento de uma temática feita por um professor do ensino
básico e sua aplicação em seus processos de ensino;
- fazer o planejamento de uma temática;
- fazer a transposição didática de uma temática;
- construir, desenvolver, adaptar e usar modelos no ensino de temáticas da
disciplina;
- aplicações C T S & A ligadas a temáticas da disciplina;
- conceber, desenvolver, promover e incentivar à participação em feiras de
ciências e matemática;
- usar metáforas e analogias em processos de ensino de temáticas da disciplina;
- desenvolver competências no ensino através da pesquisa de temáticas da
disciplina;
108
- analisar questões sócio-científicas controversas relativas a temáticas da
disciplina;
- desenvolver temáticas em processos de ensino de sala de aula do avesso ...
109
para assumir criticamente a sua profissão, o que implica uma inserção política que
viabilize a contextualização cultural do meio onde o aluno desenvolve o seu
conhecimento prático.
Os momentos do estágio se organizam em atividades curriculares. Ao longo dos
períodos em que o licenciando desenvolverá suas atividades no campo de estágio, ele
contará com uma carga horária de 120 h/a semestrais, totalizando 480 h/a. Pensando o
estágio supervisionado como forma de troca de experiências, de serviços, de
possibilidades entre os diferentes atores que trabalham com a formação docente na
Universidade e também entre esta e as demais instituições que se constituirão em campo
de estágio, para viabilizar esta proposta, buscaremos:
a) um trabalho coletivo, partilhado entre os professores orientadores dos cursos
de licenciatura da Universidade, por meio do Núcleo de Estudos e Análises
do Estágio Curricular (NEA) e destes com os professores supervisores de
estágio;
b) a formação de um grupo de estudos e pesquisa sobre os estágios das
licenciaturas;
c) projetos e atividades interdisciplinares, envolvendo o estágio e as disciplinas
do curso, num diálogo permanente entre os professores orientadores de
estágio e os demais professores, por meio de um planejamento partilhado e
encontros periódicos, considerando que o estágio é o elemento fundamental
de acompanhamento e avaliação dos cursos que a Universidade está
oferecendo;
d) um trabalho de equipe, envolvendo os docentes da Universidade, os
estagiários e os professores e/ou colaboradores das instituições campo de
estágio, trabalho esse que poderá se constituir em formação continuada
desses profissionais.
Os Estágios Curriculares Supervisionados serão realizados em Instituições
Educacionais do Sistema Municipal, Estadual e Particular de Ensino, ressaltando que,
no V semestre, o estagiário, irá conhecer também os espaços não formais de Educação.
No entanto, caso o licenciando queira, poderá se inserir nessas instituições como
voluntário, a partir do primeiro semestre, sem que isso caracterize uma atividade de
estágio curricular obrigatório.
Além das escolas de Educação Básica do Município de Uberaba e Região, com
as quais serão celebrados convênios para as atividades de estágios curriculares, os
110
estudantes dos cursos de Licenciatura da UFTM poderão realizar parte de seus estágios
em instituições de ensino e educação para pessoas com necessidades educacionais
especiais, por exemplo, no Instituto de Cegos ou na Escola de Surdos ou em escolas de
Educação de Jovens e Adultos.
São critérios de avaliação para a promoção do estágio:
a) cumprir integralmente a carga horária prevista;
b) cumprir 100% das atividades de Estágio em campo, as quais devem constar
do Plano de Estágio, que deverá ser apresentado pelo Supervisor de Estágio
no início de cada semestre;
c) registrar e elaborar um documento final das atividades de Estágio, que poderá
ser: portfólio, pasta de estágio, relatório do estágio, dentre outros, desde que
considere os aspectos dos métodos e técnicas dos trabalhos acadêmicos.
A seguir, descrevemos a organização do Estágio nos diferentes semestres:
111
b) espaços educativos que trabalhem com público com necessidades educativas
especiais, desenvolvendo materiais e estratégias específicas para esses
sujeitos;
c) museus e Centros de Ciências em que sejam desenvolvidas visitas orientadas,
ações educativas e processos formativos específicos para professores;
d) parques e empresas que desenvolvam programas de educação ambiental com
a realização de trilhas pedagógicas;
e) núcleos que desenvolvam práticas de Educação a Distância;
f) espaços que trabalhem com Educação de Jovens e Adultos.
A partir das informações recolhidas durante as visitas e na presença dos
convidados, os licenciandos deverão elaborar um artigo comparando as situações
educativas vivenciadas, procurando destacar os papéis esperados para cada sujeito
envolvido nas cenas educativas. Essa atividade corresponderá às 120 h/a relativas ao
Estágio Curricular Supervisionado I.
112
d) a manifestação de concepções espontâneas durante as aulas, assim como são
acolhidas e trabalhadas pelo professor;
e) o nível de compreensão de leitura e habilidade para a escrita;
f) o número de alunos e faixa etária;
g) se há repetentes e como é a relação destes com o grupo, com o professor e com o
conhecimento;
h) a relação dos alunos e do professor com as perguntas: se as fazem, se são
respondidos etc.;
i) a natureza das perguntas empreendidas durante as aulas;
j) evidências de dificuldades com relação ao conhecimento e ao convívio social;
k) papel que o aprendiz atribui ao professor e a si próprio no processo de
aprendizagem.
De posse dos perfis cognitivos traçados, os licenciandos escolherão em conjunto
com o professor supervisor de estágio o grupo com o qual o estagiário irá trabalhar. O
plano de aula, portanto, será feito sob medida para esses aprendizes, dando continuidade
ao programa de estudos do professor da escola.
Preferencialmente, cada licenciando deverá observar as aulas, em cada um dos
quatro anos do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), para conhecer as particularidades de
desenvolvimento cognitivo nas diversas etapas do processo ensino-aprendizagem,
mantendo um diálogo constante com o professor regente a partir de suas observações.
O planejamento das aulas que serão ministradas envolve leitura básica e
complementar sobre o tema da aula, seleção das estratégias e recursos didáticos, sob
orientação do professor responsável pela disciplina Estágio. O tempo previsto para
organizar os dados e elaborar o Relatório Final do semestre também está contabilizado
na carga horária da disciplina.
114
f) organização do material que será disponibilizado no repositório da Instituição,
em formato impresso e eletrônico.
115
d) participação em palestras, seminários, mesas redondas, congressos,
conferências e outros eventos científicos;
e) atividades de pesquisa científica;
f) trabalhos publicados e outras atividades de cunho acadêmico-científico-
cultural que se articulem com a proposta do curso.
As AACC a serem desenvolvidas pelos discentes de Educação do Campo
poderão ser muito diversificadas e deverão atender às características dos próprios
estudantes. Os licenciandos serão incentivados a desenvolver atividade profissional
vinculada ao curso (aplicando novas metodologias pedagógicas, fazendo saídas de
campo, por exemplo), atividade de pesquisa científica (levantamento de dados
relacionados com as vivências e circunstâncias de vida das pessoas e das comunidades
rurais, por exemplo) e a publicar os resultados dessas atividades (disseminando o
conhecimento adquirido pelas comunidades rural, escolar/educativa e científica, por
exemplo).
A UFTM e o curso de Licenciatura em Educação do Campo irão apresentar,
ainda, propostas na esfera federal, estadual e municipal para o desenvolvimento de
projetos de intervenção na escola (Rede Nacional de Formação Inicial e Continuada dos
Profissionais do Magistério da Educação Básica - Renaform, Programa de Educação
Tutorial - PET ou Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - Pibid), por
exemplo, com bolsas para os estudantes selecionados para os programas e que atuarão
como tutores ou dando suporte a docentes e projetos pedagógicos e de extensão no
âmbito da educação do campo e de escolas rurais.
116
8 METODOLOGIA DE ENSINO E DA APRENDIZAGEM
117
O Curso de Licenciatura em Educação do Campo privilegia a interação dialógica
como base teórica das relações de ensino-aprendizagem. Nessa concepção, os
participantes do processo não fazem somente expressar um pensamento ou transmitir
uma informação, mas trabalham simultaneamente com seus interlocutores. As
linguagens, nesse contexto, são vistas como instrumentos humanísticos, políticos e
sociais de integração do homem no seu contexto.
Sabe-se que é por meio da linguagem que o homem decodifica a realidade e nela
intervém, quer seja transformando-a, quer seja ratificando-a. Nessa perspectiva,
entende-se que sua proposta metodológica reflita essa concepção. Assim, durante todo o
desenvolvimento do curso, espera-se superar a passividade que tende a dominar a sala
de aula numa perspectiva tradicional e buscar nas atividades, estratégias de ensino e
postura docente uma concepção educativa progressista, pautada na interação, na
mediação e principalmente na aprendizagem como elemento sustentador da relação
professor-aluno. O aluno deverá compreender o contexto sócio-histórico em que está
inserido, para fazer parte da construção teórica que fundamentará sua formação
profissional. Desse modo, ele poderá se apresentar com competência própria,
realizando-se como sujeito ativo, crítico e participativo.
Não caberia mais ao aluno acumular passivamente as informações dos
conteúdos, mas de forma crítica e com postura intelectual madura, articular novos
conhecimentos a conhecimentos prévios, dando saltos qualitativos nos seus esquemas
cognitivos e afetivos de inteligência.
Diversificadas metodologias poderiam ser utilizadas a partir desse princípio,
bem como diferentes recursos de ensino. Como exemplos, podemos citar o uso de
técnicas diversificadas de leitura e produção de textos, técnicas de ensino, dinâmicas de
grupo, trabalhos em grupo diversificados. Como recursos de ensino, durante o tempo-
comunidade, destaca-se o uso da plataforma Moodle (Centro de Educação a Distância –
Cead da UFTM). Durante o tempo-escola, busca-se adotar a utilização de TV, vídeo,
DVD, data show, web 2.0, laboratório de informática, laboratórios de Ciências e
Matemáticas, lousa, videoconferências, livros, textos, cartazes, retroprojetor, entre
outros.
A aprendizagem, nesse processo de formação integral, deverá ser orientada pelo
princípio metodológico geral traduzido pela ação-reflexão-ação, que aponta a resolução
de situações-problema como uma das estratégias didáticas de ensino. Ao se considerar a
realidade humana e social atual, caracterizada pelo avanço tecnológico e a informação
118
instantânea, pela globalização e pela abordagem da concepção dialética de educação,
será levada em conta, na metodologia do curso, a relação dialética entre
teoria/prática/teoria, contemplando, ao longo do curso:
a) a inclusão das dimensões éticas e humanísticas, desenvolvendo no aluno
atitudes e valores orientados para a cidadania;
b) um “fazer” sustentado por um “dizer” e vice-versa;
c) um modelo interdisciplinar com integração dos conteúdos teóricos e práticos,
através da observação e intervenção na realidade.
d) utilização de práticas e de recursos de ensino que estimulem maior
envolvimento dos alunos e professores com o objetivo de estudo;
d) a utilização de metodologias que privilegiem a participação ativa do aluno na
construção do conhecimento e a integração dos conteúdos, além de estimular
a interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão;
e) a busca de um novo paradigma de intervenção pedagógica fundamentado na
perspectiva da educação continuada, do registro das ações docentes, da
pesquisa, da inventividade, da compreensão da dimensão social e da
formação do ser humano para o exercício da cidadania.
Para que essa metodologia possa ser efetivada, os professores buscam se
aperfeiçoar por meio de cursos de capacitação promovidos em parceria com o Núcleo
de Desenvolvimento Educacional (NuDE) e também por outras instituições, a fim de se
contribuir para as habilidades didático-pedagógicas dos docentes, assim como para
trabalhar a relação professor-aluno.
No Curso de Licenciatura em Educação do Campo, o aluno deve desenvolver
habilidades para analisar, descrever e explicar os fenômenos de estudo não de forma
empírica, mas com competência teórica e reflexão crítica, fundamentados teórica e
metodologicamente.
Segundo o Parecer CNE/CP n.º 9/2001, a perspectiva metodológica deve propiciar
situações de aprendizagem focadas em situações-problema ou no desenvolvimento de
projetos que possibilitem a interação dos diferentes conhecimentos, que podem estar
organizados em áreas ou disciplinas, conforme o desenho curricular. Nesse sentido, as
situações escolares de ensino e aprendizagem, nesta proposta, são situações
comunicativas, das quais os alunos e professores coparticipam, concorrendo com
influência igualmente decisiva para o êxito do processo.
119
Sobre o uso de novas metodologias, acreditamos que elas devem ser
implementadas na perspectiva de que ensinar só é relevante se resultar em
aprendizagem. Com esse ponto de vista, o aluno passa a ser o foco central da ação
educativa, elevando a qualidade do processo educacional.
Outro aspecto importante na situação de aprendizagem é o apoio ao aluno dado
pela UFTM em relação à alimentação e ao transporte, bem como o apoio psicossocial
por meio do Núcleo de Atendimento ao Estudante (NAE). Além disso, é preciso
explicitar que entendemos a avaliação educacional como um dos processos da
aprendizagem, dessa forma, é importante que se ressalte como ela é entendida e
operacionalizada no Curso de Licenciatura em Educação do Campo e de acordo com o
Projeto Político Pedagógico Institucional da UFTM, o que apresentamos no próximo
item.
120
9 SISTEMA DE AVALIAÇÃO
121
e para fundamentar decisões que devem ser tomadas para que os resultados sejam
construídos.
Por compreender que a avaliação da aprendizagem é um mecanismo subsidiário do
planejamento e da execução, ela só faz sentido na medida em que serve para o
diagnóstico da execução e melhoria dos resultados. A avaliação deve ser uma atividade
racionalmente definida a fim de acompanhar o percurso e regular as ações na formação
de professores, cujas ações são marcadas por uma decisão clara e explícita do que se faz
e para onde possivelmente se encaminham os resultados dessa ação.
Entende-se que o ideal é uma perspectiva de avaliação mediadora, calcada no
desenvolvimento máximo possível do educando, levando-se em conta que esse
educando empreendeu esforços para sua parcela de investimento na própria formação,
sem limites preestabelecidos, mas com objetivos claramente delineados.
Conforme explicita o Projeto Pedagógico Institucional da UFTM (2009), a
perspectiva da avaliação pretende, essencialmente, opor-se ao modelo do “transmitir-
verificar-registrar”, já que tem como intuito evoluir no sentido de uma ação reflexiva e
desafiadora do educador com vistas a contribuir, elucidar, favorecer a troca de ideias
entre e com seus alunos, em movimento de superação do saber transmitido rumo a uma
produção de saber enriquecido, construído a partir da compreensão dos fenômenos
estudados.
A adoção da avaliação formativa qualitativa e não classificatória visa propiciar a
abordagem de uma dimensão participativa no processo de avaliação, na qual os alunos,
reconhecidos como partícipes legítimos do processo de ensino-aprendizagem, devem ser
ouvidos em suas expectativas, acolhidos em suas carências, estimulados em sua
curiosidade e incluídos na comunidade investigativa e deliberativa.
Não há como pensar em avaliação sem pensar em coparticipação da comunidade
discente. Nesse enfoque, o educando constrói o seu conhecimento e a avaliação se
apresenta como mediadora entre o saber construído e a reflexão sobre esse saber,
conforme destaca Demo (1999, p. 24): ''a qualidade não se capta observando, mas
vivenciando-a''.
É importante lembrar que essa perspectiva leva em conta que as comunidades no/do
campo possuem uma temporalidade e uma identidade cultural, histórica e
socioeconômica própria para a realidade em que estão mergulhados, mesmo interagindo
direta ou indiretamente com o mundo urbano, o que deve ser considerado na adequação
do processo avaliativo.
122
Sendo assim, a avaliação é concebida como um processo de incentivo aos discentes
para a produção do saber que emerge das atividades de ensino e de aprendizagem,
especialmente no que concerne ao desenvolvimento de competências e à apropriação
dos conhecimentos significativos para sua atuação profissional. Assim, às produções
dos discentes no Tempo Escola e no Tempo Comunidade serão atribuídas notas para
avaliar seu processo de aprendizagem de forma qualitativa e quantitativa, respeitando
sua especificidade.
A avaliação deve ser coerente com os princípios de uma educação que intenta
imprimir um sentido não classificatório, mas cuja prática permita aos educandos,
conforme Hoffmann (2000):
a) momentos para expressar ideias e retomar dificuldades referentes aos conteúdos
introduzidos e desenvolvidos;
b) a realização de tarefas em grupo, de modo que se auxiliem mutuamente nas
dificuldades, mas garantindo o acompanhamento de cada aluno a partir de
tarefas avaliativas individuais em todas as etapas do processo;
c) possibilidade de aprimoramento, a partir de anotações significativas para
professor e aluno, em vez de simplesmente considerar-se o certo ou o errado;
d) a gradação de desafios, a partir de tarefas relacionadas às anteriores, coerentes
com as descobertas e com as dificuldades dos alunos;
e) a compreensão do processo de avaliação como uma tomada de decisão que
substitui a tradicional rotina de atribuir conceitos classificatórios às tarefas,
calculando médias de desempenho final, de forma a torná-los comprometidos
com tal processo.
A avaliação deve ser mediadora, no sentido de movimento, de ação, de reflexão.
Portanto, não há sentido em pontuar participação. Não adianta o aluno frequentar a aula
se ele não aprender. A participação importa na medida em que há aprendizagem.
A Universidade Federal do Triângulo Mineiro entende que, para ser coerente com os
princípios da formação profissional proposta, é necessário implementar uma avaliação
da aprendizagem que se caracterize por ser uma prática humanista/democrática. Nesse
sentido, o processo de avaliação pressupõe uma ação coletiva e consensual,
investigativa e reflexiva, oportunizando professores e alunos a assumir uma postura
cooperativa, crítica e responsável.
Do ponto de vista do pleno desenvolvimento humano, o processo avaliativo a ele
dirigido deve buscar a integração dos conteúdos, vistos como meio e não como fim da
123
aprendizagem. A proposta avaliativa há que se harmonizar com o perfil do egresso e
com suas competências e habilidades.
O processo de avaliação na UFTM, e consequentemente no curso de
Licenciatura em Educação do Campo, vinculado a essa instituição, é visto como mais
importante do que o produto, porque permite ao avaliador refletir sobre sua prática
pedagógica, buscar novas estratégias e recursos, bem como repensar a própria dinâmica.
O avaliado, por sua vez, compromete-se com a aprendizagem de forma mais efetiva,
porque terá a responsabilidade de permanecer em constante processo de estudo.
Impede-se, assim, a divisão dos conhecimentos, pois os pontos serão
cumulativos e alcançados mediante esforço constante de reflexão pela própria busca de
conhecimento. Dessa forma, o professor, mediador do processo, poderá, juntamente
com o aluno, rever os conceitos e selecionar estratégias de recuperação de
aprendizagem ao longo do curso.
O sistema de avaliação formal do licenciando fundamenta-se na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (Lei N° 9.394/19 96), que
determina 75% de frequência às aulas para a aprovação do aluno, e no Regimento da
UFTM, que determina que o aluno que obtiver média 7,0 (sete) durante o semestre
letivo estará dispensado do exame final; aqueles que não estiverem nesse caso, mas
obtiverem a média mínima 4,0 (quatro), poderão realizar o exame, necessitando, para a
aprovação, alcançar a nota final mínima 6,0 (seis). No entanto, como dito acima,
entende-se que a avaliação não deve ficar restrita ao conteúdo teórico nem à realização
das atividades práticas, mas deve ater-se às atitudes que o aluno tem em relação ao
conteúdo e à sua prática, estabelecendo critérios para a avaliação de atitudes, como, por
exemplo: responsabilidade, comprometimento, habilidades e respeito. De forma
complementar, deverá existir também a auto-avaliação do aluno na confecção da nota
total como forma de propiciar que o educando se posicione diante do processo de ensino
e de aprendizagem, estabelecendo o diálogo com o docente acerca da avaliação. Nesse
sentido, a auto-avaliação é, principalmente, um espaço de formação do aluno.
Portanto, é imprescindível que a avaliação esteja a serviço da qualidade do
ensino. Assim, ela deve ser realizada de forma contínua, formativa e como mediadora
do processo de ensino-aprendizagem. Ela deverá se utilizar de modelo interdisciplinar
com integração dos conteúdos teóricos e práticos propostos, por meio da observação e
intervenção na realidade, de práticas e de recursos de ensino que estimulem maior
envolvimento dos alunos e professores com o objetivo de estudo.
124
Dessa forma, constituem-se como elementos básicos para a avaliação do
licenciando:
a) a avaliação deve ocorrer de maneira contínua e progressiva, abrangendo todos os
momentos do curso;
b) a avaliação deve abranger os múltiplos aspectos da aprendizagem e, para além
da aferição de conhecimento, deve considerar atitudes, comportamentos,
compromisso com o trabalho, entre outros pontos.
c) a avaliação será diagnóstica, formativa, permanente, contínua e cumulativa, com
a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
alunos, obedecendo à ordenação e à sequência de ensino, bem como à orientação
do currículo;
d) como forma de avaliação, serão utilizados instrumentos tais como: seminários,
pesquisas, produção escrita (ex.: memoriais, portifólios, entre outros),
intervenções orais, provas, experimentos, entre outros que forem eleitos para
compor o processo avaliativo; tais instrumentos deverão possibilitar o
acompanhamento e a avaliação específica das aquisições dos conhecimentos e
competências;
e) apesar da avaliação ser um processo eminentemente individualizado, no curso
serão privilegiados processos de avaliação em grupo, independentemente dos
instrumentos de avaliação utilizados;
f) caberá ao corpo de professores estabelecer normas e diretrizes em relação aos
instrumentos a serem utilizados no processo de avaliação, adequando-os ao
contexto da Licenciatura em Educação do Campo e ao seu público;
g) serão considerados itens importantes para a avaliação o interesse e a participação
dos licenciandos nas aulas e sessões presenciais, trabalhos de campo e práticas
de laboratórios;
h) os resultados das avaliações serão expressos através de notas, em uma escala de
0 (zero) a 10 (dez);
i) para aprovação no curso, o licenciando deverá participar obrigatoriamente das
atividades e cumprir, no mínimo, 75% de frequência (como previsto na LDB);
j) o licenciando que obtiver média 7,0 (sete) durante o semestre letivo estará
dispensado do exame final; aquele que não estiver nesse caso, mas obtiver a
média mínima 4,0 (quatro), poderá realizar exame, necessitando, para a
aprovação, alcançar a nota final mínima 6,0 (seis);
125
k) os resultados no final de cada semestre estarão à disposição dos alunos na
Secretaria Acadêmica do Curso.
126
As tarefas que os alunos deverão desenvolver em seus processos de aprendizagem
ficarão registradas nos portfólios, que serão um testemunho dos percursos feitos por
cada um dos alunos em seus processos de construção e reconstrução do conhecimento
(relacionando esse percurso com o desenvolvimento e a formação do aluno) e, no seu
conjunto, os portfólios deverão esclarecer o professor quanto aos caminhos percorridos
por seus alunos durante suas aprendizagens.
Assim, o uso de portfólios para avaliação e recuperação da aprendizagem cumpre
o disposto no Regulamento dos Cursos de Graduação da UFTM, no que tange à
necessidade de garantir novas oportunidades de aprendizagem ao longo do semestre
letivo, ficando todos os procedimentos registrados e documentados.
127
estudantes; da sustentabilidade financeira, além de outros itens menos pontuais que
porventura forem, ao longo do processo, sendo observados. A autoavaliação fará parte
do dia a dia da Instituição, dos docentes, discentes, técnicos administrativos em
educação e da sociedade na qual está inserida. Deverá ser democrática, emancipatória,
participativa, coletiva, livre de ameaças e transformadora dos atores institucionais.
Professores, alunos e servidores técnicos administrativos em educação serão convidados
a participar, respondendo a questionários direcionados, nos quais serão indicados
aspectos positivos e negativos da Instituição como um todo e em especial a qualidade
dos cursos ministrados, esperando-se que, ao final, haja efetiva melhoria da qualidade
do ensino e de seus mais diversos aspectos.
Os egressos e seus empregadores também serão chamados ao processo para
colaborar, apontando sugestões quanto ao modelo pedagógico adotado, visando à
melhoria dos projetos sociais, do ensino, da pesquisa e da extensão institucional. O
projeto acadêmico e político de cada um dos cursos deverá ser objeto de discussões e a
Instituição será convidada a pensar em seus métodos de ensino e em sua filosofia
interna. Entendida como um processo permanente, a avaliação será utilizada como
instrumento para identificar problemas, corrigir erros de trajetória e introduzir
mudanças que conduzam a melhorias que efetivamente contribuam para a mudança dos
paradigmas institucionais e sociais injustos vigentes no país. Portanto, a avaliação estará
vinculada à qualidade e exigirá que o corpo docente e o segmento técnico-
administrativo em educação informe à CPA sobre a relevância do processo de ensino e
as ações direcionadas para o ensino, a pesquisa e a extensão.
Em síntese, a avaliação da UFTM deve ser participativa e emancipatória,
constituindo-se em instrumento de democratização, objetivando o aperfeiçoamento da
Instituição em busca do padrão unitário de qualidade. Em relação ao sistema de
Autoavaliação do Curso e ao Projeto Político Pedagógico do Curso de Educação do
Campo – habilitações em Ciências da Natureza e Matemática, este poderá e deverá ser
constantemente reavaliado, buscando atender a novas demandas. Poderá, também, ser
transformado mediante necessidades percebidas pela Instituição, pelo corpo docente e
discente, além das mudanças propostas pelo MEC, quando de suas visitas para
avaliação.
Além da análise constante, a avaliação ocorrerá em momentos específicos, a
saber:
128
a) grupo de análise constante dos planos de ensino: oficinas e/ou reuniões
semestrais com docentes, que analisarão os planos de ensino, considerando
a quantidade e a ordem de conteúdos relacionados à ementa e ainda os
demais planos trabalhados no semestre letivo. Será analisado ainda em
relação à metodologia dos encontros e às bibliografias utilizadas. Essa
análise subsidiará possíveis mudanças no plano a ser seguido ao longo do
semestre. No início de novo semestre, todos os planos serão analisados, os
docentes responsáveis discutirão as estratégias eficazes e aquelas que
apontam para a necessidade de mudanças. Assim, instala-se um processo
permanente de avaliação e transformação;
b) análise feita pela Instituição: periodicamente, a Instituição elaborará análise
que envolva a satisfação dos discentes e dos docentes em instrumento
próprio;
c) análise discente: atividade periódica, organizada pelos alunos com o objetivo
de avaliar seu processo de construção da aprendizagem. Esse evento poderá
ser organizado como seminário, no âmbito do curso, com a coparticipação de
docentes e servidores ligados ao NuDE. O grupo organizador definirá a
temática e a forma de obter os dados a respeito do tema, ouvidos os seus
pares. Essa atividade contribuirá para a participação crítica dos alunos,
desenvolvendo sua capacidade de reflexão e de comunicação e, ainda,
servindo como forma de acompanhamento do projeto político pedagógico do
curso. O curso, a coordenação e o corpo docente serão avaliados por seus
pares e alunos, a partir de instrumento aplicado pela CPA, buscando levantar
dados para análise e estudos diversos. A partir desses dados, que serão
divulgados para a Coordenação do Curso, poderão ser definidas ações
conjuntas com o objetivo de melhorar, permanentemente, os processos
educativos.
Além disso, o NDE e o Colegiado de Curso fazem reuniões periódicas nos
semestres letivos, tendo como objetivo planejar e avaliar as atividades desenvolvidas
durante os semestres letivos, bem como avaliar e atualizar o Projeto Pedagógico do
Curso.
129
10 INCORPORAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS AO
ENSINO DE GRADUAÇÃO
130
Pensando nisso, foi criado na Instituição o Centro de Educação a Distância e
Aprendizagem com Tecnologias de Informação e Comunicação (Cead), embrião de
futuras ações que atenderão às necessidades de incorporação das novas tecnologias nos
cursos e que, no momento, já está disponibilizando a plataforma Moodle como
ambiente virtual de aprendizagem para uso dos docentes e discentes da UFTM. Além
disso, destacamos como outras possibilidades a utilização de blogs, listas de discussão
on-line, Facebook, fóruns, entre outras, por docentes e discentes nas atividades de
ensino, pesquisa e extensão.
Pretendemos, com a inserção de novas tecnologias no ensino de graduação,
assim como afirma Behrens (2004), continuar o debate sobre educação de qualidade, a
partir de elementos como: a construção do conhecimento na sociedade da informação,
as novas concepções do processo de aprendizagem colaborativa, a revisão e a
atualização do papel e funções do professor, a formação permanente desse profissional
no contexto dos avanços tecnológicos.
131
11 MEDIDAS PARA CONSOLIDAÇÃO DO CURSO
a) contratação de professores;
b) desenvolvimento pessoal e profissional dos professores em programas de
formação permanente, objetivando a reflexão sobre o ato educativo, seja no
âmbito do ensino, da pesquisa ou da extensão;
c) investimento na gestão colegiada do curso, com incentivo à participação
discente e valorização das contribuições do pessoal técnico-administrativo em
encontros sistemáticos para deliberações diversas, estudos, planejamento de
atividades, entre outros.
d) contratação de pessoal técnico-administrativo para atendimento do curso.
132
g) continuar a montagem dos Laboratórios de Biologia no que diz respeito a
materiais necessários às aulas.
Para o desenvolvimento das atividades no Tempo-Comunidade (TC), deverão
ser montados e disponibilizados aos professores kits com material constituídos por:
notebook, modem, câmara digital, filmadora, tablet e gravador-áudio. Quanto aos
alunos, os contatos estabelecidos com Prefeituras, Secretarias Municipais de Educação e
Escolas Estaduais das cidades parceiras para o desenvolvimento do TC, permitem
prever que estes terão uma gama variada de apoio em suas comunidades, incluindo a
disponibilização de pontos de acesso à internet, salas de estudo e laboratórios de
diversos tipos.Ademais, visando atender às necessidades do curso, a instituição
disponibiliza, em relação ao espaço físico, o Laboratório de Ensino das Licenciaturas
(Labeduc), criado com a implementação do Prodocência, no qual poderão acontecer
atividades práticas e teóricas. Além disso, estão à disposição salas para reuniões, bem
como para videoconferências. Nesse espaço os pesquisadores têm acesso à internet,
linha telefônica, três tablets, uma lousa digital, uma mesa digitalizadora, sala para
reuniões com até 30 pessoas e serviço de secretariado.
A instituição também conta com auditórios, alguns para até 200 pessoas, salas de
aula climatizadas para 60 pessoas, todos os espaços com datashow, que podem ser
utilizados para promoção de eventos relacionados ao projeto, a exemplo de seminários
voltados às práticas pedagógicas em educação do campo. No Centro Educacional e
Administrativo, além de dois auditórios, há espaço para exposição de pôsteres e acesso
livre à internet, sendo um excelente local para realização de eventos.
Para o desenvolvimento de atividades no Tempo-Escola (TE) exteriores à
Universidade, a UFTM conta com transporte próprio para levar alunos e docentes do
curso para visitarem espaços educativos formais e não-formais.
Além dos espaços já destacados, a UFTM conta com espaços para o
desenvolvimento dos projetos PIBID e PET (Licenciaturas), já que parte da equipe de
docentes do Curso de Educação do Campo também é coordenadora desses projetos. E
nesse sentido, os espaços de tais projetos também poderão ser utilizados.
A UFTM também conta com o Museu de Peirópolis, que apresenta um dos
maiores sítios arqueológicos da América Latina, um telescópio, espaço para observação
do Céu, para apresentações e auditório com projetor multimídia.
Além dos espaços supracitados e dos laboratórios de ensino e das áreas
específicas, todos disponíveis para desenvolvimento das atividades do projeto, estão em
133
processo de criação mais dois espaços voltados à licenciatura: o laboratório
multidisciplinar focado na produção de mídias, denominado “Laboratório de novas
mídias e Educação”; e um laboratório multidisciplinar diversificado. O primeiro contará
com espaço para trabalho colaborativo de grupos, com equipamento de produção de
mídias, lousa digital, projetores multimídia, computadores para edição de vídeo e
câmeras. O segundo espaço, do ICENE, montado na unidade da Univerdecidade, se
caracteriza por ser um espaço voltado aos cursos de Ciências Biológicas, Química,
Matemática e Física. Conta com projetor multimídia, computadores, mesas escalonáveis
para atividades em grupo ou seminários e materiais didáticos diversos. A universidade
também dispõe de servidores web, sendo que em um deles está alojado o site do
ICENE, no qual a página da Licenciatura em Educação em Campo poderá ser
hospedada.
134
12 POLÍTICAS DE ACOMPANHAMENTO AOS ALUNOS EGRESSOS
135
e) divulgar conquistas, premiações e produção acadêmica, científica, artística e
literária de egressos;
f) possibilitar o relacionamento entre antigos colegas de curso.
A página on line poderá disponibilizar links de interesse (CNPq, Capes, Portal
do Professor, entre outros) e um campo no qual o egresso assinale a sua concordância
ou não com o recebimento e divulgação de notícias.
136
13 EMENTAS, CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS E BIBLIOGRAFIAS DOS
COMPONENTES CURRICULARES
Ciclo Comum
1º semestre
Arte, Cultura Popular e a Educação das Relações Étnico-raciais e Indígenas
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
15 h/a 15 h/a 30 h/a 15 h/a 75 h/a 1º Formador
EMENTA
Arte e Cultura Popular. Discussão sobre diferentes manifestações do conceito de
popular, explorando a ideia de tradição, memória, patrimônio, invenção e apropriação na
produção artística do povo brasileiro. O conceito de cultura. Cultura erudita, cultura
popular e cultura de massa: confronto de definições. A questão da identidade cultural no
debate sobre a sociedade pós-moderna. A tradição oral da cultura popular. Folclore e
artesanato: a cultura do mundo rural do Triângulo Mineiro. Exploração da arte e cultura
popular nas comunidades de proveniência dos estudantes. Cultura Negra, indígena e a
Educação Brasileira. A questão racial como tema da identidade cultural nacional e rural.
Análise de artesãos e agrupamento de artesãos do Triângulo Mineiro. Cultura Negra,
indígena e a Educação Brasileira. A questão racial como tema da identidade cultural
nacional e rural. Desenvolvimento pelos alunos de pesquisas e levantamentos
relacionados ao patrimônio cultural popular material e imaterial do Triângulo Mineiro.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. 14. ed. São Paulo: Brasiliense.
1990.
BOSI, A. Cultura Brasileira - Temas e situações. São Paulo: 2a Ed. Ática, 1992.
COMPLEMENTAR
BARROS, Manuel de Souza. Arte, folclore e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro:
Itambé, 1979.
137
CARVALHO, José Jorge. Exclusão racial na universidade brasileira: um caso de ação
afirmativa. In: QUEIROZ, Delcele M. (cood.). O negro na universidade. Programa A
cor da Bahia/PPGCS/UFBA. Salvador: Novos Toques, p. 70-99, 2002.
HEYE, Ana (Org.). A arte da sucata: Reginaldo Lessa de Almeida. Rio de Janeiro:
Funarte, INF, 1983.
HOBSBAWN E. & RANGER T. (Orgs.). A invenção das tradições. RJ: Paz e Terra.
2000, pp.9-23.
LOPES, Helena. Negro: a cultura no Brasil. Rio de Janeiro, Ed.
Unibrade, 1987.
VELHO, G. Memória, identidade e projeto: uma visão antropológica. In: Revista TB, n.
95, p. 119-126, out./dez. 1988.
KOCH, I. V.; ELIAS, M. V. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo:
Editora Contexto, 2009.
COMPLEMENTAR
138
BAKHTIN, M. Questões de literatura e de estética. São Paulo: Unesp, 1993.
FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo:
Ática. 2002.
PICARD, J. Todo mundo devia escrever. São Paulo: Parábola editorial, 2008.
COMPLEMENTAR
BELLONI, Maria Luiza. O que é mídia-educação. 2ª ed. Campinas, Autores
Associados. 2005. 100 p.
139
POZO, Juan Ignácio. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto
Alegre: Artmed, 2002.
Campos Numéricos
Teórica Prática AD Total Semestre Núcleo
30 h/a 30h/a 30 h/a 90h/a 1º Formador
EMENTA
Introdução aos conjuntos numéricos. Expressões Algébricas. Relação entre grandezas.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar. Volume 1:
Conjuntos e Funções. 7ª edição. São Paulo: Atual, 2008.
COMPLEMENTAR
NETTO, S. P.; FILHO, S. Orsi; CARVALHO, M. C. Quanta: Matemática Ensino Médio
– 1ª Série – 3ª edição. São Paulo: Saraiva, 2005.
IEZZI, G.; DOLCE, O.; DEGENSZAJN, D.; PÉRIGO, R. Matemática: Volume Único.
São Paulo: Atual Editora, 2002.
140
prática. Objetivos, conteúdos, metodologias, materiais didáticos e avaliação na
Educação de Jovens e Adultos. Projetos interdisciplinares para o ensino-aprendizagem
na EJA. A heterogeneidade do contexto atual da EJA no Brasil. A EJA nas comunidades
rurais do Cerrado.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
FREIRE, Paulo: Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.
RIBEIRO, Vera Masagão. Educação de Jovens e Adultos: novos leitores, novas leituras.
São Paulo: Ação Educativa, 2008.
COMPLEMENTAR
FUCK, Irene Terezinha. Alfabetização de adultos: relato de uma experiência
construtiva. Petrópolis: Vozes, 1993.
LIMA, Regina Célia et al. (Orgs.). Dia a dia do professor: EJA – Educação de Jovens e
Adultos. Belo Horizonte: FAPI, 2005.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Sexo e Reprodução. São Paulo, Ática, 2006.
141
PHILIPPI, Sonia Tucunduva. Tabela de Composição de Alimentos: Suporte para
Decisão Nutricional, 3ª ed, São Paulo: Manole, 2012
COMPLEMENTAR
ALVES, Sampaio. Prevenção de Doenças do Adulto na Infância e na Adolescência. São
Paulo, Editora Medbook, 2008.
BACKES, Dirce Stein et al. A humanização hospitalar com expressão da ética. In:
Revista Latino-Am. Enfermagem, V. 14. Nº 1. Ribeirão Preto, Jan/fev de 2006.
SONTAG, Susan. A doença como metáfora. 3ª ed. Rio de Janeiro: Edições Graal,
2002.
Seminário Integrador I
Teórica Prática Total Semestre Núcleo
0 h/a 30h/a 30h/a 1º Integrador
EMENTA
As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em todos os
semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização-
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BENJAMIM, Cezar e CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo.
2ª edição. Brasília: DF: Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001.
(Coleção Por uma Educação Básica no Campo nº 3).
_____. Para compreender a Educação do Estado no meio rural - Traços de uma trajetória
In: THERRIEN, Jacques e DAMASCENO, Maria Nobre (Coords.). Educação e escola
no campo. Campinas: Papirus, 1993. p.15 a 40
142
COMPLEMENTAR
CALDART, Roseli Salete. A escola do campo em movimento In: BENJAMIM, Cezar;
CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo. 2ª edição. Brasília: DF:
Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001. (Coleção Por um a Educação
Básica no Campo nº 3).
BAUER, Martin W.; GASKELL, George (Eds.). Pesquisa qualitativa com texto,
imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese.18. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003
2º semestre
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 8ª ed. - Campinas: Autores Associados, 2007.
COMPLEMENTAR
BARROS, Aidil Jesus da Silveira, LEHFELD, Neide Ap. de Souza. Fundamentos da
metodologia. 2.ed.São Paulo, Makron Books, 2000.
143
COSTA, António Firmino da (2001), A pesquisa de terreno em sociologia. In: SILVA,
Augusto Santos e PINTO (orgs), José Madureira. Metodologia das Ciências Sociais. 11ª
edição. p:129-148. Porto: Afrontamento.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª ed. - São Paulo:
editora Atlas, 2008
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4.ed. São Paulo: Atlas,
1994.
ERIKSON, E. H.; ERIKSON, J. O ciclo da vida completo. Porto Alegre: Artes Médicas.
1998.
COMPLEMENTAR
ERIKSON, E.H. Infância e sociedade (2ª ed.). (traduzido por G. Amado). Rio de
Janeiro: Zahar, 1976.
ERIKSON, E.H. Identidade: Juventude e crise (2ª ed.). (traduzido por A. Cabral). Rio de
Janeiro: Zahar, 1976.
144
SKINNER, B. F. Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes, 1978.
VYGOTSKY, Liev. S. A formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
Teorias da Educação
Teórica Prática AD Total Semestre Núcleo
30 h/a 15h/a 15h/a 60 h/a 2º Formador
EMENTA
Visão de mundo, paradigma educacional emergente e diferentes concepções de
educação. As concepções de educação na pedagogia liberal, na pedagogia progressista e
no discurso educacional emergente. Principais teorias sobre o ensino-aprendizagem.
Teorias da Aprendizagem. Teoria de Jerome Bruner. Teoria da Aprendizagem
Significativa de Ausubel. A Taxonomia dos Objetivos de Aprendizagem de Bloom. As
concepções de educação de Paulo Freire. A avaliação de objetos pedagógicos.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; e HANESIAN, H. Psicologia Educacional. Tradução
de Eva Nick et al. Rio de Janeiro, Interamericana, 1980. Tradução de Educational
psychology, New York: Holt, Rinehart and Winston, 1978.
BLOOM, Benjamin S.; ENGLEHART, Max. D.; FURST, Edward J.; HILL, Walker H.;
KRATHWOHL, David R. Taxonomia de objetivos educacionais. Porto Alegre: Editora
Globo, 1976.
BRUNER, J. S. Uma nova teoria de aprendizagem, 2. ed. Rio de Janeiro, Bloch, 1979.
______. Atos de Significação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
146
e construindo cenários. Rio Grande do Sul: Educs, 2005.
COMPLEMENTAR
BORBA, Marcelo de Carvalho; PENTEADO, Miriam. Informática e Educação
Matemática. Editora Autêntica, 2001.
LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva; por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo:
Loyola, 1998.
MAGDALENA, Beatriz Corso. Internet em sala de aula. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MOORE, Michael G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Thomson,
2007.
VITORINO, Elizete Vieira. Educação a distância (EaD) na percepção dos alunos. Itajaí:
UNIVALI, 2006.
MOLLICA, Maria Cecília. Fala, Letramento e Inclusão Social. São Paulo: Contexto,
2007.
COMPLEMENTAR
BORTONI-RICARDO, Stella M; DETTONI, Rachel do V. Diversidade lingüísticas e
desigualdades sociais: aplicando a pedagogia culturalmente sensível. In: COX, Maria
Inês; ASSIS-PETERSON, Ana Antônia. Cenas de sala de aula. Campinas: Mercado de
147
Letras, 2001, p. 81-104.
BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico o que é, como se faz. São Paulo, Brasil,
Loyola 1999.
MOITA LOPES, Luiz Paulo da Moita. Oficina de Lingüística Aplicada. Campinas, SP.
Mercado de Letras, 1996.
SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo, Ática, 1980.
148
Funções e suas Aplicações no Campo Agrário
Teórica Prática AD Total Semestre Núcleo
45 h/a 15 h/a 30 h/a 90 h/a 2º Formador
EMENTA
Conjuntos e suas operações. Relações. Função Afim e Quadrática. Funções exponenciais
e logarítmicas. Funções compostas e inversas. Função modular. Aplicações no campo
agrário.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
IEZZI, G.; MURAKAMI, C. Fundamentos de Matemática Elementar. Volume 1:
Conjuntos e Funções. 7ª edição. São Paulo: Atual, 2008.
COMPLEMENTAR
IEZZI, G.; DOLCE, O.; DEGENSZAJN, D.; PÉRIGO, R. Matemática: Volume Único.
São Paulo: Atual Editora, 2002.
DEMANA, Franklin D.; WAITS, Bert K.; FOLEY, Gregory D.; KENNEDY,
Daniel. Pré-Cálculo. São Paulo: Pearson/Prentice Hall, 2008.
Seminário Integrador II
Teórica Prática Total Semestre Núcleo
0 h/a 30h/a 30h/a 2º Integrador
EMENTA
As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em todos os
semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização-
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
BIBLIOGRAFIA
149
BÁSICA
BENJAMIM, Cezar e CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo.
2ª edição. Brasília: DF: Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001.
(Coleção Por uma Educação Básica no Campo nº 3).
_____. Para compreender a Educação do Estado no meio rural - Traços de uma trajetória
In: THERRIEN, Jacques e DAMASCENO, Maria Nobre (Coords.). Educação e escola
no campo. Campinas: Papirus, 1993. p.15 a 40
COMPLEMENTAR
CALDART, Roseli Salete. A escola do campo em movimento In: BENJAMIM, Cezar;
CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo. 2ª edição. Brasília: DF:
Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001. (Coleção Por um a Educação
Básica no Campo nº 3).
BAUER, Martin W.; GASKELL, George (Eds.). Pesquisa qualitativa com texto,
imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese.18. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003
3º semestre
Sociologia da Educação
Teórica Prática Total Semestre Núcleo
15 h/a 15h/a 30h/a 3º Formador
EMENTA
Os fundamentos da Sociologia da Educação: conceitos e modelos. A educação como
fato social, processo social e reprodução de estruturas sociais. Análise
macrossociológica e processos microssociais: para melhor compreender a educação do
campo. A escola como reprodutora das desigualdades sociais e a desigualdade de
oportunidades educacionais. Formas de seleção e organização dos conhecimentos
escolares. Conexões entre processos culturais e educação. Questões atuais que envolvem
a relação educação e sociedade. Os códigos linguísticos e o sucesso/fracasso escolar.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
150
BOUDON, Raymond, A Desigualdade de Oportunidades, Editora Universidade de
Brasília, Brasília, 1981.
COMPLEMENTAR
BOURDIEU, P. Reprodução cultural e reprodução social. In.: ____. A economia das
trocas simbólicas. 2.ed., São Paulo: Ed. Perspectiva, 1987, p.295-336.
151
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
SILVA, Ivone Maria Ferreira da Silva. Questão social e Serviço Social no Brasil:
fundamentos sócio-históricos. Cuiabá: EdUFMT, 2008.
COMPLEMENTAR
CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário.
Petrópolis, RJ: Ed. Vozes.
FILHO, Luciano Mendes de Faria et al. Educação elementar – minas Gerais na primeira
metade do século XIX. Belo Horizonte: UFMG, 2006.
Estratégias de Avaliação
Teórica Prática Total Semestre Núcleo
15 h/a 15h/a 30h/a 3º Formador
EMENTA
Avaliação de aprendizagem (conceitos, princípios, tipos, funções e critérios). Estratégias
e processos de avaliação no ensino fundamental e médio. Teorias e práticas avaliativas e
mecanismos de exclusão: repetência, reprovação e evasão. Análise das experiências
vivenciadas na escola na área de avaliação do processo de ensino-aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
ANTUNES, Celso. A avaliação da aprendizagem escolar. Petrópolis: Vozes, 2002.
152
HOFFMANN, J. Avaliação mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto
Alegre, Educação e Realidade, 1993.
COMPLEMENTAR
COSTA, António P.. Avaliação: como avaliar o aprender a (competências) e o aprender
que (conteúdos)?. Coimbra: APF, 2004.
_____. Para compreender a Educação do Estado no meio rural - Traços de uma trajetória
In: THERRIEN, Jacques e DAMASCENO, Maria Nobre (Coords.). Educação e escola
no campo. Campinas: Papirus, 1993. p.15 a 40
COMPLEMENTAR
CALDART, Roseli Salete. A escola do campo em movimento In: BENJAMIM, Cezar;
153
CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo. 2ª edição. Brasília: DF:
Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001. (Coleção Por um a Educação
Básica no Campo nº 3).
BAUER, Martin W.; GASKELL, George (Eds.). Pesquisa qualitativa com texto,
imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.
ECO, Umberto. Como se faz uma tese.18. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003
Introdução à Física
Teórica Prática AD APC Total7 Semestre Núcleo
30 h/a 15h/a 15h/a 15h/a 5 h/a 3º Específico
EMENTA
Discutir assuntos sobre o que a Física estuda e sua epistemologia. Discutir a Natureza da
Ciência. Abordar princípios de medidas na Física e uso de equipamentos. Introduzir
conhecimentos básicos de Astronomia: translação e rotação da Terra, estações do ano,
fases da Lua e observação do Céu. Serão desenvolvidos trabalhos laboratoriais e
experimentais pelos estudantes de modo a usarem em termos práticos a instrumentação
em Física. Preparação, execução e avaliação de experiências de prática de ensino nos
conteúdos de Física do Ensino Básico. Utilização dos recursos da biblioteca e de
ferramentas e aplicativos computacionais do LabFis (Laboratório de Ensino de Física da
UFTM).
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
GLEISER, Marcelo. Por quê ensinar Física? Física na Escola, v. 1, n. 1, 2000.
MÁXIMO, Antônio & ALVARENGA, Beatriz. FÍSICA. São Paulo: Scipione, 2005.
CARVALHO, Regina Pinto. Física do dia a dia 1 - 105 perguntas e respostas sobre Física fora
da sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
COMPLEMENTAR
GASPAR, A. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. Ed. Ática, 2005.
154
FILHO, Aurélio Gonçalves; TOSCANO, Carlos. Física. São Paulo: Editora Scipione, 2002.
VALADARES, E. C. Física mais que divertida. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.
COMPLEMENTAR
SOLOMON, M. E. Dinâmica de populações. Temas e Biologia Vol. 3. São Paulo: EPU
& EDUSP, 1980.
KOTZ, J.C., TREICHEL JR, P.M. Química Geral e Reações Químicas, Tradução de:
Chemistry & Chemical Reactivity. 6ª edição, vols. 1 e 2, São Paulo: Cengage Learning,
2010.
COMPLEMENTAR
CONSTANTINO, M.G., SILVA, G.V.J. da, DONATE, P.M. Fundamentos de Química
Experimental, 1ª ed., São Paulo: Edusp, 2004.
BESSLER, Karl E.; Neder, Amarílis de V. F., Química em tubos de ensaio: uma
abordagem para principiantes, São Paulo: Edgard Blucher, 2004.
ROZENBERG, I.M. Química Geral, 1ª ed., São Paulo: Edgard Blücher, 2002.
CHASSOT, A.I. A Ciência Através dos Tempos. 2ª ed. São Paulo. Ed. Moderna, 2004.
ROZENBERG, I.M. Química Geral, 1ª ed., São Paulo: Edgard Blücher, 2002.
156
Área de habilitação em Matemática
157
Informática na Educação Matemática
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
30h/a 15h/a 15h/a 15h/a 75h/a 3º Específico
EMENTA:
O papel das TIC no ensino de matemática. Calculadoras. Planilhas Eletrônicas. Jogos
digitais. Objetos de aprendizagem. Softwares no ensino de matemática. As tecnologias e
a pesquisa em Educação Matemática.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BORBA, Marcelo de Carvalho e PENTEADO, Miriam Godoy. Informática e Educação
Matemática. Belo Horizonte: Autêntica editora, 2001. (Coleção Tendências em
Educação Matemática).
COMPLEMENTAR
ARAÚJO, J. L.; BARBOSA, J. C.; CALDEIRA, A. D. (orgs.) (2007). Modelagem
Matemática na Educação Matemática brasileira: Pesquisas e práticas educacionais.
Recife: Sociedade Brasileira de Educação Matemática.
Sistemas Lineares
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
30h/a 15h/a 15h/a 15h/a 75h/a 3º Específico
EMENTA:
Matrizes. Determinantes. Sistemas lineares. Aplicações.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
IEZZI, G.. Fundamentos de matemática elementar: sequências, matrizes, determinantes
e sistemas. São Paulo: Atual, 2004. V.4.
158
São Paulo: Saraiva, 2005.
COMPLEMENTAR
KOLMAN, B. Introdução à álgebra linear com aplicações. 6ª edição. Rio de Janeiro:
LTC, 1999.
4º semestre
Mídia e Educação
Teórica Prática AD Total Semestre Núcleo
15 h/a 30h/a 15h/a 60 h/a 4º Formador
EMENTA
Análise do contexto socioeducativo da televisão e do vídeo. Abordagem dos conceitos
básicos sobre a linguagem utilizada na televisão. Exploração e análise das marcas
patêmicas usadas em programas de ciências. Noções básicas sobre os aspectos
tecnológicos da produção de um vídeo educativo. A construção de cenários televisivos.
Produção e edição de vídeos.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
AMARAL, S.F., A TV digital interativa no espaço educacional. Disponível em
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2003/ju229pg2b.html.
COSTA, Ana Paula Bossler da. A ciência pode ser divertida: A emoção na mediação
do conhecimento científico. Belo Horizonte, 2009, 236p. Tese (Doutorado) – Programa
de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Minas, Belo Horizonte, 2009.
COMPLEMENTAR
ALMEIDA, M. E. B. Tecnologias e currículo: trajetórias convergentes ou
divergentes? São Paulo: Paulus, 2011.
159
CARNEIRO, V. L. Q. Castelo Rá-Tim-Bum: educação como entretenimento. São
Paulo. Annablume, 1999.
Von SIMSON, O.R.M. (org) Educação Não Formal: Cenários de Criação. Campinas:
São Paulo. Editora da UNICAMP/ Centro de Memória, 2001
COMPLEMENTAR
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1987
Seminário Integrador IV
Teórica Prática Total Semestre Núcleo
0h/a 30h/a 30h/a 4º Integrador
EMENTA
As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em todos os
semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização-
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BENJAMIM, Cezar e CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo.
2ª edição. Brasília: DF: Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001.
(Coleção Por uma Educação Básica no Campo nº 3).
_____. Para compreender a Educação do Estado no meio rural - Traços de uma trajetória
In: THERRIEN, Jacques e DAMASCENO, Maria Nobre (Coords.). Educação e escola
no campo. Campinas: Papirus, 1993. p.15 a 40
COMPLEMENTAR
AUED, Bernardete Wrublevski (Org.), VENDRAMINI, Célia Regina (Org.). Educação
do campo: desafios teóricos e práticos. Florianópolis, SC, 2009.
161
Soraya Franzoni (Org.), PEIXER, Zilma Isabel (Org.). Educação do Campo - Políticas
públicas, territorialidades e práticas pedagógicas. Florianópolis, SC: Editora Insular,
2011.
COMPLEMENTAR
BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares
nacionais: ciências naturais.3 ed.Brasília: MEC/SEF,2001.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. São Paulo: Autores Associados, 2005.
COMPLEMENTAR
KOTZ, J.C., TREICHEL JR, P.M. Química Geral e Reações Químicas, Tradução de:
Chemistry & Chemical Reactivity. 6ª edição, vols. 1 e 2, São Paulo: Cengage Learning,
2010.
MAHAN, B. M., MYERES, R. J., Química um curso universitário. São Paulo: editora
Edgard Blucher, 1998
BESSLER, Karl E.; NEDER, Amarílis de V. F., Química em tubos de ensaio: uma
abordagem para principiantes, São Paulo: Edgard Blucher, 2004.
163
EMENTA
Ontogenia, embriologia e reprodução de invertebrados. Filogenia evolutiva dos
invertebrados. Caracterização, morfologia, biologia e reprodução dos táxons dos
invertebrados desde Protozoa até Equinodermata. Relação parasito-hospedeiro nas
doenças parasitárias, incluindo diagnóstico clínico, ambiental e evolutivo
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BARNES, R. D. Zoologia dos Invertebrados. Editora Roca, São Paulo, 1984.
COMPLEMENTAR
AMORIM, D. S. Fundamentos de Sistemática Filogenética. Ed. Holos, São Paulo, 2002.
NEVES, D. P. et al. Parasitologia Humana. 10a ed. Editora Atheneu, Rio de Janeiro,
1995.
164
APEC, Ação e Pesquisa em educação em ciências. Construindo Consciências. Edição. São
Paulo: Scipione, 2008.
MÁXIMO, Antônio & ALVARENGA, Beatriz. FÍSICA. São Paulo: Scipione, 2005.
FILHO, Aurélio Gonçalves; TOSCANO, Carlos. Física. São Paulo: Editora Scipione, 2002.
COMPLEMENTAR
CARVALHO, R.P. de. Física do dia-a-dia. Ed.Autêntica.
VALADARES, E. C. Física mais que divertida. Belo Horizonte: Belo Horizonte: Ed. UFMG,
2002.
COMPLEMENTAR
CARMO, M. P. Trigonometria; números complexos. 3ª edição. Rio de Janeiro:
Sociedade Brasileira de Matemática, 2005.
Geometria Analítica
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
45 h/a 30h/a 15h/a 15h/a 105h/a 4º Específico
EMENTA
Sistemas de Coordenadas. Equação da reta. Teorema angular. Distância de ponto à reta.
Circunferências. Cônicas e suas aplicações. Lugares geométricos. Uso de softwares para
geometria analítica.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
IEZZI, G. Fundamentos de Matemática elementar, volume 7: geometria analítica. 5ª
Edição. São Paulo: Atual, 2005.
COMPLEMENTAR
REIS, G. L.; SILVA, V. V. Geometria analítica. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996.
SANTOS, Fabiano José dos; FERREIRA, Silvimar F. Geometria Analítica. São Paulo:
Bookman Companhia Ed, 2009.
WINTERLE, Paulo. Vetores e geometria analítica. São Paulo: Makron Books, 2009.
166
de prática de ensino nesses conteúdos.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
COXFORD, Arthur F. e SHULTE, Albert P. (org). As Idéias da Álgebra. São Paulo:
Atual, 1994.
COMPLEMENTAR
ALMOULOUD, Saddo Ag. Fundamentos da didática da Matemática. Curitiba: UFPR,
2007.
FIORENTINI, Dario; MIORIM, Maria Ângela (Org.). Por trás da porta, que Matemática
acontece? Campinas-SP: Unicamp – Cempem, 2001.
167
5º semestre
Educação Ambiental
Teórica Prática Total Semestre Núcleo
15 h/a 15h/a 30h/a 5º Formador
EMENTA
Crise ambiental no início do século XXI. Propostas para superação da crise:
desenvolvimento sustentável e educação ambiental. A Legislação de educação ambiental
na política educacional. A educação ambiental na escola e na sociedade.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
FAUNDEZ, Antônio. Educação, Desenvolvimento e Cultura: contradições teóricas e
práticas (org.). São Paulo: Cortez, 1994.
COMPLEMENTAR
Seminário Integrador V
Teórica Prática Total Semestre Núcleo
0h/a 30h/a 30h/a 5º Integrador
EMENTA
As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em todos os
semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização-
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
BIBLIOGRAFIA
168
BÁSICA
AUED, Bernardete Wrublevski (Org.), VENDRAMINI, Célia Regina (Org.). Educação
do campo: desafios teóricos e práticos. Florianópolis, SC, 2009.
COMPLEMENTAR
CALDART, Roseli Salete. A escola do campo em movimento In: BENJAMIM, Cezar;
CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo. 2ª edição. Brasília: DF:
Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001. (Coleção Por um a Educação
Básica no Campo nº 3).
_____. Para compreender a Educação do Estado no meio rural - Traços de uma trajetória
In: THERRIEN, Jacques e DAMASCENO, Maria Nobre (Coords.). Educação e escola
no campo. Campinas: Papirus, 1993. p.15 a 40
169
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BIANCHI, Anna Cecília de Moraes. ALVARENGA, Marina; BIANCHI, Roberto.
Manual de Orientação: Estágio Supervisionado. São Paulo: Pioneira, 1998.
QUELUZ, Ana Gracinda. (orient.); ALONSO, Myrtes (org.). O trabalho docente: Teoria
e Prática. São Paulo:Pioneira,1999.
COMPLEMENTAR
ALMEIDA, Jane Soares de. Estágio Supervisionado em prática de ensino – relevância
para a formação ou mera atividade curricular? In: Revista ANDE, v. 13, nº 20, p. 39 –
42., 1994.
170
ZANON, L.B; MALDANER, O.A. Fundamentos e Propostas de Ensino de Química
para a Educação Básica no Brasil, Ijuí. Unijuí, 2007.
COMPLEMENTAR
SANTOS, B.S. Um discurso sobre as ciências, São Paulo: Cortez, 1999.
DELIZOICOV, D. E ANGOTTI, J.A.P. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo:
Cortez, 2ª ed., 1992.
CARVALHO, A. M.P. (org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
MACHADO, A.H. Aula de Química: Dicurso e conhecimento. Ijuí. Unijuí, 2004.
OLIVEIRA, R.J. “A escola e o ensino de ciências”. Ed. UNISINOS, São Leopoldo,
2000.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
AMORIM D. Elementos Básicos de Sistemática Filogenética. Ribeirão Preto, Holos
Editora e Sociedade Brasileira de Entomologia, 2002.
POUGH FH, JANIS CM, HEISER JB. A vida dos Vertebrados. 4ª ed. São Paulo,
Atheneu Editora, 2008.
COMPLEMENTAR
DAWKINS R. A grande história da Evolução: na trilha dos nossos ancestrais. São
Paulo, Companhia das Letras, 2009.
171
HILDEBRAND, M. Análise da estrutura dos vertebrados. São Paulo, Atheneu, 1995.
MÁXIMO, Antônio & ALVARENGA, Beatriz. FÍSICA. São Paulo: Scipione, 2005.
COMPLEMENTAR
CAMPOS, A. G, ALVES, E. S., SPEZIALI, N. L. Física Experimental Básica na
Universidade, Editora da UFMG.
FILHO, Aurélio Gonçalves; TOSCANO, Carlos. Física. São Paulo: Editora Scipione,
2002.
VALADARES, E. C. Física mais que divertida. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.
172
Química Aplicada aos Seres Vivos
Teórica Prática APC Total Semestre Núcleo
30 h/a 15h/a 15h/a 60h/a 5º Específico
EMENTA
Introdução à química orgânica e conceitos básicos da Química Orgânica. Propriedades
dos átomos de carbono e cadeias carbônicas. Principais Funções orgânicas,
nomenclatura e identificação de funções orgânicas. Obtenção de compostos orgânicos
naturais. Propriedades dos compostos orgânicos: Pontos de fusão e ebulição,
solubilidade e reatividade. Drogas e aplicação de compostos orgânicos no campo.
Estudo da estrutura e funções de carboidratos, proteínas, lipídeos e a importância destes
compostos em organismos vivos e nas atividades do campo. Estudo das substâncias
químicas presentes na pele, no corpo e as relações com raça e etnia.
Preparação, execução e avaliação de experiências de prática de ensino nos conteúdos de
Química do Ensino Básico. Utilização dos recursos da biblioteca e de ferramentas e
aplicativos computacionais do Labeduc-Qui (Laboratório de Ensino de Química da
UFTM).
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
BRUICE, P.Y. Química Orgânica, volumes 01 e 02, 4a edição, São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2006.
VOET, J., VOET, D. e PRATT, C.W. Bioquímica. Editora Artmed. Porto Alegre, 2004.
COMPLEMENTAR
MARZZOCO, A. e TORRES, B.B. Bioquímica básica. Editora Guanabara Koogan. 3ª
ed., 2007.
173
Área de habilitação em Matemática
Geometria Plana
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
45 h/a 15h/a 15h/a 15h/a 90h/a 5º Específico
EMENTA
Retas, ângulos, triângulos e congruência. Paralelismo e perpendicularidade.
Quadriláteros. Polígonos Semelhança. Polígonos regulares. Circunferência e círculos.
Medidas agrárias e Áreas. Construções geométricas básicas e uso de softwares.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
DOLCE, O.; POMPEO, J. N. Fundamentos de Matemática elementar: geometria plana.
7ª edição. São Paulo: Atual, 2010.
COMPLEMENTAR
RICH, B. Teoria e problemas de geometria: inclui geometrias plana, analítica e de
transformação. 3ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2003.
ÁVILA, G. Análise Matemática para Licenciatura. São Paulo: Edgard Ltda, 2001.
COMPLEMENTAR
DOMINGUES, H. H. Fundamentos de Aritmética. São Paulo: Atual, 1991.
COMPLEMENTAR
CARMO, M. P. Trigonometria; números complexos. 3ª edição. Rio de Janeiro:
Sociedade Brasileira de Matemática, 2005.
175
aulas de matemática. São Carlos: Pedro & João, 2013.
QUELUZ, Ana Gracinda. (orient.); ALONSO, Myrtes (org.). O trabalho docente: Teoria
e Prática. São Paulo:Pioneira,1999.
COMPLEMENTAR
ALMEIDA, Jane Soares de. Estágio Supervisionado em prática de ensino – relevância
para a formação ou mera atividade curricular? In: Revista ANDE, v. 13, nº 20, p. 39 –
42., 1994.
176
CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Prática de Ensino: Os Estágios na Formação do
Professor, São Paulo: Pioneira, 1985.
6º semestre
177
COMPLEMENTAR
CADERNOS DE SOCIOLOGIA (PPGS/UFRGS)- Produção Familiar, Processos e
Conflitos Agrários (Vários autores).Porto Alegre: UFRGS/IFCH/PPGS, V. 6, 1994.
Seminário Integrador VI
Teórica Prática Total Semestre Núcleo
0h/a 30h/a 30h/a 6º Integrador
EMENTA
As AACC serão desenvolvidas em Seminários Integradores, propostos em todos os
semestres, com o objetivo de apresentação de resultados e discussões sobre as
produções acadêmicas das disciplinas curriculares, assim como das pesquisas realizadas
no decorrer do curso, dentro de uma perspectiva colaborativa de problematização-
reflexão e intervenção. Será incentivada a apresentação de seminários por pesquisadores
e/ou professores com atividades relevantes em Educação do Campo.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
AUED, Bernardete Wrublevski (Org.), VENDRAMINI, Célia Regina (Org.). Educação
do campo: desafios teóricos e práticos. Florianópolis, SC, 2009.
COMPLEMENTAR
CALDART, Roseli Salete. A escola do campo em movimento In: BENJAMIM, Cezar;
CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo. 2ª edição. Brasília: DF:
Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001. (Coleção Por um a Educação
178
Básica no Campo nº 3).
_____. Para compreender a Educação do Estado no meio rural - Traços de uma trajetória
In: THERRIEN, Jacques e DAMASCENO, Maria Nobre (Coords.). Educação e escola
no campo. Campinas: Papirus, 1993. p.15 a 40.
COMPLEMENTAR
ALMEIDA, Jane Soares de. Estágio Supervisionado em prática de ensino – relevância
para a formação ou mera atividade curricular? In: Revista ANDE, v. 13, nº 20, p. 39 –
42., 1994.
179
BEHRENS, Marilda Aparecida. O Estágio Supervisionado de Prática de Ensino: Uma
proposta coletiva de reconstrução. Dissertação de Mestrado em Educação. São Paulo,
PUC/SP. 1991.
QUELUZ, Ana Gracinda. (orient.); ALONSO, Myrtes (org.). O trabalho docente: Teoria
e Prática. São Paulo:Pioneira,1999.
COMPLEMENTAR
BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL.Parâmetros curriculares
nacionais: ciências naturais.3 ed.Brasília: MEC/SEF, 2001.
180
PERRENOUD, Philipe. 10 novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes
Médicas, 2000.
Botânica Geral
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
30 h/a 15h/a 15h/a 15h/a 75h/a 6º Específico
EMENTA
Introdução a história da botânica. Célula vegetal. Histologia, anatomia, fisiologia e
reprodução vegetal. Evolução e principais grupos de plantas. Nomenclatura científica.
Nutrição e metabolismo vegetal. Fotossíntese. Práticas pedagógicas em ensino de
botânica.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia vegetal. 7ª ed. Guanabara
Koogan, 2007.
181
FERRI, M. G. Fisiologia Vegetal. Vol. 1. São Paulo, EPU/EDUSP, São Paulo, 1985.
COMPLEMENTAR
ALQUINI, Y.; TAKEMORI, N. K. Organização estrutural de espécies vegetais de
interesse farmacológico. Herbarium. 2000. 80 p. il.
COMPLEMENTAR
ATKINS, P. W. JONES L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001.
182
FARIAS, R. F.; SOUZA, A. A., Cinética Química, 1ª Edição, Ed. Alínea, 2008.
RUSSELL, J. B., Química geral. 2ª ed. v.2. São Paulo: Pearson Makron Books Editora
do Brasil Ltda, 1994.
MÁXIMO, Antônio & ALVARENGA, Beatriz. FÍSICA. São Paulo: Scipione, 2005.
COMPLEMENTAR
FILHO, Aurélio Gonçalves; TOSCANO, Carlos. Física. São Paulo: Editora Scipione,
2002.
VALADARES, E. C. Física mais que divertida. Belo Horizonte: Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 2002.
SEARS, ZEMANSKY & YOUNG, Eletromagnetismo. Vol III. Rio de Janeiro: LTC,
1999.
COMPLEMENTAR
HEFEZ, A.; VILLELA, M. L. T. Polinômios e equações algébricas. Rio de Janeiro:
SBM, 2004.
Geometria Espacial
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
184
45 h/a 15h/a 15h/a 15h/a 90h/a 6º Específico
EMENTA
Conceitos primitivos e postulados. Paralelismo e perpendicularidade de retas e planos no
espaço. Poliedros convexos. Prisma. Cilindro. Pirâmide. Cone. Esfera.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos da Matemática elementar, 10:
geometria espacial, posição e métrica. 5ª edição. São Paulo: Atual, 1993.
COMPLEMENTAR
LIMA, E. L. Medida e forma em geometria: comprimento, área, volume e semelhança.
Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Matemática, 1991.
PROJETO FUNDÃO (UFRJ). Geometria segundo a Teoria de van Hiele. Rio e Janeiro:
UFRJ. 2012.
185
DUARTE, Claudia Glavam; WANDERER, Fernanda; KNIJNIK, Gelsa; GIONGO, Ieda
Maria. Etnomatemática em movimento. (Coleção Tendências em Educação Matemática)
– Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
COMPLEMENTAR
CARVALHO, D. L.; LONGO, C. A. C.; FIORENTINI, D. (org) Análises narrativas de
aulas de matemática. São Carlos: Pedro & João, 2013.
186
BIANCHI, Anna Cecília de Moraes. ALVARENGA, Marina; BIANCHI, Roberto.
Manual de Orientação: Estágio Supervisionado. São Paulo: Pioneira, 1998.
COMPLEMENTAR
ALMEIDA, Jane Soares de. Estágio Supervisionado em prática de ensino – relevância
para a formação ou mera atividade curricular? In: Revista ANDE, v. 13, nº 20, p. 39 –
42., 1994.
QUELUZ, Ana Gracinda. (orient.); ALONSO, Myrtes (org.). O trabalho docente: Teoria
e Prática. São Paulo:Pioneira,1999.
7º semestre
187
KOCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e
prática da pesquisa. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 2006.
COMPLEMENTAR
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico:
elaboração de trabalhos na Graduação. 2° Ed. São Paulo: Atlas. 1997. 152 p.
CERVO, Amando Luiz &BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 4ª ed. São
Paulo: MAKRON, 1996.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Editora Atlas,
5ª ed, 1999.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
_____. Para compreender a Educação do Estado no meio rural - Traços de uma trajetória
In: THERRIEN, Jacques e DAMASCENO, Maria Nobre (Coords.). Educação e escola
no campo. Campinas: Papirus, 1993. p.15 a 40.
COMPLEMENTAR
AUED, Bernardete Wrublevski (Org.), VENDRAMINI, Célia Regina (Org.). Educação
do campo: desafios teóricos e práticos. Florianópolis, SC, 2009.
189
CALDART, Roseli Salete. A escola do campo em movimento In: BENJAMIM, Cezar;
CALDART, Roseli Salete. Projeto Popular e Escolas do Campo. 2ª edição. Brasília: DF:
Articulação Nacional por uma educação no Campo, 2001. (Coleção Por um a Educação
Básica no Campo nº 3).
QUELUZ, Ana Gracinda. (orient.); ALONSO, Myrtes (org.). O trabalho docente: Teoria
e Prática. São Paulo:Pioneira,1999.
COMPLEMENTAR
ALMEIDA, Jane Soares de. Estágio Supervisionado em prática de ensino – relevância
para a formação ou mera atividade curricular?, In: Revista ANDE, v. 13, nº 20, p. 39 –
42., 1994.
190
BEHRENS, Marilda Aparecida. O Estágio Supervisionado de Prática de Ensino: Uma
proposta coletiva de reconstrução. Dissertação de Mestrado em Educação. São Paulo,
PUC/SP. 1991.
COMPLEMENTAR
BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros curriculares
nacionais:ciências naturais.3 ed.Brasília: MEC/SEF,2001.
PESSOA, O. F., GEVERTZ, R. & SILVA, A. G. Como ensinar ciências. Vol. 104, 5.
ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1985.
Genética e Evolução
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
30 h/a 15h/a 15h/a 15h/a 75h/a 7º Específico
EMENTA
Introdução a história da genética e da evolução. Teorias cromossômicas. Análise
mendeliana, mecanismos de herança, recombinação e mapeamento genético. Estrutura e
função das moléculas de DNA e RNA. Mecanismos moleculares da replicação e
transcrição dos ácidos nucléicos. Genética de populações. Tecnologia do DNA
recombinante. Técnicas de biologia molecular. Teorias Evolutivas. Origem das espécies
e da biodiversidade. Espécies e especiação. Macroevolução: padrões, processos e
tendências evolutivas. Evolução Molecular (genes, genomas e filogenia de espécies).
Evolução da Espécie Humana. Ensino da Genética e da Biologia Evolutiva.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
FARAH, SB. DNA: Segredos & Mistérios, 2ª ed. Ed. Savier, 2007.
COMPLEMENTAR
HIB, J; ROBERTIS Jr, EM. Bases da Biologia Celular e Molecular. 4ª ed. Ed.
Guanabara-Koogan, 2006
WATSON, J D.; BELL, S P.; BAKER, T A.Biologia Molecular do Gene. 5ª ed. Porto
Alegre, Artmed, 2006
192
Anatomia e Fisiologia Humana I
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
30 h/a 15h/a 15h/a 15h/a 75h/a 7º Específico
EMENTA
Introdução à história da anatomia e fisiologia humana. Características dos diferentes
tipos de tecidos. Anatomia e fisiologia dos sistemas: ósseo, muscular, respiratório, renal
e digestório. Anatomia do sistema reprodutor. Prática pedagógica para o ensino de
anatomia I.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
ALBERTS, B.; BRAY, D.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.;
WALTER, P. Fundamentos de Biologia Celular. Artes Médicas, São Paulo, 1999.
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10ª ed. Guanabara Koogan, Rio
de Janeiro, 2004.
COMPLEMENTAR
AIRES, M. M. Fisiologia. 2ª ed. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro. 1999.
Paleontologia
Teórica Prática APC Total Semestre Núcleo
30 h/a 15h/a 15h/a 60h/a 7º Específico
EMENTA
Tempo geológico. Tipos de rochas. Formação da litosfera. Teoria da deriva continental.
Intemperismo e formação das paisagens. Geomorfologia e conservação das bacias
hidrográficas. A evolução da atmosfera terrestre. Processos e ambientes de fossilização.
A evolução da vida do Arqueano ao Quaternário. Jazigos fossilíferos do Brasil. Técnicas
de preparação de fósseis para atividades de educação
BIBLIOGRAFIA
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Paleontologia de vertebrados: grandes temas e contribuições científicas. Rio de Janeiro,
Interciência.
Probabilidade e Estatística
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
45 h/a 15h/a 15h/a 15h/a 90h/a 7º Específico
EMENTA
Tipos de variáveis e representação gráfica. Processos de contagem e distribuições de
frequência. Medidas de posição, concentração, dispersão e forma. Experimento
aleatório. Espaço amostral e eventos. Definição de probabilidade. Probabilidade em
espaços amostrais finitos. Probabilidade condicional independência. Utilização de
softwares para Estatística.
BIBLIOGRAFIA
BÁSICA
COMPLEMENTAR
CRESPO, A. A. Estatística fácil. 8ª edição. São Paulo: Saraiva, 1991.
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Matemática Financeira Aplicada ao Contexto do Campo
Teórica Prática AD APC Total Semestre Núcleo
30h/a 30h/a 15h/a 15h/a 90h/a 8º Específico
EMENTA
Regimes de capitalização. Juros e descontos simples. Juros compostos. Taxas de juros.
Séries de capitais. Sistemas de amortização. Análise de projetos e alternativas de
investimentos. Impostos e depreciação.
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208
ANEXOS
209
210
211
212
Anexo 2 – Portaria nº. 72/2012
213
Anexo 3 – Parecer do Conselho Nacional de Educação (Licenciatura da UFOP)
214
215
216
217
218
219
220
Anexo 4 – Projeto Pedagógico encaminhado ao Ministério da Educação em
atendimento ao Edital de seleção n.º 02/2012 da SESU/SETEC/SECADI/MEC, de 31 de
agosto de 2012
221