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04/08/2017 Consulta Processo

Consulta da Movimentação Número : 32


PROCESSO 0048914-49.2015.4.03.6144
Autos com (Conclusão) ao Juiz em 01/06/2016 p/ Sentença
*** Sentença/Despacho/Decisão/Ato Ordinátorio
Tipo : A - Com mérito/Fundamentação individualizada /não repetitiva
Livro : 1 Reg.: 576/2016 Folha(s) : 937
Vistos em sentença.Trata-se de ação de conhecimento ajuizada por JNB
- SERVIÇOS E COMÉRCIO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO LTDA.
em face da UNIÃO, objetivando a concessão de provimento jurisdicional
que lhe assegure o creditamento de valores já reconhecidos como
passíveis de devolução à autora, no Parecer SEORT/DRF/BRE n.º
275/2014 da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Em suma,
sustenta a parte autora que ingressou com os pedidos de restituição
através dos processos 13896.001379/2007-64 (26/09/2007),
37376.000245/2007-63 (09/02/2009), 37376.000246/2007-16
(09/02/2009), 37376.000247/2007-52 (09/02/2009) e
138.001006/2009-55 (30/04/2009), a fim de reaver contribuição
previdenciária recolhida a maior, que resultaram em decisão favorável,
exarada em 13/08/2014. Ocorre que, até o momento, a parte autora
não recebeu o quantum restituível (R$ 106.442,41).Narra que em
reclamação direcionada à ouvidoria do órgão fazendário, obteve a
resposta de que o processo de restituição encontra-se aguardando a
liberação de recursos financeiros por parte do Ministério do
Planejamento, Orçamentário e Gestão. Juntou procuração e
documentos às fls.14/76 e 82/83.Custas comprovadas às
fls.84/85.Decisão proferida às fls.79 indeferiu o pedido de antecipação
dos efeitos da tutela.A parte autora comprovou a interposição de
Agravo de Instrumento (0029293-68.2015.403.0000) em face da r.
decisão.Citada, a União se manifestou nos termos da contestação de
fls.110/117, pugnando pela improcedência do pedido tendo em vista a
existência de débitos em nome da autora, incluídos em programa de
parcelamento.Réplica às fls.119/130.Instadas a se manifestarem acerca
do interesse na produção de provas, as partes requereram o
julgamento do processo (fls.132/133).É o Relatório. Decido.Julgo
antecipadamente a lide, nos termos do artigo 355, I do Código de
Processo Civil.A Instrução Normativa n.º 1.300 da RFB, que estabelece
normas sobre restituição no âmbito da Receita Federal do Brasil assim
dispõe:"Art. 2º Poderão ser restituídas pela RFB as quantias recolhidas
a título de tributo sob sua administração, bem como outras receitas da
União arrecadadas mediante Darf ou GPS, nas seguintes hipóteses:I -
cobrança ou pagamento espontâneo, indevido ou em valor maior que o
devido;II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da
alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração
ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; ouIII -
reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. 1º
Também poderão ser restituídas pela RFB, nas hipóteses mencionadas
nos incisos I a III, as quantias recolhidas a título de multa e de juros
moratórios previstos nas leis instituidoras de obrigações tributárias
principais ou acessórias relativas aos tributos administrados pela RFB.
2º A RFB promoverá a restituição de receitas arrecadadas mediante
Darf e GPS que não estejam sob sua administração, desde que o direito
creditório tenha sido previamente reconhecido pelo órgão ou entidade
responsável pela administração da receita. 3º Compete à RFB efetuar a
restituição dos valores recolhidos para outras entidades ou fundos,
exceto nos casos de arrecadação direta, realizada mediante
convênio.Art. 3º A restituição a que se refere o art. 2º poderá ser
efetuada:I - a requerimento do sujeito passivo ou da pessoa autorizada
a requerer a quantia; ouII - mediante processamento eletrônico da
Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física

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(DIRPF). 1º A restituição de que trata o inciso I do caput será requerida


pelo sujeito passivo mediante utilização do programa Pedido de
Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de
Compensação (PER/DCOMP)...."Com fundamento nas previsões
normativas acima citadas, a parte autora, por meio dos processos
administrativos n.ºs 13896.001379/2007-64 (26/09/2007),
37376.000245/2007-63 (09/02/2009), 37376.000246/2007-16
(09/02/2009), 37376.000247/2007-52 (09/02/2009) e
138.001006/2009-55 (30/04/2009), posteriormente centralizados no
de n.º 37376.000245/2007-63, formalizou pedido de restituição de
tributo recolhido a maior, obtendo provimento favorável ao seu
pleito.Conforme o parecer SEORT/DRF/BRE n.º 275/2014, as retenções
efetivadas com base no artigo 31 da Lei n.º 8.212/91 geraram um
saldo passível de compensação/restituição, no valor total de R$
106.442,41 (cento e seis mil quatrocentos e quarenta e dois reais e
quarenta e um centavos), sob o fundamento legal descrito nos artigos
31, 32 e inciso IV, 33 e 89 da Lei n.º 8.212/91. Ressalte-se que esta
decisão foi proferida em 16/07/2012 (fls.27/31).E o artigo 73 da Lei
9.430 de 1996 deixa consignado, no seu caput, que "A restituição e o
ressarcimento de tributos administrados pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil ou a restituição de pagamentos efetuados mediante
DARF e GPS cuja receita não seja administrada pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil será efetuada depois de verificada a ausência
de débitos em nome do sujeito passivo credor perante a Fazenda
Nacional.".Nesse sentido, e tendo em vista a intimação emitida em
20/02/2015, pela RFB (fls.32), identificou-se débito referente ao
Simples Nacional que impediu, em um primeiro momento, a liberação
do montante apurado em favor do contribuinte.Ocorre que o referido
débito se encontra liquidado, conforme se comprova pelas cópias dos
documentos de arrecadação acostados às fls.38/40, o que eliminou, em
princípio, eventual óbice ao creditamento do saldo que lhe foi
reconhecido.Contudo, em contraposição às alegações da parte autora, a
parte ré informa a existência de débito incluído no parcelamento da Lei
n.º 12.996/14 que constitui impedimento à liberação do montante
pretendido, uma vez que o ato administrativo estaria pendente de
consolidação, conforme se verifica nos extratos de fls.114/117 e que,
portanto, não seria possível aferir, ainda, quais débitos encontrar-se-
iam abrangidos nas prestações.A alegação da parte ré não merece
prosperar tendo em vista que o empecilho à liberação de restituição
cinge-se à existência de débito líquido, certo e passível de cobrança, o
que não ocorre no caso dos autos, haja vista a regularidade na
formalização do parcelamento (fls.124) e a inexistência de provas que
demonstrem o seu descumprimento por parte do contribuinte. Ademais,
é pacífico o entendimento quanto à impossibilidade de o órgão
fazendário determinar a compensação de ofício com débitos que
estejam com sua exigibilidade suspensa. A matéria, inclusive, encontra-
se pacificada na jurisprudência, consoante decisão proferida em sede
de recurso repetitivo, pelo Superior Tribunal de Justiça, no REsp
1.213.082, a se ver:"PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO
ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (ART. 543-C, DO
CPC). ART. 535, DO CPC, AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO. COMPENSAÇÃO DE
OFÍCIO PREVISTA NO ART. 73, DA LEI N. 9.430/96 E NO ART. 7º, DO
DECRETO-LEI N. 2.287/86. CONCORDÂNCIA TÁCITA E RETENÇÃO DE
VALOR A SER RESTITUÍDO OU RESSARCIDO PELA SECRETARIA DA
RECEITA FEDERAL. LEGALIDADE DO ART. 6º E PARÁGRAFOS DO
DECRETO N. 2.138/97. ILEGALIDADE DO PROCEDIMENTO APENAS
QUANDO O CRÉDITO TRIBUTÁRIO A SER LIQUIDADO SE ENCONTRAR
COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA (ART. 151, DO CTN). 1. Não macula o
art. 535, do CPC, o acórdão da Corte de Origem suficientemente
fundamentado. 2. O art. 6º e parágrafos, do Decreto n. 2.138/97, bem
como as instruções normativas da Secretaria da Receita Federal que
regulamentam a compensação de ofício no âmbito da Administração
Tributária Federal (arts. 6º, 8º e 12, da IN SRF 21/1997; art. 24, da IN
SRF 210/2002; art. 34, da IN SRF 460/2004; art. 34, da IN SRF
600/2005; e art. 49, da IN SRF 900/2008), extrapolaram o art. 7º, do
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Decreto-Lei n. 2.287/86, tanto em sua redação original quanto na


redação atual dada pelo art. 114, da Lei n. 11.196, de 2005, somente
no que diz respeito à imposição da compensação de ofício aos débitos
do sujeito passivo que se encontram com exigibilidade suspensa, na
forma do art. 151, do CTN (v.g. débitos inclusos no REFIS, PAES, PAEX,
etc.). Fora dos casos previstos no art. 151, do CTN, a compensação de
ofício é ato vinculado da Fazenda Pública Federal a que deve se
submeter o sujeito passivo, inclusive sendo lícitos os procedimentos de
concordância tácita e retenção previstos nos 1º e 3º, do art. 6º, do
Decreto n. 2.138/97. Precedentes: REsp. Nº 542.938 - RS, Primeira
Turma, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em 18.08.2005; REsp. Nº
665.953 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. João Otávio de Noronha,
julgado em 5.12.2006; REsp. Nº 1.167.820 - SC, Segunda Turma, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 05.08.2010; REsp. Nº
997.397 - RS, Primeira Turma, Rel. Min. José Delgado, julgado em
04.03.2008; REsp. Nº 873.799 - RS, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro
Campbell Marques, julgado em 12.8.2008; REsp. n. 491342 / PR,
Segunda Turma, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em
18.05.2006; REsp. Nº 1.130.680 - RS Primeira Turma, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 19.10.2010. 3. No caso concreto, trata-se de
restituição de valores indevidamente pagos a título de Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ com a imputação de ofício em débitos
do mesmo sujeito passivo para os quais não há informação de
suspensão na forma do art. 151, do CTN. Impõe-se a obediência ao art.
6º e parágrafos do Decreto n. 2.138/97 e normativos próprios. 4.
Recurso especial parcialmente provido. Acórdão submetido ao regime
do art. 543-C, do CPC, e da Resolução STJ n. 8/2008.".(REsp
1.213.082/PR, Min. Rel. Mauro Campbell Marques, DJ 10/08/2011,
STJ).Frise-se que a suspensão da exigibilidade do crédito tributário
inicia-se da adesão ao respectivo programa, o que no caso dos autos se
deu em 11/09/2015, com o pagamento da primeira parcela, sob
condição resolutória de ulterior homologação. De tal modo que não se
mostra razoável atribuir ao sujeito passivo o ônus decorrente da
demora na apreciação dos pedidos de parcelamentos administrados
pela RFB. Sobre o assunto, o STJ:RECURSO ESPECIAL. PENAL. ART. 1º
DA LEI N. 8.137/1990. PARCELAMENTO. ADESÃO. LEI N. 11.941/2009.
SUSPENSÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA (ART. 68 LEI N. 11.941/2009).
PARCELAMENTO. CONSOLIDAÇÃO. IDENTIFICAÇÃO DOS DÉBITOS.
NECESSIDADE. NATUREZA DECLARATÓRIA. EFEITO RETROATIVO.1. A
discussão acerca da constitucionalidade da norma apontada como
violada refoge aos limites do recurso especial, destinado ao debate de
questões afetas à interpretação do direito infraconstitucional.2. Nos
termos do art. 68 da Lei n. 11.941/2009, o simples pedido de
parcelamento dos débitos efetuado pela empresa devedora não autoriza
a suspensão judicial do processo e do prazo prescricional, que somente
poderá ser efetivada após a sua consolidação, com a devida
identificação dos débitos nele incluídos, mesmo porque, sem esse
procedimento, é inviável saber se os débitos parcelados dizem respeito
à ação penal que se pretende sobrestar.3. A decisão que determina a
suspensão terá natureza meramente declaratória, retroagindo à data
em que formulado o pedido de parcelamento pelo devedor, uma vez
que o acusado não pode ser prejudicado em razão do tempo utilizado
na análise do seu pleito de parcelamento pela Administração tributária
ou na apreciação do pedido de suspensão pelo Poder Judiciário.4.
Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa extensão, provido.
(REsp 1235534/PR, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, T6, DJe
24/11/2015).Em suma, considerando-se que não há comprovação nos
autos de débito em aberto, cuja exigibilidade não esteja suspensa, que
justifique a retenção do valor de R$ 106.442,41, reconhecido como
devido no PA 37376.000245/2007-63, e tendo em vista a inexistência
de ilegalidade ou irregularidade que justifique impedimento à
restituição intentada, com razão a parte autora.Dispositivo.Posto isso,
pelos fundamentos acima elencados, JULGO PROCEDENTE o pedido
formulado na inicial, com fundamento no artigo 487, inciso I, do Código
de Processo Civil. Condeno a parte ré ao pagamento de honorários
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advocatícios, que fixo no mínimo previsto nos incisos do 3º do artigo 85


do CPC, sobre o valor atribuído à causa devidamente corrigido,
aplicando-se, no que for cabível, as demais disposições dos artigos 85 e
seguintes do CPC.Sem custas, em razão da isenção prevista no artigo
4º, I, da Lei n.º 9.289/1996.Havendo interposição de recurso, intime-
se a parte contrária para contrarrazões, no prazo legal e, após, com ou
sem apresentação destas, remetam-se os autos ao E. TRF da 3ª Região
com nossas homenagens.Caso transcorrido o prazo para eventual
recurso, certifique-se o trânsito em julgado e, nada mais requerido,
remetam-se os autos ao arquivo, observando-se as formalidades de
praxe.Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Intimação em Secretaria em : 15/06/2016

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