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CAMPANHA NACIONAL DE ESCOLAS DA COMUNIDADE – CNEC

CENTRO UNIVERSITÁRIO CENECISTA DE OSÓRIO – UNICNEC


CURSO DE DIREITO

Valdemir Horst

DA FLEXIBILIZAÇÃO DA GARANTIA LEGAL NOS CASOS DE BENS DURÁVEIS:


UMA ANALISE DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL

Osório
2017
Valdemir Horst

DA FLEXIBILIZAÇÃO DA GARANTIA LEGAL NOS CASOS DE BENS DURÁVEIS:


UMA ANALISE DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL

Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Direito


do Centro Universitário Cenecista de Osório -
UNICNEC, como requisito parcial para obtenção do
título de bacharel em Direito.

Orientador: Prof. Me. Cristiano da Silva Sielichow.

Osório
2017
SUMÁRIO

1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ........................................................................... 03


1.1 Tema de pesquisa ............................................................................................. 03
1.2 Problema de pesquisa ...................................................................................... 03
1.3 Justificativa........................................................................................................ 03
2 MARCO TEÓRICO ................................................................................................ 03
2.1 Princípios gerais do Código de Defesa do Consumidor................................ 04
2.2 Princípio da vulnerabilidade............................................................................. 05
2.3 Conceito de consumidor .................................................................................. 06
2.3.1 Consumidor hipossuficiente ............................................................................. 06
2.4 Conceito de fornecedor .................................................................................... 07
2.5 Conceito de bens duráveis ............................................................................... 08
2.6 Garantias e Prazos ............................................................................................ 09
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 10
3.1 Objetivo geral .................................................................................................... 10
3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 11
4 HIPÓTESES ........................................................................................................... 11
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 11
6 PLANO PROVISÓRIO ........................................................................................... 12
7 CRONOGRAMA .................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 14
3

1 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

O presente título traz o tema de pesquisa, o problema e a justificativa, com


considerações acerca de conceitos e teorias referentes ao conflito entre os direitos
do consumidor e a obrigações do fabricante.

1.1 Tema de pesquisa

Os direitos dispostos no Código de Defesa do Consumidor e as obrigações


dos fabricantes, em casos de garantias insuficientes para bens duráveis e o
comércio das garantias estendidas que se criou em decorrência dessa problemática.

1.2 Problema de pesquisa

Quais são os critérios pela doutrina e pela jurisprudência para flexibilização


da garantia legal quando o bem for durável.

1.3 Justificativa

Trata-se de tema relevante e que merece atenção acadêmica, tendo em


vista que reflete na interpretação e na aplicação de direitos e obrigações. Pois afeta
diretamente o andamento do judiciário, com a alta demanda pela busca dos direitos
a ressarcimentos por perdas e danos em decorrência das frustrações na aquisição
de bens duráveis.
Casos em que o fabricante importa componentes para a fabricação do
produto em série, colocando o produto no mercado, porém a falta das peças de
reposição, tornando-o inutilizável na maioria das vezes, o que acarreta em prejuízo
ao consumidor.
Desse modo, analisar e identificar cientificamente a responsabilidade do
fabricante, frente a tamanha problemática social, importante no âmbito jurídico.

2 MARCO TEÓRICO
4

Neste tópico serão inseridos pontos essenciais e iniciais para a análise do


tema, tais como os princípios do Código de Defesa do Consumidor, qual o conceito
de fornecedor e de bens duráveis. E por fim, a garantia, como funciona e os prazos.

2.1 Princípios gerais do Código de Defesa do Consumidor

Com as evoluções tecnológicas e industriais, surgiram grandes mudanças na


sociedade e nas relações entre as pessoas. Nesta relação o fornecedor é quem
detém informações e conhecimentos sobre seus produtos desenvolvidos, fabricados
e comercializados, no entanto ciente dos riscos, conhecimento esse que não está ao
alcance do consumidor, tendo este que apenas ponderar com as informações
repassadas pelo fornecedor. Assim configurando a existência da desigualdade entre
consumidor e fornecedor, gerando um necessidade de haver mecanismos para
equilibrar mais a relação1.
Com isto, houve a tutela do mais vulnerável na Constituição Federal surgindo
uma garantia fundamental. Por fim, surgiu a LEI nº 8078/90, instituiu o Código de
Defesa do Consumidor, norma esta, pública e de interesse da sociedade.
O Código de Defesa do Consumidor é um microssistema que garante a
proteção e defesa do consumidor, possuindo regras e princípios próprios:
 Princípio da dignidade da pessoa humana,
 Princípio da proteção,
 Princípio da transparência,
 Princípio da vulnerabilidade,
 Princípio da boa-fé objetiva e do equilíbrio,
 Princípio da informação,
 Princípio da facilitação da Defesa,
 Princípio da revisão das cláusulas contratuais,
 Princípio da conservação dos contratos,
 Princípio da solidariedade,
 Princípio da igualdade,

1
Desembargador Maldonado de Carvalho. Aula I, Princípios Gerais do CDC e Direitos básicos do
consumidor. Disponível em:
<http://www.emerj.tjrj.jus.br/publicacoes/cadernos_de_direito_do_consumidor/edicoes/cadernos_de_d
ireito_do_consumidor_9.pdf> Acesso em: 26 Ago. 2017.
5

Tais princípios tem a finalidade de proteger o consumidor vulnerável, tendo


em vista que no presente artigo se fará uma breve análise dos princípios
relacionados à garantias.

2.2 Princípio da vulnerabilidade

O princípio da vulnerabilidade foi o ponto crucial da LEI nº 8.078/1990, Código


de Defesa do Consumidor, elencado no capítulo voltado à Política Nacional de
Relações de Consumo, em seu artigo 4º, inciso I.

Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o


atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos,
a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia
das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios; I -
reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de
consumo2;

Este princípio é o norteador dos conflitos entre consumidores e fornecedores,


explica a necessidade de proteger o consumidor que é a parte hipossuficiente na
relação jurídica, com a criação de leis próprias, porquanto as relações de consumo
são muito desiguais entre fabricantes/fornecedores e consumidores.

A vulnerabilidade decorre de o consumidor ser o elemento mais fraco da


relação consumerista, por não dispor do controle sobre a produção dos
produtos, consequentemente acaba se submetendo ao poder dos
detentores deste controle, no que surge à necessidade da criação de uma
política jurídica que busque a minimização dessa disparidade na dinâmica
das relações de consumo3.

Embora a questão não esteja pacificada, o princípio que não se pode


olividar (art. 4º, I, do CDC) é o do reconhecimento da vulnerabilidade do
consumidor no mercado de consumo, e a sua aplicação deverá proteger a
parte hipossuficiente da relação jurídica. Essa hipossuficiência do
consumidor não deve ser interpretada somente pelo aspecto financeiro, pois
não necessariamente o consumidor será o polo economicamente mais
fraco, mas a hipossuficiência está localizada no campo técnico, vez que é o

2 BRASIL. LEI nº 80.78, de 11 de Setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Disponível


em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm> Acesso em: 28 ago. 2017.
3 SOARES, Whelison Cerqueira. Princípios atinentes ao direito do consumidor. Disponível em:

<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8959&revista_caderno=10>. Acesso em:
26 Out. 2017.
6

fornecedor quem domina o campo técnico no qual seu produto ou serviço


está inserido.4

O aludido artigo faz referência a alguns que são mais esclarecidos


juridicamente, considerados experts transferem seus riscos e custos profissionais
aos consumidores geralmente leigos, que desconhecem as técnicas e materiais que
compõem os produtos, sendo assim a classe vulnerável da relação de consumo5.

2.3 Conceito de consumidor

O legislador ao elaborar o Código de Defesa do Consumidor, resolveu


conceituar consumidor, podemos ter conhecimento e distinção do mesmo se
fizermos uma interpretação dos seguintes artigos relacionados.

Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza


produto ou serviço como destinatário final.
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas,
ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo6.

Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas
as vítimas do evento7.

Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos


consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas
nele previstas8.

Segundo Rizzato “apesar de algumas dificuldades, a definição de consumidor


tem grande virtude de colocar claramente o sentido querido na maior parte dos
casos”9.
Então consumidor é o destinatário final do produto ou serviço conforme
preceitua o artigo 2º do Código de Defesa do Consumidor.

2.3.1 Consumidor hipossuficiente

4 MACHADO, Antônio Claudio da Costa/Organizador. Código de Defesa do


Consumidor/Interpretado. COLNAGO, Rodrigo Henrique. TÍTULO I. Dos Direitos do Consumidor.
CAPITULO I. Disposições Gerais. Ed 2013. Barueri. Manoele. P. 2.
5 BENJAMIN, Antônio Herman V., Manual de direito do consumidor / Antônio Herman V. Benjamin,

Claudia Lima Marques, Leonardo Roscoe Bessa. 3 ed. revista, atualizada e ampliada. São Paulo:
Revista dos Tribunais. 2010. P. 38.
6 BRASIL. LEI nº 80.78, de 11 de Setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Disponível

em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm> Acesso em: 28 ago. 2017.


7 Ibidem.
8 Ibidem.
9 NUNES, Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 8ª Ed. revisado e atualizado. São Paulo.

Saraiva. 2013. P. 121.


7

Alguns pontos diferenciam consumidor vulnerável do consumidor


hipossuficiente, este segundo ao qual será brevemente destacado está referido pelo
legislador no artigo 6º, VIII do Código de Defesa do Consumidor, tendo o legislador
deixado especificado a referida proteção, para Maldonado de Carvalho: “A
hipossuficiência está voltada para a maior ou menor dificuldade da produção de
determinada prova, a facultar, inclusive, a inversão do ônus probatório. Dessa forma,
todo consumidor é vulnerável, mas nem todo consumidor vulnerável também é
hipossuficiente”10.

2.4 Conceito de fornecedor

Temos elucidado no artigo 3º do Código de Defesa do Consumidor a definição


de fornecedor. A leitura pura e simples desse caput já é capaz de nos dar um
panorama da extensão das pessoas enumeradas como fornecedoras[...]11.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços12.

Para Lucilene Abreu Martins fornecedor é a parte passiva da relação jurídica,


existindo 3 tipos:

a) Fornecedor Real – é o que participa efetivamente da realização e


criação do produto, envolvendo o fabricante, o produtor, o construtor,
abrangendo o fornecedor final e o indeterminado;
b) Fornecedor Aparente – compreende o detentor do nome, marca ou
signo oposto no produto;
c) Fornecedor Presumido, abrangendo o importador de produto anônimo
(este último disciplinado no art. 13 do CDC13.

10
Desembargador Maldonado de Carvalho. Aula I, Princípios Gerais do CDC e Direitos básicos do
consumidor. Disponível em:
<http://www.emerj.tjrj.jus.br/publicacoes/cadernos_de_direito_do_consumidor/edicoes/cadernos_de_d
ireito_do_consumidor_9.pdf> Acesso em: 26 Ago. 2017.
11
NUNES, Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 8ª Ed. revisado e atualizado. São Paulo.
Saraiva. 2013. P. 135.
12
BRASIL. LEI nº 80.78, de 11 de Setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm> Acesso em: 28 ago. 2017.
13 MARTINS, Lucilene Abreu. Uma visão sobre a responsabilidade do fabricante e do fornecedor

por vícios nos produtos colocados no mercado de consumo. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11064> Acesso em: 30 Out.
2017.
8

Formando assim a cadeia de fornecedores, os quais de forma organizada e


disponibilizam produtos aos consumidores, criando assim a relação jurídica de
consumo.

2.5 Conceito de bens duráveis

Os bens duráveis são os bens de longa duração, os quais geralmente


pretende-se usar por um longo prazo, porém levando em consideração que nem
todo produto é eterno em seu uso, ele se desgasta com o tempo, como exemplo
uma casa, com o passar dos anos surge a necessidade de reformas, mas isso não
se enquadra como vício do serviço. Então como cita Rizzatto Nunes, “produto
durável é aquele que, como o próprio nome diz, não se extingue com o uso. Ele
dura, leva um tempo para se desgastar. Pode- e deve - ser utilizado muitas vezes”.14
Para distingui-los dos produtos não duráveis, que são aqueles consumidos
imediatamente, após o uso, como alimentos e medicamentos, deve ser considerado
que se o uso não o extinguir então é bem durável, como refrigeradores, lavadoras de
roupas e telefones celulares.
Tendo inclusive prazos diferenciados no Código de Defesa do Consumidor,
para bens duráveis e não duráveis, para Lúcio Wandeck;

O Código não define o que são produtos ou serviços não duráveis ou


duráveis. Melhor seria se o CDC houvesse fixado prazos de duração, como,
por exemplo, “não duráveis são aqueles dos quais se espera que
mantenham a sua eficiência no prazo compreendido entre 1 e 90 dias, e
duráveis são aqueles dos quais se espera que mantenham sua eficiência no
prazo compreendido entre 1 e 5 anos”.15

Assim extrai-se que um consumidor adquire um bem durável leva-se em


consideração que este pretende usá-lo por determinado tempo, ou seja, um lapso
temporal de no mínimo 1 à 5 anos. Desta forma, dentro desse prazo, podem ocorrer
desgastes, e que reparos necessários deverão ser realizados, tendo em vista o
desgaste natural de peças.

14
NUNES, Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 8ª Ed. revisado e atualizado. São Paulo.
Saraiva. 2013. P. 141.
15 GOMES, Lúcio Wandeck de Brito. Descomplicando o Código de defesa do Consumidor.

Explicações claras, precisas e objetivas. 2 Ed. Rio de Janeiro. BestSeller. 2011. P. 57.
9

2.6 Garantias e Prazos

O Código de Defesa do Consumidor prevê no artigo 24 que o fornecedor deve


cobrir uma garantia legal, independendo de um termo expresso, não podendo se
exonerar disso. Para Rizzatto Nunes “a garantia é de adequação, o que significa
qualidade para o atingimento do fim a que se destina o produto ou serviço,
segurança para não causar danos ao consumidor, durabilidade e desempenho”16.
Não há expressa a determinação de um prazo de tal garantia devendo ser feita uma
análise do artigo 24 e 26 do Código de Defesa do Consumidor.

Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de


termo expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação
caduca em:
I- trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não
duráveis;
II- noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos
duráveis.
§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva
do produto ou do término da execução dos serviços.
§ 2º Obstam a decadência:
I- a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o
fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente,
que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II- (Vetado).
III- a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento
em que ficar evidenciado o defeito17.

Assim, podemos observar que o inciso II aborda os bens duráveis, o que nos
interessa, e o parágrafo 3º retrata sobre o vício oculto, de difícil constatação, pois
somente soma o prazo de decadência para reclamar quando percebido o vício, “a
contagem desses prazos inicia-se somente a partir do dia em que ficar evidenciado
o defeito, isto é, a partir do dia em que o consumidor o descobrir”18. Pois poderá
adquirir um bem durável, como exemplo um refrigerador, aparentemente não
perceberá problemas, após um período de uso, constata-se que ele não mantém a
temperatura no ideal, levando os alimentos a estragarem por má refrigeração, mas

16 NUNES, Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 8ª Ed. revisado e atualizado. São Paulo.
Saraiva. 2013. P. 426.
17 BRASIL. LEI nº 80.78, de 11 de Setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm> Acesso em: 28 ago. 2017.


18
GOMES, Lúcio Wandeck de Brito. Descomplicando o Código de defesa do Consumidor.
Explicações claras, precisas e objetivas. 2 Ed. Rio de Janeiro. BestSeller. 2011. P. 57.
10

já se passaram 40 dias após a aquisição, assim, tendo 90 dias, após a constatação


do vício oculto para reclamar e exigir reparo ou substituição se for o caso.
Além do mais, também é possível, se o fornecedor optar, ter a garantia de
fábrica ou contratual, que seria um bônus garantido pelo fornecedor, assim sendo
estipulam prazo, para eletrodomésticos geralmente é 1 ano, e está sim, deve possuir
um termo em escrito e ser complementar a garantia legal, está previsto no artigo 50
do Código de Defesa do Consumidor.

Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida


mediante termo escrito.

Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado


e esclarecer, de maneira adequada em que consiste a mesma garantia,
bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus
a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido
pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de
instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com
ilustrações19.

O referido artigo acima citado, esclarecedor e detalhado, tem sido cumprido


na maioria das vezes, o porém da situação é a eficácia ao se fazer cumprir sua
finalidade, para Benjamin, “[...] Uma das práticas corriqueiras, particularmente no
mercado brasileiro, é “cozinhar”, no próprio estabelecimento comercial, o consumidor
que reclama, levando-o a crer que seu problema será resolvido [...]”20.

3 OBJETIVOS

Será apresentado neste tópico os objetivos gerais e específicos relacionados.

3.1 Objetivo Geral

Analisar as leis especificas que regulam a responsabilidade do fabricante no


Código de Defesa do Consumidor e os julgamentos e interpretações aplicadas pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, no período entre os anos de
2014 e 2017, em se tratando de garantias no caso dos bens duráveis.

19 BRASIL. LEI nº 80.78, de 11 de Setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor.


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm> Acesso em: 28 ago. 2017.
20
BENJAMIN, Antônio Herman V., Manual de direito do consumidor / Antônio Herman V. Benjamin,
Claudia Lima Marques, Leonardo Roscoe Bessa. 3 ed. revista, atualizada e ampliada. São Paulo:
Revista dos Tribunais. 2010. P. 128.
11

3.2 Objetivos Específicos

Como objetivos específicos pretende-se:


a) Esclarecer e auxiliar o consumidor a procurar solução nos casos em que
houver o desamparo pelo fabricante;
b) Analisar casos concretos buscando jurisprudências no Tribunal de Justiça do
Rio Grande do Sul, no período entre os anos de 2014 e 2017;
c) Interpretar doutrinas e orientações específicas sobre o caso de problemas
com produtos já fora do prazo de garantia;
d) A responsabilidade do fabricante em repor componentes no mercado para
suprir as demandas de manutenção dos produtos.

4 HIPÓTESES

Quando o consumidor adquire um bem durável a expectativa de vida útil


do produto é de um período considerável para que supra suas necessidades.
O período de cobertura da garantia tem sido insatisfatório frente a
expectativa por ser um bem durável.
Em muitos casos de produtos com defeitos posterior ao período de
garantia, o produto fica inutilizado, não havendo possibilidade de conserto por
falta de peças de reposição, ou em muitos casos ficando inviável o conserto por
conta do valor.
Frente a legislação brasileira geralmente o fornecedor tem cumprido suas
obrigações em oferecer garantias sobre produtos e serviços, contudo tem sido
precária e insuficiente tendo em vista a expectativa que o consumidor tem ao
adquirir um bem durável.

5 METODOLOGIA

O referido projeto será apresentado em forma de artigo científico, baseando-


se em análises e pesquisa bibliográfica documental, utilizando legislação, doutrina,
artigos científicos e pesquisas jurisprudenciais do Tribunal de Justiça do Estado do
Rio Grande do Sul, no período entre os anos de 2014 e 2017.
12

6 PLANO PROVISÓRIO

INTRODUÇÃO
1 PRINCÍPIOS DO DIREITO DO CONSUMIDOR
1.1 Princípio da vulnerabilidade
1.2 Princípio da transparência
1.3 Princípio da proteção
1.4 Princípio da dignidade da pessoa humana
2 CONCEITOS
2.1 Conceito de consumidor
2.2 Conceito de fornecedor
2.3 Conceito de bens duráveis
2.3.1 Conceito de riscos do desenvolvimento
2.4 Garantias e prazos
3 ELEMENTOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO
3.1 Elementos subjetivos da relação de consumo
3.2 Elementos objetivos da relação de consumo
4 DA RESPONSABILIDADE CIVIL
4.1 Conceito de responsabilidade
4.2 Conceito de obrigações
4.1 A responsabilidade civil nas relações de consumo
4.1.1 Da responsabilidade civil contratual
4.1.2 Da responsabilidade civil extracontratual
4.2 Responsabilidade pelo vício do produto e do serviço
4.3 Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço
5 DIFERENÇA ENTRE VÍCIO E DEFEITO
5.1 Vício do produto
5.2 Defeito do produto
6 O DIREITO DO CONSUMIDOR
6.1 Consumo
6.2 Relação
6.3 Relação de consumo
6.4 Consumidor – Coletividade
13

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

7 CRONOGRAMA

A seguir disposto o cronograma distribuído a programação seguida no


decorrer do período utilizado para a elaboração do referido projeto.

ATIVIDADES Ago Set Out Nov Dez Fev Mar Abr Mai Jun
Escolha do Orientador
Eleição do tema
Busca Bibliográfica
Colocação do problema
e objetivos
Fichamento e
sistematização da
bibliografia
Hipótese e marco
teórico
Revisão final de
hipótese e marco
teórico
Análise de dados
bibliográficos
Primeira redação do
informe
Entrega do TCC 1
Apresentação do TCC 1
Elaboração do artigo
Revisão final do TCC 2
e tradução do resumo
Entrega do TCC 2
Apresentação do artigo
14

REFERÊNCIAS

BENJAMIN, Antônio Herman V., Manual de direito do consumidor / Antônio


Herman V. Benjamin, Claudia Lima Marques, Leonardo Roscoe Bessa. 3 ed. revista,
atualizada e ampliada. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2010. 464 p.

BRASIL. LEI nº 80.78, de 11 de Setembro de 1990. Código de Defesa do


Consumidor. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm>
Acesso em: 28 ago. 2017.

Desembargador Maldonado de Carvalho. Aula I, Princípios Gerais do CDC e


Direitos básicos do consumidor. Disponível em:
<http://www.emerj.tjrj.jus.br/publicacoes/cadernos_de_direito_do_consumidor/edicoe
s/cadernos_de_direito_do_consumidor_9.pdf> Acesso em: 26 Ago. 2017.

GOMES, Lúcio Wandeck de Brito. Descomplicando o Código de defesa do


Consumidor. Explicações claras, precisas e objetivas. 2 Ed. Rio de Janeiro.
BestSeller. 2011. 234 p.

MACHADO, Antônio Claudio da Costa/Organizador. Código de Defesa do


Consumidor/Interpretado. COLNAGO, Rodrigo Henrique. TÍTULO I. Dos Direitos
do Consumidor. CAPITULO I. Disposições Gerais. Ed 2013. Barueri. Manoele.

MARQUES, Claudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor: o


novo regime das relações contratuais. 5 ed. Revista, atualizada e ampliada. São
Paulo. Revista dos Tribunais. 2005. 1342 p.

MARTINS, Lucilene Abreu. Uma visão sobre a responsabilidade do fabricante e


do fornecedor por vícios nos produtos colocados no mercado de consumo.
Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11064>
Acesso em: 30 Out. 2017.

NUNES, Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor. 8ª Ed. revisado e atualizado.


São Paulo. Saraiva. 2013. 928 p.

SOARES, Whelison Cerqueira. Princípios atinentes ao direito do consumidor.


Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8959&revista_caderno
=10>. Acesso em: 26 Out. 2017.

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