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ECV-152 ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO

PROFª. GLEDSA ALVES VIEIRA


NOTAS DE AULA - SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM

Notas de aula - AULA 1 - Serviços de Terraplenagem

O tema que trataremos aqui são serviços de terraplenagem. Veremos que na


concepção de uma rodovia a escolha do trajeto é de vital importância na
quantificação do custo de uma rodovia e que dependendo do trajeto e da cota
do terrapleno escolhido pode-se usar uma boa parte do material que será obtido
em cortes para a construção dos aterros ou rejeitá-lo quando inservível como
material de bota-fora.

Também veremos as Normas DNIT sobre as Especificações de Serviços de


terraplenagem. Sugiro posteriormente, que leiam as normas que serão tratadas
no decorrer de nossas aulas.

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1. TERRAPLENAGEM

O serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo


terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais
de navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, pátios
industriais, edificações, barragens e plataformas diversas.

De forma genérica, a terraplanagem ou movimento de terras, pode ser


entendida como o conjunto de operações necessárias para remover a terra,
dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que há falta, tendo
em vista um determinado projeto a ser implantado.

1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM

As etapas que constituem os serviços de terraplenagem são as seguintes:

a) escavação;
b) carregamento do material escavado;
c) transporte;
d) descarga, espalhamento e compactação.

Quando as especificações determinam a obtenção de certo grau de


compactação no aterro, haverá, ainda, a operação final de adensamento do
solo até os índices mínimos estabelecidos.

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1.1.1. Escavação

Consiste no emprego de ferramentas cortantes, como a faca de lâmina ou os


dentes da caçamba de uma carregadeira, com o intuito de romper a
compacidade do solo em seu estado natural.

1.1.2. Carregamento

Consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do


material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi
escavado.

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1.1.3. Transporte

Consiste na movimentação da terra do local em que é escavada para onde


será colocada em definitivo.
Distinguimos o transporte com carga, quando o equipamento está carreado,
isto é, a caçamba está ocupada sem a sua totalidade pelo material escavado,
do transporte vazio, fase em que a máquina já retorna ao local de escavação
sem a carga de terra.

1.1.4. Descarga e espalhamento

Consistem na descarga e espalhamento do material transportado no local do


aterro a ser construído, com o objetivo de execução do aterro propriamente
dito. Quando as especificações determinam a obtenção de certo grau de
compactação no aterro haverá, ainda, a operação final de adensamento do solo
até índices mínimos estabelecidos.

Essas operações básicas podem ser executadas pela mesma máquina ou por
equipamentos diversos. Exemplificando, um trator de esteira provido de lâmina,
executa sozinho todas as operações acima indicadas, sendo que as três
primeiras com simultaneidade.

Essas quatro operações repetem-se através do tempo, constituindo- se,


portanto, num trabalho cíclico e o seu conjunto denomina-se ciclo de
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operação. A determinação do ciclo de operação permitirá o estudo da
estimativa da produção de um equipamento de terraplenagem.

Vejam como caiu em prova:

01 - (IPOJUCA 2009 – CESPE) Terraplenagem é a movimentação de terra


por corte ou aterro de uma determinada área, com o objetivo de torná-la
plana e, se necessário ao projeto, horizontal.

Bem, nessa questão o examinador tentou enganar o candidato alterando o


conceito de terraplenagem. No início da aula vimos que o serviço de
terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo terrestre para
implantação de obras de engenharia.

Portanto, pessoal, não caia nessa não! Lembrem-se quando estão viajando de
carro por uma rodovia e recordem como há inúmeros trechos com subidas e
descidas ao longo do caminho. O conteúdo da afirmativa está errado.

Gabarito: Errada

1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA


TERRAPLENAGEM

Conforme destacado anteriormente, a terraplenagem consiste, em termos


gerais, na execução de cortes e de aterros. Porém, antes de dar início às
operações básicas, é necessária a retirada de todos os elementos, naturais
ou artificiais, que não participarão diretamente ou que possam interferir nestas
duas operações.
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O conjunto de todas essas atividades é designado por Serviços Preliminares,


os quais compreendem o desmatamento, o destocamento e a limpeza.

O desmatamento é o corte e remoção de toda vegetação de qualquer


densidade e posterior limpeza das áreas destinadas à implantação da
plataforma a ser construída.

O destocamento e a limpeza são operações de escavação e remoção total


dos tocos e raízes e da camada de solo orgânico, na profundidade necessária,
até o nível do terreno considerado apto para terraplenagem das áreas
destinadas à implantação da plataforma a ser construída.

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Trator de Esteiras efetuando o destocamento

A área a desmatar deverá ser definida após o projeto de terraplenagem onde


são previstos os limites necessários à implantação dos cortes e aterros
denominados off-sets de terraplenagem.

Caros alunos, segundo o Glossário de Termos Técnicos Rodoviários do DNIT,


off-set significa estaca cravada a 2 m da crista de corte ou pé de aterro,
devidamente cotada, que serve de apoio à execução de terraplenagem e
controle topográfico, sempre no mesmo alinhamento das seções transversais

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É comum durante a fase de implantação da rodovia alteração dos limites de


desmatamento definidos em projeto, em face da dificuldade das máquinas
de acompanhar a linha sinuosa que limita os off-set, principalmente nas regiões
de vegetação densa. Então para facilitar o desempenho operacional o
desmatamento passa a ser feito por segmento de reta, aumentando a área a
desmatar, agredindo o meio ambiente, facilitando a erosão e o assoreamento,
bem como diminuindo a estabilidade do talude.

Pessoal, nosso interesse é tentar extrair do conteúdo os principais conceitos de


cada tema. Vamos a um resumo da norma DNIT 104/2009 – ES
“Terraplenagem – Serviços Preliminares” que contém os serviços de
“desmatamento, destocamento e limpeza”.

Desmatamento, Destocamento e Limpeza

►Nos cortes

Nas áreas destinadas a CORTES, a exigência é de que a camada 60


cm abaixo do greide projetado fique totalmente isenta de tocos ou
raízes.

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►Nos aterros

Quando a cota vermelha de um ATERRO for superior a 2,00 m, o


desmatamento deve ser executado de modo que os cortes das
árvores fique no máximo, nivelado ao terreno natural, não
havendo necessidade do DESTOCAMENTO.

Verificação

-É admitida, como tolerância, uma variação da largura da faixa a


ser trabalhada de + 0,15 m p/ cada lado do eixo*

* Não é admitida variação negativa

 Medição – Desmatamento, Destocamento e Limpeza

a) árvores com diâmetro inferior a 0,15 m => m2*

* metro quadrado

b) árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser


medidas ISOLADAMENTE, em função de 2 conjuntos:

b.1) Árvores com diâmetro entre 0,15 m e 0,30 m

b.2) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m

Leia também:

DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem Serviços Preliminares -Especificações de


Serviço)
Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT104_2009_ES.pdf

E esse assunto já caiu assim:

2 – (PETROBRÁS TEC. EDIFICAÇÃO 2004 – CESPE) Na construção de

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aterros, deve ser procedida uma preparação adequada do terreno para
receber o aterro, especialmente com retirada de vegetação ou restos de
demolições eventualmente existentes.

Acabamos de ver que os Serviços Preliminares compreendem o


desmatamento, o destocamento e a limpeza. Vimos também que antes de
dar início às operações básicas (cortes e aterros) é necessária a retirada de
todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão diretamente ou
que possam interferir nestas duas operações.

Já o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos serviços


à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente desmatada e
destocada com o respectivo entulho removido.

Gabarito: Certa

3 – (TCE - RN 2006 – CESPE) Os serviços de desmatamento,


destocamento e limpeza são considerados preliminares e nenhum
movimento de terra pode começar antes de esses serviços terem sido
totalmente concluídos.

Segundo a norma DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem – Aterro –


Especificações de Serviço), antes do início da execução dos aterros, os
elementos/componentes do processo construtivo pertinente e que serão
utilizados para a respectiva implantação do aterro, devem estar em condições
adequadas, condições estas retratadas pelo atendimento do disposto nos
itens 4.1 a 4.8 da norma DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes –
Especificações de Serviço).

Por sua vez, o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos
serviços à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente
desmatada e destocada com o respectivo entulho removido.

Gabarito: Certa

1.4. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO

São estradas de padrão apenas suficiente que garanta o trânsito de


equipamentos e veículos, com a finalidade de interligar cortes e aterros,
assegurar o acesso ao canteiro de serviço, áreas de empréstimos, jazidas,
obras de arte, fontes de abastecimento de água e demais instalações previstas
no canteiro da obra.
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Tais estradas se constituem em obras de baixo custo, com movimentos de


terra mínimos, envolvendo ordinariamente, a utilização de solo local e
abrangendo plataforma com largura de 4,0 m a 5,0 m.

Os serviços de manutenção devem estar sempre presentes, com a


mobilização de motoniveladora, para promover a regularização da pista e de
sorte a garantir, para o equipamento, o desenvolvimento de velocidade
adequada e com a devida segurança. Da mesma maneira, a fim de combater a
formação de poeira, deve- se umedecer as pistas com caminhões pipa, ou
adicionar-se substâncias estabilizantes que retêm a umidade natural.

Para a abertura destes caminhos de serviço, os tratores de esteiras com lâmina


angulável são os equipamentos mais indicados, já que, na maioria dos casos,
procura-se um traçado a meia-encosta, com secção mista de corte e aterro.

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Caminho de Serviço

Agora, um pequeno resumo de algumas partes importantes da norma DNIT


105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de
Serviço)

Resumo:

Caminhos de Serviço

Vias implantadas de caráter provisório => deslocamento de


equipamentos e veículos

Verificação

-Estabelece-se para a largura da pista de caminho de serviço uma


tolerância de + 0,20 m, em relação a definida pela fiscalização.

Medição – Caminhos de Serviços

a) Se dentro dos “off-sets” => será medido como serviço


correspondente (Corte ou Aterro).

b) Se fora dos “off-sets” => medição específica dos serviços


(escavação, carga, transporte, etc) como caminho de serviço.

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Leia também:

DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem Caminhos de Serviço - Especificações de


Serviço)

Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT105_2009_ES.pdf

2. CORTES

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O corte é um segmento da rodovia, cuja implantação requer escavação do


material constituinte do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos
limites das seções do projeto que definem o corpo estradal.

2.2. TIPOS DE CORTES

2.2.1. Corte a céu aberto

Escavação praticada na superfície do solo.

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2.2.2. Corte a meia encosta

Escavação para passagem de uma rodovia, que atinge apenas parte de sua
seção transversal.

2.2.3. Corte em caixão

Escavação em que os taludes estão praticamente na vertical.

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2.2.4. Corte em raspagem

Quando a sua altura não supera 0,40 m em secção plena ou 0,80 m em


seção mista.

2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA

É a seguinte a definição das categorias de material escavado, no âmbito do


DNIT:

a) 1ª categoria: terra em geral, piçarra ou argila, rocha em adiantado estado


de decomposição, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior de
15 cm, qualquer que seja o teor de umidade, compatíveis com a utilização
de “dozer”, “scraper” rebocado ou motorizado*.

b) 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao


granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de
diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com emprego
de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de
terraplenagem e ferramentas manuais comuns.

Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e


os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00
m.

c) 3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou


igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1 m³, cuja
extração e redução, para tornar possível o carregamento, se processam
com o emprego contínuo de explosivo.

Em princípio, os materiais da 1ª categoria são aqueles facilmente escaváveis


com os equipamentos normais, ainda que se apresentem bastante rijos, em
razão de baixo teor de umidade, pois, se úmidos, podem perder a resistência
oferecida ao desmonte.

Além disso, ainda que estejam misturados com pedras, seixos rolados ou
matacões, desde que sejam escaváveis com o equipamento indicado, são
considerados como de 1ª categoria.

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O mesmo se pode afirmar no caso de rocha alterada, desde que apresente


pouca compacidade e permita o uso dos equipamentos comuns.

Os materiais de 2ª categoria são mais resistentes ao desmonte e não


admitem o uso dos equipamentos comuns, a não ser após o emprego de
algum tratamento prévio.

Na verdade, a necessidade de se classificarem os materiais de escavação nas


citadas categorias provém do simples fato de que os mais resistentes,
oferecendo maior dificuldade ao desmonte, demandam emprego de um número
maior de horas de equipamento ou obrigam ao seu uso de modo mais
intensivo, gerando, obviamente, maiores custos de escavação.

Após essa constatação conclui-se que às diferentes categorias corresponderão


preços unitários de escavação bastante diversos.

Daí deriva a importância econômica da classificação dos materiais, permitindo


a remuneração dos serviços de desmonte de acordo com o esforço empregado
nessa operação.

2.4. TALUDE DE CORTE

Superfície inclinada do terreno natural de um corte

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2.4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Denomina-se talude a superfície inclinada ou vertical, proveniente dos


trabalhos de terraplenagem e que limita o terreno natural com o corpo da
estrada. É também chamado de saia de corte ou de aterro.

Nos cortes, o talude é resultante da escavação do terreno natural. Sua


inclinação é determinada antes do início dos serviços. Nos cortes em solos
finos e expansivos, a inclinação é maior do que nos solos estáveis,
chegando a vertical nos cortes em rocha sã.

Nos aterros, o talude é resultado da colocação dos materiais, provenientes dos


cortes e/ou empréstimos, em camadas sucessivas compactadas. Tanto nos
cortes como nos aterros, a inclinação do talude é função da natureza do
solo e das alturas destes.

A prática rodoviária aconselha, para os cortes, um talude máximo de 1:1 (V:H)


e, para os aterros compactados, a inclinação máxima de 2:3 (V:H), tendo-se
sempre presente que cada tipo de solo merece um estudo específico, devendo
o assunto ser definido, de forma precisa, no Projeto de Engenharia.

2.5. TALUDE ESCALONADO

Talude em geral alto, em que se praticam banquetas, com vistas à redução da


velocidade das águas pluviais superficiais, para facilitar a drenagem e
aumentar a estabilidade do maciço.

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2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES

Quando alcançado o nível da plataforma dos cortes:

a) Se for verificada a ocorrência de rocha sã ou em decomposição, deve-se


promover o rebaixamento do greide, da ordem de 0,40 m, e o preenchimento
do rebaixo com material inerte, indicando no projeto de engenharia ou em sua
revisão;

b) Se for verificada a ocorrência de solos de expansão maior que 2% e baixa


capacidade de suporte - ISC, deve-se promover sua remoção, com
rebaixamento de 0,60 m, em se tratando de solos orgânicos, o projeto ou
sua revisão fixarão a espessura a ser removida. Em todos os casos, deve-se
proceder à execução de novas camadas, constituídas de materiais
selecionados, os quais devem ser objeto de fixação no projeto de engenharia
ou em sua revisão;

Pessoal, falaremos nas próximas aulas sobre os ensaios técnicos realizados no


solo, no entanto, antecipamos que através do ensaio do Índice de Suporte
Califórnia - ISC determina-se a resistência do material em análise e o ensaio de
expansão mede a expansibilidade do material durante 4 dias de imersão em
água. Quanto maior o ISC e menor a expansibilidade melhor será o uso do solo
como camada de pavimentação.

c) No dos cortes em solo, considerando o preconizado no projeto de


engenharia, devem ser verificadas as condições do solo “in natura” nas
camadas superficiais (0,60 m superiores, equivalente à camada final do aterro),
em termos de grau de compactação. Os segmentos que não atingirem as
condições mínimas de compactação devem ser escarificados,
homogeneizados, levados à umidade adequada e, então, devidamente
compactados, de sorte a alcançar a energia estabelecida no Projeto de
Engenharia.

Os taludes dos cortes devem apresentar, após a operação de terraplenagem, a


inclinação indicada no projeto de engenharia, para cuja definição foram
consideradas as indicações provenientes das investigações geológicas e
geotécnicas.

Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais


escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da
plataforma, deve ser procedido o depósito dos referidos materiais, para sua
oportuna utilização.

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Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável, a


juízo da Fiscalização, as massas em excesso, que resultariam em bota-foras,
podem ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma,
adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio.

Então pessoal, desse modo, os excessos de volumes do corte podem ser


aproveitados nos aterros, desde que técnica e economicamente aconselhável,
além disso tem que ser aprovado pela Fiscalização.

As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado na subseção


anterior devem ser, então, objeto de deposição em bota - foras e de modo a
não se constituírem em ameaça à estabilidade da rodovia e nem
prejudicarem o aspecto paisagístico da região, atendendo ao preconizado
no projeto de engenharia.

Na execução dos cortes em rochas devem ser tomados os seguintes


cuidados, objetivando a segurança do pessoal e dos equipamentos:

a) Estabelecer um horário rígido de detonação, com horas certas de fogo, e


cumpri-lo à risca.

b) Não trabalhar com explosivos à noite.

c) Abrigar bem o equipamento e fazer com que o pessoal se proteja, de modo


que as pedras da explosão não o atinjam.

d) Avisar a comunidade local e ao tráfego usuário, eventualmente existente, e


colocar vigias para evitar a aproximação de pessoal estranho nas vizinhanças
do corte na hora da explosão.

e) Não permitir a permanência de pessoas estranhas ao serviço durante


qualquer fase do ciclo, pois todas elas são perigosas.

f) Somente permitir o manuseio de explosivo por pessoa habilitada e usar


sempre as mesmas pessoas nesse serviço, e num número o mais reduzido
possível (somente o estritamente necessário).

g) Somente trazer do depósito a quantidade de explosivo necessária à


detonação, não permitindo sobras. No caso de haver qualquer excesso, por
erro de cálculo na quantidade, esse material, inclusive os acessórios (espoleta,
estopim, etc.), deve ser levado de volta ao paiol, antes da detonação.

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Nos cortes de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia,


deve ser procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura
mínima de 3 m, valetas revestidas e proteção vegetal.

Resumo:

Corte

- Regra: escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem


indicado (nível da plataforma)

- Exceção:

- ocorrência de rocha sã ou em decomposição: rebaixamento de 0,40m +


execução de novas camadas c/ materiais selecionados

- ocorrência de solos expansivos (> 2%), poucos resistentes ou


orgânicos: rebaixamento de 0,60m + substituição por solos selecionados

Medição - Cortes

- considera o volume extraído medido no corte (“in natura”) e a distância de


transporte entre este e o local de depósito

- cálculo dos volumes: Seções Primitivas

- aplicando o método da "média das áreas"

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Verificação

a) Variação da altura máxima para eixos e bordas

• Cortes em solo = ± 0,05 m

• Cortes em rocha = ± 0,10 m

b) Variação máx. da largura => + 0,20 m p/ cada semi-


plataforma*

* Não é admitida variação negativa

Leia também:

DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem – Cortes - Especificações de Serviço)


Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT106_2009_ES.pdf

Questões de concursos:

4 - (CGU 2008 – ESAF) Segundo as especificações do DNIT –


Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, “o corte é um
segmento natural da rodovia cuja implantação requer escavação do
terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do
projeto, que definem o corpo estradal”. Com relação à esse serviço, é
correto afirmar que:

a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e a


distância de transporte entre este e o local do depósito.

b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível


incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de
empréstimos.

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c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência


de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da
ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais
selecionados.

d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares,


com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e proteção
vegetal.

e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª


categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”,
escavadeiras e carregadeiras.

Pessoal, essa questão da ESAF, do último concurso da CGU, cobrou algumas


literalidades de norma do DNIT.

Durante a aula, abordamos os principais pontos das normas de terraplenagem,


inclusive fizemos um resumo do que achamos que deve ser revisado com mais
frequência. Mas, mesmo assim, achamos muito importante dar uma lida em
algumas dessas normas do DNIT. Especialmente nas seguintes:

- DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem - Serviços Preliminares - Especificações


de Serviço)

- DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações


de Serviço)

- DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço)

- DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem - Empréstimos – Especificações de


Serviço)

- DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem - Aterros – Especificações de Serviço)

Os links para o acesso a essas normas foram disponibilizados ao longo da aula


no final de cada um desses assuntos.

Então, vamos analisar cada um dos itens dessa questão:

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a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e a


distância de transporte entre este e o local do depósito.

Em suma, a norma DNIT 106/2009-ES estabelece que como critério de


medição o seguinte:

A medição será feita pelo volume extraído, MEDIDO NO CORTE, e a


distância de transporte entre este e o local de depósito, obedecendo-se às
seguintes condições:

► O cálculo dos volumes será resultante da aplicação do método da "média


das áreas".

► A distância de transporte será medida ao longo do percurso seguido pelo


equipamento transportador, entre os centros de gravidade das massas. O
percurso a ser utilizado deverá ser previamente aprovado pela Fiscalização.

► Uma vez perfeitamente caracterizado o material de 3ª categoria, proceder-


se-á à medição específica do mesmo, não se admitindo, neste caso,
classificação percentual do referido material. Os cortes que apresentarem
mistura de 3ª categoria com as demais, com limites pouco definidos, deverão
merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a permitir uma
classificação justa dos materiais escavados. Em função da respectiva
magnitude, deve ser promovida a anexação de fotografias do corte, efetuadas
imediatamente antes da extração da rocha e em sequência à detonação do
explosivo, procedendo-se, ainda, devidas anotações no “Diário de Obras”.

É importante sabermos que nesses preços estão consideradas:

- as operações de escavação, carga e transporte ao local de deposição;

- manutenção dos caminhos de serviço;

- escarificação; e

- conformação de taludes.

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O método das áreas, citado anteriormente, consiste no cálculo do volume de


cada interperfil, elaborado a partir das áreas das seções transversais, pela
aplicação do método da média das áreas:

sendo l o espaçamento entre duas seções subseqüentes S1 e S2 (ver figura a


seguir).

A alternativa, afirma-se que o sistema de medição considera o volume medido


após a extração. Conforme visto, a medição será feita pelo volume extraído,
MEDIDO NO CORTE (“in natura”). Portanto, o item está incorreto.

b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível


incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de
empréstimos.

Vimos que, quando houver excesso de material de cortes e for impossível


incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos BOTA-FORAS e não
áreas de empréstimos, o que torna a alternativa incorreta.

EMPRÉSTIMOS - locais em que é retirado material para o aterro

BOTA-FORA - local de deposição do material inservível* retirado nos cortes

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* devido à má qualidade, volume ou excessiva distância de transporte.

c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência


de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um rebaixamento da
ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais
selecionados.

De acordo com a norma DNIT 106/2009-ES para cortes a regra é escavação do


terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado (nível da
plataforma).

As exceções são:

a) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de


ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem
de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados.

Rocha = quaRenta cm

b) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de


solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos,
promove-se um rebaixamento da ordem de 0,60m, para posterior substituição
por solos selecionados.

expanSivos = Sessenta cm

Conforme constatado, a alternativa está correta, sendo, portanto, o gabarito da


questão.

d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares,


com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e proteção
vegetal.

Mais uma vez recorrendo à norma DNIT 106/2009-ES, temos que: nos cortes
de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia, deve ser
procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de
3 m, valetas
revestidas e proteção vegetal.

e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª


categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”,
escavadeiras e carregadeiras.

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Com relação aos materiais de 1ª categoria tá tudo certo! Mas os materiais de 2ª


categoria, como vimos nas definições da aula, são aqueles que não podem
ser escavados de forma normal e econômica pelos equipamentos usuais, a
saber: tratores de lâmina, motoscrapers, escavadeiras e carregadeiras,
devido à elevada resistência mecânica à extração, que pode atingir valores
estimados entre 500 e 1000 kg/cm². Errado o item.

Gabarito: letra C

5 - (Técnico em Estradas - IEPRO 2009) O Departamento Nacional de


Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, na especificação de serviço,
classifica os materiais escavados em três categorias para efeito de
pagamento. Os materiais classificados de 2a categoria estão definidos
por:

a) Rochas fraturadas com blocos de diâmetro inferior a 0,15 m e volume


superior a 2,00 m3;

b) Solos consolidados contendo blocos de pedra com volume superior a


2,00 m3;

c) Blocos de rocha com volume inferior a 2,00 m3, matacões e pedras de


diâmetro médio inferior a 1,00 m, cuja extração necessita utilização de
equipamento com escarificadores e eventualmente poderá envolver o uso
de explosivos;

d) Rochas brandas e fraturadas com blocos com diâmetro médio inferior


a 0,15 m;

e) Alterações de rocha fendilhada e/ou alterada, cuja extração se


processa em equipamentos com utilização escarificadores.

Pessoal, conforme vimos na aula que:

2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao


granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de
diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com emprego
de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de
terraplenagem e ferramentas manuais comuns.

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Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³


e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e
1,00 m.
Portanto, a resposta correta é a letra “c”.

Gabarito: letra C

6 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na execução de aterros, os materiais


provenientes de escavações de cortes devem ser descartados,
devido à dificuldade de controle tecnológico desses materiais.

É justamente o contrário do que se afirma na questão. Deve-se dar


prioridade aos materiais provenientes das escavações dos cortes, sendo
que só se deve recusar a utilização desses materiais devido:

- a má qualidade;

- ao excesso de volume; ou

- a excessiva distância de transporte (que inviabilize


economicamente a utilização deste material no aterro).

Caros alunos, a regra é que o material escavado no corte seja depositado


no aterro.

Porém quando ele apresenta pelo menos uma das 3 características citadas
acima, faz-se o “Bota-fora”.

Gabarito: Errada

7– (UNIPAMPA 2009 – CESPE) Durante os serviços de cortes de solo pode


haver excesso de material que gerará os bota- foras. O manejo ambiental
desses materiais prevê sua compactação e o depósito em áreas à jusante
da rodovia.

O entendimento dessa questão está na especificação de serviços ES


– 00181 - Execução de Cortes e Aterros da Companhia Estadual de
Habitação e Obras Públicas do Estado de Sergipe – CEHOP/SE. Segundo
essa norma:

Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los


ao corpo dos aterros, serão constituídos “bota-foras”, que poderão ser
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compactados, caso haja previsão em projeto.

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Preferencialmente, as áreas a eles destinadas serão localizadas a jusante da


obra.

Pessoal, o termo “jusante” refere-se aos elementos/trechos que se localizam


após da estrutura. Já o termo “montante” refere-se aos elementos/trechos
que se localizam antes da estrutura.

MONTANTE = ANTES

JUSANTE = APÓS

Gabarito: Certa

3. EMPRÉSTIMOS

Empréstimos são escavações efetuadas em locais previamente definidos


para a obtenção de materiais destinados à complementação de volumes
necessários para aterros, quando houver insuficiência de volume nos
cortes, ou por razões de ordem qualitativa de materiais, ou de ordem
econômica (elevadas distâncias de transporte). Dependendo da situação
podem ser considerados dois tipos distintos de empréstimos: laterais e
concentrados (ou localizados).

3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS

Os empréstimos laterais se caracterizam por escavações efetuadas próximas


ao corpo estradal, sempre dentro dos limites da faixa de domínio. Nos casos de
segmentos de cortes se processa o alargamento da plataforma com
consequente deslocamento dos taludes e, no caso de aterros, escavações do
tipo “valetões”, em um ou ambos os lados. Logicamente, o que vai definir a
execução ou não desses empréstimos é a qualidade do material adjacente aos
cortes ou aterros em que se fará a escavação e o volume necessário para suprir
a carência de material no aterro de destino.

3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS

Os empréstimos concentrados são definidos por escavações efetuadas em


áreas fora da faixa de domínio, em locais que contenham materiais em
quantidade e qualidade adequada para confecção dos aterros. A utilização
desse tipo de empréstimo se dá quando não existem materiais adequados nas
faixas laterais a cortes ou aterros para efetivação de empréstimos laterais, ou
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quando esses últimos não proporcionam a retirada do volume total necessário.

Os locais dos empréstimos concentrados ou localizados devem ser


selecionados dentre as elevações do terreno natural próximas ao aterro a que
se destinará o material, devendo-se definir a área e forma de exploração de tal
maneira que, após a escavação, se tenha uma aparência topográfica natural.
As medidas minimizadoras dos impactos ambientais sugeridas para os
empréstimos materiais aplicam-se, na totalidade, aos empréstimos
concentrados.

Resumo:

Empréstimos

2 Tipos: - Laterais: dentro dos limites da faixa de domínio

- Concentrados: fora da faixa de domínio

Nos Cortes:

a) Adoção de taludes mais suaves (maior inclinação) => melhorar a


estabilidade

b) Rebaixamento do fundo de corte, com modificação do greide, para


melhorá-lo.

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 Execução de empréstimos

- No caso de caixas de empréstimos laterais destinadas a trechos


com greide elevado, as bordas internas das caixas devem ter
distância mínima de 5,00 m do pé do aterro.

- Empréstimos laterais entre borda externa das caixas de


empréstimo e o limite da faixa de domínio deve ser mantida, sem
exploração, uma faixa de 2,00 m de largura, a fim de permitir a
implantação da vedação delimitadora*.

* No caso de empréstimo de alargamento de corte => largura


mínima de 3,00 m.

 Medição - Empréstimos

- considera o volume extraído medido na caixa de empréstimo (“in


natura”)

Leia também:

DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem – Empréstimos - Especificações de


Serviço)
Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT107_2009_ES.pdf

4. BOTA – FORA

Material de escavação de cortes, não aproveitado nos aterros, devido à


sua má qualidade, ao seu volume ou à excessiva distância de transporte, e
que é depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência nos limites da
faixa de domínio, quando possível, ou seja, são volumes de matérias
escavados não utilizáveis na terraplenagem.

O local de depósitos desses materiais deve ser criteriosamente definido, a fim


de não causar danos às outras obras de construção.

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E já caiu assim:

8 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) Entre as operações de corte, podem-se


citar as seguintes etapas: escavação dos materiais, transporte dos
materiais escavados para aterros ou bota-fora e retirada das camadas de
má qualidade, visando à preparação das fundações dos aterros.

Pessoal, além da parte teórica que curso traz, nós estamos tentando mostrar
para vocês também algumas das principais fontes de referências usadas pelas
bancas ao elaborar as questões. O objetivo é mostrar a vocês a forma como as
questões são elaboradas a partir dos diversos materiais disponíveis,
especialmente dos manuais e normas do DNIT (chamando a sua atenção para
os mais relevantes entre os inúmeros existentes) e eventualmente a partir de
outras fontes que vamos citando durante as explicações dos exercícios.

Conhecendo essas fontes, aumenta, e muito, as chances do candidato estudar


um material em que, eventualmente, podem ser tiradas questões de prova.

Especificamente, nessa prova da Unipampa, elaborada pelo CESPE, em 2009,


um das fontes foi o material do CEHOP/SE mencionado na questão anterior.
Vejam só o que está escrito nele:

As operações de cortes compreendem:

 Escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem


indicado no projeto;

 Escavação do terreno natural, abaixo do greide (quando for rocha sã


ou em decomposição (0,40 m) e ocorrência de solos de elevada
expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos (0,60 m)
para posterior substituição por solos selecionados.

 Retirada das camadas de materiais de má qualidade com a finalidade


de preparar as fundações dos aterros, de acordo com as indicações do
projeto.

 Transporte dos materiais retirados para aterros, depósitos ou locais


de “bota-fora”, indicados pela Fiscalização ou previstos em projeto, de
modo a não causar transtorno à obra, em caráter temporário ou
definitivo.

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Gabarito: Certa

5. ATERROS

Conforme a NORMA DNIT 108/2009 – ES- Terraplenagem – Aterros:

São segmentos de rodovia cuja implantação requer depósito de


materiais provenientes de cortes e/ou de empréstimos no interior dos
limites das seções de projeto (off sets) que definem o corpo estradal, o
qual corresponde à faixa terraplenada.

Podemos resumir a definição de ATERRO como o enchimento do terreno com


material de áreas de empréstimo feito com a finalidade de se implantar a
plataforma em cota superior ao terreno natural.

A Norma supracitada ainda traz conceitos importantes:

a) Faixa terraplenada

Faixa correspondente à largura que vai de crista a crista do corte, no caso de


seção plena em corte; do pé do aterro ao pé do aterro, no caso de seção plena
em aterro; e da crista do corte ao pé do aterro, no caso da seção mista. É a
área compreendida entre as linhas “Off-sets”.

b) Corpo do aterro

Parte do aterro situada sobre o terreno natural até 0,60 m abaixo da cota
correspondente ao greide de terraplenagem.

c) Camada final

Parte do aterro constituída de material selecionado, com base em preceitos


técnico-econômicos, com 60,0 cm de espessura, situada sobre o corpo do
aterro ou sobre o terreno remanescente de um corte e cuja superfície é definida
pelo greide de terraplenagem.

d) Plataforma da estrada

Superfície do terreno ou do terrapleno, compreendida entre os dois pés dos


cortes, no caso da seção em corte; de crista a crista do aterro, no caso da
seção em aterro; e do pé do corte a crista do aterro, no caso da seção
mista. No caso dos cortes, a plataforma compreende também a sarjeta.
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5.2. COMPACTAÇÃO DOS ATERROS

Pode-se afirmar que a compactação dos aterros é a fase em que maiores


cuidados devem ser tomados no emprego correto das técnicas e
procedimentos recomendados, pois a má execução desse trabalho tem sempre
consequências desagradáveis e onerosas ao construtor e ao usuário das
obras.

Assim, a compactação é tarefa da maior importância, existindo fatores


adversos e aleatórios que perturbam sua operação como: chuvas, excesso de
umidade do solo e variação imprevisível nas suas características e que podem
vir a contribuir para a eventual má qualidade do aterro.

A meta almejada, no caso, deve ser sempre a obtenção das massas


específicas indicadas no Projeto de Engenharia e/ou pelas Especificações das
Obras. Entretanto, algumas regras básicas devem ser obedecidas, visando-se
o bom desenvolvimento e a qualidade dos serviços.

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a) Uma vez processada a limpeza do terreno, os buracos ou depressões


ocasionados por desmatamento/destocamento, devem ser preenchidos com
material dos cortes ou empréstimos devidamente compactados;

b) Iniciar o aterro sempre no ponto mais baixo, em camadas horizontais;

c) Prever o caimento lateral ou longitudinal para o rápido escoamento


das águas pluviais, evitando o seu acúmulo em qualquer ponto.

5.3. MATERIAIS

Os materiais a serem utilizados na execução dos aterros devem ser


provenientes das escavações referentes à execução dos cortes e da utilização
de empréstimos, devidamente caracterizados e selecionados com base nos
Estudos Geotécnicos desenvolvidos através do Projeto de Engenharia.

Tais materiais, que ordinariamente devem se enquadrar nas classificações de


1ª categoria e de 2ª categoria deve atender a vários requisitos, em termos de
características mecânicas e físicas, conforme se registra a seguir:

a) Ser preferencialmente utilizados, de conformidade com sua qualificação e


destinação prévia fixada no projeto.

b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem ser


constituídos de turfas ou argilas orgânicas.

c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de


suporte adequada ( ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%.

d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro


das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-
econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%.

O atendimento aos mencionados preceitos deve ser efetivado através de


análise técnico-econômica, considerando as alternativas de disponibilidade de
materiais ocorrentes e incluindo-se, pelo menos, 01 (uma) alternativa com a
utilização de material com CBR≥ 6%.

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e) Em regiões onde houver ocorrência de materiais rochosos e na falta de


materiais de 1ª e/ou 2ª categoria admite-se, desde que devidamente
especificado no projeto de engenharia, o emprego destes materiais de 3ª
categoria (rochas), atendidas as condições prescritas no projeto de engenharia.

5.5. ASPECTOS CONSTRUTIVOS E PARTICULARIEDADES

Há três etapas distintas na execução propriamente dita dos aterros: o


lançamento do material pelo equipamento de transporte; o espalhamento em
camada, e a compactação (de cada camada).

O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em


camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em extensões
tais que permitam seu umedecimento compactação, de acordo com o previsto
no projeto de engenharia. Para o corpo dos aterros, a espessura de cada
camada compactada não deve ultrapassar de 0,30 m. Para as camadas finais
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essa espessura não deve ultrapassar de 0,20 m.

Todas as camadas do solo devem ser convenientemente compactadas, de


conformidade com o definido no projeto de engenharia. Ordinariamente, o
preconizado é o seguinte:

a) Para o corpo dos aterros, na umidade ótima, mais ou menos


3%, até se obter a massa específica aparente seca correspondente a 100% da
massa específica aparente máxima, do ensaio realizado pela Norma DNER
ME 129/94, Método A [proctor normal].

b) Para as camadas finais, aquela massa específica aparente seca


deve corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca do
ensaio DNER-ME 129/94, Método B [proctor intermediário].

Pessoal, falaremos sobre o ensaio de compactação nas próximas aulas. Mas


antecipamos que ele se divide em: Normal, Intermediário e Modificado. A
diferença principal entre eles é a energia utilizada para compactação do solo. O
Ensaio de Proctor Normal tem uma energia de compactação menor do que o
intermediário e essa menor do que o do modificado.

Vimos também que são inúmeras as características de controle exigidas


quando da execução das camadas de corpo e finais de aterro. Como tais
características já foram muito cobradas em provas anteriores, há uma grande
possibilidade de termos uma questão sobre esse tema neste certame, então
resolvemos fazer um quadro- resumo que aconselhamos decorá-lo antes de
sua prova:

Camada Espessura G.Compac ISC (%) Expansão h(ótima)


de cada o ≤
camada
compactada
Corpo ≤ 0,3 m 100 % ≥ 2% 4 + /- 3%
de P.N. %.
aterro Melhor
Finais ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidade de 2 + /- 3%
de suporte %.
aterro

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5.6. EXECUÇÃO DE ATERROS COM MATERIAIS ROCHOSOS

A execução deste serviço deve observar as diretrizes a seguir:

 O corpo dos aterros de rocha deve ser construído em camadas


sucessivas, para toda a largura da seção transversal, com espessura
máxima de 0,75 m. A maior dimensão de qualquer pedra utilizada deve
ser, no máximo, igual a 0,60 m;

 A primeira camada deve ser executada mediante descarga da rocha no


ponto mais baixo do trecho em execução e com utilização de trator de
esteiras com lâmina para espalhamento do material na espessura
indicada;

 Cada camada subsequente deve ser construída a partir de uma


extremidade, lançando-se a rocha no topo da camada em construção e,
após, empurrando-se o material para frente com trator de lâmina, de tal
modo que as pedras sejam acomodadas sobre a camada precedente;

 Os interstícios entre as pedras maiores devem ser preenchidos com


pedras de menor tamanho e com fragmentos produzidos por essa
operação e pela colocação de carregamentos sucessivos de material;

 Os últimos 2,0 m do aterro devem ser executados em camada, cuja


espessura não pode ser superior a 0,30 m nem conter pedras com
dimensão superior a 2/3 da espessura da camada, devendo ser usados
rolos vibratórios apropriados;

 A camada final deve ser constituída com granulometria tal que assegure
uniformidade à superfície;

 Os materiais de dimensões maiores que as especificadas devem ser


reduzidos por marroagem ou outros métodos.

6. EXECUÇÃO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES

6.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Muitas vezes, na construção de uma estrada, nos deparamos com problemas


de construção de um aterro sobre um terreno de baixa resistência e com
umidade bastante alta. A construção do aterro diretamente sobre esse tipo de
terreno pode ocasionar problemas de recalques e prejudicar a qualidade do
serviço.

Quando a espessura da camada mole é menor do que 3,0 m, a melhor 39


solução geralmente é remover todo esse material com o uso de
escavadeiras dotadas de drag-line, que podem operar sobre a camada de topo,
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a qual, geralmente, apresenta um mínimo de suporte, por encontrar-se com
teor de umidade baixo. Mas, à medida que se aprofunda a vala, o material se
torna muito mole, especialmente depois de atingir o nível do lençol freático,
quase sempre elevado nas baixadas.

Já para espessuras de solo mole até 20 m, a solução em geral mais


econômica é o emprego de geodrenos e sobrecarga;

6.2. ESTABILIDADE DOS ATERROS E CONSOLIDAÇÃO DAS


FUNDAÇÕES

A execução dos aterros implica em dois problemas principais, quanto à sua


estabilidade: fundação e compactação. Ainda que a compactação da massa do
aterro seja feita com todos os cuidados técnicos, a sua estabilidade pode ficar
prejudicada irremediavelmente, se o mesmo não tiver como fundação uma
camada de bom suporte, resultando daí em recalques excessivos ou,
eventualmente, em escorregamentos laterais, que comprometem totalmente a
sua utilização.

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Aterro sobre solo mole que rompeu

Algumas camadas têm capacidade de suporte tão baixa, além de possuírem


alta compressibilidade, que qualquer aterro executado sobre elas apresentaria
um comportamento indesejável, no que se refere aos recalques ou
escorregamentos. Três são os principais tipos de ocorrências:

a) Recalque por adensamento

Resulta da pressão proveniente do peso próprio e das cargas móveis que


trafegam sobre o aterro, nas camadas compressíveis, ocasionando a
diminuição lenta do volume de vazios pela expulsão da fase líquida, devido ao
aumento da pressão neutra, resultando no adensamento da camada e, em
consequência, na ocorrência de recalques.

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b) Ruptura por afundamento

Pode ocorrer quando a camada portante for de muito baixa capacidade de


suporte e atingir grande profundidade. Nesse caso, o corpo do aterro sofre um
deslocamento vertical e afunda por igual no terreno mole, havendo a expulsão
lateral do material de má qualidade, com água.

c) Ruptura por escorregamento

A ruptura por escorregamento acontece quando o aterro é construído sobre


uma camada muito mole, com baixa resistência ao cisalhamento e que se
apóia sobre uma mais resistente. Na ocasião de chuvas intensas, o aumento
da pressão hidrostática, devido à elevação do lençol freático, se traduz pelo
aumento da pressão neutra, reduzindo sensivelmente a resistência ao
cisalhamento, formando uma superfície de escorregamento que afeta o aterro,
levando-o à ruptura.

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Torna-se evidente que, existindo solos muito moles, materiais com grandes
porcentagens de matéria orgânica, solos brejosos ou turfosos, impõe-se, antes
da execução do aterro, a adoção de medidas, visando à consolidação e
estabilização do terreno de fundação.

A solução a ser adotada deve ser definida em Projeto de Engenharia específico


e com base em considerações técnico-econômicas. Com frequência, a solução
ideal ditada estritamente pelo critério técnico conduz a custos de execução
bastante elevados e, em razão disto, são adotadas soluções outras, menos
onerosas que, obviamente, envolvem algum risco.

6.3.1. PROCESSO EXECUTIVO

a) Preparo do terreno de fundação

Antes da execução do aterro o terreno deve ser desmatado e destocado


pelos processos convencionais. Se a solução de projeto for a de lançamento
do aterro sem a remoção da argila mole, deve ser mantida a trama de raízes
existentes na crosta superficial, pois a resistência desta camada colabora para
estabilidade geral do aterro, e sua remoção, especialmente no caso de argilas
muito moles, pode trazer problemas de execução, como a impossibilidade de
se manter um espessura reduzida da camada de trabalho devido à ocorrência
de rupturas localizadas.

b) Lançamento da camada de trabalho

Se o aterro for construído sem a remoção da camada de argila mole, deve ser
lançada inicialmente uma camada de trabalho constituída de um dos seguintes
materiais:
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 Areia limpa, satisfazendo os critérios de material drenante e com
espessura mínima de 0,50 m, para permitir a drenagem da água expulsa
do subsolo pela ação do adensamento deste sob o peso do aterro;

 Material arenoso, com no máximo 5% passando na peneira 200 e


espessura mínima de 0,50 m, se não for essencial à função drenante
dessa camada;

 Geotêxtil, se as condições de trabalho forem muito difíceis e/ou a areia


limpa for escassa na região.

c) Alteamento e compactação

O aterro deve ser compactado em camadas de 0,20 a 0,30 m de espessura,


dependendo das características dos rolos empregados.

O material do aterro deve satisfazer às exigências usuais, como estar isento


de raízes e material orgânico, sem excesso de mica e livre de pedregulhos ou
pedras com dimensão superior à metade da espessura da camada espalhada.

O material de empréstimo deve satisfazer às exigências de projeto quanto à


umidade e, se esta estiver muito acima da umidade ótima e o clima da região
tornar impraticável a secagem do material pelos métodos convencionais (ao ar,
destorroando-se com grade de discos), podem ser empregadas, após
aprovação da Fiscalização, camadas alternadas de argila e areia pura, de
modo a permitir redução da umidade das primeiras através da drenagem de
seu excesso de água pelas camadas de areia, sob o peso do aterro
sobrejacente.

6.3.2. ALTERNATIVAS CONSTRUTIVAS

Vamos agora ver as principais alternativas construtivas para execução dos


aterros, quando houver camada de solo inservível:

a) Escavação completa

A remoção por escavação completa, adequada a trechos onde a espessura de


material compressível é pequena, sendo certamente econômico quando ela é
no máximo de 3 m. Em certos casos, como o de encontro de pontes, têm sido
removidas camadas de espessuras maiores.

b) Escavação parcial

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Quando a camada de argila mole for muito espessa, sua remoção pode ser
parcial.

c) Construção em etapas

A construção por etapas implica subdividir a altura de aterro em duas ou


três etapas. A primeira é construída aquém da altura crítica, para que seja
estável, seguindo-se um período de repouso para que o processo de
consolidação dissipe parte das poro pressões e o solo mole ganhe resistência.
Após certo tempo, quando o ganho de resistência chegar aos níveis
estabelecidos no projeto e que garantam a estabilidade, uma segunda etapa do
aterro pode ser executada.

Esta técnica implica em geral em longos tempos de permanência que na


maioria das vezes são inaceitáveis para um projeto rodoviário sobre solos
moles de baixa permeabilidade. Entretanto, pode ser eficaz se empregada em
conjunto com os geodrenos e sobrecarga temporária que aceleram os tempos
de dissipação.

Execução de bermas de equilíbrio

Sob certas condições, é possível evitar-se o deslocamento dos materiais


instáveis, durante a execução do aterro, construindo-se camadas laterais, que
servem de contrapeso aos empuxos resultantes da carga do aterro principal,
denominadas bermas de equilíbrio.

Evitam a formação dos bulbos e o deslocamento do material instável, bem


como o afundamento do material de boa qualidade do aterro, obtendo-se um
processo de estabilização rápido e econômico.

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d) Execução de drenos verticais

Os geodrenos são elementos drenantes constituídos de materiais sintéticos


com 100 mm de largura e 3 a 5 mm de espessura e grande comprimento. São
cravados verticalmente no terreno, dispostos em malha, de forma a permitir a
drenagem e acelerar os recalques. Os geodrenos são a alternativa técnica e
econômica que substituem os antigos drenos de areia que, por sua vez não
devem ser mais empregados.

Os geodrenos são constituídos de, pelo menos, dois materiais: o miolo


drenante e o seu revestimento. Este tem por objetivo permitir a passagem da
água e reter o ingresso de solo. O miolo drenante, tem por objetivo conduzir a
água até a superfície do terreno e drená-la através do colchão drenante na
superfície e resistir aos esforços de instalação e os provenientes da
deformação do aterro.

Cravação dos Geodrenos

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e) Utilização de geotêxteis

Vem sendo de uso cada vez maior na execução de aterros sobre solos moles.
Consiste em colocação de mantas com características apropriadas, em
posições cuidadosamente definidas (horizontal e verticalmente), sobre as quais
vão sendo colocadas as diversas camadas de solo.

Requerem cuidados especiais para garantia da drenagem e do próprio


andamento dos trabalhos, geralmente exigindo a execução manual de aterro
nas suas primeiras camadas.

O geotêxtil distribui carga do maciço e facilita a drenagem. É de fácil


aplicação e tem custo bastante competitivo, quando comparado com o de
outras soluções.

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f) Aterro estaqueado

Esta solução pretende transferir a carga do aterro diretamente a um


substrato mais resistente, aliviando a camada mole e evitando os recalques.
Consiste em empregar um conjunto de estacas, em geral pré-moldadas de
concreto armado ou madeira tratada dispostas em malha quadrada. O topo das
estacas recebe um capitel de concreto armado. As estacas são projetadas para
transferir toda a carga do aterro para as camadas mais resistentes do terreno.

Sobre a cabeça de cada estaca executa-se uma pequena laje denominada


capitel, o aterro compactado é executado em seguida de maneira
convencional.

Resumo:

Aterro

- executado em camadas sucessivas

- espessura máx compactada: - corpo do aterro = 0,30m

- camadas finais = 0,20m

- Camada final: 3 camadas individuais de 20 cm cada (total 60,0


cm)

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- Bota-fora: Material não aproveitado nos aterros, devido à má


qualidade, volume ou excessiva distância de transporte, e que é
depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência nos limites
da faixa de domínio, quando possível (Jusante da obra)

- Execução de aterros = Descarga + espalhamento +


homogeneização + umedecimento + compactação

=> Materiais de 1ª e 2ª Categoria (Pode de 3ª em circunstâncias


excepcionais)

Camada Espessura G.C. ISC (%) Expansão h(ótima)


de cada ≤
camada
compactada

Corpo ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4% + /- 3%


de .
aterro

Melhor
Finais ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacida 2% + /- 3%
de de de .
aterro suporte

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OBS1: Camada Final: deve ser efetivado através de análise técnico-


econômica, considerando as alternativas de disponibilidades ocorrentes e
incluindo-se, pelo menos, 01 alternativa com a utilização de material com CBR
≥ 6%.

OBS2: Corpo de Aterro: a norma considera para o corpo de aterro GC ≥


100% do P.I.

Verificação

a) Variação máx. de altura máxima => ± 0,04 m p/ eixos e bordas

b) Variação máx. da largura => + 0,30 m p/ plataforma*

* Não é permitida variação negativa

Leia também:

DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem – Aterros - Especificações de Serviço).


Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT108_2009_ES.pdf

Vamos ver algumas questões sobre isso:

9 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) As turfas e os solos expansivos são


utilizados como materiais de aterro, independentemente da sua altura e
da finalidade.

Na aula foi dito que os materiais a serem utilizados na execução dos aterros
devem:

a) Ser preferencialmente utilizados, de conformidade com sua qualificação e


destinação prévia fixada no projeto.

b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem


ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas. (alínea “b” do item 5.1 da
norma DNIT 108/2009-ES).
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c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de


suporte adequada (ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%. (alínea “c” do
item 5.1 da norma DNIT 108/2009- ES)

d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro


das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-
econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%. (alínea “d” do
item 5.1 da norma DNIT 108/2009- ES)

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Vamos relembrar mais uma vez o nosso quadro-resumo para os aterros:

Camada Espessura G.Compacta ISC (%) Expansão h(ótima)


de cada ção ≤
camada
compactada
Corpo ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%
de
aterro Melhor
Finais ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacida 2%. + /- 3%
de de de
aterro suporte
As alíneas c e d estão resumidas nesse quadro.

Gabarito: Errada

Observação: Segundo o Glossário de Termos Técnicos Rodoviários do DNIT,


TURFA é um tipo de solo com grande porcentagem de partículas fibrosas de
material carbonoso, ao lado de matéria orgânica no estado coloidal, com
coloração marrom-escura a preta; material mole, não plástico, combustível e de
cheiro característico, além de consistência fofa.

Resumindo, é um material muito ruim para a construção de uma rodovia,


visto que tem péssimas características estruturais.

10 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) A variação máxima no valor da


umidade ótima do material de aterro deve ser de, no máximo, 6%.

Mais uma questão que dá para matar com a utilização do resumo! A variação
máxima da umidade ótima é de 3%.

Gabarito: Errada

11 – (INSS 2008 - CESPE) Quando houver disponibilidade de solo


expansivo como material para aterro, esse deve ser preferido a outros
sem essa característica.

É claro que não! O solo expansivo é indesejado para aterro, tanto que a norma
restringe os percentuais de expansão para as camadas de aterro.

Gabarito: Errada

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12 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na opção de aterro do tipo estaqueado, as


estacas são projetadas para transferir toda a carga do aterro para um
substrato mais resistente.

Como acabamos de ver, é exatamente essa a função das estacas no aterro


do tipo estaqueado: transferir toda a carga do aterro para um substrato mais
resistente.

Gabarito: Certa

13 - (TCE-ES/2012 – CESPE) A remoção de solo mole e a substituição


por material granular devem ser consideradas em casos de depósitos
muito extensos e de espessura de solo mole inferior a 6 m. Para
espessuras maiores, deve-se aprovar solução de substituição parcial.

Vamos recordar o que foi dito na aula:

“A remoção por escavação completa, adequada a trechos onde a espessura de


material compressível é pequena, sendo certamente econômico quando ela é
de no máximo de 3 m. Em certos casos, como o de encontro de pontes, têm
sido removidas camadas de espessuras maiores.”

Portanto, a remoção completa deve ser considerada para os casos em que a


espessura é de no máximo de 3 m e não com inferior a 6 m, como afirma o
item.

Gabarito: Errada

14 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Os geodrenos exercem grande função


portante, por serem elementos drenantes constituídos de materiais
sintéticos, cravados verticalmente no terreno, e dispostos em malha, de
forma que seja permitido drenar e acelerar os recalques.

Mais uma questão que cobra os conhecimentos acerca das diversas


alternativas construtivas dos aterros.

Realmente, os geodrenos são elementos drenantes constituídos de materiais


sintéticos, cravados verticalmente no terreno, e dispostos em malha, de forma
a permitir a drenagem e acelerar os recalques. Porém esses elementos não
têm a função portante, possuem a função drenante somente.

Gabarito: Errada
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7. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES

A execução de escavações em cortes ou empréstimos determina o surgimento


de volumes de materiais que deverão ser transportados para aterros ou bota-
foras.

Ainda, quanto à configuração do terreno onde se realiza uma operação de


corte, esta poderá determinar uma seção dita de “corte pleno” ou uma “seção
mista”.

Dependendo da situação topográfica do segmento, teremos caracterizados


dois tipos distintos de compensação de volumes: compensação longitudinal ou
compensação lateral.

7.1. Compensação Longitudinal

Uma compensação é dita longitudinal em duas situações:


1. A escavação é em corte pleno, ou a escavação provém de empréstimo não
lateral a aterro.

Neste caso, todo o volume extraído será transportado para segmentos


diferentes daquele de sua origem: de corte para aterro (ou botafora) e de
empréstimo para aterro, unicamente.

2. A escavação do corte é em seção mista onde o volume de corte supera o


volume de aterro. Neste caso, o volume excedente de corte em relação ao
volume necessário de aterro no mesmo segmento terá destinação a segmento
distinto do de origem.

7.2 Compensação Lateral ou Transversal

A compensação lateral se caracteriza pela utilização de material escavado, no


mesmo segmento em que se processou a escavação. É o caso de segmentos
com seções mistas ou em que a situação do terreno existente apresente
pequenos aterros disseminados em cortes plenos ou vice-versa.

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7.3. FATORES DE CONVERSÃO

É de grande importância para as operações de terraplenagem, tanto no que


respeita à etapa de projeto como à própria construção, que se tenha o
adequado conhecimento das variações volumétricas ocorrentes durante a
movimentação dos materiais envolvidos.

Um material a ser terraplenado, possuidor de massa m, ocupa no corte de


origem um volume Vcorte. Ao ser escavado, este material sofre um desarranjo
em suas partículas, de forma que a mesma massa passa a ocupar um volume
Vsolto. Finalmente, após ser descarregado e submetido a um processo
mecânico de compactação, o material ocupará um terceiro volume, Vcomp.

Para os solos, materiais mais freqüentemente envolvidos nas operações de


terraplenagem, prevalece entre estes volumes a seguinte relação:

Vcomp < Vcorte < Vsolto

Em se tratando de uma mesma massa m a ser terraplenada, é fácil concluir


que as variações nas densidades (ou massas específicas aparentes) do
material obedecerão às desigualdades abaixo:

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Dcomp > Dcorte > Dsolta

No exemplo abaixo indica que a escavação de 1,4m3 de solo no corte, gera


1,6m3 solo solto e 1 m³ de aterro compactado.

Nota-se, portanto, e a prática confirma esta assertiva, que o material (solos em


geral) compactado no aterro terá uma densidade final superior a aquela do seu
local de origem e, conseqüentemente, ocupará um volume menor do que o
ocupado originalmente.

Em vista do exposto, foram conceituados alguns fatores, aqui designados


genericamente por fatores de conversão, que objetivam permitir a
transformação imediata entre os volumes verificados nas três etapas de
terraplenagem retro-enumeradas. São eles:

a – Empolamento, Fator de Empolamento e Porcentagem de


Empolamento:

Pessoal, segundo o DNIT, o fenômeno do empolamento pode ser expresso por


três relações:

1. A primeira das relações, denominada empolamento (ep), traduz a relação


entre o volume solto e o volume natural;

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2. A segunda das relações, denominada porcentagem (ou taxa) de
empolamento [p(%)], nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, do volume
solto em relação ao volume natural;

3. A terceira delas, denominada fator de empolamento (φ), traduz a relação


de redução da massa específica aparente seca ao se escavar o material, com
valor sempre menor do que 1.

Abaixo, segue uma tabela exemplificativa dessas três relações para diferentes
tipos de solos:

Para o cálculo do volume de aterro e desaterro (corte) não se considera o fator


de empolamento. No aterro, mede-se o volume de aterro executado de acordo
com a seção transversal do projeto. No corte, mede-se o volume extraído no
corte.

O fator de empolamento é levado em consideração para o transporte do


material escavado, quer seja para bota-fora ou para um local de aterro. O
SICRO2 – Sistema de Custos Rodoviários, do DNIT, considera o fenômeno do
empolamento já na composição do transporte, sendo que o orçamentista não
precisa saber o fator ou a taxa de empolamento porque isto já está dentro da
composição.”

b - Fator de Contração:

Trata-se também de parâmetro adimensional, assumindo, para os solos, valores


inferiores à unidade. No entanto, quando a escavação for executada em
materiais compactos (rocha sã, p.ex.) de elevada densidade “in situ”, resultará
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fator de contração superior à unidade. Este parâmetro permite que se faça uma
estimativa do material, medido no corte, necessário à confecção de um
determinado aterro.

c - Fator de Homogeneização:

O objetivo deste parâmetro, também adimensional, é similar ao do fator de


contração, ou seja, estimar o volume de corte necessário à confecção de um
determinado aterro. Sua aplicação é voltada para a etapa de projeto
constituindo-se em subsídio fundamental ao bom desempenho da tarefa de
distribuição do material escavado. Sendo o inverso do fator de contração,
assume valores superiores à unidade para solos, e inferiores para materiais
compactos.

8. DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL A SER ESCAVADO

Calculados os volumes de cortes e aterros existentes entre cada par de seções


sucessivas e estabelecidos os demais controles do projeto de terraplenagem
(classificação quanto à dificuldade extrativa, critérios para a seleção qualitativa
e fatores de homogeneização), é necessário que se execute a distribuição
teórica do material a ser escavado, ou seja: definir toda a origem e destino
dos materiais envolvidos na terraplenagem, seus volumes e classificação e
as correspondentes distâncias médias de transporte. Notar que o transporte
dos materiais escavados é computado, para fins de pagamento, em conjunto
com a execução dos cortes (escavação, carga e transporte).

O conceito de distância média de transporte advém dos primórdios da


construção de estradas, quando a distribuição dos materiais era feita de forma
sumária, pela observação do perfil da locação e acompanhamento simultâneo
das operações de terraplenagem. Cada volume escavado e o aterro
correspondente eram anotados neste perfil.

As distâncias de transporte resultantes eram tomadas graficamente, medindo-


se na escala do desenho as distâncias entre os centros de gravidade de cada
escavação e cada aterro. Para fins de pagamento do transporte, calculava-se a
distância média resultante pela expressão:

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Onde:

• vi: volumes parciais escavados.


• di: distâncias de transporte parciais.
• Σvi: volume total escavado.

O produto de um volume escavado pela distância segundo a qual este volume


é transportado representa, em terraplenagem, o parâmetro conhecido como
momento de transporte. O numerador da expressão de cálculo anterior indica,
portanto, o momento de transporte total de distribuição em causa:

MT = Σ vi x di

As unidades usuais para o momento de transporte são o m³xkm e o m³xdam.

É fácil de imaginar que existem inúmeras possibilidades de se executar uma


distribuição de terras na terraplenagem. A cada uma destas alternativas
corresponderá uma distância média de transporte global e, consequentemente,
um determinado custo de construção. Assim, o projeto de terraplenagem
deverá procurar indicar a melhor distribuição de terras, de sorte que a distância
média de transporte e, consequentemente, o custo das operações de
terraplenagem, sejam reduzidos a valores mínimos, ou próximos a estes.

A prática de projeto de estradas tem desenvolvido, em seus vários estágios,


diversos procedimentos gráficos visando a execução de uma adequada
distribuição de materiais na terraplenagem. Sucederam-se o “diagrama das
áreas”, o “diagrama de Lalanne” e, como uma evolução deste, o “diagrama de
Brückner”, ainda de uso corrente em projetos atuais. Sobre este último,
apresentam-se, na seqüência, as considerações de ordem teórica pertinentes.

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Questões de concurso:

15 - (INSS 2008 - Cespe) Na escavação de vala, o volume de material que


deve ser transportado é igual ao volume medido (cubicado) no corte.

Será que o volume transportado (volume solto) é igual ao medido no corte (in
natura)?

Não é mesmo! No volume solto devemos considerar o empolamento do


material devido ao rearranjo das partículas do solo.

Quando for calcular o volume transportado mutiplica-se o volume do corte pelo


fator de empolamento.

Gabarito: Errada

8.1 DIAGRAMA DE BRÜCKNER

a)Construção

Para que seja possível a construção gráfica do diagrama de Brückner, é


necessário que se calculem as chamadas “ordenadas de Brückner”. Estas
ordenadas são, em verdade, volumes de cortes e aterros acumulados
sucessivamente, seção a seção, considerando-se os primeiros com sinal
positivo e os segundos com sinal negativo. A somatória dos volumes é feita a
partir de uma ordenada inicial arbitrária, em geral um volume suficientemente
grande para evitar o aparecimento de ordenadas negativas, que dificultariam os
cálculos.
Os volumes envolvidos no cálculo das ordenadas de Brückner são aqueles
ditos “efetivos”, ou seja: considerada a influência da camada vegetal.

O fator de homogeneização é aplicado sobre os volumes de aterro, atuando


neste como um multiplicador. Assim se procede, “expandindo” os volumes de
aterro, para tornar realística a compensação com os volumes de cortes, que,
como se sabe, sofrem redução após compactação nos aterros.

Nos casos de seções mistas, a compensação lateral é feita de forma


automática quando do cálculo das ordenadas de Brückner, pois os volumes de
corte e de aterro são, respectivamente, somados e subtraídos a cada seção, de
forma que o acréscimo ou decréscimo nas ordenadas será dado pela diferença
entre os dois volumes considerados.

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Como regra prática, pode-se dizer que a compensação lateral será o menor
dos dois volumes e que o volume disponível para compensação longitudinal,
que afeta as ordenadas, será a diferença entre estes volumes. A figura abaixo
exemplifica o exposto anteriormente, para uma situação em que o volume de
corte disponível entre duas estacas consecutivas supera ao volume do aterro
(homogeneizado) da seção mista:

Cabe notar, ainda, que para fins práticos, o volume existente entre duas
consecutivas (interperfis) é considerado aplicado na estaca correspondente à
segunda seção. Este procedimento facilita a utilização do diagrama e a própria
distribuição de terras, como será visto adiante.

As ordenadas calculadas são plotadas geralmente sobre uma cópia do perfil


longitudinal do projeto. Em abscissas é marcado o estaqueamento e em
ordenadas, numa escala adequada, os valores calculados para as ordenadas
de Brückner, seção a seção. Os pontos assim marcados, unidos por uma linha
curva, sintetizam o diagrama de Brückner.

b) Propriedades

Pessoal, fiquem atentos às propriedades abaixo, pois é um dos assuntos que


mais cai em provas no que concerne à Diagrama de Brückner. Elas são bem
tranquilas de serem aprendidas. Caso tenham dúvidas, não se esqueçam de
usar o nosso fórum.

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As propriedades básicas do diagrama de Brückner, em geral decorrentes da


forma segundo a qual o mesmo é construído, são as seguintes:

1ª Propriedade: Considerando-se o sentido crescente do estaqueamento, os


ramos ascendentes do diagrama correspondem a cortes (ou predominância de
cortes em seções mistas) e os ramos descendentes correspondem a aterros
(ou predominância de aterros nas seções mistas).

2ª Propriedade: Os pontos de máximo do diagrama representam a passagem


de cortes para aterros e os de mínimo a passagem de aterros para cortes.

3ª Propriedade: Considerando um mesmo ramo, a diferença entre duas


ordenadas mede o volume (de corte ou aterro) existente entre as seções
correspondentes.

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4ª Propriedade: Linhas horizontais (ditas “linhas de compensação” ou “linhas


de distribuição”), interceptando ramos ascendentes e descendentes, destacam
segmentos que correspondem a volumes de cortes e aterros compensados.

Como a linha lançada é horizontal, as ordenadas dos pontos 1, 3, 5 e 7 são


iguais. Logo, aplicando-se ao exemplo acima exposto a 3ª propriedade, é fácil
concluir que:
(Vc)I = (VA)I
(Vc)II = (VA)II (Vc)III
= (VA)III

As setas indicadas dentro de cada segmento compensado representam, em


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linhas gerais, a origem e a destinação de cada porção de material a ser
escavado. Se, por exemplo, fossem designadas as estacas correspondentes
aos pontos 1, 2 e 3 por X, Y e Z, poder-se-ia enunciar a seguinte orientação
para o primeiro segmento compensado: “o corte que inicia na estaca X e
termina na estaca Y, possuidor de volume (Vc)I = (2) - (1), será destinado ao
aterro que inicia na estaca Y e termina na estaca Z. Neste enunciado, faltam
as referências quanto à dificuldade extrativa do material do corte (1ª, 2ª ou 3ª
categoria) e a distância de transporte que resultará desta operação. Este
último aspecto é enfocado na 6ª propriedade.

Ressalta-se, neste ponto, que os volumes de aterros utilizados para a


construção do diagrama devem ter sido afetados pelo fator de
homogeneização. Portanto, se fosse desejado o cálculo do volume real de
aterro (“volume geométrico”) para fins de pagamento, no exemplo literal do
primeiro segmento compensado, ter-se-ia que aplicar a expressão:

5ª Propriedade: A área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de


compensação mede o momento de transporte da distribuição considerada.
Para o caso abaixo figurado tem-se que: S = MT

Para se compreender esta propriedade, tomam-se inicialmente duas paralelas


à linha de compensação, no âmbito do segmento compensado, destacando-se
um volume v bastante pequeno.

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O volume v do corte deve ser transportado ao aterro segundo uma distância de


transporte d. Sendo este volume muito pequeno, a figura representada pela
faixa situada entre as duas paralelas pode ser assimilada a um retângulo de
área S’= v x d. Ora, por definição, o produto v x d representa o momento de
transporte desta distribuição parcial (MT’):

MT’= S’ = v x d

A área total S pode ser obtida pela somatória de todas as áreas de pequenas
distribuições parciais como a esquematizada:

S = Σ S’I
Em conseqüência, é possível deduzir que a área total S é também a somatória
de todos os momentos de transporte parciais, ou seja, representa efetivamente
o momento de transporte do segmento compensado:

S = Σ MT’I = MT

6ª Propriedade: A distância média de transporte (DMT) de cada distribuição


pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do
segmento compensado e de altura igual à máxima ordenada deste segmento.
Na figura abaixo esquematizada, segundo esta propriedade, a distância média
de transporte do segmento compensado seria dada por:

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Pela 4ª propriedade, sabe-se que a diferença de ordenadas entre B e D


representa o volume total compensado no segmento: V = BD. Por outro lado, foi
demonstrado na 5ª propriedade que a área do segmento compensado
representa o momento de transporte da distribuição. Então: SABCDA = MT.

Como, por hipótese, o retângulo ilustrado tem área igual à do segmento


compensado, resulta: S1234 = MT.

A área do retângulo pode ser calculada por:

S1234 = b x BD = b x V.

Sabendo-se, finalmente, que o momento de transporte da distribuição é dado


pelo produto do volume compensado (V) pela correspondente distância média de
transporte (DMT), resulta:

MT = V x DMT = S1234

Logo:

b x V = V x DMT, ou b = DMT

Na prática, o traçado do retângulo de área equivalente é feito de forma subjetiva,


porém bastante facilitado pelo fato de se trabalhar sobre papel milimetrado. O
grau de precisão obtido na determinação das distâncias médias de transporte é
perfeitamente compatível, já que a quantificação do serviço de corte é efetuada
por “faixas” de distância de transporte.

A teoria do diagrama de Brückner envolve, ainda, duas outras propriedades, que


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visam definir, dentre as diversas possibilidades de lançamento de linhas de
compensação, qual seria aquela que conduziria a um custo de transporte
mínimo. No entanto, muito embora razoavelmente defensáveis sob o ponto de
vista teórico, estas propriedades são de difícil aplicação prática, para a grande
maioria das situações normalmente verificadas em um projeto de terraplenagem,
quais seja:

i. Extensões de projeto relativamente elevadas, conduzindo a diagramas


linearmente bastante extensos.
ii. Necessidade freqüente de lançamento de diversas linhas de compensação
auxiliares, pelo aspecto assumido pelo diagrama.
iii. Necessidade de se procurar correlacionar o sentido preferencial de
escavação com a geometria longitudinal da estrada. Por exemplo: prevendo a
abertura de um corte no sentido descendente do greide, com o aterro-
destinatário situado a jusante.

Caros alunos, o diagrama de Brückner por vezes é explorado pelas bancas.


Além disso, é muito importante para um Analista de Infraestrutura do DNIT usar
essa ferramenta, pois através desse diagrama podemos analisar se o projeto
de terraplenagem está contemplando os menores custos.

Por isso, nós fizemos um breve resumo desse assunto:

Diagrama de Brückner (ou de massas)

- inclinações muito elevadas indicam grandes movimentos de terras;

- diferença de ordenadas entre 2 pontos mede o volume de terra entre esses


pontos;

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- Pontos extremos: pontos de passagem.

- Pontos de máximo: passagem de corte para aterro.

- Pontos de mínimo: passagem de aterro para corte;

- a horizontal traçada sobre o diagrama é chamada de linha de


compensação (ou linha de terra).

- a distância média de transporte (DMT) pode ser considerada como a base de


um retângulo.

E isso já foi cobrado assim:

16 – (MPOG 2008 - CESPE) Os ramos ascendentes do diagrama


correspondem aos aterros, e os descendentes, aos cortes.

Essa afirmação diz o contrário do que falamos em aula com relação a


1ª Propriedade do Diagrama de Brückner:

Considerando-se o sentido crescente do estaqueamento, os ramos


ascendentes do diagrama correspondem a cortes (ou predominância de
cortes em seções mistas) e os ramos descendentes correspondem a aterros
(ou predominância de aterros nas seções mistas).

No desenho apresentado, a curva de cima representa o terreno natural e a reta


inclinada, o greide, enquanto a curva de baixo representa o diagrama de
massas ou diagrama de Brukner.

Gabarito: Errada

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17 – (MPOG 2008 - CESPE) A diferença entre as ordenadas de dois


pontos do diagrama representa o volume acumulado entre eles.

Exatamente igual ao que falamos na 3ª Propriedade do Diagrama de


Brückner:

Considerando um mesmo ramo, a diferença entre duas ordenadas mede o


volume (de corte ou aterro) existente entre as seções correspondentes.

Cada ordenada representa o volume acumulado até a respectiva seção. O


ponto máximo representa todo o volume do corte do primeiro trecho (início do
corte até o ponto de passagem entre o corte e o aterro – estacas 0 a 4).

Gabarito: Certa

18 – (MPOG 2008 - CESPE) Os pontos máximos e mínimos do diagrama


correspondem aos pontos de passagem de corte para aterro e de aterro
para corte, respectivamente.

Foi isso que vimos na 2ª Propriedade do Diagrama de Brückner:

Pontos de máximo do diagrama representam a passagem de cortes para


aterros;

Pontos de mínimo a passagem de aterros para cortes.

Vocês encontram mais coisas sobre o Diagrama de Brückener no documento


“Noções de Topografia Para Projetos Rodoviários”, disponível em:

http://www.topografiageral.com/Curso/capitulo%2018.php

Gabarito: Certa

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19 – (Valec 2012 – FEMPERJ) A figura abaixo ilustra o Diagrama de


Bruckner para os serviços de terraplenagem de uma rodovia, onde a linha
em traço grosso representa o estaqueamento no eixo dessa estrada:

Considerando que o material proveniente de cortes entre as estacas A e B


podem ser completamente reaproveitados para a realização de aterros
nessa estrada, pode-se dizer que, considerando o movimento de terra em
todo o trecho entre as estacas A e B, haverá:

(A) sobra de 11,0m3 de material proveniente de corte;


(B) falta de 12,0m3 de material para a realização de aterro;
(C) sobra de 14,0m3 de material proveniente de corte;
(D) falta de 17,0m3 de material para a realização de aterros;
(E) sobra de 28,0m3 de material para a realização de aterro.

O diagrama de Bruckner indica corte nos trechos ascendentes e aterros nos


trechos descendentes, sendo que a compensação é sempre zero nos trechos
que cruzam a linha (linha de compensação ou linha de terra).

Até o ponto indicado pela seta houve uma compensação dos volumes de
cortes e aterros.

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Portanto, a compensação final é indicada pelo último ponto do gráfico, mais à


direita. No caso, este ponto indica uma necessidade de 17m3 de aterro, ao
longo do trecho da figura.

Gabarito: letra D

Então, pessoal, vamos a uma bateria de exercícios comentados?

Lembrando que no fim da aula serão apresentadas essas questões sem o


gabarito, favorecendo o treinamento do aluno.

QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 0

20 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB)40. “Estaca cravada a 2,0m


da crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada, que serve de
apoio à execução de terraplenagem e controle topográfico, sempre no
mesmo alinhamento das seções transversais” (DNIT, 1997):

A) cota vermelha.
B) declividade.
C) offset.
D) ordenada.
E) vértice.

Falamos sobre os off-sets no início da aula! Os off-sets também podem ser


conceituados como linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos
serviços dispostas a 2,0m da crista de corte ou pé de aterro. Portanto, a letra C
está correta.

Gabarito: letra C

21 – (TRE-AL 2010 - FCC) Terraplenagem é a técnica de engenharia para


o manuseio de solos e rochas, inclusive o desmonte de rocha, sendo que
as etapas relacionadas na aplicação dessa técnica são:

(A) escavação, carregamento, transporte e espalhamento.


(B) prospecção, escavação, desmonte e transporte.
(C) mapeamento, planificação, escavação e carregamento.
(D) prospecção, escavação, segregação e amontoamento.
(E) sulcagem, estiramento, escavação e transporte.

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Essa é uma questão bem básica. Na aula nós vimos que as etapas que
constituem os serviços de terraplenagem são as seguintes:

a) escavação;
b) carregamento do material escavado;
c) transporte;
d) descarga e espalhamento.

Portanto, a alternativa correta é a letra A

Gabarito: letra A

22 - (TCU 2007 – CESPE) Ao se executar a terraplenagem de um trecho de


rodovia, o volume de corte de terra deve, necessariamente, ser
transportado para os aterros no próprio trecho; apenas o volume não
utilizado nos aterros deverá ser transportado para local conveniente, fora
da estrada.

A palavra “necessariamente” compromete o item. O material escavado nos


cortes deve ser aproveitado sempre que possível, evitando-se assim nova
escavação. A intenção é que haja a compensação de volumes e, acima de tudo,
evitar custos desnecessários.

Mas, também pode ocorrer de o material retirado do corte ser inservível para
utilização em aterros, tal como solos expansivos, argilas moles ou turfas, por
exemplo.

Gabarito: Errada

23 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Consideram-se solos de primeira categoria


aqueles com resistência ao desmonte mecânico inferior à rocha não
alterada, para os quais eventualmente há necessidade de explosivos.

A especificação de Serviço 106/2009 – ES – Terraplenagem – Cortes do DNIT


trás os seguintes conceitos:

“3.9 Material de 1ª categoria

Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou


não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de
umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização de
“Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado.
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3.10 Material de 2ª categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da


rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que
obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os
blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro
médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

3.11 Material de 3ª categoria

Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à


rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m, ou
de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar
o carregamento, se processem com o emprego contínuo de explosivos.”

Portanto, a questão está incorreta porque a definição contida em seu comando


contém o conceito de material classificado como de 2ª categoria.

Pessoal, reparem que há uma pequena diferença nos conceitos estudados na


aula (retirado do Manual de Implantação Básica do DNIT) e da norma 106/2009
– ES – Terraplenagem – Cortes do DNIT. Porém, essa diferença é bem sutil, e
no fundo dizem a mesma coisa.

Gabarito: Errada

24 - (MP 2006 – ESAF) A terraplenagem, no caso de edificações, tem por


objetivos regularizar e uniformizar o terreno, envolvendo três operações
distintas: escavação, transporte e aterro.

Com relação aos serviços de terraplenagem é incorreto afirmar que:

A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com espessura


máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de 0,20 m para as
camadas finais.

B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de


compactação mínimo de 95%.

C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando,


por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos
ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros (determinação
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do grau de compactação, ensaios de CBR, etc).

D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa deve


ser providenciado um enrocamento no pé do aterro.

E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento, pois


quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu volume
que influenciam principalmente a operação de transporte.

Vejam que o comando da questão pede a alternativa INCORRETA! Fiquem


atentos para o que se pede no enunciado.

Vamos à análise de cada uma das alternativas.

A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com espessura


máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de 0,20 m para as
camadas finais.

Então, é hora de relembrar daquele quadro-resumo que fizemos para os


aterros:

Camada Espessura Grau ISC (%) Expansão h(ótima)


de cada Compactação ≤
camada
compactada
Corpo ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4 + /- 3%
de %.
aterro
Melhor
Finais ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidade 2 + /- 3%
de de suporte %.
aterro

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Conforme visto, o item está correto.

Fazemos questão de repetir esse quadro durante a explicação das questões


porque o conteúdo dele é comumente cobrado por todas as bancas. Ele facilita
muito a vida do candidato!!

B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de


compactação mínimo de 95%.

Vimos na aula que as camadas finais correspondem aos 60 cm finais do aterro,


e que suas exigências técnicas são mais rigorosas que às exigidas para o
corpo de aterro.

Para efeito de compactação, a camada final é dividida em três


camadas individuais de 20 cm cada.

Olhando a nossa esquematização dos parâmetros de aterro, baseado na


norma DNIT 108/2009 ES, percebemos que as camadas finais do aterro
deverão apresentar um grau de compactação mínimo de 100%.
Portanto, a alternativa está incorreta, sendo esta a resposta da questão.

C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando,


por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos
ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros (determinação
do grau de compactação, ensaios de CBR, etc).

Segundo o documento “Obras Públicas: Recomendações Básicas para a


Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações Públicas”, publicado pelo
TCU, temos o seguinte:

Cumpre à fiscalização realizar as seguintes atividades específicas, com


relação aos serviços iniciais:

► conferir visualmente a fidelidade da planta do levantamento planialtimétrico


com o terreno;

► verificar visualmente, durante a execução do movimento de terra, se as


principais características do solo local confirmam as indicações contidas nas
sondagens anteriormente realizadas;

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► proceder ao controle geométrico dos trabalhos, com o auxílio da equipe de


topografia, conferindo as inclinações dos taludes, limites e níveis de terraplenos
e outros, com vistas à obediência ao projeto e à determinação dos quantitativos
de serviços realizados, para a liberação das medições;

► controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a


espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios
necessários ao controle da qualidade dos aterros (determinação do grau
de compactação, ensaios de CBR, entre outros) pelo laboratório de
controle tecnológico;

► conferir a veracidade da planta de cadastramento das redes de águas


pluviais, esgotos e linhas elétricas existentes na área.”

Portanto, este item está correto.

D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa deve


ser providenciado um enrocamento no pé do aterro.

De acordo com a especificação “ES0181 – Execução de Cortes e Aterros”, da


CEHOP-SE, temos o seguinte, havendo a possibilidade de solapamento da
saia em épocas chuvosas deverá ser a construído enrocamento no pé do
aterro.
Diante do exposto, item correto.

E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento, pois


quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu volume
que influenciam principalmente a operação de transporte.

O empolamento representa, em termos percentuais, qual o incremento de


volume que resulta após a escavação de um material de um corte.

Ao volume que está no terreno natural chamamos de volume de corte. Este


volume, ao ser escavado, sofre um desarranjo em suas partículas, de forma
que a mesma massa passa a ocupar um volume, que chamamos de volume
solto.

Vcorte < Vsolto

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O volume solto é o volume considerado nas operações de transporte. Certo o

item.

Gabarito: letra B

25 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) O revestimento vegetal dos taludes,


quando previsto, deve ser executado ao final dos serviços de
terraplenagem.

Ao contrário do que afirma a questão a especificação de serviços ES 00181 da


CEHOP/SE afirma que o revestimento vegetal dos taludes, quando previsto,
deverá ser executado imediatamente após o corte.

Portanto, o item está errado.

Gabarito: Errada

26 - (ANTAQ/2005 - CESPE) Nas escavações de material para aterro, solo


com diâmetro máximo de 15 cm é classificado como material de 3.ª
categoria.

Olha só, pessoal! Na aula falamos sobre a classificação dos materiais quanto a
dificuldade de extração. A norma DNIT 106/2009-ES – Cortes – Especificações
de Serviços usa as seguintes definições:

Material de 1ª categoria

Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou


não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de
umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização de
“Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado.

Material de 2ª categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha


não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que
obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os
blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de
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diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

Material de 3ª categoria

Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à


rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m,
OU de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de
possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de
explosivos.

Esquematizando:

1ª categoria ø < 0,15 m

2ª categoria 0,15 m < ø < 1,00 m 3ª categoria

ø > 1,00 m

Portanto, a afirmativa está errada. Solo com diâmetro máximo de 15 cm é


classificado como material de 1ª categoria.

Gabarito: Errada

27 - (PETROBRAS 2008 - CESPE) Ao se movimentar terra, ou transportá-la,


deve-se considerar o empolamento.

Vimos na aula que há variações no volume dependendo do estado em que este


se encontra. Até colocamos para vocês uma relação entre estes volumes:

Vcomp < Vcorte < Vsolto


Ou seja, o volume compactado é menor que o volume no corte (“in natura”), que
por sua vez é menor que o volume solto.

E qual o conceito de empolamento?

EMPOLAMENTO é o aumento percentual de volume de um solo escavado em


relação ao seu volume inicial ou em natura.

Volume empolado é o mesmo que volume solto.


Então, o correto, pessoal, é considerarmos o empolamento nos cálculos de
transporte de terra.

Gabarito: Certa

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28 – (Infraero 2011 – FCC) Ao se deparar com regiões de solos
compressíveis (moles), o engenheiro deve estudar a melhor solução para
obter o melhor desempenho do pavimento a ser implantado.

Dependendo da espessura de ocorrência deste material, procede-se com


a remoção. Caso contrário, deve-se intervir nesta região anteriormente à
implantação do pavimento. Uma solução possível é a implantação de
bermas de equilíbrio, que podem ser simplificadamente definidas como

(A) aterros drenantes para equilibrar a umidade do maciço do aterro


principal.
(B) aterros executados para equilibrar o peso exercido pelo solo mole.
(C) cortes laterais para drenar os solos moles saturados.
(D) aterros laterais para equilibrar o peso exercido pelo maciço do
aterro principal.
(E) cortes combinados com drenos verticais na região de solo mole.

Nessa apostila vimos a definição de berma de equilíbrio:

Aterro ladeado por banquetas laterais, gradualmente decrescentes em


altura, de sorte que a distribuição das tensões se faz em área bem mais ampla
do que aquela que resultaria da utilização de um aterro convencional.

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As bermas de equilíbrio deverão ser executadas desde o início da construção


do aterro.

Gabarito: letra D

A figura acima apresenta a seção transversal de projeto para uma ponte e


seus aterros de encontro em uma rodovia. Para a execução de todo o
projeto, pretende-se utilizar os dados de sondagem à percussão,
executada no local, e cujos resultados são mostrados na figura. O aterro
será compactado com grau de compactação igual a 80% e com desvio de
umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%. O controle de
compactação do aterro proposto baseia-se na verificação do peso
específico úmido de cada camada compactada, ao final da compactação,
com a utilização do ensaio de frasco de areia. Para a base do aterro, está
prevista a utilização de uma camada de reforço de geogrelha, com
resistência a tração igual a 35 kN/m. A solução de fundação proposta para
a ponte é de tubulões executados a céu aberto, sem revestimento. Com
relação a essa proposta, julgue os itens.

29 – (TCU 2005 - CESPE) Nas especificações de execução do aterro,


deve-se prever que a sua construção dure o menor tempo possível, pois,
quanto mais rapidamente o aterro for executado, melhores serão as suas
condições de estabilidade.
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A norma DNER-PRO 381/98 – “Projeto de aterro sobre solos moles para obras
viárias” prevê como uma das soluções para construção de aterro sobre solo
mole a construção por etapas, que implica subdividir a altura do aterro em
duas ou três etapas.

O aterro deve ser construído em etapas, com alturas < h crítica, para que não
haja o colapso do solo mole subjacente, até que ele se consolide com cada
etapa de sobrecarga do aterro, com a saída da água dos vazios do solo mole.

Como foi visto, na aula, obtém-se um ganho de resistência de argila mole, se


o aterro for construído em etapas. Portanto, é necessário especificar no
projeto como se deve controlar e acompanhar esse ganho, que em geral é feito
com emprego de instrumentação.

Gabarito Errada

30 – (TCU 2005 - CESPE) As especificações de compactação do solo de


aterro propostas são insatisfatórias para as características da obra.

As especificações propostas no enunciado da questão são:

a) O aterro será compactado com grau de compactação igual a 80% e;

b) com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%.

Mais uma vez, vamos recorrer à esquematização que fizemos para os aterros:

Camada Espessura G.Compactação ISC (%) Expansão h(ótima)


de cada ≤
camada
compactada
Corpo ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4 + /- 3%
de %.
aterro

Melhor
Finais ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidade 2 + /- 3%
de de suporte %.
aterro

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O valor de 80% é insatisfatório, tanto para o corpo de aterro quanto para as


camadas finais.

Já com relação ao com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima


de ± 3%, tal especificação está de acordo para o corpo de aterro.

Portanto, as especificações de compactação do solo de aterro propostas são


insatisfatórias para as características da obra.

Gabarito: Certa

31 – (TCU 2005 - CESPE) A utilização da geogrelha como reforço na base


do aterro do encontro reduzirá substancialmente os recalques do aterro.

Segundo a norma DNER-PRO 381/98 – “Projeto de aterro sobre solos moles


para obras viárias”, as geogrelhas atuam na estabilidade do aterro e na redução
de deslocamentos laterais, sem influência significativa nos recalques.

Gabarito: Errada

32 – (TCU 2005 - CESPE) O controle de compactação do aterro com base


somente na obtenção do peso específico úmido, como proposto no
projeto, é insatisfatório.

Essa estava fácil, não é, pessoal!! A palavra restritiva “somente” já deixa o


candidato desconfiado. E era razoável imaginar que a realização de somente um
ensaio não fosse suficiente para a realização do controle tecnológico do aterro.

O controle de execução do aterro é realizado através dos ensaios de teor de


umidade (ensaio denominado speedy), do ensaio de densidade “in situ” (ensaio
do frasco de areia) e do ensaio de compactação (ensaio proctor normal para o
corpo do aterro ou intermediário para as camadas finais).

Não se preocupe com esses ensaios ainda. Eles serão estudados com mais
detalhes nas aulas seguintes. Colocamos aqui só para mostrar que o controle de
compactação do aterro com base somente na obtenção do peso específico
úmido, como proposto no projeto é de fato insatisfatório, já que são necessários
diversos outros ensaios.

Gabarito: Certa

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33 – (PF REGIONAL 2004 – CESPE) Para cálculo de volumes de aterros e


cortes, deve-se considerar o volume de transporte como igual ao volume
de aterro ou corte dividido pelo fator de empolamento.

Muita calma nessa hora!! Na aula vimos que o fator de empolamento é:

O volume de transporte mencionado na questão é o volume solto. Vtransp =

Vsolto.

Portanto, deve-se considerar o volume de transporte como igual ao VOLUME


DE CORTE multiplicado pelo fator de empolamento.

Gabarito: Errada

34 – (Infraero 2011 – FCC) Na execução da terraplenagem em um terreno


para a implantação de um aeroporto, foi necessária, na movimentação de
terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado mediu-se o volume de
1.200 m3 de solo. Por meio do controle tecnológico conduzido, verificou-
se que a densidade do solo compactado é de 2.030 kg/m3, a densidade
natural é de 1.624 kg/m3 e a densidade solta é de
1.160 kg/m3. Considerando que este solo foi transportado por caminhão
basculante com capacidade de 6 m3, o número de viagens necessárias foi
de

(A) 400.
(B) 200.
(C) 250.
(D) 300.
(E) 350.

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Essa é uma questão em que temos que fazer umas continhas. A ESAF, por
vezes, exige questões assim. Nas provas da CGU de 2008 e na de 2012, em
algumas questões o candidato tinha que fazer alguns cálculos. Vamos ao
raciocínio da questão!

Dados:

Vcomp = 1.200 m3

Dcomp = 2.030 kg/m3

Dnat = 1.624 kg/m3

Dsolta = 1.160 kg/m3

Vocês se lembram quando fizemos as relações das densidades? Vamos


recordar:

Em se tratando de uma mesma massa m a ser terraplenada, é fácil concluir


que as variações nas densidades (ou massas específicas aparentes) do
material obedecerão às desigualdades abaixo:

Dcomp > Dcorte > Dsolta

A questão nos fornece o volume compactado. Mas o volume que queremos é o


volume solto, que é o volume considerado nas operações de transporte.

Para isso, basta compararmos a densidade compactada com a densidade


solta, dividindo uma pela outra. Dcomp = 2030 = 1,75
Dsolta 1.160

Então, se o volume compactado é 1.200 m3, o volume solta será: Vsolto =

1.200,00 m3 x 1,75 = 2.100,00 m3

O comando da questão informa que o transporte foi realizado com caminhões


basculante com capacidade de 6 m3. Então, se dividirmos o total do volume
solto pela capacidade dos caminhões, teremos a quantidade de viagens
necessárias, ou seja:

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2.100 = 350

Portanto, o número necessário de viagens foi de 350 viagens.

Gabarito: letra E

35 – (TCU 2009 – CESPE) Em serviços de terraplanagem, o preço


unitário relativo ao destocamento do terreno é expresso por m 2 da área a
ser destocada, independentemente do diâmetro das árvores.

Opa! Não foi isso que vimos na aula não! De acordo com a norma DNIT
104/2009 – ES - Terraplenagem – Serviços Preliminares - Especificação de
Serviço:

Medição – Desmatamento, Destocamento e Limpeza

a) árvores com diâmetro inferior a 0,15 m => m2

b) árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser


medidas ISOLADAMENTE, em função de 2 conjuntos:

b.1) Árvores com diâmetro entre 0,15 m e 0,30 m

b.2) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m

Portanto, somente as árvores com diâmetro inferior a 0,15 m é que tem o preço
unitário relativo ao destocamento do terreno é expresso por m2 da área a ser
destocada, as árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser
medidas isoladamente.

Gabarito: Errada

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36 – (TRT 17ª Região 2009- CESPE) Em uma obra de compactação de


um aterro, o critério de medição do serviço é o volume medido por
camada acabada.

É isso aí! Os aterros são medidos em m3 por camada acabada, afinal fazem
parte do custo unitário dos serviços de compactação de aterros: a descarga e
o espalhamento do material em camadas, o ajuste e homogeneização da
umidade do solo, a compactação propriamente dita e o respectivo
acabamento do aterro. (item 8.1 da norma DNIT 108/2009 ES- Terraplenagem
– Aterro – Especificações de Serviço).

Gabarito: Certa

37 – (SEGER-ES 2011- CESPE) Os solos expansivos são adequados


para a execução de aterros, pois permitem rápida compactação e
adensamento.

Ninguém cai mais nessa não, né? Só erra uma questão dessas quem não leu
essa aula!!

Gabarito: Errada

38 – (BASA 2007- CESPE) Em um serviço de movimento de terra, para


efeito de orçamento do transporte de terra escavada na execução de um
corte, multiplica-se o volume de solo a ser escavado no seu estado
natural, ou intacto, pelo preço unitário de transporte.

Não é mesmo!! Falamos tanto que o volume transportado é o volume solto, e


para calcularmos esse volume temos que considerar o empolamento. Portanto,
mutiplica-se o volume do corte pelo fator de empolamento.

Gabarito: Errada

39 – (INSS 2008- CESPE) Aterros com volumes superiores a


1.000 m3 devem ter, obrigatoriamente, controle tecnológico na sua
execução.

Segundo a norma DNIT 108/2009 ES devem ser adotados os seguintes


procedimentos:

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Um ensaio de compactação para cada 1000 m³ de um mesmo material do


corpo do aterro (segundo o Método DNER-ME 129 - Proctor Normal);

Gabarito: Certa

40 - (MPU 2004 – ESAF) as ordenadas de Bruckner correspondem às


diferenças entre as cotas projetadas para a estrada e as cotas de seu
perfil original.

O diagrama de massas NÃO é um perfil. A forma do diagrama de massas


não tem nenhuma relação com a topografia do terreno. A diferença de
ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o volume de terra entre
esses pontos. Portanto, a afirmativa está incorreta.

Gabarito: Errada

41 - (Engenheiro de Trânsito 2012-BIORIO) - Ao analisar o diagrama de


Brückner (diagrama de massas), constata-se um ponto de máximo local
pertencente a um trecho compensado por uma linha de terra no sentido
do estaqueamento. Esse ponto corresponde no perfil longitudinal:

(A) a uma passagem de aterro para corte;


(B) a uma passagem de corte para aterro;
(C) ao ponto de maior cota vermelha neste trecho;
(D) ao ponto de maior cota azul neste ponto;
(E) a um greide cuja inclinação da tangente é zero

Pessoal, conforme a 2ª Propriedade do diagrama de Brückner:

Os pontos de máximo do diagrama representam a passagem de cortes


para aterros e os de mínimo a passagem de aterros para cortes.

Portanto, a alternativa correta é a letra B.

Gabarito: letra B

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42 - (INFRAERO/ADAPTADA - NCE UFRJ) - O significado de um ponto


máximo em um diagrama de Bruckner (diagrama de massas de
terraplenagem) é:

(A) máxima compensação;


(B) passagem de corte para aterro;
(C) menor momento de transporte;
(D) distância média de transporte;
(E) volume escavado.

E aí, pessoal, qual é a resposta? Agora ficou fácil! Vimos que o ponto máximo
em um diagrama de Brückner refere-se à passagem de cortes para aterros,
portanto a letra B está correta!!

Pessoal, vejam a importância de se fazer provas anteriores e de bancas


diferentes. Quem sabe uma questão desse tipo não cai na prova de vocês,
hein?!

Gabarito: letra B

43 - (Nova) – As linhas horizontais que interceptam ramos ascendentes e


descendentes no diagrama de Bruckner destacam:

(A) o volume médio escavado no trecho em aterro.


(B) o volume total escavado na frente de ataque da zona de corte
considerada.
(C) o momento parcial de transporte do empréstimo.
(D) o volume de cortes e aterros compensados.
(E) os pontos de início de corte e fim de aterro no perfil longitudinal.

Pessoal, a 4ª propriedade diz:

Linhas horizontais (ditas “linhas de compensação” ou “linhas de


distribuição”), interceptando ramos ascendentes e descendentes,
destacam segmentos que correspondem a volumes de cortes e aterros
compensados.

Portanto, concluímos que a alternativa correta é a letra D, já que traduz


literalmente 4ª propriedade.

Gabarito: letra D
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44 – (TRE - RN 2011 – FCC) Considere as afirmações abaixo sobre


projeto de terraplenagem.

I. Define-se como ponto de passagem os pontos onde terminam os


cortes e começam os aterros e os pontos onde terminam os aterros e
começam os cortes.

II. Quando o material do corte é aplicado no aterro ele sofre uma


redução de volume, por causa da compactação. O valor desta redução
depende do tipo de solo, densidade natural e adensamento nos cortes e
grau de compactação dos aterros.

III. Linha de compensação é toda linha horizontal, traçada sobre o


diagrama de massas (Diagrama de Bruckner) que corte pelo menos uma
onda. Todas as ondas do diagrama de massas deverão ser cortadas, ou
ao menos tangenciadas, por uma única linha de compensação.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

Vamos analisar cada uma das afirmativas:

I. Define-se como ponto de passagem os pontos onde terminam os


cortes e começam os aterros e os pontos onde terminam os aterros e
começam os cortes.

Então, pessoal, é isso mesmo! Os pontos de passagem são os pontos de


máximo e de mínimo do diagrama, e eles correspondem aos pontos onde
terminam os cortes e começam os aterros (ponto máximo) e os pontos
onde terminam os aterros e começam os cortes (ponto mínimo).

Observem só o desenho abaixo:

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Correto, portanto, o item.

II. Quando o material do corte é aplicado no aterro ele sofre uma


redução de volume, por causa da compactação. O valor desta redução
depende do tipo de solo, densidade natural e adensamento nos cortes e
grau de compactação dos aterros.

Corretíssimo o que se afirma no item acima. Quando executamos um aterro,


compactamos o volume que estava originalmente no corte. Essa compactação
faz com que este material sofra uma redução no seu volume, e
consequentemente um aumento da densidade.

O valor desta redução de volume depende do tipo de material (geralmente, as


argilas sofrem uma redução de volume maior que as areias, por exemplo);
densidade natural (condição que a massa específica do solo se apresenta no
local do corte antes do material ser retirado); adensamento nos corte
(quantidade de vazios que o solo apresenta no seu “estado natural”) e grau de
compactação (quantidade de energia despendida para compactar o solo).

Afirmativa correta.

III. Linha de compensação é toda linha horizontal, traçada sobre o


diagrama de massas (Diagrama de Bruckner) que corte pelo menos uma
onda. Todas as ondas do diagrama de massas deverão ser cortadas, ou
ao menos tangenciadas, por uma única linha de compensação.

Qualquer horizontal traçada sobre o diagrama determina trechos de volumes


compensados (volume de corte = volume de aterro corrigido). Esta
horizontal, por conseguinte, é chamada de linha de compensação (ou linha de
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terra).

Além disso, todas as ondas do diagrama de massas deverão ser cortadas,


ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de compensação.

Portanto, está certa a afirmativa.

Gabarito: letra E

Pessoal, este tema (diagrama de massas) é um assunto bem explorado,


portanto fiquem atentos aos conceitos.

Vamos a uma pequena revisão no tema:

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45 - (FISCAL DE OBRAS RODOVIARIAS - UFPR 2010) Ao se efetuar um


corte no terreno, o volume do material solto é maior que o volume original
do solo. Esse fenômeno é denominado:

a) inchamento.
b) empolamento.
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c) desadensamento.
d) incorporação de vazios.
e) expansão.

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Vimos em aula que o empolamento representa, em termos percentuais, qual o


incremento de volume que resulta após a escavação de um material de um
corte:

Portanto, a resposta correta é a letra B.

Gabarito: letra B

46 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB). Em


escavações, são considerados materiais de 3ª categoria os:

A) solos orgânicos e as argilas moles.


B) que exigem uso contínuo de explosivos.
C) que são escaváveis com auxílio de escarificador.
D) que exigem uso eventual de explosivos.
E) solos em geral.

Conforme vimos na aula, os matérias de 3ª categoria exigem o uso contínuo


de explosivos.

Gabarito: letra B

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A partir da figura acima, que apresenta um aterro para pavimento
rodoviário construído sobre uma camada de solo mole, saturada,
uniforme e homogênea, julgue os seguintes itens.

47 - (PF 2002 - CESPE) A utilização de bermas de equilíbrio reduz a altura


admissível do aterro.

Ao contrário, a utilização de bermas de equilíbrio proporciona mais


estabilidade, portanto, aumenta a altura admissível do aterro, ou seja, se
utilizarmos bermas de equilíbrio poderemos construir um aterro mais alto.

Gabarito: Errada

48 - (PF 2002 - CESPE) Na situação mostrada na figura, para uma maior


garantia da estabilidade do aterro, seria recomendado que o mesmo fosse
construído o mais rápido possível.

Simplesmente repetição da questão do TCU 2005 (questão 28). E olha, que


essa mesma abordagem foi feita em uma questão da prova do concurso de
Analista de Infraestrutura (Área I) do MPOG 2010.

Gabarito: Errada

Pessoal, essa foi a nossa aula demonstrativa do conteúdo de Terraplenagem


com Teoria + Exercícios.

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Espero que tenham gostado do material e que ele possa ajudá-los a conseguir
sucesso na caminhada de cada um de vocês.

Bons estudos!

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. DNER-ES278- 97 –


Terraplenagem – Serviços Preliminares.

. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.


NORMA DNIT 104/2009 – ES - Terraplenagem – Serviços Preliminares -
Especificação de Serviço.

. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.


NORMA DNIT 105/2009 – ES - Terraplenagem – Caminhos de Serviço -
Especificação de Serviço.

. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.


NORMA DNIT 106/2009 – ES - Terraplenagem - Cortes - Especificação de
Serviço.

. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.


NORMA DNIT 107/2009 – ES - Empréstimos - Aterros - Especificação de
Serviço.

. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT.


NORMA DNIT 108/2009 – ES - Terraplenagem - Aterros - Especificação de
Serviço.

. Tribunal de Contas da União. Obras Públicas Recomendações


Básicas para a Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações
Públicas.

ABRAM, Isaac e ROCHA, Aroldo. Manual Prático de Terraplenagem, 1ª ed.,


Salvador/BA, 2000.

Curso de Construção de Estradas – Coletânea de Notas de Aula Escola


Politécnica da UFBA – Salvador – Outubro, 1996.

Introdução à Terraplenagem. Apostila da disciplina TT-401 – Transportes “A”


do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná – UFPR.
Curitiba: 2010.

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RICARDO, Hélio de Souza e CATALANI, Guilherme, Manual prático de


escavação: terraplanagem e escavação de rocha, 3ª. ed. – São Paulo/SP:
Pini, 2007.

SERGIPE. Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas do Estado de


Sergipe – CEHOP/SE. Execução de Cortes e Aterros – ES00181.

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