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AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE

APRESENTAÇÃO

Este curso abordará o tema da avaliação da conformidade contextualizando sua função


e importância no âmbito do mercado globalizado, a estrutura orgânica e institucional
responsável no Brasil pela sistematização dos processos de avaliação da
conformidade, bem como os tipos e os processos que estes sistemas se utilizam para
alavancar a capacidade competitiva das empresas.

O conteúdo deste Módulo é baseado no modelo internacionalmente aceito e praticado


pelos países membros da Organização Mundial do Comércio – OMC.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ao final deste módulo, os alunos terão adquirido o conhecimento sobre os vários tipos
de avaliação da conformidade, as vantagens potenciais para sua empresa inerentes
aos ganhos advindos de um processo de avaliação da conformidade e onde encontrar
mais informações para iniciar um processo de avaliação da conformidade.

1 IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE

Você já ouviu falar em barreiras comerciais para proteger os mercados dos produtos
importados? Você sabe quais são os artifícios que podem ser utilizados para tal fim?

Para proteger seus mercados, os países procuram utilizar vários mecanismos que
dificultem o acesso de mercadorias importadas, são as barreiras comerciais. A maneira
mais comum de proteger os mercados é a utilização de tarifas, com a utilização das
barreiras tarifárias.

glossário: barreiras tarifárias: São as barreiras criadas pela incidência de tarifas para a
importação de produtos.

As negociações internacionais sobre o comércio, entretanto, que geralmente resultam


em reduções nas tarifas que os paises podem aplicar, foram sendo desenvolvendo
novos artifícios para dificultar as importações, as chamadas barreiras não tarifárias.
Entre essas, têm se destacado as denominadas barreiras técnicas.

Barreiras técnicas às exportações, de acordo com a Organização Mundial do


Comércio – OMC são barreiras comerciais derivadas da utilização de normas ou
regulamentos técnicos não transparentes ou que não se baseiam em normas
internacionalmente aceitas ou, ainda, decorrentes da adoção de procedimentos
de avaliação da conformidade não transparentes e/ou demasiadamente
dispendiosos, bem com de inspeções excessivamente rigorosas.

Neste contexto podemos perceber que a avaliação da conformidade é uma importante


ferramenta que traz amplos benefícios para fabricantes, fornecedores de serviços,
consumidores, organismos reguladores, o fluxo de comércio e para a sociedade
quando é usada tendo por princípios a transparência e a utilização de normas
internacionais.

Diálogo:
Observe que os custos relativos à adaptação de produtos às normas e regulamentos,
assim como aqueles que se referem aos procedimentos de avaliação da conformidade,
normalmente incidem sobre o produtor. Desta maneira os custos advindos da função
avaliação da conformidade devem também ser considerados no processo de
desenvolvimento dos procedimentos para sua implementação e de modo que os
mesmos não criem dificuldades ao comércio.

Conceito:
Objetivando que os procedimentos de avaliação da conformidade atinjam seus
propósitos e não impactem negativamente o comércio, vários esforços têm sido feitos
no âmbito da Organização Mundial do Comércio e nos acordos bilaterias e multilaterais
entre países, como por exemplo: MERCOSUL, NAFTA e União Européia. Dentre estas
iniciativas, podemos citar o processo de reconhecimento mútuo - Mutual Recognition
Agreement - MRA - que pode ser implementado nos diferentes níveis das relações
técnicas, (tecnológicas e comerciais entre nações e ou blocos econômicos).

X A expressão Mutual Recognition Agreement - MRA refere-se à designação de


acordos entre Governos, no nível dos órgãos reguladores, com respeito a
procedimentos e resultados de avaliação da conformidade.

Há que se reconhecer que neste cenário de mercado globalizado, a forte tendência


para a harmonização das atividades de normalização, metrologia e avaliação da
conformidade, com o credenciamento de laboratórios, organismos de inspeção e
organismos de certificação é um passo na direção do conceito “uma norma, um ensaio
e um certificado de conformidade aceitos universalmente”.

Então, com base no conteúdo visto até aqui, você poderia explicar qual a importância
da avaliação de conformidade e sua relação com as barreiras técnicas?

2 DEFINIÇÕES E CONCEITOS

2.1 CONCEITO DE QUALIDADE

Vejamos cada uma dessas oito dimensões:

- Desempenho: refere-se às características finais do produto e do uso que o


cliente deseja;

- Características: referem-se aos itens adicionais do produto, que suplementam o


seu funcionamento básico;

- Confiabilidade: refere-se à probabilidade da ocorrência de um mau


funcionamento do produto ou a sua falha em um determinado período.
- Durabilidade: refere-se à probabilidade de utilização do produto até que ele se
deteriore fisicamente;

- Atendimento: refere-se à cortesia, rapidez, pontualidade na entrega,


competência e facilidade de reparo do produto;

- Estética: refere-se à aparência do produto, refletindo as preferências pessoais


do consumidor;

- Qualidade percebida: refere-se à qualidade que o consumidor percebe no


produto, a partir de comparações, julgamentos e da própria reputação do produto;

- Conformidade: refere-se ao grau em que o projeto e as características


operacionais de um produto estão de acordo com os padrões estabelecidos.

Disto se conclui que a Qualidade pela conformidade com padrões e para tanto é
necessário a existência de Sistemas de Avaliação de Conformidade robustos e
coerentes com a ordem internacional.

2.2 CONCEITO DE AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE

A avaliação da conformidade é um processo sistematizado, com regras pré-


estabelecidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar o adequado
grau de confiança de que um produto, processo, serviço, ou um profissional, atende a
pré-requisitos estabelecidos por normas ou regulamentos.

A Organização Mundial do Comércio, define avaliação da conformidade como sendo


qualquer atividade com o objetivo de determinar, direta ou indiretamente, o atendimento
a requisitos aplicáveis.

A Avaliação da Conformidade é definida na ABNT/ ISO/IEC Guia 2 como sendo um


exame sistemático do grau de atendimento por parte de um produto, processo ou
serviço a requisitos especificados.

De maneira ampla, a avaliação da conformidade tem por objetivos:

 Atender às preocupações e demandas sociais, estabelecendo com o consumidor


uma relação de confiança de que o produto, processo ou serviço está em
conformidade com requisitos especificados;

 Não se tornar um ônus para a produção, ou seja, não deve envolver recursos
maiores do que aqueles que a sociedade está disposta a investir;

 Assegurar ao consumidor que o produto, processo ou serviço está de acordo com


as normas ou regulamentos previamente estabelecidos em relação a critérios que
envolvam, principalmente, a saúde e a segurança do consumidor e a proteção do
meio ambiente;

 Apontar ao empresário as características técnicas que seu produto deve ter para
se adequar às referidas normas ou regulamentos.
Diálogo:
É importante entendermos que a Avaliação da Conformidade assegura um adequado
grau de confiança na qualidade dos produtos, processos ou serviços. A garantia da
qualidade do produto, processo ou serviço é de total responsabilidade do fornecedor. A
Avaliação da Conformidade, sob, uma visão e tratamento sistêmico, visa assegurar ser
remota a possibilidade de um produto chegar ao consumidor em desacordo com os
requisitos normativos ou regulatórios.

A avaliação da conformidade é um forte instrumento de indução do processo de


desenvolvimento tecnológico e industrial, para o incremento do comércio (interno e
externo) e para a proteção do consumidor.

Diálogo:
E então, você já se sente apto explicar e conceituar a qualidade e avaliação de
conformidade?

3 AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE: CLASSIFICAÇÃO

Um sistema de avaliação de conformidade tem como finalidade conferir “confiança” à


relação fornecedor - empresa - cliente.

Diálogo:
Observe na Figura 1, os vários atores envolvidos na avaliação de conformidade:

Figura 1

Diálogo:
Os exemplos típicos de sistemas de avaliação da conformidade são os que utilizam
ensaios, inspeções e auditorias como base para a certificação. Complementando, a
Figura 2 apresenta as formas de relacionamento entre as partes no sentido de
assegurar a conformidade.
Figura 2

3.1 QUANTO A QUEM REALIZA A AVALIAÇÃO

Dependendo de quem realiza a avaliação, e, portanto, tem a responsabilidade de


evidenciar a conformidade, a atividade pode ser classificada como: (itens aparecendo
um a um)

 de PRIMEIRA PARTE: quando é feita pelo fabricante ou pelo fornecedor;

 de SEGUNDA PARTE: quando é feita pelo comprador/cliente;

 de TERCEIRA PARTE: quando é feita por uma organização com independência


em relação ao fornecedor (primeira parte) e ao cliente/comprador (segunda parte).

Observação:
Quando o processo de avaliação da conformidade é realizada por uma terceira parte,
esta deve ser acreditada.

No Sitema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, o organismo acreditador oficial é o


INMETRO e os programas de avaliação da conformidade obedecem às práticas
internacionais baseadas em requisitos estabelecidos pela International Organization for
Standardization - ISO.

Glossário: Acreditação: é o reconhecimento, por um organismo credenciador


(acreditador), da competência técnica dessa instituição para processar a avaliação da
conformidade de produtos, processos, serviços, sistemas de gestão ou pessoal.
3.2 QUANTO A OBRIGATORIEDADE

A avaliação da conformidade quanto à obrigatoriedade de sua aplicação pode ser


classificada como compulsória ou voluntária.

a) Compulsória

A avaliação de conformidade compulsória é aquela que ocorre quando o órgão


regulador entende que o produto, processo ou serviço pode oferecer riscos à
segurança do consumidor ou ao meio ambiente ou quando o desempenho do produto
pode trazer prejuízos econômicos à sociedade.

A avaliação se torna compulsória quando é definida sua obrigatoriedade por meio de


um instrumento legal, emitido por um organismo regulador e se destina à defesa do
consumidor, no tocante à proteção da vida e da saúde e à preservação do meio
ambiente.

Exemplos:
Como exemplo de avaliação de conformidade compulsória, no Brasil, temos:

- Botijão de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo)


- Mangueira GLP
- Regulador de pressão GLP
- Fusível (rolha de cartucho)
- Preservativo masculino
- Capacete para condutor de motocicleta
- Extintor de incêndio
- Brinquedos
- Fios e cabos elétricos até 750 V

b) Voluntária

A avaliação da conformidade voluntária é aquela que parte de uma decisão do


fornecedor. A avaliação da conformidade voluntária agrega valor ao produto,
representando uma importante vantagem competitiva em relação aos concorrentes.

Exemplos:
Exemplos de avaliação de conformidade voluntária no Brasil são:

- Eletrodomésticos
- Lanternas
- Perfis metálicos
- Revestimentos cerâmicos
- Rodas automotivas
- Inspetores de soldagem
- Produção integrada de frutas
4 MECANISMOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

Dentre os diferentes mecanismos de avaliação da conformidade para verificar a


conformidade de um produto, processo ou serviço em relação aos critérios
estabelecidos por normas e regulamentos técnicos, no Brasil são usadas,
principalmente:

 Certificação

 Declaração da conformidade pelo fornecedor

 Inspeção

 Etiquetagem

 Ensaio

! Importante:
Para a seleção do mecanismo de avaliação da conformidade mais adequado, é
necessário levar em consideração diversos aspectos relacionados às
características do produto, processo ou serviço avaliado tais como:
- o risco de falha;
- o impacto de falha;
- a freqüência da ocorrência da falha;
- o volume de produção;
- a velocidade do aperfeiçoamento;
- o porte dos fabricantes envolvidos;
- o impacto sobre a competitividade do produto.

4.1 CERTIFICAÇÃO

a) Certificação de Produtos, Processos ou Serviços

Conceito:
Certificação é o procedimento pelo qual um órgão de terceira parte (independente do
fornecedor e do comprador) dá garantia escrita de que um produto, processo ou
serviço está em conformidade com os requisitos especificados. Ou seja, a certificação
de produtos, processos e serviços, sistemas de gestão e pessoal é, por definição,
realizada por terceira parte (organização independente), acreditada pelo INMETRO
para executar uma ou mais destas modalidade de Avaliação da Conformidade.

Diálogo:
Vejamos, a seguir, os tipos de certificação: de produtos, processos ou serviços e de
sistemas de gestão.

O sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade possui 8 modelos de certificação. O


modelo de certificação a ser utilizado depende do produto, do processo produtivo, das
características da matéria-prima, de aspectos econômicos e do nível de confiança
necessário.
Os modelos são combinações de avaliação de tipo, nas quais são testadas amostras
do produto fornecidas pelo fabricante e/ou pelo comércio, observando critérios de
amostragem e combinação dos testes de produto com avaliações do Sistema da
Qualidade do fabricante.

Os MODELOS DE CERTIFICAÇÃO são os seguintes:

Modelo 1 - Ensaio de Tipo - É o modelo de certificação mais simples, que faz um


ensaio de tipo, fornecendo uma comprovação de conformidade de um item, em um
dado momento. É uma operação de ensaio, única no seu gênero,efetuada de uma
única vez, limitando os seus efeitos para a amostra avaliada. É a forma mais simples e
mais limitada de certificação. Os custos são mínimos, mas não se tem o
acompanhamento da conformidade do restante da produção do mesmo modelo.

Modelo 2 - Ensaio de Tipo seguido de Verificação através de Ensaio em Amostras


retiradas no comércio - É um modelo baseado no ensaio de tipo, mas combinado
com ações posteriores para verificar se a produção contínua sendo conforme. Essas
ações compreendem ensaios em amostras retiradas no comércio. Nesse modelo, a
avaliação cobre também a influência exercida pelo comércio de distribuição e as
condições em que o comprador final recebe o produto, mas não tem caráter preventivo,
já que não leva em consideração o controle da qualidade da fábrica.

Modelo 3 - Ensaio de Tipo seguido de Verificação através de Ensaio em Amostras


retiradas no fabricante - É baseado no ensaio de tipo, mas combinado com
intervenções posteriores para verificar se a produção continua sendo conforme.
Compreende ensaios em amostras coletadas na própria fábrica. Este modelo permite a
supervisão permanente da produção do fabricante e pode desencadear ações
preventivas quando são identificadas não-conformidades.

Modelo 4 - Ensaio de Tipo seguido de Verificação através de Ensaio em Amostras


retiradas no comércio e no fabricante - Combina os modelos 2 e 3, tomando
amostras para ensaios tanto no comércio, como na fábrica.

Modelo 5 – Ensaio de Tipo, Avaliação e Aprovação do Sistema da Qualidade do


fabricante, acompanhamento através de auditorias no fabricante e ensaio em amostras
retiradas no comércio e no fabricante: É também baseado no ensaio de tipo, mas
acompanhado de avaliação das medidas tomadas pelo fabricante para o seu Sistema
de Gestão da Qualidade de sua produção, seguido de um acompanhamento regular,
por meio de auditorias, do controle da qualidade da fábrica e de ensaios de verificação
em amostras coletadas no comércio e na fábrica. Este é o modelo mais utilizado pelo
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade e proporciona um sistema confiável
e completo de avaliação da conformidade de uma produção em série e em grande
escala.

Modelo 6 - Avaliação e aprovação do Sistema da Qualidade do fabricante - É o


modelo em que se avalia a capacidade de uma indústria para fabricar um produto
conforme uma determinada especificação. Este modelo não é adequado para a
certificação de produto já que não avalia a conformidade do produto final ,e sim, a
capacidade da empresa em produzir determinado produto em conformidade com uma
especificação pré-estabelecida.
Modelo 7 - Ensaio de Lote - Neste modelo, submete-se as amostras tomadas de um
lote de fabricação do produto a ensaios, emitindo-se a partir dos resultados obtidos,
uma avaliação sobre sua conformidade a uma dada especificação. Este modelo de
aceitação de um lote é muito utilizado na importação de produtos com exigência de
certificação compulsória em que cada lote é avaliado e emitido parecer para cada um
deles.

Modelo 8 - Ensaio 100 - É o modelo em que são verificados todos os critérios


estabelecidos pela norma ou regulamento técnico referente ao produto, sendo usado
quando são envolvidos riscos muito altos.

A certificação de produtos, o tipo mais comum de avaliação da conformidade realizada


por terceiros, está definida no Guia ISO/IEC 2:1996 como sendo “um procedimento em
que terceiros asseguram, por escrito, que um produto, processo ou serviço está em
conformidade com requisitos específicos”.

A certificação de produtos consiste na emissão de um certificado ou selo (ou ambos)


para demonstrar que um produto específico cumpre com um conjunto definido de
requisitos, geralmente especificados por uma norma. O selo de certificação
normalmente se encontra no produto ou em sua embalagem e também pode ser
encontrado em um certificado emitido pelo organismo de certificação do produto. O
selo deve fazer referência ao número ou ao nome da norma pela qual o produto foi
certificado.

Um produto com uma marca da avaliação da conformidade trás a garantia de terceiros


de que:

 foi produzido de acordo com uma norma apropriada;

 a produção foi supervisionada e controlada;

 foi testado e inspecionado;

 se os clientes constatarem que o produto com a marca de conformidade não


cumpre com as normas declaradas, podem se dirigir ao organismo certificador
para resolver suas questões.

Diálogo:
Observe a seguir um exemplo de certificação de produto, de um monitor de
microcomputador, com várias marcas de conformidade de organismos de certificação
de produtos!
Diálogo:
Outros exemplos de marcas de conformidade de alguns organismos de certificação
são também apresentados a seguir:

b) Certificação de Sistemas de Gestão

A certificação dos Sistemas de Gestão atesta a conformidade do modelo de gestão de


fabricação e de prestadores de serviços em relação a requisitos normativos.
Os sistemas clássicos são os seguintes:

 sistemas de gestão da qualidade, certificados em critérios estabelecidos pela


norma NBR ISO 9000;

 sistemas de gestão ambiental, certificados conforme as normas da série NBR ISO


14000.

Há, no entanto, outros sistemas de gestão, também passíveis de certificação, oriundas


de iniciativas setoriais, como os sistemas baseados em normas de telecomunicações -
TL 9000; e do setor automotivo AVSQ 94 e QS 9000.

A filosofia das normas de gestão é, em geral, a de induzir o funcionamento das


organizações por processos, enfatizando as ações de prevenção de defeitos. No
entanto, as normas de sistemas de gestão não ditam qual o produto a ser produzido
ou como produzi-lo, mas apenas como estruturar os sistemas de gestão da
organização, de forma a assegurar a repetibilidade dos resultados obtidos, no que diz
respeito ao parâmetro qualidade.

 NBR ISO 9000

A NBR ISO série 9000 é uma série de normas internacionais sobre o gerenciamento e
a garantia da qualidade. Deve ser encarada como o padrão mínimo para um sistema
da qualidade, e não como a marca final de excelência.

Seu objetivo principal é o de disciplinar os sistemas organizacionais e gerenciais, a


partir dos quais produtos e serviços são concebidos, projetados, fabricados e
comercializados. A norma NBR-ISO 9001:2000, modelo normativo usado na
certificação de sistemas de gestão da qualidade, não garante, por si, a qualidade da
tecnologia empregada ou a capacidade de inovação da empresa.

Benefícios da certificação ISO 9001

Em estudo publicado na revista Bannas Qualidade em sua edição de junho de 2005, as


empresas que foram certificadas de acordo com a norma NBR ISO 9001:2000
apresentaram, em sua grande maioria, sensíveis melhorias em seu sistema de gestão,
e que foram percebidas pelas empresas entrevistadas como benefícios e melhoria de
sua vantagem competitiva.

Destaca-se entre os benefícios observados que a certificação ISO 9001 trouxe para as
empresas uma melhoria na sua imagem, uma vez que o quesito “Maior visibilidade” foi
apontada por 81,7das empresas entrevistadas como de maior relevância, seguida pelo
quesito “Aumento da produtividade“ indicado por 46,3das empresas como uma das
características que mais impactou no seu desempenho, fortalecendo sua capacidade
competitiva.
Quadro 1 - Benefícios e vantagens competitivas que a certificação ISO 9001
trouxe para a empresa.
Característica Pesquisada Freq. Rel.
Maior visibilidade junto a clientes e consumidores 81,7%
Aumento da produtividade 46,3%
Retenção de Clientes 35,4%
Melhor resultado financeiro 22,0%
Economia na compra de matéria-prima 13,4%
Padronização de processos 9,8%
Confiabilidade nas informações, menos retrabalho 6,1%

Sob a ótica de impactos positivos na organização, o quadro 2 apresenta os principais


efeitos da implantação da ISO 9001. Observa-se que a melhoria do sistema da
qualidade em virtude da PDCA foi a alternativa mais apontada pelos entrevistados
(67,1 o que evidencia a consolidação da filosofia e do comprometimento da
organização com a busca da excelência.

Quadro 2 - Principais efeitos da implantação da ISO 9001


Característica Pesquisada Freq. Rel.
Maior participação da alta administração e melhoria do
52,4%
planejamento empresarial
Melhoria contínua do sistema da qualidade por meio do
67,1%
enfoque PDCA
Simplificação do sistema da qualidade como
conseqüência da revisão e de procedimentos 41,5%
documentados
Diminuição dos defeitos e reclamações 42,7%
Desenvolvimento do foco no cliente e conseqüente
64,6%
melhoria de sua satisfação

 NBR ISO 14000

A série de normas NBR ISO 14000 foi idealizada com o objetivo de oferecer às
organizações uma forma estruturada para o estabelecimento do gerenciamento de
seus sistemas de gestão orientados às questões ambientais.

A série consiste de um conjunto de documentos que define os elementos-chave para


que as organizações tratem as suas questões ambientais, incluindo um conjunto de
metas e prioridades com atribuições de responsabilidade, medições e relatórios dos
resultados e auditoria. Ela trata destacadamente a questão ambiental, não incluindo
nenhum aspecto social ou humano.
São normas que, quando utilizadas voluntariamente e em conjunto, com metas
definidas e com um comprometimento efetivo de gerenciamento, podem ajudar a
melhorar o desempenho corporativo, definindo uma base objetiva para verificar a
performance da companhia.

Benefícios da Certificação ISO 14001

Relativamente à certificação ISO 14001, a pesquisa da revista Bannas Qualidade em


sua edição de junho de 2005, apresentou como principais benefícios e vantagens
competitivas obtidas pelas empresas certificadas o seguinte:

 maior visibilidade junto a clientes e consumidores;

 retenção de clientes;

 aumento da produtividade;

 gerenciamento e controle dos aspectos ambientais dos resíduos industriais;

 economia na compra de matéria-prima;

 melhor resultado financeiro.

No Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, sob coordenação do INMETRO,


são também passíveis de certificação os sistemas aplicados a:

 NBR 15100: sistemas de qualidade aeroespacial - modelo para garantia da


qualidade em projeto, desenvolvimento, produção, instalação e serviços
associados;

 Meios de hospedagem;

 Manejo de Floresta (CERFLOR);

 QS 9000: Requisitos do sistema da qualidade para fornecedores da Chrysler,


Ford e General Motors;

 AVSQ’94: Guia de Referência para Avaliação do Sistema da Qualidade dos


fornecedores FIAT

OHSAS 18000 - Sistemas de Gestão em Saúde e Segurança Ocupacional

Organizações que possuem programas efetivos de segurança e saúde podem ter seus
sistemas certificados de acordo com a norma OHSAS 18000 - por vários Organismos
de Certificação, embora o INMETRO não tenha ainda definido critérios de acreditação
de organismos com esta finalidade.
c) Certificação de Pessoal

A certificação de pessoal é uma necessidade básica dos processos de certificação no


sentido de garantir a sua mais alta credibilidade. É uma forma objetiva de evidenciar a
competência e credibilidade do pessoal que executa as avaliações da conformidade de
produtos e sistemas e que são itens essenciais para a obtenção do reconhecimento
internacional.

Como exemplo de certificação de pessoal temos:

 Certificação de Auditores de Sistemas de Gestão da Qualidade, realizada pelo


Registro de Auditores Certificados (RAC), com base em normas do INMETRO e
da International Association of Training and Certification of Auditors - IATCA.

 Qualificação de Supervisores de Soldagem e de Soldadores, conferida pela


Fundação Brasileira de Tecnologia de Soldagem - FBTS.

 Qualificação de inspetores e de supervisores de Ensaios Não-Destrutivos (END),


conferida pela Associação Brasileira de Ensaios Não-Destrutivos (ABENDE), de
acordo com requisitos estabelecidos por normas específicas.

4.2 DECLARAÇÃO DA CONFORMIDADE PELO FORNECEDOR

É o processo em que um fornecedor, sob condições pré-definidas, dá uma garantia


escrita, de que um produto, processo ou serviço está em conformidade com requisitos
especificados (modelo de Avaliação da Conformidade de 1ª parte).

Segundo o Guia ISO/IEC 22, a declaração deve conter no mínimo as seguintes


informações:

o nome e endereço do fabricante declarante;

o identificação do produto, processo ou serviço;

o a declaração de conformidade;

o os documentos normativos utilizados;

o local e data de emissão da declaração;

o assinatura, nome e cargo da pessoa autorizada.

4.3 INSPEÇÃO

Inspeção é a avaliação da conformidade pela observação e julgamento, acompanhada,


conforme apropriado, por medições, ensaios ou uso de calibres.

A inspeção é normalmente usada com foco em segurança, desempenho operacional e


manutenção da segurança ao longo da vida útil do produto. O principal objetivo é o de
reduzir o risco do comprador, proprietário, usuário ou consumidor quando do uso do
produto.

Como exemplo desta prática de avaliação da conformidade, podemos citar:

o inspeção de elevadores;

o inspeção de vasos de pressão;

o inspeção de veículos modificados ou que sofreram avarias em acidentes de


trânsito de até média gravidade.

4.4 ETIQUETAGEM

A etiquetagem é uma das formas de Avaliação da Conformidade em que se determina


e informa ao consumidor, por meio de um ensaio, uma característica do produto
relacionada, principalmente, ao seu desempenho.

No Brasil, destacam-se dois exemplos importantes de aplicação da etiquetagem:

o PROCEL: é a etiquetagem relacionada ao consumo de energia elétrica em


eletrodomésticos da chamada linha branca (refrigeradores, congeladores,
etc.), lâmpadas, chuveiros elétricos e aquecedores elétricos.

o SELO RUÍDO: é a etiquetagem relacionada ao nível de ruído emitido por


liquidificadores, secadores de cabelo e aspiradores de pó.

4.5 CONFORMIDADE DE PRODUTOS POR ENSAIO

Conceito:
Ensaio é a operação técnica que consiste na determinação de uma ou mais
características de um dado produto, processo ou serviço, de acordo com um
procedimento especificado. Freqüentemente o ensaio está vinculado a outros
mecanismos de avaliação da conformidade, como a inspeção e a certificação.

O ensaio é normalmente realizado para:

o embasar tecnicamente a emissão de uma “Declaração do Fornecedor” por


um fabricante para evidenciar a conformidade de um produto com uma
norma;

o fornecer subsídios e informações técnicas para o processo de certificação de


um produto com uma norma ou especificação por um organismo de
certificação.

O procedimento técnico especificado para realizar um ensaio é o método de ensaio, e o


organismo que o realiza é o laboratório de ensaios.

Para que este laboratório de ensaios seja julgado competente para a avaliação de
qualquer característica, ele deve provar sua competência para a realização do referido
ensaio. Para isso, é normalmente exigido que os laboratórios demonstrem sua
adequação aos requisitos da NBR.ISO 17025: Requisitos Gerais para a Competência
de Laboratórios de Calibração e Ensaios, e em algumas circunstâncias, que sejam
também acreditados pelo INMETRO.

5. ESTRUTURA BRASILEIRA PARA ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO DA


CONFORMIDADE

No Brasil, a regulamentação e a estruturação das atividades de relacionadas à


Avaliação da Conformidade são desenvolvidas pelo Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade - SINMETRO.

O SINMETRO é um sistema constituído por entidades públicas e privadas que exercem


atividades relacionadas com a metrologia, normalização, qualidade industrial e
avaliação da conformidade.

São componentes do SINMETRO as seguintes organizações:

a) CONMETRO e seus Comitês Técnicos Assessores: O CONMETRO - Conselho


Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, é o fórum político do
SINMETRO e é presidido pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), que por sua vez é constituído por 8 ministérios, pela Confederação
Nacional da Indústria - CNI, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e
pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC.

CONMETRO atua no estabelecimento das políticas e diretrizes, por meio de seus


comitês técnicos assessores, os quais são abertos à sociedade pela participação de
entidades representativas das áreas acadêmicas, industrial e comercial interessadas
nas questões ligadas à metrologia, normalização e avaliação da conformidade no
Brasil.

Os Comitês Técnicos que assessoram o CONMETRO são:

- Comitê Brasileiro de Avaliação da Conformidade - CBAC: foi criado em 2001, em


substituição ao Comitê Brasileiro de Certificação (CBC) e ao Comitê Nacional de
Credenciamento (CONACRE). Tem por atribuição estruturar para a sociedade um
sistema de avaliação da conformidade harmonizado de acordo com critérios aceitos
internacionalmente, e propor os princípios e políticas a serem adotados no âmbito do
Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade;

- Comitê Brasileiro de Normalização - CBN: tem a função de assessorar o


CONMETRO nos temas relacionados à normalização brasileira;

- Comitê Brasileiro de Metrologia - CBM: tem a função de assessorar o CONMETRO


nos temas relacionados à metrologia;

- Comitê do Codex Alimentarius - CCAB: tem a função de representar o Brasil nos


Comitês do Codex Alimentarius para exercer a defesa dos interesses nacionais, bem
como facilitar o uso das normas Codex como referência para a atualização da
legislação e regulamentação de alimentos no Brasil;

- Comitê de Coordenação de Barreiras Técnicas ao Comércio - CBTC: tem a


função de coordenar as ações do governo e setor privado relacionadas com a
participação do Brasil no Acordo sobre Barreiras Técnicas da Organização Mundial do
Comércio (OMC), com o objetivo de analisar, avaliar e compatibilizar projetos de
normas, regulamentos técnicos e sistemas de avaliação da conformidade de modo a
evitar o surgimento de barreiras técnicas a produtos brasileiros no comércio
internacional.

a) Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial -


INMETRO: é o órgão executivo do SINMETRO que tem por atribuição executar a
política de metrologia legal, científica e industrial e da avaliação da conformidade de
produtos e processos indiustriais;

b) Organismos Acreditados:

 Organismos de Certificação

OCA - Organismos de Certificação de Sistema de Gestão Ambiental


Credenciados

OCE - Organismos de Certificação de Sistema da Qualidade NBR 15100

OCF - Organismo de Certificação do Manejo de Floresta

OCH - Organismos de Certificação dos Meios de Hospedagem Credenciados

OCP - Organismos de Certificação de Produto Credenciados

OCQ - Organismos de Certificação de Sistema QS 9000 Credenciados

OCS - Organismos de Certificação de Sistema da Qualidade Credenciados

OCV - Organismos de Certificação de Sistema AVSQ´-94 Credenciados

OPC - Organismos de Certificação de Pessoal Credenciados

 Organismos de Treinamento

 Organismos de Verificação de Desempenho

 Organismos de Inspeção

OIC - Organismos de Inspeção Credenciados - Produtos Perigosos

OIC - Organismos de Inspeção Credenciados - Sistemas da Qualidade

OIC - Organismos de Inspeção Credenciados - Segurança Veicular


c) Laboratório Nacional de Metrologia - LNM;

d) Laboratórios Acreditados para a realização de Calibrações e Ensaios:

- RBC - Rede Brasileira de Calibração;

- RBLE - Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio;

e) Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;

f) Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ;

g) Organizações e meios de produção.

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