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AFO PARA ANALISTA DO TRF-02

PROF. GRACIANO ROCHA

AULA 02

Saudações, caro aluno!

Dando sequência a nosso curso, hoje teremos uma abordagem maciça da


matéria constitucional orçamentária. Estudaremos os dispositivos aplicáveis
aos três maiores instrumentos orçamentários existentes em nosso arcabouço
jurídico: o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei
orçamentária anual.

Para quaisquer dúvidas, insisto, utilize nosso fórum.

Antes de começarmos, um pensamento para inspirar:

A perseverança é mais eficaz do que a violência, e muitas coisas


que, quando reunidas, são invencíveis, cedem a quem as enfrenta
um pouco de cada vez.

Plutarco

Vamos lá então. Boa aula!

GRACIANO ROCHA

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Plano Plurianual

O PPA é criação da CF/88, e se constitui como o maior instrumento de


planejamento da esfera pública. Como atualmente o planejamento é
determinante para o orçamento (lembra-se do orçamento-programa?), o PPA
assume um papel de protagonismo no que diz respeito à execução do
orçamento. Todas as leis e atos de natureza orçamentária, incluindo as
emendas parlamentares, deverão ser compatíveis com o conteúdo do Plano.

O trecho constitucional que traz algo como uma “definição do PPA” é o


seguinte:

Art. 165, § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada,


as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

Dica: em provas, é útil empregar o mnemônico DOM (diretrizes,


objetivos e metas) para resgatar o conteúdo do PPA.

O foco do PPA está nas despesas de capital, ou seja, despesas que


normalmente estão relacionadas ao aumento do patrimônio público.
Enquanto não estudamos despesas públicas, momento em que detalharemos a
abordagem sobre essas tais “despesas de capital”, vamos simplificar o
entendimento, e considerar que a maior preocupação do PPA recai sobre
investimentos públicos.

Outro trecho da Constituição que reforça, ao mesmo tempo, a importância do


PPA e sua “preferência” pelas despesas com investimentos é o art. 167, § 1º:

Art. 167, § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício


financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

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A prerrogativa do PPA de prever os investimentos a serem executados no país


está confirmada no dispositivo acima. Veja a importância que o constituinte
tentou imprimir a esse papel do PPA: constitui crime de responsabilidade
iniciar investimento com duração superior a um exercício sem a respectiva
inclusão no plano (prévia ou posterior).

Aprofundando o entendimento sobre o dispositivo acima, podem-se concluir


duas coisas:

• investimentos de execução prevista para um só exercício financeiro


podem ter sua execução iniciada sem previsão no PPA;

• “ações não investimentos”, da mesma forma, podem ser executadas


sem previsão no PPA.

Em ambos os casos, a simples previsão das ações na LOA satisfaz as


exigências constitucionais.

Apesar de estarmos falando tanto das despesas de capital, que recebia toda a
atenção desde antes do PPA na vigência da CF/88, é necessário voltar ao art.
165, § 1º, e verificar duas expressões também importantes, como destacado
abaixo:

Art. 165, § 1º - A lei que instituir o PPA estabelecerá, de forma regionalizada,


as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

Assim, as atenções do PPA vão além dos investimentos em si. Também é


necessário prever no Plano as despesas de manutenção que surgem com os
investimentos – por exemplo, as despesas para o funcionamento de um
hospital público, após sua construção.

Nesse exemplo, a construção do hospital se classificaria tipicamente como uma


despesa de capital, ou um investimento (criação de um bem de capital em
favor do patrimônio público). As despesas com pessoal, luz, materiais, telefone
etc., próprias das atividades do estabelecimento, seriam despesas
decorrentes da despesa de capital original.

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E os tais “programas de duração continuada”?

Segundo o professor James Giacomoni, uma das maiores autoridades em


orçamento público no Brasil, esse termo não foi bem delimitado pela
CF/88. Literalmente, se poderia pensar em qualquer programa cuja
duração se estenda no tempo, mas isso retiraria o caráter estratégico do
PPA (não se pode “planejar tudo” atribuindo a mesma relevância a todos
os elementos). Assim, nos dizeres do professor Giacomoni, enquanto não
há definição, “programas de duração continuada”, pelo menos na esfera
federal, são programas de natureza finalística, que correspondem à
prestação de serviços à comunidade.

Outro trecho da CF/88 interessante para nosso estudo é o seguinte:

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o


Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o
setor privado.

Dessa forma, vê-se que a atividade de planejamento foi eleita pela CF/88
como de extrema importância, alcançando os setores público e privado. A
dimensão que o planejamento público deve assumir é tal que o próprio setor
privado é “aconselhado” a observar as ações governamentais para basear seu
próprio comportamento.

Para a esfera pública, a vinculação é óbvia: o planejamento realizado pelas


unidades e condensado na lei do PPA é determinante para a execução das
ações dos órgãos e entidades.

Na Constituição, ainda se fazem referências a outros tipos de planos. Veja


só:

Art. 21. Compete à União:

(...)

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IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do


território e de desenvolvimento econômico e social;

Art. 165, § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais


previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

Os “planos de desenvolvimento econômico e social” estão previstos no art. 21,


inc. IX, da CF/88, como atribuições reservadas exclusivamente à União. É
importante ressaltar, entretanto, que quaisquer planos (inclusive os de
duração mais extensa) deverão ter consonância com o PPA, conforme visto
no art. 165, § 4º, transcrito acima.

Ressalta-se também que a lei do PPA deve estabelecer critérios de


regionalização para realização das despesas, lá mesmo no art. 165, § 1º, da
CF/88 (... de forma regionalizada...). A ideia é transformar o PPA num
propulsor de desenvolvimento econômico e social, alocando recursos nas
diferentes regiões do país, em busca de um crescimento mais harmônico entre
elas.

Esse aspecto também está presente no art. 43 da CF/88:

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em
um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e
à redução das desigualdades regionais.

Para os Estados, DF e Municípios, pode ser mais difícil a regionalização dos


programas do PPA. Entretanto, essa é a orientação da CF/88.

Como isso cai na prova?

1. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) As emendas propostas pelo Congresso ao


projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.

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2. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) Os programas de duração continuada,


constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem despesas de
capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio dos
órgãos e entidades integrantes do orçamento público.

3. (FCC/ASSESSOR/MPE-RS/2008) A lei orçamentária não consignará


dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro
que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize sua
inclusão.

4. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O plano plurianual deve compatibilizar-se


com os planos nacionais, regionais e setoriais.

5. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) Os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal.

6. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A lei que instituir o Plano Plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas

(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos


de investimentos.

(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração continuada.

(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração predeterminada.

(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração continuada.

(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas-meio do governo.

A questão 1 aborda a abrangência do PPA. Como dissemos, tudo que se refere


a matéria orçamentária deve ser compatível com o Plano, incluindo as
emendas parlamentares sobre qualquer dos projetos. Questão CERTA.

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A questão 2 se baseou no entendimento do professor Giacomoni: programas


de duração continuada referem-se tipicamente a ações finalísticas, de
atendimento a necessidades da população por meio de serviços públicos.
Questão ERRADA.

Quanto à questão 3, como visto, existe uma possibilidade de investimentos de


duração superior a um exercício serem iniciados sem que tenham constado do
PPA desde o início: basta que nova lei autorize essa inclusão. Questão CERTA.

A questão 4 inverte as relações. São os planos nacionais, regionais e setoriais


que devem se compatibilizar com o PPA. Questão ERRADA.

A questão 5 apresenta duas incorreções: os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais serão elaborados em consonância com o PPA, não com a
LDO, e serão apreciados pelo Congresso (atuando como uma casa única), não
apenas pelo Senado. Questão ERRADA.

A questão 6, por fim, é decoreba: devemos lembrar quais as prioridades


estabelecidas pelo PPA quanto ao tipo de despesas e quanto aos tipos de
programas. Conforme a descrição constitucional, trata-se das despesas de
capital (e as delas decorrentes) e dos programas de duração continuada.
Gabarito: D.

Lei de Diretrizes Orçamentárias

As atribuições dadas pela CF/88 à LDO (art. 165, § 2º) são:

• indicar as metas e prioridades da administração pública federal,


incluindo as despesas de capital para o próximo exercício financeiro;

• orientar a elaboração da LOA;

• dispor sobre alterações na legislação tributária;

• estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de


fomento.

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A LDO também é uma criação da CF/88, que tem como função principal
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. Antes, não existia qualquer
instrumento “pacificador” entre o planejamento (caracterizado pelo PPA) e o
orçamento (a LOA).

Ao passo que o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas para


as despesas de capital e outras, a LDO indica as metas e prioridades da
Administração, incluindo as despesas de capital, para o exercício a que ela se
refere.

Desse modo, enquanto o PPA traça os programas para serem executados em


sua vigência, e que, virtualmente, levarão ao alcance dos objetivos do
governo, a LOA indica qual a parcela desses programas que será executada
num exercício.

Pois bem, para que essa parcela anual do PPA seja definida, não se faz apenas
uma distribuição igualitária de “X parcelas para X anos”. As prioridades do
governo, a cada ano, podem mudar, de maneira que, para atender a essas
mudanças de rumo, certos programas devem passar por uma aceleração,
enquanto outros ficam mais “na geladeira”.

Assim, a LDO é o instrumento que a Administração utiliza para executar o PPA,


por meios das LOAs, de forma mais sintonizada com as condições sociais,
econômicas, políticas, que venham a alterar as prioridades do governo.

Outros dispositivos constitucionais que tratam desse papel orientador da LDO


são os seguintes:

Art. 99, § 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos


limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes
orçamentárias.

Art. 99, § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver


a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

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Art. 127, § 3º - O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária


dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 127, § 6º - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá


haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Destacando os aspectos do processo de elaboração do orçamento, as


propostas setoriais devem ser encaminhadas à Secretaria de Orçamento
Federal para compilação do PLOA. Essas propostas setoriais deverão estar já
orientadas pelas regras trazidas pela LDO.

Uma novidade que surgiu em concursos ultimamente diz respeito


também ao papel orientador da LDO no tocante à lei orçamentária
anual. É o seguinte: o que fazer no início do exercício caso a LOA ainda
não tenha sido aprovada?

Têm sido registrados vários atrasos na aprovação dos projetos de


natureza orçamentária. Já houve caso de LOA aprovada apenas em
maio! Ou seja, quase metade do ano se passou sem que o orçamento
correspondente estivesse vigendo.

Diante dessa situação fática, as LDO’s, a cada ano, têm trazido uma
regra de transição: caso se inicie o exercício financeiro sem que o
orçamento tenha sido aprovado, é possível executar provisoriamente o
projeto de LOA em discussão. A LDO indicará quais despesas, e em que
montante, poderão ser executadas nesse “vácuo”, até a publicação da
LOA. Interessante, não?

Passemos a outro papel da LDO: “dispor sobre alterações na legislação


tributária”.

De pronto, uma observação importante: a tarefa de “dispor sobre


alterações na legislação tributária” não torna a LDO uma lei de natureza

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tributária. Não serão feitas, por ela, mudanças na legislação tributária,


instituição de tributos, alteração de alíquotas etc.

A ideia é, simplesmente, assinalar os efeitos que potenciais alterações


tributárias (por meio de outras leis) podem ter sobre a previsão de
arrecadação, a constar da LOA. Portanto, não há influência direta da
LDO sobre as alterações da legislação tributária.

Além disso, a LDO deve trazer “linhas de conduta” para as agências de


fomento. Essas agências, em sua maioria, são bancos estatais, que terão
sua forma de intervenção no mercado baseadas, pelo menos em parte, naquilo
que a LDO houver estabelecido.

A Lei de Responsabilidade Fiscal, para incrementar as iniciativas referentes a


seu tema principal – a responsabilidade na gestão das finanças públicas –,
estabeleceu normas em várias áreas da temática orçamentária. Isso
representou o acréscimo de algumas peças e funções à LDO.

Por fim, a LDO cumpre um importante papel quanto ao preenchimento de


cargos nos órgãos e entidades públicas, bem como quanto a outros fatores que
levam ao aumento da despesa com pessoal. Leia o trecho abaixo:

Art. 169, § 1º - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de


remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de
estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser
feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções


de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias,


ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

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Como isso cai na prova?

7. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) De acordo com o parágrafo 2º do artigo 166


da CF de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é uma lei ordinária, que
define metas e prioridades para a administração pública federal para o
exercício financeiro subsequente, incluindo alterações na legislação
tributária e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

8. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) O Ministério Público elaborará sua


proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites,
caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.

9. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As leis que criem ou majorem


tributos devem ser aprovadas até a aprovação da lei de diretrizes
orçamentárias (LDO).

10. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A contratação de pessoal pelos órgãos e


entidades da administração, inclusive empresas públicas e sociedades de
economia mista, somente poderá ser feita se houver prévia dotação
orçamentária suficiente e autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias.

Um bom resumo do papel cumprido pela LDO está disposto na questão 7, no


tocante às principais atribuições dadas a ela pela Constituição. Questão CERTA.

A questão 8 reflete a obediência que deve haver à LDO quando da preparação


das propostas orçamentárias setoriais (no caso, destacando-se a situação
relativa às unidades externas ao Poder Executivo). Questão CERTA.

A questão 9 está ERRADA. Como vimos, não há influência direta da LDO sobre
a legislação tributária e suas alterações.

A questão 10 está ERRADA. No tocante ao papel autorizativo da LDO sobre a


contratação de pessoal e o aumento de remuneração dos servidores públicos,

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não são alcançadas as empresas públicas e sociedades de economia mista (art.


169, § 1º, inc. II).

Lei Orçamentária Anual

Para falar da LOA em si, partiremos de alguns trechos da Lei 4.320/64 e da


Constituição de 1988.

Começamos, então, com a Lei:

Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de


forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho
do Govêrno, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.

Um ponto a se destacar inicialmente é que a evidenciação da “política


econômica e financeira” e do “programa de trabalho do governo”, até hoje, é
realizada pela LOA, apesar de não ser estabelecida por ela.

Atualmente, como já comentamos, o PPA é a lei orçamentária de maior


importância e abrangência, e, por isso mesmo, é ele quem reflete as
escolhas políticas e econômicas do governo, além de constituir o “programa de
trabalho” do governo em si.

E a composição “física” da LOA, como é?

Ao comentarmos o princípio orçamentário da unidade/totalidade, já


ressaltamos que a LOA é, na verdade, um conjunto de orçamentos. Vamos
rever o trecho constitucional que trata disso:

Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e


entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

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III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos


a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Tratemos então desses itens individualmente.

O orçamento fiscal é o “orçamento geral”, por natureza. A palavra “fiscal”,


resgatando a informação lá do Direito Tributário, diz respeito a “recursos
obtidos pelo Estado”. Por exemplo, um tributo fiscal tem por objetivo,
primordialmente, a obtenção de receita. Um tributo extrafiscal nasceria com
intenções para além desta – embora também envolvesse a obtenção de
receita.

Então, o orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem


arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A maior parte dos
programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item.

Portanto, ações variadas, que vão desde segurança alimentar, passando por
favorecimento a ciência e tecnologia, aquisição de equipamentos militares, até
distribuição de renda direta à população por meio de bolsas etc., tudo isso
constará do orçamento fiscal, reforçando esse caráter generalista ao qual nos
referimos.

O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a


receitas e despesas relativas à área da seguridade social. Conforme a
Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a
assistência social. Para assegurar que os recursos permaneçam vinculados a
essas subáreas tão importantes, até um “perfil orçamentário” à parte foi criado
pela CF/88.

A proibição do desvio de finalidade na aplicação de recursos da seguridade


social consta do art. 167, inc. XI:

Art. 167. São vedados:

(...)

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XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que


trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento
de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

A intenção aqui é garantir que o regime geral de previdência (que faz


parte da seguridade) não seja dilapidado para favorecimento de outras
despesas.

Apesar da separação entre ambos, o orçamento da seguridade tem


características muito semelhantes às do orçamento fiscal, tanto que
diversos documentos do governo referem-se aos dois como se constituíssem
uma unidade, exceto pelo fato de o orçamento da seguridade ter esse
caráter de especialização.

Inclusive, há críticas na doutrina quanto a essa junção dos dois


orçamentos,o fiscal e o da seguridade social, com a argumentação de
que não resta muito clara a divisão dos recursos e ações que pertencem
a cada um deles.

Por fim, o orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz


respeito às aplicações de recursos no capital social de empresas das quais a
União, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com
direito a voto – ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no
tocante a decisões sobre sua atuação. Encontram-se nesse grupo tanto
empresas públicas quanto sociedades de economia mista.

Idealmente, as empresas estatais, por sua natureza de direito privado e sua


atuação geradora de receitas, não precisariam de recursos públicos para
sua manutenção. Aquelas que se enquadram nessa descrição, ou estatais
independentes, estarão beneficiadas pelo orçamento público apenas no
âmbito do orçamento de investimento, ou seja, receberão recursos,
normalmente, para reforço da participação da União em seu capital
social, a título de investimento, como diz o nome da peça.

Por outro lado, empresas estatais cuja atividade não resulte em recursos
suficientes que as permitam se manter sozinhas (estatais dependentes),
necessitando de transferências de recursos públicos para suas atividades

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de custeio e de investimento “normais”, aparecerão beneficiadas por ações


dos orçamentos fiscal e da seguridade, conforme o caso.

Para fechar o ponto, a Constituição determina que o orçamento fiscal e o


orçamento de investimento das estatais desempenhem a função de
reduzir desigualdades interregionais, segundo critério populacional (art.
165, § 7º). Assim, desde a formulação até sua execução, esses dois
orçamentos deverão ser pautados pela alocação de recursos moldada
pelos diferentes estágios de desenvolvimento apresentados pelas regiões
do país, em nome de uma situação socioeconômica mais equilibrada.

O orçamento da seguridade não poderia, por sua própria natureza, atuar


nesse sentido, já que as ações da seguridade social têm como
característica o atendimento universal (art. 194, parágrafo único, inc. I).
Assim, não se pode, com essa peça orçamentária, privilegiar certa região
em detrimento de outra.

Mais um trecho interessante para a leitura:

Art. 165, § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de


demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente
de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
tributária e creditícia.

Esses termos (isenções, anistias etc.) referem-se a incentivos que o ente


público pode conceder a atores econômicos, sob a forma tributária (ou
simplesmente “incentivos fiscais”), financeira ou creditícia (facilitação de
crédito ou perdão de dívidas de certa categoria de produtores, por exemplo).

Ações dessa espécie incorrem, normalmente, em diminuição da receita do


ente público (o nome técnico é “renúncia de receita”), o que demonstra o
caráter orçamentário desses incentivos. E, por se referirem à receita
pública, essas ações de incentivo devem ser demonstradas na LOA.

Por fim, outro aspecto do conteúdo da LOA segue abaixo:

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Art. 165, § 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à


previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Esse dispositivo traz duas exceções ao princípio orçamentário da


exclusividade, como já vimos. Entretanto, fica evidente que essas exceções
também se referem a finanças governamentais, não saindo tanto do roteiro
obrigatório da LOA (previsão de receitas – fixação de despesas).

Como isso cai na prova?

11. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) O demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é
objeto do plano plurianual.

12. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) O orçamento da seguridade social terá,


entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.

13. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Os orçamentos fiscal, da seguridade


social e de investimento das estatais, que compõem a LOA, deverão
funcionar como instrumentos voltados para a redução das desigualdades
sociais.

14. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento da seguridade social


compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência social,
previdência e educação.

15. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento de investimentos das


empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto abrange todas as receitas e despesas de
tais empresas.

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16. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2006) De acordo com a Constituição Federal,


artigo 165, a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá o
orçamento de investimento das empresas nas quais a União tenha a
maioria do capital social.

Na questão 11, há uma inversão simples de ser detectada: trata-se de


características do projeto de LOA. Questão ERRADA.

A questão 12 está ERRADA: só os orçamentos fiscal e de investimento devem


contribuir para a redução das desigualdades interregionais.

A questão 13, sobre o mesmo tema específico, contém um erro de


terminologia: as desigualdades a serem combatidas pelos orçamentos são de
natureza interregional, e não social. Mas, mesmo sem esse erro, ainda restaria
um problema: o orçamento da seguridade se caracteriza pela universalidade
das ações, não sendo executado com base em critérios regionais. Questão
ERRADA.

Na questão 14, o enunciado lista as áreas contempladas pelo orçamento da


seguridade social, e que são responsáveis pela elaboração da respectiva
proposta, mas erra ao incluir a educação nesse rol. Questão ERRADA.

O orçamento de investimento das estatais, como indica sua denominação,


abrange apenas os recursos transferidos pela União a tais empresas e a
aplicação correspondente. Assim, as receitas e despesas próprias das estatais
não são demonstradas no orçamento de investimento. A questão 15 está
ERRADA.

Por fim, na questão 16, o orçamento de investimento (bem como os outros)


integra, na verdade, a lei orçamentária, e não a LDO. Questão ERRADA.

Vedações constitucionais relativas ao orçamento

O art. 167 da CF/88 traz algumas vedações que devem ser observadas no
tocante ao orçamento. As provas de concursos têm verdadeira fixação por
elas; assim, vale examiná-las e memorizá-las com especial ênfase.

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Algumas dessas vedações já foram vistas anteriormente, e outras serão mais


bem assimiladas posteriormente. Estudaremos agora aquelas aplicáveis
diretamente à lei orçamentária.

Art. 167. São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

Esse dispositivo tem uma preocupação meio que operacional.

A delimitação das ações do governo para atingir seus objetivos resulta na lista
de programas do PPA, que fornece, por sua vez, o “roteiro”, ou o “cardápio”,
para as leis orçamentárias anuais.

Cabe à LOA, depois da priorização feita pela LDO, distribuir previsões de


recursos anuais para aplicação nos programas previstos no PPA. Portanto,
pode haver situações em que programas do PPA não estejam previstos na
LOA corrente, a depender das prioridades estabelecidas na LDO.

Nesse caso, o programa não incluído na LOA não poderá ser executado.
Atualmente, no âmbito do governo federal, com a execução orçamentária
totalmente informatizada, desobedecer a essa vedação nem é possível, pelo
simples fato de não se poder dirigir recursos a um código de programa
inexistente no orçamento anual.

Portanto, a inclusão de programas e ações na LOA é condição prévia para sua


execução orçamentária.

II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam


os créditos orçamentários ou adicionais;

Nesse ponto, procura-se evitar que as obrigações do ente público assumam


proporções superiores ao orçamento aprovado.

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As atividades de planejamento prévio e de acompanhamento da execução do


orçamento também colaboram nesse sentido, de modo a evitar situações de
inadimplência e endividamento descontrolado.

Essa vedação tem a ver também com o já estudado princípio orçamentário


do equilíbrio, que milita a favor da manutenção de uma boa situação
financeira pelo ente público.

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma


categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;

Há autores que enxergam nesse dispositivo um novo princípio orçamentário: o


princípio da proibição do estorno.

Existe uma unanimidade na doutrina: ninguém sabe o que vêm a ser


realmente “transposição”, “remanejamento” ou “transferência”, rsrsrs.
Idealmente, esses conceitos deveriam ser esclarecidos numa lei
complementar, como a aguardada lei de finanças públicas que substituirá a Lei
4.320/64.

Assim, atualmente, há apenas posicionamentos não muito consolidados sobre


o assunto.

Para não ficarmos no “vácuo”, vale a pena considerar um


posicionamento não tão definitivo, que tem aparecido nas Leis de
Diretrizes Orçamentárias: essas modificações no orçamento inicialmente
aprovado se dariam em situações como extinção, transformação,
desmembramento de órgãos e entidades, ou alteração de suas
competências.

Com isso, não podendo ser executadas pelas unidades previstas


inicialmente, algumas dotações orçamentárias seriam destinadas a
outras unidades, por meio dos tais mecanismos de transposição,

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remanejamento e transferência. Mas a LDO não estabelece o significado


desses conceitos.

Não há muito problema com essa indefinição, já que as provas cobram


basicamente a reprodução do inciso VI. Assim, preste atenção na
exceção à vedação: é possível, com prévia autorização legislativa,
promover transposição, remanejamento ou transferência de recursos.

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

Como já ficou bastante claro, o orçamento público, apesar de ter se tornado


bem mais complexo do que à época de seu nascimento, continua
representando uma forma de controle da ação executiva do governo por
parte do Poder Legislativo. Essa atuação de controle ganha feições em vários
princípios orçamentários, como vimos também.

Pois bem, para que os recursos sejam bem controlados, uma despesa não
pode contar com um “lastro infindável”, com dinheiro à vontade, para que seja
executada. Até em nome do planejamento e da eficiência, é necessário
dimensionar as atividades e investimentos públicos a partir de certa
disponibilidade financeira. E isso deve envolver também a definição da
finalidade da despesa, para atender ao princípio da discriminação. A
sociedade e seus representantes precisam ser informados sobre o que o
governo pretende atingir com os gastos autorizados na LOA.

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos


orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art.
165, § 5º;

Como princípio, os recursos públicos não serviriam para socorrer entidades que
viessem a assumir um nível crítico de endividamento. Afinal, como visto,
há diversas demandas sociais que exigem a aplicação de recursos, e redimir

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administrações não muito responsáveis, por exemplo, não seria uma


prioridade, diante dessas necessidades sociais.

Entretanto, o inciso acima permite que autorização legislativa específica


conceda a aplicação de recursos públicos para “salvar” empresas, fundações e
fundos de seu endividamento. Assim, ficaria a cargo do principal controlador
do orçamento – o Legislativo – a incumbência de permitir, diante das
circunstâncias do caso, esse socorro à entidade deficitária.

Como isso cai na prova?

17. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A transposição, o remanejamento ou a


transferência de recursos de uma categoria de programação para outra,
ou de um órgão para outro, poderá ser realizada sem prévia autorização
legislativa, desde que seja definida como prioridade pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

18. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) Ao dispor sobre finanças públicas, a


Constituição da República autoriza o início de programas ou projetos não
incluídos na lei orçamentária anual, mediante prévia autorização do
Presidente da República.

19. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009) É vedada pelo art. 167 da Constituição


Federal a utilização, com autorização legislativa específica, somente de
recursos dos orçamentos da seguridade social para suprir necessidades ou
cobrir déficits de empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados
no art. 165, § 5º.

20. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) É vedado incluir na LOA autorização


para operações de crédito por antecipação de receita.

A questão 17 está ERRADA. Tratamos da vedação à transposição, ao


remanejamento e à transferência de recursos entre categorias de
programação, e vimos ser necessária, sempre, a autorização legislativa prévia.
A indicação, pela LDO, de certa despesa como prioritária não atende a essa
condição.

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O art. 167, inc. I, veda o início de programas ou projetos não incluídos na LOA.
Não há previsão para “autorização do Presidente” que possa substituir a
autorização legal. A questão 18 está ERRADA.

A questão 19 embanana o meio de campo: com autorização legislativa


específica, pode-se utilizar recursos do orçamento fiscal e da seguridade para
suprir necessidades ou cobrir déficits dos entes citados. O enunciado não fez
menção, também, ao orçamento fiscal. Questão ERRADA.

Por fim, a questão 20 “passa por cima” de uma das exceções permitidas ao
princípio da exclusividade da LOA. Questão ERRADA.

Muito bem, caro aluno, acabamos aqui nosso segundo encontro.

Semana que vem, trataremos dos aspectos relacionados à receita pública.

Até lá, e bons estudos!

GRACIANO ROCHA

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RESUMO DA AULA

1. O PPA deve estabelecer as diretrizes, os objetivos e as metas da


administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

2. O PPA é criação da CF/88, constituído como o maior instrumento de


planejamento da esfera pública, e seu foco está nas despesas de capital,
ou seja, despesas que normalmente estão relacionadas ao aumento do
patrimônio público, embora destaque as despesas de manutenção que
surgem com os investimentos.

3. Na instituição das diretrizes, objetivos e metas da Administração, o PPA


deve levar em consideração a regionalização das ações, em nome de um
desenvolvimento equilibrado entre as regiões do país.

4. Nenhum investimento de execução superior a um exercício financeiro


pode ser iniciado sem inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize essa inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

5. A LDO é uma criação da CF/88, como o PPA, e tem como função principal
fazer a intermediação entre o PPA e a LOA. É o instrumento que a
Administração utiliza para executar o PPA, por meios das LOAs, de forma
mais sintonizada com as condições sociais, econômicas, políticas, que
venham a alterar as prioridades do governo.

6. As atribuições dadas pela CF/88 à LDO são: indicar as metas e prioridades


da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
próximo exercício financeiro; orientar a elaboração da LOA; dispor sobre
alterações na legislação tributária; estabelecer a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.

7. A evidenciação da “política econômica e financeira” e do “programa de


trabalho do governo” é feita pela LOA, apesar de não serem estabelecidos
por ela, mas pelo PPA.

8. Ao comentarmos o princípio orçamentário da unidade/totalidade,


ressaltamos que a LOA é, na verdade, um conjunto de orçamentos.

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9. A LOA abrange o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das


empresas estatais (empresas em que a União, indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto), e o orçamento da seguridade
social.

10. O orçamento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem


arrecadação vinculada com as quais o governo conta. A maior parte dos
programas instituídos pela LOA encontra-se nesse item.

11. O orçamento da seguridade social, como indica seu nome, é restrito a


receitas e despesas relativas à área da seguridade social. Conforme a
Constituição, essa denominação abrange a saúde, a previdência social e a
assistência social.

12. O orçamento de investimento das estatais, como é conhecido, diz respeito


às aplicações de recursos no capital social de empresas das quais a União,
direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a
voto – ou seja, são empresas em que a União tem supremacia no tocante
a decisões sobre sua atuação.

13. A LOA deve demonstrar, de forma regionalizada, o efeito decorrente de


isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) As emendas propostas pelo Congresso ao


projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com o plano plurianual.

2. (CESPE/ANALISTA/ANTAQ/2008) Os programas de duração continuada,


constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem despesas de
capital destinadas tipicamente à realização das atividades-meio dos
órgãos e entidades integrantes do orçamento público.

3. (FCC/ASSESSOR/MPE-RS/2008) A lei orçamentária não consignará


dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro
que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize sua
inclusão.

4. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) O plano plurianual deve compatibilizar-se


com os planos nacionais, regionais e setoriais.

5. (FCC/ANALISTA/TRE-SP/2006) Os planos e programas nacionais,


regionais e setoriais serão elaborados em consonância com as diretrizes
orçamentárias e apreciados pelo Senado Federal.

6. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A lei que instituir o Plano Plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas

(A) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos projetos


de investimentos.

(B) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração continuada.

(C) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração predeterminada.

(D) de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas de duração continuada.

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(E) correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos


programas-meio do governo.

7. (FCC/ANALISTA/MP-PE/2006) De acordo com o parágrafo 2º do artigo 166


da CF de 1988, a Lei de Diretrizes Orçamentárias é uma lei ordinária, que
define metas e prioridades para a administração pública federal para o
exercício financeiro subsequente, incluindo alterações na legislação
tributária e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

8. (FCC/ANALISTA/TCE-GO/2009) O Ministério Público elaborará sua


proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e, caso encaminhada em desacordo com esses limites,
caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes necessários para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual.

9. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) As leis que criem ou majorem


tributos devem ser aprovadas até a aprovação da lei de diretrizes
orçamentárias (LDO).

10. (FCC/ANALISTA/TCE-AM/2008) A contratação de pessoal pelos órgãos e


entidades da administração, inclusive empresas públicas e sociedades de
economia mista, somente poderá ser feita se houver prévia dotação
orçamentária suficiente e autorização específica na lei de diretrizes
orçamentárias.

11. (FCC/TÉCNICO/TCM-PA/2010) O demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões,
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia é
objeto do plano plurianual.

12. (FCC/CONTADOR/DPE-SP/2009) O orçamento da seguridade social terá,


entre suas funções, a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.

13. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Os orçamentos fiscal, da seguridade


social e de investimento das estatais, que compõem a LOA, deverão

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funcionar como instrumentos voltados para a redução das desigualdades


sociais.

14. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento da seguridade social


compreende todas as despesas com as funções saúde, assistência social,
previdência e educação.

15. (FCC/ANALISTA/TRF-05/2008) O orçamento de investimentos das


empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto abrange todas as receitas e despesas de
tais empresas.

16. (FCC/ANALISTA/TRT-06/2006) De acordo com a Constituição Federal,


artigo 165, a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) compreenderá o
orçamento de investimento das empresas nas quais a União tenha a
maioria do capital social.

17. (FCC/APOFP/SEFAZ-SP/2010) A transposição, o remanejamento ou a


transferência de recursos de uma categoria de programação para outra,
ou de um órgão para outro, poderá ser realizada sem prévia autorização
legislativa, desde que seja definida como prioridade pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

18. (FCC/INSPETOR/TCM-CE/2010) Ao dispor sobre finanças públicas, a


Constituição da República autoriza o início de programas ou projetos não
incluídos na lei orçamentária anual, mediante prévia autorização do
Presidente da República.

19. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009) É vedada pelo art. 167 da Constituição


Federal a utilização, com autorização legislativa específica, somente de
recursos dos orçamentos da seguridade social para suprir necessidades ou
cobrir déficits de empresas, fundações e fundos, inclusive os mencionados
no art. 165, § 5º.

20. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2010) É vedado incluir na LOA autorização


para operações de crédito por antecipação de receita.

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QUESTÕES ADICIONAIS

21. (FCC/TÉCNICO/TJ-PI/2009) O Plano Plurianual de um Estado da Federação

(A) somente pode ser aprovado por lei complementar estadual.

(B) deve ser elaborado por iniciativa da Assembleia Legislativa Estadual,


que o submeterá à sanção do Governo do Estado.

(C) tem vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato


governamental subsequente.

(D) deve ser elaborado de cinco em cianos;

(E) conterá as diretrizes, objetivos e metas da administração pública


estadual para as despesas correntes dos quatro anos de sua vigência.

22. (CESPE/INSPETOR/TCE-RN/2009) Em nenhuma hipótese um investimento


com duração superior a um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
sua prévia inclusão no PPA.

23. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) A LDO define as prioridades e


metas a serem atingidas por meio da execução dos programas e ações
previstos no PPA. Para que isso ocorra, entre outras diretrizes, a LDO
estabelece as regras que deverão orientar a elaboração da Lei
Orçamentária Anual (LOA).

24. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) As propostas orçamentárias parciais


dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público serão
elaboradas respeitando os limites estipulados na Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO).

25. (CESPE/CONTADOR/MIN. SAÚDE/2009) O PPA compreende as metas e


prioridades da administração pública federal, orientando a elaboração da
LOA e as alterações na legislação tributária, enquanto que a LDO
estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública
federal, especialmente para as despesas de capital e outras delas
decorrentes.

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26. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) No âmbito da União, de acordo com a


Constituição Federal de 1988 e a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei
Orçamentária Anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão das
receitas e fixação das despesas, não havendo qualquer tipo de ressalva a
essa proibição.

27. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) A lei orçamentária anual compreenderá: o


orçamento fiscal referente aos Poderes da União; o orçamento de
investimento de todas as empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria das ações preferenciais; e o orçamento
da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta.

28. (FCC/ANALISTA/TJ-PA/2009) De acordo com as disposições


constitucionais e legais relativas à Lei Orçamentária Anual (LOA), é
INCORRETO afirmar que

(A) a iniciativa da elaboração da proposta orçamentária é sempre do


Poder Executivo, a qual deve ser encaminhada ao Poder Legislativo.

(B) o Poder Legislativo discute, vota e aprova a proposta orçamentária,


sem a possibilidade de fazer qualquer tipo de alteração.

(C) a LOA conterá o orçamento fiscal, da seguridade social e dos


investimentos das empresas em que o Poder público, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital votante.

(D) todas as receitas e despesas serão discriminadas na lei orçamentária


pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.

(E) a lei não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação


da despesa, exceto a autorização para abertura de créditos suplementares
e para contratação de operações de crédito.

29. (FCC/ANALISTA/TRT-16/2009/ADAPTADA) Considere as seguintes


afirmativas:

I. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da


receita e fixação da despesa, não se incluindo nessa proibição a

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autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de


operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da
lei.

II. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo


regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

III. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades


da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II e III.

(B) I e III, apenas.

(C) I e II, apenas.

(D) II, apenas.

(E) I, apenas.

30. (CESPE/ANALISTA/SERPRO/2010) Os investimentos do governo federal


devem ser realizados somente por meio de dotações orçamentárias
específicas nos orçamentos fiscal e da seguridade social, os quais recebem
recursos de empresas estatais.

31. (FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009) O Orçamento de Investimento compreende

(A) os órgãos e entidades da administração direta, bem como fundos e


fundações instituídos pelo Poder Público, responsáveis por investimentos.

(B) os órgãos e entidades da administração indireta, inclusive fundações


instituídas e mantidas pelo Poder Público.

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(C) todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta,


empresas e fundações nos quais a União detenha uma parte do capital
social.

(D) as empresas em que a União detenha diretamente a maioria do


capital social.

(E) as empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a


maioria do capital social com direito a voto.

32. (FCC/ANALISTA/TRE-AL/2010) A lei orçamentária não consignará dotação


para investimento, que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei
que autorize a sua inclusão, conforme disposto no art. 167 § 1º da
Constituição, cuja duração seja superior a

(A) 1 ano.

(B) 2 anos.

(C) 3 anos.

(D) 4 anos.

(E) 6 meses.

33. (FCC/ANALISTA/TRF-04/2010) É vedada a utilização de recursos do


orçamento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir
déficit de empresas, fundações ou fundos, independentemente de
autorização legislativa.

34. (FCC/ANALISTA/TRT-23/2007) No que diz respeito aos orçamentos no


regime constitucional, NÃO é vedado, entre outras situações,

(A) a abertura de crédito suplementar sem prévia autorização legislativa e


sem a indicação dos recursos correspondentes.

(B) a instituição de fundos de qualquer natureza, com prévia autorização


legislativa.

(C) o início de programas ou projetos excluídos da lei orçamentária anual.

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(D) a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos


orçamentários.

(E) a transferência de recursos de uma categoria de programação para


outra, sem prévia autorização legislativa.

35. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) A Constituição Federal de 1988 estabelece


vários tipos de vedações em matéria orçamentária, entre elas, a
transposição de recursos de uma modalidade de aplicação para outra, sem
prévia autorização legislativa.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C E C E E D C C E E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E E E E E E E E E E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C E C C E E E B A E

31 32 33 34 35

E A E B C

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