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catálise da invertase
Mariana Silva, nº84210, Rita Nunes, nº84560 – Turma P2
Curso de Bioquímica, Universidade de Aveiro, 3810-193 Aveiro, Portugal
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3.3 - Preparação da curva de calibração de uma solução à diluição previamente selecionada no ensaio 3.2 (1:100).
equimolar de glucose e frutose para determinação de Agitou-se bem no Vórtex e incubou-se a temperatura
açúcares redutores ambiente durante 15.0 minutos. Parou-se a reação por
adição de 2,0 mL de DNS a cada tubo e agitou-se
Pipetou-se para uma série de tubos de ensaio 0,10, 0,25, novamente no Vórtex. Aqueceu-se os tubos num banho
0,50, 0,70, 0,90 e 1,0 mL de solução equimolar de de água em ebulição durante 5.0 minutos, observando-se
glucose/frutose 40,0 mmol/L, e perfez-se o volume total o aparecimento de cor laranja/avermelhado nas soluções.
de cada tubo até 1,0 mL com água destilada, preparando- Arrefeceu-se em gelo e diluiu-se até 10,0 mL com água
se duplicados de cada concentração. No tubo do branco destilada e agitou-se no Vórtex. Registou-se a absorvência
utilizou-se 1,0 mL de água destilada. De seguida, a 540nm e determinou-se a atividade enzimática expressa
adicionou-se a cada tubo 1,0 mL de solução de sacarose em UI em cada um dos tubos, correspondentes às
250 mmol/L e seguidamente 2,0 mL de reagente de DNS, diferentes concentrações de substrato (sacarose),
agitando-se no Vórtex. Aqueceu-se os tubos num banho recorrendo à curva de calibração obtida no ensaio 3.3.
de água em ebulição durante 5.0 minutos, observando-se
aparecimento de cor laranja/avermelhado nas soluções. Resultados e Discussão
Seguidamente, arrefeceu-se os tubos em gelo e dilui-se
até 10,0 mL com água, agitando-se no Vórtex. Leu-se e Após a preparação da diluição dos três extratos foi
registou-se as absorvências a 540 nm e construiu-se a necessário analisar as suas absorvênvias a 540 nm para se
curva de calibração, usando-a para calcular a atividade saber qual era a diluição mais adequada. Esta parte prática
enzimática em unidades internacionais (UI), ou seja, em foi realizada apenas na segunda aula, sendo que a
µmol de produto formado por minuto para o extrato primeira foi realizada com a informação de usar a diluição
selecionado no ensaio 3.2. 1:100 pois seria a mais adequada. Tendo em conta os
valores de absorvência a 540 nm obtidos para as diluições
3.4 - Determinação da concentração de proteína total (Tabela 1), o valor ideal seria aquele compreendido entre
através do método do Biureto 0,2 e 0,8. Analisando os dados veríamos que o adequado
a usar seria o extrato não diluído, isto porque ele próprio
A partir da solução mãe de albumina (25 mg/ml) já se encontrava bastante diluído. Assim, todo o trabalho
preparou-se os padrões de gama de linearidade 1,0-6,0 foi realizado com base na diluição 1:100, e este passo não
mg/mL, transferiu-se várias alíquotas, respetivamente de influenciou os restantes resultados.
0.8, 1.6, 2.4, 3.2, 4.0 e 4.8 mL, para 6 balões de 20,00 ±
0.04 mL e perfez-se o volume com água destilada. Tabela 1. Valores de absorvência a 540 nm das diluições de extrato
Pipetou-se, com uma micropipeta, 1,0 mL de solução de
cada balão, assim como também 1,0 mL extrato de enzima
diluído 1:100 e 1,0 mL de extrato não diluído, para o
respetivo tubo de ensaio, preparando-se duplicados para
cada valor de concentração. Pipetou-se ainda, 1,0 mL de
água destilada, que seria o nosso branco. Seguidamente,
Sabendo a diluição apropriada para a realização das
adicionou-se 5,0 mL de reagente de Biureto a cada tubo
seguintes etapas, passou-se à determinação da
de ensaio, agitando-se no Vórtex. Após 30 minutos em
quantidade de açúcares redutores formados. Após o
repouso, mediu-se as absorvências a 540 nm no
aquecimento dos tubos depois de adicionado o reagente
espetrofotómetro e traçou-se a reta de calibração. A
de DNS, foi possível a verificação da intensidade da cor dos
partir desta, calculou-se a concentração de proteína em
padrões (aparecimento da cor laranja/vermelho), à
mg por mL de extrato (mg/mL) e seguidamente, a
medida que a concentração na solução aumentava. Com
atividade enzimática específica (UI/mg de proteína).
os padrões da solução equimolar de glucose/frutose 40,0
mmol/L preparados analisou-se a sua absorvência a 540
3.5 - Variação da atividade da enzima com a
nm, e com os dados obtidos (Tabela 2), construiu-se a
concentração de substrato (sacarose)
curva de calibração da absorvência a 540 nm em função
da concentração da solução de glucose/frutose nos
Começou-se por pipetar 0,2; 0,6; 1,0; 1,6; 2,0; 3,6 e 4,0
padrões (Figura 1).
mL de solução de sacarose 500 mmol/L para uma série de
tubos de ensaio, perfazendo o volume total de 4,0 mL com
Tabela 2. Valores de absorvência a 540 nm de soluções
tampão acetato, preparando-se duplicados de cada equimolares de glucose e frutose a 40,0 mmol/L
concentração. No tubo do branco utilizou-se 1,0 mL de
água destilada. Pipetou-se 1,0 mL de cada uma das
soluções anteriores para tubos de ensaios e
termostatizou-se a 25ºC durante 5 minutos. Adicionou-se
a cada tubo, 1,0 mL do extrato de enzima correspondente
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Tabela 4. Valores de absorvência a 540 nm de soluções padrão
de albumina e de amostra de extrato não diluído (A1) e diluído
de 1:100 (A2).
De seguida foi usado o método do biureto para Os valores obtidos para a concentração de A1 (em 1 mL
determinar a concentração de proteína. Após a adição do de extrato não diluído) estão registados na Tabela 5.
reagente de Biureto nos tubos de ensaio, foi possível
verificar uma intensificação da cor (de azul para violeta) à Tabela 5. Valores de concentração de A1 e A2 a partir da reta de
medida que a concentração de albumina aumentava, calibração de padrões de albumina
porque havendo uma concentração maior haveria mais A1 - 1:1 A2 - 1:4
interações entre o reagente de Biureto e a proteína. Os Média da Abs. 540 nm 0,052 0,0105
resultados de absorvência lidos a 540 nm no
Em 1 mL extrato 1:1
espetrofotómetro estão apresentados na Tabela 4.
Concentração de A1 (mg) 2,124
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Tendo os valores de atividade enzimática da proteína em Tabela 9. Valores de concentração de sacarose (cs) em mmol/L
1 mL de extrato não diluído (calculado anteriormente, em cada um dos tubos.
Tabela 3) e a concentração de proteína total também em
1 mL de extrato não diluído (Tabela 5), foi possível calcular
a atividade enzimática específica em UI/mg de proteína
(Tabela 6).
Branco PA PB PC PD PE PF PG
ensaio 1 0,0750 0,0550 0,117 0,181 0,155 0,192 0,188 0,175
Figura 4. Representação gráfica de Lineweaver-Burk
ensaio 2 0,0750 0,0530 0,115 0,180 0,161 0,196 0,177 0,174
média 0,0750 0,0540 0,116 0,181 0,158 0,194 0,183 0,175
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com outros valores que constam na literatura. Estes
resultados também foram afetados devido a alguns erros
durante a realização do trabalho prático, sobretudo na
preparação de padrões, pois nalguns casos houve falta de
precisão a perfazer os balões volumétricos, sendo que
depois afetou todos os resultados, o que explica o facto da
falta de lineridade nos gráficos (Figura 2 e 4).
Por fim, podemos constatar que dos dois métodos
usados para fazer o estudo cinético da invertase,
Michaelis-Menten e Lineweaver-Burk, o método de
Lineweaver-Burk é o mais eficiente, pois existe uma
representação gráfica linear, que permite uma melhor
análise dos resultados, conseguindo-se calculá-los através
da ordenada na origem e do declive. Já a representação
gráfica de Michaelis-Menten é polinomial, não permitindo
a determinação exata dos valores de Km e Vmáx.
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1 Nelson, D.L. and Cox, M.M., Lehninger Principles of
Biochemistry, 6th edition, cap 6, pp 191-193, pp 200-209
2 Laboratório B1-MIA, Módulo B1-Bioquímica, Guia de