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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para Tocquerville (2003, p. 75), os países que aparentam ser os mais pobres são
aqueles que, na realidade, têm menos indigentes, enquanto que, entre os povos mais
admirados por sua opulência, parte da população é obrigada a contar com doações de outros
para sobreviver, pois estão focados nas necessidades mais mundanas e sua principal
preocupação é com seu bem estar e lazer.
Tocquerville tomou por base fundamentadora os dados comparativos de indigentes
existentes entre Inglaterra, Portugal e França, e constatou que na Inglaterra a proporção de
indigentes é de 1 para cada 25 habitantes, enquanto em Portugal é de 1 para cada 98
habitantes. Já na França, há de se constatar um interessante fenômeno de diferentes
proporções, de acordo com a região. Tomando uma média geral, tem-se 1 indigente para cada
20 habitantes, podendo chegar a 1 sexto de sua população. No entanto, nas regiões mais
prósperas, essa proporção é de 1 para cada 26 habitantes, ao passo que nas regiões menos
industrializadas e consideradas mais pobres, a proporção chega a ser de 1 indigente para cada
58 habitantes. Assim, temos que quanto mais próspera economicamente, mais indigentes (ou
pobres) aquela região terá. E este número cresce proporcionalmente.
O homem primitivo, considerado não-civilizado, buscava suprir apenas suas
necessidades básicas com o mínimo esforço. A partir do momento em que os homens
possuem a terra e passam a produzir, encontram no cultivo do solo os recursos abundantes
para combater a fome. Nesse momento, tem-se o advento da propriedade privada, onde surge
a abundância, o supérfluo e a busca pela satisfação das suas necessidades físicas, e é então
que os primeiros sinais da desigualdade social começam a aparecer. Tocquerville (2003, p.
80) afirma que:
Entre a independência selvagem, a qual não mais desejam, encontram-se indefesos
perante a violência e o logro, e parecem prontos a submeter-se a qualquer tipo de
tirania, conquanto tenham a permissão de viver ou mesmo vegetar em seus campos.
(...) Ao invés de ameaçar a condição política dos povos, como acontece hoje, a
guerra ameaça a propriedade privada de cada cidadão. O espírito de conquista, que
foi o pai e a mãe de todas as aristocracias duráveis, é reforçado e a desigualdade
atinge seu limite mais extremo.
3.2.1 Lumpemproletariado
CONCLUSÕES
LINDEN, Marcel van den . O Conceito Marxiano de Proletariado: uma crítica. In: Sociol.
Antropol. vol.6 no.1 Rio de Janeiro Jan./Apr. 2016. Disponível em
http://dx.doi.org/10.1590/2238-38752016v614 . Acesso em 12 mar 2018.
ZIEGLER, Jean. Destruição em Massa: geopolítica da fome. - 1 ed. - São Paulo: Cortez,
2013.