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Exponenciais e Logaritmos
Cı́cero Nachtigall
Conteúdo
1 Exponenciais e logarı́tmos 1
1.1 Exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.1.1 Potênciação e radiciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Função Exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2.1 Definição, domı́nio e imagem . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2.2 Gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Equações e Inequações Exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3.1 Equações Exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.3.2 Inequações Exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4.1 Respostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.5 Logarı́tmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.5.1 Definição e Propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.6 Função Logarı́tmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.6.1 Definição, domı́nio e imagem . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.6.2 Gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.6.3 A função logarı́tmica como inversa da função exponencial 20
1.7 Equações e Inequações Logarı́tmicas . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.7.1 Equações Logarı́tmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.7.2 Inequações Logarı́tmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
1.8 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
1.8.1 Respostas: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Índice Remissivo 35
Bibliografia 37
iv Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
Capı́tulo 1
Exponenciais e logarı́tmos
1.1 Exponenciais
1.1.1 Potênciação e radiciação
Definição 1.1 Dados a ∈ R e n ∈ N, a potência an indica a multiplicação do
número a por ele mesmo tantas vezes quanto indicar o número n, isto é,
an = |a · a ·{z· · · · a}
n vezes
m √
n
an = am (potência com expoente fracionário)
Note que, na potência de expoente fracionário, o denominador do expoente
é o ı́ndice da raiz e o numerador é o expoente do radicando.
1.2.2 Gráfico
O gráfico de uma função exponencial assume uma das formas abaixo:
a>1 0<a<1
4 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
x f (x) Ponto
( )
1 1
−3 A −3,
8 ( 8)
1 1
−2 B −2,
4 ( 4)
1 1
−1 C −1,
2 2
0 1 D (0, 1)
1 2 E (1, 2)
2 4 F (2, 4)
3 8 G (3, 8)
( )x
Exemplo 1.3 Esboce o gráfico da função f (x) = 21 .
1
Resolução: Neste caso, temos uma função exponencial de base 2 e, conse-
quentemente, uma função decrescente.
x f (x) Ponto
−3 8 A (−3, 8)
−2 4 B (−2, 4)
−1 2 C (−1, 2)
0 1 D((0, 1))
1 1
1 E 1,
2 ( 2)
1 1
2 F 2,
4 ( 4)
1 1
3 G 3,
8 8
Exponenciais e logarı́tmos 5
( )|x2 +4x−1|
1
= 0, 0625, 2x−2 + 2x−1 + 2x + 2x+1 + 2x+2 = 124
2
√ √ √
33x−2 − 9x−2 34x−10 = 0
2x 4 x
2
Exemplo 1.6 Resolva a equações exponenciais
(a) 2x −2x = 8 (b) 5|x−3| = 1
2
9x − 4 · 3x + 3 = 0.
Resolução: Note que esta equação exponencial dada pode ser reescrita da
segunite maneira:
(3x )2 − 4 · 3x + 3 = 0.
Fazendo 3x = y temos
y 2 − 4y + 3 = 0 =⇒ y = 1 ou y = 3.
6 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
Se y = 1 temos 3x = 1 e portanto x = 0.
Se y = 1 temos 3x = 3 e portanto x = 1.
Consequentemente, temos S = {0, 1}.
Se x2 + 4x − 1 = 4 temos x2 + 4x − 5 = 0, ou seja, x = −5 ou x = 1.
Se x2 + 4x − 1 = −4 temos x2 + 4x + 3 = 0, ou seja, x = −3 ou x = −1.
Consequentemente, S = {−5, −3, −1, 1}.
h : R −→ R
x 7−→ ax
f (x) < g(x) ⇐⇒ h(f (x)) < h(g(x)) ⇐⇒ af (x) < ag(x) .
f (x) < g(x) ⇐⇒ h(f (x)) > h(g(x)) ⇐⇒ af (x) > ag(x)
2
Resolvendo a inequação modular dupla
1
< |x + 1| ≤ 3
2
obtemos S = [−4, − 32 ) ∪ (− 12 , 2].
4x − 10 · 2x + 16 ≤ 0
Resolução: Note que esta equação exponencial dada pode ser reescrita da
segunite maneira:
(2x )2 − 10 · 2x + 16 ≤ 0.
Fazendo 2x = y temos
y 2 −10y+16 ≤ 0 =⇒ 2 ≤ y ≤ 8 =⇒ 2 ≤ 2x ≤ 8 =⇒ 2 ≤ 2x ≤ 23 =⇒ 1 ≤ x ≤ 3.
1.4 Exercı́cios
1. Esboce o gráfico das seguintes funções exponenciais:
x
(a) f (x) = 3x (e) f (x) = 3x + 2 (i) f (x) = 1 − 3 2
( 1 )x
(b) f (x) = 3 (f) f (x) = 5x − 1 (j) f (x) = 3|x|
√
(a) f (x) = ex (b) f (x) = e−2 · ex (c) f (x) = e|x| − 2
√
(b) 52x+1 = 125 (d) ( 3 4)x = 8 (f) 1002x = 0, 000001
−x (e) 4x + 4 = 5 · 2x
2
(b) 27x = 9x+1
(b) 4x ≥ 8 −5x+6
2
(i) 2x <4
(c) 2x <
1 ( )x2 +5x−2
2 9
8 (j) ≤
( )x 3 4
1 1
(d) ≤
3 27 (k) 27 < 3x ≤ 243
√
(e) (0, 008)x > 3 25 (l) 4 < 8|x| < 32
√ 1
(f) ( 5 25)x > √ (m) 4x − 6 · 2x + 8 < 0
4
125
(n) 32x − 3x+1 > 3x − 3
(g) (0, 1) 3−4x
≤ 0, 0001
Exponenciais e logarı́tmos 11
1.4.1 Respostas
1. Gráficos do Exercı́cio 1
12 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
2. Gráficos do Exercı́cio 2
{3}
3. (a) S = {4} (c) S = 2 (e) S = {5}
{9}
(b) S = {1} (d) S = 2 (f) S = {−3}
{ }
4. (a) S = −2, 12 (c) S = {3, −2} (e) S = {0, 2}
{ } {1}
(b) S = 2, − 13 (d) S = {3} (f) S = 2
[ )
4
5. (a) S = (−∞, 5) (h) S = , +∞
3
[ )
3
(b) S = , +∞ (i) S = (1, 4)
2
1.5 Logarı́tmos
Consideremos, como motivação para estudarmos a teoria de logaritmos, o
seguinte exemplo:
ax = b. (1.1)
14 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
loga b = x ⇐⇒ ax = b. (1.2)
log2 16 = x ⇐⇒ 2x = 16 ⇐⇒ 2x = 24 ⇐⇒ x = 4
1 1
log3 = y ⇐⇒ 3y = ⇐⇒ 3y = 3−2 ⇐⇒ y = −2
9 9
log0,25 64 = z ⇐⇒ (0, 25)z = 64 ⇐⇒ (2−2 )z = 26 ⇐⇒ z = −3.
Portanto,
x + y + z = 4 + (−2) + (−3) = −1.
b aloga b ( )
aloga ( c ) =
b
= log c = aloga b−loga c =⇒ loga cb = loga b − loga c.
c a a
16 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
( )
Exemplo 1.18 (a) log2 73 = log2 7 − log2 3.
( )
(b) log3 15 = log3 1 − log3 5 = − log3 5.
( 25 ) ( )
(c) log5 (0, 25) = log5 100 = log5 41 = − log5 4.
loga bα = α · loga b.
logb b 1
(ii) loga b = = .
logb a logb a
1
(c) log8 3 = .
log3 8
1 log10 2
(d) log1000 2 = log103 2 = log10 2 = .
3 3
7 7
(f) log8 128 = log23 27 = 7 log23 2 = log2 2 = .
3 3
18 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
f : R∗+ −→ R
x 7−→ loga x
1.6.2 Gráfico
O gráfico de uma função logarı́tmica assume uma das formas abaixo:
a>1 0<a<1
Exponenciais e logarı́tmos 19
x f (x) Ponto
( )
1 1
−3 A , −3
8 (8 )
1 1
−2 B , −2
4 (4 )
1 1
−1 C , −1
2 2
1 0 D (1, 0)
2 1 E (2, 1)
4 2 F (4, 2)
8 3 G (8, 3)
x f (x) Ponto
( )
1 1
3 A ,3
8 (8 )
1 1
2 B ,2
4 (4 )
1 1
1 C ,1
2 2
1 0 D (1, 0)
2 −1 E (2, −1)
4 −2 F (4, −2)
8 −3 G (8, −3)
20 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
é bijetora.
Demonstração: Basta notar que esta função é sobrejetora e injetora.
Afirmação 1: f é sobrejetora.
De fato, dado y ∈ R, seja x ∈ R∗+ dado por
x = ay .
Assim,
f (x) = f (ay ) = loga ay = y loga a = y
e portanto f é sobrejetora.
Afirmação 2: f é injetora. De fato, sejam x1 , x2 ∈ R∗+ tais que
f (x1 ) = f (x2 ).
Assim,
e portanto f é injetora.
Das afirmações 1 e 2 temos que f é bijetora.
e
(f ◦ g) = f (g(x)) = f (ax ) = loga ax = x loga a = x
Observe que x2 = 16 1
também possui x = − 14 como solução, mas esta foi
descartada pois − 14 ̸∈ CE.
(c) Neste caso, temos CE = {x ∈ R | x2 − 4x − 20 > 0 e 10 − 3x > 0}.
Se x ∈ CE temos
log2 (x2 −4x−20) = log2 (10−3x) =⇒ x2 −4x−20 = 10−3x =⇒ x2 −x−30 = 0 =⇒ x = −5.
Portanto S = {−5}.
Note que a equação x2 − x − 30 = 0 também possui x = 6 como solução,
mas como 6 ̸∈ CE, esta possibilidade foi descartada.
Exponenciais e logarı́tmos 23
Portanto S = {2}.
Note que a equação x2 + 3x − 10 = 0 também possui x = −5 como solução,
mas como −5 ̸∈ CE, esta possibilidade foi descartada.
Se x ∈ CE temos
h : R −→ R
x 7−→ ax
loga f (x) < k ⇐⇒ h(loga f (x)) < h(g(x)) ⇐⇒ aloga f (x) < ak ⇐⇒ f (x) < ak .
Por outro lado, se supormos 0 < a < 1, sabemos que h é uma função
decrescente e portanto
loga f (x) < k ⇐⇒ h(loga f (x)) > h(g(x)) ⇐⇒ aloga f (x) > ak ⇐⇒ f (x) > ak ,
Se x ∈ CE temos
Resolução:
(a) Neste caso, temos
Se x ∈ CE temos
S = {x ∈ R | x > 8} .
Se x ∈ CE temos
( )log 1 (x2 −5x+6) ( )log 1 (x2 −5x+6) ( )−1
1 2 1 2 1
≥ 3 =⇒ ≥ =⇒ log 21 (x2 −5x+6) ≤ −1 =⇒
3 3 3
( )−1
1
x2 −5x+6 ≥ =⇒ x2 −5x+6 ≥ 2 =⇒ x2 −5x+4 ≥ 0 =⇒ x ≤ 1 ou x ≥ 4.
2
Portanto, considerando o resultado obtido e a condição dada pelo conjunto
CE, obtemos
S = {x ∈ R | x ≤ 1 ou x ≥ 4} .
Exponenciais e logarı́tmos 29
1.8 Exercı́cios
1. Calcule, pela definição, os seguintes logarı́tmos:
√ √ √
(a) log3 81 (b) log3 3 (c) log100 5 10 (d) log √1 8
2
(a) (log3 27)·(log3 9) = log3 (27·9) = log3 (33 ·32 ) = log3 35 = 5 log3 3 = 5
log2 70
(e) = log2 (70 − 6) = log2 64 = log2 26 = 6 log2 2 = 6
log2 6
(8)
(f) log4 8 − log4 2 = log4 2 = log4 4 = 1
√ √
(g) log√2 ( 32) = log(√2)2 ( 32)2 = log2 32 = log2 25 = 5 log2 2 = 5
5. Determine o valor de
5
(c) f (x) = log2 x 4 (f) f (x) = 2 + log0,2 (x + 1)
1.8.1 Respostas:
1 1
1. (a) 4 (b) (c) (d) −3
2 10
25
2. (a) 4 (b) 40 (c) (d) 144
4
3. (a) FALSA (b) FALSA (c) FALSA (d) VERDADEIRA
7. (a) As funções f e g são iguais, uma vez que D(f ) = D(g) = R∗+ ,
Im(f ) = Im(g) = R e por uma propriedade dos logarı́tmos temos que
(b) As funções f e g não são iguais, uma vez que D(f ) = R∗ e D(g) = R∗+ .
(c) As funções f e g não são iguais, uma vez que D(f ) = R∗ e D(g) =
R∗+ . Além disso, f (x) ̸= g(x) para uma infinidade de valores de x, por
exemplo, f (3) = log3 32 = 2 e g(3) = (log3 3)2 = 1.
(d) As funções f e g são iguais, uma vez que D(f ) = D(g) = R∗+ e por
uma propriedade dos logarı́tmos temos que
( )
3
g(x) = 1−log3 = 1−(log3 3−log3 x) = 1−1+log3 x = log3 x, ∀x > 0.
x
Exponenciais e logarı́tmos 33
f −1 (x) = 5x ,
onde
D(f −1 ) = Im(f ) = R e Im(f −1 ) = D(f ) = R∗+ .
23x − 1
f −1 (x) = .
5
f −1 (x) = 2ex .
34 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
11. Gráficos.
12. Gráficos.
36 Disciplina de Pré-Cálculo - 0100229 - Prof. Cı́cero Nachtigall
Bibliografia