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CAPÍTULO I
Dos fins
CAPÍTULO II
Da organização
Art. 4º. Os serviços a cargo do ColN são executados por meio de cinco Departamentos,
a saber:
I - Departamento de Ensino Colegial -(ColN -10);
II - Departamento de Alunos -(ColN -20);
III - Departamento de Serviços Gerais -(ColN -30);
IV - Departamento de Intendência -(ColN -40);
V - Departamento de saúde -(ColN -50).
§ 1º. O Diretor (ColN-01), diretamente auxiliado pelo Vice-Diretor -(ColN-02), é
assessorado por um Conselho de Conduta (ColN-03) um Conselho de Conduta (ColN-04) e
um Conselho Econômico (ColN-05).
§ 2º. O Diretor exerce diretamente o controle técnico sobre os Departamentos de Ensino
Colegial e de Alunos.
§ 3º. O ColN dispõe ainda de uma Secretaria (ColN-06) diretamente subordinada ao
Vice-Diretor.
Art. 5º. Os Conselhos, os Departamentos e a Secretaria terão sua continuação prevista
no Regimento Interno.
CAPÍTULO III
Do pessoal
CAPÍTULO IV
Do ensino
Art. 8º Funciona no ColN um curso único, de preparação aos três cursos distintos da
EN.
Parágrafo único. O Curso do ColN habilitará também o aluno ao certificado de
reservista naval de conformidade com a legislação vigente.
Art. 9º. O estágio escolar é de três anos.
Art. 10 O estágio escolar não poderá ser completado em prazo superior a quatro anos.
§ 1º. Um desses anos é considerado de tolerância, a qual poderá ser usufruída em
qualquer dos anos do estágio escolar.
§ 2º. Não será computado, para efeito deste artigo, o prazo de dois anos previsto no Art.
36.
Art. 11. O ano escolar, cujo calendário constará do Regimento Interno, compreende
dois períodos letivos de quatro meses cada um, uma viagem de adaptação e duas épocas de
férias.
Parágrafo único - A viagem de adaptação será realizada entre o 1º e o 2º períodos letivos
e as férias serão concedidas após aqueles períodos.
Art. 12. As disciplinas que constituem o Currículo do ColN estão grupadas, segundo
sua natureza, nas seguintes categorias:
I - Ensino Colegial;
II - Ensino Militar-Naval;
Art. 13. O Ensino Colegial abrange as seguintes disciplinas:
1 - Álgebra
2 - Complementos da Álgebra e Introdução ao Cálculo Diferencial e Integral.
3 - Geometria
4 - Trigonometria.
5 - Geometria Analítica.
6 - Desenho.
7 - Física.
8 - Química
9 - Português
10 - Inglês
11 - Francês
12 - História Geral e do Brasil
13 - Geografia Geral e do Brasil
14 - Filosofia
Art. 14. O Ensino Militar-Naval abrange as seguintes disciplinas:
1 - Regulamentos e Deveres Militares
2 - Arte do Marinheiro e Nomenclatura de Embarcações
3 - Manobra de Embarcações Miúdas
4 - Comunicações Visuais
5 - Ordem Unida e Armas Portáteis
6 - Ginástica e Defesa Pessoal
7 - Esportes Aquáticos
8 - Esportes Terrestres.
Art. 15. A seriação das disciplinas em cada ano do estágio escolar, e distribuição do
temo e demais detalhes relativos ao ensino, serão fixadas no Currículo, organizado de
conformidade com as normas estabelecidas no Regulamento Interno e sujeito à aprovação do
Diretor-Geral do Pessoal.
CAPÍTULO V
Da matrícula
CAPÍTULO VI
Do regime escolar
Art. 23. Os alunos são internos e exercem as funções que lhes forem designadas, a
título de instrução ou de auxílio aos serviços do ColN ou dos navios e estabelecimentos
navais onde se acharem, percebem os vencimentos e rações consignadas no orçamento do
Ministério da Marinha e usam uniformes que lhes competirem.
Art. 24. Os alunos constituem o Corpo de Alunos, com a organização militar e
administrativa estabelecida no Regimento Interno.
Art. 25. Os alunos do ColN, durante o estágio escolar, estão sujeitos ao Código Penal
Militar no tocante ao crimes que praticarem e ao Regimento Interno do ColN, no que se
refere às contravenções disciplinares que cometerem.
Parágrafo único. os alunos, quando embarcados, estão sujeitos ao Regulamento
Disciplinar para a Marinha.
Art. 26. A Marinha fornecerá uniformes e roupa de cama aos alunos, obrigando-se estes
a aquisição do enxoval complementar necessário na forma do Regimento Interno.
§ 1º. Os uniformes e demais peças pagos pela Marinha só constituirão propriedade
individual depois de feito novo pagamento da mesma espécie.
§ 2º. Os alunos custearão na despesa de renovação e conservação de seus uniformes,
desde que se façam necessárias antes da data oficial do fornecimento subseqüente.
CAPÍTULO VII
Do aproveitamento e classificação
Art. 27. O aproveitamento dos alunos no decurso de um ano letivo colegial, será aferido
pelas notas obtidas em cada disciplina do Ensino Colegial em provas parciais e em uma
prova final, realizadas de acôrdo com o que estabelece o Regimento Interno e o Currículo.
§ 1º. Fica cada disciplina do Ensino Colegial haverá 2 ou 3 provas parciais e 1 final, de
acôrdo com o Regimento Interno.
§ 2º.A época natureza, organização e critério de julgamento nas provas parciais e finais
obedecerão ao disposto no Regimento Interno.
§ 3º. As provas parciais e finais versarão sobre a matéria lecionada até as datas de suas
realizações, observados os critérios determinados no Regimento Interno.
§ 4º. O julgamento das provas parciais e da prova final será expresso em um escala e
notas de zero (0) a dez (10), aproximada a décimos, por falta ou por excesso, conforme a
fração abandonada for ou não menor do que cinco centésimos. Quando a fração abandonada
for igual a cinco centésimos, a aproximação far-se-á por excesso.
§ 5º. O aproveitamento final do aluno, em cada disciplina, será expresso pela média
aritmética das notas obtidas nas provas parciais e na prova final. Essa média final de
aproveitamento para dada disciplina será aproximada a décimos por falta ou por excesso,
conforme a fração abandonada for ou não menor do que cinco centésimos. Quando a fração
abandonada for igual a cinco centésimos, a aproximação far-se-á por excesso.
§ 6º. O aluno que não conseguir, em determinada disciplina, média final igual ou
superior a quatro (4), ou que, tendo obtido esta média, tiver nota inferior a quatro (4) na
prova final, será considerado inabilitado nessa disciplina.
§ 7º. O aluno inabilitado em determinada disciplina em virtude do que estabelece a
última parte do § 6º, mas que haja conseguido média igual o superior a seis (6) nas provas
parciais desta disciplina, desse ano letivo, será submetido a exame vago, oral, dentro do
período de provas finais, o qual versará sobre toda a matéria. Será considerado habilitado
nessa disciplina o aluno que, nesse exame, obtiver nota igual ou superior a quatro (4). Para
efeito de classificação, será observado o que estabelece o § 3º do art. 20.
§ 8º. Nas disciplinas que computarem a realização de trabalhos práticos, constantes do
currículo, é condição indispensável a apresentação prévia dos relatórios ou cadernos
referentes a esses trabalhos, para que o aluno possa ser submetido a prova final.
§ 9º O aluno que, por qualquer motivo se retirar ou for retirado de uma prova parcial ou
final após a distribuição do respectivo questionário, terá a nota correspondente ao trabalho
realizado até o momento do abandono da prova, observado o critério de julgamento previsto
no Regimento Interno. Quando porém o aluno for retirado de prova em virtude de uso ou
tentativa de uso de meios ilícitos para a sua realização ser-lhe-á atribuída a nota zero.
Art. 28. O aproveitamento dos alunos no decurso de um ano letivo, nas disciplinas do
Ensino Militar-Naval será aferido pelas notas obtidas nas provas previstas no Regimento
Interno e no Currículo. Essas notas serão dadas numa escala de zero (0) a dez (10) e
aproximadas a décimos, por falta ou por excesso, conforme a fração abandonada for ou não
menor que cinco centésimos. Quando a fração abandonada for igual a cinco centésimos, a
aproximação far-se-á por excesso.
§ 1º. O aproveitamento final do aluno, em cada disciplina, será expresso pela média
aritméticas das notas obtidas nas respectivas provas. Essa média final de aproveitamento será
aproximada a décimos de maneira idêntica a estabelecida no presente artigo para o cálculo da
nota de cada prova.
§ 2º. O aluno que não conseguir, em determinada disciplina, média final igual o superior
a quatro (4), será considerado inabilitado nessa disciplina.
§ 3º. Aplicam-se às provas das disciplinas do Ensino Militar-Naval no que couber, as
disposições do § 9º do artigo 27.
Art. 29. Os alunos terão anualmente, um grau de conduta, de zero (0) a dez (10)
atribuído de acôrdo com o estabelecido no Regimento Interno e a ser aplicado, para efeitos de
classificação, conforme estabelece o art. 30.
Art. 30. A classificação dos alunos nos anos do estágio escolar será organizada de
acôrdo com as seguintes normas:
I - a classificação dos alunos matriculados no 1º ano se fará pelos graus obtidos no
Concurso de Admissão e segundo o critério estabelecido nas Instruções de que trata o art. 16;
II - a classificação dos alunos matriculados no 2º ano será determinada segundo a
ordem decrescente dos graus de classificação calculados de acôrdo com a seguinte fórmula:
G = 3 a +B+C
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III - a classificação dos alunos matriculados no 3º ano e dos transferidos à EN será
também determinados segunda a ordem decrescente dos graus de classificação, os quais serão
calculados levando-se em conta os graus de classificação anteriormente obtidos, de acôrdo
com a seguinte fórmula:
G= 3 A+B+C+D
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§ 1º. Nas fórmulas constantes dos incisos II e III deste artigo:
G - é o grau de classificação para matrícula num determinado ano escolar ou para
transferência à EN;
A - é a média aritmética das médias de aproveitamento final obtidas pelo aluno nas
disciplinas do Ensino Colegial, no ano escolar imediatamente anterior ao da matrícula
considerada ou transferência;
B - é a média aritmética das médias de aproveitamento final obtidas pelo aluno nas
disciplinas do Ensino Militar-Naval, no ano escolar imediatamente anterior ao da matrícula
considerada ou transferência;
C - é a nota de conduta obtida pelo aluno no ano escolar imediatamente anterior ao da
matrícula considerada ou transferência;
D - é o grau de classificação obtido pelo aluno para matrícula noa no escolar
imediatamente anterior ao da matrícula considerada ou transferência.
As parcelas A,B,C e D serão aproximadas a décimos e o graus de classificação (G) será
aproximado a centésimos, fazendo-se tais aproximações segundo critério análogo ao
estabelecido para o cálculo das médias de que tratam os arts. 27 e 28.
§ 2º. No caso de igualdade de graus de classificação, prevalecerá a classificação relativa
do ano anterior.
§ 3º. Para os efeitos de classificação não serão computadas as notas dos exames feitos
de acôrdo com o parágrafo 7º do art. 27 ou parágrafo único do art. 37, e sim a média anterior
que obrigou o aluno a submeter-se ao disposto nos referidos parágrafos.
§ 4º. Os repetentes do 1º ano serão classificados de acôrdo com o graus obtido no
concurso de admissão, como se estivessem iniciando o curso do Colégio Naval, tendo porém
precedência, em caso de graus iguais, sobre os alunos recém-admitidos.
§ 5º. Os repetentes do 2º e 3º anos classificados de acôrdo com os graus de classificação
que possuíam ao iniciar o ano letivo em que foram inabilitados, tendo precedência em caso
de graus iguais.
Art. 31. A precedência militar entre os alunos será:
I - a da antiguidade do ano escolar;
II - a decorrente da classificação do aluno na turma.
CAPÍTULO VIII
Da conservação e perda da matrícula
Art. 32. Nenhum aluno poderá prosseguir o curso sem que para isso tenha sido
considerado apto, moral, intelectual e fisicamente, conforme estabelece este Regulamento e
especifica o Regimento Interno.
Art. 33. A aptidão a que se refere o artigo anterior é verificada por meio de:
I - observação da conduta;
II - inspeção de saúde;
III - provas parciais e prova final das disciplinas do Ensino Colegial;
IV - provas correspondentes às disciplinas do Ensino-Militar Naval.
Parágrafo único. É condição essencial para conservação da matrícula manter-se o aluno
em estado de solteiro. Aquele que infringir esta disposição, qualquer que seja a razão
invocada, será eliminado da matrícula e terá baixa de praça.
Art. 34. Será eliminado da matrícula e terá baixa de praça o aluno que:
I - incidir em contravenção e penalidades previstas como eliminatórias no Regimento
Interno;
II - atingir grau de conduta julgamento insuficiente, na forma prevista no Regimento
Interno;
Art. 35. O aluno julgado inapto em inspeção de saúde será:
I - eliminado da matrícula, tendo baixa de praça quando a doença ou acidente não tiver
relação de causa e efeito com o serviço;
II - eliminado da matrícula e reformado de acôrdo com a Lei de Inatividade dos
Militares, quando incapacitado na forma dos dispositivos dessa Lei.
Parágrafo único. A inspeção de saúde produzirá os efeitos previstos neste artigo quando
houver unanimidade no respectivo laudo médico. Caso contrário, será o aluno submetido ex
offício a nova inspeção a ser feita pela Junta Superior de Saúde, cujo laudo prevalecerá.
Art. 36. Ao aluno considerado temporariamente inapto em inspeção de saúde, poderá
ser concedido um prazo de até dois anos para tratamento, o qual não será computado para os
efeitos do art. 10, sendo porém sua matrícula cancelada e efetivada a sua baixa de praça se,
findo esse prazo não for julgado nas condições de saúde exigidas para o serviço naval ou for
previsto que terminará o curso do CoIN tendo ultrapassado a idade limitada para ingresso na
EN.
Art. 37. Durante o estágio escolar, o aluno que for inabilitado em mais de duas
disciplinas do Ensino Colegial ou em mais de duas disciplinas do Ensino Militar-Naval,
repetirá o ano, se ainda não tiver usufruído da tolerância fixada no art. 10; em caso contrário,
será eliminado da matrícula e terá baixa de praça.
Parágrafo único. O aluno, inabilitado em uma ou duas disciplinas do Ensino Colegial e
em uma ou duas disciplinas do Ensino Militar-Naval, será submetido a um exame de 2º
época, conforme previsto no Regimento-Interno, o qual versará sobre toda a matéria
lecionada naquelas disciplinas. Se for aprovado nesse exame, será promovido ao ano
superior. Se for reprovado em uma dessas disciplinas, repetirá o ano escolar, caso ainda não
tenha usufruído da tolerância fixada no art. 10; em caso contrário, será eliminado da
matrícula e terá baixa de praça.
Art. 38. A eliminação da matrícula e a baixa de praça poderão ser também concedidas a
pedido do responsável pelo aluno.
CAPÍTULO IX
Da promoção e transferência
Art. 39. Durante o estágio escolar, os alunos serão promovidos de acôrdo com o que
estabelece o art. 22 deste Regulamento.
Art. 40. Os alunos matriculados no último ano do curso e que tiverem preenchido todos
os requisitos exigidos por este Regulamento, para o estágio escolar, serão transferidos para a
EN, por proposta do Diretor do CoIN.
CAPÍTULO X
Das disposições gerais
Art. 41. Os alunos indenizarão os prejuízos e danos que causarem à Fazenda Nacional;
Parágrafo único. Aos alunos que deixarem o CoIN nas condições previstas no art. 38,
exigir-se-á uma indenização cujo valor será fixado anualmente pelo Diretor-Geral do Pessoal
da Marinha, por proposta do Diretor do Colégio Naval.
Art. 42. Caso venha a ser reformado este Regulamento, as alterações que nele forem
realizadas serão obrigatórias para todos os alunos, sem que a nenhum assista o direito de
reivindicação de qualquer espécie.
Art. 43. Aos alunos que, por qualquer motivo, não concluírem o curso, será fornecido o
certificado de habilitação nos assuntos em que houverem obtido aproveitamento, assim como
o certificado de reservista a que tiverem direito.
CAPÍTULO XI
Das disposições transitórias
Art. 44. Aos candidatos à admissão, inscritos no ano de 1960, será facultada a opção
prévia para um dos cursos da EN, aplicando-se a esses candidatos o disposto na alínea v) do
artigo 27 do Regulamento para o CoIN, aprovado pelo Decreto nº 36.756-A, de 7 de janeiro
de 1955.
Art. 45. O presente Regulamento entrará em vigor a partir do início do ano letivo de
1961, para todos os alunos matriculados no 1º ano nessa época.
§ 1º. Os alunos matriculados no 2º ano em 1961 ficam sujeitos a tudo que está
estabelecido neste Regulamento, executadas as disposições do Capítulo IV (Do ensino) e as
disposições no art. 30, a eles aplicando-se as disposições do Capitulo III (De Ensino) e as
disposições do art. 40 do Regulamento para o CoIN, aprovado pelo Decreto nº 36.756-A, de
7 de janeiro de 1955.
§ 2º. Os alunos matriculados no 2º ano em 1961 que vierem a repetir ano, ficarão
sujeitos a todas as disposições do presente Regulamento.
Art. 46. O Diretor-Geral do Pessoal submeterá ao Ministro da Marinha, dentro de
noventa dias a contar da publicação deste Regulamento, em projeto de Regimento Interno
para o CoIN.
Art. 47. O Diretor do CoIN fica autorizado a baixar os atos necessários à adoção das
disposições do presente Regulamento até aprovação do Regimento Interno.