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A

desestatização
de Temer
Coincidência não é. No dia 25, data em que o Senado
dará início ao julgamento final do impeachment de
Dilma Rousseff, o presidente em exercício Michel
Temer planeja lançar um ousado plano de
desestatização no País, talvez o maior já visto. É o
contraponto ao governo do PT, que em 13 anos criou
dez empresas estatais, além de vários filhotes de
outras já existentes.

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João Domingos, O Estado de S.Paulo
13 Agosto 2016 | 03h00

A se julgar por informações muito


bem guardadas até agora, o plano
de desestatização deverá alcançar
desde empresas fundadas
recentemente, a exemplo da
Hemobrás e da EPL, até estatais
seculares, como os Correios. O
prejuízo dos Correios em 2015 foi
de R$ 2,1 bilhões. Neste ano, até
maio, o rombo já era de R$ 700
milhões.
A ideia do plano de desestatização
é fazer concessão e parcerias em
todas as áreas de logística e de
infraestrutura, de forma a
complementar serviços que o
Estado é incompetente para
executar.

Não se trata apenas de privatizar,


pura e simplesmente. Mas também
de fazer parcerias com a iniciativa
privada. No caso dos Correios, a
ideia é manter sob a tutela do
Estado a parte que Temer julga
cumprir papel social importante,
como a distribuição de cartas,
ainda muito utilizadas nas Regiões
Norte e Nordeste. E tocar, em
parceria com outras empresas,
serviços de transporte de pequenas
cargas, como o Sedex, que têm
custos maiores.

Entre as empresas que estão na


mira do governo interino encontra-
se também a EBC, com orçamento
de cerca de R$ 550 milhões anuais,
criada em 2007 como uma empresa
pública, mas dependente do
orçamento da União. A empresa é
um dos espinhos na garganta de
Temer, que nomeou o novo
presidente, mas teve de recuar,
porque o anterior, escolhido por
Dilma dias antes do afastamento
dela da Presidência da República,
ganhou liminar do Supremo
Tribunal Federal e voltou ao cargo.
A EBC tem cerca de 2,6 mil
funcionários.
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Outra estatal problemática criada


no governo petista é a Empresa de
Planejamento e Logística (EPL).
Seu objetivo inicial era cuidar do
projeto do trem-bala, que ligaria o
Rio de Janeiro a Campinas,
passando por São Paulo. Mas nem
trem-bala nem trem-lesma foram
criados.

A EPL, no entanto, vai bem. Foi


instalada em dois andares de um
prédio de alto padrão, em Brasília,
cujo aluguel custa R$ 1,1
milhão por ano. Desde 2013 teve
previsão orçamentária superior
a R$ 1 bilhão. No ano passado seu
orçamento foi de R$ 311 milhões. A
empresa tem 181 funcionários.

Essa empresa também deverá


integrar a lista do projeto de
desestatização. A menos que o
governo chinês, que tem feito forte
lobby para que o governo brasileiro
volte a se interessar pela criação de
linhas de trens de alta velocidade,
consiga mudar a cabeça de Temer.
Ele foi convidado oficialmente pelo
governo de Pequim a fazer em um
trem-bala o trajeto de cerca de 300
quilômetros entre Xangai e
Hangzhou, onde vai ocorrer a
reunião de cúpula do G-20, nos
dias 4 e 5 do próximo mês. A
viagem dura cerca de uma hora.

Outra companhia criada pelo


governo do PT que pode entrar na
lista de desestatização do governo
de Temer é a Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares (EBSERH),
que atua na gestão dos 35 hospitais
universitários do País. Ela tem
9.752 funcionários, orçamento
bilionário e não se tem notícia de
que a situação nos hospitais
universitários tenha melhorado
depois que foi criada.

Ligada ao Ministério da Educação,


entregue por Temer a Mendonça
Filho, do DEM, a empresa dos
hospitais universitários acaba de
trocar de presidente. Continua
aparelhada. Por indicação do
presidente do DEM, senador
Agripino Maia (RN), Temer
nomeou para presidir a empresa o
médico potiguar Kléber Morais.

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