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Programa

Permanente de O SOFTWARE EDUCATIVO NO


Capacitação Docente ENSINO DA CONTABILIDADE
(PPCD)
Didática e Metodologia do Ensino BÁSICA
Superior

RESUMO

SOARES, C. O Software Educativo no Ensino da


Autor: Carlos Soares de Moraes Contabilidade Básica. Tarefa de finalização do módulo
Anhanguera Educacional de Metodologia da Pesquisa Científica, ministrada pela
Email: Prof. Daniela Cartoni, do curso de PósGraduação Lato
Sensu em Didática e Metodologia do Ensino Superior –
Programa Permanente de Capacitação Docente,
Anhanguera Institucional, 2009.

Palavras-Chave: Software Educativo, Ensino da Contabilidade Básica.

Anhanguera Educacional S.A.


Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 2000
Valinhos, São Paulo
CEP. 13.278-181
rc.ipade@unianhanguera.edu.br
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Artigo Original
Recebido em: dd/mm/yyyy
Avaliado em: dd/mm/yyyy
Publicação: dd de mmm de 2008
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2 O Software Educativo no Ensino da Contabilidade Básica

1. INTRODUÇÃO

As necessidades humanas traduzidas na dificuldade de algum tipo


sempre foram a força de propulsão para uma inovação científica. A evolução
histórica da contabilidade não fugiu à regra. O acúmulo de bens visando
prover consumo futuro, que daria origem à riqueza propriamente dita, fez com
que o homem desenvolvesse técnicas de controle do que hoje chamamos de
patrimônio.

Desde suas nascentes científicas na Itália, passando pela revolução


industrial na Inglaterra do século XVIII e o aparecimento dos grandes grupos
empresariais americanos a partir do século XX, a evolução do estudo contábil
tem sido suscitada por fatos históricos de relevância inquestionável, dando
origem hoje à ferramentas de análise e gestão empresariais de complexidade
jamais imaginada por todos estudiosos que contribuíram para o
aprimoramento dessa ciência.

O antigo “Guarda-Livros” e os atuais “Controllers” guardam uma


distância técnica cuja magnitude pode ser igual ao tamanho da evolução da
importância do papel do profissional contábil no cenário empresarial.
Juntamente com a nova realidade da expectativa por um leque de serviços
muito mais abrangente, o perfil da demanda dos respectivos colaboradores
também mudou de forma significativa.

Do prosaico requisito de se ter uma boa caligrafia para o que hoje se


pede nos anúncios de profissionais na área, como por exemplo, conhecimentos
prévios em algum ERP (Sistema de Gestão Integrada), as necessidades de
mercado mostram o quão importante se tornou a melhoria da qualificação dos
profissionais contabilistas. Dessa forma, este trabalho procura demonstrar a
evolução do processo de escrituração contábil e o porquê da necessidade da
utilização de softwares educativos na metodologia do ensino nessa área e seus
reflexos.

2. OS PRECURSORES DA CONTABILIDADE

A Itália não foi por acaso o berço da contabilidade. A partir do século X,


apareceram as primeiras corporações italianas. O comércio exterior foi
incrementado pelos venezianos e em 1202 foi publicado o Livro “Liber Abaci”,

Metodologia do Ensino Superior – Tarefa de finalização


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de Leonardo Pisano., também conhecido como Fibonacci, sobre assuntos


aritméticos e álgebra. O aperfeiçoamento de técnicas matemáticas fez o
homem evoluir em conhecimentos comerciais e financeiros. Com a tomada de
Constantinopla pelos turcos (hoje Istambul), os sábios bizantinos emigraram
para a Itália . Finalmente no final do século XV, mais precisamente em 1494,
um Frei Franciscano Chamado Luca Pacioli publicou o "Tratactus de Computis
et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), que é o marco da era pré-
cientifíca da contabilidade.

Maxwell Maltz, um dos pioneiros da Pisco-cibernética, em seu livro


Psicologia da Auto-Imagem observou: “....Toda novidade em ciência nasce
quase sempre de fora do sistema. Qualquer novo conhecimento deve
usualmente partir de fora – não dos “especialistas”...”. A mesma situação se
aplicou à contabilidade , que apesar de ser uma ciência social, como
menciona o Prof. Marion, “...a ação humana que gera e modifica o fenômeno
patrimonial... “ (Marion, 2009), teve no mecanismo algébrico das equações
(equilíbrio matemático) o seu maior alicerce.

Outros mestres trilharam o caminho apontado pelo Frei franciscano,


tais como Francesco Villa que, em meados do séc. XIX, deu forma ao
pensamento patrimonialista. Fábio Besta, seguidor de Villa, superou os
ensinamentos de seu mestre e demonstrou o elemento fundamental da conta,
valor e definiu a contabilidade como “... a Ciência do Controle Econômico das
Entidades...” (Marion, 2009). Mas foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Besta,
quem pela primeira vez definiu o patrimônio como objeto da contabilidade
(Zanluca J.C., História da Contabilidade, apud Portal da Contabilidade).

3. A EVOLUÇÃO DO REGISTRO CONTÁBIL

3.1 O Processo Manuscrito

A partir do século XX, os fundamentos já estavam lançados. Porém


como ocorria com as técnicas humanas em todas as áreas, na época, tudo era
artesanal. O “modus operandi” estava sedimentado, porém não era eficiente.
As primeiras escriturações contábeis eram totalmente manuscritas. A
dificuldade em se manter registros contábeis atualizados era muito grande,
trabalhosa e exigia um controle rígido nas anotações.

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Pegoraro (2007, p. 13, apud Darliene Bairro, 2008) descreve o


processo manuscrito:

“...Os operadores lançavam os atos e fatos ocorridos nas


transações comerciais, fiscais, financeiras e trabalhistas das
empresas, em ordem cronológica de dia e data em dois livros
específicos para este fim, chamados de livro diário copiativo e
livro razão composto de fichas. Nestes livros, a apuração final dos
resultados de cada período contábil das empresas, era
extremamente complicada, pois os controles de contas a receber
e a pagar eram registrados, manualmente, em fichas individuais.”

3.2 O processo Mecanizado

Com o surgimento das máquinas de datilografia, alguns sistemas


surgiram aproveitando a mecanização da escrita dessas máquinas. O sistema
de ficha tríplice foi um dos mais famosos no século XX (Leal, José Geraldo,
Evolução das Formas de Escrituração, 23 maio 2008. Disponível em : <
http://joseleal-contab.blogspot.com/2008/05/evoluo-das-formas-de-
escriturao.html>. Acesso em 19 maio 2009):

“A Contabilidade Maquinizada – Sistema Ficha Tríplice, por Silvino


Barbosa e Edmundo Mário Cavallari, foi uma das mais engenhosas
propostas com o objetivo de modernizar a contabilidade das empresas.
Foi a razão do seu grande sucesso no século XX a possibilidade de
utilização de máquina de escrever de qualquer tipo ou marca e sem
necessidade de outros instrumentos. A escrituração feita em fichas
tríplices, simultaneamente, resultava em registros no livro Diário
(copiativo) e nas duas contas do livro Razão (a devedora e a credora).”

3.3 Os Birôs

A partir da década de 70, quando os computadores se tornaram mais


acessíveis, algumas empresas começaram a oferecer serviços de “Bureau”,
palavra originária do francês - local onde se presta algum serviço. Essas
empresas adquiriam ou alugavam um computador, que na época eram
alimentados ainda por cartões perfurados e processavam as informações
recebidas dos clientes através de planilhas de papel - que na realidade eram
formulários - preenchidas a mão.

Essas informações poderiam ser lançamentos contábeis ou dados para


a folha de pagamento. Os birôs enviavam os relatórios preliminares do

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resultado do processamento para conferência aos clientes. Para qualquer


divergência, os clientes preenchiam novas planilhas denominadas de
“estorno”, e retificavam o lançamento.

Os clientes eram, na maioria dos casos, escritórios de contabilidade ou


indústrias que ainda não possuíam seu computador. Os computadores eram
muito caros e ainda não acessíveis para aquisição por um escritório pequeno.
Além disso, a infra-estrutura necessária para se ter um computador nessa
época também era inacessível, como os softwares e os profissionais para
operá-los. O mais famoso modelo da época foi o IBM/3 e a linguagem Cobol.

Era uma alternativa longe de se poder dizer “informatizada”, pois havia


muito processo manual envolvido. Mas havia confiabilidade principalmente nos
somatórios e a geração dos livros diário e razão era consistente, uma vez que
a base de dados era a mesma. Outro aspecto importante era a apresentação
dos trabalhos, que mostrava uma credibilidade maior.

3.4 Os microcomputadores

A partir dos anos 80, com o advento dos microcomputadores, os


escritórios de maior porte e as indústrias já podiam dispor de um equipamento
“in house”. Vivíamos em plena reserva de mercado da informática e algumas
marcas nacionais já despontavam, tais como Microtec, Itautec e Scopus (do
Grupo Bradesco) . Os softwares disponíveis eram principalmente o Lotus 123,
que era uma evolução da planilha eletrônica Visicalc, o Dbase III, que vinha de
um sistema chamado de Vulcan, cuja utilização era voltada para banco de
dados e o Wordstar que foi o avô dos processadores de textos.

Apesar da limitação de recursos que esses aplicativos apresentavam, o


grande problema em utilizá-los na escrituração contábil era a capacidade de
armazenamento. Os primeiros equipamentos de 16 bits surgiram com drives
que podiam ler e gravar em disquetes de 5” ¼, com capacidade de 360 kb.
Quando os computadores começaram a ser fabricados com os chamados Hard
Disks (discos rígidos) de alta capacidade (10 Mb), é que se tornou possível aos
escritórios, a informatização em equipamento próprio, e portanto, deixar de
contratar os birôs.

Os programas de computadores voltados para a área contábil


começaram a se proliferar, mas ainda havia um desafio. Não havia
conectividade entre as máquinas. Por exemplo, a folha de pagamento era

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feita numa máquina e a contabilidade em outra, usando-se bases de dados


distintas e muitas vezes até softwares de empresas diferentes.

Por conta dessa falta de integração entre os softwares, as empresas


ofereciam soluções com enfoque em uma determinada necessidade. Havia
softwares especializados em contabilidade, outros em folha de pagamentos e
outros ainda em escrita fiscal. Havia softwares que só calculavam rescisões
contratuais.

Depois que esses programas “ilhados” emitiam seus relatórios, a


equipe de contabilidade precisava montar os lançamentos contábeis e digitá-
los no software próprio. Havia consistência individual no processamento de
cada programa, mas não havia certeza que os dados seriam consistentes
quando fosse feita a re-digitação na contabilidade. Por isso o trabalho de
conferência e conciliação era primordial.

3.5 A Integração dos dados

Com a proliferação dos computadores pessoais em todos os escritórios,


inclusive os menores, as obrigações acessórias começaram a receber
autorizações legais para a entrega em formulários contínuos. Ou seja, o
software que gerava a folha de pagamentos que processada os dados do
funcionário o ano todo, acumulava toda ficha financeira e gerava a RAIS
(Relação Anual de Informações sociais) com precisão e diretamente na
impressora. Sem necessidade de se usar a máquina de datilografia.

O sistema de entrega das obrigações acessórias impressas em


formulário contínuo era eficiente, pois reaproveitava os dados acumulados nos
sistemas, bem mais apresentável e com o mínimo de re-trabalho. Mas para o
poder público não havia muitos benefícios. A re-digitação dos dados do lado
do fisco continuava e a possibilidade de inconsistência entre as informações
fornecidas pelos contribuintes e as processadas era grande.

Antes de falarmos na internet, precisamos falar sobre a quantidade de


máquinas e suas respectivas conectividades. Quando os microcomputadores
começaram a se popularizar, eles custavam em torno de US$ 1.500,00 a US$
2.000,00 e o salário mínimo estava em US$ 100,00. Portanto um computador
básico custava em média, a dinheiro de hoje, em torno de R$ 3.000,00 a R$
4.000,00. Dessa forma não havia computadores para todos os funcionários do
escritório. As máquinas tinham que ser revezadas pelos usuários e os
programas ainda não eram integrados. Após o ano 2000 aproximadamente, os

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computadores foram barateados principalmente pela abertura dos mercados e


a globalização. Com a popularização da internet, uma maior quantidade de
máquinas adquiridas pelos escritórios e a o aumento significativo do número
de linhas telefônicas via privatizações, foram criadas as condições para que os
dados não só trafegassem dentro dos próprios escritórios, mas também
fossem transmitidos externamente.

Assim começou a era “on-line” da contabilidade, com vantagens e


desvantagens para o contribuinte. Vantagens sob o ponto de vista operacional
de consistência, integração e instantaneidade dos dados. Desvantagens pelo
fato de facilitar ao poder tributante cruzamentos de dados com extrema
rapidez e um maior combate à sonegação. O constante aumento da
arrecadação nestes últimos anos é uma conseqüência inequívoca dessas
facilidades.

4. A MÃO-DE-OBRA CONTÁBIL E SUA QUALIFICAÇÃO

Um escritório de contabilidade não se resume apenas à escrituração


contábil. Existem diversos departamentos envolvidos neste tipo de assessoria.
O departamento pessoal é responsável pela execução das rotinas trabalhistas:
admissão, demissão, apontamento e cálculo da folha de pagamento, cálculo
das férias, 13º. Salário, cálculo dos encargos sociais tais como a GPS (Guia da
Previdência Social) , a GFIP (Guia do Recolhimento do Fundo de Garantia e
Informações à Previdência Social), o DARF (Documento de Arrecadação da
Receita Federal) referente ao imposto de renda na fonte retido dos
empregados, o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a
RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), etc.

O departamento fiscal é responsável pela escrituração dos livros


fiscais, tais como registro de entradas, saídas, controle da produção e do
estoque, livro do registro de prestação de serviços e ainda o cálculo de
diversos tributos como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços), a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social),
o PIS (Contribuição para o Programa de Integração Social), o IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados), o ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza). Também é responsável pela entrega de algumas obrigações
acessórias tais como a GIA (Guia de Informação e Apuração do ICMS), DCTF
(Declaração de Contribuições e Tributos Federais), e outras.

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Um escritório contábil também cuida da legalização da empresa em


todas as esferas: Junta Comercial, Secretaria da Receita Federal, Secretaria da
Fazenda do Estado, Prefeituras, etc. A adoção do regime tributário é
estabelecido em consenso com o contribuinte. Assim sendo, diante da
quantidade de serviços prestados por um escritório de contabilidade, o
profissional que deseja ingressar nessa área, precisa receber em sua formação
acadêmica, informações bastante generalizadas sobre toda área
administrativa. Dessa forma apenas o conhecimento prático não é suficiente
para atender a expectativa da qualidade técnica demandada.

Como a gama de informações à ser transmitida para os profissionais


contábeis é muito extensa faz-se imprescindível que o ensino seja rápido,
eficiente e esteja o mais próximo possível da realidade dos consumidores
dessa mão-de-obra.

5. CONCLUSÃO

Todas as ciências têm nas pessoas que a praticam qualificação e


habilidades cada vez mais aprimoradas para executar seus procedimentos. As
ferramentas de qualidade espelham o que o mercado dita como exigência ou
condição “sine qua non” para a melhoria contínua. A formação acadêmica e a
experiência profissional são elementos que se confundem na demanda técnica do
mercado de trabalho. Ambos são exigidos com eficiência absoluta e ambos se
completam.

Não importa ao mercado de trabalho de onde surge o conhecimento da


mão-de-obra requisitada. O denominador comum são os resultados. A “academia”
deve acompanhar o “mercado”. Dessa forma quanto mais próximos estiverem os
métodos utilizados nos laboratórios acadêmicos dos métodos utilizados no mercado,
mais eficiente e competitivo será sua função. No tocante à contabilidade, o software
educativo em substituição ao método manual é imprescindível. Deve ser resultado
de investimento, aprimoramento e competência educacional.

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6. REFERÊNCIAS

MALTZ, Maxwell. Psicologia da auto-imagem: Viva melhor e mais feliz


com você mesmo. Trad. E. Jacy Monteiro. São Paulo: Bestseller, 1978.

LIMA, José Geraldo; DELGADO, Joaquim de Lima. Organização e


Administração de Pequenas e médias empresas. São Paulo, Atlas,
1981.

KRAEMER, M. E. P. . Reflexões sobre o ensino a contabilidade. In: 19ª


Convenção dos Contabilistas do estado de São Paulo, 2005, Santos - SP.
Anais da 19ª Convenção dos Contabilistas do Estado de São Paulo, 2005.
MARION, J.C.. Introdução à Teoria da Contabilidade. Campinas-SP: Edição Especial - Programa do Livro-
Texto – Anhanguera Educacional - Ed. 146 - 2009, p. 15.

COSTA, Elenito Elias.A Contabilidade e o Profissional. Portal da Classe Contábil. Disponível em:
http://www.classecontabil.com.br/servlet_art.php?id=1934&query=. Acesso em: 17 maio 2009.

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