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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIENCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

LUÍS PHILIPE TISCHER

EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS NO ESTADO DE RORAIMA

BOA VISTA - RR

2015
LUÍS PHILIPE TISCHER

EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS NO ESTADO DE RORAIMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Departamento de Engenharia Civil como
parte dos requisitos para aprovação na
disciplina TCC II e obtenção do Título de
Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Msc. Silvestre Lopes da


Nobrega.

BOA VISTA - RR

2015
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRR/Biblioteca Central da UFRR

Divisão de Serviços Técnicos

FICHA CATALOGRAFICA ( ESPAÇO RESERVADO )


LUÍS PHILIPE TISCHER

EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS NO ESTADO DE RORAIMA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Departamento de Engenharia Civil como
parte dos requisitos para aprovação na
disciplina TCC II e obtenção do Título de
Bacharel em Engenharia Civil.

Aprovada em _____/_____/______

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________
Profº. Msc. Silverte Lopes da Nobrega - (Orientador)
Universidade Federal de Roraima – UFRR
_________________________________________
Profº. Msc. Alex Bortolon de Matos - (Co-orientador)
Universidade Federal de Roraima – UFRR

_________________________________________
Profª. Dr. Ofélia de Lira e Silva – (Convidado Interno)
Universidade Federal de Roraima – UFRR

________________________________________
Profº. Dr. Pedro Alves da Silva Filho – (Convidado Interno)
Universidade Federal de Roraima – UFRR
Aos meus pais, Ademar Tischer e Margarete Bartniak.
AGRADECIMENTOS

Ao Grande Arquiteto do Universo, por todas as oportunidades, saúde, sabedoria e força.

A minha família por todo o apoio, incentivo, amparo, amor e carinho. Em especial a
minha mãe, mulher guerreira que nunca mediu esforços para nos dar o melhor.

A minha namorada pelo companheirismo, compreensão e amor.

Ao corpo docente do departamento de engenharia civil, pela dedicação e difusão do


conhecimento. Em especial ao orientador Silvestre Lopes da Nobrega.

A todos os amigos e colegas de faculdade que sempre me incentivaram com palavras de


força e fé.

Aos amigos irmãos pelos bons momentos juntos.


RESUMO

A ausência de estações pluviográficas e de séries históricas longas tem levado os


engenheiros a utilizarem de relações que permitam a estimativa da chuva crítica de
projeto, com base em dados de pluviômetros, podendo incorrer em erros na estimativa
do evento. Com o objetivo de desenvolver as equações de chuvas intensas para o Estado
de Roraima em localidades com dados consistentes de precipitação, o trabalho foi
desenvolvido utilizando as metodologias da desagregação, isozonas e de Bell,
empregadas na estimativa das precipitações máximas associadas a uma duração e
frequência, nas séries históricas diárias de chuvas disponíveis para 5 (cinco) municípios
do Estado de Roraima. Avaliou-se o desempenho dos modelos através do coeficiente de
Willmott que permite a análise porcentual dos desvios de valores estimados pelas
relações intensidade-duração-frequência entre os 3 (três) métodos estudados. Os
coeficientes de desempenho mostram média de 98,74%, 99,20% e 96,65% para as cinco
estações, quando comparados os resultados de desagregação vs Bell, desagregação vs
isozonas e isozonas vs Bell, respectivamente. Os métodos trabalhados apontam como
classificação ótima nos valores de intensidades de precipitação calculados pelos
métodos em estudo, para qualquer período de retorno e a duração do evento. As
equações apresentadas preenchem a lacuna de informações e amplia a capacidade de
tomada de decisão dos projetistas de obras e serviços em Roraima que usam como base
eventos de chuvas intensas.

Palavras-chave: Chuvas intensas, método da desagregação, método de Bell, método


das isozonas.
ABSTRACT

The absence of pluviographic and long time series stations has led engineers to use
relationships which allow the estimation of critical design rain, based on the rain gauge
data and could incur errors in the estimate of the event. In order to develop heavy rains
equations for the state of Roraima in locations with consistent rainfall data, the study
was conducted using the methodologies of the dissociation, isozonas and Bell,
employed in the estimation of maximum rainfall associated with duration and
frequency, in daily time series of rainfall available for five (5) municipalities of
Roraima. Evaluated the performance of the models through Willmott coefficient for the
percentage analysis of the values of deviations estimated by the intensity-duration-
frequency relations between the three (3) studied methods. Performance coefficients
show an average of 98.74%, 99.20% and 96.65% for the five stations, compared the
results of dissociation vs Bell, dissociation vs isozonas and isozonas vs Bell,
respectively. The methods worked great as point classification in precipitation intensity
values calculated by the methods under consideration for any payback period and the
duration of the event. The equations presented fill the information gap and broadens the
decision-making ability of designers works and services in Roraima using as a base
heavy rainfall events.

Work-key: Heavy rains, the dissociation method, Bell method, isozonas method.
LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Campos de atuação da hidrologia........................................................................... 18

Tabela 3.2 - Coeficientes de desagregação para diferentes durações de chuva.......................... 29

Tabela 3.3 - Valores das médias e desvio padrão para y. ........................................................... 31

Tabela 3.4 - Relações entre as precipitações de durações 1 hora e 6 min por 24 horas para as
respectivas zonas e períodos de retorno. ..................................................................................... 34

Tabela 3.5 - Classificação do coeficiente de desempenho de Willmott. .................................... 36

Tabela 4.1 - Inventário das Estações pluviométricas do Estado de Roraima. ............................ 38

Tabela 5.1 - Precipitações máximas diárias anual das 5 (cinco) estações escolhidas. ............... 44

Tabela 5.2 - Concordância de desempenho de Willmott (%). .................................................... 47

Tabela 5.3 - Concordância de desempenho de Willmott (%). .................................................... 50

Tabela 5.4 - Concordância de desempenho de Willmott (%). .................................................... 52

Tabela 5.5 - Concordância de desempenho de Willmott (%). .................................................... 54

Tabela 5.6 - Concordância de desempenho de Willmott (%). .................................................... 56

Tabela 5.7 - Concordância de desempenho de Willmott (%) para todas as estações e métodos
trabalhados. ................................................................................................................................. 57

Tabela 5.8 - Parâmetros das equações de Intensidade-Duração-Frequência. ............................. 58

Tabela 5.9 – Resultado para as equações de I-D-F com tempo concentração de 10 minutos. ... 59
LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1 - Ciclo hidrológico....................................................................................................... 19

Figura 3.2 - Esquema de pluviômetro. ........................................................................................ 22

Figura 3.3 - Exemplo de um pluviograma. .................................................................................. 23

Figura 3.4 - Exemplo de um Ietograma. ...................................................................................... 24

Figura 3.5 - Mapa das 8 (oito) Isozonas do Brasil. ...................................................................... 33

Figura 4.1 - Mapa de Roraima com as estações selecionadas. ................................................... 39

Figura 5.1 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 8360002 do município de Boa


Vista. ............................................................................................................................................ 46

Figura 5.2 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 8263000 do município de Alto


Alegre. ......................................................................................................................................... 48

Figura 5.3 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 8259000 do município de


Bonfim. ........................................................................................................................................ 51

Figura 5.4 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 0061001 do município de


Caracaraí...................................................................................................................................... 53

Figura 5.5 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 0061000 do município de


Rorainópolis. ............................................................................................................................... 55
LISTA DE SIGLAS

ANA – Agência Nacional de Águas.

ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica.

CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.

DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica.

HIDROWEB Sistema de Informação Hidrológica.


LISTA DE SÍMBOLOS

𝛼- Parâmetro da distribuição de Gumbel.

𝛽– Parâmetro da distribuição de Gumbel.

𝜎- Desvio padrão da série;

𝜇- Média de dados de precipitação máxima anual.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 15

1.1 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 16

2 OBJETIVO GERAL..................................................................................................................... 17

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................... 17

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA OU REFERENCIAL TEÓRICO ................................................ 18

3.1 HIDROLOGIA APLICADA ........................................................................................................ 18

3.2 CICLO HIDROLÓGICO ............................................................................................................. 18

3.3 PRECIPITAÇÃO ......................................................................................................................... 20

3.4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS PRECIPITAÇÕES ................................................... 20

3.5 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE PRECIPITAÇÃO .......................................................... 21

3.5.1 Pluviômetros................................................................................................................................. 21

3.5.2 Pluviógrafo ................................................................................................................................... 22

3.6 CHUVAS INTENSAS ................................................................................................................. 24

3.7 CURVA DE INTENSIDADE E DURAÇÃO .............................................................................. 24

3.8 INTENSIDADE, DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DAS PRECIPITAÇÕES ................................ 25

3.9 DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS PARA OBTENÇÃO DA IDF .................................................. 27

3.9.1 Método da desagregação .............................................................................................................. 28

3.9.2 Método de Bell ............................................................................................................................. 31

3.9.3 Método das Isozonas .................................................................................................................... 33

3.10 COEFICIENTE DE WILLMOTT ................................................................................................ 35

3.11 EQUAÇÕES DE I-D-F NA AMAZÔNIA LEGAL ..................................................................... 36

4 MATERIAIS E MÉTODO ........................................................................................................... 38

4.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS ................................................ 38

4.2 MÉTODO DA DESAGREGAÇÃO ............................................................................................. 40

4.3 MÉTODO DE BELL (1969) ........................................................................................................ 41

4.4 MÉTODO DAS ISOZONAS ....................................................................................................... 41

4.5 COEFICIENTE DE WILLMOTT ................................................................................................ 42

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................................ 43

5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS ..................................................... 43

5.2 RESULTADOS PARA REGIÃO DE BOA VISTA .................................................................... 46

5.2.1 Analise das Equações de I-D-F .................................................................................................... 46

5.2.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott ............................................................. 47


5.3 RESULTADOS PARA REGIÃO DE ALTO ALEGRE .............................................................. 48

5.3.1 Analise das Equações de I-D-F .................................................................................................... 48

5.3.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott ............................................................. 49

5.4 RESULTADOS PARA REGIÃO DE BONFIM .......................................................................... 50

5.4.1 Analise das Equações de I-D-F .................................................................................................... 50

5.4.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott ............................................................. 52

5.5 RESULTADOS PARA REGIÃO DE CARACARAÍ .................................................................. 53

5.5.1 Analise das Equações de I-D-F .................................................................................................... 53

5.5.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott ............................................................. 54

5.6 RESULTADOS PARA REGIÃO DE RORAINÓPOLIS ............................................................ 55

5.6.1 Analise das Equações de I-D-F .................................................................................................... 55

5.6.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott ............................................................. 56

5.7 AVALIAÇÃO GERAL DA CONCORDÂNCIA DE WILLMOTT ............................................ 57

5.8 EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS ..................................................................................... 58

5.9 COMPARAÇÃOS ENTRE EQUAÇÕES DE I-D-F ................................................................... 59

6 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 62

APÊNDICES .............................................................................................................................................. 66
15

1 INTRODUÇÃO

Em se tratando de estudos climáticos, a precipitação é uma das variáveis mais relevantes


de uma região, devido às consequências que o excesso de precipitação pode ocasionar,
principalmente, em eventos de chuva intensa. Portanto, é de grande importância a
caracterização das chuvas críticas para uma determinada região, visto que as obras
hidráulicas são projetadas com base na vazão máxima, observada estatisticamente ou
com base no emprego de modelos chuva-vazão.

O dimensionamento de drenos, vertedores de barragens, obras de proteção contra cheias


e erosão hídrica, requer o estudo das precipitações intensas ocorridas no local de
interesse, para definição da chuva de projeto a partir da qual é definida a vazão a ser
utilizada. A chuva crítica de projeto é aquela que apresenta grande lâmina precipitada,
durante pequeno intervalo de tempo mesmo que, frequentemente, essas chuvas causem
consideráveis prejuízos materiais e humanos (Silva et al., 2003; Costa et al., 2001).

Segundo Mello et al. (2008), quando a chuva intensa é associada a uma duração e a um
tempo de retorno específico, passa a ser considerada como uma chuva de projeto, que
uma vez aplicada a um modelo chuva-vazão, possibilita a estimativa da vazão de
projeto. Quando se necessita da chuva de projeto para localidades que não dispõem de
séries históricas de precipitação, muitas vezes são utilizadas equações de locais
próximos, o que pode comprometer a confiabilidade da estimativa.

As grandes dificuldades enfrentadas por técnicos é a inexistência da Equação de


Intensidade-Duração-Frequência (IDF) na localidade onde será realizado o projeto, além
de um exaustivo trabalho de análise, interpretação e codificação de grande quantidade
de dados. Clarke e Silva (2004) sugeriram que as séries de dados devem ser
suficientemente longas e representativas do local de estudo, pois só assim pode-se
observar a variabilidade climática de uma região, principalmente em relação a chuvas
intensas.

A determinação da Equação de IDF apresenta grandes dificuldades em função da


escassez de registros pluviográficos, da baixa densidade da rede de pluviógrafos e do
pequeno período de observações disponível, além disso, a metodologia para sua
obtenção exige um exaustivo trabalho de tabulação, análise e interpretação de grande
quantidade de pluviogramas (Oliveira et al., 2008b; Cecílio e Pruski, 2003). Diante
16

dessa realidade, é preciso desenvolver metodologias de estimativas de curvas IDF, em


locais que possuam pouco ou nenhum dado pluviográfico. Em Roraima os últimos
dados de precipitação disponibilizados pela Agência Nacional de Águas – ANA foram
em 2005.

1.1 JUSTIFICATIVA

A carência de informações de chuvas críticas de projeto e a pequena quantidade de


estações pluviográficas no país, têm levado os projetistas a buscarem alternativas que
possam ser empregadas com segurança no dimensionamento de obras de drenagem.
Segundo Damé et al. (2008), no meio científico, tem-se buscado um modelo de
desagregação de chuva diária que leve à obtenção da relação IDF cujo desvio entre o
valor ajustado e o observado seja admissível de ser utilizado em projetos de obras
hidráulicas, ou seja, na estimativa da chuva de projeto, que é um dos dados de entrada
em modelos que fazem a transformação chuva-vazão.

A carência da equação de chuvas intensas para a definição da vazão de projeto nas


regiões do estado de Roraima, levam os projetistas a trabalharem com equações de
regiões vizinhas como a de Manaus – AM e Belém – PA. Sendo que tais equações não
correspondem à realidade da região.

Para o desenvolvimento das equações de I-D-F, é necessário dispor de dados


pluviográficos que na maioria das vezes não estão acessíveis, pelo fato da não existência
de uma rede continua de monitoramento (séries históricas).

Visto que, desde 2005 os dados de precipitação das estações trabalhadas por Tischer et
al.(2011), não foram atualizados pela Agência Nacional de Águas – ANA, optou-se em
desenvolver equações de chuvas intensas no estado de Roraima utilizando os dados
pluviométricos das cinco estações trabalhados na iniciação cientifica, fazendo uma
análise comparatória dos resultados obtidos através do método da desagregação DAEE-
CETESB (1979), o método das isozonas e de Bell trabalhados por Mello et al. (2003),
Oliveira et al. (2008). Com intuito de preencher a lacuna de informações e ampliar a
capacidade de tomada de decisão dos projetistas.
17

2 OBJETIVO GERAL

Desenvolver equações de chuvas intensas em regiões com dados consistentes de


precipitação no Estado de Roraima, através dos métodos da Desagregação, Bell e das
Isozonas.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Avaliar a consistência dos dados de precipitação das séries históricas;


b) Caracterizar as tormentas conforme as suas durações e correspondentes
intensidades;
c) Estudar a viabilidade dos métodos aplicáveis para definição das precipitações de
referência;
d) Estabelecer as séries e os parâmetros da curva de intensidade-duração-
frequência;
e) Equacionar as chuvas intensas de acordo com os métodos propostos.
18

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA OU REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 HIDROLOGIA APLICADA

A Hidrologia Aplicada está voltada para os diferentes problemas que envolvem a


utilização dos recursos hídricos, preservação do meio ambiente e ocupação da bacia.

Conforme Tucci (1993), a hidrologia pode ser entendida como a área do conhecimento
que estuda o comportamento físico da ocorrência e o aproveitamento da água na bacia
hidrográfica, quantificando os recursos hídricos no tempo e no espaço e avaliando o
impacto da modificação da bacia hidrográfica sobre o comportamento dos processos
hidrológicos.

No Brasil algumas das principais áreas do conhecimento da Hidrologia Aplicada


encontram-se nos seguintes aspectos:

Tabela 3.1 - Campos de atuação da hidrologia.


Planejamento Projeto Operação

- Gerenciamento de bacias -Navegação -Reservatório


- Inventário energético -Irrigação -Controle de cheias
-Energia -Irrigação
-Drenagem -Abastecimento
-Abastecimento -Previsão hidrológica
-Controle de cheias -Geração de energia
-Poluição
-Erosão
-Recreação
-Piscicultura

Fonte: TUCCI, 2013.

3.2 CICLO HIDROLÓGICO

Na natureza, a água se encontra em permanente movimento, em um ciclo interior às três


unidades principais que compõem o nosso planeta, que são a atmosfera (camada gasosa
que circunda a Terra), a hidrosfera (constituída pelas águas oceânicas e continentais) e a
litosfera (ou crosta terrestre, camada sólida mais externa constituída por rochas e solos).
19

A dinâmica das transformações e a circulação nas referidas unidades formam um


grande, complexo e intrínseco ciclo chamado ciclo hidrológico.

Segundo Tucci (2013), o ciclo hidrológico ocorre em dois sentidos: No sentido


superfície-atmosfera, onde o fluxo de água ocorre fundamentalmente na forma de vapor,
como decorrência dos fenômenos de evapotranspiração (de evaporação e de
transpiração); No sentido atmosfera-superfície, onde a transferência de água ocorre em
qualquer estado físico, sendo mais significativas, em termos mundiais, as precipitações
de chuva e neve, como pode-se observar pela figura 3.1.
Figura 3.1 - Ciclo hidrológico

Fonte: Tucci, 2013.

A água também sofre alterações de qualidade ao longo das diferentes fases do ciclo
hidrológico. A água salgada do mar é transformada em água doce pelo processo de
evaporação. A água doce que infiltra no solo dissolve os sais aí encontrados e a água
que escoa pelos rios carrega estes sais para os oceanos, bem como um grande número de
outras substâncias dissolvidas e em suspensão.

O ciclo hidrológico tem origem na evaporação da água dos oceanos, lagos e rios e das
superfícies úmidas expostas à atmosfera. Dependendo das condições climáticas e da
combinação de outros fatores físicos, o vapor d’água se concentra nas camadas mais
20

altas, formando as nuvens que se modelam e se movimentam em função do


deslocamento das massas de ar (vento). Sob determinadas condições físicas, surgem
gotículas de água que, por efeito da ação da força da gravidade, se precipitam das
nuvens. Essa precipitação pode ocorrer segundo variadas formas, incluindo-se a chuva,
a neve, o granizo, o nevoeiro, o orvalho e a geada. Pela sua importância e magnitude
frente às outras ocorrências, somente a precipitação na forma de chuva será considerada
aqui.

Importante destacar que o ciclo hidrológico só pode ser visto como fechado em nível
global, o que significa que o total evapotranspirado (soma das águas de evaporação e
transpiração) em uma região não necessariamente corresponderá ao total precipitado
num dado intervalo de tempo.

3.3 PRECIPITAÇÃO

Precipitação é a água proveniente do vapor d’água da atmosfera que cai sobre a


superfície terrestre, sob a forma de: chuva, neblina, granizo, geada, neve, orvalho, etc..
Dentre estas a mais importante é a chuva uma vez que possui capacidade de produzir
escoamento.

A precipitação é caracterizada por meio de três grandezas: altura, duração e intensidade.


A altura pluviométrica é o volume da chuva precipitado medido em milímetros (mm),
mais o período de tempo. A intensidade é a grandeza que visa caracterizar a
variabilidade temporal. Medida, geralmente, em mm/h ou mm/min.

3.4 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS PRECIPITAÇÕES

São necessários alguns parâmetros básicos para definir uma precipitação: altura
pluviométrica (r), duração (t) e frequência de ocorrência ou probabilidade (p) são as
principais.

Altura Pluviométrica corresponde à espessura média da lâmina da água que se formaria


no solo como resultado de uma chuva, caso não houvesse escoamento, infiltração ou
evaporação de água precipitada. As medidas realizadas nos pluviômetros são expressas
em mm de chuva.
21

A duração é o período de tempo contado desde o início até o fim da chuva, expresso
geralmente em horas ou minutos.

A frequência de ocorrência é a quantidade de ocorrências de eventos iguais ou


superiores ao evento de chuva considerado.

A intensidade de precipitação é a relação entre a altura pluviométrica e a duração da


chuva expressa em mm/h ou mm/min. Uma chuva de 1 𝑚𝑚/𝑚𝑖𝑛 corresponde a uma
vazão de 1 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜/𝑚𝑖𝑛 afluindo a uma área de 1 𝑚2 .

3.5 INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE PRECIPITAÇÃO

A chuva é quantificada pela altura de água que cai e acumulada sobre uma superfície
plana. Existem dois tipos básicos de se medir a precipitação em forma de chuva:
Pluviômetros e pluviógrafos. No Brasil a maioria das estações de medição utiliza os
pluviômetros.

3.5.1 Pluviômetros

O Pluviômetro consiste em um cilindro receptor de água com medidas padronizadas,


com um receptor adaptado ao topo. A base do receptor é formada por um funil com uma
tela obturando sua abertura menor, conforme Figura 3.1. Esse aparelho possui uma área
de captação de 400 𝑐𝑚², de modo que um volume de 40 𝑚𝑙 corresponde a 1 𝑚𝑚 de
precipitação. A água acumulada no aparelho é tirada por meio de uma torneira, em
horários prefixados. A leitura representa, em mm, a chuva ocorrida nas últimas 24
horas. Calcula-se a precipitação da seguinte forma:

𝑃 = 10. (𝑉 ⁄𝐴) Eq. (3.1)

Em que:

𝑃 é a precipitação acumulada, em 𝑚𝑚;

𝑉 é o volume recolhido, em 𝑐𝑚³;

𝐴 é a área de interceptação do anel, em 𝑐𝑚².


22

Figura 3.2 - Esquema de pluviômetro.

Fonte: Fernandes, 2010.

A instalação dos pluviômetros deve ser feita a uma altura média acima da superfície do
solo, entre 1 m a 1,5 m, de preferencia em terreno plano e livre de obstáculos (prédios,
árvores, relevo, etc.), o pluviômetro deve ficar a uma distância de no mínimo igual ao
dobro da altura da interferência. Recomenda-se que siga para instalação normas da
ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

3.5.2 Pluviógrafo

São aparelhos automáticos que registram continuamente a quantidade de chuva que


recolhem. Estes equipamentos permitem medir as intensidades das chuvas durante
intervalos de tempo inferiores àqueles obtidos com as observações manuais feitas nos
pluviômetros.

Existem vários tipos de aparelhos que armazenam a informação de forma análoga ou


digital. Pode-se examiná-los segundo as quatro etapas da aquisição: medição,
transmissão do sinal, gravação, transmissão do registro.

Os registros dos pluviógrafos são indispensáveis para o estudo de chuvas de curta


duração, que é necessário para os projetos de galerias pluviais. Os principais tipos de
pluviografos são:
23

Pluviógrafo de caçambas basculantes: consiste em uma caçamba dividida em dois


compartimentos, arranjados de tal maneira que, quando um deles se enche, a caçamba
bascula, esvaziando-o e deixando outro em posição de enchimento. A caçamba é
conectada com um registrador, que pode armazenar os dados em uma memória em
suporte eletrônico (data-logger) ou em um papel em forma gráfica, sendo que uma
basculada normalmente equivale a 0,25 mm de chuva.

Pluviógrafo de peso: Neste instrumento, o receptor repousa sobre uma escala de


pesagem que aciona a pena e esta traça um gráfico de precipitação sob a forma de um
diagrama (altura de precipitação acumulada x tempo) ou pode armazenar em uma
memória em suporte eletrônico (data-logger).

3.5.2.1 Pluviogramas

Os gráficos produzidos pelos pluviógrafos são chamados de pluviogramas. São gráficos


nos quais a abscissa corresponde às horas do dia e a ordenada corresponde à altura de
precipitação acumulada até aquele instante, de acordo com a Figura 3.3.

Figura 3.3 - Exemplo de um pluviograma.

Fonte: UFMT, 2013.

3.5.2.2 Ietogramas

Os ietogramas são gráficos de barras, nos quais a abscissa representa à escala de tempo
e a ordenada à altura de precipitação, conforme Figura 3.4. A leitura de um ietograma é
24

feita da seguinte forma: a altura de precipitação corresponde a cada barra é a


precipitação total que ocorreu durante aquele intervalo de tempo.

Figura 3.4 - Exemplo de um Ietograma.

Fonte: TUCCI, 2013.

3.6 CHUVAS INTENSAS

Conjunto de chuvas originadas de uma mesma perturbação meteorológica, cuja


intensidade ultrapassa certo valor (chuva mínima). A duração das chuvas varia desde
alguns minutos até algumas dezenas de horas. A área atingida pode variar desde alguns
𝑘𝑚2 até milhares de 𝑘𝑚2 .

O conhecimento das precipitações intensas de curta duração é de grande interesse nos


projetos de obras hidráulicas, tais como: dimensionamento de galerias de águas pluviais,
de telhados e calhas, condutos de drenagem, onde o coeficiente de escoamento
superficial é bastante elevado.

O conhecimento da frequência de ocorrência das chuvas de alta intensidade é também


de importância fundamental para estimativa de vazões extremas para cursos d´água sem
medidores de vazão.

3.7 CURVA DE INTENSIDADE E DURAÇÃO

Os dados de precipitações intensas são obtidos dos registros pluviográficos sob a forma
de pluviogramas. Desses pluviogramas podem-se estabelecer, para diversas durações, as
máximas intensidades ocorridas durante uma dada chuva (não é necessário que as
durações maiores incluam às menores). As durações usuais para estudo de chuvas
25

intensas são: 5, 10, 15, 30 e 45 min; 1, 2, 3, 6, 12 e 24 horas, conforme DAEE-CETESB


(1979).

O limite inferior de duração é de 5 min., pois este é o menor intervalo que se pode ler
nos pluviogramas com precisão e limite superior é de 24 h, pois, para durações maiores
que este valor, pode ser utilizados dados observados em pluviômetros.

A série de máximas intensidades pluviométricas pode ser séries anuais, parciais e


completas, de acordo com as definições abaixo:

1) Sérias anuais: Neste critério as séries são constituídas dos máximos observados
em cada ano, desprezando-se os demais dados mesmo que sejam superiores às
dos outros anos.

2) Sérias parciais: Neste caso as séries são constituídas dos “n” maiores valores
observados, sendo “n” o número de anos do período analisado.

3) Séries completas: Neste ultimo critério se adota todos os valores selecionados


para a formação das séries. O primeiro critério é o mais adotado.

3.8 INTENSIDADE, DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DAS


PRECIPITAÇÕES

A IDF Intensidade-duração-frequência de um determinado local é obtida a partir de


registros históricos de precipitação de pluviógrafos. Esta precipitação é o máximo
pontual que possui abrangência espacial reduzida.

A curva IDF de determinado local fornece a intensidade da chuva para uma dada
duração e período de retorno.

A intensidade (i) é a precipitação por unidade de tempo, obtida como a relação (i =


Precipitação/tempo). Expressa normalmente em mm/h ou mm/min.

A duração (t) é o período de tempo durante o qual a chuva cai. Expressa normalmente
por minuto, hora, dia, mês ou ano.

A Frequência de probabilidade (F ou P) e tempo de recorrência ou período de retorno


(T). Na análise de alturas pluviométricas (ou intensidades), o tempo de recorrência (T) é
analisado como sendo o número médio de anos durante a qual se espera que a
26

precipitação analisada seja igualada ou superada. O seu inverso é a probabilidade de um


fenômeno igual ou superior ao valor analisado. Por exemplo, uma precipitação com 1%
de probabilidade de ser igualada ou superada num ano tem um tempo de retorno igual a
100 anos.

A probabilidade ou frequência de ocorrência pode ser calculada através do método


Califórnia expressa na Equação 3.2 ou de Kimball, Equação 3.3.

𝑚
𝑃=𝐹= Eq. (3.2)
𝑁

𝑚
𝑃=𝐹= Eq. (3.3)
𝑁+1

Sendo:

𝑃 = Frequência de probabilidade (adimensional);

𝑚 = Ordem dos dados (adimensional);

𝑁 = Números de dados (adimensional).

Tempo de recorrência ou período de retorno (T) é o período de tempo médio (medido


em anos) em que um determinado evento deve ser igualado ou superado pelo menos
uma vez, dado pelo inverso da probabilidade, conforme Equação 3.4.

1
𝑇= Eq. (3.4)
𝑃

Procura-se analisar as relações IDF das chuvas observadas determinando-se para os


diferentes intervalos de duração de chuva, qual o tipo de Equação e qual o número de
parâmetros dessa Equação.

É usual empregar-se a Equação 3.5 para a determinação da intensidade.

𝐾 𝑇𝑎
𝑖= Eq. (3.5)
(𝑡 + 𝑏)𝑐
27

Sendo:

i = intensidade de máxima média de precipitação (mm/h);

T = tempo de recorrência (anos);

t = duração da chuva (min.);

k, a, b, c = parâmetros a serem determinados para cada região.

3.9 DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS PARA OBTENÇÃO DA IDF

A metodologia mais utilizada no Brasil é a de empregar coeficientes para transformar


chuva máxima diária em chuvas de menor duração, dentre as quais estão a das isozonas
proposta por Torrico (1975), o método de Bell proposto por Righetto (1998) e a da
desagregação da chuva de 24 h, do DAEE-CETESB (1979). Segundo Back (2008), o
método da desagregação apresenta a vantagem de ser de uso simples e fornecer
resultados satisfatórios e com grande similaridade para diferentes localidades para as
quais os coeficientes foram gerados.

Alternativamente, dados diários podem ser desagregados a partir de fatores de


proporcionalidade (CETESB, 1986; Garcia et al., 2011) ou utilizados via método de
Bell (Mello, 2003) que se baseia na similaridade entre os mecanismos de tormenta cujos
resultados podem ser generalizados. Segundo Mello et al. (2003), Oliveira et al. (2008)
e Back (2009), os resultados com dados desagregados se ajustam melhor aos das
relações IDF ajustadas com dados de pluviogramas do que as obtidas com o método de
Bell. Porém as IDFs são desenvolvidas para um local e precisam de atualização com
novos dados (Berne et al., 2004; Damé et al., 2010; Min et al., 2011).

Metodologias como das Isozonas (Oliveira et al., 2008) para estimativa das relações
IDFs podem ser aplicadas em todo o território nacional, sendo os métodos mais usados
em regiões de escassez de dados, aqueles que se baseiam nas relações entre
precipitações de diferentes durações para desagregar a chuva máxima diária em chuva
com duração inferior (Back, 2009).

Segundo Oliveira et al. (2008a), avaliaram o desempenho pelo uso do índice de


concordância de Willmott, de algumas metodologias para a estimativa da precipitação
máxima no estado de Goiás, e verificaram que o método das isozonas apresentaram
28

menores desvios que o da desagregação quando comparados com as relações IDF


ajustadas a partir de pluviogramas.

Por sua vez Robaina (1996), avaliando a técnica da desagregação para 32 localidades do
Estado do Rio Grande do Sul, concluiu que a metodologia é conveniente, uma vez que
se obtiveram os desvios máximos em torno de 15%. Os autores recomendaram o uso da
metodologia em localidades em que não há disponibilidade de registros pluviográficos.
Por outro lado, Oliveira et al. (2005) ajustaram, para algumas localidades do Estado de
Goiás e Distrito Federal, a relação IDF empregando o método de desagregação de
chuvas de 24 h, cujos resultados obtidos pelas relações ajustadas apresentaram desvios
relativos médios que variaram de -1,6 a 43,9%.

Já Mello et al. (2003) ajustaram para as macrorregiões do Estado de Minas Gerais os


coeficientes do modelo de Bell e obtiveram desvio porcentual máximo de 7,6% entre os
valores das precipitações máximas estimados e observados. Para o Estado de Goiás,
Oliveira et al. (2008b) ajustaram o modelo de Bell para diferentes localidades e uma
Equação geral para o estado, para as quais foram observados valores do erro-padrão
médio menores que 5%. Para Urussanga, SC, Back (2008) verificou que as relações
entre as precipitações intensas de duração entre 10 a 120 minutos, apresentaram
diferenças inferiores a 10% pelo emprego do modelo de Bell ajustado localmente.

3.9.1 Método da desagregação

A desagregação cumpre o papel de simular séries de alturas sub-diárias de precipitação,


as quais, embora não tenham ocorrido de fato, possuem estatísticas consistentes com as
das observações sub-diárias disponíveis e totais equivalentes aos registros de alturas
diárias.

A desagregação da chuva de um dia em chuvas de menor duração, foi obtida pela


metodologia proposta pelo DAEE-CETESB (1979). Obtiveram-se, então, para cada
localidade séries anuais para as chuvas com durações de 5, 10, 15, 20, e 30 minutos, e
de 1, 6, 8, 10, 12 e 24 horas, conforme Tabela 3.2.
29

Tabela 3.2 - Coeficientes de desagregação para diferentes durações de chuva.


Obtidos do estudo do DNOS
Ordem Relação entre alturas pluviométricas
(médios)
01 05 min/30 min 0,34
02 10 min/30 min 0,54
03 15 min/30 min 0,70
04 20 min/30 min 0,81
05 30 min/1 hora 0,74
06 01 h/24 horas 0,42
07 06 h/24 horas 0,72
08 10 h/24 horas 0,82
09 12 h/24 horas 0,85
10 24h/ 1 dia 1,14
Fonte: CETESB, 1986.

Segundo Liu & Frigaard (2001) a Equação da frequência que melhor se adéqua a série
de Gumbel é a calculada através da fórmula de Gringorten, Equação 3.6.

𝑖 − 0,44
𝐹𝑖 = Eq. (3.6)
𝑛 + 0,12

Sendo:

𝐹𝑖 = Frequência de probabilidade (adimensional);

𝑖 = Ordem dos dados (adimensional);

𝑛 = Números de dados (adimensional).

Segundo Araújo et al. (2008) e Oliveira et al. (2005), a variação da intensidade da


chuva com a frequência está relacionada com a probabilidade de ocorrência ou
superação do evento chuva, obtida, portanto, por meio de uma função de distribuição de
probabilidade que permite a extrapolação para um número maior em anos relativamente
ao número de anos de observação. Em geral, as distribuições de valores extremos de
grandezas hidrológicas ajustam-se satisfatoriamente à distribuição estatística de Gumbel
empregando a Equação 3.7.
30

𝑇
ℎ𝑇 = 𝛼 − 𝛽. ln [ln ( )] Eq. (3.7)
𝑇−1

Em que:

ℎ𝑇 = Altura pluviométrica associada a um período de retorno, mm;

𝑇 = Período de retorno, anos;

𝛼 𝑒 𝛽 = Parâmetros da distribuição de Gumbel.

Os parâmetros da distribuição de Gumbel, segundo Oliveira et al. (2008b), pelo método


dos momentos são obtidos por:

𝐸(ℎ) = 𝛼 + 0,577. 𝛽 Eq. (3.8)

𝑉𝐴𝑅(ℎ) = 1,645. 𝛽 2 Eq. (3.9)

Sendo:

𝐸(ℎ): Valor esperado pela média dos valores máximos anuais, mm;

𝑉𝐴𝑅(ℎ): Variância dos valores máximos anuais, mm.

A reta de Gumbel é calculada por meio da Equação 3.10, onde alfa e beta são
parâmetros estimados, respectivamente pelas expressas das equações 3.11 e 3.12.

𝑌𝐺 = 𝛼 ∗ (𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎çã𝑜 − 𝛽) Eq. (3.10)


𝜎𝑦
𝛼=
𝜎𝑥 Eq. (3.11)

𝜇𝑦
𝛽 = 𝜇𝑥 − Eq. (3.12)
𝛼

As expressões dos parâmetros índice “x” são encontradas por meio de uma análise
estatística dos dados de precipitação utilizados, onde 𝜎 é o desvio padrão dos dados de

precipitação máxima anual, e 𝜇 é a média destes dados. Para os índices “y” as


expressões são tabeladas e é uma função do número de dados históricos obtidos.
Conforme Tabela 3.3.
31

Tabela 3.3 - Valores das médias e desvio padrão para y.


n 𝜇y 𝜎y n 𝜇y 𝜎y n 𝜇y 𝜎y

10 0,4952 0,9496 24 0,5296 1,0865 38 0,5424 1,1365

11 0,4996 0,9676 25 0,5309 1,0914 39 0,5430 1,1390

12 0,5035 0,9833 26 0,5321 1,0961 40 0,5436 1,1413

13 0,5070 0,9971 27 0,5332 1,1005 41 0,5442 1,1436

14 0,5100 1,0095 28 0,5343 1,1047 42 0,5448 1,1458

15 0,5128 1,0206 29 0,5353 1,1086 43 0,5453 1,1479

16 0,5154 1,0306 30 0,5362 1,1124 44 0,5458 1,1499

17 0,5177 1,0397 31 0,5371 1,1159 45 0,5463 1,1518

18 0,5198 1,0481 32 0,5380 1,1193 46 0,5468 1,1537

19 0,5217 1,0557 33 0,5388 1,1225 47 0,5472 1,1555

20 0,5236 1,0628 34 0,5396 1,1256 48 0,5477 1,1573

21 0,5252 1,0694 35 0,5403 1,1285 49 0,5481 1,1590

22 0,5268 1,0755 36 0,5411 1,1313 50 0,5485 1,1607

23 0,5282 1,0812 37 0,5417 1,1339

Fonte: HIDROLOGIA ESTATÍSTICA, 2007

A partir daí, pode-se construir a reta de Gumbel para cada uma das estações
selecionadas neste trabalho. Tais dados passaram por um ajuste linear que foi realizado
para obter a equação que melhor representa estes dados. Se o resultado da equação for
R² = 1, quer dizer que o ajuste foi perfeito.

3.9.2 Método de Bell

Bell (1969) propôs um estudo que tem a vantagem de ser ajustada para regiões e
pondera o valor da chuva de projeto por uma precipitação intensa padrão, cujo tempo de
retorno é de 2 anos e tempo de duração 60 min, fazendo com que o valor predito possa
ser mais coerente, tanto do ponto de vista físico quanto do econômico, para o projeto.
Este procedimento foi aplicado e testado por Pegoraro (1996) para a região
metropolitana de Campinas, obtendo-se bons resultados de predição, o que encoraja sua
aplicação, tendo em vista as vantagens práticas produzidas por uma Equação de chuvas
intensas generalizadas para uma região e com precisão.
32

Assim, observa-se que um modelo em que se possa relacionar um valor de chuva de


projeto às variáveis, tempo de retorno e tempo de duração, ponderada por uma
precipitação de 60 min, e, ainda, que pode ser ajustado para regiões, constitui-se de uma
ferramenta preditora que pode ser poderosa no auxílio a projetos hidroagrícolas, sendo
aplicável a localidades que não dispõem de informações hidrológicas, desde que a
precipitação ℎ(60,2) tenha boa estimativa.

Righetto (1998) cita algumas características desta metodologia, entre elas o fato da
Equação exigir a determinação de apenas uma variável física, o ℎ(60,2) . A Equação 3.13
representa a forma geral proposta:

ℎ(𝑡𝑑,𝑇𝑅) = (𝑎. ln(𝑇𝑅) + 𝑎1 ). (𝑎2 . 𝑡𝑑 𝑏 − 𝑎3 ). ℎ(60,2) Eq. (3.13)

Sendo:

ℎ(𝑡𝑑,𝑇𝑅) = Chuva ou precipitação de projeto, mm;

𝑇𝑅 = Tempo de retorno, anos;

𝑡𝑑 = Tempo de duração, min;

𝑎, 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 𝑒 𝑏 - parâmetros regionais de ajuste do modelo;

ℎ(60,2) = Precipitação intensa padrão que corresponde à duração de 60 min e tempo de


retorno de 2 anos, mm.

Ainda de acordo com Righetto (1998) a Equação 3.13 foi ajustada com base em dados
de postos brasileiros, chegando-se a forma geral para o Brasil, apresentada na Equação
3.14.

ℎ(𝑡𝑑,𝑇𝑅) = (0,31. ln(𝑇𝑅) + 0,7). (0,38. 𝑡𝑑 0,31 − 0,39). ℎ(60,2) Eq. (3.14)

O valor de ℎ(60,2) pode ser determinado de acordo com a Equação 3.15:

ℎ(60,2) ≅ 𝐾. ℎ(𝑑𝑖𝑎,2) Eq. (3.15)

Sendo:
33

𝐾 = Constante igual a 0,510;

ℎ(𝑑𝑖𝑎,2) = Altura pluviométrica máxima diária anual correspondente ao tempo de


retorno de 2 anos, mm.

3.9.3 Método das Isozonas

O método das isozonas desenvolvido por Torrico (1974) delimitou áreas homólogas
cuja relação entre as precipitações de 1 e 24 h, para um mesmo período de retorno, são
constantes e independentes das alturas de precipitação. Essas relações constantes
permitem determinar a relação entre os dados de postos pluviográficos e pluviométricos,
para tempos de duração de chuvas inferiores a 24 h. O autor dividiu o território
brasileiro em oito zonas de relações iguais chamadas isozonas, apresentado na Figura
3.5.

Figura 3.5 - Mapa das 8 (oito) Isozonas do Brasil.


62º 54º
58º 50º

70º 4º

66º
46º


B 42º
C
D
F 38º
4º D C

E F
G


E DC B 8º

12º
66º 12º
B
70º F D
16º C
16º
A B C 38º
62º
G
E
20º
20º
C F
D E
F
ZONA 24º
C B 24º
A
B 46º 42º
F
C E
D 28º 28º
D C
E E C
F B
G
32º 32º
H

50º

Fonte: Torrico, 1974. 54º


34

Identificada a zona em que se enquadra a estação pluviométrica em função de suas


coordenadas geográficas obter-se-ão, na Tabela 3.4, os coeficientes porcentuais para a
obtenção das chuvas com duração de 1 h e 6 min; para tal se deve, de início, converter a
chuva de 1 dia em chuva de 24 h, multiplicando-se as precipitações máximas estimadas
pela distribuição de Gumbel por 1,10. Plotando-se em um papel de probabilidade os
valores das chuvas de 6 min, 1 e 24 h, as retas ajustadas para os diferentes períodos de
retorno, é possível obter as chuvas de diferentes durações.

Tabela 3.4 - Relações entre as precipitações de durações 1 hora e 6 min por 24 horas para as
respectivas zonas e períodos de retorno.
TEMPO DE RECORRÊNCIA EM ANOS

1 Hora / 24 horas chuva 6min 24h Chuva


ZONA
5 10 15 20 25 50 100 5-50 100

A 36,2 35,8 35,6 35,5 35,4 35,0 34,7 7,0 6,3

B 38,1 37,8 37,5 37,4 37,3 36,9 36,6 8,4 7,5

C 40,1 39,7 39,5 39,3 39,2 38,8 38,4 9,8 8,8

D 42,0 41,6 41,4 41,2 41,1 40,7 40,3 11,2 10,0

E 44,0 43,6 43,3 43,2 43,0 42,6 42,2 12,6 11,2

F 46,0 45,5 45,3 45,1 44,9 44,5 44,1 13,9 12,4

G 47,9 47,4 47,2 47,0 46,8 46,4 45,9 15,4 13,7

H 49,9 49,4 49,1 48,9 48,8 48,3 47,8 16,7 14,9

Fonte: Torrico, 1974.

A Equação 3.16 é conhecida como Equação de Ven Te Chow. A partir da desta pode-se
determinar o valor da precipitação associada a cada período de retorno T:

𝑥 = 𝑥̅ + 𝑘. 𝜎𝑥 Eq. (3.16)

Onde:

𝑥 : precipitação associada a cada período de retorno;

𝑥̅ : valor médio da série;

𝑘: fator de recorrência;

𝜎𝑥 : desvio padrão da série.


35

A influência do período de retorno é considerada no parâmetro 𝑘, pois quanto maior for


o 𝑘, mais alto será o período de retorno. O valor de 𝑘 depende do número de eventos e
do período de retorno, além de o número mínimo de eventos que é igual a dez.

3.10 COEFICIENTE DE WILLMOTT

O estudo comparativo entre os métodos estudados e o método padrão foi realizado pelo
índice de concordância (d) proposto por Willmott (1982), através da Equação 3.17 e foi
classificado conforme a Tabela 3.5.

∑(𝑒𝑖 − 𝑜𝑖 )²
𝑑 = 100 [1 − ] Eq. (3.17)
∑(|𝑒𝑖 − 𝑒𝑚 | + |𝑜𝑖 − 𝑜𝑚 |)²

Em que:

𝑑 = Índice de concordância de desempenho de Willmott, %;

𝑒𝑖 e 𝑜𝑖 = Valores das chuvas máximas encontrados pelas relações precipitação-


duração-frequência e estimados pelas metodologias avaliadas, respectivamente;

𝑒𝑚 e om = Média das chuvas máximas encontradas pelas relações precipitação-duração-


frequência e estimados pelas metodologias avaliadas, dos valores observados e
estimados, respectivamente.

O índice de concordância proposto por Willmott (1982) permite a avaliação dos desvios
entre os valores das chuvas máximas encontrados pelas relações precipitação-duração-
frequência e estimados pelas metodologias da desagregação, isozonas e de Bell, tendo
seu valor variando de 0 a 100%. Quanto menor o desvio, melhor o desempenho da
metodologia avaliada, tendo o valor do índice de concordância próximo de 100%,
conforme Tabela 3.5.
36

Tabela 3.5 - Classificação do coeficiente de desempenho de Willmott.


d (%) Classificação
> 85 Ótimo
76 a 85 Muito bom
66 a 75 Bom
61 a 65 Mediano
51 a 60 Sofrível
41 a 50 Mau
< 40 Péssimo

Fonte: Cortês, 2004.

3.11 EQUAÇÕES DE I-D-F NA AMAZÔNIA LEGAL

O estudo de características fundamentais da chuva intensas, para a condições climáticas


do Brasil, com base nos dados analisados por Pfafstetter (1975), foi iniciado por
Denardin et al. (1980) para o Estado do Rio Grande do Sul.

A importância do estudo da precipitação pluviométrica em projetos que envolvem


determinadas práticas conservacionistas, aliada à elevada correlação obtida entre os
dados de campo e os valores gerados pelas equações ajustadas por Denardin et
al.(1980), para as condições climáticas do Rio Grande do Sul, justifica-se a
continuidade deste estudo para outras regiões do País.

Utilizando oitenta estações climatológicas distribuídas por todo o País, Denardin ajustou
as equações matemáticas que relacionam as características fundamentais da chuva.
Onde o objetivo principal é possibilitar o cálculo da intensidade máxima média das
chuvas, mais representativa para cada região, com a finalidade de fornecer subsídios
para projetos específicos de engenharia, hidrologia e principalmente projetos
conservacionistas.

Portanto, Denardin et al.(1980) apresentou as equações de I-D-F para as cidade de


Manaus-AM, Belém-PA, Rio Branco-AC, Rondônia-RO, São Luiz-MA e Cuiabá-MT,
conforme as Equações 3.18, 3.19, 3.20, 3.21, 3.22 e 3.23 respectivamente.

1387,98 𝑇 0,1
𝑖= Eq. (3.18)
(𝑡 + 12)0,78
37

1373,85 𝑇 0,15
𝑖= Eq. (3.19)
(𝑡 + 15)0,8

1868 𝑇 0,21
𝑖= Eq. (3.20)
(𝑡 + 21)0,86

2362,74 𝑇 0,12
𝑖= Eq. (3.21)
(𝑡 + 24)0,86

1131,57 𝑇 0,18
𝑖= Eq. (3.22)
(𝑡 + 24)0,74

1790,34 𝑇 0,20
𝑖= Eq. (3.23)
(𝑡 + 19)0,90

Para o estado de Tocantins a equação de chuva intensa mais próxima da capital, Palmas,
localiza-se em Miracema do Tocantins cerca de 68 Km (em linha reta) de Palmas. Silva
et al. (2003) apresentou a equação de I-D-F para Miracema do Tocantins de acordo com
a Equação 3.24.

5958,095 𝑇 0,173
𝑖= Eq. (3.24)
(𝑡 + 35,298)1,043
38

4 MATERIAIS E MÉTODO

4.1 CARACTERIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES PLUVIOMÉTRICAS

Tischer et al. (2011), classificou cinco estações pluviométricas dentre cinquenta e cinco
existentes no Estado de Roraima, obtidas junto ao sistema Hidroweb da Agência
Nacional de Água - ANA, a partir deste levantamento foi selecionada as estações com
dados históricos satisfatórios do ponto de vista da qualidade de informação e da
continuidade das séries de dados, levando em consideração as séries históricas de no
mínimo 10 anos.

As estações pluviométricas em estudo são apresentadas de acordo com a Tabela 4.1 e a.


Figura 4.1. Levando em consideração a compilação de dados históricos, a continuidade
dos dados observados e também a região, tais estações pluviométricas se enquadram nas
condições estabelecidas para o desenvolvimento e objetivo do trabalho.

Tabela 4.1 - Inventário das Estações pluviométricas do Estado de Roraima.

NOME DA INICIO DE NÚMERO


CÓDIGO MUNICÍPIO ENTIDADE LATITUDE LONGITUDE
ESTAÇÃO OPERAÇÃO DE ANOS

FAZENDA
8360002 PASSARÃO
BOA VISTA ANA 03°12’28” - 60°34’16” 05/1977 16

SANTA Mª
0061000 BOIAÇU
RORAINOPOLIS ANA 00°30’19” - 61°47’11” 06/1972 30

FAZENDA
8259000 VERDUM
BONFIM ANA 02°25’08” - 59°55’06” 04/1984 21

MISSÃO
8263000 SURUCUCU
ALTO ALEGRE ANA 02°50’09” - 63°38’30” 04/1984 24

TERRA
0061001 PRETA
CARACARAÍ ANA 00°52’ 25” -61°55’56” 04/1989 19

Fonte: Tischer, 2011.


39

Figura 4.1 - Mapa de Roraima com as estações selecionadas.

Fonte: Tischer, 2011.

Foram utilizadas as séries anuais, que se baseiam na seleção das maiores precipitações
anuais de uma duração escolhida. A escolha destas durações depende da discretização
dos dados e da representatividade que se deseja alcançar.

A discretização das precipitações anuais seguem as seguintes sequências:

1) Para cada duração foi obtido às precipitações máximas anuais com base nos
dados pluviométricos;
40

2) Para cada duração mencionada foi ajustada uma distribuição estatística;


3) Dividindo a precipitação pela sua duração obtém-se a intensidade;

4.2 MÉTODO DA DESAGREGAÇÃO

Para realizar a desagregação dos dados diários obtidos foi utilizado o método do DAEE-
CETESB (1979), apresentado na Tabela 3.2. Cada altura de chuva diária é multiplicada
por um coeficiente que transforma a duração da precipitação diária nas seguintes
durações: 5, 10, 15, 30 e 60 minutos; 1, 2, 4, 6, 12, 18 e 24 horas.

Para obtenção do período de retorno dos dados analisados, foi primeiro obtida a ordem
dos dados analisados para cada estação trabalhada, para posteriormente calcular a
frequência de ocorrência utilizando a Equação 3.6 de Gringorten. Através da frequência
calcula-se o período de retorno que é o inverso da frequência de ocorrência, apresentado
na Equação 3.4.

Com a finalidade de se obter as precipitações máximas possíveis de serem igualadas ou


superadas a cada 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, a partir das séries anuais, empregou-se a
distribuição de Gumbel. Com o Período de Retorno obtido, podemos calcular os
parâmetros da distribuição de Gumbel através da Equação 3.8 e Equação 3.9, a variável
reduzida é estimada pela Equação 3.7.

A reta de Gumbel é calculada por meio da equação 3.10, onde alfa e beta são
parâmetros estimados, respectivamente pelas expressas das equações 3.11 e 3.12,
valores estes obtidos em função do número de dados históricos obtidos. Conforme
Tabela 3.3. Através da obtenção da reta de Gumbel podemos calcular a altura de chuva
para cada duração e período de retorno.

Para obter os valores para a curva de intensidade-duração-frequência (IDF), basta


dividir o período de retorno pelo tempo de duração da chuva.

A metodologia empregada para a obtenção da curva de IDF é semelhante para todas as


estações trabalhadas.
41

4.3 MÉTODO DE BELL (1969)

Esta metodologia tem a vantagem de ser ajustada para diversas regiões e ponderar o
valor da chuva de projeto por uma precipitação intensa padrão, cujo tempo de retorno é
de 2 anos e tempo de duração 60 min, fazendo com que o valor predito possa ser mais
coerente, tanto do ponto de vista físico quanto do econômico, para o projeto.

Para ser empregado o método de Bell, utilizam-se a série de precipitação máxima anual,
neste caso serão utilizadas as mesmas precipitações anuais usadas pelo método da
desagregação e das isozonas. Posteriormente calcula-se a frequência de ocorrência
através do método Califórnia expressa na Equação 3.2 e o período de retorno utilizando
a Equação 3.4.

Para obtenção da pecipitação intensa padrão que corresponde à duração de 60 min e


tempo de retorno de 2 anos, deve-se calcular a altura de chuva ocorrida em um dia para
o período de retorno de 2 anos, para isso deve-se analisar a reta que melhor se ajusta ao
gráfico precipitação versus período de retorno, obtendo-se a precipitação para um dia,
transforme-se esta em duração de 60 min, utilizando a Equação 3.15.

Através da Equação 3.14, ajustada com base em dados de postos brasileiros sugerida
por Righetto (1998), obtém-se a precipitação de projeto para a região estudada.

4.4 MÉTODO DAS ISOZONAS

Após a determinação das precipitações máximas de um dia para as estações


pluviométricas estudas, calcula-se o tempo de recorrência previsto. Converte-se esta
chuva de um dia em chuva de 24 horas, multiplicando-se esta pelo coeficiente de 1,10
referente a transformação 24 horas/1 dia.

Determina-se no mapa apresentado por Torrico (1974) na Figura 3.4, a isozonas


correspondente à região de projeto, através da determinação das isozonas é que se têm
as relações entre as precipitações de durações de 1 hora por 24 horas e 6 min por 24
horas para as respectivas zonas e períodos de retorno, conforme Tabela 3.3.

Por meio da Equação 3.16 de Ven Te Chow, deve-se obter o valor do coeficiente K que
é parâmetros determinado para cada região em relação ao número de precipitações
42

trabalhadas. Pode-se assim, obter valores de precipitação máxima (em mm) associada a
cada período de retorno T.

A partir da série de precipitações máximas, determinam-se as curvas I-D-F para cada


estação estudada.

4.5 COEFICIENTE DE WILLMOTT

O estudo comparativo das intensidades máximas obtidas nos métodos apresentados foi
avaliado através da Equação 3.17 proposto por Willmott (1982).

Para aplicarmos concordância de Willmot, devem-se ter os valores das chuvas máximas
encontrados pelas relações precipitação-duração-frequência e estimados pelas
metodologias avaliadas e também os valores das médias das chuvas máximas
encontradas pelas relações precipitação-duração-frequência e estimados pelas
metodologias avaliadas.

Através da Tabela 3.5 são obtidas as concordâncias dos resultados para cada método
empregado na obtenção da Equação das chuvas intensas.
43

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS PRECIPITAÇÕES MÁXIMAS

As estações pluviométricas que satisfazem os requisitos atribuídos pela metodologia do


trabalho foram 5 (cinco), apresentadas conforme a Tabela 4.1. Tais estações
pluviométricas se enquadram nas condições estabelecidas para o desenvolvimento da
equação de intensidade-duração-frequência.

O levantamento das precipitações máximas diárias de cada ano, apresentada na Tabela


5.1, sendo observado que a precipitação máxima analisada foi na estação do município
de Caracaraí com valores de 180,00 mm/dia. A precipitação média das máximas foi
observada na estação do município de Bonfim que alcançou valores 92,75 mm/dia.

A estação do município de Rorainópolis foi a que apresentou maior número de anos


observados e assim maior representatividade nos dados de precipitação máxima como
30 anos considerados. A segunda estação em número de informações foi a de Alto
Alegre, acompanhada de Bonfim, Caracaraí e Boa Vista com total de anos de 24, 21, 19
e 16, respectivamente.
44

Tabela 5.1 - Precipitações máximas diárias anual das 5 (cinco) estações escolhidas.

Precipitação Máxima Diária (mm/dia)


Ordem Boa Vista Caracaraí Bonfim Alto Alegre Rorainópolis
1 153,00 180,00 130,70 137,80 133,50
2 138,50 138,60 130,00 128,00 126,20
3 122,30 136,70 119,60 108,00 111,40
4 117,00 100,00 117,40 97,20 110,00
5 96,00 99,10 110,00 95,90 104,40
6 94,40 96,70 108,90 94,00 104,10
7 87,80 95,60 98,00 88,80 97,00
8 85,50 95,30 94,60 86,60 92,20
9 78,80 95,30 93,40 81,20 92,00
10 78,60 90,10 91,40 79,00 90,20
11 75,50 90,00 90,80 78,20 87,70
12 73,20 87,70 90,30 77,00 87,70
13 66,40 80,50 88,90 76,50 86,20
14 56,00 72,90 86,60 71,60 83,80
15 50,20 69,10 80,20 69,90 83,60
16 46,70 67,80 78,60 63,40 81,20
17 64,80 77,50 61,30 80,70
18 48,80 72,00 61,20 80,00
19 47,90 70,60 60,60 78,20
20 65,50 59,60 76,20
21 52,80 53,80 75,70
22 49,20 71,00
23 42,80 70,20
24 41,20 70,00
25 69,50
26 68,00
27 64,10
28 60,40
29 53,20
30 48,00
Média 88,74 92,47 92,75 77,62 84,55
Fonte: Tischer, 2011.
45

As precipitações diárias foram desagregadas e dispostas considerando as estações dos


municípios de Boa Vista, Caracaraí, Bonfim, Alto Alegre e Rorainópolis, sendo geradas
as precipitações sintéticas para cada duração.

Com a desagregação das precipitações pode-se calcular todos os parâmetros para a reta
de Gumbel apresentadas no Apêndice, sendo possível associar as precipitações
sintéticas de cada duração com sua frequência de ocorrência em cada estação estudada.
Como o período de retorno (T) sendo o inverso da frequência é correto afirmar que
foram encontrados valores de alturas de precipitação, associada à duração.

Através do cálculo da precipitação intensa padrão que corresponde à duração de 60 min


e tempo de retorno de 2 anos, foram encontrados os valores das alturas de precipitações
para o método de Bell.

O resultado para o método das isozonas foi encontrado através da obtenção dos valores
de precipitação máxima (em mm) associada a cada período de retorno T. Os valores das
alturas de precipitação máxima associada a cada período de retorno para o método das
isozonas foram obtidos através do cálculo de Ven Te Chow.

Os resultados dos três métodos aplicados para as estações pluviométricas localizadas


nos municípios de Boa Vista, Alto Alegre, Bonfim, Caracaraí e Rorainópolis estão
expostos nos itens a seguir.
46

5.2 RESULTADOS PARA REGIÃO DE BOA VISTA

5.2.1 Analise das Equações de I-D-F

Figura 5.1 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 8360002 do município de Boa Vista.

Fonte: Tischer, 2015.

Comparando os resultados encontrados para a estação Pluviométrica localizada no


município de Boa Vista apresentados na Figura 5.1, para os métodos da desagregação,
Bell e isozonas, através das curvas de intensidade (mm/h) versus duração (h) para os
períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, pode-se observar que para o período
de retorno de 2 anos, a curva comporta-se de maneira que quanto menor a duração da
47

chuva (exemplo: 5 minutos) maior é o intervalo da intensidade entre os métodos


empregados.

A diferença vai se tornando menor a medida que a duração aumentando (exemplo: 30


minutos) e se tonando quase nula após 360 minutos (6 horas), as curvas do período de
retorno de 5 e 10 anos são bem semelhantes.

Já pra o tempo de recorrência de 20 anos, a curva da desagregação e das isozonas,


possuem quase a mesma intensidade para todas as durações, e a de Bell se comporta
semelhante a partir da duração de 10 minutos, porém com menor intensidade.

Para os períodos de retorno de 50 e 100 anos as intensidades dos três métodos


trabalhados são praticamente iguais, observa-se que as curvas tem uma pequena
variação, mas quase insignificante pra o calculo das intensidades máximas.

5.2.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott

Através do cálculo do Índice de concordância de desempenho de Willmott, pode-se


avaliar o desvio entre os valores das chuvas máximas encontradas pela relação
precipitação-duração-frequência entre as metodologias aplicadas, tais índices
apresentaram os desvios relacionados na Tabela 5.2.

Tabela 5.2 - Concordância de desempenho de Willmott (%).

Coeficiente de Willmott para o Município de Boa Vista.

2 TR 5 TR 10 TR 20 TR 50 TR 100 TR
Desagregação x Bell 96,37 97,43 98,11 98,69 99,29 99,63
Desagregação x Isozonas 95,47 97,97 99,20 99,87 99,88 99,22
Isozonas x Bell 83,75 90,73 94,77 97,69 99,75 99,93
Fonte: Tischer, 2015.

Analisando os coeficientes de Willmott apresentado na Tabela 5.2, em que os índices


encontrados para o método da desagregação versus isozonas, são os que melhores se
adequam para os períodos de retorno de 5, 10, 20 e 50 anos, apresentando
concordâncias entre 97,97% a 99,88%. Os métodos da desagregação versus Bell e
Isozonas versus Bell são os que melhores se adequam para os períodos de retorno de 2 e
100 anos respectivamente, obtendo concordâncias de 96,37% e 99,93%.
48

Todas as comparações se enquadram na classificação como sendo “ótimo”, de acordo


com a Tabela 3.4, em que os índices apresentados são maiores que 85%, exceto o
período de retorno de 2 anos para a comparação isozonas versus Bell, em que a
concordância se comportou como sendo “muito bom”, pois encontra-se entre 76% e
85%.

5.3 RESULTADOS PARA REGIÃO DE ALTO ALEGRE

5.3.1 Analise das Equações de I-D-F

Figura 5.2 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 8263000 do município de Alto Alegre.

Fonte: Tischer, 2015.


49

Comparando os resultados encontrados para a estação Pluviométrica localizada no


município de Alto Alegre apresentados na Figura 5.2, para os métodos da desagregação,
Bell e isozonas, através das curvas de intensidade (mm/h) versus duração (h) para os
períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, observar-se que, para o período de
retorno de 2 anos, a curva se comporta de maneira que quanto menor a duração da
chuva (exemplo: 5 minutos) maior é o intervalo da intensidade entre os métodos
empregados.

A diferença vai se tornando menor a medida que a duração aumentando (exemplo: 30


minutos) e se tonando quase nula após 360 minutos (6 horas), as curvas do período de
retorno de 5 e 10 anos são semelhantes.

Já pra o tempo de recorrência de 20 anos, a curva da desagregação e das isozonas,


possuem intensidades diferentes para as durações de 5, 10, 15, 20, 30 e 60 minutos, à
medida que a duração aumenta também aumenta a diferença de intensidades entre as
duas, a curva de Bell comporta-se semelhante a das isozonas partir da duração de 10
minutos, porém com menor intensidade, as três curvas se comportam praticamente com
as mesmas intensidades a partir do tempo de duração de 360 minutos.

Para os períodos de retorno de 50 e 100 anos as intensidades dos três métodos


trabalhados são praticamente iguais, observa-se que as curvas tem uma pequena
variação, para o período de retorno de 100 anos o método das isozonas com o tempo de
5, 10 e 15 minutos, tem intensidade menor do que os métodos da desagregação e de
Bell, mas quase insignificante pra o calculo das intensidades máximas.

5.3.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott

Através do cálculo do Índice de concordância de desempenho de Willmott, avalia-se o


desvio entre os valores das chuvas máximas encontradas pela relação precipitação-
duração-frequência entre as metodologias aplicadas, tais índices apresentaram os
desvios relacionados na Tabela 5.3.
50

Tabela 5.3 - Concordância de desempenho de Willmott (%).


Coeficiente de Willmott para o Município de Alto Alegre

2 TR 5 TR 10 TR 20 TR 50 TR 100 TR
Desagregação x Bell 96,92 98,28 99,05 99,59 99,96 99,98
Desagregação x Isozonas 96,15 98,30 99,35 99,90 99,88 99,28
Isozonas x Bell 86,15 93,07 96,77 99,08 99,97 98,99
Fonte: Tischer, 2015.

Pode-se observar na Tabela 5.3, que os coeficientes de Willmott encontrados para o


método da desagregação versus Bell, são os que melhores se adequam para o período de
retorno de 2 e 100 anos, apresentando concordâncias de 96,92% e 99,98%
respectivamente. Já para o método da desagregação versus isozonas, as concordâncias
variaram entre 98,30% e 99,90% para os períodos de retorne de 5, 10 e 20 anos. Para o
método das isozonas versus Bell, apresentou uma melhor concordância para o período
de retorno de 99,97%, para o período de retorno de 50 anos.

No entanto, todas as comparações se enquadram na classificação como sendo “ótimo”,


de acordo com a Tabela 3.4, em que o índice de concordância apresentado é maior que
85%.

5.4 RESULTADOS PARA REGIÃO DE BONFIM

5.4.1 Analise das Equações de I-D-F


51

Figura 5.3 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 8259000 do município de Bonfim.

Fonte: Tischer, 2015.

Comparando os resultados encontrados para a estação Pluviométrica localizada no


município de Bomfim apresentados na Figura 5.3, para os métodos da desagregação,
Bell e isozonas, através das curvas de intensidade (mm/h) versus duração (h) para os
períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, deve-se observar que, para o período
de retorno de 2 anos, o método das isozonas apresentam intensidades maiores que os de
Bell e da desagregação, comportando-se de maneira que quanto menor a duração da
chuva (exemplo: 5 minutos) maior é o intervalo da intensidade entre os métodos, a
medida que a duração aumenta (exemplo: 30 minutos) esta diferença vai se tornando
menor, após 360 minutos (6 horas) já não há diferença de intensidade para os três
métodos.
52

Já pra o tempo de recorrência de 10 anos, o método das Isozonas tem intensidade maior
que os métodos da desagregação e de Bell que obtiverem praticamente as mesmas
intensidades. Este resultado se inverte para o período de retorno de 20 anos em que o
método da desagregação tem intensidade inferior aos de Bell e das isozonas que se
comportam com intensidades semelhantes.

Para os períodos de retorno de 50 e 100 anos, a curva de Bell tem intensidade bem
superior para as durações de 5, 10, 15, 20, 30 e 60 minutos, as curvas dos métodos da
desagregação e das isozonas se comportam com intensidades semelhantes para todas as
durações com diferença quase insignificante pra o calculo das intensidades máximas.

5.4.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott

Através do cálculo do Índice de concordância de desempenho de Willmott, avalia-se o


desvio entre os valores das chuvas máximas encontradas pela relação precipitação-
duração-frequência entre as metodologias aplicadas, tais índices apresentaram os
desvios relacionados na Tabela 5.4.

Tabela 5.4 - Concordância de desempenho de Willmott (%).


Coeficiente de Willmott para o Município de Bonfim

2 TR 5 TR 10 TR 20 TR 50 TR 100 TR
Desagregação x Bell 98,40 99,73 100,00 99,62 98,14 96,28
Desagregação x Isozonas 97,33 98,86 99,60 99,96 99,87 99,37
Isozonas x Bell 91,52 97,45 99,65 99,83 96,96 92,51
Fonte: Tischer, 2015.

Analisando os coeficientes de Willmott apresentado na Tabela 5.4, em que os índices


encontrados para o método da desagregação versus Bell, são os que melhores se
adequam para o período de retorno de 2, 5 e 10 anos, alcançando concordância entre
98,40% a 100% entre eles. O resultado entre o método da desagregação versus isozonas
obtiveram desempenho de 99,96% e 99,37%, referente aos períodos de retorno de 20 e
100 anos respectivamente. Por fim, o método das isozonas versus Bell obteve maior
concordância para o período de retorno de 50 anos, resultando em 96,96%.

Todas as comparações se enquadram na classificação como sendo “ótimo”, de acordo


com a Tabela 3.4, em que os índices apresentados são maiores que 85%.
53

5.5 RESULTADOS PARA REGIÃO DE CARACARAÍ

5.5.1 Analise das Equações de I-D-F

Figura 5.4 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 0061001 do município de Caracaraí.

Fonte: Tischer, 2015.

Observando os resultados encontrados para a estação Pluviométrica localizada no


município de Caracaraí apresentados na Figura 5.4, para os métodos da desagregação,
Bell e isozonas, através das curvas de intensidade (mm/h) versus duração (h) para os
períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, nota-se que para o período de retorno
de 2, 5, 10 e 20 anos, tem comportamentos bem semelhantes, porem intensidades
diferentes, para os três períodos de retorno o método da isozonas apresenta maior
54

intensidade entre as durações de 5 a 360 minutos, porém o método de Bell apresenta


menor intensidade de chuva entre o mesmo intervalo de tempo.

Para o período de retorno de 50 anos os métodos da desagregação e das isozonas


apresentam intensidades semelhantes, já o método de Bell apresenta intensidade menor
entre as durações de 5 e 60 minutos e se iguala aos outros dois método dos 60 minutos
em diante.

O período de retorno de 100 anos apresenta situação bem semelhante ao de 50 anos,


porém o método de Bell passa a ter intensidade maior que os outros dois métodos.

Através do cálculo do Índice de concordância de desempenho de Willmott, pode-se


avaliar o desvio entre os valores das chuvas máximas encontradas pela relação
precipitação-duração-frequência entre as metodologias aplicadas, tais índices
apresentaram os desvios relacionados na Tabela 5.5.

5.5.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott

Tabela 5.5 - Concordância de desempenho de Willmott (%).


Coeficiente de Willmott para o Município de Caracaraí

2 TR 5 TR 10 TR 20 TR 50 TR 100 TR
Desagregação x Bell 96,39 97,52 98,24 98,83 99,43 99,75
Desagregação x Isozonas 95,60 98,03 99,23 99,88 99,88 99,23
Isozonas x Bell 84,02 91,04 95,06 97,91 99,83 99,86
Fonte: Tischer, 2015.

Observa-se na Tabela 5.5, que os índices encontrados para o método da desagregação


versus isozonas, são os que melhores se adequam para o período de retorno de 5, 10, 20
e 50 anos, as concordâncias de desempenho variam entre 98,03% e 99,88%. Os métodos
da desagregação versus Bell e Isozonas versus Bell são os que melhores se adequam
para os períodos de retorno de 2 e 100 anos respectivamente, obtendo concordâncias de
96,39% e 99,86%.

Todas as comparações se enquadram na classificação como sendo “ótimo”, de acordo


com a Tabela 3.4, em que os índices apresentados são maiores que 85%, exceto o índice
obtido pelos métodos das isozonas versus o de Bell que apresentou concordância de
55

84,02% para o período de retorno de 2 anos, o que Willmott classifica como “muito
bom”.

5.6 RESULTADOS PARA REGIÃO DE RORAINÓPOLIS

5.6.1 Analise das Equações de I-D-F

Figura 5.5 - Curvas de intensidade-duração-frequência, estação 0061000 do município de


Rorainópolis.

Fonte: Tischer, 2015.

Observando os resultados encontrados para a estação Pluviométrica localizada no


município de Rorainópolis apresentados na Figura 5.5, para os métodos da
desagregação, Bell e isozonas, através das curvas de intensidade (mm/h) versus duração
56

(h) para os períodos de retorno de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 anos, observa-se que para o
período de retorno de 2 e 5 anos, a intensidade obtida para o método das isozonas é
maior que os métodos da desagregação e de Bell, este último com menor intensidade.

Para o período de recorrência de 10 anos os métodos da desagregação e de Bell se


comportam de forma semelhante, com praticamente a mesma intensidade para todas as
durações calculadas, e para o período de 20 anos o método das isozonas e de Bell
apresentam as mesmas intensidade, já o da desagregação tem intensidade menor entre as
durações de 5 e 360 minutos.

Os períodos de retorno de 50 e 100 anos os métodos da desagregação e das isozonas


apresentam intensidades semelhantes, já o método de Bell apresenta intensidade maior
para todas as durações estudadas.

5.6.2 Avaliação da concordância de desempenho de Willmott

Através do cálculo do Índice de concordância de desempenho de Willmott, analisa-se o


desvio entre os valores das chuvas máximas encontradas pela relação precipitação-
duração-frequência entre as metodologias aplicadas, tais índices apresentaram os
desvios relacionados na Tabela 5.6.

Tabela 5.6 - Concordância de desempenho de Willmott (%).


Coeficiente de Willmott para o Município de Rorainópolis

2 TR 5 TR 10 TR 20 TR 50 TR 100 TR
Desagregação x Bell 98,20 99,66 100,00 99,69 98,27 96,45
Desagregação x Isozonas 97,35 98,86 99,59 99,95 99,88 99,40
Isozonas x Bell 91,14 97,24 99,57 99,88 97,19 92,87
Fonte: Tischer, 2015.

Observa-se na Tabela 5.6, que os índices encontrados para o método da desagregação


versus Bell, são os que melhores se adequam para os períodos de retorno de 2, 5 e 10
anos, apresentando concordâncias entre 98,20% a 100%. E o método da desagregação
versus isozonas, apresentaram melhores concordâncias de desempenho para os períodos
de retorno de 20, 50 e 100 anos, as concordâncias de desempenho variam entre 99,40%
e 99,95%.
57

Todas as comparações se enquadram na classificação como sendo “ótimo”, de acordo


com a Tabela 3.4, em que os índices apresentados são maiores que 85%.

5.7 AVALIAÇÃO GERAL DA CONCORDÂNCIA DE WILLMOTT

De forma geral, as concordâncias médias entre as metodologias trabalhadas para cada


estação pluviométrica estão apresentadas na Tabela 5.7.

Tabela 5.7 - Concordância de desempenho de Willmott (%) para todas as estações e métodos
trabalhados.

Desagregação x Desagregação x
Localidades Isozonas x Bell
Bell Isozonas

Alto Alegre 99,46 99,15 97,36


Boa Vista 98,84 99,05 96,72
Bonfim 98,20 99,35 96,12
Caracaraí 98,95 99,07 96,83
Rorainópolis 98,27 99,36 96,22

Médias 98,74 99,20 96,65


Fonte: Tischer, 2015.

Os métodos que tiveram melhor comportamento entre eles foi o da desagregação e o das
isozonas, obtendo uma concordância média de 99,20%, seguido do método da
desagregação versus Bell com 98,74%. Todos os métodos apresentam classificação do
coeficiente de Willmott como sendo “ótimo”, conferindo boa credibilidade na
estimativa da chuva de projeto.

A partir dos valores das intensidades das precipitações máximas, foram ajustados os
coeficientes das relações de I-D-F para os métodos da desagregação, de Bell e das
isozonas, de acordo com a Tabela 5.8.
58

5.8 EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS

Tabela 5.8 - Parâmetros das equações de Intensidade-Duração-Frequência.

MÉTODOS
ESTAÇÃO LOCALIDADE
DESAGREGAÇÃO BELL ISOZONAS
0,21 0,24
813,87. 𝑇 507,31. 𝑇 2151,58. 𝑇 0,12
𝑖= 𝑖= 𝑖=
(𝑡 + 9,52)0,72 (𝑡 + 8,05)0,65 (𝑡 + 16,69)0,85
8360002 Boa Vista k a b c k a b c k a b c
813,87 0,21 9,52 0,72 507,31 0,24 8,05 0,65 2151,58 0,12 16,69 0,85
704,57. 𝑇 0,19 441,28. 𝑇 0,24 1819,63. 𝑇 0,11
𝑖= 𝑖= 𝑖=
(𝑡 + 9,52)0,72 (𝑡 + 8,05)0,65 (𝑡 + 16,66)0,85
8263000 Alto Alegre k a b c k a b c k a b c
704,57 0,19 9,52 0,72 441,28 0,24 8,05 0,65 1819,63 0,11 16,66 0,85
841 . 𝑇 0,15 541,76. 𝑇 0,24 2069,04. 𝑇 0,09
𝑖= 𝑖= 𝑖=
(𝑡 + 9,53)0,72 (𝑡 + 8,05)0,65 (𝑡 + 16,58)0,84
8259000 Bonfim k a b c k a b c k a b c
841 0,15 9,53 0,72 541,76 0,24 8,05 0,65 2069,04 0,09 16,58 0,84
845,26 . 𝑇 0,20 526,12. 𝑇 0,24 2222,83. 𝑇 0,12
𝑖= 𝑖= 𝑖=
(𝑡 + 9,52)0,72 (𝑡 + 8,05)0,65 (𝑡 + 16,67)0,85
61001 Caracaraí k a b c k a b c k a b c
845,26 0,2 9,52 0,72 526,12 0,24 8,05 0,65 2222,83 0,12 16,67 0,85
777,69 . 𝑇 0,15 489,31. 𝑇 0,24 1883,57. 𝑇 0,09
𝑖= 𝑖= 𝑖=
(𝑡 + 9,77)0,72 (𝑡 + 8,05)0,65 (𝑡 + 16,59)0,85
61000 Rorainópolis k a b c k a b c k a b c
777,69 0,15 9,77 0,72 489,31 0,24 8,05 0,65 1883,57 0,09 16,59 0,85

Fonte: Tischer, 2015.

Analisando a Tabela 5.8, verifica-se que os valores de “k” obtidos para o método da
desagregação referente às cinco estações trabalhadas, variou entre 704,57 e 845,26 para
as estações de Alto Alegre e Caracaraí respectivamente, o coeficiente “a” variou entre
0,15 e 0,21, o “b” de 8,05 a 9,77 sendo que quatro das cinco estações o “b” se manteve
8,05 e o “c” se manteve em 0,72 para todas as estações trabalhas. Para o método de Bell
o valor de “k” variou de 441,28 a 541,76 para as estações de Alto Alegre e Bonfim
respectivamente, já os valores de “a”, “b” e “c” se mantiveram estáveis para todas as
estações estudadas, sendo 0,24 para o coeficiente “a”, 8,05 para o “b” e para o “c” 0,65.
Por fim para o método das isozonas o coeficiente “k” variou entre 1819,63 e 2222,83
59

para as estações de Alto Alegre e Caracaraí respectivamente, o coeficiente “a” variou


entre 0,09 e 0,12, o “b” entre os valores de 16,69 e 16,58 e para o coeficiente “c” a
única estação que não apresentou valor igual a 0,85 foi a de Bonfim, apresentando 0,84.
Analisando cada método aplicado independentemente, nota-se que os valores do
coeficiente “k” obtiveram pouca variação o que quer dizer que as intensidades máximas
calculadas para as cinco estações obtiveram pouca variação.

5.9 COMPARAÇÃOS ENTRE EQUAÇÕES DE I-D-F

Em virtude de Roraima não obter uma equação de chuvas intensas e da carência de


pluviogramas com séries históricas representativas para caracterização dessas chuvas.
Os projetistas utilizam as equações de I-D-F de Manaus – AM e de Belém – PA para o
cálculo da vazão de projeto de Boa Vista – RR.

Fazendo analogia entre as equações obtidas para Boa Vista através dos métodos da
desagregação e as equações 3.18 e 3.19 de Denardin (1980), para o período de retorno
de 2, 5 e 10 anos e tempo de concentração de 10 minutos, temos os seguintes resultados:

Tabela 5.9 – Resultado para as equações de I-D-F com tempo concentração de 10


minutos.
Período de Retorno Boa Vista Manaus Belém

2 anos 111,88 mm/h 133,47 mm/h 116,08 mm/h

5 anos 135,27 mm/h 146,28 mm/h 133,18 mm/h

10 anos 156,16 mm/h 156,78 mm/h 147,77 mm/h

Fonte: Tischer, 2015.

Através dos resultados apresentados na Tabela 5.9, analisa-se que a equação de Manaus
apresenta uma intensidade elevada para o período de retorno de 2 e 5 anos se
compararmos com o resultado da equação de Boa Vista, gerando um diferença nas
intensidades de 16,18% e de 7,53% respectivamente. Para o período de retorno de 10
anos e o tempo concentração de 10 minutos a intensidade de Boa Vista se assemelha ao
de Manaus gerando diferença de 0,40%.

Os Resultados para as intensidades de Belém são bem semelhantes às de Boa Vista,


gerando divergência de 3,61%, 1,57% e 5,68% para os períodos de retorno de 2, 5 e 10
60

anos respectivamente. A intensidade apresentada para Boa Vista com tempo de


recorrência de 2 anos é de 111,88 mm/h, menor que os 116,08 mm/h de Belém, este
valores se inverte para a intensidade de 10 anos, onde o é obtido para Boa Vista 156,16
mm/h e 147,77mm/h para Belém.

Analisando a figura 3.5 obtêm-se as isozonas “F” para Manaus-AM e“E” para Belém-
PA. O que reforçam as divergências apresentadas entre as intensidades calculadas para a
região de Manaus e de Boa Vista e a semelhança entre Boa Vista e Belém, onde ambas
são da mesma isozona.
61

6 CONCLUSÃO

A ausência de referencial para definição de chuvas intensas no Estado de Roraima é


fator limitante no desenvolvimento dos projetos de engenharia hídrica, afetando os
critérios de segurança e confiabilidade na estimativa dos eventos extremos pelos
projetistas.

Em Roraima, apenas cinco estações apresentam-se com dados históricos e consistência


para definição das curvas de intensidade-duração-frequência e caracterização das
chuvas intensas, embora sendo estações com sistema de medição por pluviômetro com
dados de precipitação diária.

A aplicação de métodos da desagregação, de Bell e das Isozonas permitiu à


caracterização das chuvas intensas, mesmo com a impossibilidade de definição direta
fase a ausência de pluviogramas nas estações estudadas.

Os gráficos comparativos das estações, período de retorno, duração da chuva e métodos,


evidenciam uniformidade nos valores de chuvas intensas nos três diferentes métodos
para durações de precipitação maiores de 360 minutos, independentes do período de
retorno adotado, bem como para valores de período de retorno acima de 10 anos,
dependendo da estação e independente da duração da chuva.

Já os resultados dos coeficientes comparativos encontrados apontam para classificação


ótima do coeficiente de desempenho no cálculo das chuvas intensas pelos três métodos,
qualquer que seja o período de retorno e a duração.

As equações apresentadas preenchem a lacuna de informações e amplia a capacidade de


tomada de decisão dos projetistas de obras e serviços em Roraima que usa como base
eventos de chuvas intensas.
62

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66

APÊNDICES
Apêndice A: Retas de Gumbel, para a estação do município de Boa Vista –
Código 8360002.
Apêndice B: Retas de Gumbel, para a estação do município de Alto Alegre –
Código 8263000.
Apêndice C: Retas de Gumbel, para a estação do município de Caracaraí –
Código 0061001.
Apêndice D: Retas de Gumbel, para a estação do município de Bonfim –
Código 8259000.
Apêndice E: Retas de Gumbel, para a estação do município de Rorainópolis –
Código 0061000.
Apêndice F: Valores de I-D-F e Curva de I-D-F para a estação do Municípios de Boa
Vista – 8360002, referente aos métodos: A = Desagregação, B = Bell e
C = Isozonas.

A = Desagregação

B = Bell

C = Isozonas
Apêndice G: Valores de I-D-F e Curva de I-D-F para a estação do Municípios de Alto
Alegre – 8363000, referente aos métodos: A = Desagregação, B = Bell e
C = Isozonas.

A = Desagregação

B = Bell

C = Isozonas
Apêndice H: Valores de I-D-F e Curva de I-D-F para a estação do Municípios de
Bonfim – 8259000, referente aos métodos: A = Desagregação, B = Bell
e C = Isozonas.

A = Desagregação

B = Bell

C = Isozonas
Apêndice I: Valores de I-D-F e Curva de I-D-F para a estação do Municípios de
Caracaraí – 61001, referente aos métodos: A = Desagregação, B = Bell e
C = Isozonas.

A = Desagregação

B = Bell

C = Isozonas
Apêndice J: Valores de I-D-F e Curva de I-D-F para a estação do Municípios de
Rorainópolis – 61000, referente aos métodos: A = Desagregação,
B = Bell e C = Isozonas.

A = Desagregação

B = Bell

C = Isozonas

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