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S.

Bernardo – Graciliano Ramos


“Eu não tenho o intuito de escrever em conformidade com as regras.”

São Bernardo é o segundo romance de Graciliano Ramos, lançado em 1934. Considera a mais importante
obra de ficção do modernismo envolvendo o regime fundiário e os conflitos sociais do Nordeste brasileiro.

A história se passa na década de 30, o narrador Paulo Honório, cinqüenta anos, narra o drama de sua vida
e seus conflitos internos.

O livro conta a ascensão e a decadência de Paulo Honório, narrador da história, fazendeiro que conquista
a propriedade que leva o nome do livro, uma fazenda em Viçosa.

Com uma linguagem renascentista, conta a angústia do personagem central, que a todo momento luta
para escondê-la. No processo de enriquecer, Paulo Honório acaba se desumanizando,e essa personalidade
rude de Paulo Honório se arraiga a ele e se torna uma característica deste. Isso pode ser notado quando se
diz que se arrepende das coisas que tinha feito, porém ele faria tudo de novo.

A família de Honório se separa, pressionada pelo assassinato de Mendonça. Madalena, se vê sem saída e
acaba morrendo (tudo leva a crer que ela se suicidou). O nome de seu filho é Enzo.

Paulo Honório: Homem já de idade, sobrancelhas cerradas e grisalhas, um tanto agressivo e violento, dá
sua vida trabalhando na propriedade, São Bernardo, casa-se com Madalena, o que acaba sendo uma de
suas grandes tristezas, porque acaba descobrindo que ela não é exatamente o tipo de companheira que
queria. Tem alguns amigos em particular, mas sempre acaba na desconfiança, visão politica própria,
sempre busca o que quer.

Madalena: Loura dos olhos claros, professora, criada pela tia D. Glória, a quem preza muito, casa-se com
Paulo Honório e sai da cidade para morar em São Bernardo, moça entendida, conhecedora dos assuntos e
sempre interessada, tem opinião própria e forte.

D. Glória: Tia de Madalena, acostumada a viver na cidade mas por cuidar da sobrinha desde sempre,
decide morar com ela e o marido em São Bernardo. Já senhora, sempre viveu agitada, correndo de um lado
para o outro para se sustentar e também a sobrinha, mas isso acaba quando vai para o campo.

Padilha: Antigo proprietário de São Bernardo, que herdara do pai, porém acabou perdendo para Paulo
Honório devido à dividas. Viveu uma vida de economias indecentes e depois acaba dirigindo uma escola
em São Bernardo. Torna-se amigo próximo de Madalena, porém se acha um capacho da moça que o pede
muitas coisas.

Ribeiro: Senhor já de idade, que vem da cidade para trabalhar com Paulo Honório. Teve uma vida
respeitosa, porém perdeu tudo isso quando a cidade começou a se modernizar e já não precisavam mais
dele. Sem dar opiniões nas conversas pessoais do patrão, torna-se amigo de D. Gloria.

Padre Silvestre: Um dos amigos de Paulo Honório, se envolve em política, mas quando se trata de
patamares mais altos, a sua opinião é a mesma do jornal, e muita com frequência, até ele acaba sendo alvo
de desconfiança de Paulo Honório.
Paulo Honório era um pobre homem do sertão. Aprendera a ler na cadeia quando o companheiro de cela
lhe ensinou usando a bíblia. Trabalhara na enxada e, depois da prisão, queria ganhar dinheiro, não pensava
mais na mulher que lhe causara a prisão, aprendeu matemática para não ser roubado. Percorria o sertão
fazendo pequenos negócios. De alguns lugares partiu para não voltar devido a malandragens das
negociatas. Instalou-se em Alagoas, planejava tomar pra si a terra onde trabalhara na enxada. O ex-patrão
vivera em economias para fazer do filho, Luis, doutor; acabou morrendo e o filho não seguiu a profissão.
Paulo se vez amigo dele e em pouco tempo já tinha lhe emprestado dinheiro, a propriedade estava um
lixo. Luis não tinha como pagar a dívida e foi assim que, para quitá-la, Paulo o fez entregar as terras de São
Bernardo a ele. Logo teve problemas com o vizinho Mendonça que teimava em andar com os limites de
sua terra. Porém, logo ele morreu e novas fronteiras foram estabelecidas. Paulo iniciara vários projetos nas
suas terras. Tinha a mineração, as galinhas, o gado, as terras cultivadas. Tornara-se um homem
importante. Tinha influência e emprestava dinheiro. Certa vez, justamente por recusar um empréstimo,
teve no jornal uma nota o chamando de assassino, uma insinuação à morte de Mendonça. Paulo reagiu
com agressividade, pois não tinha nada a ver com o fato, depois tudo foi apaziguado. Com a visita de um
governador a São Bernardo e seus questionamentos acerca do por que da ausência de uma escola nas
terras, Paulo mandou que uma fosse erguida e Luis foi contratado como professor. Recebia muito pouco,
mas Paulo não tratava bem seus empregados, muito menos se preocupava com salários justos. Depois de
certo tempo veio nele a idéia de se casar. Era preciso ter um herdeiro. Foi assim que cortejou Madalena,
uma professora da escola normal. O casamento nunca correu bem. Junto com Madalena veio sua tia,
Madalena tinha idéia de certa forma socialista. Paulo, no entanto, era autoritário e não se interessava pela
pobreza dos trabalhadores. Madalena engravidou e teve um menino. A pobre criança não era amada pelos
pais e vivia solta na fazenda. Nesse tempo um ciúme cegou Paulo que acreditava que a esposa mantinha
casos com todos os homens. Ao mesmo tempo se sentia um bruto impossível de ser amado por ela. A
situação se tornou tensa dentro da casa. Ele detestava a tia de Madalena e muitas vezes ela dormia a
chorar. Já Paulo passava as noites em claro em meio a suas dúvidas. Foi nesse contexto que Madalena
acabou se suicidando. Daí para frente as coisas desandaram na fazenda. A tia de Madalena resolveu ir
embora e Paulo deu a ela os ordenados que ficara devendo a sua esposa. Logo as produções feitas em São
Bernardo perderam o valor. A pedreira estava fechada há um bom tempo, os bens cultivados não eram
colhidos, pois não valia a pena o trabalho de colhê-los para depois vender ao preço absurdo que se achava
na hora da venda. E os animais que eram criados morriam e se escasseavam aos poucos. Paulo Honório
ficou então a terminar de escrever o livro que iniciara onde narrava a sua vida, não tendo nem mesmo o
filho, já que por ele não tinha amor.

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