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Abstract. – Historical works, and especially their treatment of the Indian, played a cru-
cial role for the national self-conception of Latin America’s newly created states after in-
dependence. Contrary to the Indian’s stylization in the late colonial era, scholarship on
historical works of the nineteenth century has repeatedly affirmed the detraction and
even the banishment of the Indian from the national past. In spite of that, the índio’s
representation in Brazilian historiography right after independence reveals that the Indi-
an’s true role may only be insufficiently addressed by the question for his inclusion into
the national project or his exclusion from it. By asking how the role of the Indian was de-
bated within the dominating concept of “civilization”, this article shows, moreover, why
such a dichotomous perception is mistaken.
1
A seguir, o índio aparece como uma figura historiográfica. Conviria, portanto, a
essa distância temporal de pôr o termo entre aspas, algo de que se prescinde aqui, visto
a frequência do termo e seu tratamento exclusivamente nessa distância histórica. O
mesmo vale para o termo de civilização.
2
A discussão acerca da América e seus habitantes na Idade Moderna tem gerado nu-
merosos estudos. Um clássico a respeito do tema é Anthony Pagden, The Fall of Natural
Man. The American Indian and the Origins of Comparative Ethnology (Cambridge 1982).
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3
Um clássico a respeito desse tema é David A. Brading, The First America. The
Spanish Monarchy, Creole Patriots, and the Liberal State, 1492–1867 (Cambridge
1993). Veja, ademais, Anthony Pagden, Spanish Imperialism and the Political Imagina-
tion. Studies in European and Spanish American Social and Political Theory,
1513–1830 (New Haven/Londres 1990), cap. 4 e 5. Quanto à apropriação do passado na
época colonial, veja François-Xavier Guerra (ed.), Mémoires en devenir. Amérique La-
tine, XVIe–XXe siècle. Colloque international de Paris, 1er–3 décembre 1992 (Bordeus
1994), parte I. No tocante ao papel da historiografia crioula e o seu desenvolvimento no
século XVIII sob os sinais de patriotismo e de renovação científica, veja Jorge Cañiza-
res-Esguerra, How to Write the History of the New World. Histories, Epistemologies, and
Identities in the Eighteenth-Century Atlantic World (Stanford 2001).
4
A respeito da contratação nacionalista da historiografia pós-colonial nos vários
países ou regiões veja, além dos poucos estudos existentes sobre o tema, também
Guerra, Mémoires (nota 3), parte II. Um resumo da historiografia hispanoamericana
desde a independência sob os sinais de projetos nacionais apresenta Nikita Harwich
Vallenilla, “National Identities and National Projects. Spanish American Historiography
in the 19th and 20th Centuries”: Storia della Storiografia 19 (Turim 1991), pp. 147–156.
5
O juizo do caráter elitista da historiografia hispanoamericana do século XIX, da
sua função ideológica e, ligado a isso, da sua recusa de integrar a maioria da população
numa visão que abrange toda a nação, logo se tornou um lugar comum que na pesquisa
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Emílio Joaquim da Silva Maia, “Estudos históricos sôbre Portugal e Brasil. Es-
tudo Primeiro, servindo de introdução” (s.l. [provavelmente Rio de Janeiro] s.d. [1859
ou antes, provavelmente antes de 1854]): Arquivo do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro (em seguida AIHGB), lata 345, documento 1, p. 3; Emílio Joaquim da Silva
Maia, Estudos históricos sôbre Portugal e Brasil. Estudo Decimo Sexto: Reflexões his-
toricas. Recebimento no Brasil da noticia da Constituição portugueza. Conducta do
governo fluminense por esta occasião. Rivalidade entre Portuguezes e Brasileiros
(s.l. [provavelmente Rio de Janeiro] s.d. [1859 ou antes, provavelmente antes de 1854]):
AIHGB, lata 345, documento 16, p. 5; M. P. da S. [Manoel Pacheco da Silva?], “Consi-
derações sobre o futuro da civilisação humana”: O Auxiliador da Industria Nacional (em
seguida AIN) (Fevereiro 1850), pp. 345–350, aqui: p. 345; Caetano Alves de Souza Fil-
gueiras, “Reflexões sobre as primeiras épocas da historia do Brazil em geral e sobre a
instituição das capitanias em geral”: Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasi-
leiro (em seguida RIHGB) (1898, 1a ed. 1856), pp. 398–424, aqui: p. 410; Tristão de
Alencar Araripe, Historia da Provincia do Ceará, desde os tempos primitivos até 1850
(Recife 1867), p. V.
9
Da Silva Maia, Estudos [...] Estudo Decimo Sexto (nota 8), p. 4.
10
Manoel Ferreira Lagos, “Relatorio”: RIHGB (1844), pp. 520–551, aqui: p. 547.
11
José Ignacio de Abreu e Lima, Synopsis ou Deducção Chronologica dos factos
mais notaveis da Historia do Brasil (Pernambuco 1845), p. 7.
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12
Candido José de Araujo Vianna, “Discurso”: RIHGB (1863, 1a ed. 1843), suple-
mento, pp. 1–3, aqui: p. 2. Semelhante também Januario da Cunha Barbosa, “Relatorio”:
RIHGB (1860, 1a ed. 1841), pp. 521–547, aqui: p. 522; João Manoel Pereira da Silva,
Parnaso Brazileiro ou Selecção de Poesias dos melhores poetas brazileiros desde o des-
cobrimento do Brasil precedida de uma introducção histórica e biographica sobre a lit-
teratura brazileira, tomo I: seculos XVI, XVII e XVIII (Rio de Janeiro 1843), p. 8.
13
Ignacio Accioli de Cerqueira e Silva, “Dissertação historica, ethnographica e po-
litica sobre as tribus aborigenes que habitavam a provincia da Bahia ao tempo em que o
Brasil foi conquistado; sobre as suas matas, madeiras e animaes que a povoaram, etc.”:
RIHGB (1874, 1a ed. 1849), pp. 143–257, aqui: p. 152.
14
José Joaquim Machado d’Oliveira, “Se todos os indigenas do Brasil, conhecidos
até hoje, tinham idéa de uma unica divindade, ou se a sua religião se circumscrevia ape-
nas em uma méra e supersticiosa adoração de fetiches; se acreditavam na immortalidade
da alma, e se os seus dogmas religiosos variavam conforme as diversas nações ou tribus?
No caso affirmativo, em que differençavam elles entre si”: RIHGB (1844), pp. 133–155,
aqui: p. 136.
15
Caetano Maria Lopes Gama, Carta ao 1o Secretário do Instituto Manoel Ferreira
Lagos, Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 1850: AIHGB, lata 138, documento 13.
16
Raimundo José da Cunha Matos, “Dissertação ácerca do systema de escrever a
historia antiga e moderna do imperio do Brasil”: RIHGB (1863), pp. 121–143, aqui:
p. 131.
17
Silva, Parnaso (nota 12), p. 8.
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18
Filgueiras, “Reflexões” (nota 8), p. 403.
19
José Silvestre Rebello, “Discurso sobre a palavra – Brasil – para servir de supple-
mento á memoria lida na primeira sessão publica anniversaria”: RIHGB (3a ed. 1916, 1a
ed. 1840), pp. 636–641, aqui: p. 640; Filgueiras, “Reflexões” (nota 8), p. 402; Manoel
Ferreira Lagos, “Relatorio”: RIHGB (1847), volume suplementar, pp. 89–147, aqui:
p. 90.
20
José Ignacio de Abreu e Lima, Compendio de Historia do Brasil (Rio de Janeiro
1843), p. XIX.
21
Filgueiras, “Reflexões” (nota 8), p. 406; idem, “Relatorio”: RIHGB (1860),
pp. 658–685, aqui: p. 660.
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22
José Joaquim Machado de Oliveira, “Qual era a condição do sexo feminino entre
os indigenas do Brasil?”: RIHGB (1863, 1a ed. 1842), pp. 168–201, aqui: p. 174.
23
Joaquim Manuel de Macedo, Lições de História do Brasil para uzo dos alumnos
do Imperial Collegio de Pedro Segundo (Rio de Janeiro 1861), p. 80.
24
Machado de Oliveira, “Qual era a condição” (nota 22), pp. 169, 198 y 201.
25
Ibidem, p. 198; Manuel Rodrigues da Costa, Memória sobre a catequese dos ín-
dios (s.l., Agosto de 1840): AIHGB, lata 18, documento 13, pp. 1–7, aqui: p. 5; J[anuá-
rio] da C[unha] Barbosa, “Qual seria hoje o melhor systema de colonizar os Indios en-
tranhados em nossos sertões; se conviria seguir o systema dos Jesuitas, fundado
principalmente na propagação do Christianismo, ou se outro do qual se esperem melho-
res resultados do que os actuais”: RIHGB (3a ed. 1916, 1a ed. 1840), pp. 3–18, aqui: pp.
4 y 10; José Silvestre Rebello, “Programa. Qual sejam as causas da espantosa extinção
das famílias indígenas” (Rio de Janeiro, 31 de Maio de 1839): AIHGB, lata 45, docu-
mento 14.
26
Alexandre José de Mello Moraes, Corografia historica, chronographica, genea-
logica nobiliaria, e política do imperio do Brasil, 2 vols. (Rio de Janeiro 1858–1863),
vol. 2, p. 504.
27
Januario da Cunha Barbosa, “Se a introducção dos escravos africanos no Brazil
embaraça a civilisação dos nossos indigenas, dispensando-se-lhes o trabalho, que todo
foi confiado a escravos negros. Neste caso qual é o prejuizo que soffre a lavoura Brazi-
leira?”: RIHGB (3a ed. 1908, 1a ed. 1839,), pp. 123–129, aqui: p. 123.
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28
Ibidem, p. 124.
29
Ibidem, p. 126.
30
Diogo Soares da Silva de Bivar, “Parecer sobre o Indice chronologico do Sr. Dr.
Agostinho Marques Perdigão Malheiro”: RIHGB (1888, 1a ed. 1852), pp. 75–85, aqui:
p. 78.
31
“Ata do 19. 1. 1843”: RIHGB (1863, 1a ed. 1843), p. 94.
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Civilização e nação 243
32
No decorrer de muitas edições, a obra foi revisada várias vezes, completada por
notas, mudando seu subtítulo da primeira à segunda edição. Se não indicado de outra
forma, todas as informações se referem aqui a Francisco Adolfo de Varnhagen, História
Geral (nota 6). No tocante a essa refêrencia veja ibidem, vol. 1, p. 95.
33
Para a noção de estado e a sua contratação patriótica da historiografia veja Weh-
ling, Estado (nota 6), cap. 5.
34
Varnhagen, História Geral (nota 6), vol. 1, p. 41.
35
Ibidem, vol. 1, p. 52.
36
Ibidem, vol. 1, p. 52.
37
Ibidem, vol. 1, p. 30.
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244 Christian Haußer
38
Ibidem, vol. 2, p. 56.
39
Ibidem, vol. 1, p. 30.
40
Ibidem, vol. 1, p. 246.
41
Ibidem, vol. 1, p. 220.
42
Ibidem, vol. 1, p. 30.
43
Ibidem, vol. 1, p. 243.
44
Ibidem, vol. 1, p. 215.
45
Ibidem, vol. 1, p. 242.
46
Joaquim Manuel de Macedo, “Relatorio”: RIHGB (1898, 1a ed. 1856), suple-
mento, pp. 92–122, aqui: p. 109.
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47
João Francisco Lisboa, Crônica do Brasil colonial. Apontamentos para a história
do Maranhão (Petrópolis/Brasília 1976), p. 175.
48
Ibidem, p. 185.
49
Ibidem, pp. 186 e 194.
50
Ibidem, p. 195.
51
João Francisco Lisboa, “Nota C. Sobre a escravidão, e a História Geral do Brasil
pelo Sr. Varnhagen”: idem, Crônica (nota 47), pp. 577–605, aqui: p. 603.
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246 Christian Haußer
52
Ibidem, p. 596.
53
Ibidem, p. 589.
54
Ibidem, p. 589.
55
Ibidem, p. 589.
56
Ibidem, p. 589.
57
Ibidem, pp. 579 e 590.
58
Ibidem, pp. 583, 588 e 592.
59
Ibidem, p. 583.
60
Ibidem, p. 584.
61
Ibidem, p. 594.
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Civilização e nação 247
forma, a respeito dos índios, para Lisboa, uma coisa está certa: em
condição nenhuma a escravização deles no Brasil podia ser um meio
da civilização.62
Uma outra réplica à obra varnhageniana é da mão de Domingos
José Gonçalves de Magalhães, conhecido principalmente como um
dos representantes destacados do romantismo no Brasil. No contexto
do empenho por uma literatura nacional brasileira autônoma criaram-
se obras poéticas e em prosa; além disso, Magalhães era o autor de um
estudo sobre a história do Maranhão. A resposta à obra historiográfica
varnhageniana, publicada em 1860 na revista do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, do qual o poeta era sócio, tinha como foco o
índio histórico. Sendo o substrato da história brasileira, o meio em que
se realizou a discussão científica acerca da representação do índio por
Varnhagen só pode ser o conceito da civilização.
Tanto por seu conhecimento dos índios quanto por sua familiari-
dade com o conceito de civilização de que tinha tratado anteriormente
numa obra filosófica, Magalhães estava bem preparado para enfrentar
Varnhagen.63 A repreensão principal feita a Varnhagen no tocante aos
índios era, no entanto, a de reduzir o significado do elemento índio na
formação da população brasileira.64 Em julgar assim, Magalhães outra
vez se refere à civilização que o historiador sorocabano transformaria
em um ídolo, utilizando-a arbitrariamente e sem precisão.65 Antes de
tudo, é a identificação da civilização com a atuação dos europeus por
Varnhagen que não é aprovada. Pois eram os próprios europeus que
faziam dos índios inimigos no decorrer da tomada de posse da Améri-
ca, de maneira que a civilização passa a significar o enriquecimento de
poucos às custas de muitos pelas medidas coercivas em relação aos
índios aprovadas por Varnhagen.66 É verdade que Varnhagen é elogia-
do como um historiador perito da conquista do Brasil pelos portugue-
ses. Por sua adesão ao elemento europeu, o autor da História Geral
do Brasil torna-se, no entanto, também panegirista de uma civiliza-
62
Ibidem, pp. 595 e 597.
63
Domingos José Gonçalves de Magalhães, Factos do Espirito Humano (Viena
1865), pp. 8 e 394.
64
Ibidem, p. 61.
65
Domingos José Gonçalves de Magalhães, “Os indigenas do Brasil perante a his-
toria”: RIHGB (1860), pp. 3–66, aqui: p. 31.
66
Ibidem, pp. 30 e 46.
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67
Ibidem, p. 9.
68
Ibidem, p. 6.
69
Ibidem, pp. 12 e 17.
70
Ibidem, p. 29.
71
Ibidem, p. 52.
72
Ibidem, p. 10.
73
Ibidem, p. 46.
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Civilização e nação 249
nas gradual.74 Pois até o presente vai a atividade múltipla também dos
índios brasileiros agindo “em prol da civilisação”.75
Essa aptidão dupla dos índios para a civilização, tanto no seu papel
tradicional passivo como objetos da política educativa do estado quan-
to, do mesmo modo, como elemento ativo e autônomo do processo
civilizatório, se manifesta também em termos de linguagem. Num
sentido tradicional, os índios continuam sendo objetos da civilização,
permanecendo uma tarefa do estado que consiste em “chamal-os á
civilisação e ao christianismo”.76 A sua definição lingüística como
elemento ativo, os índios recebem através da referência às suas
próprias obras e através do reconhecimento da importância particular
dessas obras para a povoação portuguesa do Brasil, em conceder uma
“civilisação dos indígenas”.77 Ainda que fique em suspenso se se trata
aqui de uma alusão consciente à famosa “civilisação dos índios” como
título programático da política indigenista tratando-se assim de uma
transformação, isto é, inversão deliberada do genitivus obiectivus num
genitivus subiectivus, é claro que se manifestam aqui em forma elo-
qüente os feitos próprios dos índios brasileiros. Os índios não eram
apenas objetos de uma civilização européia, sendo, pelo contrário,
bem capazes de contribuir por si próprios para a civilização no Brasil.
Em provar essa capacidade, os índios se tornaram ao mesmo tempo
idôneos para entrar na história.
Não se trata, portanto, com essa crítica a Varnhagen de uma re-
jeição da civilização. Magalhães estima Varnhagen e a História Geral,
apesar de opiniões diferentes em relação aos índios, compartilhando
ademais a negação de Varnhagen da interpretação da civilização como
processo de decadência dada por Rousseau.78 O poeta se encarrega
antes de proteger a civilização da deturpação pelo historiador. Antes
de tudo, Magalhães, que denominava a si próprio um “filho da civi-
lisação”,79 se refere igual ao seu adversário à civilização como princí-
pio da história brasileira.
74
Ibidem, p. 46.
75
Ibidem, p. 60.
76
Ibidem, p. 66.
77
Ibidem, p. 37.
78
Para a estima que Magalhães tinha por Varnhagen veja ibidem, p. 7; quanto a re-
cusa da crítica civilizatória de Rousseau veja ibidem, pp. 8 e 31.
79
Ibidem, p. 30.
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80
Antonio Gonçalves Dias, “Brasil e Oceania”: RIHGB (1867), parte segunda,
pp. 5–192 e 257–396, aqui: p. 5; quanto ao problema do nível de desenvolvimento dos
índios como condição de decidir sobre a sua futura aptidão para se desenvolver, veja ibi-
dem, p. 257.
81
A respeito da universalidade da civilização em Dias veja ibidem, pp. 163, 168
e 257.
82
Ibidem, pp. 343 e 395.
83
Ibidem, p. 343.
84
Ibidem, pp. 24 e 185.
85
Ibidem, p. 40.
86
Ibidem, p. 264.
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87
Ibidem, p. 140.
88
Ibidem, p. 383.
89
Ibidem, p. 192.
90
Ibidem, pp. 372, 293 e 381.
91
Ibidem, pp. 307 e 366.
92
Ibidem, p. 148.
93
Ibidem, p. 396.
94
Ibidem, p. 396.
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252 Christian Haußer
95
Ibidem, p. 396.
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96
Francisco Adolfo Varnhagen, “Prefácio da 1.a edição”: idem, História Geral do
Brasil. Antes de sua separação e independência de Portugal (São Paulo/Cayeiras/Rio de
Janeiro 1927), vol. 1, p. XXI.
97
Varnhagen, História Geral (nota 6), vol. 1, p. 212.
98
Francisco Adolfo Varnhagen, “Prologo da 2.a edição”: idem, História Geral do
Brasil (nota 96), vol. 1, p. XIV.
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254 Christian Haußer
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Civilização e nação 255
99
Quanto à cultura como termo especial científico veja breve Jörg Fisch, “Art. ‘Zi-
vilisation, Kultur’”: Otto Brunner/Werner Conze/Reinhart Koselleck (eds.), Geschichtli-
che Grundbegriffe. Historisches Lexikon zur politisch-sozialen Sprache in Deutschland,
vol. 7 (Stuttgart 1992), pp. 679–774, aqui: p. 770.
100
A respeito da política indigenista no século XIX veja Manuela Carneiro da Cunha,
“Política indigenista no século XIX”: eadem (org.), História dos índios no Brasil (São
Paulo 1992), pp. 133–154.
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256 Christian Haußer
101
Veja, por exemplo, Ursula Heimann, Liberalismus, ethnische Vielfalt und Nation.
Zum Wandel des Indio-Begriffes in der liberalen Presse in Mexiko, 1821–1876 (Stuttgart
2002); Jochen Meißner, “‘Extinguir’ oder ‘educar’. Der ‘Indio’ im Elitendiskurs der me-
xikanischen Zeitungspresse des 19. Jahrhunderts”: Stefan Karlen/Andreas Wimmer
(eds.), ‘Integration und Transformation’. Ethnische Gemeinschaften, Staat und Welt-
wirtschaft in Lateinamerika seit ca. 1850 (Stuttgart 1996), pp. 163–180; Ulrich Mücke,
“La desunión imaginada. Indios y nación en el Perú decimonónico”: Jahrbuch für Ge-
schichte Lateinamerikas 36 (1999), pp. 219–232; Frank Safford, “Race, Integration, and
Progress. Elite Attitudes and the Indian in Columbia, 1750–1870”: Hispanic American
Historical Review 71, 1 (1991), pp. 1–33.
102
Para a revalorização do índio e a sua contribuição à construção do Brasil no re-
gime Vargas, tornando ao mesmo tempo o índio o objeto do empenho de integração e de
desenvolvimento por parte do estado, veja Seth Garfield, “Commentary. ‘The Roots of a
Plant that Today is Brazil’. Indians and the Nation-State under the Brazilian Estado
Novo”: Journal of Latin American Studies 29, 3 (1997), pp. 747–768; Antonio Carlos de
Souza Lima, “On Indigenism and Nationality”: Greg Urban/Joel Sherzer (eds.), Nation-
states and Indians in Latin America (Austin 1991), pp. 236–258.
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Civilização e nação 257
103
Darcy Ribeiro, Os índios e a civilização. A integração das populações indígenas
no Brasil moderno (Rio de Janeiro 1970).
104
Esse parádoxo também é a hipótese fundamental em David Treece, Exiles, Allies,
Rebels. Brazil’s Indianist Movement, Indigenist Politics, and the Imperial Nation-state
(Westport, CT 2000), ainda que o autor negue com toda a razão a divisão subjacente a
esse parádoxo, isto é, a divisão entre ficção e realidade no indianismo brasileiro, a sepa-
ração do índio literário do real como objeto da política estatal.
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