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BOLETIM | JAN-FEV-MAR/2013 Dia-a-dia 20

Dia-a-dia

Confira as respostas do Cebrim/CFF para uma


série de dúvidas originadas de profissionais
de saúde de todo o Brasil

Farmacêutico comunitário pergunta se há Colorado, USA. [acesso em 21 Set 2012]. Disponível em:
http://www.thomsonhc.com/.
diferença farmacológica e terapêutica en‑
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência,
tre prednisona e prednisolona. Estes fárma‑ Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
cos são intercambiáveis entre si? Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.
Formulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010.
Prednisona é corticosteroide farmacologica- 2a. edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponí-
vel em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/
mente inerte que requer biotransformação
FTN_2010.pdf.
hepática para produzir prednisolona, sua
forma terapeuticamente ativa1; dessa forma,
administrando-se um ou outro fármaco, a Farmacêutica hospitalar questiona sobre
ação farmacológica será exercida pela pred- viabilidade da administração intravenosa
nisolona. de diclofenaco sódico 75 mg, diluído em
Prednisona e prednisolona têm as mesmas água destilada, prescrito por médico para
indicações e posologias1. paciente mulher, 50 anos de idade, com
Embora a troca de prednisona por predniso- problema ortopédico. Quais os riscos do
lona seja terapeuticamente adequada, como procedi­mento?
tais medicamentos não são bioequivalentes
e intercambiáveis (como ocorre entre me- Diclofenaco é anti-inflamatório não-esteroi-
dicamentos de referência e os respectivos de (AINE), com atividade anti-inflamatória,
genéricos), tal conduta requer prescrição de analgésica e antipirética1,2. Se justificado, o
período máximo recomendado para uso de
médico ou odontólogo.
diclofenaco parenteral em um paciente é de
As principais indicações terapêuticas da
dois dias1.
prednisona e da prednisolona são listadas a
O uso de diclofenaco intravenoso é contrain-
seguir:2 dicado em pacientes com comprometimen-
– Adjuvante em processos inflamatórios do to renal moderado a grave, hipovolemia ou
sistema músculo-esquelético; desidratação; também não deveria ser admi-
– Processos alérgicos e adjuvante em ana- nistrado por via intravenosa a pacientes com
filaxia; história de diátese hemorrágica, hemorra-
– Adjuvante no tratamento da hanseníase; gia cerebrovascular (incluindo suspeita), ou
– Adjuvante no tratamento de pneumonia asma, nem a pacientes submetidos à cirurgia
pneumocística moderada ou grave; com risco elevado de hemorragia1.
– Adjuvante no tratamento com antineoplá­ Em um estudo cujos pacientes receberam
sico; diclofenaco sódico intravenoso, foi relatada
– Imunossupressão em doença autoimune; elevada incidência de trombose venosa local
– Asma grave persistente e asma aguda gra- indolor, das veias das mãos e braços; as in-
ve. cidências foram de 85% (mãos) e 58% (bra-
ços). No estudo, dois grupos de pacientes (n
Referências = 149) receberam, por via intravenosa, a for-
1. Klasco RK (Ed): Martindale: The Complete Drug Re- mulação destinada à via intramuscular; em
ference. Thomson MICROMEDEX, Greenwood Village, um grupo, os pacientes receberam solução
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concentrada de diclofenaco sódico (25 mg/ 4. Novartis Biociências. Bula do medicamento Vol-
mL) e, no outro, receberam o diclofenaco taren®. Bulário Eletrônico Anvisa. [acesso em 02 Jan
2013]. Disponível em: http://www4.anvisa.gov.br/base/
sódico diluído (5 mg/mL) em cloreto de só-
visadoc/BM/BM[26188-1-0].PDF.
dio 0,9%. O diclofenaco foi administrado na
dose de 1,0 mg/kg em 10 minutos. A trom-
bose foi reduzida de forma significante com
O diclofenaco sódico, comprimido de 50
a solução diluída, em comparação à solução
mg, e o diclofenaco potássico, comprimido
concentrada de diclofenaco3.
de 50 mg podem ser intercambiáveis?
Há citação do uso de diclofenaco sódico, por
infusão intravenosa contínua ou intermiten-
O diclofenaco é um anti-inflamatório não-
te, diluído em solução aquosa de glicose 5%
-esteroide (AINE) com atividades anti-infla-
ou cloreto de sódio 0,9% (ambos previamen-
matória, analgésica e antipirética1-3.
te tamponados com bicarbonato de sódio),
O diclofenaco potássico e o diclofenaco
ou administrado em bolo intravenoso. Para o
sódico não apresentam diferenças farma-
tratamento de dor pós-operatória, dose de
codinâmicas (mecanismo de ação), nem
75 mg é administrada em 30 a 120 minutos
farmacocinéticas (absorção, distribuição,
ou em bolo. A dose pode ser repetida uma
biotransformação e eliminação) significan-
vez mais, após quatro a seis horas, se neces-
tes. Ambos são administrados em doses si-
sário1.
milares e absorvidos na forma ácida (diclofe-
Para prevenir dor pós-operatória, infunde-se
naco). Ademais, a porção ativa da molécula
dose inicial de 25 mg a 50 mg de diclofena-
é o diclofenaco.
co sódico após cirurgia, em 15 a 60 minutos,
Em razão das opções das formas farmacêu-
seguido por 5 mg/hora, até um máximo de
ticas disponíveis, os produtos comercializa-
150 mg/dia. Alternativamente, a dose inicial
dos podem diferir quanto ao tempo de início
pode ser administrada em bolo, em cinco a
e duração da ação, o que interfere no esque-
sessenta segundos, e repetida após quatro a
ma posológico a ser indicado para cada um
seis horas, se necessário, sem ultrapassar a
deles. Porém, isto não resulta exclusivamen-
dose máxima diária total de 150 mg1.
te do fato de serem sais diferentes (um sódi-
Contudo, é importante salientar que no Bra-
co e outro potássico).1,2
sil, conforme bula do medicamento de refe-
Dessa forma, as diferentes indicações das
rência (Voltaren®; Novartis), o diclofenaco
formas sódica e potássica do diclofenaco se
sódico injetável se destina apenas à adminis-
devem quase que exclusivamente à formula-
tração intramuscular4.
ção empregada (forma de liberação do fár-
Portanto, antes de prescrever diclofenaco
maco):1-3
sódico para administração por via intraveno-
a) forma de liberação imediata: é emprega-
sa, o prescritor deveria avaliar com cautela
da principalmente como analgésico, pois o
a relação risco-benefício do procedimento,
comprimido sofre desintegração e dissolu-
pois o mesmo oferece risco de efeitos adver-
ção do fármaco no estômago, produzindo
sos importantes e, além disso, não é prática
início de ação mais rápido e maior pico de
recomendada pelo próprio fabricante (uso
concentração plasmática;
off label).
b) forma de liberação retardada ou prolon-
O diclofenaco sódico não deve ser adminis-
gada: é empregada, principalmente, em pro-
trado por via intravenosa a pacientes que já
cessos inflamatórios e em situações clínicas
estejam recebendo outros AINEs ou antico-
que requeiram uso prolongado do medica-
agulantes, incluindo heparina.
mento, pois o comprimido libera o fármaco
Referências
de forma mais lenta, produzindo ação esten-
1. Klasco RK (Ed): Martindale: The Complete Drug Re- dida e menor pico da concentração plasmá-
ference. Thomson MICROMEDEX, Greenwood Village, tica.
Colorado, USA. [acesso em 02 Jan 2013]. Disponível em: O pico da concentração plasmática é de
http://www.thomsonhc.com/. cerca de 1 hora (média de 0,3-3 horas) para
2. McEvoy GK (Ed.). AHFS: Drug Information 2011. Be- o diclofenaco potássico e cerca de 2 horas
thesda: ASHP, 2011.
3. Klasco RK (Ed): Drugdex System. Thomson MICRO-
(média de 1-4 horas) para a forma sódica.
MEDEX, Greenwood Village, Colorado, USA. [acesso em Com relação à intercambialidade, legalmen-
02 Jan 2013]. Disponível em: http://www.thomsonhc. te, o medicamento de referência somente
com/. poderá ser substituído pelo seu genérico
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correspondente, por farmacêutico, sem ne- a incidência de efeitos adversos gastrointes-
cessidade de nova prescrição4,5. Ou seja, tinais. As reações adversas mais frequentes
embora sejam terapeuticamente equivalen- ao uso do ácido valproico são o aumento de
tes, as formas sódica e potássica não são peso, sintomas gastrointestinais, alopecia
intercam­biáveis entre si. e tremor; sedação, declínio cognitivo leve,
pancreatite e hepatotoxicidade (casos fatais
Referências são relatados) também podem ocorrer. Ob-
1. Klasco RK (Ed): Drugdex System. Thomson MICRO- serva-se que o uso de divalproato de sódio
MEDEX, Greenwood Village, Colorado, USA. [acesso
em formulações de liberação retardada re-
em 16 Jul 2012]. Disponível em: http://www.thomsonhc.
com/.
duz os efeitos sobre o trato gastrointestinal,
2. McEvoy GK (Ed.). AHFS: Drug Information 2011. Be- em alguns pacientes, mas o risco não é de
thesda: ASHP, 2011. todo eliminado. Esses efeitos podem ser mi-
3. Klasco RK (Ed): Martindale: The Complete Drug Re- nimizados com a administração do valproato
ference. Thomson MICROMEDEX, Greenwood Village, de sódio junto às refeições ou por meio do
Colorado, USA. [acesso em 16 Jul 2012]. Disponível em: início da terapia com a menor dose possível,
http://www.thomsonhc.com/.
4. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – An-
aumentando-a muito gradativamente. Não
visa. RDC Nº 16/2007 – Dispõe sobre o Medicamento há ensaios clínicos que avaliem as diferenças
Genérico. Publicada no DOU em 05.03.2007. [acesso clinicamente relevantes, no que diz respeito
em 30 Jul 2012]. Disponível em: http://www.sivs.org/ à eficácia e tolerabilidade, entre divalproa-
images/stories/RDC_16_de_2007.pdf. to de sódio, ácido valproico e valproato de
5. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – An- sódio. No Brasil, as preparações contendo
visa. RDC Nº 51/2007 – Altera Regras para Prescrição e
valproato de sódio estão disponíveis na for-
Dispensação de Medicamentos Genéricos, Referência e
Similar. Publicada no DOU em 16.08.2007. [acesso em
ma de comprimidos revestidos e xaropes; as
30 Jul 2012]. Disponível em: http://osfarmas.com.br/ com ácido valproico como comprimidos re-
legislacao/124-rdc-5107-altera-regras-para-prescricao- vestidos, xaropes e cápsulas gelatinosas; e o
-e-dispensacao-demedicamentos-genericosreferencia- divalproato de sódio como comprimidos de
-e-similares.html. liberação retardada.
Portanto, não foi encontrada evidência cien-
tífica que confirmasse diferença terapêutica
Farmacêutico comunitário pergunta: Há di‑ relevante entre o Depakote® e o Depakene®.
ferença terapêutica entre o Depakote® e o
Depakene®? Referências
1. HIS-PROD Medicamentos-Online: Histórico de Re-
Os medicamentos Depakene® e Depakote® gistro de Produtos e Medicamentos. São Paulo: Optio-
contêm, como princípio ativo, respectiva- nline; 2013. Disponível em: http://www1.i-helps.com/
mente, o valproato de sódio e o divalproato iHelps.aspx. Acesso em: 10.01.2013.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência,
de sódio1. Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
O valproato de sódio ou ácido valproico é Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. For-
considerado como primeira escolha para pa- mulário terapêutico nacional 2010: Rename 2010. 2a.
cientes portadores de epilepsia com crises edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível
generalizadas primárias, de ausência, mio­ em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/
clônicas e espamos infantis2. FTN_2010.pdf.
3. Departamento de Assistência Farmacêutica e In-
Uma explicação bem detalhada sobre estas
sumos Estratégicos; Ministério da Saúde, Secretaria
duas substâncias consta em um parecer dis- de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Rela-
ponível na publicação da Relação Nacional ção Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename)
de Medicamentos Essenciais (Rename), de 2008. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em
2008. Abaixo, transcrevemos o parecer3: http://www.saude.gov.br
O ácido valproico está disponível, além da
forma de ácido, como os derivados valproato
de sódio e divalproato de sódio, este último, Farmacêutica comunitária pergunta se o
composto estável de partes iguais de ácido uso de paracetamol como antipirético em
valproico e valproato de sódio. As três subs- pacientes com dengue pode agravar o qua‑
tâncias se convertem in vivo na mesma for- dro clínico.
ma ativa (ânion valproato) e compartilham
o mesmo mecanismo de ação e tolerabilida- A dengue é uma doença febril aguda, cujo
de, embora o tipo de formulação influencie agente etiológico é um vírus da família Fla-
BOLETIM | JAN-FEV-MAR/2013 Dia-a-dia 23
viviridae. A transmissão se dá por vetores há risco de lesão hepática incluindo hepato-
artrópodes do gênero Aedes. Geralmente, a toxicidade grave e morte;
doença tem evolução benigna1. - Hipovolemia, por exemplo, devido à desi-
Não se faz necessária confirmação etiológi- dratação ou perda de sangue. Há aumento
ca no diagnóstico da dengue para se iniciar do risco de lesão hepática;
o tratamento. Caso não seja estabelecido - Má alimentação crônica, pois aumenta o
um programa terapêutico, o paciente poderá risco de lesão hepática;
evoluir para o óbito em cerca de 24 horas em - Insuficiência renal grave (depuração de
razão da acidose metabólica e da coagula- creatitina de 30 mL/min ou menos), pois au-
ção intravascular disseminada1. menta o risco de dano hepático. Redução da
Não existe terapêutica específica para a dose pode ser necessária.
dengue. Nos casos benignos de febre indi-
ferenciada e febre da dengue clássica, o tra- Não encontramos relato de agravo a pacien-
tamento é sintomático, evitando-se o uso de tes com dengue pelo uso de paracetamol.
salicilatos1. Contudo, recomendamos que seja avaliado
O Ministério da Saúde recomenda tratamen- o risco/benefício do uso de paracetamol nos
to sintomático, com analgésicos e antipiré- casos em que houver comprometimento he-
ticos, sendo indicada hidratação oral ou pa- pático.
renteral, dependendo da caracterização do
paciente 2. Referências
1. Hinrichsen SL. DIP Doenças Infecciosas e Parasitárias.
Um estudo de coorte prospectiva mostrou
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
que a administração precoce de dipirona em 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância
pacientes com dengue se associou a mais em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiologi-
baixa contagem de plaquetas e a risco au- ca. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Guia de bolso 8ª
mentado de desenvolvimento de dengue edição revista. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Dis-
hemorrágica3. ponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/
pdf/doen_infecciosas_guia_bolso_8ed.pdf. Acesso em:
Paracetamol é indicado para dor leve a mo-
02.04.2013.
derada, febre e enxaqueca4,5. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência,
Paracetamol é contraindicado em casos de Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
doença hepática ativa e grave, insuficiência Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Uso
hepática grave e hipersensibilidade ao para- Racional de Medicamentos Temas Selecionados. Série
cetamol ou a outros componentes da fórmu- A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília - DF, 2012. Dis-
la4,5. ponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco-
es/uso_racional_medicamentos_temas_selecionados.
Paracetamol deve ser utilizado com precau-
pdf. Acesso em: 02.04.2013.
ção em casos de4,5: 4. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência,
- Alcoolismo, devido ao risco aumentado de Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
dano hepático; Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. For-
- Reações de anafilaxia e hipersensibilidade. mulário Terapêutico Nacional 2010: Rename 2010. 2a.
Há alguns relatos de casos de risco de morte; edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível
- Em casos de insuficiência ou doença hepá- em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/
FTN_2010.pdf. Acesso em: 01.04.2013.
tica, pode haver aumento do risco de dano 5. Klasco RK (Ed): Drugdex System. Thomson MICRO-
ao fígado e a redução da dose será neces- MEDEX, Greenwood Village, Colorado, USA. Dispo-
sária; nível em: http://www.thomsonhc.com/. Acesso em:
- Com doses superiores às recomendadas, 01.04.2013

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