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RESUMO

O objetivo do trabalho em questão foi identificar a lateralidade apresentada por crianças


entre 6 e 10 anos de idade, bem como relatar os possíveis problemas de aprendizagem
relacionados à psicomotricidade, em especial a lateralidade e organização espacial.
A lateralidade constitui-se como um das mais importantes capacidades que as
crianças adquirem durante a infância. Esta tem influência em diversos aspectos na
vida dos sujeitos, porém a mesma pode ser influenciada e moldada, na vida social e
escolar, de modo prejudicial causando vários transtornos na vida desses indivíduos.
Levando em consideração essa condição, o presente estudo tem como objetivo
identificar as influências da escola e da sociedade de uma forma geral no processo
de definição da lateralidade em crianças e as consequências que essa influência
pode causar em seu desenvolvimento.
Conclui-se que apesar de maioria das pessoas não relatarem ter sofrido influências
da sociedade no que se refere ao processo de lateralidade, uma parcela significante
da amostra relatou ter sofrido imposições no que se refere a isso.

Palavras Chave: Lateralidade, Influência, Escolares.


INTRODUÇÃO

O aprendizado é um processo complexo, dinâmico, estruturado a partir de um


ato motor e perceptivo, que, elaborado corticalmente, dá origem a cognição. A
maturação do córtex promove melhora nas funções motoras, sendo o seu
desenvolvimento intimamente ligado aos estímulos ambientais que a criança recebe.
Portanto, alterações nas áreas específicas do sistema nervoso central, relacionadas
com a noção do esquema corporal, do espaço-tempo e da lateralidade, constituem
as bases neuropatológicas das desordens perceptomotoras, das quais podem
resultar em problemas na aprendizagem da leitura, escrita e cálculo.
A noção espacial refere-se ao conhecimento do espaço externo do corpo,
estando próxima a noção de direcionalidade (esquerda e direita, dentro e fora, em
cima e em baixo,...). Já a lateralidade refere-se a uma relação de dominância dos
Hemisférios Cerebrais que determina o predomínio de um lado do corpo sobre o
outro, referindo-se ao espaço interno do indivíduo.
A lateralidade como uma das variáveis do desenvolvimento psicomotor, é um
dos aspectos relevantes para o desenvolvimento das capacidades de aprendizagem.
De modo geral, a lateralidade é a preferência da utilização de uma das partes
simétricas do corpo: mão, olho, ouvido, perna.
A definição da lateralidade ocorre por volta dos seis anos, e nesse fato reside
a importância da criança ao ingressar na escola já possuir uma dominância lateral
estabelecida.
Especificamente, o hemisfério esquerdo do cérebro controla o lado direito do
corpo, enquanto que o hemisfério direito controla o lado esquerdo, nesse sentido a
especialização hemisférica dessas funções é fundamental para a eficiência dos
processos cerebrais. Para isso, é fundamental que a integração bilateral do corpo
esteja estruturada e automatizada, caso contrário, a aprendizagem e o
comportamento estarão comprometidos, pois a qualidade das relações e interações
entre as várias unidades funcionais do cérebro será afetada.
TRANSTORNOS DE LATERALIDADE

A lateralidade está envolvida em todos os níveis do processo de


aprendizagem infantil, mas instala-se definitivamente por volta dos primeiros anos
escolares (Bell, 2005; Coste, 1992). É nesta fase que o esquema corporal e a
organização de espaço independente do corpo se estruturam, permitindo que a
criança adquira a capacidade de compreender as relações entre as noções
espaciais (direita, esquerda, frente, atrás) externas e referentes ao próprio corpo
(Macedo, Andreucci & Montelli, 2004).
Os transtornos da Lateralidade são causados por alterações na estruturação
espacial e, por consequência, na leitura/escrita. Como exemplo disso, existe a
lateralidade contrariada, a lateralidade cruzada e o ambidestrismo.
Os alunos, com transtornos na lateralidade, poderão apresentar dificuldades
na velocidade e eficácia dos movimentos.
Muitas vezes, no ambiente escolar, a lateralidade está relacionada ao
reconhecimento e evocação das noções de direita e esquerda. Até os sete anos não
é preocupante o fato de o aluno ter dificuldades para identificar a direita e a
esquerda.
Os maiores problemas, relacionados a lateralidade, estão relacionados aos
casos de alunos ambidestros, com lateralidade contrariada e os que apresentam
lateralidade cruzada.
A Lateralidade contrariada diz respeito àquela criança que tem o seu lado
esquerdo dominante, mas que por influxos sociais passa a escrever com uma falsa
dominância destra. Escrever com a mão esquerda em si não é um transtorno, mas
impor à criança a lateralidade não dominante para ela, resulta em transtornos.
Ambidestro é aquele aluno que, indistintamente, utiliza os dois lados de seu
corpo para realizar coisas; o que também pode originar sérios transtornos à criança,
especialmente em relação à aprendizagem.
A Lateralidade cruzada é identificada quando o cérebro se encontra confuso o
que origina problemas de organização corporal. A lateralidade cruzada deve
preocupar, principalmente, quando há uma dominância manual e visual inversa, ou
seja, dominância visual esquerda e manual direita, ou vice e versa. Sendo assim, a
criança apresentará dificuldades na eficácia e na velocidade dos movimentos.
As vezes os alunos tem consciência da lateralidade mas não tem da
direcionalidade, ou seja, podem se localizar nas noções de direita e esquerda em si,
manifestam dificuldades ou não na identificação nos outros, mas não lidam com a
direcionalidade no espaço demonstrando dificuldades em realizarem deslocamentos
para a direita e esquerda.
Em termos de aprendizagem, a criança com lateralidade indefinida refere-se
ao tipo de grafia, resultando dificuldade na orientação espacial e postu ras
inadequadas para a escrita. As crianças com dificuldades e transtornos na lateralidade,
poderão ter dificuldades na leitura e escrita onde poderemos constatar dificuldades
para captar as diferentes variações nas direções que vai levar inversão na leitura de
letras e números, leitura e escrita espelhada, dificuldades nos cálculos e troca de
lugar das consoantes nas palavras.
Diferenciação Direita/ Esquerda - conceito de grande importância para o processo de
alfabetização. Está ligado diretamente ao conceito de imagem corporal e lateralidade,
permitindo que a criança diferencie lado esquerdo e lado direito, não somente em si,
mas também nos outros e nos objetos.
A coordenação motora da criança é estimulada desde cedo, mesmo que
involuntariamente, ou seja - mesmo que os pais não tenham essa consciência.
Através de movimentos com as mãozinhas para pegar objetos, depois os primeiros
passinhos, o rastejar no tapete, tudo isso engloba o desenvolvimento da
coordenação motora. Já em fase pré-escolar a coordenação é ‘treinada’ em atividades
específicas para a idade, como exercícios motores de desenhos, símbolos, etc.
A nomenclatura Lateralidade vem da noção dos lados direito e esquerdo, e é
conseguida pela criança até mais ou menos seis anos. Após esta idade, podemos
considerar como um distúrbio. Lembramos que esta noção deve ser avaliada em si
mesmo, no outro (com a pessoa virada de frente, para ser verificado se a criança
não espelha), e no meio, girando a pessoa 360º, pois o corpo muda toda a direção
do espaço.
REFERÊNCIAS

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CONCLUSÃO

O conceito de preferência lateral é caracterizado pela preferência de utilização


de um membro em relação ao outro em tarefas unilaterais. A lateralidade parece
estar definida por volta dos 3 anos de idade, apesar de alguns estudos revelarem
que no interior do ventre materno os bebês já demonstram uma certa preferência por
um dos lados, nomeadamente pela mão que levam à boca. No entanto, a
preferência lateral parece oscilar nos primeiros meses de vida durante o processo de
desenvolvimento motor. Os fatores socioculturais parecem estar na base das
diferenças encontradas; contudo, alguns autores apontam questões hormonais e
genéticas.
Durante a maturação biológica a criança deve desenvolver frequentemente
diversas atividades motoras para melhorar o seu desenvolvimento motor e a sua
coordenação. Quando um desempenho coordenativo superior por parte das crianças
mais jovens acontece, isto é interpretado por alguns estudiosos como o resultado de
uma fraca estimulação motora, por parte das crianças mais velhas, ao longo do seu
processo de desenvolvimento motor.
Quanto à lateralidade verifica-se á a necessidade de se introduzir no cotidiano
escolar programas de estimulação motora específica à lateralidade funcional e à
organização espacial das crianças. Isto para prevenir e intervir em prováveis
dificuldades no processo de aprendizagem escolar. É preciso entender que, com o
uso de atividades psicomotoras, como uma espécie de ferramenta, o professor de
Educação Física pode ajudar o aluno no seu desenvolvimento físico, cognitivo,
afetivo e social, proporcionando subsídios para que o aluno passe pelo processo de
alfabetização com sucesso.
Assim, um trabalho conjunto envolvendo o professor, a família e o
psicopedagogo trarão ao aluno a sensação e a certeza de que conseguirá superar
os obstáculos já que, está sendo apoiado por pessoas nas quais ele confia e que,
em contrapartida confiam nele.
De modo geral, foi verificado neste estudo que as crianças com problemas de
lateralidade, apresentam desempenho inferior na leitura e escrita quando
comparadas às crianças com dominância lateral formada. Estes dados justificam a
relevância do desenvolvimento psicomotor na infância como fator essencial no
processo de aprendizagem escolar.
METODOLOGIA

A presente pesquisa tem como fundamento metodológico a pesquisa


qualitativa, mais precisamente uma pesquisa participante, que se aproxima muito da
pesquisa-ação. A opção por tal metodologia está fundamentada na necessidade de
melhoria substancial nos processos de ensino-aprendizagem e para tal, a pesquisa
participante apresenta-se como melhor caminho metodológico a ser seguido.
Diversas são as atividades que podem ser realizadas com o intuito de buscar
o desenvolvimento da lateralidade das crianças, fazendo com que estas, sejam
concretizadas na idade correta ou, buscar em tempo hábil, tratamento para o
problema.
A proposta do trabalho apresentado, é buscar, junto a outros profissionais,
métodos e técnicas que facilitem o trabalho em sala de aula quando lidamos com
crianças que apresentam algum problema de direcionalidade.
Atividades que considerem o movimento da criança, são de suma importância
para o desenvolvimento deste trabalho e muitas são as propostas para a sala de
aula, que devem ser seguidos e utilizados pelos profissionais na tentativa de ajudar
a sanar tal situação que, de forma física e psicológica, pode afetar a vida de várias
crianças.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O conceito de lateralidade surge associado a aspetos relativos ao lado direito


e esquerdo do corpo. A lateralidade é considerada a manifestação externa da
atividade cortical integrativa, expressando-se em movimentos e ações motoras a
ação assimétrica do hemisfério cerebral. As interpretações iniciais da lateralidade
foram bastante simplificadas com a dominância cerebral geralmente referindo-se ao
hemisfério esquerdo, enquanto o hemisfério direito era considerado como o
hemisfério subdominante (Broca, 1861). Recentemente, estudos neuro-psicológicos
revelaram que ambos os hemisférios funcionam em conjunto, possuindo, todavia
diferentes formas de processamento da informação (e.g., Bala et al., 2010).
Segundo Souza e Teixeira (2011) a lateralidade é entendida como um
elemento dinâmico da motricidade humana, em que predisposições inatas são
reforçadas ou alteradas pela contínua interação com o ambiente durante a vida do
indivíduo. Na escala temporal mais ampla, a lateralidade é moldada por fatores tais
como o desenvolvimento motor (Bryden & Roy, 2005), o envelhecimento (Francis &
Spirduso, 2000) e níveis elevados de desempenho motor (Mikheev et al., 2002).
Assim, a dimensão lateral do comportamento motor é entendida como
estando sujeita aos mesmos princípios do desenvolvimento da motricidade em geral,
com um aperfeiçoamento ocorrendo de acordo com a prática específica de um
determinado membro corporal. Neste sentido, tendo por base a predominante
pressão social que induz o ser humano para a utilização da mão direita (Zverev,
2006), o ambiente parece desempenhar um papel fundamental na determinação da
preferência lateral e nas assimetrias interlaterais de desempenho (Ashton, 1982;
Singh et al., 2001).
Rosa Neto et al. (2013) salienta que as crianças com lateralidade indefinida
não podem ser consideradas como portadoras de uma patologia, mas, vulneráveis
em relação ao processo de alfabetização. No sentido de prevenir e intervir em
prováveis dificuldades no processo de aprendizagem escolar das crianças, os
autores referem a necessidade de introduzir no contexto escolar programas de
estimulação motora específicos para o desenvolvimento da lateralidade funcional e
da organização espacial das crianças.

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