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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
PROVAS
8. Ofendido
9. Prova Testemunhal
PROVAS
8. Ofendido
A vítima será intimada sobre determinados atos como entrada e saída do réu da prisão e receberá cópia da
sentença e do acórdão.
9. Prova Testemunhal
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ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.
Art. 209, CPP - O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.
Art. 210, CPP - As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si,
de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das
outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao falso
testemunho.
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Art. 211, CPP - Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer
que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a
verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial para a
instauração de inquérito.
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Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas previstas no
caput deste artigo deverá constar do termo, assim como os motivos
que a determinaram.
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§ 3o Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de
testemunha poderá ser realizada por meio de videoconferência ou
outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em
tempo real, permitida a presença do defensor e podendo ser
realizada, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e
julgamento.
1. Quem pode ser testemunha – Como regra, qualquer pessoa pode ser testemunha.
I – Testemunha Dispensada: Art. 206, CPP. São testemunhas que em razão de parentesco com o acusado estão
dispensadas de depor, mas se for a única fonte de prova tem o dever de depor sem prestar compromisso.
II – Testemunha Proibida: Art. 207, CPP. São testemunhas que em razão de função, ministério, ofício ou profissão
estão proibidas de depor pelo dever de sigilo, mas se o beneficiário do sigilo requerer e o destinatário aceitar,
haverá depoimento. Exemplo: médico, padre, psiquiatra.
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II – Oralidade: A testemunha depõe oralmente não podendo depor por escrito salvo breves consultas a dados
específicos.
Exceções:
a) Impossibilidade Física – Se a pessoa é muda não tem como o juiz obrigar a pessoa a depor.
b) Autoridades com prerrogativa prevista no art. 221, §1º - Presidente da República, Presidente do Senado,
do Congresso.
III – Objetividade: A testemunha depõe sobre dados objetivos, não podendo depor sobre suas impressões
pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa. Art. 213, CPP.
IV – Retrospectividade: A testemunha depõe sobre dados passados, não se manifestando sobre o futuro.
3. Classificação
3.1. Testemunha Direta – É a que depõe sobre os fatos apreendidos por sua percepção.
3.2. Testemunha Indireta ou de Ouvir Dizer – É a testemunha que depõe sobre aquilo que ouviu dizer a
respeito do crime. O STJ é dividido sobre esse tema:
a) É possível pois a lei não proíbe e cabe ao juiz valorar esta prova. HC 265842-MG, Nefi Cordeiro, DJe
01.09.16.
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existência de provas para sustentar a decisão do Conselho de
Sentença.
4. A via estreita do habeas corpus não se presta à rediscussão da
matéria fático-probatória, devendo a ilegalidade decorrer de fatos
incontroversos. Não pode ser no writ enfrentada argumentação
dependente de revisão interpretativa dos elementos probatórios dos
autos, mas, apenas, a verificação, de plano, de grave violação de
direitos do paciente.
5. A pronúncia é reconhecimento de justa causa para a fase do júri,
cuja análise não exclui as provas colhidas no inquérito policial, por
tratar-se de indícios.
6. A legislação em vigor admite como prova tanto a testemunha que
narra o que presenciou, como aquela que ouviu. A valoração a ser
dada a essa prova é critério judicial, motivo pelo qual não há
qualquer ilegalidade na prova testemunhal indireta.
7. Não se procede à revisão da dosimetria da pena quando o pleito é
formulado de forma genérica, sem a indicação específica da
ilegalidade.
8. Habeas corpus não conhecido.
(HC 265.842/MG, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, Rel. p/
Acórdão Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em
16/08/2016, DJe 01/09/2016)
b) Não é possível pois não se admite o depoimento de testemunha baseado em “vox publica”. A testemunha
deve depor sobre aquilo que seus sentidos captaram. Resp 1373356-BA, Rogério Schietti, DJe 28.04.17.
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existência de prova colhida sob o contraditório judicial apta a
autorizar a submissão dos recorridos a julgamento perante o Tribunal
do Júri.
4. Recurso especial não provido.
(REsp 1373356/BA, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 20/04/2017, DJe 28/04/2017)
3.3. Testemunha Numerária - É a testemunha que depõe e que conta no número máximo de testemunhas.
Ordinário e 1ª fase do júri – 8 testemunhas, por fato e por réu.
Sumário – 5 testemunhas, por fato e por réu.
3.4. Testemunha Extranumerária - É a testemunha que não conta no número máximo de testemunhas. Art.
209, §2º e 401, §1º, CPP. São elas:
3.6. Testemunha Imprópria Instrumental, Instrumentária ou Fedatária – São as testemunhas que depõem
sobre determinado ato processual. Art. 304, § 2º e §3º.
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3.7. Testemunha de Beatificação – É a que depõe sobre os antecedentes da pessoa.
4.1. Momento para arrolar – Como regra, é na denúncia ou queixa para a acusação ou na resposta para a
defesa. Há exceções:
- Ao final da audiência de instrução pode ser requerida a oitiva de testemunhas referidas. Art. 402, CPP.
4.3. Desistência da Testemunha – Como regra, não precisa da concordância da outra parte. Exceção: Após
instalado o plenário do júri somente pode haver desistência da testemunha se houver concordância da outra
parte e dos jurados.
4.4. Substituição da Testemunha – Não há previsão no CPP. Está prevista no art. 451, CPC.
I - que falecer;
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III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for
encontrada.
I – Depor: Este dever é atenuado em duas hipóteses, Art. 206 e 207, CPP.
II – Comparecimento;
IV – Dizer a Verdade;
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