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Disciplina: Direito Processual Penal

Professor: Guilherme Madeira


Aula: 27| Data: 25/04/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

PROVAS
8. Ofendido
9. Prova Testemunhal

PROVAS

8. Ofendido

Art. 201, CPP.

Art. 201, CPP - Sempre que possível, o ofendido será qualificado e


perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou
presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se
por termo as suas declarações.

§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo


justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade.

§ 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao


ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para
audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou
modifiquem.

§ 3o As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço


por ele indicado, admitindo-se, por opção do ofendido, o uso de
meio eletrônico

§ 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização, será


reservado espaço separado para o ofendido.

§ 5o Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido


para atendimento multidisciplinar, especialmente nas áreas
psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor
ou do Estado.

§ 6o O juiz tomará as providências necessárias à preservação da


intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo,
inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados,
depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu
respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação.

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Obrigatoriedade – O ofendido será ouvido sempre que possível. Para o Supremo o juiz pode indeferir a oitiva da
vítima de maneira motivada (HC 131158-RS, Edson Fachin, DJe 14.09.16).

HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. SUBSTITUTIVO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DESCABIMENTO. CASO


BOATE KISS. ACUSAÇÃO DE HOMICÍDIO CONSUMADO E TENTADO PRATICADO CONTRA CENTENAS DE PESSOAS.
OITIVA DE TODAS AS VÍTIMAS. PRESCINDIBILIDADE. ALTERAÇÃO DO ROL DE VÍTIMAS. ADITAMENTO. RITO DO
TRIBUNAL DO JÚRI. NÚMERO DE TESTEMUNHAS. ESPECIALIDADE. DENÚNCIA APRESENTADA FORA DO PRAZO
LEGAL. CIRCUNSTÂNCIA NEUTRA QUANTO À OPORTUNIDADE DE INDICAÇÃO DE TESTEMUNHAS. HABEAS CORPUS
NÃO CONHECIDO. 1. Não merece conhecimento o habeas corpus que funciona como sucedâneo de recurso
extraordinário. 2. A obrigatoriedade de oitiva da vítima deve ser compreendida à luz da razoabilidade e da
utilidade prática da colheita da referida prova. Hipótese de imputação da prática de 638 (seiscentos e trinta e
oito) homicídios tentados, a revelar que a inquirição da integralidade dos ofendidos constitui medida
impraticável. Indicação motivada da dispensabilidade das inquirições para informar o convencimento do Juízo,
forte em critérios de persuasão racional, que, a teor do artigo 400, §1°, CPP, alcançam a fase de admissão da
prova. Ausência de cerceamento de defesa. 3. A inclusão de novas vítimas, ainda que de expressão reduzida no
amplo contexto da apuração em Juízo, importa alteração do resultado jurídico da conduta imputada e, por
conseguinte, interfere na própria constituição do fato típico. Daí que, por não se tratar de erro material, exige-se
a complementação da acusação que, contudo, não se submete a formalidades excessivas. A petição do Ministério
Público que esclarece referidas circunstâncias e as atribuem aos denunciados atende ao figurino constitucional do
devido processo legal. 4. O rito especial do Tribunal do Júri limita o número de testemunhas a serem inquiridas e,
ao contrário do procedimento comum, não exclui dessa contagem as testemunhas que não prestam compromisso
legal. Ausência de lacuna a ensejar a aplicação de norma geral, preservando-se, bem por isso, a imperatividade da
regra especial. 5. A inobservância do prazo para oferecimento da denúncia não contamina o direito de
apresentação do rol de testemunhas, cuja exibição associa-se ao ato processual acusatório, ainda que
extemporâneo. Assim, o apontamento de testemunhas pela acusação submete-se à preclusão consumativa, e não
a critérios de ordem temporal, já que o prazo para formalização da peça acusatória é de natureza imprópria. 6.
Impetração não conhecida. (HC 131158, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Primeira Turma, julgado em
26/04/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-196 DIVULG 13-09-2016 PUBLIC 14-09-2016)

A vítima será intimada sobre determinados atos como entrada e saída do réu da prisão e receberá cópia da
sentença e do acórdão.

A pedido da vítima a intimação poderá ser feita pela via eletrônica.

9. Prova Testemunhal

Art. 202 e seguintes.

Art. 202, CPP - Toda pessoa poderá ser testemunha.

Art. 203, CPP - A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa


de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo
declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua
profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que
grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer
delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua

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ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua
credibilidade.

Art. 204, CPP - O depoimento será prestado oralmente, não sendo


permitido à testemunha trazê-lo por escrito.

Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve


consulta a apontamentos.

Art. 205, CPP - Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha,


o juiz procederá à verificação pelos meios ao seu alcance, podendo,
entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo.

Art. 206, CPP - A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de


depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado,
o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando
não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do
fato e de suas circunstâncias.

Art. 207, CPP - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de


função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo
se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu
testemunho.

Art. 208, CPP - Não se deferirá o compromisso a que alude o art.


203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14
(quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.

Art. 209, CPP - O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes.

§ 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que


as testemunhas se referirem.

§ 2o Não será computada como testemunha a pessoa que nada


souber que interesse à decisão da causa.

Art. 210, CPP - As testemunhas serão inquiridas cada uma de per si,
de modo que umas não saibam nem ouçam os depoimentos das
outras, devendo o juiz adverti-las das penas cominadas ao falso
testemunho.

Parágrafo único. Antes do início da audiência e durante a sua


realização, serão reservados espaços separados para a garantia da
incomunicabilidade das testemunhas.

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Art. 211, CPP - Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reconhecer
que alguma testemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a
verdade, remeterá cópia do depoimento à autoridade policial para a
instauração de inquérito.

Parágrafo único. Tendo o depoimento sido prestado em plenário de


julgamento, o juiz, no caso de proferir decisão na audiência (art. 538,
§ 2o), o tribunal (art. 561), ou o conselho de sentença, após a votação
dos quesitos, poderão fazer apresentar imediatamente a testemunha
à autoridade policial.

Art. 212, CPP - As perguntas serão formuladas pelas partes


diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que
puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou
importarem na repetição de outra já respondida.

Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá


complementar a inquirição.

Art. 213, CPP - O juiz não permitirá que a testemunha manifeste


suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do
fato.

Art. 214, CPP - Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão


contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a
tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará
consignar a contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas
só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos casos
previstos nos arts. 207 e 208.

Art. 215, CPP - Na redação do depoimento, o juiz deverá cingir-se,


tanto quanto possível, às expressões usadas pelas testemunhas,
reproduzindo fielmente as suas frases.

Art. 216, CPP - O depoimento da testemunha será reduzido a termo,


assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha não
souber assinar, ou não puder fazê-lo, pedirá a alguém que o faça por
ela, depois de lido na presença de ambos.

Art. 217, CPP - Se o juiz verificar que a presença do réu poderá


causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha
ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento,
fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade
dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na
inquirição, com a presença do seu defensor.

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Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas previstas no
caput deste artigo deverá constar do termo, assim como os motivos
que a determinaram.

Art. 218, CPP - Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de


comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisitar à
autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida
por oficial de justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública.

Art. 219, CPP - O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa a multa


prevista no art. 453, sem prejuízo do processo penal por crime de
desobediência, e condená-la ao pagamento das custas da
diligência. Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade
ou por velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas onde
estiverem.

Art. 221, CPP - O Presidente e o Vice-Presidente da República, os


senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os
governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os
prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às
Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário,
os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados,
do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão
inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o
juiz.

§ 1o O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes


do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal
Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito,
caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo
juiz, Ihes serão transmitidas por ofício.

2o Os militares deverão ser requisitados à autoridade superior.

§ 3o Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto no art. 218,


devendo, porém, a expedição do mandado ser imediatamente
comunicada ao chefe da repartição em que servirem, com indicação
do dia e da hora marcados.

Art. 222, CPP - A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz


será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para
esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes.

§ 1o A expedição da precatória não suspenderá a instrução criminal.

§ 2o Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o julgamento, mas, a


todo tempo, a precatória, uma vez devolvida, será junta aos autos.

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§ 3o Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de
testemunha poderá ser realizada por meio de videoconferência ou
outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em
tempo real, permitida a presença do defensor e podendo ser
realizada, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e
julgamento.

Art. 222-A, CPP - As cartas rogatórias só serão expedidas se


demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte
requerente com os custos de envio.

Parágrafo único. Aplica-se às cartas rogatórias o disposto nos §§ 1o e


2o do art. 222 deste Código.

Art. 223, CPP - Quando a testemunha não conhecer a língua


nacional, será nomeado intérprete para traduzir as perguntas e
respostas.

Parágrafo único. Tratando-se de mudo, surdo ou surdo-mudo,


proceder-se-á na conformidade do art. 192.

Art. 224, CPP - As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro de um


ano, qualquer mudança de residência, sujeitando-se, pela simples
omissão, às penas do não-comparecimento.

Art. 225, CPP - Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou,


por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da
instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a
requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o
depoimento.

1. Quem pode ser testemunha – Como regra, qualquer pessoa pode ser testemunha.

Exceções - São duas:

I – Testemunha Dispensada: Art. 206, CPP. São testemunhas que em razão de parentesco com o acusado estão
dispensadas de depor, mas se for a única fonte de prova tem o dever de depor sem prestar compromisso.

II – Testemunha Proibida: Art. 207, CPP. São testemunhas que em razão de função, ministério, ofício ou profissão
estão proibidas de depor pelo dever de sigilo, mas se o beneficiário do sigilo requerer e o destinatário aceitar,
haverá depoimento. Exemplo: médico, padre, psiquiatra.

2. Características da Prova Testemunhal – São elas:

I – Judicialidade: A prova testemunhal é colhida perante o juiz.

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II – Oralidade: A testemunha depõe oralmente não podendo depor por escrito salvo breves consultas a dados
específicos.
Exceções:

a) Impossibilidade Física – Se a pessoa é muda não tem como o juiz obrigar a pessoa a depor.
b) Autoridades com prerrogativa prevista no art. 221, §1º - Presidente da República, Presidente do Senado,
do Congresso.

III – Objetividade: A testemunha depõe sobre dados objetivos, não podendo depor sobre suas impressões
pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa. Art. 213, CPP.

IV – Retrospectividade: A testemunha depõe sobre dados passados, não se manifestando sobre o futuro.

3. Classificação

3.1. Testemunha Direta – É a que depõe sobre os fatos apreendidos por sua percepção.

3.2. Testemunha Indireta ou de Ouvir Dizer – É a testemunha que depõe sobre aquilo que ouviu dizer a
respeito do crime. O STJ é dividido sobre esse tema:

a) É possível pois a lei não proíbe e cabe ao juiz valorar esta prova. HC 265842-MG, Nefi Cordeiro, DJe
01.09.16.

PROCESSUAL PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE


RECURSO ESPECIAL, ORDINÁRIO OU DE REVISÃO CRIMINAL. NÃO
CABIMENTO. HOMICÍDIO QUALIFICADO. CONDENAÇÃO
EXCLUSIVAMENTE COM BASE EM EM PROVAS DO INQUÉRITO
POLICIAL. PROVA ILÍCITA. NULIDADE. INOCORRÊNCIA. REEXAME DE
PROVAS. VIA INADEQUADA. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
1. Ressalvada pessoal compreensão diversa, uniformizou o Superior
Tribunal de Justiça ser inadequado o writ em substituição a recursos
especial e ordinário, ou de revisão criminal, admitindo-se, de ofício, a
concessão da ordem ante a constatação de ilegalidade flagrante,
abuso de poder ou teratologia.
2. A alegada nulidade da decisão de pronúncia já foi devidamente
analisada e afastada, não havendo que falar em ausência de provas,
uma vez que tal tese sequer voltou a ser discutida após a
confirmação da decisão pela Corte estadual, em recurso em sentido
estrito, sendo incabível agora, após o transcurso de 11 anos, purgar
questões processuais sequer discutidas, em respeito à estabilidade
jurídica.
3. Não há que falar em ausência de provas para a condenação
quando tal questão já foi devidamente analisada e afastada pelas
instâncias de origem, oportunidade em que, ao valorarem as provas
juntadas aos autos, concluíram pela existência de provas suficientes
de autoria, demonstrando por meio dos depoimentos das
testemunhas colhidos na fase inquisitorial, e confirmados em juízo, a

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existência de provas para sustentar a decisão do Conselho de
Sentença.
4. A via estreita do habeas corpus não se presta à rediscussão da
matéria fático-probatória, devendo a ilegalidade decorrer de fatos
incontroversos. Não pode ser no writ enfrentada argumentação
dependente de revisão interpretativa dos elementos probatórios dos
autos, mas, apenas, a verificação, de plano, de grave violação de
direitos do paciente.
5. A pronúncia é reconhecimento de justa causa para a fase do júri,
cuja análise não exclui as provas colhidas no inquérito policial, por
tratar-se de indícios.
6. A legislação em vigor admite como prova tanto a testemunha que
narra o que presenciou, como aquela que ouviu. A valoração a ser
dada a essa prova é critério judicial, motivo pelo qual não há
qualquer ilegalidade na prova testemunhal indireta.
7. Não se procede à revisão da dosimetria da pena quando o pleito é
formulado de forma genérica, sem a indicação específica da
ilegalidade.
8. Habeas corpus não conhecido.
(HC 265.842/MG, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, Rel. p/
Acórdão Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em
16/08/2016, DJe 01/09/2016)

b) Não é possível pois não se admite o depoimento de testemunha baseado em “vox publica”. A testemunha
deve depor sobre aquilo que seus sentidos captaram. Resp 1373356-BA, Rogério Schietti, DJe 28.04.17.

RECURSO ESPECIAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO E DESTRUIÇÃO E


OCULTAÇÃO DE CADÁVER. PRONÚNCIA FUNDAMENTADA
EXCLUSIVAMENTE EM ELEMENTO INFORMATIVO COLHIDO NA FASE
PRÉ-PROCESSUAL. NÃO CONFIRMAÇÃO EM JUÍZO. RECURSO
ESPECIAL NÃO PROVIDO.
1. A decisão de pronúncia é um mero juízo de admissibilidade da
acusação, não sendo exigido, neste momento processual, prova
incontroversa da autoria do delito; bastam a existência de indícios
suficientes de que o réu seja seu autor e a certeza quanto à
materialidade do crime.
2. Muito embora a análise aprofundada dos elementos probatórios
seja feita somente pelo Tribunal Popular, não se pode admitir, em
um Estado Democrático de Direito, a pronúncia sem qualquer lastro
probatório, mormente quando os testemunhos colhidos na fase
inquisitorial são, nas palavras do Tribunal a quo, "relatos baseados
em testemunho por ouvir dizer, [...] que não amparam a autoria para
efeito de pronunciar os denunciados" (fl. 1.506).
3. O Tribunal de origem, ao despronunciar os ora recorridos,
entendeu "ausentes indícios de autoria e insuficiente o 'hearsay
testimony' (testemunho por ouvir dizer)" (fl. 1.506), razão pela qual,
consoante o enunciado na Súmula n. 7 do STJ, torna-se inviável, em
recurso especial, a revisão desse entendimento, para reconhecer a

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existência de prova colhida sob o contraditório judicial apta a
autorizar a submissão dos recorridos a julgamento perante o Tribunal
do Júri.
4. Recurso especial não provido.
(REsp 1373356/BA, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA
TURMA, julgado em 20/04/2017, DJe 28/04/2017)

Atenção: O STF não tem posição sobre o tema.

3.3. Testemunha Numerária - É a testemunha que depõe e que conta no número máximo de testemunhas.
Ordinário e 1ª fase do júri – 8 testemunhas, por fato e por réu.
Sumário – 5 testemunhas, por fato e por réu.

3.4. Testemunha Extranumerária - É a testemunha que não conta no número máximo de testemunhas. Art.
209, §2º e 401, §1º, CPP. São elas:

I – As que não prestam compromisso;


II – As testemunhas referidas (mencionadas por outras testemunhas);
III – As testemunhas que nada souberem que interesse a causa

Art. 401, CPP - Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito)


testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.
§ 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem
compromisso e as referidas.

3.5. Testemunha Própria - É a que depõe sobre os fatos discutidos na causa.

3.6. Testemunha Imprópria Instrumental, Instrumentária ou Fedatária – São as testemunhas que depõem
sobre determinado ato processual. Art. 304, § 2º e §3º.

Art. 304, CPP - Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá


esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a
este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida,
procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao
interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a
autoridade, afinal, o auto.

§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de


prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão
assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a
apresentação do preso à autoridade.

§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não


puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas
testemunhas, que tenham ouvido sua leitura na presença deste.

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3.7. Testemunha de Beatificação – É a que depõe sobre os antecedentes da pessoa.

4. Procedimento em Relação à Testemunha:

4.1. Momento para arrolar – Como regra, é na denúncia ou queixa para a acusação ou na resposta para a
defesa. Há exceções:

- Na segunda fase do Júri: Art. 422, CPP.

Art. 422, CPP - Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri


determinará a intimação do órgão do Ministério Público ou do
querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5
(cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em
plenário, até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderão
juntar documentos e requerer diligência.

- Ao final da audiência de instrução pode ser requerida a oitiva de testemunhas referidas. Art. 402, CPP.

Art. 402, CPP - Produzidas as provas, ao final da audiência, o


Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado
poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de
circunstâncias ou fatos apurados na instrução.

- Nas hipóteses envolvendo “mutatio Libelli”, art. 384, CPP.

Art. 384, CPP - Encerrada a instrução probatória, se entender cabível


nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente
nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não
contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia
ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido
instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a
termo o aditamento, quando feito oralmente.
4.2. Demonstração prévia da Importância – Como regra, não precisa haver esta demonstração. Exceção: Carta
Rogatória (Art. 222, a, CPP).

4.3. Desistência da Testemunha – Como regra, não precisa da concordância da outra parte. Exceção: Após
instalado o plenário do júri somente pode haver desistência da testemunha se houver concordância da outra
parte e dos jurados.

4.4. Substituição da Testemunha – Não há previsão no CPP. Está prevista no art. 451, CPC.

Art. 451. CPC - Depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4o e


5o do art. 357, a parte só pode substituir a testemunha:

I - que falecer;

II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;

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III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for
encontrada.

5. Deveres da Testemunha – São deveres da testemunha:

I – Depor: Este dever é atenuado em duas hipóteses, Art. 206 e 207, CPP.

II – Comparecimento;

III – Prestar compromisso;

IV – Dizer a Verdade;

V – Comunicar alteração de endereço

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