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16/04/2015

Sumário
Importância do tema

Principais Parâmetros do Processo (Definição e Cálculo)


Velocidades instantâneas ou velocidades volumétricas de transformação;
Velocidades específicas de transformação;

Cinética dos Processos Fermentativos Fatores de conversão e coeficientes específicos de manutenção


Eficiência do processo;

Modelos Cinéticos
Modelo de Monod
Modelo de Gaden

Considerações Finais
1 Aula 6 - Eng. Bioquímica – EEL/USP - LOT 2041 - Profa. Inês Roberto 2

Processo Fermentativo Processo Fermentativo – Esquema Geral

Processo Fermentativo
Transformação de um dado substrato orgânico em um produto de
interesse pela ação de micro-organismos (catalisados por enzimas).

Micro-organismos

Leveduras, bactérias ou fungos filamentosos.

Matérias-primas
Açucaradas (origem agrícola) fonte de substratos. Ex: cana de
açúcar (matérias-prima empregada na produção de etanol
combustível)
3 4 Esquema Geral de um Processo Fermentativo

Processo Fermentativo Estudo Cinético - Objetivos


Biorreator: elemento central em qualquer processo Medir as velocidades das transformações (crescimento celular; consumo
fermentativo industrial; de substrato e formação de produto)

Reações de interesse: conversão do substrato em produtos Estudar a influência das condições experimentais sobre as velocidades;
metabólicos
Correlacionar por meio de equações empíricas ou modelos matemáticos,
as velocidades das transformações com os fatores que nelas influem;
Avaliação do processo: conhecimento das velocidades dessas
transformações
Aplicar as equações obtidas na otimização e no controle do processo.

Estudo
Cinético Definir estratégias de produção visando melhorias no processo
5 6

1
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Estudo Cinético de um Processo Fermentativo Estudo Cinético – Considerações Importantes


Determinação Analítica dos Componentes: Os dados cinéticos
Ponto de Partida: Análise da evolução dos valores de somente terão validade se os componentes forem adequadamente
concentração de um ou mais componentes do sistema, em função determinados
determinados.
do tempo.

Biomassa
Micro- [X] Volume na Fase Aquosa: Variação substancial no volume de meio
organismo pode alterar as concentrações dos materiais dissolvidos,
Substrato
Produtos comprometendo assim as medidas dos parâmetros cinéticos.
[S] Metabólitos
[P]

Pontos Experimentais: È necessário traçar uma curva de ajuste


para o cálculo dos parâmetros do processo (velocidades
instantâneas e fatores de conversão).
7 8

Ajuste dos Dados Experimentais Parâmetros de Transformação

Variação da concentração de glicose durante um cultivo


descontinuo 1. Velocidades instantâneas ou velocidades volumétricas de
transformação;

2. Velocidades específicas de transformação;

3. Fatores de conversão, coeficientes específicos de


manutenção;

9 10

Velocidade Volumétrica – Crescimento Celular Velocidade Volumétrica – Consumo de Substrato


A velocidades volumétricas ou instantâneas são traduzidas pelos valores das 110
Para o consumo de substrato, a velocidade
inclinações das tangentes as respectivas curvas. 100
volumétrica pode ser expressa por:
90
Para o crescimento celular, a velocidade
4,0
volumétrica pode ser expressa por:
80
dS
70 rS   (2)
S (g/L)

3,5
dX 60 dt
rX  (1) 50

dt
X (g/L)

3,0 40
Onde, rS = velocidade volumétrica de
30
consumo de substrato (g/L.h)
2,5
Onde, r x = velocidade volumétrica de 20

crescimento celular (g/L.h) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Tempo (h)
2,0
Figura 2. Representação gráfica dos resultados Aplicando a equação (2) para os dados da
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Aplicando a equação (1) para os dados da de consumo de substrato (fermentação alcoólica Figura 1, temos:
Tempo (h)
Figura 1, temos: descontínua).
Figura 1. Representação gráfica dos resultados t = 5 horas
de crescimento celular (fermentação alcoólica t = 5 horas
descontínua).
dX 4  2,6 dS 100  70
  0,44 g / L.h    7,9 g / L.h
dt 6,2  3 dt 7  3,2
11 12

2
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Velocidade Volumétrica – Formação de Produto Produtividade Volumétrica


40
Para a formação de produto, a velocidade A produtividade volumétrica é um parâmetro de velocidade, cujo
35
volumétrica pode ser expressa por:
30 interesse prático está na avaliação do desempenho do processo.
dP
rP 
25
(3)
dt Representa a velocidade média de crescimento ou de formação
P (g/L)

20

15 de produto referente ao tempo final de fermentação.


10 Onde, rP = velocidade volumétrica de
5 formação de produto (g/L.h) Pode ser expressa por QX,P (g/L.h), conforme equações (4) e (5)
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Xm e Pm = concentração máxima de
Aplicando a equação (3) para os dados da Xm  X0
Tempo (g/L)

Figura 1, temos: QX  (4) células e produto respectivamente(g/L)


Figura 3. Representação gráfica dos resultados tf
de formação de produto (fermentação alcoólica
descontínua). t = 5 horas Xo e Po = concentração inicial de células
Pm  P0 e produto respectivamente(g/L)
dP 20  0
Qp  (5)
  4,0 g / L.h tf p tf e tfp = tempo final da fermentação (h)
dt 8,5  3,5
13 14

Cálculo das Produtividades Volumétricas Velocidades Específicas de Transformação


As velocidades específicas se referem aos valores de velocidades
instantâneas com relação à referida concentração microbiana, ou
seja, especificando-as com respeito ao valor de [X].
Assim, a velocidade específica de crescimento celular, de formação
de produto e de consumo de substrato podem ser expressas pelas
seguintes equações:

1 dX µX= velocidade específica de crescimento


Aplicando as equações (4) e (5) aos dados da Figura 1 e 3, respectivamente, X  (6)
X dt celular (h-1)
teremos:
1  dS  µS = velocidade específica de consumo de
3,9  2,0 36  0 S    (7)
QX   0,27 g / L.h QP   4,0 g / L.h X  dt  substrato (gS/gX.h)
7 9
1 dP µP = velocidade específica de formação de
P  (8)
X dt produto (gS/gX.h)
15 16

Cálculo das Velocidades Específicas de Fatores de Conversão ou Fatores de Rendimento


Transformação
4,0
110

100
40

35
Rendimento de uma Reação
X  3,5g / L 90
30
3,5 80
25
70
P (g/L)
S (g/L)

20
X (g/L)

dS dP
3,0
dX 60
  7,9 g / L.h  4,0 g / L.h
 0,44 g / L.h 15
dt
dt 50
dt 10
2,5 40
5

É a quantidade de produtos formados ou


30

2,0 0
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-1 0 1 2 3 4

Tempo (h)
5 6 7 8 9 10
Tempo (h) Tempo (g/L)
acumulados por reagente consumido na
Aplicando as equações (6), (7) e (8) aos dados da Figura 1, 2 e 3, respectivamente, reação.
teremos:
0,44 7,9 g 4,0 g
X   0,13h 1 S   2,3 S P   1,14 P
3,5 3,5 g X .h 3,5 g X .h
Em processos fermentativos, este parâmetro relaciona o fluxo
Com as curvas devidamente ajustadas, os valores de velocidades poderão ser facilmente de substrato para a formação de biomassa e outros produtos
obtidos empregando softwares que permitam o cálculo das derivadas (No apêndice do Cap
6 do Livro Texto demonstra como calcular estes parâmetros utilizando uma planilha do
metabólicos.
17 18
Excel)

3
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Fatores de Conversão (Rendimento) Fator de conversão de substrato em biomassa


(YX/S)
YP/S Produto
Metabólico massa de células formadas
YX / S  g/g
massa de substrato consumido

Substrato YP/X
X X  X0
YX / S   (9)
 S S0  S
Biomassa X0 = quantidade inicial de células (g/L)
YX/S X = quantidade de celulas num dado instante (g/L)
S0 = quantidade de substrato inicial (g/L)
19 20
S = quantidade de substrato num dado instante (g/L)

Fator de conversão de substrato em produto Fator de conversão de produto em relação as


(YP/S) células formadas (YP/X)

massa de produto formado massa de produto formado


YP / S  g/g YP / X  g/g
massa de substrato consumido massa de células formadas

P P  P0 P P  P0 Y
YP / S   (10) YP / X    P/S (11)
 S S0  S X X 0  X YX / S
P0 = quantidade inicial de produto (g/L) P0 = quantidade inicial de produto (g/L)
P = quantidade de produto num dado instante (g/L) P = quantidade de produto num dado instante (g/L)
S0 = quantidade de substrato inicial (g/L) X0 = quantidade de células inicial (g/L)
21
S = quantidade de substrato num dado instante (g/L) 22
X = quantidade de células num dado instante (g/L)

Fatores de Conversão - Cálculo Fatores de Conversão


Se os fatores de conversão permanecem constantes durante o
110 40

4,0
X  3,5g / L 100 S  85g / L 35

3,5
90

80
30
cultivo, as expressões (9), (10) e (11) podem ser aplicadas no
tempo final, onde X = Xm; P = Pm e S  0
25
70
P (g/L)
S (g/L)
X (g/L)

20

P  5,0 g / L
3,0
60
15
50
2,5 10
40

30
5

YX / S 
Xm  X0 Pm  P0 Pm  P0
2,0
20 0 (12) YP / S  (13) YP / X  (14)
0 1 2 3 4 5

Tempo (h)
6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5

Tempo (h)
6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6
Tempo (g/L)
7 8 9 10
S0 S0 Xm  X0
Aplicando as equações (9), (10) e (11) aos dados da Figura 1, 2 e 3,
respectivamente, no tempo de 5 horas, teremos: Eliminando-se a grandeza X0 pela combinação das Eq.9 e 12,
teremos:
X 3,5  2,0 P 50 P 5,0
YX / S    0,1g / g YP / S    0,33g / g YP / S    3,33g / g
Xm  X
 S 100  85  S 100  85  X 1,5
YX / S  (15) X  X m  YX / S [S ] (16)
S Equação da reta
Coeficiente
YP/S > 1 P P angular = Y
(fluxo de C direcionado para o YP / S  m (17) P  Pm  YP / S [S ] (18)
23 produto metabólico) 24 S

4
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Fatores de Conversão Fatores de Conversão


Aplicando as equações (16) e (18) aos dados da Figura 1, 2 e 3, Contudo, se os fatores de conversão não forem constantes, então
respectivamente, teremos: somente os valores instantâneos deverão ser considerados, ou seja:
dX r 
50
YX / S   X  X
X  10,76  0,087 [ S ] X  47,6  0,48[ S ]  dS rS  S (19)
4,0
r 2  0,94 40
r  0,99
2

3,5
dP r 
YP / S   P  P
30

(20)
 dS rS  S
X (g/L)

3,0
P (g/L)
20

2,5
YP/S = 0.48g/g
YX/S = 0.087 g/g 10 dP r 
2,0 YP / X   P  P (21)
75 80 85 90 95 100 105
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
 dX rS  S
S (g/L) S (g/L)

Fatores que afetam os Composição do meio (natureza da FC e FN)


Nestes exemplos, os valores experimentais se ajustaram muito bem parâmetros de pH e temperatura
ao modelo linear. conversão Transferência de oxigênio
25 26 Tempo de mistura

Fatores de Conversão

27 28

Coeficiente Especifico de Manutenção (m) Coeficiente Especifico de Manutenção


Considerando que as células utilizam a energia de oxidação do substrato não O consumo especifico de substrato para manutenção (m), pode ser
apenas para o crescimento, mas também para manutenção, ou seja um expresso por:
determinado consumo de substrato (S0-S) não produzirá sempre um aumento
proporcional de biomassa (X-X0) (rS ) m
m (22) ou (rS ) m  mX (23)
X
Produto Onde
YP/S Metabólico (rS)m = velocidade de consumo de substrato devido a manutenção (g/L.h)
m= coeficiente de manutenção (velocidade específica de consumo de substrato
Substrato YP/X devido a manutenção (gS/gX.h)
X = concentração celular (g/L)

Biomassa Fazendo o balanço material para o consumo de substrato, tem-se:


Y’X/S rS  (rS )C  (rS ) m (24) ou rS  (rS )C  mX (25)
Trabalho osmótico;
Manutenção Onde:
Reposição de constituintes rS = velocidade de consumo global de S (g/L.h)
celulares (rS)C = velocidade de consumo de S destinado ao crescimento (g/g.h)
29 30(rS)m = velocidade de consumo de S destinado a manutenção (g/g.h)

5
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Coeficiente Especifico de Manutenção Coeficiente Especifico de Manutenção


Com base nestas considerações, teremos um novo fator de
conversão de substrato em células : Analisando a equação (28), temos:
r X
Y'
 X (26) S  m
X /S
(rS )C YX' / S (28) Se m = 0 YX' / S  YX / S
Onde:
YX' / S = fator de conversão verdadeiro é velocidade de consumo de substrato Os valores de manutenção pode ser obtido por regressão linear:
devido a manutenção (gS/gC.h).

Introduzindo este parâmetro na equação (25), tem-se:


rX 1
rS   mX (27)  
YX' / S YX' / S

S
Dividindo por X, obteremos as velocidades em termos específicos:
β  m
X
S  '
m (28)
31 Y X /S 32 X

Valores Típicos do Coeficiente Especifico de Para que serve o fator de conversão YP/S?
Manutenção
Referência para avaliar o comportamento de um
determinado processo e a partir dele adotar decisões.

Se o valor de YP/S estiver afastado do máximo


teórico, significa que precisamos avançar na
investigação do processo visando melhorar este
parâmetro.

Como definir o valor teórico de conversão?

33 34

Conservação do Poder Redutor ou Conservação


de Elétrons Quando todo o conteúdo energético do substrato for transferido para
o produto, a fração de elétrons (fp) será igual a 1 e o fator de
Baseia-se na conservação de elétrons da reação (os elétrons conversão (YP/S) será máximo.
disponíveis no S são transferidos para o produto)
fP
S P
YP/S  p p  s s
Bailey & Ollis, 1986: propuseram uma equação para calculo do fp  .Y p / s Yp / s (max) 
Rendimento Máximo Possível de Substrato em Produto  s s  p p
(Rendimento Máximo Termodinâmico).
fp = fração de elétrons disponíveis no substrato
 p p transferidos para produto;
σp;σs = frações de carbono no produto e substrato, Como calcular o Grau de Redução de um
fp  .Y p / s
 s s
respectivamente;
p; s = graus de redução do produto e substrato,
Composto Orgânico
respectivamente;
YP/S = fator de rendimento de S em P
35 36

6
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Grau de Redução de um Composto Orgânico () Grau de Redução de um Composto Orgânico ()
È o número de elétrons disponíveis necessários para a completa
NED
combustão do substrato em CO2 e H2O
C6H12O6 (glicose)  
NC
NED NED = Número de Elétrons Disponíveis
 NC = Quantidade de carbono na substância NED=(6x4) + (12x1)+[6x(-2)] = 24
NC 24
NC = 6  4
6
O número de elétrons disponíveis é calculado pela valência dos
elementos: 4 (1)  2 ( 2 )
 CO  0
2
1
Carbono (+4)
 H O  1( 2 )  1( 2 )  0
2

Hidrogênio (+1)
 NH  1( 3)  1( 3)  0
3

Oxigênio (-2)
O2  2 ( 2 )  4
37 38

Fração de Carbono de um Composto () Calculo do fator de conversão máximo de glicose


em etanol aplicando o balanço de elétrons?
massa de Ccomposto
 composto 
MMcomposto C6H12O6 (glicose) C2H6O (etanol)
24 12
γ glicose 4 γ etanol 6
6 2
C6H12O6 (glicose)
 glicose  0,4   0,52
etanol

 gli cos e 
72
 0,4 Yp / s (máx) 
 s s

4 x0,4  0,51g / g
180  p p 6 x0,52
39 40

Exercício para consolidação dos conceitos

1) Calcular o fator de conversão máximo de xilose


(C5H10O5) em xilitol (C5H12O5) de acordo com o
conceito de rendimento máximo termodinâmico. Dados:
MM xilose = 150 g/mol; MM xilitol = 152 g/mol

2) Calcular o fator de conversão máximo de glicose


(C6H12O6) em ácido cítrico (C6H8O7) de acordo com o
conceito de rendimento máximo termodinâmico. Dados:
MM glicose = 180 g/mol; MM ácido cítrico = 192
g/mol

41 42

7
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Eficiência do Processo Eficiência do Processo – Cálculo


A eficiência de um bioprocesso pode ser definida por: No exemplo anterior:

 Y 
 %    S  observado
P 50

x100 (22)  Y 
 %    S  observado
P
 Y  40
x100
 S  máximo possível
P
 Y 
30  P S  máximo possível

P (g/L)
20
0,48
Ex: Equação estequiométrica para  %  x100
YP/S = 0.48g/g 0,51
produção de etanol 10

0
  94%
C6 H12O6 Y  2C2 H 5OH  2CO2
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
S (g/L)
P  S máx
Glicose Etanol
92
Y( P / S ) máx   0,51g / g
180 Y( P / S ) máx  0,51g / g
43 44

Estudo de Caso 1 Estudo de Caso 1

45 46

Estudo de Caso 1 Estudo de Caso 1

47 48

8
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Estudo de Caso 1 Cinética do Crescimento Microbiano

Substrato adicionado
no inicio do cultivo

Produtos retirados no
final
Descontínuo
(Sistema Fechado)

Crescimento celular (fases)


49 50

Curva Típica de Crescimento Microbiano


Fase 1 (lag)
Declínio
Desaceleração
Estacionária

Imediatamente após a inoculação;


Linear
Adaptação ao novo ambiente;
Intensa atividade metabólica (síntese de novas enzimas ou
Exponencial

componentes estruturais).
Aceleração

Não há reprodução celular, logo X = X0 = constante.


Lag
Duração da fase lag (concentração e idade do inóculo,

Curva de crescimento de micro- composição química do meio de cultivo).


organismo em cultivo descontínuo.
(A) ordenadas lineares; (B)
semilogarítmica. µ=0
51 52

Fase 1 (lag)

A fase LAG afeta negativamente a produtividade do


processo

Como evitar ou minimizar a fase LAG?

I. Aclimatizar o inóculo no meio de fermentação

II. Inocular as células na fase exponencial

III. Utilizar elevado nível de inóculo


53 54

9
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Fase 2 (Transição) – Aceleração Fase 3 (Logarítmica ou Exponencial)


Elevadas concentrações de [S] e nutriente;
Início da reprodução (crescimento); Todas as células estão se reproduzindo;
A velocidade específica de crescimento é constante e máxima;
Nem todas as células estão se reproduzindo;
µ = µm
Aumento gradual da velocidade especifica de crescimento; Sabendo que:

1 dX 1 dX dX
 m   m X (29)
X dt X dt dt
µ < µm
A velocidade é diretamente
proporcional a X
55 56

dX dX Ex: Curva de crescimento para Saccharomyces cerevisiae


 m X (29)   m dt (30)
dt X

Integrando a equação (30) entre o inicio da fase (de coordenadas ti,


Xi) e um instante arbitrário (t), tem-se:
X dX t
Xi X ti
  m dt (31)
Fase lag?

X
ln   m (t  ti ) (32) X  X i .e m (t ti )
Xi (33)

Não é recomendado analisar as fases do crescimento em


ln (x/xi)

Equação Como identificar coordenadas lineares (interpretação equivocada)


da Reta inclinação = m a fase
exponencial?
Devido a baixa concentração celular no inicio do cultivo, a
57 (t-ti) velocidade inicial parece ser mais lenta.
58

Ainda na fase exponencial, podemos determinar o tempo de geração Fase 4 (Linear)


(tg) de uma cultura;

Por definição, tg é o intervalo de tempo necessário para dobrar o A velocidade instantânea de crescimento (dX/dt) é constante;
valor da [X].
Pode ocorrer sem prévia existência da fase log;
Aplicando esta definição na equação (32), tem-se: Limitação no transporte de nutrientes (limitação de O2)

2Xi
ln   m .t g (34) dX
Xi  rx  constante (36)
dt
ou µm inversamente proporcional
ln 2 0,69
m   (35) a tg; Integrando a equação (36) entre o inicio desta fase (de coordenadas
tg tg
Bactérias (20 min) ; leveduras tc, Xc) e um instante arbitrário (t), tem-se:
(2 horas)

Válida para micro-organismos que apresentam aumento da biomassa proporcional ao


59 60
número de células

10
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X t
XC
dX  rx  dt
tC
(37) Fase 5 (Desaceleração)
Resolvendo a integral, tem-se: Esgotamento de um ou mais componentes do meio de cultivo
X  X C  rX (t  tC ) (38) necessários ao crescimento.

ou Acúmulo de metabólitos inibidores;


A concentração celular (X) é
X  X C  rX .t  rX .tC (39)
uma função linear do tempo Diminuição das velocidades de crescimento (instantânea e
específica) até se anularem no tf.
Aplicando a equação (39) na equação da velocidade específica de
crescimento, tem-se: O tempo de geração (tg) aumenta, pois nem toda população se
1 dX rX Nesta fase, (μ) decresce com o reproduz em intervalos regulares de tempo.
  (40) aumento da concentração celular, e
X dt X C  rX .t  rX .tC portanto, com o tempo de cultivo.
µ <µm
61
µ < µm 62

Fase 6 (Estacionária) Fase 7 (Declínio ou Lise )


Lise (rompimento)
A concentração celular [X] atinge o valor máximo (Xm) o qual
permanece constante; O valor da concentração celular decresce a uma velocidade que
excede a velocidade de produção de novas células.

Equilíbrio entre velocidade de crescimento e velocidade de


morte;
µ<0
µ=0

63 64

Modelos Cinéticos para Descrever o Crescimento Modelo de Monod - Influência da Composição do Meio
Celular sobre a Velocidade Especifica do Crescimento

Os modelos mais utilizados são os modelos não- Em cultivo descontinuo, a velocidade específica de crescimento celular
[ é dependente da concentração de nutrientes no meio;
[μ]
estruturados
Consideram a população celular homogênea, tanto do
ponto de vista metabólico, como estrutural. Um único nutriente do meio pode exercer efeito dominante sobre [μ];
quando este é a principal fonte de carbono e de energia, denomina-se de
O crescimento de uma população celular é quantificado Substrato Limitante do Crescimento.
apenas em termos de número ou da massa de células

Não leva em consideração Para descrever a relação entre [μ] e [S]limitante foi proposta uma equação
a natureza empírica (Equação de Monod);
Célula multicomponente da célula,
ou seja, o material celular é
representado por sua massa Baseada no modelo de Michaelis-Menten (cinética enzimática); uma vez
que o metabolismo celular é resultado de uma ação integrada de várias
65 ou número de célula. 66enzimas.
enzimas

11
16/04/2015

Dependência de μ com o valor de KS


S
  max
KS  S (41)

Equação de Monod [S]>>KS

Onde
μ = Veloc. específica de crescimento (h-1)
μmax=Veloc. específica máxima de crescimento (h-1)
[S]<<KS
Ks = Constante de saturação (g/L)
S = concentração do substrato limitante (g/L)

 No início do cultivo, onde [S] é μ  μmax (micro-organismo adaptado); O valor de μmax para um micro-organismo com elevada afinidade pelo
 No decorrer do cultivo, a medida que [S] o valor de μ (não sustenta μmax) [S]limitante (baixo KS) não irá ser afetado até que a [S] se torna muito baixa.
significa o início da fase de desaceleração);
 Para um micro-organismo com baixa afinidade pelo [S]limitante (elevado
 A constante KS representa a [S] na qual μ = ½ μmax ;
KS) o valor de μmax não será mantido, mesmo em concentrações
 A permanência do micro-organismo na região de μmax (fase exponencial) relativamente elevadas de substrato (fase de desaceleração mais longa).
67dependerá do valor de KS; 68

Valores típicos de KS para Micro-organismos Modelo de Monod

Considera apenas um único Slimitante

Não prevê a fase de adaptação (válida na fase exponencial


e desaceleração);

Não considera qualquer tipo de inibição (S ou P)

Há na literatura várias propostas para explicar tais


fenômenos.
Aula 6 - Eng. Bioquímica - LOT 2041 - Profa. Ines
69 Roberto 70

Modelo Cinético para Formação de Produtos Tipos de Produtos Metabólicos

Metabólito Primario Metabolito Secundário


Produto
Metabólico

Relação da síntese do produto


Substrato com o metabolismo
energético.

Biomassa

Durante a fase primaria do Ao final da fase de crescimento


Gaden (1955): correlação cinética entre formação de crescimento celular. do (fase estacionária).
produto e crescimento celular.
71 72

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Classificação Cinética dos Produtos

Tipo 1 - Associado ao Crescimento.

Tipo 2 – Parcialmente Associado ao


Crescimento

Associado Parcialmente Não- Associado


Tipo 3 – Não Associado ao Crescimento Associado

73 74

Tipo 1 - Associado ao Crescimento Perfil Cinético do Produto Associado ao


Crescimento (Tipo 1)
) O produto formado está diretamente ligado as reações do
catabolismo (metabolismo energético das células).

São normalmente produzidos durante a trofofase (fase


exponencial de crescimento) e referidos como produtos
metabolismo primário.

Neste tipo cinético, a velocidade específica de crescimento do


microrganismo (µX) apresenta aproximadamente o mesmo perfil
de (µS) e (µP) com o tempo.

São exemplos de produtos primários: etanol, amino-ácidos e


vitaminas (intermediários metabólicos).
Variação das velocidades específicas em uma
75 76 fermentação alcoólica

Tipo 2 – Parcialmente Associado ao Crescimento Tipo 2 – Parcialmente Associado ao Crescimento


Representa o caso de uma cinética mista, em que a formação do Luedeking e Piret (1959): modelo cinético para a fermentação
produto não está totalmente ligada ao caminho metabólico láctica (Lactobacillus delbrueckii) em pH controlado.
produtor de energia das células.
µ P
dP dX
  X (2)
dt dt 
Variação das velocidades
específicas em uma fermentação
cítrica  P   X   (3)


Não -Associado µ X
ao crescimento
Associado ao
77 78 crescimento

13
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O modelo de Luedeking e Piret pode ser útil para representação Tipo 3 – Não Associado ao Crescimento
cinética dos diferentes tipos:
Combinando a Equação (20) com a Equação (28) do balanço O produto não está diretamente ligado ao metabolismo energético
material para o consumo de substrato considerando a das células;
manutenção, temos:
x São sintetizados durante a idiofase (fases de desaceleração e
P
YP / S  (20) S  m (28) estacionária do crescimento microbiano), não apresentando uma
S YX' / S
função clara para o metabolismo celular (metabólitos secundários);

Neste tipo cinético, os perfis das velocidades (µP ; µS e µX) não


P x permitem estabelecer uma relação cinética bem definida;
 m
YP / S YX' / S
São exemplos de produtos secundários: antibióticos e toxinas
microbianas.
Y
 P  P' / S  x  YP / S m
YX / S
79 80

Perfil Cinético do Produto Não-Associado ao Modelos Cinéticos


Crescimento (Tipo 2)
1. Produto Associado ao Crescimento (Tipo 1)
Produção de
penicilina  P  x
Consumo de
Substrato
2. Produto Parcialmente Associado ao (Tipo 2)
 P  x  
O2

Crescimento 3. CrescimentoProduto Não- Associado ao Crescimento


(Tipo 3)
P  
Variação das velocidades específicas em uma
81 82
fermentação penicilínica

1. Produto Associado ao Crescimento (Tipo 1) 1. Produto Não - Associado ao Crescimento (Tipo 2)

µ P
µ P


µ X µ X

 P  x P  
83 84

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1. Produto Parcialmente Associado ao Crescimento (Tipo 3)

µ P
A classificação de Gaden não pode ser


considerada como absoluta para um dado
produto, podendo ocorrer mudança no tipo de
formação dependendo das condições de cultivo

µ X

 P  x  
85 86

Considerações Finais Referências Bibliográficas


1) O estudo cinético permite a obtenção de informações
importantes sobre o desenvolvimento de um processo Schmidell, W.; Lima, U. A.; Aquarone, E.; Borzani, W.
fermentativo;
Biotecnologia Industrial, volume 2 - Engenharia Bioquímica,
2) Os parâmetros fermentativos (rendimento e produtividade) são Editora Edgard Blücher, São Paulo, 2001;
de fundamental para avaliar o desempenho do processo;

3) As velocidades das transformações podem ser correlacionadas Pauline M. Doran, Bioprocess Engineering Principles.
por meio de equações empíricas com os fatores que nelas influem.
Copyright © 1995 Elsevier Ltd.
Ex: Monod descreve a influência da [S] sobre (µ);

4) Os comportamentos relativos de µ em função de µP fornecem a


base para uma importante classificação dos processos
fermentativos (Ex: Gaden )
Aula 6 - Eng. Bioquímica - LOT 2041 - Profa. Ines
87 88 Roberto

Estudo Dirigido Estudo Dirigido -


Tabela1: Valores experimentais de um cultivo descontínuo de Com base nos dados experimentais, pede-se:
S. cerevisiae .
1) Representar os perfis relativos a [X]; [S] e [P] em função do tempo;
Tempo (h) X (g/L) S (g/L) P (g/L) 2) Representar as fases de crescimento do microrganismo. Foi observada
0 O,91 106,9 0 fase exponencial? Se positivo, determinar o valor de µmax e tg;
3) Determinar as velocidades volumétricas e específicas para [X]; [S] e
4 0,91 106,9 0
[P] e representar graficamente os perfis destas velocidades em função
8 1,61 96,8 6,2 do tempo;
12 2,42 83,6 15,0 4) Determinar os parâmetros do processo (fatores de conversão e
produtividades). Foi observado fluxo de [S] para manutenção?;
16 3,59 59,9 23,5
5) Os fatores de conversão de substrato em células e em produtos são
20 4,71 31,6 34,3 constantes no processo? Justifique
24 5,51 10,6 42,2 6) O efeito da [S] sobre µ pode ser descrito pelo modelo de Monod? Se
28 5,56 7,0 42,8 positivo, determine os parâmetros cinéticos.;
7) Em que tipo de classificação cinética proposta por Gaden, o produto de
enquadra? Justifique.
89 90

15
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Curvas de Ajuste dos Dados Experimentais

120 6
Xm
S0

100
Biomassa
Substrato 5

Concentração celular (g/L)


Concentração de Substrato/

80
4
Produto (g/L)

60
3
Pm
40
Produto 2

20
X0
Sf
1

0
0 5 10 15 20 25 30

Tempo
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91 Roberto

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