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Ser e Tempo 

 
Citação do Sofista 
 
Heidegger  começa  com  a  constatação  de  que,  se  era  um  problema 
entre  os  gregos,  até  hoje  estamos  em  mesma  dificuldade,  não  sabemos  a 
questão do ser. 
Aqui está presente 
- Consideração pela historicidade da questão 
- Necessidade de recolocar a questão redescobrindo seu sentido 
- Colocar  de  maneira  temática  o  tempo  relacionado  com  a  questão 
do ser 
 
No  entanto,  é  necessário,  antes,  um  esclarecimento  introdutório  que 
busque: 
1. Visualizar a meta 
2. Mostrar as investigações incluídas e exigidas por essa meta 
3. Fazer uma consideração sobre a via 
 
   
INTRODUÇÃO 
EXPOSIÇÃO DA QUESTÃO SOBRE 
O SENTIDO DE SER 
 
PRIMEIRO CAPÍTULO 
 
1. Necessidade, 2. estrutura e 3. primado da questão do ser 
 
§ 1. Necessidade de uma retomada explícita da questão do ser 
 
Heidegger  crê  que  a  questão  do  ser,  malgrado  a  recente 
reafirmação  da  metafísica  na  época,  caiu  no  esquecimento.  Ela  tem  sua 
origem  nas  investigações  de  Platão  e  Aristóteles,  mas,  desde  então,  não 
representou  em  nenhuma  filosofia  posterior  uma  ‘​questão temática de uma 
real  investigação’.  E,  passado  o  tempo,  todo  esforço  posterior  mostrou-se 
apenas uma degenerescência do que outrora fora.  
Além  do  esquecimento,  alegam  superflua  e  sem  sentido  a  questão 
sobre  o  sentido  de  ser.  Os  argumentos  se  dão  por  meio  das  seguintes 
orientações: 
1. Ser é o conceito mais universal e mais vazio 
2. Como conceito mais universal resiste a tentativa de definição 
3. Portanto, prescinde de definição 
4. Todo  mundo  compreende,  ainda  que  não  o  tenha  como 
concepção 
Reside  aí,  no  abandono  da  questão  de  ser,  a  transformação  de  um 
questionamento último em evidência meridiana. 
Heidegger  dirá,  inclusive,  que  o  próprio  preconceito  relacionado  à 
questão  do  ser tem sua raiz na própria ontologia antiga. Esse preconceito, 
no  entanto,  só  pode  ser  visualizado  em  seu  fundamento  se  se  dispor  do 
sentido  de  ser.  Assim,  serão  abordados  tão  somente  os  preconceitos  que 
reivindicam a questão do ser. 
1. ‘Ser’ é o conceito ‘mais universal’.  
- Aristóteles  -  Ser  é  unidade  da  analogia,  transgenérico  e 
transespecífico.  No  entanto  deixa  o  nexo  das  analogias  em 
obscuridade 
- Medievais  -  Ser  é  ​transcendens.    Não  obstante  as  discussões,  não 
chega a ter uma clareza de princípio quanto ao ser.  
​ - Hegel  -  Ser  é  o  imediato  indeterminado.    O  problema  é 
simplesmente abandonado e colocado a base de sua lógica. 
Conclusão  -  Dizer  que  ser  é  o  conceito  mais  universal  de  nenhum  modo 
se segue que ele é o conceito mais claro; o contrário, é obscuro. 
 
2. ​O conceito de ‘ser’ é indefinível. *Decorrência da sua máx universalidade. 
- Se o ser não se articula conceitualmente segundo gênero e espécie e 
se  formos  tratar  da  definição  segundo  genêro  próximo  e  diferença 
específica,  então  a  diferença  de  natureza  entre  o  ser  e  esses  termos 
não permite uma definição, de fato. 
Conclusão  -  Ser  não  é  nenhum  ente  para  que  possamos  definir  ele 
mediante  instrumentais  da  apreensão  próprio  aos  entes.  A 
indefinibilidade  do  ser  só  diz  que  ele  não  é  apreensível  segundo  a  lógica 
tradicional, mas de nenhum modo dispensa seu questionamento. 
 
3.  ​O  ‘ser’  é  o  conceito  evidente  por  si  mesmo.  Compreensão  de  ser  não  é 
concepção.  Dizer  que  sempre  se  compreende  ser  é  ter  um  enigma 
inserido a priori. 
Conclusão  -  a  compreensão  mediana  de  ser  em  que  nos  movemos 
cotidianamente  de  maneira  nenhuma  dispensa  a  questão  do  sentido  de 
ser. 
 
Conclusão  -  O  exame  dos  preconceitos  mostra  que o questionamento do 
ser  não  é  d  enenhuma  maneira  superfluo.  Mas  é  1.  sem  direção  2.  não 
deve  ser  tratado  a  maneira  dos  entes  e,  portanto,  exige  um  tratamento 
próprio e 3. falta resposta 
 
Transição  ao  próximo  parágrafo  e  nexo  -  Mostrou-se  a  necessidade 
premente  de  se  recolocar  a  questão,  porque  ela,  diante  do  tratamento 
tradicional, não recebeu nenhuma luz e resposta. 
 
   
§ 2. A estrutura formal da questão do ser 
 
 
Já  que  a  questão  do  ser  como  fora  tratada  pela  tradição  1.  não  teve 
nenhuma  resposta  satisfatória  e  2.  não  teve  nenhuma direção, trata-se de 
recolocar a questão do ser e explicitar sua estrutura. 
Explicitar  a  questão  envolve  1.  dizer  o  que  pertence  a  uma  questão 
e 2. mostrar a questão do ser como a privilegiada. 
 

 
 
Heidegger  parte  do  pressuposto  válido  que  sempre 
compreendemos  ser,  malgrado  isso,  não  dispomos  de  um  conceito  dele; 
além disso, nem o horizonte possuimos em que poderiamos apreende-lo.  
“Essa compreensão vaga e mediada de ser é um fato” 
No  entanto,  não  podemos  explicar  o  que  propriamente  é  essa 
comprensão  mediada  de  ser  de  ínicio,  mas  só  depois  de  apreender  o 
sentido de ser que poderemos delimitá-la.  
Os momentos constitutivos da questão 
- Busca - busca pelo sentido de ser 
- Direção prévia da busca - compreensão mediada de ser 
- Buscado - Busca pelo sentido de ser 
- Questionar - modo de ser do ser-aí 
- Questionado - Ser 
- Ser - aquilo que determina o ente enquanto ente; o em vista do 
qual o ente já é sempre compreendido em qualquer discussão. Não 
sendo, ele mesmo, outro ente. 
- Perguntado - O sentido de ser 
- Interrogado - Se ser se diz sempre de um ente, será justamente o 
ente que será questionado em seu ser. 
 
No  entanto,  para  apreender-lhe  o  ser  por  meio  de  um 
questionamento  é  necessário,  de  antemão,  um  modo  seguro  de  acesso  a 
esse  ente.  Ser  se  diz  de  todos  os  entes.  No  entanto,  em  qual  ente  deve-se 
ler o sentido de ser ? 
 
Novamente, caso a questão queira ser explícita e transparente, 
deve-se esclarecer 
1. A maneira de se visualizar o ser 
2. De se compreender e apreender conceitualmente sentido 
3. A erparação da possibilidade de uma escolha correta do ente 
exemplar 
4. A elaboraçao do modo genuino de acesso a esse ente. 
 
No  entanto,  veja  só,  todas  as  atitudes  elencadas:  visualização, 
preparação,  elaboração,  aceder,  escolher.  Todas elas são atitudes próprias 
do  homem,do  ser-aí.  Assim, obrigatoriamente, se estamos perguntando a 
questão  do  ser,  quem  irá  questionar  somos  nós  e  quem  irá  visualizar  e 
aprender  conceitualmente  somos  nós,  ou  seja,  ​a  questão  do  ser 
necessariamente assume a forma de uma analítica existencial. 
“Elaborar a questão do ser significa, portanto, tornar transparente um 
ente - que questiona - em seu ser.” 
Analítica  existencial  -  ​“A  colocação  explicita  e  transparente  da  questão 
sobre  o  sentido  do  ser  requer  uma  explicação  prévia  e  adequada  de  um 
ente (do ser-aí) no tocante a seu ser. 
   
Objeção  ao  círculo  vicioso  -  A  questão  não  num  círculo  vicioso  porque 
posso  determinar  um  ente  em  seu  ser  mesmo  sem  já  dispor  de  um 
conceito  de  ser.  Porque,  veja  bem,  se  precisássemos  dispor  de  um 
conceito  de ser para esclarecer qualquer coisa, não poderíamos esclarecer 
nada.  Já  temos  que  ter  diante  mão  uma  visualização  de  ser  para  que  o 
ente se articule em seu ser. 
Uma  coisa  é  sentido  de  ser,  outra  coisa  é  determinar  o ente em seu 
ser.  
 
Conc.  -  Foram  tratados  os  momentos  estruturais  da  questão  e  se  deixou 
uma  deixa  para  um  ente  privilegiado  que  guarda  uma  remissão  ao  ser. 
Que  faz  parte  da  sua  constituição  essencial  a  compreensão  vaga  e 
indefinida  de  ser.  Talvez  seja  aí  que  deva  se  procurar  apreender 
conceitualmente o sentido de ser.  
 
   
3. O primado ontológico da questão do ser 
 
Aqui  será  esclarecido,  no  que  concerne  à  questão  do  ser:  1.  sua 
função, 2. sua intenção e 3. seus motivos. 
Até  aqui  a  necessidade  da  questão  foi  determinada  pela  falta  de 
resposta  e  pela  ausência  de  uma  colocação  adequada  da  questão.  Mas, 
qual a serventia da questão? 
Ser  é  sempre  ser  de  um  ente.  Heidegger  diz  que os entes podem se 
tornar  alvo  de  projetos  de  compreensão  de  ser  que  vão  fundar  conceitos 
fndamentais  e,  assim  delimitar  uma  região  específica  de  ente.  Tal 
acontece  já  sempre  numa  atitude  pré-científica.  Mas  essa  atividade  pode 
ser  tomada  de  maneira  temática  e  se  criar  um  conceito  fundamental  em 
torno daquele ente específico.  
Disso  decorre  que  a  positividade  da  ciência  não  é  resultado  dos 
resultados  que  se  obtém  dentro  daquele  âmbito  determinado  pelo 
conceito  fundamental.  Antes,  a  positividade  e  o  progresso da ciência têm 
a  ver  com  a  revisão  dos  conceitos  fundamentais  que  reagem  a  um 
conhecimento cada vez mais profundo das próprias coisas. 
Assim,  pode-se  atribuir  as crises nas ciências ao fato de os conceitos 
fundamentais  já  não  darem  mais  conta  da  própria  coisa  em  toda  sua 
profundidade.  
“​O nível de uma ciência determina-se pela sua capacidade de sofrer uma crise em 
seus conceitos fundamentais. Nessas crises imanentes da ciência vacila e se vê 
abalado o relacionamento das investigações positivas com as próprias coisas 
questionadas.” 
 
Exemplos de ciência e seu âmbito de objeto correlato. 
 
Matemática - Numero 
Física - Natureza 
Biologia - Organismo e vida 
História - Realidade histórica 
Teologia - Deus 
 
“​Conceitos  fundamentais  são  determinações  em  que  o  âmbito de objetos, que serve 
de  base  a  todos  os  objetos  temáticos  de  uma  ciência,  é  compreendido  previamente 
de modo a guiar todas as pesquisas positivas” 
 
 
No  entanto,  Heidegger  diz  que  tais  conceitos  fundamentais  são 
precedidos  por  uma  investigação  prévia  daquele  determinado  âmbito.  A 
produção  de  conceitos  fundamentais  é  precedida  por  uma  “​investigação 
prévia que interpreta esse ente na constituição fundamental de seu ser” 
 
O  questionar  das  ciências,  isto  é,  aquela  investigação  produtora  de 
conceitos  que  interpreta  o  ente  em  sua  constituição  fundamental  de  seu 
ser,  necessita,  para  que  se  guie,  dispor  de  uma  interpretação  do  sentido 
de  ser  em  geral.  Em  outras  palavras,  para que interpretemos com clareza 
o  ente  em  sua  constituição  fundamental  de  ser  precisamos  primeiro 
dispor do que significa ser em geral. 
Assim,  duas  coisas  são  visadas  pela  investigação  do  sentido  de  ser 
em geral. 
1. A  projeção  de  ser  que  interpreta  o  ser  do  ente  em  sua  constituição 
fundamental  e  funda  uma  região  de  ser  guiada  por  um  conceito 
fundamental daquela região. 
2. Visa  a  condição  de  posibilidade  das  ontologias  que  antecedem  a 
ciência.  
“​Mas o primado objetivo científico não é o único’=” 
 
4. O primado ôntico da questão do ser 
 
Definição  tradicional  de  ciência  -  O  todo  de  um  conjunto  de 
fundamentação de proposições verdadeiras. 
Para  Heidegger  essa  definição  1.  não  é  completa  e  2.  nem  alcança  o 
sentido de ciência. 
 
Primeiro  que  ciência  é  um  modo  de  ser  do  homem  e,  ainda  assim, 
não  é  o  modo  mais  ​próximo  desse  ente.  O  ser-aí  é  um  ente  privilegiado 
(por ter o modo de ser da ciência?). 
Heidegger  em  seguida quer mostrar em que consiste esse privilégio 
do  ser-aí.  Para  tanto,  diz  ele,  terá  que  “​conceber  previamente  análises 
posteriores”. 
 
Privilégio ôntico 
O  ser-aí,  de  acordo  com  Heidegger,  não  pode  ser  concebido  como 
um  ente que ocorre entre outros, numa nivelação de ser. Em que consiste 
essa  distintção?  ​Em  seu  privilégio  ôntico.  “O  privilégio  ôntico  que  distingue  o 
ser-aí está em ele ser ontológico”. O que diz o ​ser ontológico do ser-aí? 
O  ser-aí  é  um  ente  privilegiado,  pois,  na  medida  em que é, está em 
jogo  seu  próprio  ser.  O  ser-aí  possui  o  modo  de  ser  de  um  ente  que,  na 
medida  em  que  é​,  possui  uma  relação  de  ser  com o seu ser mais próprio. 
“​O ser-aí se compreende em seu ser sendo.” 
 
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Uma importante ​distinção terminológica inserida aqui. 
 
Ontologia  -  ​termo  usado  para  designar  o  questionamento  explícito  do 
sentido do ser.  
Pré-ontológico  ​-  é o termo usado para fazer alusão à compreensão de ser 
que determina o ser-aí enquanto tal.  
 
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Existência  ​-  É  o  próprio  ser  com  o  qual  o ser-aí pode relacionar-se dessa 
ou  daquela  maneira  e  com  o  qual  ele  sempre  se  relaciona  de  alguma 
maneira.  ​Uma  nova  distinção  mediante  o  ser  simplesmente  dado:  “​O  ser-aí  não 
pode  ser  determiando  mediante  uma  indicação  do  conteúdo  quididativo.”  Para 
Heidegger  o  ser-aí,  como  ficou  claro  acima,  não  é  um  ente  entre  outros; 
pelo  contrário,  o  ser-aí  possui  seu  ser  em  jogo,  que  o  difere  dos  outros 
entes  por  um  privilégio  ontológico,  i.e.,  pertence  a  sua  constituição  uma 
abertura  ao  ser,  compreensão  de  ser.  Assim  sendo,  o  ser-aí  não  pode  ser 
determinado  mediante  uma  indicação  de  conteúdo  quidadtivo  (o  que  é), 
i.e.,  mediante  um  tal  conjunto  de  propriedades,  tal  como  outros  entes 
que  tem  seu  ser  já  articulado,  ou  melhor,  não  mantém  nenhuma  relação 
de ser. 
O  ser-aí,  pelo  contrário,  sempre  tem  de  possuir  o seu ser como seu 
e  para  isso  mantém  uma  relação  com  seu  ser  mais  próprio,  com  a 
existência.  
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Pertence  ao  ser-aí  uma  compreensão  de  si  a  partir  de  sua  existência,  o 
ser-aí  já  sempre  compreendeu.  Ele  já  sempre  si  compreende,  a  partir  de 
uma relação com sua existência, de ser ele mesmo ou não ser.  
 
Essas  possibilidades  de  ser  que  são  oferecidas  pela  existência,  o  ser-aí  já 
sempre  1.  as  escolheu,  2. mergulhou nelas ou 3. simplesmente ali cresceu. 
No  entanto,  “​No  modo  de  assumir-se  ou  perder-se,  a  existência  só  se  decide  a 
partir de cada ser-aí em si mesmo” 
Por  isso  que  Heidegger  diz  que  a  questão  da  existência  só  poderá 
ser  esclarecida  mediante  o  próprio  existir.  Isto  é,  a  relação  que 
mantenhocom  minha  possibilidade  mais  própria  será  esclarecida 
mediante  a  própria  existência  que  já  sempre  se  relacionar  com  essa 
posibilidade  ser  assumir  ou  não  o  ser  mais  próprio.  A  essa  compreensão 
de  ser  de  si  mesma  que  o  ser-aí  perfaz  em  sua  relação  com  a  existência 
heidegger dá o nome de ​existenciária.  
 
O  objetivo  da  investigação  não  é  o  esclarecimento  de  questoes 
existenciárias,  dado  que  seria  impossível,  pois  cada  um  mantém  uma 
relação individual com o seu ser mais próprio (morte).  
 
Assim,  delimitado  o  escopo  da  investigação,  Heidegger  diz  que  a 
preocupação  da  analítica  existencial  será  “desdobrar  e  discutir  o  que 
constitui  a  existência”.  O  que  constitui  a  ​existência  ​?  O  conjunto  das 
estruturas  ontológicas  que  constitui  o  existir,  a  que Heidegger dá o nome 
de ​existenciais​ a cada estrutura e o seu conjunto ​existencialidade. 
 

 
Existencialidade  -  ​constituição  de  ser  de  um  ente  que  ​existe.  A  analítica 
existencial,  então,  diz  Heidegger,  precisa  de  uma  visualização  prévia  da 
existencialidade, pois ela determina o ser do ser-aí. 
 
Assim,  a  análise  do  sentido  de  ser  tem  que  passar  por  uma  analítica 
existencial,  posto  que  Heidegger  diz  “​Na  ideia  dessa  constituição  de  ser  já  se 
encontra, pois, a ideia de ser em geral” 
 
Heidegger  em  seguida  diz  que  a  possibilidade  de  se  realiar  uma  analítca 
do  ser-aí  sempre  depende  de  uma  elaboração  prévia  da  questão  sobre  o 
sentido de ser em geral 
 
 
 
Com  base  nisso  Heidegger  dirá  “​É  por  isso  que  se deve procura, na anaalítica 
existencial  do  ser-aí,  a  ontologia  fundamental  de  onde  todas  as  demais  podem 
originar-se.” 
 
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O primado múltiplo do ser-aí 
 
1. Primado ôntico - ​o ser-aí é um ente determinado pela existência 
2. Primado  ontológico  -  ​Pertence  uma  compreensão  de  ser  de  todos 
os  entes  destituidos  do  modo  de  ser  do  ser-aí  enquanto  dela  é 
constitutivo mundo. 
3. Primado  ontico-ontológico  -  ​O  ser-aí  é  condição  de  possibilida  de 
toda e qualquer ontologia. 
 
“A  questão  do  ser  não  é  senão  a  radicalização  de  uma  tendência 
ontológica  essencial,  própria  do  ser-aí,  a  saber,  da  compreensão 
pré-ontológica de ser.” 
 
   
4. O primado ôntico da questão do ser. 
 
Definição  tradicional  de  ciência  -  “Ciência  é  um  todo  de  um  conjunto  de 
fundamentação de proposições verdadeiras” 
 
Crítica  de  Heidegger  -  1.  não  é  completa  e  2.  não  alcança  o  sentido  de 
ciência. 
 
A  ciência  desponta  como  um  privilégio  do  ser-aí.  Muito embora não seja 
seu  mais  comum  modo  de  ser,  porém,  seu  modo  de  ser  é  derivado  do 
modo de ser do ser-aí.  
 
Que privilégio é esse que o ser-aí tem ?  
 
*​Heidegger  anuncia  logo  que  aqui  vai  soltar  teses  que  posteriormente  - 
nos capítulos que se seguirão - serão demonstradas. 
 
O  ser-aí  não  é  um ente entre outros. Isto quer dizer que há outros modos 
de  ser  e  o  ser-aí  se  destaca  ante  os  outros  entes  por  ter  um  modo  de  ser 
privilegiado. Mas qual é o critério que distingue o ser-aí dos outros entes? 
Heidegger  irá  dizer  que  ela  possui  um  privilégio  ôntico  de  que  em  seu 
ser, na medida que é, está em jogo seu próprio ser.  
Ou  seja,  o  ser-aí  sempre  possui  uma  relação  de  ser  com  seu  próprio  ser, 
ele sempre se compreende a si mesmo. 
 
“​A compreensão de ser é em si mesma uma determinação de ser do ser-aí” 
 
Isto quer dizer que o ser-aí, ele mesmo, é ontológico. 
 
Distinção terminológica 
 
Ontologia - Pergunta explícita pelo sentido de ser 
 
Pré-ontológico  -  Esse  privilégio  ôntico  do  ser-aí  em  ser  ontológico,  isto  é, 
possuir uma compreensão pré-ontológica de ser. 
 
Existência  -  ​“Chamamos  existência  ao  próprio  ser  com  o  qual  o  ser-aí 
pode  relacionar-se  dessa  ou  daquela  maneira  e  com  o  qual  ela sempre se 
relaciona  de  alguma  maneira”.  A  escolha  do  termo  ser-aí  reflete  bem  a 
essência  do  ser-aí  enquanto  existência,  pois,  dado  que  não  podemos 
deteminá-lo  mediante  conteúdo  quididativo,  isto  é,  um  ente  com  tais  e 
tais propriedades, mas sim um ente que pertence a sua constituição o fato 
de  ter  o  próprio  ser  em  jogo,  ele  é  simplesmente  pura  expressão  de  ser: 
ser-aí. 
“​O  ser-aí  sempre  compreende  a  si  mesmo  a  partir  de  sua  existência,  de 
uma possibilidade própria de ser ou não ser ele mesmo”  
Possibilidade  de  ser  si-mesmo  aqui  tem  três  modos  1.  escolher  2. 
mergulhar nelas 3. simplesmente ali cresceu (indiferença?). 
Mas  no  modo  de  assumir-se  ou  perder-se  isso  é  assunto  particular 
de  cada  ser-aí,  “a  questão  da  existÊncia  só  poderá  ser  esclarecida  pelo 
próprio existir”. 
 
Compreensão  existenciária  -  aquela  compreensão  de  ser  que  é  particular  a 
cada  ser-aí  de  sua  própria  relação  de  ser  com  seu  próprio  ser. 
Compreender  a  si  mesmo  a  partir  de  seu  ser  mais  próprio  ou  não,  não 
exige  um  esclarecimento  teórico  ou  uma  explicação  de  modo  a  tornar  a 
estrutura da existência transparente. 
 
Compreensão  existencial  -  Seria  a  compreensão  daquilo  que  constitui  a 
existência 
 
Existencialidade  -  O  conjunto  das  estruturas  ontológicas  que  constituem a 
existência. “A constituição de ser de um ente que existe” 
 
Análise  da  existencialidade  -  Como  a  existencialidade  é  o  conjunto  das 
estruturas  ontológicas  que  constituem  o  ser  do  ser-aí,  i.e.,  a  existência, 
uma  análise  existencial  não  fará  outra  coisa  que  não  expor  a  estrutura 
ontológica da existência. 
 
A  análise  da  existencialidade  é  possível? Se o ser-aí possui o privilégio ôntico 
de ser ontológico, isto é, possui compreensão de ser, então sim.  
Por  que  a  analítica  existencial  do  ser-aí  é  necessária?  O  ser-aí  é  o  único  ente 
que  possui  a  determinação  de  compreensão  de  ser,  se  a  pergunta  da 
ontologia  fundamental  heideggeriana  é  a  pergunta  pelo  sentido  de  ser 
em  geral, a análise não poderá desviar de analisar como o sentido de ser é 
concebido  pelo  ser-aí  em  sua  relação  de  ser  com  as  coisas,  ainda  no 
modo  de  uma  cotidianidade  mediana,  para  ver  como  ser-aí compreende 
o  que  é  ser.  “Entendemos  a  existencialidade  como  a  constituição  de  ser 
de  um  ente  que  existe.  Na  ideia  dessa  constituição  de  ser  já  se  encontra, 
pois, a ideia de ser em geral” 
 
Na  constituição  de  ser  do  ser-aí,  isto  é,  no  conjunto  das  estruturas 
ontológicas  que  perfazem  sua  existencialidade,  já  se  encontra  a  ideia  de 
ser em geral.  
Mas  Heidegger  diz  que  é  necessário  uma  elaboração  prévia  da 
questão  sobre  o  sentido  de  ser  em  geral,  a  fim  de  que  possamos  realizar 
uma analitica do ser-aí. 
 
Ciências  -  São modos de ser em que o ser-aí se relaciona com outros entes 
que possuem o modo de ser diferente do seu. 
No  entanto,  pertence  a constituição fundamental de ser do ser-aí mundo. 
O  ser-aí  é  ser-no-mundo,  e  mundo  envolve  os  entes  que  podem  se 
manifestar  para  o  ser-aí.  Então,  na  medida  em  que  o  ser-aí  sempre  se 
relaciona  dessa  ou  daquela  maneira  com  seu  próprio  ser  e  sendo mundo 
parte de constituição do ser-aí, mundo já é sempre compreendido.  
Consequência  -  Dado  que  o  ser-aí  possui uma compreensão de si mesmo a 
partir  de  seu  poder  ser​,  sempre,  e  mundo  faz  parte  da  sua  constituição; 
então  o  ser  dos  entes  que podem se tornar acessíveis dentro do mundo já 
tem  seu  ser  compreendido  de  antemão  e  as  ciências  justamente  tiram 
seus  conceitos  fundamentais  dessa  compreensão  pré-ontológica  de  ser 
que  não  tem  nenhum  esclarecimento  teórico  de  modo  a  torná-la 
transparente. 
 
“É  por  isso  que  se  deve  procurar,  na  analítica  existencial  do  ser-aí,  a  ontologia 
fundamental de onde todas as demais podem originar-se” 
 
O ser-aí possui um primado múltipl frente a todos os outros entes. 
 
Primado  ôntico:  ​está  em  o  ser-aí  ser  ontológico,  ele  é  determinad  pela 
sua existência.  
 
Primado  ontológico:  ​pertence  ao  ser  do  ser-aí  a  compreensão  de  ser  de 
todos  os  outros  entes  que  não  possuem  o  modo  de  ser  do  ser-aí,  ele  é 
ontológico.  
 
Primado  ôntico-ontológico: ​o ser-aí é condição de possibilidade de todas 
as ontologias. 
 
No  entanto,  dirá  Heidegger,  a  analítica  existencial  possui  razies 
ônticas,  existenciárias.  O  questionamento  explícito  pelo  sentido  de ser só 
pode ser feito por aquele ente que existe faticamente.  
“A  questao  do  ser  não  é  senão  a  radicalização  de  uma  tendência 
ontológica  essencial,  própria  do  ser-aí,  a  saber,  da  compreensão 
pré-ontológica de ser.” 

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