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Manual Completo de Contabilidade Pública 
4ª edição 
 
Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

Neste arquivo constam as resoluções e comentários para todas as questões


apresentadas ao final dos capítulos e tópicos do livro.

Sumário
Capítulo 1 2

Capítulo 2 11

Capítulo 3 28

Capítulo 4 61

Capítulo 5 103

Capítulo 6 111

Capítulo 7 122

Capítulo 8 128

Capítulo 9 166

Capítulo 10 189

Capítulo 11 192

Capítulo 12 196
Manual Completo de Contabilidade Pública (4ª ed.) – Resoluções para as Questões de Concurso 
Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

CAPÍTULO 01 – CONTABILIDADE PÚBLICA

1.11. Questões de Concursos Públicos

1. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


Aqueles desenvolvidos internamente ou recebidos em doação também fazem parte do
patrimônio público. ERRADO.

2. (CESPE – Administrador/MS – 2013)


Empresa pública: explora atividade econômica ou executa serviço público; capital
exclusivamente público (100%); pode assumir qualquer forma jurídica (S/A, Ltda. etc.);
personalidade jurídica de Direito Privado.
As empresas públicas, assim como as sociedades de economia mista, devem aplicar, de
regra, a contabilidade privada, salvo se estiverem enquadradas como “empresa estatal
dependente”, situação em que deverão utilizar as normas de Contabilidade Pública.
LC.101/00, art.2º, III: “empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em
geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária;”. CERTO.

3. (CESPE – Analista-GestãoFinanceira/SERPRO – 2013)


O objeto da Contabilidade Pública de fato é o patrimônio público, nele compreendidos os bens
e direitos, tangíveis ou intangíveis. ERRADO.

4. (CESPE – Analista-GestãoFinanceira/SERPRO – 2013)


Para o adequado conhecimento da composição patrimonial, a Contabilidade Pública aplica o
regime de competência. ERRADO.

5. (CESPE – Analista-Contador/STJ – 2015)


É da competência do sistema de contabilidade FEDERAL registrar a renúncia de receitas da
União, e não de todos os entes. Cada ente manterá seu próprio sistema de contabilidade.
Lei nº 10.180/01:
Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos
relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e
evidenciar:
(...)
VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais.
ERRADO.

6. (CESPE – Analista-Contador/STJ – 2015)


Decreto nº 6.976/09 – Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal:
Art. 10. As competências de órgão setorial de contabilidade, previstas no art. 9o, serão
exercidas pela unidade responsável pela atividade de finanças dos Ministérios, da
Advocacia-Geral da União, do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público
da União e dos órgãos da Presidência da República, (...)
CERTO.

7. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o
acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a
determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a
análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
Segundo a Lei nº 4.320/64, conforme exigida na questão, a apuração dos custos NÃO ocorre
para TODOS os serviços prestados ao cidadão, mas apenas dos serviços industriais. ERRADO.

8. (CESPE-Contador/FUB-2015)
Em virtude do regime de competência, as receitas e despesas devem ser reconhecidas em
virtude do fato gerador, ou seja, com a prestação do serviço: realização dos jogos olímpicos.
CERTO.

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9. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


Aqueles desenvolvidos internamente ou recebidos em doação também fazem parte do
patrimônio público. ERRADO.

10. (CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


As disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal obrigam a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios. CERTO.

11. (CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


Conceitos informados no art. 2º, incisos II e III da LRF:
empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador
recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou
de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação
acionária;
ERRADO.

12. (CESPE – Contador/MPOG – 2015)


O registro de um ativo deve ocorrer em virtude do fato gerador, seja a prestação do serviço
ou entrega do bem, e não pela assinatura do contrato. ERRADO.

13. (CESPE – Analista-Contabilidade/ANP – 2013)


A evidenciação de determinados bens de uso comum do povo pela Contabilidade Pública é
uma das novidades advinda com a implantação das normas internacionais.
NBC T 16.10, item 30, informa que os bens de uso comum que absorveram ou absorvem
recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no
Ativo Não Circulante, ou seja, serão incorporados ao patrimônio público e evidenciados nos
demonstrativos contábeis. CERTO.

14. (CESPE – Administrador/MS – 2013)


Empresa pública: explora atividade econômica ou executa serviço público; capital
exclusivamente público (100%); pode assumir qualquer forma jurídica (S/A, Ltda. etc.);
personalidade jurídica de Direito Privado.
As empresas públicas, assim como as sociedades de economia mista, devem aplicar, de
regra, a contabilidade privada, salvo se estiverem enquadradas como “empresa estatal
dependente”, situação em que deverão utilizar as normas de Contabilidade Pública.
LC.101/00, art.2º, III: “empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente
controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em
geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de
participação acionária;”. CERTO.

15. (CESPE – Analista-PGPE1/MS – 2013)


Sociedade de economia mista: explora atividade econômica ou executa serviço público;
capital público e privado (misto); assume apenas a forma de sociedade anônima;
personalidade jurídica de Direito Privado. ERRADO.

16. (CESPE-Analista-Atuarial/MPU-2015)
O orçamento fiscal refere-se aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
Portanto, tais despesas correntes de fato restarão contidas nesta parte do orçamento.
CERTO.

(CESPE – Contador/MTE – 2014)


17.
LC. 101/00, art. 50, § 3º:
A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o
acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
Decreto nº 6.976/09 – Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal:
Art. 7o Compete ao órgão central do Sistema de Contabilidade Federal:

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XIX - manter sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial;
CERTO.

18.
Decreto nº 6.976/09 – Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal:
Art. 4º O Sistema de Contabilidade Federal tem como objetivo promover:
I - a padronização e a consolidação das contas nacionais;
II - a busca da convergência aos padrões internacionais de contabilidade, respeitados os
aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação vigente; e
III - o acompanhamento contínuo das normas contábeis aplicadas ao setor público, de
modo a garantir que os princípios fundamentais de contabilidade sejam respeitados no
âmbito do setor público.
CERTO.

19. (CESPE – Analista Administrativo/ANCINE – 2013)


Código Civil (grifei):
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de
direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal,
inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de
direito privado.
As escolas públicas constituem bens de uso especial, pois são de propriedade do estado e
destinam-se especialmente à execução dos serviços públicos. ERRADO.

(CESPE – Analista Administrativo/IBAMA – 2013)


20.
As autarquias são de direito público, as fundações públicas podem ser criadas como de direito
público ou privado e as empresas públicas são de direito privado. ERRADO.

21.
O IBAMA é uma autarquia, portanto, faz parte da administração indireta e aplica as normas
de Contabilidade Pública. ERRADO.

(CESPE – Contador/TCE-RO – 2013)


22.
Para as Ciências Contábeis o patrimônio é composto de ativo, passivo e patrimônio líquido,
sendo da mesma forma para o patrimônio público e para a contabilidade pública.
Em virtude da Lei nº 4.320/64 fazer referência ao patrimônio líquido como “saldo
patrimonial” (art. 105, inciso V), a doutrina sempre observou tal sutil diferença de
denominação que era utilizada para a contabilidade pública. Assim, a banca examinadora
considerou a especificidade dessa lei. Gabarito oficial: CERTO.

23.
O fato de gerar serviços, e não apenas benefícios econômicos, é um importante detalhe na
análise e classificação dos elementos patrimoniais para a contabilidade pública. Os entes
públicos objetivam a prestação de serviços públicos à sociedade. Nessa medida, um elemento
patrimonial que tenha a potencialidade de gerar serviços também será um ativo, mesmo que
não possua a capacidade de gerar benefícios econômicos.
Ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros OU potencial de
serviços. CERTO.

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24. (CESPE – Contador/TCE-RO – 2013)


LRF (LC.101/00):
Art.50, § 2o A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao
órgão central de contabilidade da União, enquanto não implantado o conselho de que
trata o art. 67.
Lei n º 10.180/01:
Art. 17. Integram o Sistema de Contabilidade Federal:
I - a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão central;
II - órgãos setoriais.
Art. 18. Compete às unidades responsáveis pelas atividades do Sistema de Contabilidade
Federal:
VII - consolidar os balanços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
com vistas à elaboração do Balanço do Setor Público Nacional;
Decreto nº 6.976/09 – Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal:
Art. 7o Compete ao órgão central do Sistema de Contabilidade Federal:
II - manter e aprimorar o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e o processo de
registro padronizado dos atos e fatos da administração pública;
XI - editar normas gerais para consolidação das contas públicas;
XII - elaborar, sistematizar e estabelecer normas e procedimentos contábeis para a
consolidação das contas públicas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios;
CERTO.

25. (CESPE – Analista Administrativo/ANCINE – 2013)


Portaria STN nº 244/2012 – Aprova o Regimento Interno da STN:
Art. 1º A Secretaria do Tesouro Nacional, órgão específico singular do Ministério da
Fazenda e órgão central dos Sistemas de Administração Financeira Federal e de
Contabilidade Federal diretamente subordinado ao Ministro de Estado da Fazenda, tem
por finalidade:
(...)
XX - estabelecer normas e procedimentos para elaboração de processos de tomadas de
contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e
de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte dano
ao erário, e promover os correspondentes registros contábeis de responsabilização dos
agentes;
Portanto, a STN, órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, estabelece normas e
procedimentos para que tais processos sejam elaborados pelos órgãos setoriais. ERRADO.

(CESPE-Contador/FUB-2015)
26.
A contabilidade deverá registrar quaisquer alterações ocorridas no patrimônio público, sejam
elas oriundas ou não da execução do orçamento. Por exemplo, o recebimento de bens em
doação (que é um fato totalmente alheio ao orçamento público), deverá ser registrado e
evidenciado pela contabilidade. CERTO.

27.
Lei nº 10.180/01:
Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos
relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e
evidenciar:
(...)
V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal;
ERRADO.

28.
Lei nº 10.180/01 (grifei):
Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos
relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e
evidenciar:

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I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos


sobre a estrutura do patrimônio da União;
II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos adicionais,
as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga à conta desses
recursos e as respectivas disponibilidades;
III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo,
arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes
ou confiados;
IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações;
V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal;
VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada;
VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais.
ERRADO.

29. (CESPE – Analista-Perícia-Contador/MPU – 2013)


As empresas estatais dependentes devem aplicar as normas de contabilidade pública, fato
este que não as isenta de também cumprir as exigências da contabilidade empresarial, como
as específicas para empresas de capital aberto e para comercialização de ações em bolsa de
valores: elaboração de demonstrações contábeis, divulgação de informações etc. ERRADO.

30. (CESPE – AFCE/TCU – 2013)


Os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração pública
são bens de uso especial. ERRADO.

31. (CESPE – Analista-Contabilidade/TRE-RJ – 2012)


O patrimônio público é o objeto de estudo da Contabilidade Pública, o qual é composto de
bens (tangíveis e intangíveis), direitos e obrigações. CERTO.

32. (CESPE – ACE/TC-DF – 2014)


A STN é o órgão central de contabilidade do Governo Federal, responsável pela edição de
normas gerais para consolidação das contas públicas (LC. 101/00, art. 50, § 2º), estando
subordinada administrativamente ao Ministério da fazenda. Gabarito oficial: CERTO.

33. (CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


Lei nº 10.180/01 (grifei):
Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos
relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e
evidenciar:
I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos
sobre a estrutura do patrimônio da União;
II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos adicionais,
as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga à conta desses
recursos e as respectivas disponibilidades;
III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo,
arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes
ou confiados;
IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações;
V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal;
VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada;
VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais.
Parágrafo único. As operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira
não compreendidas na execução orçamentária serão, também, objeto de registro,
individualização e controle contábil.
CERTO.

34. (Cespe – TCE-RO – Auditor-CiênciasContábeis – 2013)


LRF (LC no 101/2000, art. 2o):
II – empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador

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recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou


de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação
acionária;
ERRADO.

(CESPE – Analista-Gestão/MPU – 2013)


35.
As entidades da Administração Pública indireta possuem personalidade jurídica e patrimônio
próprios, sendo vinculadas a órgãos da Administração direta. São responsáveis por atividades
ou negócios que o Governo julga ser melhor ou necessita que sua execução seja de forma
descentralizada.
Empresa pública: explora atividade econômica ou executa serviço público; capital
exclusivamente público (100%); pode assumir qualquer forma jurídica (S/A, Ltda. etc.);
personalidade jurídica de Direito Privado.
Sociedade de economia mista: explora atividade econômica ou executa serviço público;
capital público e privado (misto); assume apenas a forma de sociedade anônima;
personalidade jurídica de Direito Privado.
As empresas públicas e sociedades de economia mista aplicam, por via de regra, a
contabilidade privada, salvo se estiveram enquadradas como “empresa estatal dependente”
(LC.101/00, art.2º, III), situação em que deverão utilizar as normas de Contabilidade
Pública. CERTO.

36.
As fundações públicas, não obstante sua (relativa) autonomia administrativa, estão
vinculadas a órgãos da Administração direta e, portanto, sujeitas ao controle administrativo,
inclusive devendo prestar contas da aplicação e utilização dos recursos públicos. ERRADO.

37.
CF/88:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
CERTO.

38. (CESPE – Analista-Planej.Orçamento/MPU – 2013)


O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar a situação orçamentária, financeira e
patrimonial da União. Em virtude dos Princípios da Oportunidade e Competência, as receitas
devem ser reconhecidas tempestivamente em virtude do fato gerador e não apenas quando
arrecadadas (regime de caixa). CERTO.

39. (CESPE – Analista-Planej.Orçamento/MPU – 2013)


A Contabilidade Pública objetiva evidenciar a situação orçamentária, financeira e patrimonial
dos entes públicos. Apesar da ausência de finalidade de lucro, os resultados econômicos e
financeiros da gestão dos recursos públicos também são objeto de registro, controle e
análise. ERRADO.

40. (CESPE – Contador/UNIPAMPA – 2013)


As estatais dependentes NÃO precisarão abandonar seu sistema de contabilidade e migrar
todos os seus registros para o SIAFI, e ainda, deverão continuar a cumprir os requisitos
contábeis previstos na legislação societária. ERRADO.

(CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)


41.
Decreto nº 6.976/09 – Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal:
Art. 8o Compete aos órgãos setoriais do Sistema de Contabilidade Federal:
VII - efetuar, nas unidades jurisdicionadas, quando necessário, registros contábeis;

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CERTO.

42.
Decreto nº 6.976/09 – Dispõe sobre o Sistema de Contabilidade Federal:
Art. 7o Compete ao órgão central do Sistema de Contabilidade Federal:
VIII - promover a conciliação da Conta Única do Tesouro Nacional com as disponibilidades
no Banco Central do Brasil;
CERTO.

43. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Atualmente não existe tal regramento. A questão trouxe elementos revogados pela Resolução
CFC nº. 1.367/11. ERRADO.

(CEBRASPE-ACE-Adm-Contabilidade/TCE-PA-2016)
44.
Apesar de os órgãos setoriais estarem sujeitos à orientação normativa e à supervisão técnica
do órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, de certo que permanecem
subordinados ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados (Lei nº
10.180/01, art. 17, § 3º). ERRADO.

45.
Lei nº 10.180/01 (grifei):
Art. 17, § 2o O órgão de controle interno da Casa Civil exercerá também as atividades
de órgão setorial contábil de todos os órgãos integrantes da Presidência da República, da
Vice-Presidência da República, além de outros determinados em legislação específica.
ERRADO.

46. (FCC/Analista-Contador/MPE-MA/2013)
O objetivo da contabilidade aplicada ao setor público é fornecer informações aos seus
diversos usuários, portanto, por exclusão, letra “b”.
A Contabilidade Pública objetiva prestar informações sobre o patrimônio público, de natureza
patrimonial, orçamentária, financeira, física e de custos, as mutações ocorridas e os
resultados alcançados em determinado período, além de outras necessárias aos gestores
para auxiliar nos processos decisórios, como também para a prestação de contas e
responsabilização. Letra B.

47. (FCC/Analista-Ciências Contábeis/MPE-AP/2012)


Ativo: é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento passado.
Passivo: é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva resultar
na saída de recursos da entidade.
Patrimônio líquido: é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de outros
recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida na demonstração que evidencia a
situação patrimonial como patrimônio líquido.
Fique atento!
O passivo é uma obrigação presente (ou seja, uma obrigação atual), independente de
possuir vencimento futuro.
Os ativos são recursos controlados, ou seja, para reconhecimento de um ativo ele não
precisa ser de propriedade da entidade.
Para a Contabilidade Pública, observa-se que os ativos e passivos relacionam-se não
apenas com a capacidade de geração de benefícios econômicos, mas também com o
potencial de serviços (prestação de serviços públicos).
Letra B.

48. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT-12a Região/2013)


Empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença,
direta ou indiretamente, a ente da Federação (LC. 101/2000, art. 2o, inciso II).
Atenção! Não é a maioria do total do capital social. É a maioria do capital social com direito
a voto, ou seja, a maioria das ações ordinárias.
Letra E.

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49. (FCC/Procurador/Pref.Recife/2014)
I. Inclusive os Tribunais de Contas. ERRADO.
II. O MP e os três Poderes obedecem aos regramentos da LRF. CERTO.
III. Todos os Tribunais de Contas estão sujeitos às disposições da LRF. Relativamente às
empresas controladas, observa-se que o § 3o, art. 1o da LRF não faz menção expressa a elas,
mas apenas às estatais dependentes. Entretanto, as empresas controladas, mesmo que não
sejam dependentes de recursos estatais, também devem observar alguns regramentos
estabelecidos na LRF, como no caso de condições para operações de créditos. CERTO.
Estão corretos os itens II e III: letra A.

50. (FCC-Procurador/Pref. São Luis-2016)


a) LRF (LC. 101/00):
Art. 12, § 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e
do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de
suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício
subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
ERRADO.
b) LRF (LC. 101/00):
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo
de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
ERRADO.
c) LRF (LC. 101/00) (grifei):
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição,
previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente
da Federação.
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não
observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos.
ERRADO.
d) LRF (LC. 101/00):
Art. 13. No prazo previsto no art. 8o, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder
Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado,
quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores
de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos
créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.
CERTO.
e) LRF (LC. 101/00):
Art. 12, § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
ERRADO.
Letra D.

51. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Muito importante! Estude a Lei nº 4.320/64.
Lei 4.320/64:
Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos
quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou
guardem bens a ela pertencentes ou confiados.
Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a tomada
de contas dos agentes responsáveis por bens ou dinheiros públicos será realizada ou
superintendida pelos serviços de contabilidade.
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o
acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial,
a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a
análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á
pelo método das partidas dobradas.
Art. 87. Haverá controle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes ou

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contratos em que a administração pública for parte.


Observe que a questão pede o item ERRADO a respeito das disposições da Lei nº 4.320/64.
a) Conforme art.84. CERTO.
b) Conforme art.83. CERTO.
c) Conforme art.86. CERTO.
d) O art.87 não excepciona, seleciona ou restringe o controle de determinados contratos em
virtude da materialidade dos recursos envolvidos. ERRADO.
e) Conforme art.85. CERTO.
Item ERRADO: letra D.

52. (ESAF – AFC-Contábil/STN – 2013)


Apesar do comando da questão utilizar o termo “finalidade”, a banca examinadora não
diferenciou “finalidade” de “objetivo” para resolução desta questão.
Objetivo do Sistema de Contabilidade Federal (Decreto nº 6.976/09, art. 4º):
 Promover:
I - a padronização e a consolidação das contas nacionais; (A)
II - a busca da convergência aos padrões internacionais de contabilidade, respeitados os
aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação vigente; (C) e
III - o acompanhamento contínuo das normas contábeis aplicadas ao setor público, de
modo a garantir que os princípios fundamentais de contabilidade sejam respeitados no
âmbito do setor público.
Finalidade do Sistema de Contabilidade Federal (Lei nº 10.180/01, art. 15):
 Registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária,
financeira e patrimonial da União e evidenciar:
I - as operações realizadas pelos órgãos ou entidades governamentais e os seus efeitos
sobre a estrutura do patrimônio da União;
II - os recursos dos orçamentos vigentes, as alterações decorrentes de créditos adicionais,
as receitas prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e paga à conta desses
recursos e as respectivas disponibilidades; (D)
III - perante a Fazenda Pública, a situação de todos quantos, de qualquer modo,
arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes
ou confiados;
IV - a situação patrimonial do ente público e suas variações;
V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal; (B)
VI - a aplicação dos recursos da União, por unidade da Federação beneficiada;
VII - a renúncia de receitas de órgãos e entidades federais.
Conforme a Lei nº 10.180/01, art. 18, inciso III, compete às unidades responsáveis pelas
atividades do Sistema de Contabilidade Federal com base em apurações de atos e fatos
inquinados de ilegais ou irregulares, efetuar os registros pertinentes e adotar as providências
necessárias à responsabilização do agente, comunicando o fato à autoridade a quem o
responsável esteja subordinado e ao órgão ou unidade do Sistema de Controle Interno, mas
não compete punir os responsáveis, motivo pelo qual a opção errada é a letra E.

53. (ESAF – Analista/MDIC – 2012)


O comando da questão ficou um pouco confuso, na medida em que fala inicialmente que a
empresa contabilizou as operações pelo regime de caixa e depois não especifica se devemos
retificar os registros já feitos ou simplesmente apurar diretamente pelo regime de
competência.
Bem, mas o que devemos fazer aqui (por exclusão, na impossibilidade de alcançar outro
resultado possível nas opções de resposta) é calcular diretamente a influência desses eventos
na apuração do resultado de 2010 pelo regime de competência:
I. recebimento de aluguéis relativos a janeiro de 2011, no valor de R$ 0
4.800,00
II. salários de dezembro de 2010 para pagamento apenas em janeiro de (5.600)
2011, no valor de R$ 5.600,00
III. pagamento das comissões referentes a dezembro de 2010, no valor de (2.500)
R$ 2.500,00
IV. pagamento do aluguel do caminhão correspondente a janeiro de 2011, 0
no valor de R$ 3.200,00
V. recebimento de juros relativos a 2010, no valor de R$ 1.200,00. 1.200

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R$ 4.000,00 decorrente de comissões ganhas no ano, ainda não recebidas 4.000


TOTAL (2.900)
Letra D.

CAPÍTULO 2 – RECEITA PÚBLICA

2.14. Questões de Concursos Públicos

1. (CESPE-Auditor/FUB-2015)
A classificação econômica segrega a receita em Corrente e de Capital:
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
Contribuições
Receita Patrimonial
Receita Agropecuária
Receitas Correntes
Receita Industrial
Receita de Serviços
Transferências Correntes
Outras Receitas Correntes
Operações de Crédito
Alienação de Bens
Receitas de Capital Amortização de Empréstimos
Transferências de Capital
Outras Receitas de Capital
Fique atento às denominações!
Amortização de EMPRÉSTIMOS = Receita de Capital
Amortização da DÍVIDA = Despesa de Capital
CERTO.

2. (CESPE – Analista-Adm/ICMBio – 2014)


Em geral (não é regra) as receitas de capital NÃO provocam efeito no patrimônio líquido,
pois, normalmente, são oriundas de constituição de dívidas ou alienação de bens. ERRADO.

3. (Cespe – Analista Administrativo/ICMBio – 2014)


Perfeito! Dentre as etapas de EXECUÇÃO (lançamento, arrecadação e recolhimento), o
lançamento NÃO é fase obrigatória para a receita orçamentária. CERTO.

4. (CESPE-AuditorFCE/TCU-2015)
Caso tais recursos sejam destinados a Despesas Correntes, serão classificados como tal em
Receitas Correntes – Transferências Correntes.
Caso sejam destinados a Despesas de Capital, tal ingresso será Receita de Capital –
Transferências de Capital.
Lei nº 4.320/64, art. 12:
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais
não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições
e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito público
ou privado.
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões
financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar,
independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas
transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de
Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da
dívida pública.
Manual Técnico de Orçamento – MTO/2015:
Transferências Correntes: são provenientes do recebimento de recursos financeiros de
outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas de
manutenção ou funcionamento que não impliquem contraprestação direta em bens e
serviços a quem efetuou essa transferência. Por outro lado, a utilização dos recursos
recebidos vincula-se à determinação constitucional ou legal, ou ao objeto pactuado. Tais
transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes esferas ou entre entidades

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públicas e instituições privadas.


Transferências de Capital: recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito
público ou privado e destinados a atender despesas com investimentos ou inversões
financeiras, independentemente da contraprestação direta a quem efetuou essa
transferência. Por outro lado, a utilização dos recursos recebidos vincula-se ao objeto
pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes esferas ou
entre entidades públicas e instituições privadas.
ERRADO.

5. (Cespe – TC-DF – ACE – 2014)


A LRF informa que (LC no 101/2000, art. 8o, parágrafo único):
Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente
para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que
ocorrer o ingresso.
Assim, foi criada uma classificação específica de fonte e destinação de recursos para fins
de atendimento deste regramento. Na LOA as receitas e despesas vinculadas constarão com
códigos específicos para sua identificação e controle. CERTO.

6. (Cespe – Suframa – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Lei no 4.320/1964:
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
Código Tributário Nacional:
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário
pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável,
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a
aplicação da penalidade cabível.
CERTO.

7. (Cespe – MDICE – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Não há tal sequência cronológica de acompanhamento dos fenômenos econômicos. A receita
orçamentária precisa passar, necessariamente, apenas pelas duas últimas fases de execução:
arrecadação e recolhimento.
Nem sempre a receita orçamentária consta prevista na LOA, como também nem sempre
passa pelo lançamento (1a fase da etapa de execução).
Exemplo: Doações recebidas em dinheiro.
ERRADO.

8. (CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


LRF (grifei):
Art. 14, § 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido,
concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de
base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros
benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
CERTO.

9. (Cespe – MDICE – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


A receita orçamentária precisa passar, necessariamente, apenas pelas duas últimas fases
de execução: arrecadação e recolhimento.
Portanto, termina com o recolhimento e não com a arrecadação.
Vale recordar que nem sempre a receita orçamentária consta prevista na LOA, como também
nem sempre passa pelo lançamento (1a fase de execução). Exemplo: doações recebidas em
dinheiro.
ERRADO.

10. (CESPE-Auditor/FUB-2015)
Efetuar a previsão significa planejar e estimar a arrecadação das receitas orçamentárias, as
quais constarão na proposta orçamentária. A metodologia de projeção de receitas busca
assimilar o comportamento da arrecadação tendo por base os resultados de exercícios

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anteriores, a fim de projetá-la para o período seguinte, com o auxílio de modelos estatísticos
e matemáticos.
Lei de Responsabilidade Fiscal – LC. 101/00 (grifei):
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo
de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que
se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
CERTO.

11. (Cespe – ICMBio – Analista Administrativo – 2014)


O Princípio Orçamentário do Orçamento Bruto, previsto no art. 6o da Lei no 4.320/1964,
estabelece que: “Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus
totais, vedadas quaisquer deduções.”
Para se evitar a dupla contagem, foi criada a classificação das receitas e despesas em
intraorçamentárias, identificando assim as operações realizadas entre órgãos e demais
entidades da Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da
seguridade social do mesmo ente federativo. ERRADO.

12. (Cespe – Suframa – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Medida Provisória no 2.170-36/2001 – Dispõe sobre a administração dos recursos de caixa do
Tesouro Nacional:
Art. 3o. Fica o Tesouro Nacional autorizado a antecipar recursos provenientes de
quaisquer receitas para execução das despesas, até o limite das respectivas dotações
orçamentárias, mediante utilização de disponibilidades de caixa.
§ 1o. O disposto neste artigo não prejudicará a entrega das receitas vinculadas aos
respectivos beneficiários.
§ 2o. A comprovação de utilização das receitas vinculadas do Tesouro Nacional, nas
finalidades para as quais foram instituídas, será demonstrada mediante relatório anual
da execução da despesa orçamentária.
§ 3o. O disposto neste artigo não se aplica às transferências constitucionais a que se
refere o art. 159 da Constituição.
CERTO.

13. (CESPE-Analista-Finanças e Controle/MPU-2015)


Todas as receitas orçamentárias serão identificadas, classificadas e registradas, mesmo que
sejam oriundas de operações de crédito e independente de estarem previstas na Lei
Orçamentária Anual. ERRADO.

14. (CESPE-Auditor/FUB-2015)
Princípio informado no texto constitucional que veda a vinculação ou destinação de receitas
de IMPOSTOS a órgão, fundo ou despesa, observadas as exceções admitidas na própria
Constituição Federal.
CF/88 (grifei):
Art. 167. São vedados:
(...)
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária,
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação
de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §
8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
(...)
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se
referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b,
e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos
para com esta.
Portanto, há exceções. ERRADO.

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15. (Cespe – TC-DF – ACE – 2014)


A renúncia de receita deve passar pelo crivo prévio do Legislativo. Existem exceções, mas a
concessão de incentivos tributários não está entre elas (LC no 101/2000, art. 14). ERRADO.

16. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


Todos os recursos são arrecadados à conta única. Não existe a exceção citada pela questão.
ERRADO.

17. (Cespe – Cade – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Receita Corrente Patrimonial, pois provenientes da gestão ou fruição do patrimônio da
entidade. CERTO.

18. (Cespe – Cade – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Tal classificação segrega as receitas em:
a) primárias, quando seus valores são incluídos no cálculo do resultado primário;
b) financeiras, quando não são incluídas no citado cálculo.
ERRADO.

19. (CESPE – Contador/MTE – 2014)


Receita Efetiva: aquela que, no momento do seu reconhecimento, aumenta a situação líquida
patrimonial da entidade. Constitui-se em fato contábil modificativo aumentativo. CERTO.

20. (Cespe – ICMBio – Analista Administrativo – 2014)


Dentre as etapas de EXECUÇÃO, o lançamento NÃO é obrigatória para a receita
orçamentária. CERTO.

21. (Cespe – MPOG – TNS-SPU – 2013)


LRF (LC no 101/2000):
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo
de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
A receita orçamentária percorre dois principais estágios:
1) PLANEJAMENTO: onde ocorre a confecção do orçamento (previsão da receita a ser
auferida); e
2) EXECUÇÃO: onde a receita é reconhecida e recolhida aos cofres públicos, sendo composta
por três fases: lançamento, arrecadação e recolhimento.
Assim, os efeitos legislação, índice de preços e de quantidade são parâmetros considerados
no PLANEJAMENTO, quando da previsão da receita para elaboração do orçamento público.
ERRADO.

22. (Cespe – MPOG – TNS-SPU – 2013)


Receita de Capital – Outras Receitas de Capital – Remuneração das Disponibilidades do
Tesouro Nacional: registra o valor da remuneração do saldo diário dos depósitos da União
existentes no Banco Central, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal pela Taxa
Referencial – TR. CERTO.

(Cespe – MPOG – TNS-SPU – 2013)


23.
Manual Siafi – 020305, item 3.4.4: “As OB não compensadas no prazo de 7 (sete) dias serão
canceladas automaticamente e terão seus recursos creditados à Conta Única da UG emitente
no primeiro dia útil seguinte à data de cancelamento.”. CERTO.

24.
Manual Siafi – 020305, item 3.4.3: “Não há cancelamento de OB entre UG da CONTA ÚNICA
(OB INTRA-Siafi). Havendo necessidade de retornar os recursos à UG de origem, a UG
favorecida deverá devolver os recursos recebidos indevidamente.”. ERRADO.

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25. (CESPE – Analista-Adm/TRT.17ªRegião – 2013)


Portaria Interministerial STN/SOF no 338/2006:
Art. 1o. Definir como intraorçamentárias as operações que resultem de despesas de
órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de
materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o
recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal
dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera
de governo.
A identificação da receita intraorçamentária objetiva eliminar a dupla contagem no
levantamento dos balanços e demais demonstrações contábeis. CERTO.

26. (CESPE – Analista-Adm/STF – 2013)


Questão bastante capciosa!
Lei nº 5.172/66 – Código Tributário Nacional (grifei):
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo
caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Na questão foi descrito o procedimento para lançamento do crédito tributário, o qual não se
confunde com a receita orçamentária propriamente dita. E ainda, o CTN informa que o
servidor deverá calcular o montante devido, e não “confirmar o cálculo”. ERRADO.

27. (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista-Orçamento – 2014)


As emissões de papel-moeda não ocasionam receitas orçamentárias, portanto, não constarão
no orçamento. A Lei no 4.320/1964, art. 3o caput e parágrafo único, recorda que não
constarão na LOA as operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, as
emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros.
ERRADO.

28. (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista-Orçamento – 2014)


Receita Corrente Patrimonial, pois são oriundos da gestão ou fruição do patrimônio da
entidade. ERRADO.

(CESPE – Contador/MJ – 2013)


29.
Decreto nº 93.872/86:
Art. 13. Os limites financeiros para atender a despesas no exterior constarão de
programação financeira de desembolso de forma destacada.
§ 1º Somente manterão contas correntes bancárias no exterior as unidades sediadas fora
do País.
A banca examinadora considerou apenas o texto legal acima, tendo divulgado o gabarito
como “certo”. Todavia, observa-se que o Decreto nº 94.007, de 1987 (publicado após o
Decreto nº 93.872/86), estabelece regramento diferente e excepcional.
Decreto nº 94.007/87 (grifei):
Art. 2º Em casos excepcionais, o Ministro da Fazenda, mediante proposta devidamente
fundamentada da Secretaria do Tesouro Nacional, poderá autorizar unidade sediada
no País a manter conta corrente bancária no exterior, sem prejuízo da sistemática
de execução financeira de despesas, estabelecida pelo Decreto nº 93.872, de 23 de
dezembro de 1986.
Assim, caso uma unidade gestora sediada no Brasil necessite fazer pagamentos fora do país,
poderá ser autorizada a abrir conta bancária no exterior para abrigar suas disponibilidades
financeiras em moeda estrangeira. Para detalhes sobre operacionalização vide a IN STN nº
4/2004.
Portanto, NÃO são apenas as unidades sediadas fora do país que podem manter contas
correntes bancárias no exterior.
O gabarito desta questão poderia ter sido objeto de alteração ou anulação.
Gabarito oficial: CERTO.

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30.
Decreto nº 93.872/86:
Art. 1º A realização da receita e da despesa da União far-se-á por via bancária, em estrita
observância ao princípio de unidade de caixa (Lei nº 4.320/64, art. 56 e Decreto-lei nº
200/67, art. 74).
Art. 2º A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á na forma disciplinada pelo
Ministério da Fazenda, devendo o seu produto ser obrigatoriamente recolhido à conta do
Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A.
§ 3º A posição líquida dos recursos do Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A. será
depositada no Banco Central do Brasil, à ordem do Tesouro Nacional.
Art. 4º Os recursos de caixa do Tesouro Nacional serão mantidos no Banco do Brasil S.A.,
somente sendo permitidos saques para o pagamento de despesas formalmente
processadas e dentro dos limites estabelecidos na programação financeira.
Art . 5º O pagamento da despesa, obedecidas as normas reguladas neste decreto, será
feito mediante saques contra a conta do Tesouro Nacional
Art. 12. As transferências para entidades supervisionadas, inclusive quando decorrentes
de receitas vinculadas ou com destinação especificada na legislação vigente, constarão de
limites de saques aprovados para a unidade orçamentária à qual os créditos sejam
atribuíveis, de acordo com o cronograma aprovado (Decreto-lei nº 200/67, art. 92,
parágrafo único).
Parágrafo único. Os saques para atender as despesas de que trata este artigo e para as
de fundos especiais custeados com o produto de receitas próprias, só poderão ser
efetuados após a arrecadação da respectiva receita e de seu recolhimento à conta do
Tesouro Nacional.
CERTO.

31. (Cespe – TRT-17a Região – Analista-Contabilidade – 2013)


A classificação por fonte/destinação de recursos auxilia o planejamento orçamentário e
objetiva indicar aonde os recursos serão aplicados, seja em virtude de destinação vinculada
ou ordinária. Tal classificação não pretende informar a autossuficiência de ações e
programas, por conta destes só poderem ser financiados por determinado tipo de recurso. Na
verdade, ocorre o inverso: a classificação por fonte/destinação possibilita verificar se os
recursos que possuem destinação vinculada estão sendo adequadamente aplicados. ERRADO.

32. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Não existe tal classificação para as receitas.
Creio que a banca examinadora tenha tentado confundir o candidato com a classificação
orçamentária e extraorçamentária:
Receita Orçamentária: são ingressos de recursos financeiros que se incorporam
definitivamente ao patrimônio, pois pertencem à entidade que o recebe.
Receita Extraorçamentária: são ingressos de recursos financeiros que NÃO se
incorporam definitivamente ao patrimônio, pois NÃO pertencem à entidade que o recebe.
São recursos que estão apenas momentaneamente transitando pelo patrimônio e serão
oportunamente restituídos ao seu proprietário.
ERRADO.

33. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
a) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 54. Não será admitida a compensação da obrigação de recolher rendas ou receitas
com direito creditório contra a Fazenda Pública.
ERRADO.
b) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de
unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas
especiais.
ERRADO.
c) Lei nº 4.320/64:

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Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado sem que a lei o estabeleça, nenhum
será cobrado em cada exercício sem prévia autorização orçamentária, ressalvados a tarifa
aduaneira e o imposto lançado por motivo de guerra.
CERTO.
d) Lei nº 4.320/64:
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
ERRADO.
e) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência
do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.
ERRADO.
Opção correta: letra C.

34. (CEBRASPE-Auditor/TCE-PR-2016)
a) Perfeito! Operações de crédito são receitas classificadas na categoria econômica de capital.
Englobam ingressos financeiros obtidos com endividamento, seja através de colocação de
títulos públicos no mercado ou da contratação de empréstimos e financiamentos, obtidos com
entidades estatais ou privadas, em operações realizadas interna (no Brasil) ou externamente.
CERTO.
b) A receita orçamentária NÃO é somente aquela contida na lei orçamentária, mas sim todos
os recursos recebidos e que se incorporam definitivamente ao patrimônio público.
Existe arrecadação de receita orçamentária mesmo que não esteja prevista na LOA, por
exemplo, doações recebidas em dinheiro ou excesso de arrecadação (receitas cujos valores
extrapolarem o originalmente previsto na LOA). ERRADO.
c) Na União o detalhamento das classificações orçamentárias da receita é normatizado pela
da Secretaria de Orçamento Federal (SOF), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão (MPOG). ERRADO.
d) Não existe tal classificação para as receitas. Observa-se que a doutrina classifica as
receitas públicas, quanto à procedência, em Originárias e Derivadas. Essa classificação possui
uso acadêmico e não é normatizada (não oficial), ou seja, não é utilizada como classificador
oficial da receita pelo Poder Público. ERRADO.
e) Em geral (não é regra) as receitas de capital são “não efetivas”, ou seja, não ocasionam
alteração no patrimônio líquido.
Já as receitas correntes, quase sempre (não é regra) são “efetivas”, ou seja, ocasionam
alteração positiva no patrimônio líquido.
ERRADO.
Opção correta: letra A.

35. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
a) Os pagamentos somente poderão ser processados caso estejam dentro do limite de saque
(limite de utilização dos recursos financeiros) fixado no cronograma de desembolso.
Decreto nº 93.872/86:
Art. 4º Os recursos de caixa do Tesouro Nacional serão mantidos no Banco do Brasil S.A.,
somente sendo permitidos saques para o pagamento de despesas formalmente
processadas e dentro dos limites estabelecidos na programação financeira.
ERRADO.
b) Decreto nº 93.872/86:
Art. 2º, § 1º Para os fins deste decreto, entende-se por receita da União todo e qualquer
ingresso de caráter originário ou derivado, ordinário ou extraordinário e de natureza
orçamentária ou extraorçamentária, seja geral ou vinculado, que tenha sido decorrente,
produzido ou realizado direta ou indiretamente pelos órgãos competentes.
CERTO.
c) Decreto nº 93.872/86:
Art. 2º, § 2º Caberá ao Ministério da Fazenda a apuração e a classificação da receita
arrecadada, com vistas à sua destinação constitucional.
ERRADO.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

d) Decreto nº 93.872/86:
Art. 6º As entidades da Administração Federal Indireta não poderão utilizar recursos
provenientes de dotações orçamentarias da União, inclusive transferências, nem
eventuais saldos da mesma origem apurados no encerramento de cada ano civil, em suas
aplicações no mercado financeiro.
ERRADO.
e) Decreto nº 93.872/86:
Art. 2º A arrecadação de todas as receitas da União far-se-á na forma disciplinada pelo
Ministério da Fazenda, devendo o seu produto ser obrigatoriamente recolhido à conta do
Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A.
(...)
§ 3º A posição líquida dos recursos do Tesouro Nacional no Banco do Brasil S.A. será
depositada no Banco Central do Brasil, à ordem do Tesouro Nacional.
ERRADO.
Opção correta: letra B.

36. (Cespe – TRT-10a Região – Analista-Contabilidade – 2013)


Lei no 4.320/1964:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao Princípio de
Unidade de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3. desta lei serão classificadas
como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas,
inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.
Art. 3o. A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de
crédito autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no
ativo e passivo financeiros .
A questão afirma que “Por conseguinte, todas as receitas arrecadadas, (...), serão
classificadas como receita orçamentária.”, o que não é verdade. Nem todos os ingressos
financeiros são orçamentários, pois, como sabemos, também há receitas extraorçamentárias.
Por fim, chamamos atenção ao fato de que as receitas extraorçamentárias também são
recolhidas à Conta Única. ERRADO.

37. (Cespe – MPU – Analista-Perícia-Contador – 2013)


A Conta Única do Tesouro Nacional, mantida no Banco Central do Brasil – Bacen, tem por
finalidade acolher as disponibilidades financeiras da União. Assim, apresenta-se como um
ativo para a STN e uma obrigação na contabilidade da autarquia Bacen. CERTO.

38. (Cespe – MPU – Analista-Perícia-Contador – 2013)


A conciliação bancária da CONTA ÚNICA do Tesouro Nacional consiste na compatibilização
diária, em nível global, dos lançamentos contábeis efetuados no Sistema com a
movimentação financeira ocorrida no Sistema de Informações do Banco Central – Sisbacen,
que fornece Extrato de Depósito do Governo Federal - Conta única - STN. ERRADO.

(CESPE – Contador/MJ – 2013)


39.
Receita de Capital – Outras Receitas de Capital – Remuneração das Disponibilidades do
Tesouro Nacional: registra o valor da remuneração do saldo diário dos depósitos da União
existentes no Banco Central, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal pela Taxa
Referencial – TR.
Não há tal vinculação para utilização. ERRADO.

40.
Manual SIAFI, 020305 - Conta Única do Tesouro Nacional: “3.7.8.1 - Não haverá
remuneração para o saldo existente na conta de aplicação, sendo a Taxa STN igual a 0
(zero), em dias coincidentes com feriados, sábados e domingos;”. CERTO.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

(CESPE – Analista-Contabilidade/TRT.17ªRegião – 2013)


41.
O pagamento a estrangeiro é possível, independentemente de possuir registro no CPF ou
CNPJ, conforme Manual SIAFI – 020305, item 3.3.6.1., alínea f: “No caso de pagamento a
estrangeiro que não possua CPF ou CNPJ, o campo favorecido deve ser preenchido com uma
inscrição genérica do tipo EX cadastrada previamente na transação >ATUCREDOR.”.
ERRADO.

42.
Manual SIAFI – 020324 - Depósito Direto na Conta Única:
2.2.2 - Os códigos de depósito deverão ser cadastrados no SIAFI com pelo menos 1 (um)
dia de antecedência, haja vista que diariamente, à noite, é encaminhado ao Banco do Brasil
arquivo contendo todos os códigos cadastrados para fins de validação no momento da
autenticação junto às agências. Desta forma, os depósitos enviados ao Banco com códigos
cadastrados no mesmo dia serão rejeitados.
CERTO.

43. (CEBRASPE-Analista-Contabilidade/TRT-8ªRegião-2016)
a) Em geral (não é regra) as receitas de capital são “não efetivas”, ou seja, não ocasionam
alteração no patrimônio líquido.
Já as receitas correntes, quase sempre (não é regra) são “efetivas”, ou seja, ocasionam
alteração positiva no patrimônio líquido.
ERRADO.
b) Os recursos cuja tributação e arrecadação competem a um ente da Federação, mas que
serão distribuídos a outro(s) ente(s), poderão ser contabilizados como dedução da receita
ou como despesa, dependendo de como o ente arrecadador preveja a receita em sua Lei
Orçamentária Anual:
- Caso conste como receita no orçamento do ente arrecadador apenas o valor que lhe
pertence: deverá ser registrado como receita o valor total arrecadado, incluindo a parcela de
recursos a serem transferidos aos outros entes. Os recursos a serem transferidos serão
posteriormente contabilizados como dedução da receita e será reconhecida uma obrigação
para com o destinatário desses recursos.
- Caso conste como receita no orçamento do ente arrecadador o valor total a ser arrecadado,
incluindo a parcela dos recursos a serem transferidos para outro(s) ente(s): o recebimento
será integralmente computado como receita, sendo registrada uma despesa quando da
entrega ao beneficiário.
ERRADO.
c) A origem, 2º dígito da classificação da natureza da receita, é o detalhamento das
categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital (1º dígito), com vistas a
identificar a procedência das receitas no momento em que ingressam nos cofres públicos.
CERTO.
d) Esta classificação orçamentária da receita não tem caráter obrigatório para todos os entes
e foi instituída para a União com o objetivo de identificar quais são as receitas e as despesas
que compõem o resultado primário do Governo Federal, que é representado pela diferença
entre as receitas primárias e as despesas primárias. Assim, as receitas do Governo Federal
podem ser divididas entre primárias e não primárias (financeiras). ERRADO.
e) A receita orçamentária acontece no momento do ingresso dos recursos financeiros. Já a
receita patrimonial ocorre com a ocorrência do fato gerador. ERRADO.
Opção correta: letra C.

44. (FCC-ACE-Ciências Contábeis/TCE-CE-2015)


Essa foi moleza!
Lei nº 4.320/64:
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Conforme artigo 34 acima, letra A.

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45. (FCC-Analista-Adm/TRT-3ªRegião-2015)
A Operação de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária – ARO gera uma receita
EXTRAaorçamentária.
Mas perceba que a banca examinadora informa que NÃO é uma antecipação de receita.
Portanto, trata-se de uma receita ORÇAMENTÁRIA de capital. Apesar de não constar na LOA
originalmente aprovada, esta foi posteriormente modificada e a receita passou a constar no
orçamento.
Letra D.

46. (FCC-Analista do Tesouro Estadual/SEFAZ-PI-2015)


Quanto ao impacto no patrimônio líquido, a receita é classificada em:
Receita Efetiva: aquela que, no momento do seu reconhecimento, aumenta a situação
líquida patrimonial da entidade. Constitui-se em fato contábil modificativo aumentativo.
Receita Não Efetiva: é aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento
do seu reconhecimento, constituindo fato contábil permutativo. Neste caso, além da receita
orçamentária arrecadada registra-se, de forma concomitante, conta de variação passiva
para anular o efeito dessa receita sobre o patrimônio líquido da entidade.
A receita de capital (quase sempre) é por mutação patrimonial, pois (quase sempre, não é
regra) oriunda de um fato permutativo, ocasionando uma receita não efetiva. Assim, há
mutação do elemento patrimonial faz ocorrer o ingresso financeiro: constitui-se uma dívida,
vende-se um bem ou direito etc.
As receitas correntes provocam, em geral (não é regra), variação positiva no patrimônio
líquido, não sendo oriunda de uma mutação patrimonial. Portanto, normalmente (não é
regra) são receitas efetivas.
Vejamos nossas opções de resposta!
Todas as receitas previstas nas alternativas A, B, D e E são efetivas, dado que ocasionam
aumento do patrimônio líquido no momento do seu reconhecimento (pois há aumento apenas
do ativo).
Já a alternativa C possui, respectivamente, uma receita efetiva e não efetiva:
- as receitas tributárias fazem aumentar apenas o ativo e, consequentemente, o patrimônio
liquido;
- as operações de crédito fazem aumentar o ativo e passivo no mesmo valor, em virtude do
ingresso financeiro e consequente constituição de dívida, portanto, não interfere no
patrimônio líquido.
Letra C.

47. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


Antecipo que o gabarito oficial foi letra “D”. Vejamos as opções!
I. As receitas correntes provocam, em geral (não é regra), variação positiva no patrimônio
líquido, não sendo oriunda de uma mutação patrimonial. Portanto, normalmente (não é
regra) são receitas efetivas, motivo pelo qual a banca examinadora considerou esta
afirmativa correta. CERTO.
II. Só existem duas categorias econômicas, tanto de receitas como de despesas: correntes e
de capital.
As receitas e despesas intraorçamentárias NÃO constituem nova categoria econômica. Trata-
se apenas de mais uma classificação, utilizada para que seja evitada a dupla contagem de
recursos na consolidação das contas públicas, quando a operação financeira envolve órgãos
ou outras entidades participantes do orçamento fiscal e da seguridade social do mesmo ente.
MCASP – 6ª ed. (grifei):
Receitas de Operações Intraorçamentárias:
Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da
Administração Pública integrantes do orçamento fiscal e do orçamento da seguridade
social do mesmo ente federativo; por isso, não representam novas entradas de
recursos nos cofres públicos do ente, mas apenas movimentação de receitas entre seus
órgãos. As receitas intraorçamentárias são a contrapartida das despesas classificadas na
Modalidade de Aplicação “91 – Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos,
Fundos e Entidades Integrantes do Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social”
que, devidamente identificadas, possibilitam anulação do efeito da dupla contagem na
consolidação das contas governamentais.
Dessa forma, a fim de se evitar a dupla contagem dos valores financeiros objeto de

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operações Intraorçamentárias na consolidação das contas públicas, a Portaria


Interministerial STN/SOF nº 338/2006, incluiu as “Receitas Correntes Intraorçamentárias”
e “Receitas de Capital Intraorçamentárias”, representadas, respectivamente, pelos códigos
7 e 8 em suas categorias econômicas. Essas classificações, segundo disposto pela Portaria
que as criou, não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas
especificações das Categorias Econômicas “Receita Corrente” e “Receita de Capital”.
III. Conforme comentários/resolução da afirmativa I: ERRADO.
Letra D.

48. (FCC-Analista-Adm/TRE-RR-2015)
LRF (LC. 101/2000) (grifei):
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo
de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que
se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
§ 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se
comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.
Letra D.

49. (FCC – Analista-Contabilidade/AL-PE – 2014)


a) Tributária e Patrimonial. ERRADO.
b) Ambas Patrimoniais. CERTO.
c) Patrimonial e Tributária. ERRADO.
d) Atenção! Alienação de bens gera “Receita de Capital – Alienação de Bens”, e não uma
“Receita Corrente – Patrimonial”. Fique atento, pois esta é uma pegadinha comum em
concursos.
Já a segunda é uma Receita Corrente de Serviços. ERRADO.
e) Patrimonial e Outras Receitas Correntes (codificação antiga da natureza da receita).
Dica! “Juros” e “Juros de mora” são coisas distintas.
“Juros” referem-se a rendimento obtido através de aplicação financeira, sendo uma receita
Patrimonial.
“Juros de mora” referem-se à inadimplência, uma penalidade recebida do devedor pelo
pagamento em atraso, sendo classificado como Outras Receitas Correntes.
ERRADO.
Opção correta: letra B.

50. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Decreto nº 93.872/86:
Art. 2º, § 1º Para os fins deste decreto, entende-se por receita da União todo e qualquer
ingresso de caráter originário ou derivado, ordinário ou extraordinário e de natureza
orçamentária ou extraorçamentária, seja geral ou vinculado, que tenha sido decorrente,
produzido ou realizado direta ou indiretamente pelos órgãos competentes.
Conforme citado pela questão, ela foi elaborada com base no texto do Decreto nº 93.872/86,
o qual cita todos informados nos itens I, II, III e IV. Letra C.

51. (FCC-Analista-Adm/TRF-3ªRegião-2016)
a) A Lei nº 4.320/64 informa que há duas espécies (tipos) de categorias econômicas de
receitas: corrente e de capital. ERRADO.
b) São receitas correntes. ERRADO.
c) Lei nº 4.320/64:
Art. 11, § 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais
das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 1,
não constituirá item de receita orçamentária.
CERTO.
d) São receitas de capital, conforme a Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 11, § 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e
direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados
a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do

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Orçamento Corrente.
ERRADO.
e) Não há tal restrição quanto a aplicação da receita de tributos.
Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito publico,
compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis
vigentes em matéria financeira, destinado o seu produto ao custeio de atividades gerais
ou especificas exercidas por essas entidades.
ERRADO.
Opção correta: letra C.

52. (FCC-Analista-Adm/TRF-3ªRegião-2016)
Os itens I, II, III e IV estão conforme previsão constitucional. Veja!
CF/88, art. 165 (grifei):
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
Já o item V informa uma atribuição imputada à LDO pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LC.
101/00). ERRADO.
Letra A.

53. (FCC-Conselheiro Substituto/TCE-CE-2015)


Código Tributário Nacional:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
resultar para cada imóvel beneficiado.
Receita originária x derivada:
Receita Derivada: é a receita que deriva do poder coercitivo do Estado, sendo oriunda,
portanto, do patrimônio da sociedade. O Governo exerce a sua competência ou o poder
de tributar os rendimentos e o patrimônio da população.
Receita Originária: é a receita proveniente da atividade privada do Estado, ou seja,
obtida através da exploração de seu próprio patrimônio, venda de produtos ou da
prestação de serviços.
A contribuição de melhoria gera uma receita derivada, sendo sua classificação econômica
uma receita corrente. Serve para recompor o investimento (despesa de capital) que o ente
estatal teve, em virtude do imóvel do particular ter obtido valorização em virtude dessa obra
pública. Letra A.

54. (FCC-Analista-Adm/TRE-RR-2015)
Receita Corrente Patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos
do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros
rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes.
Para fins de exemplificação, eis algumas espécies em que está dividida:
 Receitas Imobiliárias: aluguéis, arrendamentos, foros, laudêmios, taxa de ocupação de
imóveis etc.
 Receitas de Valores Mobiliários: juros de títulos de renda, dividendos, participações,
remuneração de depósitos bancários etc.

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 Receita de Concessões e Permissões: receita de outorga dos serviços de


telecomunicações, dos serviços de exploração e produção de petróleo e gás natural,
receita de concessão pelo uso de área pública etc.
Dica! A venda de bens públicos não gera Receita Corrente – Patrimonial, mas sim uma
Receita de Capital – Alienação de Bens, denominada conversão de bens e direitos em
espécie. Fique atento porque essa é uma pegadinha comum em provas de concursos.
Concessões e permissões 255.000
Aluguel de imóveis 45.000
TOTAL 300.000
Portanto, as receitas patrimoniais somam R$ 300.000,00.
Letra B.

(FCC-Analista do Tesouro Estadual/SEFAZ-PI-2015)


55.
As receitas advindas de transferências poderão ser classificadas tanto como receitas
Correntes como de Capital.
Importante observar que, nesta questão, foram solicitadas as receitas de transferências
correntes.
Transferências Correntes: é o ingresso de recursos através de transferências de outros
entes ou entidades destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento, a
fim de atender finalidade pública específica que não seja contraprestação direta em bens
e serviços a quem efetuou essa transferência.
As transferências correntes podem ser recursos recebidos de outras pessoas de Direito
Público ou Privado, pessoas físicas ou jurídicas, independente de contraprestação direta
em bens e serviços.
Transferências de Capital: é o ingresso proveniente de outros entes ou entidades com
o objetivo de ser aplicado em despesas de capital (investimentos ou inversões
financeiras), independente de condições de utilização ou a quem pertença o recurso.
São receitas advindas de pessoas de Direito Público ou Privado com a finalidade de
atender aos gastos de capital (transferências que a concedente vincula a uma despesa de
capital).
Transferências correntes recebidas:
Cota-parte do FPE 370,00
Cota-parte do IPI 150,00
TOTAL 520,00
Letra B.

56.
Atenção! Para efeitos dessa classificação orçamentária, a origem Receita Tributária engloba
apenas as espécies Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria.
Receitas provenientes de outros tipos de contribuições são classificadas em Receita de
Contribuições.
Receitas tributárias:
Imposto IPVA 700,00
Taxas prestação de serviços 200,00
Contribuição de melhoria 300,00
TOTAL 1.200,00
Letra A.

57.
Lembre-se! Alienação de bens imóveis é uma Receita de Capital – Alienação de Bens.
Remuneração de depósitos bancários 250,00
Concessões e permissões serviço público de transporte 450,00
TOTAL 700,00
Letra C.

58.
Receita orçamentária: são ingressos de recursos financeiros que se incorporam
definitivamente ao patrimônio público, pois pertencem à entidade que o recebe.

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Receita extraorçamentária: são ingressos de recursos financeiros que NÃO se


incorporam definitivamente ao patrimônio, pois NÃO pertencem à entidade que o recebe.
São recursos que estão apenas momentaneamente transitando pelo patrimônio e serão
oportunamente restituídos ao seu proprietário.
As retenções de consignação em folha de pagamento (R$ 100,00 e R$ 70,00) e a caução
(R$80,00) são receitas extraorçamentrárias.
Todas as demais são orçamentárias, entretanto, observa-se que a banca examinadora pede
as receitas orçamentárias correntes.
Pois bem, dentre as receitas orçamentárias, são receitas de capital a alienação de bens (R$
120,00) e a amortização de empréstimos (R$ 180,00).
Dica! Valores recebidos de empréstimos concedidos são classificados:
Receita de Capital Amortização do empréstimo
Atualização monetária
Receita Corrente Juros
Demais encargos cobrados
Receitas orçamentárias correntes:
Cota-parte do FPE 370,00
Imposto IPVA 700,00
Taxas 200,00
Remuneração de depósitos bancários 250,00
Cota-parte do IPI 150,00
Contribuição de melhoria 300,00
Concessões e permissões serviço público de transporte 450,00
Multas e juros de mora IPVA 130,00
TOTAL 2.550,00
Letra E.

(FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
59.
Inicialmente vamos calcular as receitas patrimoniais.
Receita Patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo
permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros
rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes.
Para fins de exemplificação, eis algumas espécies em que está dividida:
• Receitas Imobiliárias (Exploração do Patrimônio Imobiliário do Estado): aluguéis,
arrendamentos, foros, laudêmios, taxa de ocupação de imóveis etc.
• Receitas de Valores Mobiliários: juros de títulos de renda, dividendos, participações,
remuneração de depósitos bancários etc.
Receita Patrimonial:
Saldo em 30/11/2015 60.000
(+) aluguel 80.000
(+) remuneração de depósitos bancários 30.000
(+) concessões e permissões 50.000
(=) SALDO EM 31/12/2015 220.000

Quanto às “receitas tributárias”, esta questão possui dois equívocos:


1º. Ainda utilizar a denominação de “Receita Tributária” ao invés de “Impostos, Taxas e
Contribuições de Melhoria”, e
2º. Classificar multa e juros de mora sobre ICMS e a receita de dívida ativa oriunda de
imposto como “Outras Receitas Correntes”.
1º equívoco: utilizar a denominação de “Receita Tributária” ao invés de “Impostos, Taxas e
Contribuições de Melhoria”.
A Portaria Interministerial STN/SOF nº 05, de 25/08/2015, deu nova titulação ao grupo de
receitas tributárias:
• Antes, o grupo de receitas era denominado “Receitas Tributárias”.
• Agora, com a edição da citada portaria, denomina-se de “Impostos, Taxas e
Contribuições de Melhoria”.
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria: são os ingressos decorrentes da arrecadação
dos tributos previstos no art. 145 da Constituição Federal.

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De fato, foi alterado apenas o nome, pois continua englobando os mesmo tipos de receitas
(impostos, taxas e contribuições de melhoria).
Caso você encontre na prova do concurso o uso da denominação “Receita Tributária” (como
ocorreu nesta questão), considere, portanto, como sendo “Receita de Impostos, Taxas e
Contribuições de Melhoria”.
Assim, creio que a utilização da denominação “Receita Tributária” não justifique a anulação
da questão.
Todavia, o segundo equívoco faz alterar o resultado da questão.
2º equívoco: classificar multa e juros de mora sobre ICMS e a receita de dívida ativa
oriunda de imposto como “Outras Receitas Correntes”.
A Portaria Interministerial STN/SOF nº 05/2015 deu nova estrutura à natureza da receita
orçamentária.
A nova estrutura da codificação da receita cria possibilidade de associar, de forma
imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: Multas e Juros de Mora, Dívida
Ativa, Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa (o que não era possível na codificação
anterior).
Na estrutura anterior tais receitas (Multas e Juros de Mora, Dívida Ativa, Multas e Juros de
Mora da Dívida Ativa) eram genericamente classificadas no 2º dígito/nível como Outras
Receitas Correntes ou em Outras Receitas de Capital, dependendo do tipo do crédito a que se
referiam.
Ou seja, se o ente não recebesse o crédito e, sendo ele inscrito em dívida ativa, seria a tal
receita de dívida ativa atribuída uma classificação orçamentária diferente daquela caso o
devedor tivesse efetuado o pagamento em dia. O mesmo ocorria também com juros de mora
e multas.
Nesta questão, a banca examinadora considerou a estrutura antiga da natureza da receita,
dado que o gabarito oficial informa o valor de R$ 600 mil para as receitas tributárias
(Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria).
Vamos aos cálculos!
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria:
Saldo em 30/11/2015 190.000
(+) IPVA (imposto sobre a propriedade de veículos automotores) 120.000
(+) ICMS 180.000
(+) Taxas – poder de polícia 110.000
(=) SOMA CONSIDERADA PELO GABARITO OFICIAL 600.000
(+) multas e juros de mora sobre ICMS 30.000
(+) dívida ativa de imposto transmissão causa mortis e doação 70.000
(=) TOTAL CORRETO 700.000
Portanto, na antiga estrutura da natureza da receita, os valores decorrentes de multas e
juros de mora, como também dívida ativa, eram classificados no 2º dígito como Outras
Receitas Correntes. Veja no cálculo acima que foi assim que a banca examinadora
considerou, pois o gabarito oficial foi letra B, ou seja, R$ 600 mil.
Já na nova estrutura da natureza da receita, mesmo os valores de multas e juros de mora,
como também de dívida ativa, seguem a classificação da receita principal.
Portanto, no 2º dígito permanece classificado como a receita principal, nesta questão, como
“Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria”.
Na nova estrutura foi criado o 8º dígito exatamente para poder identificar se a receita
arrecada é principal, ou juros, ou dívida ativa... Veja!
8º Dígito – Tipo – (“e”): correspondente ao último dígito na natureza de receita. Possui a
finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere aquela natureza, recebendo os
seguintes códigos:
Código Tipo
0 Natureza Agregadora (quando se tratar de natureza de receita não valorizável
ou agregadora).
1 Receita Principal (quando se tratar da arrecadação Principal da receita).
2 Multas e Juros de Mora da receita principal
3 Dívida Ativa da receita principal
4 Multas e Juros de Mora da Dívida Ativa da receita principal

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Conclusão:
Valor correto: R$ 700 mil. Letra D.
Gabarito oficial: R$ 600 mil. Letra B.

60.
Transferências correntes:
Saldo em 30/11/2015 150.000
(+) cota-parte do fundo de participação dos Estados e DF 140.000
(=) SALDO EM 31/12/2015 290.000
Quanto a “outras receitas correntes”, pelo equívoco da banca examinadora em utilizar a
antiga classificação da natureza da receita, conforme explicado na resolução anterior, esta
questão também será afetada, pois irá interferir no valor de “outras receitas correntes”.
Cálculo EQUIVOCADO da banca examinadora:
Saldo em 30/11/2015 40.000
(+) multas e juros de mora sobre ICMS 30.000
(+) dívida ativa de imposto transmissão causa mortis e doação 70.000
(=) TOTAL 140.000
Todavia, como já explicado na resolução anterior, tais rubricas de multas e juros de mora,
como também dívida ativa, devem acompanhar a classificação da receita principal, ou seja,
NÃO serão classificadas como “outras receitas correntes”.
Dessa forma, não houve nenhuma receita classificada como “outras receitas correntes” no
período, sendo o saldo inicial igual ao final: R$ 40 mil.
Conclusão:
- valores corretos: R$ 290.000 e R$ 40.000, ou seja, questão passível de ANULAÇÃO, pois
não há resposta possível.
- gabarito oficial: R$ 290.000 e R$ 140.000. Letra D.

61.
Tanto a NOVA como a ANTIGA estrutura da natureza da receita possuem, no três primeiros
níveis, a mesma denominação.
Nova Estrutura da Natureza da Receita
1º dígito 2º dígito 3º dígito 4 ao 7º dígitos 8º dígito
a b c d.dd.d e
Desdobramentos
Categoria
Origem Espécie para identificação de Tipo
Econômica
peculiaridades da receita
Antiga Estrutura da Natureza da Receita
1o nível Categoria econômica
2o nível Origem
3o nível Espécie
4o nível Rubrica
5o nível Alínea
6o nível Subalínea
Letra E.

62. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
RECEITAS DE CAPITAL
Operações de crédito longo prazo 250
Alienação de bens imóveis 470
Amortização de empréstimos concedidos (*) 160
Transferência de capital – do estado ao município para construção de creches 220
TOTAL 1.100

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(*) Lembre-se! O valor recebido da amortização (pagamento do principal da dívida) e a


atualização monetária gera receita de capital. Os juros e demais valores cobrados na
operação geram receita corrente.
Comentários sobre as outras rubricas:
Obras de pavimentação de ruas e avenidas: geram despesa de capital e aumento do ativo,
dada a incorporação do bem.
Cancelamento de dívida passiva: orçamentariamente não há receita nem despesa. Sob o
enfoque patrimonial há despesa patrimonial, dada a variação patrimonial diminutiva
(diminuição do ativo).
Recebimento, em doação, de bens imóveis: sob o enfoque orçamentário não há receita
nem despesa. Sob o enfoque patrimonial há receita patrimonial, dada a variação
patrimonial aumentativa (aumento do ativo).
Contribuição de melhoria decorrente de obras públicas: Receita Corrente - Impostos, Taxas
e Contribuições de Melhoria.
Concessões e permissões de uso de bens públicos: Receita Corrente – Patrimonial.
Ganhos com alienação de imobilizado: creio que esta rubrica seja a mais capciosa ao
candidato, pois informa o ganho patrimonial decorrente da venda do ativo. Portanto, esta
rubrica NÃO informa receita orçamentária.
Assim, o valor de R$ 90 refere-se a uma receita patrimonial (variação patrimonial
aumentativa), oriunda do confronto entre o valor do bem registrado no ativo e seu valor de
venda.
Veja que a terceira rubrica informada pela banca examinadora, “Alienação de bens
imóveis”, que trata de receita orçamentária de capital.
Portanto, R$ 1.100. Letra A.

63. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


a) Não há tal limitação legal. ERRADO.
b) Receitas oriundas de atividades operacionais também são classificadas com receitas
correntes. ERRADO.
c) Estas são características apenas das receitas correntes, as quais são oriundas do poder
impositivo do estado (Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria e de Contribuições) da
exploração de seu patrimônio (Patrimonial), de atividades econômicas (Agropecuária,
Industrial e de Serviços) as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras
pessoas, de Direito Público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis
em Despesas Correntes (Transferências Correntes recebidas) e as demais receitas que
possuam a característica de receita corrente e que não se enquadram nos itens anteriores
(Outras Receitas Correntes). ERRADO.
d) Para a classificação da receita em corrente ou de capital não levamos em consideração a
destinação que será dada ao recurso financeiro. ERRADO.
e) Perfeito! Ambas fazem aumentar as disponibilidades financeiras do estado, afinal, são
receitas públicas arrecadadas.
Em geral, não é regra, as receitas correntes provocam modificação no patrimônio líquido,
dada a característica dessas receitas (prestação de serviços, taxas, tributos etc.).
Já as receitas de capital, em geral, não é regra, são oriundas de fatos permutativos, ou seja,
receitas por mutação patrimonial que não modificam o patrimônio líquido. Portanto, com a
entrada de Receitas de Capital há uma variação patrimonial ativa pelo ingresso financeiro e
uma correspondente variação patrimonial passiva, seja pela baixa de um bem (venda de um
bem do ativo permanente, recebimento de empréstimos concedidos etc.) ou pela constituição
de uma dívida (obtenção de empréstimos etc.).
Opção correta: letra E.

64. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


O objetivo da natureza da receita é identificar a origem do recurso, ou seja, procura refletir
o fato gerador, o acontecimento real, que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres
públicos. É a menor célula de informação no contexto orçamentário para as receitas públicas.
No entanto, existe ainda a necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal
dos recursos arrecadados. Dependendo da fonte do recurso ele deverá ser destinado para
despesas específicas. Diante de tal demanda, foi instituído pelo Governo Federal o
mecanismo de Fonte e Destinação de Recursos.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

Entende-se por fonte de recursos a origem ou a procedência dos recursos que devem ser
gastos com uma determinada finalidade. Destinar recursos é exatamente informar onde o
recurso será aplicado. Assim, de acordo com a fonte do recurso, ele será destinado para
determinados fins preestabelecidos.
Destinar recursos é indicar previamente, é o processo pelo qual os recursos públicos são
correlacionados a uma aplicação. As destinações são classificadas em vinculada e ordinária.
Destinação Vinculada: é o processo de vinculação entre a origem e a aplicação de
recursos, em atendimento às finalidades específicas estabelecidas pela norma.

Destinação Ordinária (não vinculada): é o processo de alocação livre entre a origem e a


aplicação de recursos, para atender a quaisquer finalidades, desde que dentro do âmbito
das competências de atuação do órgão ou entidade.
Opção correta: letra A.

CAPÍTULO 3 – DESPESA PÚBLICA

3.10. Questões de Concursos Públicos

1. (Cespe – ICMBio – Analista Administrativo – 2014)


Perfeito! As receitas e despesas orçamentárias são segregadas em correntes ou de capital.
CERTO.

2. (CESPE – Analista-Perícia-Contador/MPU – 2013)


Investimentos: despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução
de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas
últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Inversões Financeiras: despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de
capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do
capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas
classificáveis neste grupo.
ERRADO.

3. (CESPE-Auditor/FUB-2015)
São três tipos de empenho: ordinário, estimativo e global.
Tipos de empenho:
• despesas de valor previamente conhecido;
ORDINÁRIO
• pagamento ocorrerá de uma só vez.

• despesas de valor não previamente conhecido (valor estimado);


ESTIMATIVO • em geral os pagamentos são parcelados, mas poderão ocorrer
pagamentos de uma só vez.

• despesas de valor previamente conhecido;


GLOBAL
• pagamentos serão parcelados.
ERRADO.

4. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


O Poder Legislativo deve autorizar a realização da despesa pública orçamentária, e o faz
através da Lei Orçamentária Anual – LOA, na qual irão constar as dotações orçamentárias,
que são, simplesmente, autorizações de gastos.
Assim, por exemplo, caso determinado município queira construir creches, deverá constar na
LOA a dotação orçamentária dessa despesa. CERTO.

5. (Cespe – AGU – Procurador – 2013)


Lei no 4.320/1964:
Art. 12, § 2o. Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as
quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para

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contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de


direito público ou privado.
ERRADO.

(Cespe – MS – Administrador – 2013)


6.
Classificação que analisa o impacto da despesa no patrimônio líquido:
Despesa Efetiva: aquela que, no momento da sua realização, reduz a situação líquida
patrimonial da entidade. Constitui fato modificativo diminutivo.
Despesa Não Efetiva: aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação
líquida patrimonial da entidade. Constitui fato permutativo.
São despesas efetivas: energia elétrica: R$ 200,00; serviços de limpeza: R$ 500,00;
pagamento de médicos e enfermeiros: R$ 5.000,00.
A questão não informa se compra de medicamentos foi para estoque ou consumo imediato.
De toda forma, as três despesas acima totalizam valor superior ao citado pela questão.
ERRADO.

7.
Se existe empenho inscrito em restos a pagar para sanar a despesa, não há motivo,
portanto, para reconhecimento de despesa como de exercícios anteriores. ERRADO.

8.
A única Despesa de Capital ocorreu com a compra de equipamentos permanentes
hospitalares, no valor de R$ 300,00. CERTO.

9. (Cespe – TCE-ES – Analista-Ciências Contábeis – 2013)


A opção “a” informa somente despesas extraorçamentárias.
Lembre-se! A inscrição de empenho em restos a pagar ocasiona registro de uma despesa
orçamentária e seu pagamento em exercício futuro uma despesa extraorçamentária.
As demais opções estão incorretas, pois: amortização da dívida, despesa com pessoal,
despesas de encargos sociais e despesas de serviços de terceiros são todas orçamentárias. A
primeira uma Despesa de Capital e, as demais, Despesas Correntes. Letra A.

(CESPE – Analista-Contabilidade/ANP – 2013)


10.
Inicialmente, perceba que a questão menciona que o regime previsto na Lei n.º 4.320/64 é
um “regime orçamentário”. Portanto, a banca examinadora considerou nesta questão o
entendimento de que o artigo 35 dessa lei informa um regramento orçamentário (e não um
regime contábil).
Tal artigo estabelece que pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as
despesas nele legalmente empenhadas.
Se a receita foi arrecadada apenas em 2012, mesmo que tenha sido prevista e lançada em
2011, ela não pertence, sob o enfoque orçamentário (regime orçamentário), ao exercício de
2011. ERRADO.

11.
Regime orçamentário previsto no artigo 35 da Lei n.º 4.320/64: pertencem ao exercício
financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas. Portanto,
a despesa empenhada em 2011 pertence, sob o enfoque orçamentário (regime
orçamentário), ao exercício de 2011. CERTO.

12. (CESPE – Contador/UNIPAMPA – 2013)


Despesa Orçamentária: é a despesa decorrente da execução do orçamento público em
curso, podendo estar autorizada na Lei Orçamentária Anual originalmente sancionada ou em
leis específicas que modificam esse orçamento.
Despesa Extraorçamentária: é a despesa que não consta na Lei Orçamentária Anual em
curso nem em leis específicas que tratam desse orçamento.
Algumas despesas, em virtude de suas características, não necessitam passar pela Lei
Orçamentária Anual do exercício em curso para que possam ser realizadas, tais como

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restituição de cauções recebidas em dinheiro, recolhimento de depósitos ou consignações


retidas em folha de pagamento. CERTO.

(CESPE-TécnicoFCE/TCU-2015)
13.
Sob o enfoque orçamentário a despesa ocorre no empenho.
Todavia, para apuração do valor a pagar deve-se analisar a despesa liquidada, momento em
que se verifica o direito adquirido pelo credor e registro desse valor a pagar no passivo.
De fato o adiantamento (suprimento de fundos) não possui objetivo de sanar tais despesas,
sendo aplicável apenas nos casos definidos em lei.
ERRADO.

14.
Lei nº 4.320/64:
Art. 60, § 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a
parcelamento.
CERTO.

15. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


A questão não foi tão bem redigida e pode ter causado dúvida ao candidato. Por “estágios da
despesa” a banca examinadora tentou informar “estágios de execução da despesa”.
Os manuais da STN e SOF informam que a despesa pública percorre inicialmente a fase de
PLANEJAMENTO (Fixação da despesa; Descentralizações de créditos orçamentários; e
Programação orçamentária e financeira), para, somente após, ser possível a fase de
EXECUÇÃO (empenho, liquidação e pagamento). CERTO.

16. (Cespe – ICMBio – Analista Administrativo – 2014)


Restos a pagar NÃO processados que correspondem às despesas que tenham sido
empenhadas, mas NÃO foram liquidadas. ERRADO.

17. (CESPE – Analista-Administrativo/MI – 2013)


Perfeito! Empenhos emitidos ao longo do exercício financeiro e ainda não pagos em
31/dezembro poderão ser inscritos em restos a pagar. Se já tiverem percorrido a fase de
liquidação serão denominados “restos a pagar processados”, senão, “restos a pagar não
processados”. CERTO.

(Cespe – MC – ATS-especialidade4 – 2013)


18.
Em virtude do Princípio da Anualidade, todos os empenhos, quando emitidos, objetivam
atender despesas que, a priori, irão se realizar dentro do exercício financeiro.
Tipos de empenho:
 despesas de valor previamente conhecido;
ORDINÁRIO
 pagamento ocorrerá de uma só vez.

 despesas de valor não previamente conhecido (valor estimado);


ESTIMATIVO  em geral os pagamentos são parcelados, mas poderão ocorrer
pagamentos de uma só vez.

 despesas de valor previamente conhecido;


GLOBAL
 pagamentos serão parcelados.
Exemplo: Assinado contrato de aluguel de R$ 1 mil por mês, durante 12 meses, para o
período de novembro/2015 a outubro/2016. Em 2015 será emitido um empenho global no
valor de R$ 2 mil (R$ 1 mil x 2 meses) e em 2016 será emitido outro empenho, no valor de
R$ 10 mil (R$ 1 mil x 10 meses).
Portanto, o empenho global deve exatamente ser utilizado para despesas de pagamento
parcelado. ERRADO.

19.
Lei no 4.320/1964:
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.

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§ 1o. Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da


nota de empenho.
O que é vedado é a realização de despesa orçamentária sem que passe pela fase de
empenho. A impressão do documento “nota de empenho”, a materialização da fase do
empenho, pode ser dispensada, desde que prevista na legislação. ERRADO.

20. (Cespe – Suframa – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Para conclusão do empenho não se faz necessário o implemento de condição, fato este que
se relaciona com a liquidação. ERRADO.

21. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


Perfeito! Apenas o valor que se pretende pagar deve ser empenhado. Ressalta-se que o bem
irá ingressar no Ativo pelo valor total da aquisição, ou seja, o valor pago mais o valor
correspondente à permuta. CERTO.

22. (CESPE – ATS-esp.4/MC – 2013)


A inscrição de empenhos em restos a pagar, sobretudo daqueles não liquidados, depende da
observância de determinadas condições, inclusive disponibilidade financeira (art.67 e
seguintes do Decreto nº 93.872/86; LC.101/00, art.42 e art.55, III, b). ERRADO.

23. (CESPE – ATS-esp.4/MC – 2013)


Os restos a pagar, processados ou não, podem ser cancelados pela administração pública
desde que observadas determinadas condições para tanto. Entretanto, tendo o fornecedor de
bens ou serviços cumprido com a obrigação de entregar ou fazer, não cabe análise de
“oportunidade e conveniência”, mas apenas a manutenção do empenho em restos a pagar
para fins de liquidação e pagamento da despesa. ERRADO.

24. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


A classificação da despesa em categorias econômicas tem por finalidade identificar o efeito
econômico da realização da despesa, ou seja, evidencia como os gastos foram realizados, se
o Governo realizou investimentos, construiu bens públicos, despesas de custeio, pagamento
de juros etc. As despesas de capital auxiliam na formação ou aquisição de um bem de capital,
diferentemente das despesas correntes, cujos recursos são aplicados em outras finalidades.
A classificação funcional informa em que área de ação governamental a despesa será
realizada, sendo composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como
agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de governo.
CERTO.

(CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
25.
Lei nº 4.320/64:
Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades orçamentárias poderão quando
expressamente determinado na Lei de Orçamento ser movimentadas por órgãos centrais
de administração geral.
CERTO.

26.
Lei nº 4.320/64:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Para fins de controle do orçamento, considera-se a receita pelo ingresso financeiro
(arrecadação) e a despesa pelo empenho. ERRADO.

27. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


Perfeito! A despesa empenhada e liquidada, mas não paga no mesmo exercício financeiro,
será inscrita em restos a pagar processados no final do ano, figurando dessa forma no
exercício seguinte. CERTO.

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28. (Cespe – MPU – Analista de Planejamento e Orçamento – 2013)


“Despesas de exercícios anteriores” é uma rubrica utilizada para pagamento de despesas que
ocorreram em anos pretéritos (fato gerador em exercício passado), todavia, para tanto, são
utilizados recursos do orçamento vigente (exercício presente). ERRADO.

29. (CESPE – Contador/MS – 2013)


Sob a ótica orçamentária, a despesa ocorre com a utilização do recurso orçamentário, ou
seja, no empenho. Se há empenho entende-se, portanto, que há autorização orçamentária
para realização da despesa. Assim, com o empenho tem-se um Passivo Financeiro. ERRADO.

30. (CESPE – Analista Financeiro/MME – 2013)


Classificação que analisa o impacto da despesa no patrimônio líquido.
Despesa Efetiva: aquela que, no momento da sua realização, reduz a situação líquida
patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo (MCASP, Parte I).
Despesa Não Efetiva: aquela que, no momento da sua realização, não reduz a situação
líquida patrimonial da entidade e constitui apenas um fato contábil permutativo (MCASP,
Parte I).
Como sabemos, o fato permutativo é aquele que não provoca alteração no patrimônio líquido.
Letra C.

31. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


A despesa com manutenção e conservação é uma Despesa Corrente, pois não contribui
para a formação ou aquisição de um bem de capital. Tal despesa ocorre apenas para
preservar o patrimônio já existente.
Despesa Corrente – Outras Despesas Correntes: Despesas orçamentárias com
aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções,
auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica
“Despesas Correntes” não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.
Despesa de Capital – Investimentos: Despesas orçamentárias com softwares e com
o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis
considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações,
equipamentos e material permanente.
Portanto, gastos de manutenção e reparos devem ser classificados como Despesas Correntes
– Outras Despesas Correntes. Correspondem àqueles incorridos para manter ou recolocar os
ativos em condições normais de uso, sem com isso aumentar sua capacidade de produção ou
período de vida útil.
ERRADO.

32. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


Despesas de Capital:
Investimentos: Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a
execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à
realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente.
Inversões Financeiras: Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de
capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou
entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do
capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas
classificáveis neste grupo.
Amortização da Dívida: Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento
do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa,
contratual ou mobiliária.
CERTO.

33. (Cespe – MPU – Analista de Planejamento e Orçamento – 2013)


Com a entrega dos bens será efetuada a liquidação da despesa. Como o pagamento ocorrerá
apenas no exercício seguinte, tal empenho (já liquidado) será inscrito como restos a pagar
processados. CERTO.

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34. (CESPE – ATS-esp.4/MC – 2013)


Sendo a despesa orçamentária considerada formalmente liquidada, então, se eventualmente
inscrita, deverá ser classificada como restos a pagar processados. ERRADO.

35. (CESPE – Perito-Contábeis/PO-AL – 2013)


No momento da concessão de suprimento de fundos ocorre uma despesa orçamentária, visto
que foi emitido empenho (utilização do recurso orçamentário).
Todavia, não há variação patrimonial diminutiva: no Ativo são registrados a saída do recurso
financeiro e também o direito da administração pública contra o servidor. Assim, o valor que
sai de caixa “retorna” para o Ativo na forma de adiantamento/direito contra terceiros, não
ocorrendo, portanto, despesa pelo enfoque patrimonial (diminuição do patrimônio líquido).
Apenas quando o servidor efetuar a prestação de contas é que será baixado o
adiantamento/direito contra ele e reconhecida a despesa patrimonial, relativamente aos
valores gastos (exemplo: confecção de chaves, serviço de bombeiro hidráulico, etc.). Os
valores não gastos e reembolsados ao órgão não provocam despesa patrimonial. ERRADO.

36. (CESPE – Analista-Adm/TRT.8ªRegião – 2013)


a) Receita de operações de crédito: receita não efetiva, pois há ingresso do dinheiro no ativo
e registro, no mesmo valor, de uma obrigação de pagamento no passivo.
Despesas com juros da dívida: não é por mutação patrimonial.
ERRADO.
b) Receita com caução: receita não efetiva, pois há ingresso do dinheiro no ativo e registro,
no mesmo valor, de uma obrigação de restituição no passivo.
Despesa com amortização da dívida: despesa por mutação patrimonial.
ERRADO.
c) A receita proveniente de alienação bens poderá ou não provocar alteração no patrimônio
líquido: tudo depende do valor da venda e daquele que o bem se encontra registrado na
contabilidade.
Exemplo: se o bem for vendido por valor superior ao contábil será uma receita efetiva.
Mas atenção! Quando a questão informar a ocorrência de receita com alienação de bens,
considere que o bem foi vendido pelo mesmo valor contábil, ou seja, considere a ocorrência
de uma receita não efetiva.
Receita de alienação de terrenos: receita não efetiva, pois ocorre, no ativo, ingresso do
dinheiro e baixa do bem, no mesmo valor.
Despesas com investimentos: por mutação patrimonial.
ERRADO.
d) Receita tributária: receita efetiva.
Despesa com pessoal: não é por mutação patrimonial.
ERRADO.
e) Receita Patrimonial é o ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo
permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de mercado e outros
rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes.
Receita patrimonial: receita efetiva.
Despesa com a aquisição de imóveis: por mutação patrimonial.
CERTO.
Opção correta: letra E.

(CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


37.
Perfeito! O § 1º, art. 19 da LRF (LC.101/00) especifica algumas despesas que não devem ser
computadas como despesa total com pessoal, dentre elas as de indenização por demissão de
servidores ou empregados e as relativas a incentivos à demissão voluntária. CERTO.

38.
Dentre as exigências previstas o art. 25 da LRF, existe a necessidade de comprovação, por
parte do beneficiário, de (grifei):
a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos
devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos
anteriormente dele recebidos;
b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;

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c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de


crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de
despesa total com pessoal;
d) previsão orçamentária de contrapartida.
CERTO.

39. (CESPE-Auditor/FUB-2015)
CF/88, art. 165 (grifei):
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
CERTO.

40. (CESPE – Analista Administrativo/ANCINE – 2013)


A estrutura da natureza da despesa a ser observada por todos os entes da Federação (União,
estados, Distrito Federal e municípios) será composta obrigatoriamente por 4 níveis e 6
números, facultativamente por até 5 níveis e 8 números (“c.g.mm.ee.dd”).
CODIFICAÇÃO DA NATUREZA DA DESPESA
1o nível “c” Categoria econômica.

2o nível “g” Grupo de natureza da despesa

3o nível “mm” Modalidade de aplicação

4o nível “ee” Elemento de despesa

5o nível “dd” Desdobramento facultativo do elemento de despesa.


Portanto, quando do empenho (1ª fase de execução da despesa), será imprescindível que
seja efetuada a classificação do 4º nível – elemento da despesa. Somente depois de
empenhada e devidamente classificada a despesa poderá ser liquidada e paga. ERRADO.

41. (CESPE-Analista-Finanças e Controle/MPU-2015)


Na lei orçamentária anual, a discriminação da despesa, quanto à sua natureza, far-se-á, no
mínimo, por categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de aplicação
(art. 6o, Portaria STN/SOF no 163/2001).
A União utiliza estes três níveis em suas leis orçamentárias anuais:

Apesar de constar na LOA a classificação da despesa segundo sua natureza apenas até o 3º
nível, o registro contábil e controle do orçamento será processado pelo código completo.
CERTO.

42. (CESPE – Analista-Administrativo/MJ – 2013)


Lei nº 4.320/64 (grifei): “Art.38 Reverte à dotação a importância de despesa anulada no
exercício; quando a anulação ocorrer após o encerramento deste considerar-se-á receita do
ano em que se efetivar.”.
Ressalta-se que a anulação de restos a pagar disponibiliza/libera recursos orçamentários que
poderão ser posteriormente utilizados em outras despesas, motivo pelo qual o texto legal
informa que “considerar-se-á receita”, pois se refere a uma receita sob o enfoque
orçamentário. Todavia, não deve ser registrada/reconhecida uma nova receita orçamentária
com o cancelamento de restos a pagar.

34
Manual Completo de Contabilidade Pública (4ª ed.) – Resoluções para as Questões de Concurso 
Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

MCASP/STN (grifei):
Não devem ser reconhecidos como receita orçamentária os recursos financeiros
oriundos de:
(...)
b) Cancelamento de despesas inscritas em Restos a Pagar – consiste na baixa da
obrigação constituída em exercícios anteriores, portanto, trata-se de restabelecimento de
saldo de disponibilidade comprometida, originária de receitas arrecadadas em exercícios
anteriores e não de uma nova receita a ser registrada. O cancelamento de Restos a Pagar
não se confunde com o recebimento de recursos provenientes do ressarcimento ou da
restituição de despesas pagas em exercícios anteriores que devem ser reconhecidos como
receita orçamentária do exercício.
ERRADO.

43. (CESPE – Analista-Administrativo/MJ – 2013)


Os empenhos liquidados são automaticamente inscritos em restos a pagar processados no
SIAFI, pois, obviamente, se foi verificado o direito adquirido do credor (liquidação) resta
pendente apenas o pagamento para que o ente público cumpra com sua obrigação, motivo
pelo qual a banca examinadora divulgou gabarito oficial “certo”.
Todavia, a LRF prevê que a inscrição de empenhos em restos a pagar depende também da
observância dos limites de endividamento e da disponibilidade financeira do ente. Caso não
haja disponibilidade suficiente de recursos financeiros, os empenhos emitidos e não pagos até
31 de dezembro NÃO poderão ser inscritos em restos a pagar, ou seja, deverão ser
cancelados (LC.101/00, art.42 e art.55, III, b, 4).
Dessa forma, nem todos os empenhos liquidados e não pagos até o dia 31 de dezembro
DEVERÃO (obrigatoriamente) ser inscritos em restos a pagar.
Mais uma questão deste concurso que poderia ser objeto de anulação.
Gabarito oficial: CERTO.

44. (CESPE-Analista-Finanças e Controle/MPU-2015)


Perfeito! Em virtude da autonomia financeira e orçamentária, o Executivo não irá interferir
em nenhum outro Poder. Os limites de despesa com pessoal estão definidos na Lei de
Responsabilidade Fiscal, tendo por base a receita corrente líquida. CERTO.

45. (CESPE – Analista-Perícia-Contador/MPU – 2013)


Conforme determina a LRF (LC.101/00, art.8º), até trinta dias após a publicação dos
orçamentos o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de
execução mensal de desembolso, os quais demonstram-se como ferramentas basilares para o
planejamento financeiro, ajustando a execução das ações públicas (execução de despesas)
ao fluxo previsto de ingressos financeiros. CERTO.

46. (CESPE – Analista Administrativo/ANCINE – 2013)


As despesas de capital são geradas pelo incremento do patrimônio permanente ou pela
amortização de dívidas, quais sejam: construção de escolas, rodovias, pontes, aquisição de
materiais permanentes, pagamento do principal da dívida (amortização), aquisição de
imóveis, aquisição de ações, entre outras.
CATEGORIA ECONÔMICA GRUPO DE NATUREZA DA DESPESA
1o nível 2o nível

1 – Pessoal e Encargos Sociais


3 – Despesa Corrente 2 – Juros e Encargos da Dívida
3 – Outras Despesas Correntes

4 – Investimentos
4 – Despesa de Capital 5 – Inversões Financeiras
6 – Amortização da Dívida
Portanto, as despesas de capital demandam o registro de incorporação de ativo imobilizado,
intangível ou investimento (4-Investimentos e 5-Inversões Financeiras) ou o registro de
desincorporação de um passivo (6-Amortização da Dívida). CERTO.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

47. (Cespe – TCU – AFCE – 2013)


Concessão de empréstimo: Despesa de Capital – Inversão Financeira.

Amortização de empréstimo obtido: Despesa de Capital – Amortização de Dívida.

Juros sobre empréstimo obtido: Despesa Corrente – Juros e Encargos da Dívida.


Atenção! Os juros e outros demais encargos cobrados serão Despesas Correntes – Juros e
Encargos da Dívida. Apenas o pagamento do principal da dívida (o valor obtido no
empréstimo) e a atualização monetária ou cambial serão despesas de capital.
PAGAMENTO DA DÍVIDA CLASSIFICAÇÃO

Juros Despesa Corrente – Juros e Encargos da


Demais valores decorrentes Dívida

Amortização
Despesa de Capital – Amortização da Dívida
Atualização monetária ou cambial
ERRADO.

48. (CESPE-Auditor/CGE-PI-2015)
Vamos analisar as três operações citadas pela questão!
1) Pagamentos de restos a pagar:
Os empenhos inscritos em restos a pagar ocasionam despesa orçamentária e seu pagamento
em exercício futuro gera despesa EXTRAorçamentária. Ok!
2) Resgates de operações de crédito por antecipação de receita orçamentária:
A Antecipação de Receita Orçamentária – ARO é uma espécie de operação de crédito que
objetiva suprir exclusivamente eventuais insuficiências de caixa, antecipando receitas que
estão em vias de arrecadação (inciso II, art. 7o, da Lei no 4.320/1964; c/c art. 38, LC no
101/2000).
O ingresso financeiro oriunda dessa operação gera receita EXTRAorçamentária.
Já o pagamento ocasiona tanto despesas orçamentárias como EXTRAorçamentárias, da
seguinte forma:
• amortização, o pagamento do principal da dívida (valor obtido com o empréstimo), mais
a atualização monetária ou cambial, será uma despesa EXTRAorçamentária;
• os juros e demais encargos cobrados por esse empréstimo serão despesas
orçamentárias.
Por “resgate” da operação o CESPE considerou amortização, pois o gabarito oficial foi certo.
Todavia, esta questão poderia ter sido objeto de anulação, dada a incerteza da abrangência
do “resgate” (Havia juros a pagar?).
3) Transferências de dinheiro de empréstimos consignados efetuados pelos servidores para
os bancos credores:
Quando da retenção na folha de pagamento há receita extraorçamentária (pois esses
recursos não pertencem ao ente da Federação) e quando da transferência aos bancos
credores há despesa extraorçamentária. Ok!
Gabarito oficial: CERTO.

49. (Cespe – ANP – Analista-Contabilidade – 2013)


– Programa;
Estrutura
– Ação (atividade; projeto ou operação especial);
Programática
– Subtítulo/Localizador de gasto
Existem três tipos de Ações: Atividades, Projetos e Operações Especiais.
Operação Especial: despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou
aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não gera
contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. ERRADO.

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50. (CESPE-Analista-Adm/TRE-GO-2015)
Na verdade, o Princípio do Equilíbrio que estabelece que o montante da despesa autorizada
em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o
mesmo período.
Já o Princípio do Orçamento Bruto visa os mesmos objetivos do Princípio da Universalidade e
também consta previsto no texto da Lei nº 4.320/64.
Lei nº 4.320/64:
Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais,
vedadas quaisquer deduções.
Portanto, segundo o Princípio do Orçamento Bruto, todos os valores de receitas e despesas
deverão constar no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de dedução,
impedindo assim a inclusão de valores líquidos ou de saldos resultantes do confronto entre
receitas e despesas. ERRADO.

51. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


A despesa empenhada e liquidada, mas não paga no mesmo exercício financeiro, será inscrita
em restos a pagar processados no final do ano.
Apenas se eventual e excepcionalmente essa despesa não seja inscrita em restos a pagar,
por algum equívoco ou em virtude de limitação financeira para inscrição, é que, no ano
seguinte, para que o pagamento possa ser efetuado, a despesa será processada como
“despesa de exercícios anteriores”. ERRADO.

52. (CESPE – Analista-Administrativo/MJ – 2013)


Por competência, tal despesa pertence ao ano seguinte, devendo ser empenhada somente no
próximo exercício para utilizar os recursos orçamentários deste. Portanto, a priori, não
deveria ser empenhada no exercício atual e inscrita em restos a pagar.
Outra hipótese seria a necessidade de pagamento antecipado da ajuda de custo ao servidor,
em virtude de exigência legal ou normatização interna do órgão. Assim a despesa deveria ser
empenhada, liquidada e tão logo paga. Portanto, nesta segunda situação, também não faz
sentido sua inscrição em restos a pagar não processados. ERRADO.

(CEBRASPE-ACE-Adm-Contabilidade/TCE-PA-2016)
53.
Repasse: importância que a Unidade Orçamentária transfere a outro Ministério, Órgão ou
Entidade. Está associado ao destaque (movimentação de recursos orçamentários).
Mesmo que haja situação específica em que outro ente da Federação esteja executando o
orçamento da União por delegação (convênios, parcerias etc.), a característica descrita de
“caráter emergencial” faz a afirmativa estar ERRADA.

54.
A questão aborda a distinção de uso das terminologias “crédito” e “recurso”.
Normalmente tem-se o uso da expressão “recurso” indicando uma fonte financeira (recurso
financeiro).
Já “crédito” indicando fonte orçamentária (crédito orçamentário).
A banca examinadora considerou esta questão errada, pois, na LOA constam créditos
orçamentários e a execução financeira trata da utilização de recursos financeiros.
Todavia, os créditos orçamentários consignados na LOA serão descentralizados e, após, em
consequência, também serão descentralizados os recursos financeiros para a perfeita
execução do orçamento.
Assim, de certo que a execução financeira decorre do planejamento orçamentário constante
na LOA. Os créditos orçamentários irão culminar na execução financeira, motivo pelo qual
creio que esta questão poderia ter sido objeto de anulação.
De toda forma, você, concursando, deve ficar atento ao uso das terminologias “recurso
financeiro” e “crédito orçamentário”.
Conclusão: questão poderia ter sido ANULADA.
Gabarito oficial: ERRADO.

55. (Cespe – ANP – Analista-Contabilidade – 2013)


O empenho é a primeira fase de execução da despesa, portanto, deve necessariamente ter
sido empenhada para que possa existir a despesa e eventualmente ser inscrita em restos a

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pagar. O que diferencia os restos a pagar processados dos não processados é o fato da
despesa, no encerramento do exercício financeiro, ter sido liquidada ou não. ERRADO.

56. (CESPE – ACE/TC-DF – 2014)


Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e
os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão
ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por
elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
CERTO.

57. (CESPE – ACE/TC-DF – 2014)


Havendo empenho com saldo, o procedimento correto é inscrevê-lo em restos a pagar não
processados para pagamento no exercício seguinte. O consumo de energia ocorreu no
presente ano, portanto, o mais adequado é que seja arcado com os recursos orçamentários
deste mesmo exercício financeiro.
A inscrição deste empenho em restos a pagar não processados é possível em virtude do
inciso II, art. 35 do Decreto nº 93.872/86 (grifei):
Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de
dezembro, para todos os fins, salvo quando:
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele
estabelecida;
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a
liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da
obrigação assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV - corresponder a compromissos assumido no exterior.
ERRADO.

58. (CESPE – Analista-Administrativo/MI – 2013)


A estrutura completa da programação orçamentária da despesa, na Lei Orçamentária da
União, é formada pelo total de 37 dígitos, os quais informam diversas classificações e
especificações utilizadas para o planejamento, execução e controle do orçamento, dentre elas
a institucional, a funcional e a programática. CERTO.

(CESPE-Administrador/MPOG-ENAP-2015)
59.
Existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos
arrecadados. Dependendo da fonte do recurso ele deverá ser destinado para despesas
específicas. Diante de tal demanda, foi instituído pelo Governo Federal o mecanismo de Fonte
e Destinação de Recursos.
Entende-se por fonte de recursos a origem ou a procedência dos recursos que devem ser
gastos com uma determinada finalidade. Destinar recursos é exatamente informar onde o
recurso será aplicado. Assim, de acordo com a fonte do recurso, ele será destinado para
determinados fins preestabelecidos. CERTO.

60.
A despesa pelo enfoque patrimonial ocorre quando há diminuição do patrimônio líquido,
excluídas as distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais (como no caso de
participação dos proprietários nos lucros da empresa).
Item 4.25 da Resolução CFC no 1.374/2011:
Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a
forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições
aos detentores dos instrumentos patrimoniais.
CERTO.

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61.
Os entes da Federação devem acompanhar permanentemente a evolução do orçamento,
comparando o planejado com o executado, a arrecadação de receitas e execução de
despesas, objetivando manter o equilíbrio orçamentário e o alcance das metas fiscais.
Todavia, observa-se que o controle a avaliação demonstra-se mais como uma etapa do
processo de gestão orçamentária do que uma fase percorrida pela despesa, motivo pelo qual,
inclusive, o “controle e avaliação” não figura mais no MCASP/STN, desde a 4a edição, como
uma fase da despesa orçamentária. ERRADO.

62. (CESPE – Contador/UNIPAMPA – 2013)


A convergência com as normas internacionais de contabilidade não modificaram o conceito de
restos a pagar. Conforme Lei nº 4.320/64, art. 36: “Consideram-se Restos a Pagar as
despesas empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro distinguindo-se as
processadas das não processadas.”.
ERRADO.

63. (CESPE – Contador/UNIPAMPA – 2013)


Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 92. A dívida flutuante compreende:
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.
CERTO.

(CESPE-Administrador/MPOG-ENAP-2015)
64.
LC. 101/00:
Art. 8º, Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
ERRADO.

65.
Para cálculo do resultado primário as receitas e despesas são classificadas em Primárias (não
financeiras) e Financeiras. ERRADO.

66. (CESPE-Analista-Adm/STJ-2015)
Perfeito! Os investimentos cuja execução ultrapasse um exercício financeiro deverão estar
previstos no Plano Plurianual – PPA, conforme determina o regramento constitucional,
integrando assim os instrumentos de planejamento orçamentário.
CF/88, art. 167:
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.
Afinal, sendo o PPA o planejamento de médio prazo, ele deverá orientar/conduzir a
elaboração da Lei Orçamentária Anual. CERTO.

67. (CESPE – Auditor-CiênciasContábeis/TCE-RO – 2013)


Decreto nº 93.872/86:
Art. 23. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem a existência de crédito que a
comporte ou quando imputada a dotação imprópria, vedada expressamente qualquer
atribuição de fornecimento ou prestação de serviços, cujo custo excede aos limites
previamente fixados em lei (Decreto-lei nº 200/87, art. 73).
Parágrafo único. Mediante representação do órgão contábil, serão impugnados quaisquer
atos referentes a despesas que incidam na proibição do presente artigo (Decreto-lei nº
200/87, parágrafo único do art. 73).
Art. 24. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho (Lei nº 4.320/64, art.

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60).
Parágrafo único. Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á
que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa.
Art. 25. O empenho importa deduzir seu valor de dotação adequada à despesa a
realizar, por força do compromisso assumido.
Art. 26. O empenho não poderá exceder o saldo disponível de dotação orçamentária,
nem o cronograma de pagamento o limite de saques fixado, evidenciados pela
contabilidade, cujos registros serão acessíveis às respectivas unidades gestoras em
tempo oportuno.
O crédito orçamentário é a autorização de gasto. Uma vez descentralizado e recebido na
unidade, o ordenador de despesa poderá utilizar tais recursos conforme estipulado na
programação orçamentária, somente até o limite dos recursos recebidos. A despesa sob o
enfoque orçamentário ocorre com a utilização dos recursos orçamentários, ou seja, com o
empenho. CERTO.

68. (CESPE-Analista-Atuarial/MPU-2015)
A banca examinadora tentou confundir o candidato com o empenho global.
Lei nº 4.320/64:
Art. 60, § 3º É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas a
parcelamento.
Dotação global é uma dotação orçamentária que NÃO consta de forma precisa e detalhada na
LOA onde o recurso público será aplicado. Trata-se de uma exceção ao Princípio
Orçamentário da Especificação, o qual informa que, no orçamento público, as receitas
previstas e as despesas fixadas devem constar com adequado e satisfatório nível de
detalhamento/especificação, ou seja, elas não podem figurar de maneira genérica na Lei
Orçamentária Anual, mas, sim, objetivamente discriminadas, de forma que se possa saber,
minuciosamente, a origem dos recursos e sua aplicação, possibilitando, com isso, um
eficiente planejamento e uma melhor condução da execução do orçamento, como também a
fiscalização da aplicação dos recursos.
Despesas contratuais e outras conhecidas sujeitas a parcelamento NÃO constarão no
orçamento em dotações globais. ERRADO.

69. (CESPE – TNS-SPU/MPOG – 2013


Tipos de empenho:
• despesas de valor previamente conhecido;
ORDINÁRIO
• pagamento ocorrerá de uma só vez.

• despesas de valor não previamente conhecido (valor estimado);


ESTIMATIVO • em geral os pagamentos são parcelados, mas poderão ocorrer
pagamentos de uma só vez.

• despesas de valor previamente conhecido;


GLOBAL
• pagamentos serão parcelados.
De fato será um empenho global, pois o valor é conhecido e o pagamento parcelado
mensalmente. Para emissão do empenho, faz-se necessária disponibilidade de crédito
orçamentário. Entretanto, o erro da questão está no final: será uma despesa corrente (e não
de capital). ERRADO.

70. (CESPE – Analista-Contabilidade/TRT.17ªRegião – 2013)


Isto mesmo! Será inscrito em restos a pagar, sem necessidade de ser reincluído no
planejamento orçamentário do exercício seguinte.
Decreto nº 93.872/86 (grifei):
Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de
dezembro, para todos os fins, salvo quando:
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele
estabelecida;
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da
despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação
assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;

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IV - corresponder a compromissos assumido no exterior.


CERTO.

71. (CESPE-Analista-Finanças e Controle/MPU-2015)


CF/88:
Art. 165, § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.
A Constituição Federal não estabelece prazo de duração para tais planos e programas.
ERRADO.

72. (CEBRASPE-ACE-Adm-Contabilidade/TCE-PA-2016)
Princípio da deve existir uma única peça orçamentária, um único orçamento.
Unidade
Princípio da a previsão da receita e fixação da despesa deve ser planejada para o
Anualidade período de um ano.
ERRADO.

73. (CESPE-AuditorFCE/TCU-2015)
Os manuais da STN e SOF informam que o PLANEJAMENTO compreende:
 fixação da despesa,
 descentralizações de créditos orçamentários,
 programação orçamentária e financeira, e
 processo de licitação e contratação.
Portanto, o planejamento da despesa envolve outras etapas além da fixação na lei
orçamentária anual. ERRADO.

74. (CESPE-AuditorFCE/TCU-2015)
A classificação funcional informa em que área de ação governamental a despesa será
realizada, sendo composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que servem como
agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três esferas de
governo.
A classificação funcional é composta por cinco dígitos: os dois primeiros referem-se à função
e os três últimos dígitos representam a subfunção.

Função: é o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público. A
função se relaciona com a missão institucional do órgão, por exemplo, cultura, educação,
saúde, defesa, que, para a União, guarda relação com os respectivos ministérios.
Subfunção: representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve
evidenciar cada área da atuação governamental, por intermédio da agregação de
determinado subconjunto de despesas e identificação da natureza básica das ações que se
aglutinam em torno das funções.
Portanto, a FUNÇÃO que se relaciona com a missão institucional do órgão. ERRADO.

75. (CESPE – Analista-Contabilidade/TRT.17ªRegião – 2013)


A estrutura programática (classificação programática) da despesa orçamentária da União:

Articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização


Programa
de um objetivo comum preestabelecido.

Operações das quais resultam produtos (bens ou serviços) que


Ação
contribuem para atender ao objetivo de um programa.

Subtítulo/Localizad
Indica a localização física das ações.
or de Gasto

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Cada um desses três itens recebe um código de quatro dígitos. Assim, a estrutura
programática orçamentária da União é composta de 12 dígitos, dividida em três partes
iguais: PPPP.AAAA.SSSS.
Programa: é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um
conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum
preestabelecido, mensurado por indicadores instituídos no plano, visando à solução de um
problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade.
Ações: são operações das quais resultam produtos (bens ou serviços), que contribuem para
atender ao objetivo de um programa. Existem três tipos de ações: atividades, projetos e
operações especiais.
Subtítulo: objetica adequada localização do gasto, permitindo maior controle governamental
e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas, além de evidenciar a
focalização, os custos e os impactos da ação governamental. As atividades, os projetos e as
operações especiais, no planejamento da União, são detalhados em subtítulos, utilizados
especialmente para especificar a localização física da ação.
O erro está na parte final da questão, pois não objetiva “permitir avaliar se os benefícios
logrados pelos entes federativos são compatíveis com o respectivo esforço arrecadatório para
os cofres da União.”. ERRADO.

76. (Cespe – Suframa – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Eis o conceito informado no MTO (grifei):
Inversões Financeiras : Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens
de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de
empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação
não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de
empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.
CERTO.

77. (Cespe – Suframa – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Tal ação deverá ser incluída em um programa temático.
Programa Temático: aquele que expressa e orienta a ação governamental para a entrega
de bens e serviços à sociedade.
Programa de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aquele que expressa e
orienta as ações destinadas ao apoio, à gestão e à manutenção da atuação governamental.
ERRADO.

(CEBRASPE-ACE-Adm-Contabilidade/TCE-PA-2016)
78.
Só existe um orçamento, uma Lei Orçamentária Anual (princípio orçamentário da unidade), o
qual é dividido em três partes: orçamento fiscal, orçamento de investimento das estatais e
orçamento da seguridade social. ERRADO.

79.
CF/88, art. 165 (grifei):
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
CERTO.

80.
Cuidado! Pegadinha comum em concursos.
A contagem da vigência do PPA está atrelada ao mandato do Chefe do Executivo. Entretanto,
NÃO coincide com o mesmo período, pois a vigência do PPA inicia-se apenas do 2º ano do
mandato.
ADCT – CF/88 (grifei):
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS
Art. 35, § 2o - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9o, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:

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I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício


financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;
O PPA terá vigência do 2º ano de mantado até o final do 1º ano do mandato subsequente.
Portanto, no 1º ano de mandato o Chefe do Executivo irá governar com o PPA elaborado
pelo seu antecessor. ERRADO.

81.
CF/88, art. 165 (grifei):
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
CERTO.

82.
CF/88, art. 165 (grifei):
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
CERTO.

(CESPE-Analista-Adm/TRE-GO-2015)
83.
Decreto nº 93.872/86 (grifei):
Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será considerado anulado em 31 de
dezembro, para todos os fins, salvo quando:
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele
estabelecida;
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidação da
despesa, ou seja de interesse da Administração exigir o cumprimento da obrigação
assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas ou privadas;
IV - corresponder a compromissos assumido no exterior.
O prazo para prestação de serviço vence apenas no próximo exercício, portanto, o ente
deverá inscrever o empenho em restos a pagar para que possa adimplir com sua obrigação
de pagamento, conforme inciso I, art. 35 do Decreto nº 93.872/86. CERTO.

84.
Questão mal formulada!
Afinal, apropriação em qual resultado? ...Patrimonial? Orçamentário?
Pois bem, de todo modo, esta questão está flagrantemente errada em sua parte final, dado
que o empenho NÃO ficará eternamente inscrito em restos a pagar, sendo em algum
momento pago ou cancelado. ERRADO.

85.
A banca examinadora tentou confundir o candidato entre os princípios da universalidade e
unidade.
Princípio da deve existir uma única peça orçamentária, um único orçamento.
Unidade
Princípio da todas as receitas e despesas do ente público deverão estar contidas no
Universalidade orçamento.
ERRADO.

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86.
Despesa sob enfoque Patrimonial, ou seja, para fins de análise e estudo do
patrimônio, ocorre quando o fato administrativo provoca decréscimo de valor no
patrimônio líquido, excluídos os que sejam provenientes de distribuição de riqueza aos
proprietários da entidade.
Despesa pelo enfoque orçamentário ocorre com a utilização de crédito que consta
disponível e consignado no orçamento da entidade (podendo ou não diminuir a situação
líquida patrimonial). Ou seja, é toda transação que depende de autorização legislativa, de
forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada (MCASP, parte I).
A despesa pelo enfoque orçamentário ocorreu com o empenho, dito como “concessão” do
suprimento pela questão, pois com o empenho foi utilizado o recurso orçamentário.
Com a entrega do recurso ao suprido (pagamento) ainda não ocorre a despesa patrimonial,
pois é registrada concomitantemente uma contrapartida desse valor entregue (adiantamento)
ao servidor no ativo.
A despesa pelo enfoque patrimonial somente irá ocorrer com a prestação de contas do
suprimento de fundos pelo servidor, relativamente aos recursos gastos. As importâncias
restituídas não ocasionam despesa patrimonial. CERTO.

87.
Tal situação ocorre quando são utilizados recursos extraorçamentários para cobrir
despesas orçamentárias.
Exemplo: reabertura de créditos orçamentários especiais e extraordinários. Os recursos
desses créditos são oriundos do orçamento passado, portanto, são recursos
extraorçamentários, não aparecendo discriminados no orçamento presente. Caso o ente
tenha empenhado todo o recurso orçamentário previsto em sua LOA, e ainda, emitido
empenho (no exercício presente) com recursos oriundos do orçamento passado, então, o
total das despesas empenhadas (total das despesas orçamentárias) irá exceder o total da
dotação consignada na LOA. CERTO.

88.
Devem ser observados diversos fatores quando da classificação da despesa, dentre eles a
aplicação/destinação do bem ou serviço contratado. Dessa forma, elementos que, a priori,
consideramos relacionados com despesa corrente também podem ser classificados como
despesa de capital.
Exemplo: aquisição de cimento e tijolos.
Caso sejam destinados à manutenção de um edifício público, será uma despesa corrente a
aquisição de tais bens. Entretanto, caso sejam destinados a construção ou ampliação de
edificações públicas, será uma despesa de capital. CERTO.

89.
a) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
ERRADO.
b) De fato há tal previsão no texto constitucional.
CF/88, art. 165 (grifei):
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
receita, nos termos da lei.
CERTO.
c) A LOA prevê as receitas a serem arrecadadas e fixa o montante de despesas, todavia,
trata-se apenas de uma estimativa. Assim, a aprovação da LOA não garante que todas as
despesas serão executadas. Poderá haver uma arrecadação inferior à prevista, situação esta
que será necessário reduzir o montante de despesas a serem executadas. ERRADO.
d) Pegadinha de concurso! Para ser uma empresa controlada o ente da Federação deverá
possuir a maior parte do capital social COM DIREITO A VOTO e não necessariamente maior
parte de TODO o capital social.
Conforme previsto no texto constitucional (art. 165, § 5º, inciso II), o orçamento de
investimento das estatais abrange as empresas em que a União detenha, direta ou
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto. ERRADO.

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e) CF/88:
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
Como orçamento deverá abranger todas as despesas, portanto, de forma inversa, a
Constituição Federal veda a realização de despesas (programas ou projetos) não incluídas na
Lei Orçamentária Anual (princípio orçamentário da universalidade). ERRADO.
Opção correta: letra B.

90.
a) É a liquidação da despesa que consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. ERRADO.
b) Se o instrumento de contrato for facultativo, ele poderá ser substituído pela nota de
empenho, dentre outros, mas não pela ordem bancária.
Lei nº 8.666/93 (grifei):
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de
preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos
limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração
puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
ERRADO.
c) No planejamento orçamentário estima-se a arrecadação de receitas e a execução de
despesas. Portanto, de certo que a previsão da receita é a base utilizada para estimar as
necessidades de financiamento do governo, caso as receitas sejam inferiores as despesas.
CERTO.
d) O lançamento da receita é ato da repartição competente, que verifica a procedência do
crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. ERRADO.
e) Lei nº 4.320/64:
Art. 52. São objeto de lançamento os impostos diretos e quaisquer outras rendas com
vencimento determinado em lei, regulamento ou contrato.
Portanto, não são todas as receitas orçamentárias que passam pela fase do lançamento,
como ocorre com as doações em espécie recebidas. Afinal, o doador está entregando
voluntariamente o recurso financeiro, não havendo, assim, crédito fiscal nem obrigação do
doador para com o ente estatal. ERRADO.
Letra C.

91.
Trata-se da classificação institucional, a qual informa o órgão, a entidade ou instituição que
executa a despesa, quem realiza o gasto.
Portanto, essa classificação reflete a estrutura organizacional do ente, pois precisa informar
onde os créditos orçamentários foram alocados para serem utilizados.
A estrutura da classificação institucional está baseada em dois níveis hierárquicos: Órgão
Orçamentário e Unidade Orçamentária.
Unidade Orçamentária é o agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou
repartição a que serão consignadas dotações próprias (art. 14 da Lei no 4.320/1964).
Dotação orçamentária, ou simplesmente dotação, é o nome dado ao limite de crédito
consignado na lei de orçamento ou crédito adicional, para atender determinada despesa.
Letra A.

92.
a) Como não há empenho inscrito em restos a pagar, a única forma de pagar despesas
oriundas de exercícios passados é através da emissão de novo empenho do exercício atual,
classificando a despesa como despesa de exercícios anteriores. CERTO.
b) Não existe tal condição para inscrever o empenho em restos a pagar. ERRADO.
c) Quanto aos restos a pagar não processados e NÃO liquidados posteriormente, o Decreto nº
93.872/1986, no § 2º do art. 68, estabelece que “terão validade até 30 de junho do segundo
ano subsequente ao de sua inscrição” (ressalvadas as exceções previstas no § 3º do mesmo
artigo). ERRADO.
d) Lei nº 4.320/64:

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Art. 92, Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por
credor distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.
Decreto nº 93.872/1986:
Art. 67, § 2º O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por credor.
ERRADO.
e) Decreto nº 93.872/1986:
Art. 70. Prescreve em cinco anos a dívida passiva relativa aos Restos a Pagar.
A contagem do prazo de prescrição inicia-se da data da inscrição do empenho em restos a
pagar. ERRADO.
Letra A.

93.
Abaixo segue quadro analisando as etapas da despesa orçamentária (divididas em
planejamento e a execução), com as alternativas indicadas pela questão:
PLANEJAMENTO ITEM
Fixação da despesa na LOA; III
Descentralização de créditos orçamentários;
Programação orçamentária e financeira.
EXECUÇÃO
Empenho - ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado II
obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição (Lei
nº 4.320/64, art. 58).
Liquidação - consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo I
por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito (Lei
nº 4.320/64, art. 63).
Pagamento - a ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade IV
competente, determinando que a despesa seja paga (Lei nº 4.320/64, art.
64).
Portanto: III, II, I e IV. Letra E.

94.
Despesas de Capital: item I.
Despesas Correntes: itens II, III e IV.
Letra D.

95.
Portaria STN/SOF no 163/2001 (grifei):
Art. 3o A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de:
I - categoria econômica;
II - grupo de natureza da despesa;
III - elemento de despesa;
§ 1o A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial
denominada “modalidade de aplicação”, a qual tem por finalidade indicar se os
recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera
de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva,
precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou
descentralizados.
Letra A.

(FCC-ACE-Ciências Contábeis/TCE-CE-2015)
96.
Categoria econômica: Despesa de Capital
Grupo de Natureza de Despesa: Investimento.
MTO-2015:
Investimentos: Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a
execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à
realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material
permanente.
Letra D.

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97.
Os veículos são materiais permanentes.
Elemento de despesa: Equipamentos e Material Permanente
MTO-2015 (grifei):
Equipamentos e Material Permanente
Despesas orçamentárias com aquisição de aeronaves; aparelhos de medição;
aparelhos e equipamentos de comunicação; aparelhos, equipamentos e utensílios
médico, odontológico, laboratorial e hospitalar; aparelhos e equipamentos para esporte
e diversões; aparelhos e utensílios domésticos; armamentos; coleções e materiais
bibliográficos; embarcações, equipamentos de manobra e patrulhamento;
equipamentos de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; instrumentos musicais
e artísticos; máquinas, aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas,
aparelhos e equipamentos gráficos e equipamentos diversos; máquinas, aparelhos e
utensílios de escritório; máquinas, ferramentas e utensílios de oficina; máquinas,
tratores e equipamentos agrícolas, rodoviários e de movimentação de carga; mobiliário
em geral; obras de arte e peças para museu; semoventes; veículos diversos; veículos
ferroviários; veículos rodoviários; outros materiais permanentes.
Letra A.

98. (FCC-Analista-Adm/TRF-3ªRegião-2016)
A questão está se referindo às subvenções, transferências destinadas a cobrir despesas de
custeio das entidades beneficiadas.
Segundo a Lei nº 4.320/64, dependendo do beneficiário do recurso, são divididas em
subvenções sociais e subvenções econômicas.
Lei nº 4.320/64:
Art. 12, § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências
destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-se
como:
I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter
assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;
II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de
caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Letra D.

99. (FCC-Analista-Adm/TRF-3ªRegião-2016)
Segundo o relato da questão, foram emitidos empenhos para aquisição de
microcomputadores, tablets e notebooks.
Os equipamentos foram entregues em duas parcelas: primeiro os microcomputadores e, um
mês após, os tablets e notebooks.
Todavia, por equívoco, já na primeira entrega o órgão efetuou o pagamento de todos os
equipamentos.
Como sabido, apenas os microcomputadores poderiam ser pagos na primeira etapa, pois
apenas eles foram entregues, possibilitando, assim, a liquidação e consequentemente o
pagamento.
Lei nº 4.320/64:
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
Fica evidente que ocorreu erro na fase de pagamento, o qual somente poderia ocorrer após
a regular liquidação, tendo assim como resposta a letra “c”.
Mas, de certo que pode pairar alguma dúvida ao candidato para responder a questão, ao se
perguntar se também não houve falha na liquidação, o que modificaria a resposta para letra
“d”.
Todavia, perceba que a questão não dá elementos que nos possibilita afirmar que também
houve erro na liquidação. Haveria erro na liquidação, por exemplo, se o termo de
recebimento definitivo fosse emitido equivocadamente contendo todos os equipamentos.
Mas não há qualquer informação a respeito. Sabemos apenas que os computadores foram
entregues e, por equívoco, todos os equipamentos foram pagos.

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Portanto, não houve erro na liquidação. Na verdade, sequer houve liquidação para os tablets
e notebooks, motivo pelo qual o erro está no pagamento, o qual somente poderia ter ocorrido
após a regular liquidação. Letra C.

100. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
Em 15/12/2013 foi emitido o empenho de R$ 150.000. Em 2013 não houve cancelamento
(parcial ou total) do empenho, muito menos liquidação e pagamento, pois os serviços foram
iniciados somente em 2014. Portanto, o valor total empenhado foi inscrito em RP não
processado em 31/12/2013. Letra A.

101. (FCC-ACE-Ciências Contábeis/TCE-CE-2015)


Trata-se de uma Inversão Financeira por ser uma aquisição de imóvel já em utilização.
A expressão “já em utilização” indica apenas que o imóvel já estava pronto em uso, não
precisando ser necessariamente pela Administração pública (apesar da questão informar a
situação de uso do imóvel pelo estado).
Assim, caracteriza-se a Inversão Financeira (imóvel pronto em uso), diferentemente do que
ocorre com a classificação Investimentos, situação em que o estado executa a obra, fazendo
incrementar o PIB.
Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 12, § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos
comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
MTO-2015:
Inversões Financeiras
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização;
aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a
constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis
neste grupo.
Letra D.

(FCC-Analista-Adm/TRE-RR-2015)
102.
São despesas CORRENTES:
FGTS 250
Locação de imóvel para almoxarifado 100
Passagens aéreas 150
Contratação de pessoal por tempo determinado 300
Juros e encargos de operação de crédito 180
Material para reparo de imóveis 170
TOTAL 1.150
Letra C.

103.
São despesas DE CAPITAL:
Aquisição de veículos 400
Aquisição de imóveis para realização de obras (*-Obs) 600
Amortização de dívida 200
TOTAL 1.200
(*-Obs): Investimento ou Inversão Financeira?
A aquisição de um imóvel possuirá sempre a classificação econômica de Despesa de Capital.
Entretanto, o grupo de natureza da despesa poderá ser “Investimento” ou “Inversão
Financeira”, dependendo do tipo de operação realizada.
Como regra, tem-se que a aquisição de um imóvel pronto já em utilização será uma Inversão
Financeira.

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Todavia, caso o imóvel esteja sendo adquirido por necessidade de realização de uma
obra pública, então esta despesa será um Investimento, acompanhando assim a
classificação da despesa da obra. Letra E.

104. (FCC/Analista-Orçamento/AL-PE/2014)
Para que o Poder Executivo dê início a tal programa, ele deverá necessariamente estar
contido na LOA, de forma que se possa, com a disponibilização dos recursos orçamentários,
efetuar a licitação, emitir o empenho e firmar o contrato com o licitante vencedor para início
das obras. Letra B.

105. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
Gabarito oficial: letra A.
I. Perfeito! A previsão mais as fases de execução (lançamento, arrecadação e recolhimento).
CERTO.
II. A classificação da despesa, segundo a sua natureza, compõe-se de categoria econômica,
grupo de natureza da despesa e elemento de despesa, sendo complementada pela
informação gerencial denominada “modalidade de aplicação. Perceba que, neste caso, a
banca examinadora não citou a modalidade de aplicação e considerou esta opção correta.
CERTO.
III. As receitas e despesas são classificadas em duas categorias econômicas: correntes e de
capital. ERRADO.
IV. Trata-se de uma Receita de Capital.
VALOR RECEBIDO RECEITA

Juros e
Corrente
Demais valores decorrentes cobrados

Amortização (principal da dívida)


De Capital
Atualização monetária ou cambial
ERRADO.
Estão corretos os itens I e II: letra A.

106. (FCC/Analista-Contadoria/TRF.3a Região/2014)


Lei no 4.320/1964, art. 14: “Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços
subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.”.
Letra C.

107. (FCC-Analista-Adm/TRT-3ªRegião-2015)
O Poder Judiciário, tanto na esfera federal como estadual, possui o limite de despesa com
pessoal de 6% da receita corrente líquida (LC. 101/20000, art. 20). Letra C.

108. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


I) Isso mesmo! Poderão ser pagos através da rubrica “despesas de exercícios anteriores”.
Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição
interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício
correspondente poderão ser pagos à conta de dotação específica consignada no
orçamento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem
cronológica.
CERTO.
II) Os restos a pagar (RP), processados ou não, que ainda estejam ativos em exercícios
subsequentes NÃO se confundem com “despesas de exercícios anteriores”.
Pode-se dizer que, com a inscrição do empenho em RP, esta sendo “guardado” ou
“reservado” o recurso orçamentário desse exercício financeiro para ser utilizado no futuro.
Já com “despesas de exercícios anteriores” são utilizados recursos orçamentários do
orçamento atual (em curso), exatamente pelo fato de não haver restos a pagar para cobrir
esta despesa.
ERRADO.

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III) O erro está na parte final, pois “despesas de exercícios anteriores” utilizam e oneram o
orçamento do exercício em que ocorre o pagamento. ERRADO.
Portanto, correto apenas I: letra D.

109. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


Lei nº 4.320/64:
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a emissão da
nota de empenho.
Não existe despesa orçamentária sem que percorra a fase do empenho, portanto, trata-se
de um ato indispensável.
A nota de empenho é apenas o documento que materializa a fase de empenho. Este
documento (nota de empenho) que poderá ter dispensada a sua emissão, em casos especiais
previstos na legislação. Letra E.

110. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
Esta questão está exigindo dois conceitos, o da despesa sob o enfoque orçamentário e o da
despesa sob o enfoque patrimonial:
Despesa sob enfoque patrimonial, para fins de análise e estudo do patrimônio, ocorre
quando o fato administrativo provoca decréscimo de valor do patrimônio líquido, excluídos
os que estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos
patrimoniais.
Despesa pelo enfoque orçamentário ocorre com a utilização de crédito que consta
disponível e consignado no orçamento da entidade (podendo ou não diminuir a situação
líquida patrimonial). Ou seja, é toda transação que depende de autorização legislativa, na
forma de consignação de dotação orçamentária, para ser efetivada (Mcasp Parte I).
Resumindo, pode-se dizer que:
Despesa patrimonial ocorre com a diminuição do patrimônio líquido;
Despesa orçamentária ocorre com o empenho (Lei no 4.320/1964, art. 35).
Para apuração do resultado orçamentário, deve-se considerar a despesa sob o enfoque
orçamentário, a qual ocorreu com o empenho: 15/02/2014.
Para apuração do resultado patrimonial deve-se considerar a despesa sob o enfoque
patrimonial, a qual ocorreu com o fato gerador da despesa, neste caso, a utilização/consumo
do serviço contratado (princípio da competência): 18/02/2014.
Letra A.

111. (FCC/Procurador/Pref.Recife/2014)
a) As multas recebidas são Receitas Correntes, mas o recebimento de amortização de
empréstimos concedidos é Receita de Capital. ERRADO.
b) Os Investimentos são Despesa de Capital, mas as Despesas de Custeio são Correntes.
ERRADO.
c) Contribuições de Melhoria são Receitas Correntes, mas as operações de créditos são
Receitas de Capital. ERRADO.
d) Lei no 4.320/1964, art. 12, § 1o: “Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações
para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a
obras de conservação e adaptação de bens imóveis.”. ERRADO.
e) Prefeito! Ambas são Receitas Correntes. CERTO.
Letra E.

112. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


Decreto no 93.872/1986 (grifei):
Art. 22. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida, e
os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, poderão
ser pagos à conta de dotação destinada a atender despesas de exercícios anteriores,
respeitada a categoria econômica própria (Lei no 4.320/1964, art. 37).
§ 2o Para os efeitos deste artigo, considera-se:
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa cuja inscrição como
restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor;

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Letra E.

113. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ-RJ/2014)


RP NÃO PROCESSADO = DESPESAS EMPENHADAS – DESPESAS LIQUIDADAS
RP NÃO PROCESSADO = 685.000 – 670.000 = 15.000
Letra E.

114. (FCC-Conselheiro Substituto/TCE-CE-2015)


Questão retirada da Lei nº 4.320/64, a qual informa, nos artigos 16, 17 e 18, que as
Transferências Correntes compreendem as Subvenções Sociais e Subvenções Econômicas,
estando neste último a operação informada na questão.
Lembre-se! Para provas da FCC você precisa dominar a Lei nº 4.320/64.

Lei nº 4.320/64 (grifei):


SEÇÃO I
Das Despesas Correntes
SUBSEÇÃO ÚNICA
Das Transferências Correntes
I) Das Subvenções Sociais
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibilidades financeiras a concessão de
subvenções sociais visará a prestação de serviços essenciais de assistência social,
médica e educacional, sempre que a suplementação de recursos de origem privada
aplicados a esses objetivos, revelar-se mais econômica.
Parágrafo único. O valor das subvenções, sempre que possível, será calculado com base
em unidades de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos
interessados obedecidos os padrões mínimos de eficiência previamente fixados.
Art. 17. Somente à instituição cujas condições de funcionamento forem julgadas
satisfatórias pelos órgãos oficiais de fiscalização serão concedidas subvenções.
II) Das Subvenções Econômicas
Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza
autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas
nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito
Federal.
Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:
a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços
de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais;
b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de
determinados gêneros ou materiais.
Letra A.

115. (FCC/Analista-Orçamento/AL-PE/2014)
O princípio orçamentário da universalidade estabelece que o orçamento deverá conter todas
as receitas e despesas. Letra A.

116. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


A administração pública contratou o particular para fornecimento de determinados matérias,
para tanto, foi processada a fase de empenho da despesa.
O comando da questão informa que, quando da entrega dos materiais, a prefeitura verificou
que o contratado “não cumpriu os requisitos previstos no instrumento contratual”.
Pois bem... esse trecho da questão ficou bastante subjetivo. Afinal, o que não foi cumprido?
Foi algo relevante?
Por exemplo, se o contratado entregou o produto atendendo todas as especificações técnicas,
todavia, com pequeno atraso de dois dias, a prefeitura poderá receber em definitivo o
produto, processar a liquidação e o pagamento da despesa. Mas também deverá aplicar ao
contratado, em virtude do atraso na entrega, a correspondente sanção administrativa
prevista no contrato (advertência, multa etc.).
De outra forma, se o contratado entregou material que NÃO atende as especificações
contratadas, trata-se de algo relevante (pois não foi este o produto previsto no contrato),
impossibilitando inclusive que o produto seja recebido em definitivo, liquidado e pago. Neste

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caso, a prefeitura deverá notificar o contratado para substituição do produto e, caso não
ocorra, deverá rescindir o contrato.
Analisando as opções de resposta, percebemos que a banca examinadora imaginou esta
segunda situação, pois temos na alternativa A uma possível resposta: com a rescisão do
contrato haverá a consequente anulação do empenho.
Como o material entregue não satisfez as exigências contratuais, não há liquidação e muito
menos pagamento, motivo pelo qual as demais alternativas (B, C, D e E) estão erradas. Letra
A.

117. (FCC - ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)


Total empenhado = R$ 50.000,00 (R$ 50,00 x 1.000 unidades)
Sabemos também que não ocorreu qualquer pagamento naquele ano, portanto, considerando
que não ocorreu anulação parcial do empenho, todos os R$ 50 mil foram inscritos em RP.
Precisamos agora descobrir a despesa liquidada para distinguir o RP processado do não
processado.
Moleza! A despesa liquidada corresponde ao valor dos uniformes entregues e que foram
aceitos conformes.
Cálculo dos uniformes aceitos conformes:
Uniformes aceitos = (total da entrega) – (devolução)
Uniformes aceitos = (1.000 x 70%) – (300)
Uniformes aceitos = 700 – 300 = 400 uniformes
Cálculo da despesa liquidada:
Despesa liquidada = R$ 50,00 x 400 uniformes
Despesa liquidada = R$ 20.000,00
A despesa não liquidada será a diferença entre o total empenhado e a despesa liquidada: R$
30.000,00 (50.000 – 20.000).
Portanto, a inscrição de restos a pagar processado e NÃO processado, respectivamente, foi
de R$ 20 mil e R$ 30 mil. Letra E.

118. (FCC-ACE-Ciências Contábeis/TCE-CE-2015)


Como de costume, a FCC exige conforme a Lei nº 4.320/64.
I. Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 12, § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões
financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar,
independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas
transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de
Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização
da dívida pública.
CERTO.
II. Lei nº 4.320/64:
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou
especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão de
governo, obedecerá ao seguinte esquema:
DESPESAS CORRENTES
DESPESAS DE CUSTEIO
Pessoa Civil
Pessoal Militar
Material de Consumo
Serviços de Terceiros
Encargos Diversos

TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
Subvenções Sociais
Subvenções Econômicas
Inativos
Pensionistas
Salário Família e Abono Familiar
Juros da Dívida Pública
Contribuições de Previdência Social
Diversas Transferências Correntes.

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Classificada como transferência corrente. ERRADO.


III. Lei nº 4.320/64, art. 13:
DESPESAS DE CAPITAL
INVESTIMENTOS
Obras Públicas
Serviços em Regime de Programação Especial
Equipamentos e Instalações
Material Permanente
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades
Industriais ou Agrícolas
Despesa de Capital. ERRADO.
IV. Lei nº 4.320/64, art. 13:
DESPESAS DE CAPITAL
(...)
INVERSÕES FINANCEIRAS
Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades
Comerciais ou Financeiras
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento
Constituição de Fundos Rotativos
Concessão de Empréstimos
Diversas Inversões Financeiras
CERTO.
Afirmativas corretas: I e IV. Letra C.

119. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
A banca examinadora tentou confeccionar uma questão mais elaborada, entretanto, creio que
a resenha não tenha ficado boa.
Adianto que o gabarito oficial foi letra E, resposta esta passível de questionamento. Vejamos!
Foram empenhados R$ 120 mil para pagamento dos serviços de limpeza, do período de julho
a dezembro/2015.
Os serviços prestados em novembro e dezembro de 2015 NÃO foram pagos em virtude de
insuficiência de caixa.
Observação! Vale lembrar que, sob o aspecto patrimonial, sabemos que tais valores deverão
estar registrados no passivo, pois há obrigação de pagamento dos serviços prestados em
novembro e dezembro de 2015, independentemente do que ocorre na execução do
orçamento.
Continuando, devemos inferir que o valor empenhado englobou as despesas dos dois últimos
meses do ano, entretanto, ocorreu insuficiência de caixa. Ou seja, NÃO foram R$ 120 mil e
mais as despesas de novembro e dezembro, mas apenas R$ 120 mil.
Pois bem, se não há recurso financeiro do orçamento de 2015, então, o empenho deverá ser
cancelado. Afinal, o exercício acabou e não há dinheiro.
Não há lógica em permanecer com a nota de empenho de um exercício financeiro que não
possui recurso para quitá-la.
Assim, no exercício de 2016 seria emitido novo empenho com a rubrica de despesa de
exercício anterior. Aí sim, em 2016, há recursos orçamentários e financeiros disponíveis.
Portanto, a resposta correta, segundo a LRF: letra c.
A LRF prevê esta situação de cancelamento de empenhos ao final do ano por falta de
disponibilidade de caixa, mesmo os liquidados.
LRF:
Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos
referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
(...)
Art. 55. O relatório conterá:
(...)
III – demonstrativos, no último quadrimestre:
a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;
b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:
1) liquidadas;
2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições do inciso

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II do art. 41; (sem efeito, Art. 41 VETADO)


3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibilidade de
caixa;
4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;
Veja nos itens 3 e 4 acima que o Relatório de Gestão Fiscal conterá:
- despesas empenhadas e não liquidadas (RP não processado), inscritas em restos a pagar
até o limite do saldo da disponibilidade de caixa; e
- as despesas NÃO inscritas em restos a pagar por falta de disponibilidade de caixa,
cujos empenhos, portanto, foram cancelados em 31/dezembro.
Perceba, neste último caso, que mesmo despesas liquidadas poderão NÃO ser inscrita em
restos a pagar por falta de disponibilidade de caixa.
Mas professor, a FCC pediu na questão especificamente nos termos da Lei nº 4.320/64!
Pois é, como sabemos, a FCC possui grande apego ao texto dessa lei.
Ocorreu que a banca examinadora informou uma situação na questão que a Lei nº 4.320/64
não disciplina.
É a LRF (LC. 101/00) que trata sobre cancelamento de restos a pagar por falta de
insuficiência de caixa.
Como a Lei n 4.320/64 não informa nenhum regramento sobre esta situação, a FCC
considerou que não haveria necessidade de cancelar o empenho.
Assim, segundo entendimento da banca examinadora, os valores não pagos devem ser
inscritos em restos a pagar, mesmo não havendo recursos financeiros desse orçamento para
quitar tal obrigação.
Conclusão: questão passível de anulação por falta de embasamento legal.
Gabarito oficial: letra E.

120. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
A Classificação Funcional é composta por um código de cinco dígitos:
1º 2º 3º 4º 5º

Função Subfunção
Eis as funções e subfunções citadas pela questão:
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
04 - Administração 032 – Controle Externo
09 – Previdência Social 124 – Controle Interno
10 – Saúde 304 – Vigilância Sanitária
11 – Trabalho 333 – Empregabilidade
12 – Educação 364 – Ensino Superior
14 – Direitos da Cidadania 571 – Desenvolvimento Científico
23 – Comércio e Serviços 605 – Abastecimento
722 – Telecomunicações
Dica! Como a função é o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor
público (agrega subfunções), reflete a competência institucional do órgão. Assim, por
exemplo, Educação, Saúde, Trabalho e Judiciária são funções. Perceba que as subfunções são
mais “especializadas” ou “detalhadas”, pois evidenciam a natureza da atuação
governamental, como: Controle Interno, Vigilância Sanitária ou Policiamento. Letra B.

121. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


Lei no 4.320/1964:
Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das empresas públicas, de natureza
autárquica ou não, far-se-á mediante subvenções econômicas expressamente incluídas
nas despesas correntes do orçamento da União, do Estado, do Município ou do Distrito
Federal.
Parágrafo único. Consideram-se, igualmente, como subvenções econômicas:
a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre os preços de mercado e os preços
de revenda, pelo Governo, de gêneros alimentícios ou outros materiais;
b) as dotações destinadas ao pagamento de bonificações a produtores de determinados
gêneros ou materiais.
Letra B.

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122. (FCC - ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)


Ocorreu o empenho, pois foi concretizada a contratação (homologada a licitação e autorizada
a despesa pelo ordenador), mas NÃO a liquidação e muito menos o pagamento, afinal, o
produto foi recusado.
Lançamento é a 1ª fase da EXECUÇÃO da receita orçamentária. Portanto, letra D.

123. (FCC - ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)


A compra NÃO foi previamente autorizada pelo Ordenador de Despesa. Não ocorreu a reserva
de recurso orçamentário, o empenho, a liquidação e muito menos o pagamento do valor pela
administração pública. Letra C.

124. (FCC - ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)


I. A extinção da obrigação/passivo ocorre com o pagamento. ERRADO.
II. Lei nº 4.320/64:
Art. 63, § 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá
por base:
I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.
Portanto, NÃO exclusivamente a nota de empenho. ERRADO.
III. Lei nº 4.320/64:
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor
tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III - a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
CERTO.
IV. Lei nº 4.320/64:
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente,
determinando que a despesa seja paga.
CERTO.
V. Lei nº 4.320/64:
Art. 64, Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá ser exarada em documentos
processados pelos serviços de contabilidade
ERRADO.
Conclusão: estão corretas III e IV.
Letra C.

125. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
Manual Técnico de Orçamento – MTO/2016:
39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas jurídicas para
órgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de energia elétrica,
gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telefone, telex, correios, etc.); fretes e
carretos; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos à conta do
locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos e materiais
permanentes; software; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros em geral
(exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene; serviços de
divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários; despesas
com congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição; auxílio-creche
(exclusive a indenização a servidor); habilitação de telefonia fixa e móvel celular; e outros
congêneres, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso de obrigações
não tributárias.
Letra E.

126. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Será classificado como Despesa de Capital – Investimentos, pois se trata de um terreno
destinado à execução de obra pública (construção da sede do órgão).
MTO-2016 (grifei):

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Investimentos:
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras,
inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização
destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.
Lei nº 4.320/64, art. 12:
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de
obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à
realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho,
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento
do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
Letra C.

127. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Trata-se de uma operação de prestação de serviços ordinária (comum) entre o hospital e o
ente da Federação.
Portanto, para o hospital será uma Receita Corrente e para o ente uma Despesa Corrente.
Mas há um detalhe! O hospital é uma autarquia que recebe recursos do orçamento fiscal e da
seguridade social do ente da Federação.
Assim, esta é uma operação intraorçamentária, ou seja, apesar de entidades distintas, gerou
receita e despesa dentro do mesmo orçamento (fiscal e da seguridade social)
Portaria Interministerial STN/SOF no 338/2006 (grifei):
Art. 1o. Definir como intraorçamentárias as operações que resultem de despesas de
órgãos, fundos, autarquias, fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de
materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e contribuições, quando o
recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, fundação, empresa estatal
dependente ou outra entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma
esfera de governo.
Essa especificação (em intraorçamentária) ocorreu em virtude da necessidade de se
evidenciar as receitas decorrentes de operações intraorçamentárias, ou seja, operações que
resultem receitas e despesas no Orçamento Fiscal e da Seguridade Social do mesmo ente.
Portanto, para a autarquia hospitalar o valor recebido será classificado como Receita Corrente
Intraorçamentária e para o ente contratador do serviço o pagamento uma Despesa Corrente
Intraorçamentária. Letra D.

128. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
Despesas correntes:
Pessoal ativo 145.000
Aquisição de material de expediente 50.000
Juros sobre dívida 350.000
Aquisição de pneus para frota 40.000
Aluguel de veículo 35.000
Obrigações patronais 120.000
Encargos sobre operação de crédito ARO 60.000
Aquisição de livros para distribuição gratuita 20.000
TOTAL – DESPESAS CORRENTES 820.000
Despesas de capital:
Amortização de dívida 110.000
Construção de posto de saúde 190.000
Aquisição de imóveis 230.000
TOTAL – DESPESAS DE CAPITAL 530.000
Letra D.

129. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Dica! A FCC exige com bastante frequência o conteúdo da Lei nº 4.320/64. Portanto, você
precisa estudar com afinco essa lei.
a) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 12, § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as

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quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para


contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de
direito público ou privado.
ERRADO.
b) Lei nº 4.320/64:
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao
mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.
Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades
administrativas subordinadas ao mesmo órgão.
CERTO.
c) Conforme o parágrafo único do art. 14, acima transcrito, em casos excepcionais serão
consignadas dotações a unidades administrativas subordinadas ao mesmo órgão. ERRADO.
d) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por
elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material,
serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica para consecução
dos seus fins.
ERRADO.
e) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 15, § 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o
de duração superior a dois anos.
ERRADO.
Opção correta: letra B.

130. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Material de consumo:
Pneus para a frota 850
Pen-drive 190
Produtos de higienização 430
Lâmpadas e luminárias de reposição 110
TOTAL 1.580
Manual Técnico de Orçamento – MTO/2016:
30 - Material de Consumo
Despesas orçamentárias com álcool automotivo; gasolina automotiva; diesel
automotivo; lubrificantes automotivos; combustível e lubrificantes de aviação; gás
engarrafado; outros combustíveis e lubrificantes; material biológico, farmacológico e
laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para animais; material de
coudelaria ou de uso zootécnico; sementes e mudas de plantas; gêneros de
alimentação; material de construção para reparos em imóveis; material de manobra e
patrulhamento; material de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; material de
expediente; material de cama e mesa, copa e cozinha, e produtos de higienização;
material gráfico e de processamento de dados; aquisição de disquete; pen-drive;
material para esportes e diversões; material para fotografia e filmagem; material para
instalação elétrica e eletrônica; material para manutenção, reposição e aplicação;
material odontológico, hospitalar e ambulatorial; material químico; material para
telecomunicações; vestuário, uniformes, fardamento, tecidos e aviamentos; material de
acondicionamento e embalagem; suprimento de proteção ao voo; suprimento de
aviação; sobressalentes de máquinas e motores de navios e esquadra; explosivos e
munições; bandeiras, flâmulas e insígnias e outros materiais de uso não-duradouro.
Serviços de Terceiros − Pessoa Jurídica:
Energia elétrica, gás, água e esgoto 170
Vigilância ostensiva 220
Adaptação de bens imóveis 440
Vale-refeição 150
TOTAL 980
Observação! Apenas um pequeno detalhe: a questão informa o elemento de despesa “37”.
Todavia, o código correto é o “39”.
Manual Técnico de Orçamento – MTO/2016:

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39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica


Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços por pessoas jurídicas para
órgãos públicos, tais como: assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de energia
elétrica, gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telefone, telex, correios, etc.);
fretes e carretos; locação de imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos à
conta do locatário, quando previstos no contrato de locação); locação de equipamentos
e materiais permanentes; software; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros
em geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de asseio e higiene;
serviços de divulgação, impressão, encadernação e emolduramento; serviços funerários;
despesas com congressos, simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição; auxílio-
creche (exclusive a indenização a servidor); habilitação de telefonia fixa e móvel celular;
e outros congêneres, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso de
obrigações não tributárias.
Por fim, vale observar que somente duas despesas listadas pela questão não entraram nos
nossos cálculos acima: passagens aéreas e auxílio transporte. Ambas possuem classificação
específica. Veja!
Manual Técnico de Orçamento – MTO/2016:
33 - Passagens e Despesas com Locomoção
Despesas orçamentárias, realizadas diretamente ou por meio de empresa contratada,
com aquisição de passagens (aéreas, terrestres, fluviais ou marítimas), taxas de
embarque, seguros, fretamento, pedágios, locação ou uso de veículos para transporte
de pessoas e suas respectivas bagagens, inclusive quando decorrentes de mudanças de
domicílio no interesse da administração.
49 - Auxílio-Transporte
Despesas orçamentárias com auxílio-transporte pagas em forma de pecúnia, de bilhete
ou de cartão magnético, diretamente aos militares, servidores, estagiários ou
empregados da Administração Pública direta e indireta, destinado ao custeio parcial das
despesas realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou interestadual
nos deslocamentos de suas residências para os locais de trabalho e vice-versa, ou
trabalho-trabalho nos casos de acumulação lícita de cargos ou empregos.
Portanto, 1.580 e 980. Letra D.

131. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Estamos procurando as vedações contidas no Decreto nº 93.872/86.
I. Decreto nº 93.872/86 (grifei):
Art. 23. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem a existência de crédito que a
comporte ou quando imputada a dotação imprópria, vedada expressamente qualquer
atribuição de fornecimento ou prestação de serviços, cujo custo excede aos limites
previamente fixados em lei (Decreto-lei nº 200/87, art. 73).
A questão exigiu o conteúdo do Decreto nº 93.872/86, o qual menciona como vedação a
“dotação imprópria”, motivo pelo qual este item está errado.
Vale lembrar que, como regra, conforme determina o princípio orçamentário da especificação,
as receitas e as despesas devem constar de forma discriminada no orçamento, de tal forma
que se possa saber as origens dos recursos e em quais ações públicas serão aplicadas.
Entretanto, são admitidas algumas dotações globais na lei orçamentária.
Dotação orçamentária, ou simplesmente dotação, é o limite de crédito consignado na
lei de orçamento ou crédito adicional, para atender determinada despesa.
Dotação global é uma dotação orçamentária que NÃO consta de forma precisa e
detalhada onde o recurso público será aplicado.
A legislação prevê a inclusão de dotações globais no orçamento público (como exceção),
possibilitando dessa forma maior agilidade na aplicação dos recursos públicos, pois não
constam no orçamento de forma específica e restrita onde o recurso público deverá será
aplicado.
Como exemplo, podemos citar a reserva de contingência, a ser utilizada para atendimento de
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos (LC. nº 101/00, art. 5º,
inciso III).
ERRADO.
II. Não existe tal vedação. Sobre o tema, há o seguinte conteúdo no Decreto nº 93.872/86:
Art. 20. As dotações atribuídas às unidades orçamentárias, diretamente ou por meio de
destaque, poderão ser descentralizadas para unidades administrativas, quando

58
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capacitadas a desempenhar os atos de gestão, e regularmente cadastradas como


unidades gestoras.
ERRADO.
III. Perfeito! Conforme o art. 23 do Decreto nº 93.872/86, transcrito na resolução do item I,
NÃO poderá ser realizado gasto acima dos limites fixados na lei orçamentária. CERTO.
IV. Decreto nº 93.872/86:
Art. 24. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho (Lei nº 4.320/64, art.
60).
Parágrafo único. Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á
que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa.
Portanto, conforme parágrafo único acima, é possível a realização desta operação. Não é
vedada. ERRADO.
Conclusão: constitui vedação apenas o item III. Letra B.

132. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


A classificação funcional é composta de um rol de funções e subfunções prefixadas, que
servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nas três
esferas de governo.
A classificação funcional é de aplicação comum e obrigatória para todos os entes da
Federação (União, estados, Distrito Federal e municípios), permitindo a consolidação nacional
dos gastos do setor público.
A classificação funcional é composta por cinco dígitos: os dois primeiros referem-se à função
e os três últimos dígitos representam a subfunção.
Código da Classificação Funcional:
1º 2º 3º 4º 5º

Função Subfunção
Exemplos de classificação funcional da despesa:
FUNÇÃO SUBFUNÇÃO

031 – Ação Legislativa


01 – Legislativa
032 – Controle Externo

061 – Ação Judiciária


02 – Judiciária
062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário

091 – Defesa da Ordem Jurídica


03 – Essencial à Justiça
092 – Representação Judicial e Extrajudicial
Letra D.

133. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


Questão específica sobre Subvenções, Auxílios e Contribuições.
Pois bem, abaixo correspondência de cada afirmativa com o texto do Decreto nº 93.872/86,
constando destacado as respostas para as opções. Vamos lá!
a) Desde que NÃO disponha (art. 60, § 3º, alínea “d”). ERRADO.
b) Mediante subvenção ECONÔMICA (art. 61, § 1º). ERRADO.
c) Art. 61, § 2º, alínea “a”. CERTO.
d) Concedida em virtude de LEI ESPECIAL, e se destina a atender ao ônus ou encargo
assumido pela UNIÃO (art. 63, § 2º). ERRADO.
e) Deverá comprovar não apenas o bom e regular emprego dos recursos públicos, como
também os resultados alcançados, ou seja, deverá prestar contas dos recursos recebidos
(art. 66, caput). ERRADO.
Decreto nº 93.872/86 (grifei):
SEÇÃO VII
Subvenções, Auxílios e Contribuições
Art. 58. A cooperação financeira da União a entidade pública ou privada far-se-á
mediante subvenção, auxílio ou contribuição (Lei nº 4.320/64, § 3º do art. 12).
Art. 59. A subvenção se destina a cobrir despesas de custeio de entidades públicas ou
privadas, distinguindo-se como subvenção social e subvenção econômica.

59
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Art. 60. A subvenção social será concedida independentemente de legislação especial


a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural sem finalidade
lucrativa.
§ 1º A subvenção social, visando à prestação dos serviços essenciais de assistência
social, médica e educacional, será concedida sempre que a suplementação de recursos
de origem privada aplicados a esses objetivos revelar-se mais econômica (Lei nº
4.320/64, art. 16).
§ 2º O valor da subvenção, sempre que possível, será calculado com base em unidades
de serviços efetivamente prestados ou postos à disposição dos interessados, obedecidos
os padrões mínimos de eficiência previamente fixados (Lei nº 4.320/64, parágrafo único
do art. 16).
§ 3º A concessão de subvenção social só poderá ser feita se a instituição interessada
satisfizer às seguintes condições, sem prejuízo de exigências próprias previstas na
legislação específica:
a) ter sido fundada em ano anterior e organizada até o ano da elaboração da Lei de
Orçamento;
b) não constituir patrimônio de indivíduo;
c) dispor de patrimônio ou renda regular;
d) não dispor de recursos próprios suficientes à manutenção ou ampliação de seus
serviços;
e) ter feito prova de seu regular funcionamento e de regularidade de mandato de sua
diretoria;
f) ter sido considerada em condições de funcionamento satisfatório pelo órgão
competente de fiscalização;
g) ter prestado contas da aplicação de subvenção ou auxílio anteriormente recebido, e
não ter a prestação de contas apresentado vício insanável;
h) não ter sofrido penalidade de suspensão de transferências da União, por
determinação ministerial, em virtude de irregularidade verificada em exame de
auditoria.
§ 4º A subvenção social será paga através da rede bancária oficial, ficando a beneficiaria
obrigada a comprovar no ato do recebimento, a condição estabelecida na alínea ‘’c’’, do
parágrafo anterior, mediante atestado firmado por autoridade publica do local onde
sejam prestados os serviços.
§ 5º As despesas bancárias correrão por conta da instituição beneficiada.
Art. 61. A subvenção econômica será concedida a empresas publicas ou privadas de
caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril, mediante expressa autorização em lei
especial (Lei nº 4.320/64, art. 12, § 3º, II e art. 19).
§ 1º A cobertura de déficits de manutenção das empresas públicas far-se-á mediante
subvenção econômica expressamente autorizada na Lei de Orçamento ou em crédito
adicional (Lei nº 4.320/64, art. 18).
§ 2º Consideram-se, igualmente, como subvenção econômica (Lei nº 4.320/64,
parágrafo único do art. 18):
a) a diferença entre os preços de mercado e os preços de revenda, pelo Governo, de
gêneros alimentícios ou de outros materiais;
b) o pagamento de bonificações a produtores de determinados gêneros ou materiais.
Art. 62. Somente será concedida subvenção a entidade privada que comprovar sua
capacidade jurídica e regularidade fiscal.
Art. 63. Os auxílios e as contribuições se destinam a entidades de direito publico ou
privado, sem finalidade lucrativa.
§ 1º O auxílio deriva diretamente da Lei de Orçamento (Lei nº 4.320/64, § 6º do art.
12).
§ 2º A contribuição será concedida em virtude de lei especial, e se destina a atender
ao ônus ou encargo assumido pela União (Lei nº 4.320/64, § 6º do art. 12).
Art. 64 (Revogado pelo Decreto nº 93.968, de 1987)
Art. 65. (Revogado pelo Decreto nº 93.968, de 1987)
Art. 66. Quem quer que receba recursos da União ou das entidades a ela vinculadas,
direta ou indiretamente, inclusive mediante acordo, ajuste ou convênio, para realizar
pesquisas, desenvolver projetos, estudos, campanhas e obras sociais ou para qualquer
outro fim, deverá comprovar o seu bom e regular emprego, bem como os resultados
alcançados (Decreto-lei nº 200/67, art. 93).

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§ 1º A prestação de contas de aplicação de subvenção social ou auxílio será apresentada


à unidade concedente dentro de 60 dias após a aplicação, não podendo exceder ao
ultimo dia útil do mês de fevereiro do ano subseqüente ao do recebimento, e será
constituída de relatório de atividades e demonstração contábil das origens e aplicações
de recursos, referentes ao ano do recebimento, visados por autoridade publica local,
observados os modelos aprovados pelo órgão Central do Sistema de Controle Interno.
§ 2º A documentação comprobatória da aplicação da subvenção ou auxílio ficará
arquivada na entidade beneficiada, à disposição dos órgãos de controle interno e
externo, durante o prazo de 5 (cinco) anos da aprovação da prestação de contas.
§ 3º A atuação da entidade no cumprimento das obrigações assumidas, inclusive quanto
à prestação de contas, será anotada no respectivo registro cadastral mantido pelo órgão
setorial de controle interno.
Opção correta: letra C.

CAPÍTULO 4 – TEMAS E CONCEITOS CONTÁBEIS ESPECÍFICOS

4.1.5. Questões de Concursos Públicos (Créditos Orçamentários Adicionais)

1. (CESPE – Analista-Administrativo/MI – 2013)


Lei nº 4.320/64:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
CERTO.

2. (Cespe – TCE-RO – Auditor-Ciências Contábeis – 2013)


De fato o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior é fonte
para abertura de créditos orçamentários adicionais. Todavia, nem todos os créditos
adicionais dependem da existência de recursos disponíveis para abertura. O crédito adicional
extraordinário poderá ser aberto pelo Chefe do Executivo sem PRÉVIA autorização Legislativa
e também sem a indicação dos recursos necessários. ERRADO.

3. (CESPE-AuditorFCE/TCU-2015)
Trata-se do excesso de arrecadação, uma das possíveis fontes para abertura de créditos
orçamentários adicionais.
Entende-se por excesso de arrecadação o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a
mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do
exercício (Lei nº 4.320/46, art. 43, §3º). CERTO.

4. (CESPE-Auditor/CGE-PI-2015)
Os créditos suplementares reforçam dotação orçamentária já existente na Lei Orçamentária
Anual (LOA) e terão vigência exclusivamente no exercício financeiro em que foram abertos.
Já os créditos especiais e extraordinários são destinados a novas despesas não contidas na
LOA. A priori também possuem vigência até o término do ano, todavia, caso a autorização
tenha sido concedida nos últimos 4 meses do exercício financeiro, poderão ser reabertos no
exercício seguinte, no limite do saldo disponível.
CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
CERTO.

61
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5. (CESPE – Auditor-CiênciasContábeis/TCE-RO – 2013)


O crédito adicional extraordinário é o único que poderá ser aberto pelo Chefe do Executivo
sem PRÉVIA autorização Legislativa e sem a indicação dos recursos necessários. ERRADO.

6. (CEBRASPE-ACE-Adm-Contabilidade/TCE-PA-2016)
Como os recursos necessários para concluir a obra superam o orçamento inicial previsto na
LOA, então, faz-se necessário abrir um crédito adicional para reforçar essa dotação
orçamentária já existente.
Os créditos adicionais SUPLEMENTARES são os destinados a reforço de dotação orçamentária.
CERTO.

7. (CESPE – Analista-Administrativo/MI – 2013)


Os créditos orçamentários adicionais criados a partir de anulação de outras despesas
NÃO fazem alterar o total das receitas nem o total das despesas na LOA, exatamente pelo
fato de envolveram somente das despesas. Com tal operação, ocorre mero remanejamento
da aplicação dos recursos para outras despesas.
Exemplo: anulação parcial de R$10milhões de Inversões Financeiras para aplicação em
Investimentos.
DESPESAS (milhões R$) ANTES DEPOIS
(A) Correntes 100 100
Pessoal e Encargos Sociais 30 30
Juros e Encargos da Dívida 50 50
Outras Despesas Correntes 20 20
(B) De Capital 100 100
Investimentos 30 40
Inversões Financeiras 30 20
Amortização da Dívida 40 40
TOTAL (A + B) 200 200
Perceba neste exemplo que:
- as Inversões Financeiras foram reduzidas de R$30 para R$20milhões (R$10milhões a
menos);
- os Investimentos aumentaram de R$30 para R$40milhões (R$10milhões a mais);
- a Despesa de Capital ficou inalterada, pois a variação ocorreu somente entre rubricas desta
categoria econômica;
- a despesa total ficou inalterada, pois ocorreu mera realocação de aplicação de recursos;
- o total das receitas permaneceu o mesmo, motivo pelo qual sequer foi demonstrado no
quadro.
Observa-se que a anulação de despesa poderia ocorrer também com Despesas Correntes
para aplicação em Despesas de Capital, e vice-versa, observados os limites de aplicação de
recursos estipulados em lei. ERRADO.

8. (Cespe – Suframa – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


O art. 43 da Lei no 4.320/1964 informa que a abertura dos créditos suplementares e
especiais depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa, e ainda, que
será precedida de exposição justificativa. ERRADO.

9. (Cespe – Cade – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


No Governo Federal, a medida provisória pode ser utilizada apenas para abertura de créditos
extraordinários.
CF/1988:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional.
§ 1o. É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e
suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3o;
(...)
Art. 167. São vedados:
§ 3o. A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade

62
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pública, observado o disposto no art. 62.


Dica! O art. 44 da Lei no 4.320/1964 informa que os créditos extraordinários serão abertos
por decreto do Executivo. Portanto, interprete com cautela questões de créditos
extraordinários que exigirem tal conteúdo.
ERRADO.

10. (Cespe – TC-DF – ACE – 2014)


Os créditos adicionais extraordinários poderão ser abertos sem necessidade de autorização
legislativa PRÉVIA. Recorda-se que o Legislativo deverá se pronunciar acerca da abertura
desse crédito logo após sua abertura, de forma a autorizar sua execução ou cancelá-lo.
CERTO.

11. (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista-Orçamento – 2014)


CF/1988:
Art. 167. São vedados:
X – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras,
para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios.
ERRADO.

12. (CESPE-Analista-Adm/STJ-2015)
Possíveis fontes de recursos para abertura de créditos adicionais:
a. Superávit financeiro do exercício anterior.
b. Excesso de arrecadação.
c. Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais.
d. Operações de crédito.
e. Reserva de Contingência.
f. Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor.
Alguns conceitos previstos na Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 43 (...)
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o
passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais
transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
§ 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das
diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada,
considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
§ 4° Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de excesso de arrecadação,
deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no exercício.
Duas observações importantes!
Obs 1- Regra do Art. 43, § 2º:
O superávit financeiro informa os recursos disponíveis em caixa para utilização que são
provenientes do exercício anterior. Assim, caso seja efetuada a reabertura de crédito
adicional no exercício atual, tais recursos (do exercício anterior) serão necessários para
sanar esse crédito adicional reaberto, também proveniente do respectivo exercício
financeiro.
Portanto, do superávit financeiro (do exercício anterior) devem ser excluídos os créditos
adicionais do exercício anterior reabertos no exercício atual.
Obs 2- Regra do Art. 43, § 4º:
Esta regra existe dado que os créditos extraordinários podem ser abertos sem a indicação
dos recursos. Todavia, ressalta-se que, caso o ente da Federação abra o crédito
extraordinário indicando os recursos, não será necessário deduzi-los na apuração do
excesso de arrecadação.
Vamos aos cálculos!
Recursos disponíveis para abertura de créditos adicionais:
(+) Excesso de arrecadação (diferença entre receita realizada e prevista) 400
(-) Créditos extraordinários abertos no exercício (Obs 2) (230)
(+) Superávit Financeiro (AF – PF = 180 – 140 = 40) 40
(-) Créditos adicionais reabertos (Obs 1) (10)

63
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(=) Saldo disponível para abertura de crédito adicional 200


CERTO.

(CEBRASPE-ACE-Fiscal-Contabilidade/TCE-PA-2016)
13.
Para aumentar a dotação orçamentária, o Poder Executivo poderá abrir crédito suplementar
sem necessidade de encaminhar projeto de lei ao Legislativo, caso já exista na Lei
Orçamentária Anual tal autorização, na forma no § 8º, art. 165 da CF/88.
Se não existir tal autorização na LOA, deverá o Executivo encaminhar projeto de lei ao
Legislativo solicitando tal alteração.
CF/88 (grifei):
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação de receita, nos termos da lei.
Todavia, para suprimir (diminuir) os recursos consignados na LOA, não há outra forma senão
encaminhar projeto de lei ao Legislativo.
O Poder Executivo poderá até executar valor inferior de despesa do que o previsto na LOA
(nunca valor superior).
Entretanto, para alterar as dotações consignadas no orçamento faz-se necessária a
aprovação do Poder Legislativo.
Regra: o Legislativo deve autorizar previamente as despesas e seus montantes. No caso dos
créditos suplementares, essa autorização prévia para abertura poderá constar na própria
LOA.
Exceção: créditos adicionais extraordinários poderão ser abertos sem autorização prévia do
Legislativo e sem indicação de recursos. Neste tipo de crédito adicional, a análise do
Legislativo ocorre somente após a abertura do crédito.
CERTO.

14.
A lei orçamentária anual deve ser elaborada de forma compatível com o plano plurianual e
com a lei de diretrizes orçamentárias (OGE/PA – Orçamento Geral do Estado do Pará).
ERRADO.

(CEBRASPE-ACE-Fiscal-Contabilidade/TCE-PA-2016)
15.
Lei nº 4.320/64:
Art. 43, § 3º Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo
positivo das diferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada,
considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
Para calcularmos o excesso de arrecadação precisamos confrontar a arrecadação prevista e a
realizada, e ainda, considerar a tendência do exercício. Ou seja, projetar o desempenho da
arrecadação futura.
Assim, por exemplo, se a arrecadação do 1º semestre foi 15% maior do que o previsto,
espera-se que a do 2º semestre tenha o mesmo incremento percentual, sendo que tal
projeção futura, de tendência do exercício, também poderá ser utilizada como fonte para
abertura de crédito adicional.
Pois bem, mas para respondermos esta questão não precisaremos fazer projeções de
tendência do exercício. Na verdade, não há como fazer, pois não sabemos a que período
(meses) se refere os dados fornecidos no quadro.
Basta apenas calcularmos o desempenho da arrecadação, ou seja, confrontar a receita
prevista com a realizada:
Receita arrecadada 700
(-) Receita prevista (500)
(=) excesso de arrecadação 200
ERRADO.

16.
Não se trata de um crédito extraordinário, pois esse tipo de crédito é destinado a despesas
urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

64
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Lei nº 4.320/64:
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
Como a questão informa que “não havia dotação orçamentária específica”, trata-se de um
crédito especial, os quais são destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica.
Ou seja, a aquisição do terreno para a construção do ginásio de esportes não constava na
LOA, sendo inserida tal despesa através do crédito orçamentário adicional especial. ERRADO.

17.
No caso da construção do hospital municipal a questão informa claramente que o crédito
adicional destina-se a reforço de dotação orçamentária já existente, portanto, de fato um
crédito adicional suplementar. CERTO.

18. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
a) Lei nº 4.320/64:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de
recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
Portanto, tais exigências não se aplicam aos créditos extraordinários. ERRADO.
b) Os créditos especiais que são destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica. ERRADO.
c) Os créditos extraordinários que são destinados a despesas urgentes e imprevistas, em
caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. ERRADO.
d) Os créditos suplementares que são destinados a reforço de dotação orçamentária.
ERRADO.
e) Lei nº 4.320/64:
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por
decreto executivo.
CERTO.
Letra E.

19. (CEBRASPE-Analista-Adm/TRT-8ªRegião-2016)
a) Perfeito! Os créditos adicionais extraordinários são destinados a despesas urgentes E
imprevistas, tais como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Dada essas características da despesa (urgente E imprevisível), ela requer imediata
execução, motivo pelo qual a legislação autoriza a abertura desse tipo de crédito pelo Chefe
do Executivo sem autorização legislativa prévia, e ainda, sem indicação da fonte de recursos
necessários para sanar essas despesas.
Vale lembrar que, após aberto, o crédito extraordinário é remetido para o Poder Legislativo
para apreciação. CERTO.
b) Há dois erros nesta opção:
1º. Os créditos adicionais extraordinários são destinados a despesas urgentes E imprevistas,
tais como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. OU seja, não devem
ser destinados a despesas de pequeno vulto.
2º. Os créditos extraordinários NÃO constam autorizados na lei orçamentária anual, afinal,
são despesas urgentes E imprevistas.
ERRADO.
c) São três tipos de créditos adicionais: suplementares, especiais e extraordinários. ERRADO.
d) Como os créditos suplementares são destinados a reforço (aumento) de dotação
orçamentária que já existe na LOA, então, a variação de preços de bens e serviços, ou
mesmo o acréscimo de bens e serviços a serem contratados, justifica, sim, a abertura desse
tipo de crédito. ERRADO.
e) De regra os créditos adicionais possuem vigência no exercício financeiro em que foram
abertos. Todavia, existe exceção para os créditos especiais e extraordinários, os quais
poderão ser reabertos no exercício financeiro seguinte, observadas as condições informadas
pelo texto constitucional.

65
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CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
ERRADO.
Opção correta: letra A.

20. (CEBRASPE-Analista-Contabilidade/TRT-8ªRegião-2016)
Fontes de recursos para abertura de créditos adicionais:
a. Superávit financeiro.
b. Excesso de arrecadação.
c. Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais.
d. Operações de crédito.
e. Reserva de Contingência.
f. Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor.
Vamos analisar as opções! Antecipo que o gabarito oficial foi letra E.
a) O superávit financeiro apurado em Balanço Patrimonial do exercício anterior é a diferença
positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos
créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas. Portanto, o saldo
de caixa em 31/dezembro não se confunde com o superávit financeiro previsto na Lei nº
4.320/64, ou seja, não é fonte para abertura de crédito adicional. ERRADO.
b) Mal redigida esta opção.
Afinal, as receitas e despesas executadas ou planejadas (constantes na LOA)? E ainda, quem
está maior: a receita ou a despesa?
A Lei Orçamentária Anual poderá ser sancionada com as receitas previstas superiores às
despesas fixadas. Tal situação ocorre quando há anulação parcial ou total de dotações
orçamentárias durante o processo de discussão e elaboração do orçamento. Veja o texto
constitucional!
CF/88 (grifei):
Art. 166, § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.
Portanto, caso o orçamento seja aprovado com diferença entre receitas e despesas, sendo as
despesas inferiores (as despesas nunca poderão ser superiores na LOA), as receitas previstas
que ficarem sem despesas correspondentes poderão ser fonte para abertura de créditos
adicionais.
Ou seja, caso esta opção refira-se às receitas e despesas planejadas (constantes na LOA), e
ainda, sendo as receitas superiores, esta opção estaria certa.
Todavia, o texto da banca examinadora está bastante subjetivo e incerto. Não há como
responder nossas suas indagações formuladas no início, motivo pelo qual esta questão
deveria ser objeto de ANULAÇÃO. Gabarito oficial: ERRADO.
c) A reserva de contingência é uma das fontes para abertura de créditos adicionais, todavia,
destina-se apenas ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais
imprevistos, não podendo ser utilizada para a despesa com a folha de pagamento mensal dos
servidores públicos. ERRADO.
d) Outra derrapada da banca examinadora!
O crédito extraordinário PODE ser aberto sem indicação de recursos, situação em que, caso
seja cancelado, não haverá saldo de recurso, pois, afinal, o crédito foi aberto sem recurso
algum.
Quando o crédito extraordinário é aberto sem indicação de recursos, apenas posteriormente
que serão adotadas providências para sanar sua despesa decorrente: anulação de outras
despesas, efetuar operações de crédito etc.
Pois bem, considerando, portanto, que o crédito extraordinário PODE ser aberto sem recurso
algum, o seu cancelamento, nesta situação, não libera recurso para ser usado em outras
despesas, motivo pelo qual a banca examinadora considerou esta opção errada.
Todavia, o crédito extraordinário PODE ser aberto com indicação de recursos (a União
normalmente faz isso). Nesta situação, a anulação desse crédito ocasiona, sim, a liberação de
recursos que poderão ser usados em outras despesas.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

E ainda, considerando o texto desta opção, a banca examinadora faz entender que o crédito
extraordinário foi aberto com indicação de recursos e foi cancelado, pois informa claramente:
“recursos livres provenientes de crédito extraordinário”.
Portanto, a anulação de crédito extraordinário aberto com indicação de recursos ocasiona
liberação de recursos, os quais poderão ser usados em outros créditos adicionais, motivo pelo
qual esta opção está CERTA. Gabarito oficial. ERRADO.
e) A anulação de dotações orçamentárias, seja parcial ou total, faz liberar recursos que
poderão ser usados em outros créditos adicionais. CERTO.
Conclusão: questão passível de ANULAÇÃO, conforme comentado nas letras B e D.
Gabarito oficial: letra E.

21. (FCC-Analista-Adm/TRT-3ªRegião-2015)
O valor previsto no orçamento para aquisição de água foi insuficiente, sendo necessário
aumentar a autorização desta despesa.
Portanto, há necessidade de abrir um crédito adicional suplementar, pois é destinado a
reforço de dotação orçamentária já existente.
A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa (Lei nº
4.320/64, art. 43). Letra A.

22. (FCC/Analista-Orçamento/AL-PE/2014)
Lei no 4.320/1964:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade pública.
Letra C.

23. (FCC/Analista-Orçamento/AL-PE/2014)
O superávit financeiro, apurado no balanço patrimonial do exercício anterior (no balanço
de encerramento do exercício, em 31 de dezembro), é uma das possíveis fontes para
abertura de créditos orçamentários adicionais:
Superávit Financeiro = Ativo Financeiro > Passivo Financeiro
Atenção! O superávit financeiro é apurado no balanço patrimonial e não no balanço
financeiro.
Letra E.

24. (CESPE-Administrador/FUB-2015)
O orçamento público brasileiro é baseado em três instrumentos de planejamento,
materializados através de leis ordinárias:
- Plano Plurianual (PPA), conhecido como planejamento de médio prazo, define as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública, sendo, dentre os três, o de maior vigência (4
anos).
- Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ligação entre o planejamento de médio prazo (PPA)
e o orçamento público (LOA). Estabelece as metas e prioridades da administração pública.
Possui diversas atribuições, dentre elas a de dispor sobre equilíbrio entre receitas e despesas,
critérios e formas de limitação de empenho, normas relativas ao controle de custos, e ainda,
trazendo consigo dois importantes anexos: o de metas fiscais e o de riscos fiscais.
- Lei Orçamentária Anual (LOA), ou seja, o orçamento público propriamente dito, o qual
prevê receitas e fixa despesas. A LOA é segregada em três orçamentos: fiscal, seguridade
social e investimento das empresas estatais.
CERTO.

25. (FCC-Analista-Adm/TRF-3ªRegião-2016)
Eis o que informa a Lei nº 4.320/64 e a Constituição Federal sobre o tema.
Lei nº 4.320/64:

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Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em que
forem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e
extraordinários.
CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
Portanto, como regra, os créditos orçamentários adicionais (suplementares, especiais e
extraordinários) terão vigência durante o exercício financeiro em que forem abertos.
Todavia, há exceção! Os créditos especiais e extraordinários, caso abertos no último
quadrimestre do ano, poderão ser reabertos no exercício seguinte (caso haja saldo).
Portanto, apenas o crédito adicional suplementar possui vigência exclusivamente, sem
exceção, durante o exercício financeiro em que foi aberto. Letra B.

26. (CESPE-Analista-Finanças e Controle/MPU-2015)


CF/88:
Art. 165, § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
Congresso Nacional.
A Constituição Federal não estabelece prazo de duração para tais planos e programas.
ERRADO.

27. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


A) Como ocorreu o excesso de arrecadação, há a atualização da previsão inicial da receita
para maior. ERRADO.
B) Perfeito! Foi anulada uma dotação e autorizada outra no mesmo valor. Portanto, não há
alteração no valor total. CERTO.
C e D) Estas alternativas inverteram os conceitos:
Suplementares: os destinados a reforço de dotação orçamentária.
Especiais: os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Ambas ERRADAS.
E) Os extraordinários que são destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. ERRADO.
Opção certa: letra B.

28. (FCC-ACE-Ciências Contábeis/TCE-CE-2015)


Não há dotação para aquisição de veículos, portanto, há necessidade de crédito especial, os
quais são destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica.
Letra B.

29. (FCC-Procurador/Pref.Campinas-2016)
a) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.
(...)
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por
decreto executivo.
ERRADO.
b) CF/88:
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
CERTO.
c) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de
recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.

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Os créditos suplementares e especiais dependem de recursos para serem abertos. Já os


créditos extraordinários, por serem destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, podem
ser abertos sem a indicação prévia de recursos. ERRADO.
d) Esta descrição refere-se ao crédito extraordinário, e não ao suplementar.
Dica! A Lei nº 4.320/64 menciona que todos os tipos de créditos adicionais (suplementares,
especiais e extraordinários) serão abertos por DECRETO.
Já a CF/88 não menciona a forma de abertura dos créditos suplementares e especiais.
Todavia, informa que os créditos extraordinários serão abertos por MEDIDA PROVISÓRIA.
Fique atento! Interprete com cuidado a questão. Comumente a FCC segue o teor da Lei nº
4.320/64 e considera como correta a afirmativa de que o crédito extraordinário é aberto por
DECRETO.
Todavia, como esta questão foi para concurso de procurador, perceba que nesta opção a
banca examinadora citou a regra constitucional (medida provisória).
ERRADO.
e) Faltou apenas um “não” para a opção ser correta.
CF/88 (grifei):
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura
de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
ERRADO.
Letra B.

30. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
a) CF/88:
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura
de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
A autorização para abertura de créditos suplementares é uma das exceções do princípio da
exclusividade. Portanto, NÃO é vedado. ERRADO.
b) Conforme texto constitucional acima transcrito, a autorização para a contratação de
operação de crédito também é exceção ao princípio da exclusividade, podendo, portanto,
constar na LOA. ERRADO.
c) As emendas devem ser compatíveis com o PPA, a LDO e o próprio planejamento
orçamentário. Portanto, a vedação é para a inserção de emendas para descaracterizar, ou
seja, não é vedada a NÃO descaracterização. Veda-se a descaracterização da LOA. ERRADO.
d) CF/88:
Art. 167. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;
CERTO.
e) CF/88 (grifei):
Art. 167. São vedados:
(...)
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
ERRADO.
Opção correta: letra D.

31. (FCC/Analista-Contadoria/TRF.3a Região/2014)


a) Perfeito! A anulação (parcial ou total) de dotação libera recursos para serem utilizados em
outras despesas através de créditos orçamentários adicionais. CERTO.
b) Os créditos extraordinários não precisam de autorização legislativa prévia. Todavia,
imediatamente após abertos, o Poder Executivo deve informar ao Poder Legislativo sobre tais
créditos para que possam ter autorização posterior ou serem cancelados (caso não sejam
autorizados pelo Legislativo). ERRADO.

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c) Foram descritos os créditos especiais. Os extraordinários são destinados a despesas


urgentes e imprevisíveis. ERRADO.
d) Os créditos suplementares que são destinados a reforço de dotação. ERRADO.
e) Os créditos extraordinários podem ser abertos pelo Poder Executivo sem autorização
prévia do Poder Legislativo em lei. ERRADO.
Opção correta: letra A.

32. (FCC/Analista Adm/TRT 19a Região/2014)


Superávit Financeiro = Ativo Financeiro > Passivo Financeiro
AF – PF = 300 – 100 = 200
Letra B.

33. (FCC-ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)


Trata-se de uma situação emergencial e não há recursos disponíveis no orçamento. Portanto,
para enfrentar o problema, poderá ser aberto pelo Chefe do Executivo um crédito
extraordinário, o qual, para tanto, não precisa indicar os recursos. Portanto, letra E.
Lembre-se! Para abrir créditos suplementares e especiais há necessidade, sem exceção, de
recursos orçamentários disponíveis para ocorrer a despesa (Lei nº 4.320/64, art. 43).
Detalhe importante! Como de costume nas provas da FCC foi pedido “com base nos ditames
da Lei no 4.320/1964”.
Pois bem, os artigos 42 e 44 da Lei nº 4.320/64 informam que os créditos orçamentários
adicionais serão abertos através de decreto do Executivo.
Já o §3º, art. 167 da Constituição Federal informa que os créditos extraordinários serão
abertos pelo Presidente da República através de medida provisória.
CF/88 (grifei):
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional.
Dica! Fique atento ao enunciado da questão, pois eventualmente poderá ser exigido
conforme o conteúdo da Constituição Federal.
Letra E.

34. (FCC/Analista Adm/TRT.2a Região/2014)


a) Deverá ser aberto crédito especial, após autorização Legislativa prévia, pois o fato narrado
não se enquadra em despesa imprevisível e urgente. ERRADO.
b) O superávit financeiro do exercício X0 que poderá ser utilizado em X1, o de X1 em X2, e
assim sucessivamente. Ademais, para abertura do crédito adicional existem outras fontes de
recursos. ERRADO.
c) Para tanto, deverá ocorrer autorização legislativa prévia. O Poder Legislativo deve
autorizar previamente as despesas a serem realizadas. ERRADO.
d) A questão informa claramente que não há outras dotações, portanto, a dotação para
aquisição de computadores não existe. Há necessidade de abertura de crédito especial.
ERRADO.
e) Isso mesmo, conforme já analisado na resolução das opções A e D. CERTO.
Opção correta: letra E.

35. (FCC/Analista Adm/TRT 19a Região/2014)


CF/1988 (grifei):
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e
Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos,
proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e
nos créditos adicionais abertos para este fim.
§ 1o Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude
de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2o deste artigo.


§ 2o Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de
idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença
grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais
débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no §
3o deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante
será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório.
§ 3o O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se
aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor
que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em
julgado.
§ 4o Para os fins do disposto no § 3o, poderão ser fixados, por leis próprias, valores
distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas,
sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
(...)
Letra D.

36. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


Observe que estamos procurando a resposta ERRADA. Vamos lá!
a) O modelo orçamentário atualmente praticado no Brasil é considerado com alto grau de
vinculação entre receitas e despesas, vinculações estas constantes em nossa legislação.
CERTO.
b) Os restos a pagar não processados e NÃO liquidados posteriormente, o Decreto nº
93.872/1986, no § 2º do art. 68, estabelece que “terão validade até 30 de junho do segundo
ano subsequente ao de sua inscrição” (ressalvadas as exceções previstas no § 3º do mesmo
artigo). CERTO.
c) Apesar da Emenda Constitucional nº 86/2015 (17/03/2015), conhecida como “PEC do
orçamento impositivo” (PEC = proposta de emenda constitucional), ter sido apelidada de
“PEC do orçamento impositivo”, observa-se que a imposição para execução NÃO recai sobre
todas as despesas, mas apenas sobre aquelas constantes em emendas individuais,
observados os limites da receita corrente líquida. ERRADO.
d) LC. 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF):
Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e
nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
(...)
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
CERTO.
e) Constatada a impossibilidade de utilização do saldo de empenho, este deverá ser anulado,
parcial ou totalmente. A anulação parcial de empenho ocorre mais comumente com os do
tipo estimativo, pois são para despesas de valor não previamente conhecido (valor
estimado). Exemplo: consumo de energia elétrica.
Todavia, o empenho poderá também ser anulado em outras situações, por exemplo, quando
a administração pública rescinde o contrato com o terceiro.
Vale lembrar que a anulação do empenho, no mesmo exercício, apenas reverte o saldo não
utilizado para o crédito respectivo. Portanto, disponibiliza o recurso orçamentário
anteriormente comprometido no empenho, todavia, não deverá ser registrada como uma
nova receita orçamentária que ingressa aos cofres públicos. CERTO.
Opção errada: letra C.

37. (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional/PGFN – 2015)


a) Tais recursos poderão ser utilizados para abertura de quaisquer espécies de créditos
adicionais: suplementares, especiais ou extraordinários. ERRADO.
b) O crédito suplementar terá vigência exclusivamente no exercício em que foi aberto, sem
exceção.

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Os créditos especiais e extraordinários que poderão ser reabertos no exercício seguinte,


observadas as condições para tanto.
CF/88 (grifei):
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
ERRADO.
c) A Lei nº 4.320/64 prevê a utilização de decreto do executivo para abertura do crédito
suplementar.
Lei nº 4.320/64:
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por
decreto executivo.
ERRADO.
d) Perfeito! O superávit financeiro do exercício anterior é uma das fontes para abertura de
crédito orçamentário adicional.
Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de
recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II - os provenientes de excesso de arrecadação;
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente
possibilite ao poder executivo realiza-las.
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos
adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
CERTO.
e) Conforme resolução da letra “c”, ERRADO.
Opção correta: letra D.

38. (ESAF – Analista-Adm/MTur – 2014)


Amigo estudante, a resolução abaixo foi organizada da seguinte forma:
 Os textos da COLUNA II foram integralmente copiados e estão na ordem apresentada
pela questão (negritei as características fundamentais de cada tipo de crédito
adicional); e
 Acima de cada texto, já coloquei o tipo de crédito a que se refere.

Mas antes, vamos recordar a característica fundamental de cada tipo de crédito adicional,
conforme informado pela Lei nº 4.320/64:
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária;
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
específica;
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública.
(2) Créditos especiais:
Destinados às despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica,
devendo ser autorizados por lei. Note-se que sua abertura depende da existência de
recursos disponíveis. Tais créditos não poderão ter vigência além do exercício em que
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exercício, caso em que reabertos nos limites dos seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
Ressalta-se que apenas os créditos especiais e extraordinários poderão ser reabertos no
exercício seguinte, conforme CF/88 (grifei):
Art. 167, § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus

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saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.


(3) Créditos extraordinários:
Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública. Na União, serão abertos por medida
provisória. Tais créditos não poderão ter vigência além do exercício em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro
meses daquele exercício, caso em que reabertos nos limites dos seus saldos, serão
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
A Lei nº 4.320/64 informa que todos os créditos adicionais serão abertos por decreto do
Chefe do Executivo. Todavia, para a União, a Constituição Federal de 1988 prevê a utilização
de medida provisória para abertura de créditos extraordinários.
Portanto, fique atento! Interprete com cautela a questão durante a prova. Por vezes a banca
examinadora poderá exigir “conforme a Lei nº 4.320/64” ou “conforme a Constituição
Federal”.
CF/88 (grifei):
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou
calamidade pública, observado o disposto no art. 62.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional.
(1) Créditos suplementares:
Destinados ao reforço de dotação orçamentária. A Lei Orçamentária Anual poderá
conter autorização para a abertura de créditos suplementares, limitados a determinada
importância ou percentual sem a necessidade de submissão ao Poder Legislativo. Tais
créditos terão vigência no exercício em que forem abertos.
Os créditos suplementares terão vigência exclusivamente no exercício em que foram abertos,
sem exceção.
CF/88 (grifei):
Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura
de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
Atenção! O que poderá constar na LOA é a AUTORIZAÇÃO para que possam ser abertos
créditos suplementares. Não é o próprio crédito adicional que constará na LOA.
Conclusão: a ordem apresentada foi: 2, 3 e 1.
Letra E.

4.2.5. Questões de Concursos Públicos (Regime de Adiantamento ou Suprimento de


Fundos)

1. (CESPE-Administrador/MPOG-ENAP-2015)
No momento da concessão de suprimento de fundos ocorre uma despesa orçamentária, visto
que foi emitido empenho (utilização do recurso orçamentário).
Todavia, não há variação patrimonial diminutiva: no Ativo são registrados a saída do recurso
financeiro e também o direito da administração pública contra o servidor. Assim, o valor que
sai de caixa “retorna” para o Ativo na forma de adiantamento/direito contra terceiros, não
ocorrendo, portanto, despesa pelo enfoque patrimonial (diminuição do patrimônio líquido).
Apenas quando o servidor efetuar a prestação de contas é que será baixado o
adiantamento/direito contra ele e reconhecida a despesa patrimonial, relativamente aos
valores gastos (exemplo: confecção de chaves, serviço de bombeiro hidráulico, etc.). Os
valores não gastos e reembolsados ao órgão não provocam despesa patrimonial. CERTO.

2. (CESPE-Administrador/MPOG-ENAP-2015)
Decreto nº 93.872/86 (grifei):
Art. 47. A concessão e aplicação de suprimento de fundos, ou adiantamentos, para
atender a peculiaridades dos órgãos essenciais da Presidência da República, da Vice-
Presidência da República, do Ministério da Fazenda, do Ministério da Saúde, do

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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Departamento de Polícia Federal


do Ministério da Justiça, do Ministério das Relações Exteriores, bem assim de militares e
de inteligência, obedecerão ao Regime Especial de Execução estabelecido em
instruções aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado, vedada a delegação de
competência.
Parágrafo único. A concessão e aplicação de suprimento de fundos de que trata o caput
restringe-se:
I - com relação ao Ministério da Saúde: a atender às especificidades decorrentes
da assistência à saúde indígena;
II - com relação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: a atender às
especificidades dos adidos agrícolas em missões diplomáticas no exterior; e
III - com relação ao Ministério das Relações Exteriores: a atender às especificidades das
repartições do Ministério das Relações Exteriores no exterior.
Suprimento de fundos denominado “Regime Especial de Execução” indica exatamente que o
suprimento de fundos possui regras de concessão e aplicação diferenciadas, editadas
especificamente para cada órgão previsto no art. 47 do Decreto no 93.872/1986.
Portanto, tais órgãos poderão conceder suprimentos de fundos com regras de concessão e
aplicação diferenciadas, conforme restrições contidas no parágrafo único do art. 47 acima.
CERTO.

(CESPE–Analista-Contabilidade/TRT.17ªRegião – 2013)
3.
Manual SIAFI – 021121 – Suprimento de Fundos (grifei):
7.2 – Entrega do numerário – Cartão de Pagamento do Governo Federal
7.2.1 – A entrega do numerário ao suprido será mediante definição de limite de utilização
no Cartão de Pagamento do Governo Federal, após a liquidação do empenho.
7.2.2 – O valor do limite de utilização lançado no cartão será o valor total da liquidação,
dividido entre a modalidade de fatura e, se for o caso, de saque.
Portanto, primeiro há a liquidação para, somente após, ocorrer a definição do limite de
utilização. ERRADO.

4.
O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei, sempre precedida de empenho na dotação própria, percorrendo todas as fases da
execução da despesa orçamentária. CERTO.

5. (CESPE – Analista-Contabilidade/TRT-10ªRegião – 2013)


O fracionamento de despesa ocorre com aquisição fragmentada de um mesmo objeto
contratado (bem ou serviço). Eis exemplo de fracionamento de despesas através da
concessão de suprimento de fundos:
Suprimento de fundos em janeiro de X1 a servidor “A” para aquisição de agua mineral, no
valor de R$ 4.000,00.
Suprimento de fundos em abril de X1 ao servidor “B” para aquisição de agua mineral, no
valor de R$ 4.000,00.
Suprimento de fundos em agosto de X1 ao servidor “C” para aquisição de agua mineral, no
valor de R$ 4.000,00.
Neste caso caberia a modalidade de licitação convite para a referida aquisição. CERTO.

6. (CESPE – Contador/TCE-RO – 2013)


Na comprovação das despesas realizadas pelo suprido fora do país e pagas em moeda
estrangeira, é necessário proceder à equivalência entre esta e o Real, convertida na data de
realização da despesa, conforme documentos fiscais (Manual SIAFI 021121). ERRADO.

(Cespe – MPOG – TNS-SPU – 2013)


7.
Manual Siafi – 021121 – Suprimento de Fundos, itens 2.2 e 4.2:
Os valores de um suprimento de fundos entregues ao suprido poderão relacionar-se a
mais de uma natureza de despesa, desde que precedidos dos empenhos nas dotações
respectivas, respeitados os valores de cada natureza.
O limite orçamentário fundamenta-se na existência de dotação orçamentária nas

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Manual Completo de Contabilidade Pública (4ª ed.) – Resoluções para as Questões de Concurso 
Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

naturezas de despesa específicas do objeto da concessão do suprimento de fundos. É


irregular a concessão de suprimento de fundos utilizando-se natureza de despesa
diferente do objeto do suprimento de fundos, sendo fato de restrição contábil e apuração
de responsabilidade, mesmo que haja posteriormente a regularização.
CERTO.

8.
Manual Siafi – 021121 – Suprimento de Fundos:
4.1.1 – O limite definido pelo Ordenador de Despesa para registro no Cartão de
Pagamentos do Governo Federal, referente ao limite de utilização total da Unidade
Gestora Titular e de cada um dos portadores de cartão por ele autorizado, deverá
subordinar-se ao limite orçamentário.
4.1.2 – A unidade gestora não poderá realizar despesas sem a previsão de recursos
financeiros que assegurem o pagamento da fatura no seu vencimento.
ERRADO.

9. (Cespe – TRT-10a Região – Analista-Contabilidade – 2013)


A concessão de suprimento de fundos requer prévio empenho da despesa. Empenho
estimativo ocorrerá no caso de suprimento de fundos através de “cartão corporativo”. Uma
cópia da nota de empenho deve ser anexada à proposta de concessão de suprimento. CERTO.

10. (Cespe – TRT-10a Região – Analista-Contabilidade – 2013)


O prazo máximo para aplicação do suprimento de fundos será de até NOVENTA dias, a contar
da data do ato de concessão do suprimento de fundos, e não ultrapassará o término do
exercício financeiro. A importância aplicada até 31 de dezembro poderá ser comprovada até
15 de janeiro do ano seguinte. ERRADO.

11. (Cespe – TRT-10a Região – Analista-Contabilidade – 2013)


O prazo de aplicação do Suprimento de Fundos é de até 90 (noventa) dias, contado da
assinatura do ato de concessão, e a prestação de contas deverá ocorrer em até 30 (trinta)
dias, contados a partir do término do prazo de aplicação. Cabe ao Ordenador de Despesa
estipular, no ato de concessão, os prazos de aplicação dos recursos e o de prestação de
contas, limitados, respectivamente, em até 90 e 30 dias. CERTO.

(CESPE-Contador/MPOG-ENAP-2015)
12.
A realização de despesa através do CPGF, assim como ocorre no suprimento de fundos
tradicional, deverá sempre ser precedida de empenho na dotação própria.
Após o empenho, o portador do CPGF recebe a autorização para utilizar o cartão, no limite do
valor empenhado. Por fim, com a entrega da fatura pelo banco ocorrerá a liquidação de
pagamento. ERRADO.

13.
Adianto que o gabarito oficial foi ERRADO.
A redação do comando da questão deixa alguma incerteza de entendimento. Mas temos duas
hipóteses que nos direcionam para o gabarito oficial. Vejamos!
1ª situação: Apesar de o servidor ter efetuado o pagamento dos serviços de engenharia com
seu dinheiro próprio, em virtude da emergência, ressalta-se que ele já está “previamente
suprido e habilitado”. Portanto, basta que agora efetue o saque com o cartão para seu
reembolso, incluindo normalmente essa despesa na prestação de contas.
2ª situação: Considerando eventualmente que o CPGF tenha sido concedido apenas para
despesas com material (informação constante na questão abaixo), o servidor não poderia
pagar serviços de engenharia com ele.
Todavia, a emergência do caso fez com que o servidor arcasse com a despesa de serviço
com seus recursos próprios, pois, se não fizesse o reparo imediatamente, poderia ser maior
o dano ao patrimônio público ou mesmo colocar em risco a integridade física das pessoas
ocupantes da escola, dado os problemas de infraestrutura existentes.
Pois bem, neste caso, o servidor deverá relatar e justificar o ocorrido para a Administração,
informando os motivos excepcionais da execução da despesa sem prévio empenho e
solicitar reembolso.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

Havendo concordância com as justificativas, será emitido empenho específico para reembolso
ao servidor, tendo amparo legal no parágrafo único, art. 24 do Decreto nº 93.872/86.
Portanto, o reembolso ao servidor NÃO poderá ocorrer através de concessão de novo
suprimento, pois a despesa já foi executada.
Decreto nº 93.872/86 (grifei):
Art. 24. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho (Lei nº 4.320/64, art.
60).
Parágrafo único. Em caso de urgência caracterizada na legislação em vigor, admitir-se-á
que o ato do empenho seja contemporâneo à realização da despesa.
ERRADO.

14.
Ok, tudo perfeito! Foram gastos R$ 500,00 em materiais, sendo este o objeto da concessão
do CPGF, e ainda, dentro do prazo de aplicação. Basta agora que o servidor preste contas no
prazo devido. CERTO.

15. (FCC-Analista-Adm/TRT-3ªRegião-2015)
Eis o que informa a Lei nº 4.320/64:
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente
definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de
empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-
se ao processo normal de aplicação.
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em alcance nem a responsável por dois
adiantamento.
Agora vamos analisar as alternativas!
a) O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente definidos em
lei. ERRADO.
b) Sempre precedida de empenho. ERRADO.
c) O empenho deve ser feito na “dotação própria” e não em dotação genérica. ERRADO.
d) Não se fará adiantamento a servidor responsável por DOIS adiantamentos, ou seja, o
servidor poderá ter até dois suprimentos em seu poder. ERRADO.
e) Isso mesmo! O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente
definidos em lei, que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. CERTO.
Letra E.

16. (FCC/Analista-Administração/DPE-RS/2013)
Lei no 4.320/1964:
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente
definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de
empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam
subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Letra C.

17. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


a) Sempre será precedido de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas,
sem exceção. CERTO.
b) Com o empenho há a despesa pelo enfoque orçamentário, ou seja, a utilização do crédito
orçamentário. Portanto, a concessão de suprimento de fundos sempre gera impacto
orçamentário. ERRADO.
c) Afeta a execução orçamentária na fase de empenho da despesa, a qual deve preceder o
ato de concessão do suprimento. ERRADO.
d) As restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão
anulação de despesa, caso ocorram no mesmo exercício. Se recolhidas após o encerramento
do exercício, serão receitas orçamentárias (art. 45, § 1o, Decreto no 93.872/1986). ERRADO.
e) Conforme resolução acima na letra “d”, ERRADO.
Opção certa: letra A.

18. (FCC/Auditor Fiscal/SEFAZ-RJ/2014)


Decreto no 93.872/1986:
Art. 45, § 2o O servidor que receber suprimento de fundos, na forma deste artigo, é

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obrigado a prestar contas de sua aplicação, procedendo-se, automaticamente, à tomada de


contas se não o fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo das
providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição, das
penalidades cabíveis.
Letra C.

19. (FCC-Conselheiro Substituto/TCE-CE-2015)


O art. 68 da Lei nº 4.320/64 informa que o regime de adiantamento é aplicável:
1. aos casos de despesas expressamente definidos em lei,
2. que consiste na entrega de numerário a servidor,
3. sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas,
4. utilizado para despesas que não possam subordinar-se ao processo normal de
aplicação.
Analisando as alternativas:
I. Conforme número 3 acima, CERTO.
II. Conforme número 1 acima, ERRADO.
III. Conforme números 2 e 4 acima, CERTO.
IV. As despesas realizadas por suprimento de fundos possuem a característica de
excepcionalidade, na medida em que não podem subordinar-se ao processo normal de
aplicação. ERRADO.
Afirmativas corretas: I e III. Letra C.

20. (FCC/ATCE-AG/TCE-MP– 2013)


Compete ao TCU julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos, da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo
ao erário público (CF/1988, art. 71, inciso II).
Atenção! As contas do Presidente da República são apreciadas pelo TCU, mediante parecer
prévio, e julgadas pelo Congresso Nacional.
Letra C.

21. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
a) Sempre deverá haver prévio empenho. ERRADO.
b) O suprimento de fundos também é conhecido como regime de adiantamento, pois há a
entrega antecipada do recurso financeiro para o servidor poder efetuar as compras. CERTO.
c) Processada e não processada refere-se a restos a pagar. ERRADO.
d) São orçamentárias as despesas executadas através de suprimento de fundos, afinal, há o
empenho prévio da despesa. ERRADO.
e) Não se aplica ao suprimento de fundos. ERRADO.
Letra B.

22. (FCC-Analista-Adm/TRF-3ªRegião-2016)
Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente
definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de
empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam
subordinar-se ao processo normal de aplicação.
Questão cópia do texto legal.
Conforme se observa, a afirmativa IV é a única errada, afinal, conforme a Lei nº 4.320/64, o
suprimento de fundos destina-se a despesa que NÃO pode ser submetida ao processo normal
de aplicação.
Portanto, estão corretas: I, II e III. Letra B.

23. (FCC-Procurador/Pref.Campinas-2016)
a) Com o suprimento de fundos ocorre despesa, e não receita. ERRADO.
b) O suprimento de fundos destina-se a realização de despesas que exijam pronto
pagamento: despesas eventuais, de caráter sigiloso ou de pequeno vulto. Não se relaciona
com despesa com pessoal. ERRADO.

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c) Erros desta afirmativa: trata-se de uma despesa orçamentária para a qual deve haver o
prévio empenho. ERRADO.
d) Decreto nº 93.872/86:
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira
responsabilidade, poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre
precedido do empenho na dotação própria às despesas a realizar, e que não possam
subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos (Lei nº 4.320/64, art.
68 e Decreto-lei nº 200/67, § 3º do art. 74):
I - para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que
exijam pronto pagamento;
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em
regulamento; e
III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em
cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
CERTO.
e) Erros da afirmativa: não é dispensada a fase de empenho e nem a emissão da nota de
empenho, portanto, trata-se de uma despesa orçamentária. E ainda, tal despesa pode ser
suportada por qualquer fonte orçamentária, ou seja, qualquer tipo de crédito adicional, ou
mesmo dotação original da LOA. ERRADO.
Letra D.

24. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Observe que foi solicitada a opção ERRADA. Vamos analisá-las!
a) Perfeito! A concessão do suprimento de fundos sempre deverá ser precedida de empenho
na dotação própria para o fim de realizar despesas. O empenho é o momento em que ocorre
a despesa sob o enfoque orçamentário. CERTO.
b) Para fins de controle, a aquisição de material de consumo sempre irá demandar registro
de seu ingresso em almoxarifado, seja através de suprimento de fundos ou qualquer outra
forma de aquisição do bem. Como tal material já foi consumido, será efetuado o simultâneo
registro do ingresso e saída no almoxarifado. ERRADO.
c) As restituições, por falta de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão
anulação de despesa, caso ocorram no mesmo exercício. Se recolhidas após o encerramento
do exercício, serão receitas orçamentárias (art. 45, § 1o, Decreto no 93.872/1986). CERTO.
d) Lei nº 4.320/64, art. 105, § 5º: “Nas contas de compensação serão registrados os bens,
valores, obrigações e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata
ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio”.
Subsistema de Compensação - registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos
possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles
com funções específicas de controle, subsidiando a administração com informações, tais
como:
 Alterações potenciais nos elementos patrimoniais; e
 Acordos, garantias e responsabilidades.
As contas de compensação são utilizadas para fins e controle, inclusive da concessão de
suprimentos de fundos. CERTO.
e) Isso mesmo! No máximo dois suprimentos ao servidor e, para tanto, faz-se imprescindível
o adequado controle de tais concessões. CERTO.
Opção ERRADA: letra B.

25. (ESAF – Analista-Adm/DNIT – 2013)


Observe que foi solicitada a opção ERRADA.
a) Decreto no 93.872/1986 (grifei):
Art. 45. Excepcionalmente, a critério do Ordenador de Despesas e sob sua inteira
responsabilidade, poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre
precedido do empenho na dotação própria às despesas a realizar, e que não possam
subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos:
I – para atender a despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais,
que exijam pronto pagamento; (...)
CERTO.
b) Continuação do texto legal acima transcrito. Decreto no 93.872/86 (grifei):
(...)

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II – quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em


regulamento; e
III – para atender a despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor,
em cada caso, não ultrapassar limite estabelecido em Portaria do ministro da Fazenda.
CERTO.
c) Lei no 4.320/1964 (grifei):
Art. 68. O Regime de Adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente
definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de
empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam subordinar-
se ao processo normal de aplicação.
ERRADO.
d) A banca examinadora considerou esta opção CERTA.
Entretanto, observa-se que, no caso do suprimento de fundos, a liquidação consistirá na
verificação das condições para concessão do suprimento, verificação da conta bancária do
servidor suprido etc., sendo inclusive processada a liquidação no SIAFI.
A posterior prestação de contas do suprimento de fundos concedido não deve ser confundida
com a fase de liquidação da despesa. Afinal, a aquisição do bem ou serviço e o pagamento ao
fornecedor já foi efetuado pelo servidor suprido, o que somente foi possível em virtude da
autorização prévia do ordenador de despesa.
Ponto-chave! O fornecedor já recebeu o dinheiro.
Lei no 4.320/1964:
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular
liquidação.
Portanto, esta opção também está errada, sendo a questão passível de anulação, por conter
mais de uma opção errada.
Opção ERRADA. Entretanto, gabarito oficial: CERTO.
e) Desde que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação e sendo tais
despesas de pequeno vulto, poderão sim ser sanadas através de suprimento de fundos.
CERTO.
Opções ERRADAS: letras C e D (questão passível de anulação).
Gabarito oficial: letra C.

4.3.3. Questões de Concursos Públicos (Dívida Ativa)

1. (Cespe – Cade – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


Atenção! Não confundir “dívida ativa” com “dívida passiva”. A dívida ativa representa valores
a receber, registrados, portanto, no ativo do balanço patrimonial. CERTO.

2. (CESPE-Analista-Adm/STJ-2015)
Para o ente da Federação, o ato de inscrição do crédito tributário em dívida ativa não
ocasiona aumento do ativo, pois tal valor a receber já constava registrado no ativo. Trata-se,
portanto, de uma variação qualitativa. ERRADO.

3. (CESPE – Analista-Planej.Orçamento/MPU – 2013)


Dica! As bancas examinadoras normalmente consideram que o recebimento de dívida ativa
gera Receita Corrente, dado que grande parte da dívida ativa dos entes da Federação é
constituída por valores classificados como Receita Corrente, pois são principalmente tributos
não pagos na época devida pelos contribuintes.
Conclusão: caso a questão não especifique a origem do crédito (como ocorreu nesta),
considere o recebimento de Dívida Ativa como uma Receita Corrente.
Portanto, o recebimento de dívida ativa ocasiona uma receita corrente orçamentária. Trata-se
de um fato permutativo: ingressa recurso financeiro, sendo baixado, concomitantemente, o
respectivo crédito a receber outrora registrado, ambos no Ativo. CERTO.

4. (CESPE – Analista-Contabilidade/CNJ – 2013)


Pegadinha comum em concursos! Dívida Ativa são valores a receber, portanto, não devem
ser confundidos com Dívidas Passivas (valores a pagar).
A primeira parte da questão está correta: a dívida ativa constitui os créditos da fazenda
pública (valores a receber) que independem de autorização orçamentária.

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A segunda parte está errada: a dívida ativa não é uma dívida contraída através de operação
de crédito.
ERRADO.

5. (Cespe – MPOG – TNS-SPU – 2013)


Dica! As bancas examinadoras normalmente consideram que o recebimento de dívida ativa
gera Receita Corrente, pois grande parte da dívida ativa dos entes da Federação é constituída
por valores originalmente classificados como Receita Corrente, principalmente tributos não
pagos na época devida pelos contribuintes.
Mas quando os créditos inscritos em dívida ativa forem provenientes de valores a receber
classificados como Receita de Capital, então a receita dessa dívida ativa será uma Receita de
Capital.
Portanto, a classificação do recebimento de Dívida Ativa acompanha a classificação do crédito
original (caso fosse recebido antes de inscrito).
Conclusão: Caso a questão não especifique a origem do crédito, considere o recebimento de
Dívida Ativa como uma Receita Corrente.
Nesta presente questão não há dúvida de que é Receita Corrente, pois receita de aluguéis
possui tal classificação. CERTO.

6. (Cespe – Câmara dos Deputados – Analista-Orçamento – 2014)


Como os devedores não efetuaram o pagamento na época devida, o ente estatal inscreve o
crédito (de origem tributária ou não) em dívida ativa. A dívida ativa normalmente apresenta-
se como um elemento patrimonial de destaque no Ativo do ente público.
Lei no 4.320/1964:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas
orçamentárias.
§ 1o. Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para
pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em registro
próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será escriturada a
esse título.
CERTO.

7. (CESPE – Perito-Contábeis/PO-AL – 2013)


Receita Efetiva: aquela que, no momento do seu reconhecimento, aumenta a situação
líquida patrimonial da entidade. Constitui-se em fato contábil modificativo aumentativo.
Receita Não Efetiva: é aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento
do seu reconhecimento, constituindo fato contábil permutativo. Neste caso, além da receita
orçamentária arrecadada registra-se, de forma concomitante, conta de variação passiva
para anular o efeito dessa receita sobre o patrimônio líquido da entidade.
A dívida ativa representa créditos a receber, assim, consta registrada no Ativo. Com o seu
recebimento ocorre um fato permutativo: ingresso do recurso financeiro e baixa do valor a
receber. Portanto, o recebimento de dívida ativa ocasiona uma receita não efetiva. E ainda,
por ser um crédito a receber, como também em virtude do ingresso financeiro, certamente
demandará registro em contas do subsistema patrimonial. ERRADO.

8. (CESPE – Analista-Finanças/MPU – 2013)


A Contabilidade Pública deve registrar e evidenciar todos os atos e fatos que afetem o
patrimônio público, sejam orçamentários ou não. A apuração e inscrição de créditos da
fazenda pública em dívida ativa é, certamente, objeto de registro pela contabilidade, sendo
tal operação extraorçamentária, ou seja, não oriunda (independente) da execução do
orçamento público. CERTO.

9. (CESPE – Analista-Planej.Orçamento/MPU – 2013)


O valor inscrito em Dívida Ativa abrange atualização monetária, multa e juros de mora e
demais encargos, não sendo tais valores específicos controlados de forma segregada pela
contabilidade. ERRADO.

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10. (CESPE – Analista-Contabilidade/TRT.17ªRegião – 2013)


A Contabilidade Pública deve efetuar o reconhecimento de todos os atos e fatos relacionados
com o patrimônio público, observando, para tanto, o regime de competência.
O crédito da fazenda pública não foi recebido na época própria. Não obstante, foi
adequadamente reconhecido e registrado no ativo como dívida ativa.
Os registros contábeis devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados nas
demonstrações contábeis do período com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto,
pelos respectivos fatos geradores, independentemente do momento da execução
orçamentária.
A Contabilidade Pública também deve registrar o planejamento e sua execução orçamentária,
em virtude do “regime orçamentário”: receitas na arrecadação e despesas no empenho.
CERTO.

11. (Cespe – TCE-RO – Auditor-Ciências Contábeis – 2013)


O ciclo orçamentário compreende o processo de “planejamento”, “execução” e “controle e
avaliação” do orçamento público. A cobrança de créditos da Fazenda Pública, seja judicial ou
administrativamente, trata-se de um ato extraorçamentário. ERRADO.

12. (Cespe – MC – ATS-especialidade4 – 2013)


Pegadinha comum em concursos! Dívida Ativa são valores a receber, portanto, não devem
ser confundidos com Dívidas Passivas (valores a pagar). ERRADO.

13. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


Para o ente da Federação, o ato de inscrição do crédito tributário em dívida ativa não
ocasiona aumento do ativo, pois tal valor a receber já constava registrado no ativo. Trata-se,
portanto, de uma variação qualitativa. ERRADO.

14. (CESPE – Analista-Planej.Orçamento/MPU – 2013)


Trata-se de um fato não oriundo da execução do orçamento, portanto, uma variação
diminutiva extraorçamentária. ERRADO.

15. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


O § 4o, do art. 39, da Lei no 4.320/1964 estabelece que a receita da Dívida Ativa abrange os
créditos tributários e não tributários, bem como os valores correspondentes à respectiva
atualização monetária, a multa e juros de mora e encargos. ERRADO.

16. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


Conforme informa o art. 39, § 1o, da Lei no 4.320/1964, os créditos da Fazenda Pública,
vencidos e não quitados, devem ser inscritos em Dívida Ativa, na forma de legislação
específica e em registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza.
Realmente, a inscrição de crédito na dívida ativa gera uma expectativa razoável, ou seja, de
certeza não absoluta, de recebimento de receita. A estimativa de recebimento poderá ser
efetuada observando-se o histórico de recebimentos, ou ainda, a análise dos acordos de
recebimento parcelado efetuados. CERTO.

17. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


O § 3o, do art. 165, da CF/1988 estabelece que o Poder Executivo publicará, até trinta dias
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
A LRF regulamentou esta regra constitucional estabelecendo:
Do Relatório Resumido da Execução Orçamentária
Art. 52. O relatório a que se refere o § 3o do art. 165, da Constituição abrangerá todos os
Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre e composto de:
I – balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão
atualizada;
b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a despesa
liquidada e o saldo;
II – demonstrativos da execução das:

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a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial, a previsão


atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a
previsão a realizar;
b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discriminando
dotação inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e
no exercício;
c) despesas, por função e subfunção.
A arrecadação de receitas provenientes de cobrança da dívida ativa deve constar tanto nas
metas de arrecadação (planejamento) quanto no relatório resumido da execução
orçamentária. CERTO.

18. (CEBRASPE-Auditor/TCE-PR-2016)
a) Pegadinha! Não confundir dívida ativa com a dívida passiva.
Dívida ativa: valores a receber registrados no ativo.
Dívida passiva (dívida pública): valores a pagar registrados no passivo.
ERRADO.
b) Débitos de Tesouraria são as dívidas oriundas de operações de crédito por Antecipação de
Receita Orçamentária. ERRADO.
c) A execução orçamentária se inicia com a descentralização dos créditos orçamentários.
ERRADO.
d) Os restos a pagar somente irão gerar obrigação financeira caso seja implementada a
condição necessária que crie, de fato, a obrigação para o ente estatal efetuar o pagamento,
por exemplo, o contratado prestar o serviço ou fornecer o bem. CERTO.
e) A dívida fundada é a dívida de longo prazo, a ser amortizada em prazo superior a doze
meses, observadas as peculiaridades constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal.
LRF (LC. 101/00):
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em
prazo superior a doze meses;
(...)
§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos
de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo
inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
ERRADO.
Opção correta: letra D.

19. (CEBRASPE-Analista-Adm/TRE-PI-2016)
Antecipo que o gabarito oficial foi letra B. Vamos analisar as opções!
a) A arrecadação é o momento em que o devedor/contribuinte efetua o pagamento junto ao
agente arrecadador (bancos, instituições financeiras etc.).
Creio que a banca examinadora considerou esta opção errada dado que o pagamento não é
efetuado diretamente ao Tesouro Nacional.
De toda forma, a União firma convênios e autoriza os agentes arrecadadores a receber os
valores em nome do Tesouro Nacional, possibilitando assim o contribuinte
pagar/liquidar/encerrar/quitar a dívida (não confunda com fase da execução da despesa).
Os recibos fornecidos pelo agente arrecadador, na transação de pagamento, são válidos para
prova de quitação da dívida.
Portanto, de fato na arrecadação os contribuintes quitam/liquidam suas obrigações existentes
perante o Tesouro Nacional, motivo pelo qual esta opção está certa. Gabarito oficial:
ERRADO.
b) Dívida Ativa são créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária,
exigíveis pelo transcurso do prazo para pagamento e que, devido a inadimplência, foram
inscritos como Dívida Ativa, após apurada a sua liquidez e certeza.
A baixa da dívida ativa poderá ocorrer com o recebimento integral dos valores, ou ainda, por
abatimento (desconto parcial) ou anistia, nos casos legalmente previstos e autorizados.

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Poderá ocorrer ainda o cancelamento administrativo ou judicial da inscrição, caso, por


exemplo, verificada irregularidade ou não atendimento de alguma formalidade no ato de
inscrição. CERTO.
c) A inscrição trata-se de ato de controle administrativo da legalidade e regularidade (§ 3º,
art. 2º da Lei n° 6.830/80), por meio da qual um débito, vencido e não pago, é cadastrado
para controle e cobrança em dívida ativa.
Dessa forma, o ato de inscrição em Dívida Ativa cumpre não somente o procedimento
contábil expresso na Lei nº 4.320/64, mas possibilita a criação do título executivo
extrajudicial: a Certidão de Dívida Ativa.
Órgãos competentes para inscrição em Dívida Ativa da União:
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN
Responsável pela inscrição em dívida ativa dos créditos da União, tributários ou não, e pela
representação judicial e extrajudicial.
Responsável pela inscrição em dívida ativa dos débitos para com o FGTS e pela
representação judicial e extrajudicial para fins de cobrança.
Procuradoria-Geral Federal - PGF
Responsável pela inscrição em dívida ativa dos créditos das autarquias e fundações públicas
federais, bem como pela representação judicial e extrajudicial dessas entidades.
Excetuam-se a essa regra as contribuições sociais previdenciárias (débitos previdenciários)
e a representação do Banco Central do Brasil.
Portanto, compete à PGFN a inscrição em dívida ativa de natureza tributária da União.
ERRADO.
d) A classificação da receita, a ser utilizada por todos os entes da Federação, consta
normatizada através de portarias conjuntas da STN e SOF. Todavia, é facultado o seu
desdobramento pelos entes para atendimento das respectivas peculiaridades. ERRADO.
e) A receita é PREVISTA. A despesa que consta FIXADA na LOA. ERRADO.
Opções corretas: A e B.
Gabarito oficial: B.

20. (FCC-Analista-Auditor de Contas/MPE-PB-2015)


Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas
orçamentárias.
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para
pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em
registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será
escriturada a esse título.
Letra E.

21. (FCC – Analista-Contabilidade/AL-PE – 2014)


Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas
rubricas orçamentárias.
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para
pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em
registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será
escriturada a esse título.
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente
de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa
não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os
provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei,
multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis
ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por
estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos
responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações
em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de
contratos em geral ou de outras obrigações legais.

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Dica! Os ingressos financeiros decorrentes de empréstimos compulsórios são classificados


como Receitas de Capital – Operação de Crédito.
Letra B.

22. (FCC-Analista-Adm/TRT-3ªRegião-2015)
Dica! A dívida ATIVA refere-se a valores a RECEBER. A dívida PASSIVA que se refere a
valores a PAGAR.
Pois bem, como de costume, a FCC exigiu o texto da Lei nº 4.320/64:
Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze
meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e
serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que
permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os
respectivos serviços de amortização e juros.
Conforme o caput do art. 98 da Lei nº 4.320/64, trata-se da dívida fundada, motivo pelo qual
a resposta correta é a letra B.
Todavia, aproveitando o ensejo para disponibilizar o conceito de dívida fundada informado
pela LRF (LC. 101/00):
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em
prazo superior a doze meses;
(...)
§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos
de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo
inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
Letra B.

23. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Abaixo o texto legal para consulta e, logo após, análise de cada opção da questão.
Lei nº 4.320/64:
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas respectivas
rubricas orçamentárias.
§ 1º - Os créditos de que trata este artigo, exigíveis pelo transcurso do prazo para
pagamento, serão inscritos, na forma da legislação própria, como Dívida Ativa, em
registro próprio, após apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita será
escriturada a esse título.
§ 2º - Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente
de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não
Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de
empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem
ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação,
custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos,
indenizações, reposições, restituições, alcances dos responsáveis definitivamente
julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de
sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de
outras obrigações legais.
§ 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será convertido ao
correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para compra, na data da
notificação ou intimação do devedor, pela autoridade administrativa, ou, à sua falta, na
data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a partir da conversão, a atualização
monetária e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos
tributários.
§ 4º - A receita da Dívida Ativa abrange os créditos mencionados nos parágrafos
anteriores, bem como os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à
multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1º do Decreto-lei nº 1.025, de
21 de outubro de 1969, e o art. 3º do Decreto-lei nº 1.645, de 11 de dezembro de 1978.

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§ 5º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda


Nacional.
Vejamos as opções!
a) Os restos a pagar que são segregados em processado e não processado. A dívida ativa é
segregada em tributária e não tributária. ERRADO.
b) A Dívida Ativa abrange os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à
multa e juros de mora. ERRADO.
c) Atenção! Pegadinha comum em concursos. A dívida ativa NÃO deve ser confundida com a
dívida passiva.
A dívida ativa são CRÉDITOS a receber da fazenda pública.
A dívida passiva são DÉBITOS a pagar da fazenda pública.
ERRADO.
d) Conforme explicado na resolução da letra “c” acima, ERRADO.
e) Perfeito! Conforme § 4º do art. 39 da Lei nº 4.320/64.
A dívida ativa abrange os créditos da fazenda pública, de natureza tributária e não tributária,
como também os valores correspondentes à respectiva atualização monetária, à multa e
juros de mora. CERTO.
Letra E.

24. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


a) Podem ser inscritos em dívida ativa tanto os créditos de natureza tributária como os de
não tributária. CERTO.
b) Isso mesmo! Irão gerar receita orçamentária apenas na arrecadação.
Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária, serão
escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas
respectivas rubricas orçamentárias.
CERTO.
c) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 39. § 3º - O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira será
convertido ao correspondente valor na moeda nacional à taxa cambial oficial, para
compra, na data da notificação ou intimação do devedor, pela autoridade
administrativa, ou, à sua falta, na data da inscrição da Dívida Ativa, incidindo, a
partir da conversão, a atualização monetária e os juros de mora, de acordo com
preceitos legais pertinentes aos débitos tributários.
Gabarito oficial: CERTO.
d) O valor inscrito engloba o principal mais juros, multas e demais adicionais legalmente
incidentes. CERTO.
e) A inscrição trata-se de ato de controle administrativo da legalidade e regularidade (§ 3º,
art. 2º da Lei n° 6.830/80), por meio da qual um débito, vencido e não pago, é cadastrado
para controle e cobrança em dívida ativa.
Na União, cabe a inscrição de seus créditos em dívida ativa, de natureza tributária ou não
tributária, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional – PGFN, órgão atualmente
subordinado técnica e juridicamente à Advocacia-Geral da União. ERRADO.
Opção errada; letra E.

4.4.5. Questões de Concursos Públicos (Operação de Crédito)

1. (CESPE-TécnicoFCE/TCU-2015)
Perfeito! Com a realização da operação de crédito (empréstimo) há o ingresso financeiro e
concomitante registro de uma obrigação no passivo, no mesmo valor. Trata-se, portanto, de
uma receita não efetiva. CERTO.

2. (Cespe – TRT-10a Região – Analista-Contabilidade – 2013)


Conforme o art. 3o da Lei no 4.320/1964, a Lei Orçamentária Anual – LOA compreenderá
todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. Todavia, não serão

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incluídas as operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e


outras entradas compensatórias, no ativo e passivo financeiros. ERRADO.

3. (CESPE-Analista-Adm/STJ-2015)
A questão está se referindo à operação de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária
(ARO), destinada a atender exclusivamente insuficiência de caixa durante o exercício
financeiro.
O ingresso financeiro oriundo da ARO gera uma receita EXTRAorçamentária. Perceba que,
quando esta receita antecipada através do empréstimo for posterior e ordinariamente
arrecadada, aí sim, ela irá gerar a receita orçamentária. A mesma receita não pode ser
orçamentária duas vezes: quando antecipada e posteriormente quando de fato arrecadada.
As operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) devem cumprir,
além das exigências gerais para realização como qualquer operação de crédito, mencionadas
no art. 32 da LC. 101/00, também regras específicas, definidas no art. 38 dessa lei.
LC. 101/00 (grifei):
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender
insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências
mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do exercício;
II - deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de
dezembro de cada ano;
III - não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da
operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a
esta substituir;
IV - estará proibida:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
CERTO.

4. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013)
A questão aborda a denominada “Regra de Ouro”, a qual veda a realização de operações de
créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
Legislativo por maioria absoluta.
Observe o que estabelece a CF/1988:
Art. 167. São vedados:
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
Assim, o Estado-membro não pode realizar operação de crédito em valor que ultrapassou as
despesas de capital. Letra D.

5. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


As operações de ARO são registradas pela contabilidade como “débitos de tesouraria”. O
princípio da exclusividade informa que a lei de orçamento deverá tratar apenas de seu
objeto, da previsão da receita e fixação da despesa, entretanto, há as exceções
constitucionalmente admitidas.
CF/1988:
Art.165, § 8o, A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura
de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita, nos termos da lei.
Letra D.

6. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)
a) LC.101/00 (grifei):
Art. 8º, Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
ERRADO.

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b) LC.101/00 (grifei):
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual
decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois
seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma
das seguintes condições:
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de
receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de
resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por
meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
ERRADO.
c) LC.101/00 (grifei):
Art. 12, § 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser
superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.
CERTO.
d) LC.101/00 (grifei):
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de
lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação
legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.
ERRADO.
e) Percentuais máximos da despesa com pessoal para os Municípios, tendo por base a da
RCL:
a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município,
quando houver;
b) 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo.
ERRADO.
Opção correta: letra C.

7. (FCC-Analista do Tesouro Estadual/SEFAZ-PI-2015)


Trata-se de uma receita ORÇAMENTÁRIA de capital. Apesar de não constar na LOA
originalmente aprovada, esta foi posteriormente modificada e a receita passou a constar no
orçamento.
Perceba que a banca examinadora informa que os recursos são destinados a “recapeamento
de rodovias estaduais”, assim, deixa claro que NÃO é uma operação de crédito por
Antecipação de Receita Orçamentária (ARO), a qual ocasionaria o ingresso de receita
EXTRAorçamentária.
O art. 38 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) informa que a operação de crédito por
antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício
financeiro. Letra D.

8. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
A banca examinadora está se referindo ao princípio orçamentário da exclusividade, o qual
estipula que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita
(CF/88, art. 165, § 8º).
Ressalta-se que há diferença entre criar a isenção na LOA e apenas considerar a isenção (já
existente) para fins de previsão de arrecadação de receitas.
Perceba que a questão está se referindo a criar a isenção (concessão de isenção), motivo
pelo qual feriu o princípio da exclusividade.
Considerar isenções existentes para fins de previsão de arrecadação faz parte do processo de
planejamento orçamentário.
LRF (LC. 101/00):
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os
efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento
econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo
de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se
referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

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Letra D.

4.5.5. Questões de Concursos Públicos (Dívida Pública)

1. (CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


Pegadinha de concurso! Tentar confundir o candidato entre Banco Central e Banco do Brasil.
LC. 101/00, art. 29, § 2º: “Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à
emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.”. ERRADO.

2. (Cespe – Cade – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


LRF (LC no 101/2000):
Art. 5o. O projeto de Lei Orçamentária Anual, elaborado de forma compatível com o Plano
Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com as normas desta Lei
Complementar:
§ 2o. O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orçamentária e
nas de crédito adicional.
Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária. CERTO.

(CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


3.
Quando ocorrer “frustração de receitas”, ou seja, arrecadação menor do que o previsto, é que
deverão ser apresentadas justificativas especificando as medidas de combate à sonegação e
à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança (LC. 101/00, art.
53, § 2º, inciso II). ERRADO.

4.
LC. 101/00, art. 9º:
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
CERTO.

5. (CESPE – Analista-Adm/STF – 2013)


LRF (LC. 101/00) (grifei):
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o
Presidente da República submeterá ao:
I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da dívida consolidada
da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da
Constituição, bem como de limites e condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do
mesmo artigo;
II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o montante da dívida
mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado
da demonstração de sua adequação aos limites fixados para a dívida consolidada da
União, atendido o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.
§ 6o Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata este artigo, em
razão de instabilidade econômica ou alterações nas políticas monetária ou cambial, o
Presidente da República poderá encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional
solicitação de revisão dos limites.
ERRADO.

(CESPE-AuditorFCE/TCU-2015)
6.
O Chefe do Poder Executivo de determinado estado deverá submeter suas contas à
respectiva Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado. E ainda, fique atento! O
“refinanciamento do principal da dívida” é sempre exceção de vedação, ou seja, sempre
pode. ERRADO.

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7.
Perfeito! A receita corrente líquida (RCL) é base de cálculo para diversas rubricas e
indicadores, inclusive as despesas com pessoal, concessão de garantias e contratação de
operações de crédito (LC. 101/00, art. 19 e art. 30 inciso I c/c §3º).
A LRF (LC. 101/00, art. 54 E 55) também informa que o Relatório de Gestão Fiscal, de
elaboração quadrimestral, conterá o comparativo com os limites de que trata a LRF dos
seguintes montantes:
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas;
b) dívidas consolidada e mobiliária;
c) concessão de garantias;
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita.
O RGF conterá também a indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se
ultrapassado qualquer dos limites. Observa-se ainda que o relatório do último quadrimestre
do ano informará a disponibilidade de caixa em 31/dezembro e informações detalhadas dos
restos a pagar. CERTO.

8.
As operações de crédito são empréstimos efetuados pelo ente e, de fato, fazem parte da
dívida pública.
As operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) destinam-se a
atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro, devendo cumprir, além das
exigências gerais para realização como qualquer operação de crédito, mencionadas no art. 32
da LC. 101/00, também regras específicas, definidas no art. 38 dessa lei, dentre elas que
estarão proibidas:
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada;
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
CERTO.

9. (Cespe – MDICE – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


O § 1o, do art. 1o, da LRF estabelece que a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a
ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes
de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a:
 renúncia de receita;
 geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras;
 dívidas consolidada e mobiliária;
 operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;
 concessão de garantia; e
 inscrição em restos a pagar.
CERTO.

10. (CESPE-Administrador/MPOG-ENAP-2015)
LRF (grifei):
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação,
diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal
dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a
forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.
§ 1o Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição
financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração
indireta, que não se destinem a:
I - financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
II - refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.
Portanto, excetuam-se da vedação as operações entre instituição financeira estatal e outro
ente da Federação, desde que os recursos dessa operação não sejam destinados para
financiar despesas correntes ou refinanciar dívidas NÃO contraídas junto à própria instituição
concedente, sendo este o caso citado pela questão. ERRADO.

11. (CEBRASPE-Analista-Adm/TRE-PI-2016)
a) A dívida flutuante compreende os compromissos de curto prazo, de exigibilidade INFERIOR
a doze meses. ERRADO.

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b) Lei nº 4.320/64 (grifei):


Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos casos de despesas expressamente
definidos em lei e consiste na entrega de numerário a servidor, sempre precedida de
empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que não possam
subordinar-se ao processo normal de aplicação.
ERRADO.
c) Os Restos a Pagar (RP) são oriundos de despesas empenhadas e não pagas até o dia 31 de
dezembro. Existem não apenas os RP processados (já liquidados), mas também os RP não
processados (pendentes de liquidação). ERRADO.
d) Serviço da dívida é o valor correspondente à amortização de empréstimos, atualização
monetária, comissões e juros. ERRADO.
e) Lei nº 4.320/64:
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo
consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e
os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente poderão
ser pagos à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada por
elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica.
Como o exercício financeiro já se encerrou, então, só há uma forma de efetuar o pagamento:
emitir empenho com recursos do orçamento atual em curso, sendo a despesa classificada
como despesas de exercícios anteriores. CERTO.
Letra E.

12. (FCC-ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)


a) LRF (LC. 101/2000) (grifei):
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das
obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos,
convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo
superior a doze meses;
(...)
§ 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de
responsabilidade do Banco Central do Brasil.
§ 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo
inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
Banco Central e não STN. ERRADO.
b) A dívida será apurada sem duplicidade, conforme, por óbvio, claramente informa o inciso I
do art. 19 acima. ERRADO.
c) LRF (LC. 101/2000) (grifei):
Art. 29. (...)
IV - concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou
contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;
Esta opção informa NÃO financeira. ERRADO.
d) LRF (LC. 101/2000) (grifei):
Art. 29. (...)
V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal
acrescido da atualização monetária.
(...)
§ 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada
exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações
de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido
de atualização monetária.
Somadas e não subtraídas tais operações. ERRADO.
e) Perfeito! Conforme inciso V do art. 29 acima. CERTO.
Letra E.

13. (FCC-Procurador/Pref. São Luis-2016)


CF/88:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
(...)

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V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos


Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da
dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e
interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e
demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em
operações de crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Letra D.

14. (FCC-Procurador/Pref.Campinas-2016)
a) Tentar confundir o candidato com Bando do Brasil, ao invés de citar o Banco Central do
Brasil, é uma pegadinha mais comum quando a questão exige o tema conta única do tesouro
nacional.
LRF:
Art. 29, § 2o Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de
títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.
ERRADO.
b) LRF (grifei):
Art. 29, III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo,
abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento
antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços,
arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de
derivativos financeiros;
ERRADO.
c) LRF:
Art. 29, I - dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem
duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de
leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para
amortização em prazo superior a doze meses;
CERTO.
d) LRF (grifei):
Art. 30, § 7o Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que
houverem sido incluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos
limites.
ERRADO.
e) LRF (grifei):
Art. 29, § 3o Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de
prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.
ERRADO.
Letra C.

15. (ESAF – Analista-Políticas Sociais/MPOG – 2012)


a) A chamada “rolagem” da dívida significa postergar o pagamento da dívida, o que a Lei de
Responsabilidade Fiscal denomina de “refinanciamento” da dívida.
A LRF autoriza o refinanciamento do principal da dívida (ou seja, do valor obtido em
empréstimo), acrescido apenas da atualização monetária. O valor decorrente dos juros da
dívida não pode ser refinanciado.
LRF, art. 29 (grifei):
Art. 29, inciso V - refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para
pagamento do principal acrescido da atualização monetária;
Art. 29, § 4o O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término
de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das
operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente
realizadas, acrescido de atualização monetária.
Art. 5º, § 3o A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não

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poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias,


ou em legislação específica.
ERRADO.
b) LRF (grifei):
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite
ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três
subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no
primeiro.
§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive
por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da
dívida mobiliária;
II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo,
entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9o.
ERRADO.
c) LRF:
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite
ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três
subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no
primeiro.
CERTO.
d) O Poder Executivo propõe e submete os limites da dívida para aprovação pelo Legislativo.
LRF:
Art. 30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o
Presidente da República submeterá ao:
I - Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da dívida consolidada da
União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da
Constituição, bem como de limites e condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do
mesmo artigo;
II - Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o montante da dívida
mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado
da demonstração de sua adequação aos limites fixados para a dívida consolidada da
União, atendido o disposto no inciso I do § 1o deste artigo.
ERRADO.
e) LRF (grifei):
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite
ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três
subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento)
no primeiro.
ERRADO.
Opção correta: letra C.

4.6.2. Questões de Concursos Públicos (Receita Corrente Líquida)

1. (CESPE – Auditor-Direito/TCE-RO – 2013)


Esta foi moleza! A Receita Corrente Líquida – RCL é o valor oriundo da soma das RECEITAS
CORRENTES menos as deduções previstas na LRF (LC.101/00, art. 2º). Como a venda de
imóvel ocasiona uma Receita de Capital – Alienação de Bens, portanto, de fato não integra o
somatório para apuração da RCL. CERTO.

(CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


2.
A Receita Corrente Líquida – RCL é o valor oriundo da soma das receitas correntes menos as
deduções previstas na LRF (LC.101/00, art. 2º). Dado que a receita orçamentária ocorre
apenas com a arrecadação, então, de fato é adotado o regime de caixa para apuração da
RCL.
Eis o que informa a LC. 101/00, art. 2º, § 3º (grifei): “A receita corrente líquida será apurada
somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas
as duplicidades.”. CERTO.

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3.
LC. 101/00, art. 2º (grifei):
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação
constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no
inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
ERRADO.

4. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


A Receita Corrente Líquida – RCL é o valor oriundo da soma das RECEITAS CORRENTES
menos as deduções previstas na LRF (LC no 101/2000, art. 2o). As receitas industriais e de
serviços são receitas correntes, portanto, estão englobadas na soma. CERTO.

5. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


A LRF (LC no 101/2000, art. 2o, § 3o) estabelece que a receita corrente líquida será apurada
somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas
as duplicidades. Portanto, as eventuais receitas correntes intraorçamentárias devem ser
excluídas do cálculo. ERRADO.

6. (Cespe – INPI – Analista-Gestão Financeira – 2013)


LC no 101/2000, art. 2o (grifei):
IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos estados e municípios por determinação
constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no
inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos estados, as parcelas entregues aos municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos estados e nos municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9o do art. 201 da Constituição.
CERTO.

7. (FCC-Analista-Adm/TRF-3ªRegião-2016)
A Receita Corrente Líquida (RCL) é um importante indicador do desempenho da arrecadação
do ente público, motivo pelo qual ela é utilizada como parâmetro para muitas despesas
orçamentárias, em especial as com pessoal e encargos sociais, como também parâmetro dos
limites da Dívida Mobiliária e Consolidada.
De forma resumida, a Receita Corrente Líquida será o total de receitas correntes do ente,
menos os ingressos financeiros classificados como correntes, mas que, de fato, pode-se dizer
que não pertencem ao ente, em virtude de transferências legais ou constitucionais. Letra C.

8. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
O limite máximo da despesa total com pessoal da União é de 50% da receita corrente líquida
(RCL).
Já o Poder Judiciário, seja da União ou dos estados, é de 6% da RCL.
Letra D.

9. (FCC-ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)
A Receita Corrente Líquida (RCL), como o próprio nome indica, corresponde ao total das
receitas correntes, deduzido algumas rubricas indicadas pela LRF (em geral transferências
legais).

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Assim, observa-se que, para responder esta questão, considerando as opções possíveis, não
é necessário o domínio do texto da LRF: basta identificarmos qual opção contém apenas
receitas correntes.
Alienação de bens, operações de crédito e amortizações de empréstimos são classificadas
como receitas de capital, motivo pelo qual as opções A, B, C e E estão erradas.
Segue o texto legal para consulta!
LRF (LC. 101/2000):
Art. 2º (...)
IV - receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições,
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras
receitas também correntes, deduzidos:
a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação
constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II
do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
§ 1o Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos
em decorrência da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo
previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
§ 2o Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do
Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de
que trata o inciso V do § 1o do art. 19.
§ 3o A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês
em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.
Letra D.

10. (FCC/Agente-Contador/DPE-SP/2013)
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC. 101/1999), no inciso IV do art. 2o, detalha todos os
itens a serem considerados para o cálculo da receita corrente líquida. De forma resumida,
pode-se dizer que são as receitas correntes que, de fato, pertencem ao ente, sendo o total
das receitas correntes deduzido das transferências legais e constitucionais.
Receita Tributária 100,00
Receita de Serviços 3,00
Receita Industrial 7,00
Receita de Contribuições 15,00
(=) Total das Receitas Correntes 125,00
(-) Transferências correntes obrigatórias (12,00)
(=) Receita Corrente Líquida 113,00
O valor retido dos servidores em folha de pagamento relativo a contribuições previdenciárias
é uma receita extraorçamentária e o recolhimento de tais valores (informado pela questão)
despesa extraorçamentária. Portanto, a referida importância não aparece em nossa conta.
Vale lembrar ainda que a LRF (alínea “c”, inciso IV do art. 2o) deixa claro que “a contribuição
dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social” também
deve ser deduzido da receita corrente total para fins de cálculo da corrente líquida.
Entretanto, este não foi o caso citado pela questão. Letra D.

11. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013)
Eis os limites na esfera estadual (LC. 101/2000, art. 20, inciso II):
a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;
c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;
d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados.
Letra D.

12. (FCC/Analista Adm/TRT.2a Região/2014)


Inicialmente, observa-se que deveremos utilizar para o cálculo as despesas ocorridas por
competência, conforme previsto no § 2o, art. 18 da LC. 101/2000.

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O Poder Judiciário, tanto na esfera federal como estadual, possui o limite de despesa com
pessoal de 6% da receita corrente líquida do respectivo ente da Federação (LC. 101/00, art.
20), portanto, o limite é de R$ 120.000 (2.000.000 x 6%).
Dentre as cinco rubricas, apenas “Indenizações Trabalhistas (indenizações por demissão)”
não fazem parte das despesas com pessoal, em virtude do disposto no inciso I, § 1o, art. 19
da LRF:
Art. 19, § 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão
computadas as despesas:
I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição;
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração
a que se refere o § 2o do art. 18;
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com
recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da
Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;
VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos
provenientes:
As outras quatro rubricas totalizam R$ 110.000 (13 + 22 + 67 + 8), portanto, gastou-se R$
10.000 a menos do que o limite permitido. Letra E.

13. (FCC-Analista-Adm/TRE-RR-2015)
Para a verificação do cumprimento, acompanhamento e controle da despesa total com
pessoal, a LRF informa a existência de três limites:
Limite Máximo: valor máximo que poderá ser gasto com pessoal, conforme percentuais
específicos definidos pela LRF para cada Ente da federação e Poder, tendo por base a
Receita Corrente Líquida. Caso seja ultrapassado este limite, a LRF prevê restrições
objetivando a redução da despesa com pessoal (LC. 101/00, art. 19, 20 e 23).
Limite Prudencial: 95% do limite máximo. Caso seja ultrapassado este limite, a LRF
prevê algumas restrições ao Poder ou órgão que houver incorrido neste excesso,
objetivando conter o aumento de despesa com pessoal (LC. 101/00, § único do art. 22).
Limite de Alerta: 90% do limite máximo. Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou
órgãos quando constatarem que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou este
limite (LC. 101/2000, art. 59, § 1o, inciso II).
Quadro de limite máximo de despesa total com pessoal – percentuais sobre a receita corrente
líquida:

A questão já informa o valor da receita corrente líquida. Basta aplicarmos os percentuais.


Vamos aos cálculos!
LIMITE MÁXIMO do Poder Judiciário da União:
R$ 8.550.000.000,00 x 6% = R$ 513.000.000,00
LIMITE DE ALERTA do Poder Judiciário da União:
R$ 513.000.000,00 x 90% = R$ 461.700.000,00
Letra A.

14. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


Veja que estamos procurando a resposta ERRADA.
Despesa com pessoal dos União (50% da RCL):
a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
b) 6% para o Judiciário;
c) 40,9% para o Executivo, destacando-se 3% (três por cento) para as despesas com

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pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o


art. 31 da Emenda Constitucional no 19 (com pessoal do Distrito Federal e dos Estados do
Amapá e Roraima, custeadas com recursos da União).
d) 0,6% para o Ministério Público da União;
Veja que dos 40,9% de despesa total com pessoal do Executivo da UNIÃO, 3% devem ser
destacados para organizar e manter:
- o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria
Pública dos Territórios;
- a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal;
- bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços
públicos, por meio de fundo próprio;
Dessa forma, dentro dos 40,9% de despesa total com pessoal do Executivo da UNIÃO, 3%
devem ser separados para os órgãos acima mencionados, motivo pelo qual a resposta da
letra “e” também foi considerada certa, pois 37,9 = 40,9 menos 3.
A resposta ERRADA está na letra “a”, pois o percentual correto é de 2,5%. Letra A.

4.7.2. Questões de Concursos Públicos (Resultados Nominal e Primário)

(Cespe – Analista-Gestão Financeira/INPI – 2013)


1.
O art. 52 da LRF estabelece que o relatório Resumido da Execução Orçamentária - RREO
abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o
encerramento de cada Bimestre. É importante salientar que este relatório deve ser elaborado
bimestralmente. CERTO.

2.
O Relatório Resumido da Execução Orçamentária – RREO é um demonstrativo previsto e
exigido na Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O RREO abrange todos os poderes, o Ministério Público, os Tribunais de Contas e ainda as
entidades da administração indireta que recebem recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social do ente. Contudo, as empresas públicas e as sociedades de economia
mista, que por definição exercem atividades econômicas, mas que por ventura recebam
recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, inclusive sob a forma de subvenções
para pagamento de pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso,
aqueles provenientes de aumento de participação acionária, serão incluídas no RREO.
Atenção! As empresas estatais dependentes estão abrangidas no RREO. ERRADO.

3.
LRF (grifo nosso):
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
(...)
§ 2o Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:
I - da limitação de empenho;
II - da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à
evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.
Portanto, NÃO deve indicar, obrigatoriamente, as justificativas para limitação de empenho
e frustração de receitas. ERRADO.

4.
LRF (grifo nosso):
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:
I - apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2o,
sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;
II - receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;
III - resultados nominal e primário;
IV - despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o;
V - Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores
inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.
CERTO.

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5. (FCC/Analista-Contador/MPE-MA/2013)
Como a questão informa não houve estabelecimento de ressalvas para limitação de despesa,
então teremos apenas as restrições definidas na própria LRF.
Vejamos o texto da LRF (LC. 101/2000):
Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não
comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e
movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e
legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as
ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.
Relativamente à opção “d”, recorda-se que as despesas de pessoal são objeto de redução,
conforme art. 169 da CF/1988 e disposições estabelecidas na LRF.
Portanto, conforme o § 2o, art. 9o da LC. 101/2000: letra C.

6. (FCC – Auditor/TCE-SP – 2013)


A) A LRF não permite contrair, nos dois últimos quadrimestres do mandato, obrigação de
despesa que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente
disponibilidade de caixa para este efeito (art. 42). Errado.
B) A LRF não permite limitar as despesas que constituem obrigações constitucionais do ente,
inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida (art. 9º, § 2º). Errado.
C) Princípio da independência dos Poderes. O Executivo não pode limitar os valores
financeiros dos Poderes Legislativo e Judiciário. Errado.
D) Havendo restabelecimento da arrecadação, a LRF permite a recomposição das dotações
cujos empenhos foram limitados, de forma proporcional às reduções efetivadas. (art. 9º, §
1º).
E) Perfeito! A LRF exige a limitação de empenho e movimentação financeira, caso não seja
possível cumprir as metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas
Fiscais (art. 9º) CERTO.
Letra E.

4.8.2. Questões de Concursos Públicos (Fundos Especiais)

1. (Cespe – Analista-Contabilidade/TJ-AL – 2012- adaptada)


O Inciso IX, do art. 167 da CF/88 veda a instituição de fundos de qualquer natureza, sem
prévia autorização legislativa. Assim, em matéria orçamentária não se configura como
vedação constitucional prévia autorização legislativa para a instituição de fundos de qualquer
natureza. Portanto, a instituição de fundos, a exemplo do FUNDEB há necessidade de prévia
autorização legislativa. ERRADO.

2. (CESPE – TFCE/TCU – 2012)


Realmente, todos os fundos especiais, tanto da União quanto dos entes federados terão
normas particulares de controle exatamente porque suas receitas são vinculadas a
determinados objetivos e serviços. Porém, todos os fundos especiais da União serão
submetidos à tomada de contas pelo TCU. ERRADO.

3. (Cespe – Analista-Ciências Contábeis/SEGER-ES – 2013)


Acerca deste tema, a CF/88 assim estabelece:
Art. 159. A União entregará:
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer
natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma:
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e
do Distrito Federal;
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos
Municípios;
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de

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caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando


assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na
forma que a lei estabelecer;
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de dezembro de cada ano; II - do produto da arrecadação do imposto
sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal,
proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico
prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito
Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II,
c, do referido parágrafo.
As parcelas do FPE atribuídas aos estados podem ser retidas pela União. Exemplo: para fins
de garantia e contragarantia. Letra A.

4.9.2. Questões de Concursos Públicos (Consórcios Públicos)

1. (CESPE – Advogado da União/AGU – 2013)


Os consórcios públicos são parcerias formadas por dois ou mais entes da Federação para a
realização de objetivos de interesse comum. Podem possuir personalidade jurídica de direito
público ou privado. Quando de direito público, são integrantes da administração indireta de
todos os entes consorciados.
Lei nº 11.107/2005:
Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis
de ratificação do protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a
administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
§ 2º No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público
observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação,
celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
CERTO.

(CESPE – Contador/MTE – 2014)


2.
Lei nº 11.107/05:
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse
comum e dá outras providências.
§ 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito
privado.
Art. 6º, § 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio
público observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação,
celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será regido pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
Mesmo que possua personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público deverá
realizar licitação para suas contratações. CERTO.

3.
Lei nº 11.107/05 (grifei):
Art. 5o O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do
protocolo de intenções.
§ 4o É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente da Federação que,
antes de subscrever o protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação no
consórcio público.
O Poder Legislativo deve ratificar o consórcio público. ERRADO.

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4.
Lei nº 11.107/05:
Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio público dependerá de ato formal de
seu representante na assembleia geral, na forma previamente disciplinada por lei.
§ 1o Os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão
revertidos ou retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de consórcio público
ou no instrumento de transferência ou de alienação.
§ 2o A retirada ou a extinção do consórcio público não prejudicará as obrigações já
constituídas, inclusive os contratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio
pagamento das indenizações eventualmente devidas.
Ambas as afirmações estão incorretas. ERRADO.

5. (FCC/ATCE-AG/TCE-MP– 2013)
Lei no 8.666/1993:
Art. 24. É dispensável a licitação:
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de
sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos
termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.
É dispensável a licitação para celebração de contrato ente o consórcio e o ente da Federação
que dele participe, seja de sua administração direta ou indireta. Letra C.

6. (Esaf – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Observe que o comando da questão pede a opção ERRADA!
Os consórcios públicos são parcerias formadas por dois ou mais entes da Federação para a
gestão associada de serviços públicos;
De acordo com a Lei nº 11.107/2005, o consórcio público adquirirá personalidade jurídica de
direito público, no caso de constituir associação pública, e de direito privado, mediante o
atendimento dos requisitos da legislação civil;
Adquirido personalidade jurídica, nos termos legais, o consórcio público poderá:
• Firmar convênios, receber auxílios, subvenções sociais e econômicas de outras
entidades e órgãos;
• Promover desapropriações e instituir servidões;
• Ser contratado pela Administração Pública direta ou indireta com dispensa de licitação;
• Executar atividades de arrecadação de tarifas e demais preços públicos;
• Outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante
autorização prevista no contrato de consórcio público.
O art. 3o da Lei nº 11.107/2005 estabelece que o consórcio público será constituído por
contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções.
Conclusão: o consórcio público PODE promover outorga, concessão e permissão de obras ou
serviços públicos. Letra D.

4.10.3. Questões de Concursos Públicos (Procedimentos para Retenção de Tributos)

1. (CESPE – TRT 8ª/2016 – ANAL. JUD. CONTABILIDADE adaptada)


O recolhimento de contribuições retidas nos pagamentos de serviços de terceiros NÃO tem
caráter orçamentário porque, nessa situação, a receita retida não pertence ao órgão ou
entidade responsável pela retenção, mas sim, ao Ente Federado (União, estados/DF e
municípios). Portanto, a receita tributária retida é extraorçamentária e deverá ser recolhida
até o 3º (terceiro) dia útil da semana subsequente àquela em que tiver ocorrido o pagamento
à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço.
ERRADO.

2. (CESPE – TRT 8ª/2016 – ANAL. JUD. CONTABILIDADE)


Na hipótese de a administração pública contratar tomador dos serviços de
microempreendedor individual (MEI) como uma pessoa física autônoma, deve descontar
todos os tributos que são devidos: INSS, IRRF e ISSQN, este último, conforme a legislação
do município. Além disso, o tomador dos serviços é obrigado ao recolhimento
da contribuição previdenciária patronal (CPP) à razão de 20% do valor total dos

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serviços prestados, sendo que este é um custo exclusivo do tomador, não devendo ser
descontado do MEI.
(§ 1º, art. 18-B, LC 123/06, c/c o § 1º, art. 201, IN RFB nº 971/09).
Assim, quando a administração pública contratar MEI para prestar serviços de hidráulica,
eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos deve
recolher 20% sobre o valor da remuneração paga ou creditada pelo órgão público.
Letra D.

3. (CESPE – FUB/2015 – CONTADOR)


Ao contrário do que se afirma no comando da questão, nem todas as pessoas jurídicas estão
sujeitas a retenção da CSLL, a exemplo da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e
pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).
Portanto, são os casos das hipóteses em que não haverá retenção (art. 4º, IN RFB nº
1.234/12).
ERRADO.

4. (CESPE – FUB/2015 – CONTADOR)


Os valores retidos pelos órgãos da administração pública deverão ser recolhidos ao Tesouro
Nacional, através de DARF, da seguinte forma:
I - Pelos órgãos da administração federal direta, autarquias e fundações federais que
efetuarem a retenção, até o 3º dia útil da semana subseqüente àquela em que tiver
ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora dos bens ou prestadora do serviço;
II - pelas empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades em que a
União, direta ou indiretamente detenha a maioria do capital social sujeito a voto, e que
recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução
orçamentária e financeira no Siafi, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da
pessoa jurídica, até o último dia útil do segundo decêndio do mês subseqüente
àquele mês em que tiver ocorrido o pagamento à pessoa jurídica fornecedora do
bem ou prestadora do serviço.
ERRADO.

5. (CESPE – FUB/2015 – CONTADOR)


No caso de pagamento a consórcio constituído para o fornecimento de bens e serviços,
inclusive a execução de obras e serviços de engenharia, a retenção deverá ser efetuada em
nome de cada empresa participante do consórcio, tendo por base o valor constante da
correspondente nota fiscal de emissão de cada uma das pessoas jurídicas consorciadas.
Nesse caso, a empresa líder deverá apresentar à unidade pagadora os documentos de
cobrança, acompanhados das respectivas notas fiscais, correspondentes aos valores dos
fornecimentos de bens ou serviços de cada empresa participante do consórcio.
CERTO.

6. (CESPE – STJ/2015 – CONTADORIA)


Todos os serviços prestados por concessionárias de serviços públicos terão incidência do
PIS/PASEP, independente do tipo de serviço. Não é situação de não incidência relativa à
COFINS e PIS/PASEP.
ERRADO.

7. (CESPE – STJ/2015 – CONTADORIA)


Mesmo as empresas públicas ou sociedades de economia mista, oriundos dos orçamentos da
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a contribuição para o financiamento
da seguridade social incide sobre os recursos recebidos.
ERRADO.

8. (CESPE – STJ/2015 – CONTADORIA)


1. As alíquotas do PIS/PASEP não serão excluídas da base de cálculo do PIS/PASEP.
2. As referidas alíquotas aplicam-se, inclusive, nas hipóteses em que as receitas decorrentes
do fornecimento de bens ou da prestação do serviço estejam sujeitas ao regime de apuração
da não cumulatividade da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep ou à tributação a
alíquotas diferenciadas.

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3. No caso de pagamento a pessoa jurídica domiciliada no exterior, não será efetuada


retenção.
ERRADO.

9. (FCC – TRT 2ª/2017 – ANAL. JUD. CONTABILIDADE)


Vejamos as regras da IN RFB nº 1.234/12, sobre as situações apresentadas no comando da
questão:
Art. 2º Ficam obrigados a efetuar as retenções na fonte do Imposto sobre a Renda (IR),
da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para o PIS/Pasep sobre os
pagamentos que efetuarem às pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação
de serviços em geral, inclusive obras, os seguintes órgãos e entidades da administração
pública federal:
I - os órgãos da administração pública federal direta;
II - as autarquias;
III - as fundações federais;
IV - as empresas públicas;
V - as sociedades de economia mista; e
VI - as demais entidades em que a União, direta ou indiretamente detenha a maioria do
capital social sujeito a voto, e que recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam
obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).
Art. 4º Não serão retidos os valores correspondentes ao IR e às contribuições de que trata
esta Instrução Normativa, nos pagamentos efetuados a:
I - templos de qualquer culto;
---------------
XII - pessoas jurídicas exclusivamente distribuidoras de jornais e revistas;
---------------
Portanto, conforme visto acima, as empresas públicas estão obrigadas a retenção, na fonte
do IR, CSLL, COFINS e PIS/Pasep sobre os pagamentos que efetuarem às pessoas jurídicas,
pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral, inclusive obras. Porém, não
serão retidas nos pagamentos efetuados a pessoas jurídicas exclusivamente distribuidoras de
jornais e revistas.
Letra D.

4.11.11. Questões de Concursos Públicos (Parcerias Público-Privadas – PPP)

1. (CESPE – TREPI/2016 – ANAL. JUD. ADM. adaptada)


As Cláusulas dos contratos de parceria público-privada devem prever critérios objetivos de
avaliação do desempenho do parceiro privado.
Os objetivos são comuns e largamente disseminados para facilitar a prestação dos serviços.
ERRADO.

2. (CESPE – CÂM. DEPUTADOS/2014 – CONS. ORÇ. FISC.)


O art. 2o da Lei 11.079/04 estabelece que a Parceria público-privada é o contrato
administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.
A concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa
cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
A concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração
Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou
fornecimento e instalação de bens.
CERTO.

3. (CESPE – TCDF/2014 – ACE)


A Lei 11.079/04 reza que é vedada a celebração de contrato de parceria público-privada nas
seguintes situações:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou

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III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e


instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
ERRADO.

4. (CESPE – TCEPB/2014 – PROCURADOR adaptada)


O art. 9º da Lei 11.079/04 determina que antes da celebração do contrato, deverá ser
constituída sociedade de propósito específico, a qual fica incumbida de implantar e gerir o
objeto da parceria.
Portanto, antes da celebração de contrato de PPP exige-se, prévia constituição de sociedade
de propósito específico – SPE.
CERTO.

5. (ESAF – PFN/2015 – PROCURADOR)


Regra básica das PPPs!
Toda contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de
concorrência.
Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será
objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios
da legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da
vinculação ao instrumento convocatório.
Letra B.

6. (FCC – PREF. TERESINA/2016 – ANAL. ORÇ. FINANÇAS)


A Lei nº 13.097/15, que alterou a Lei 11.079/04, prevê a administração temporária da
sociedade de propósito específico – SPE pelo Poder concedente.
Assim, conforme essa norma, a administração temporária autorizada pelo poder concedente
não acarretará responsabilidade aos financiadores e garantidores em relação à tributação,
encargos, ônus, sanções, obrigações ou compromissos com terceiros, inclusive com o poder
concedente ou empregados.
Importante! O Poder concedente deve disciplinar sobre o prazo da administração
temporária.
Letra D.

7. (FCC - PREF. TERESINA/2016 – CONTADOR)


Segundo o art. 4º da Lei nº 11.079/2004, as PPPs devem seguir as seguintes diretrizes:
I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da
sociedade;
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes
privados incumbidos da sua execução;
III - indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de
polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
V – transparência dos procedimentos e das decisões;
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de
parceria.
Letra A.

8. (FCC – TCEGO/2014 – ACE)


O art. 2º da Lei nº 11.079/2004 estabelece as seguintes vedações nos contratos de PPP:
Valor do contrato inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
Período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
Que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.
Letra D.

9. (FCC – TCMGO/2015 – ACE)


Conforme mencionado no comando da questão, a pretensão do município só será viável se o
prazo do contrato for superior a 5 e inferior a 35 anos, e no valor mínimo R$ 20.000.000,00,
adotando-se a modalidade concessão administrativa. Letra B.

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10. (FCC – TCMGO/2015 – AUDITOR)


Art. 6º, §§ 2º e 3º, da Lei nº 11.079/2004:
“O contrato de PPP poderá prever o aporte de recursos em favor do parceiro privado para a
realização de obras e aquisição de bens reversíveis, desde que autorizado no edital de
licitação, se contratos novos, ou em lei específica, se contratos celebrados até 8 de agosto de
2012.” (Incluído pela Lei nº 12.766, de 2012).
Letra A.

11. (FCC – TCMGO/2015 – AUDITOR)


a) No Brasil a questão da responsabilidade fiscal tem despertado especial atenção do
legislador, inclusive quanto aos contratos de PPPs. ERRADO.
b) Os princípios das finanças públicas se aplicam perfeitamente às PPPs. ERRADO.
c) Lei 11.079/04: “Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de
licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório
condicionada a:”
-----
“II – elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios em que
deva vigorar o contrato de parceria público-privada;”
O órgão gestor de parcerias público-privadas federais remeterá ao Congresso Nacional e ao
Tribunal de Contas da União, com periodicidade anual, relatórios de desempenho dos
contratos de parceria público-privada. CERTO.
Os enunciados das opções “D” e “E” são incompatíveis com as políticas públicas e controles
fiscais da União. Os contratos de PPPs geralmente são de investimentos de longo prazo,
portanto, devem estar previstos no PPA e LDO. ERRADO.
Letra C.

12. (FCC – TRE RORAIMA/2015 – ANAL. JUD. AD. adaptada)


Para as organizações públicas, uma das principais consequências da implantação desse
sistema não é a adoção de parcerias público-privadas para a viabilização da qualidade dos
serviços públicos, mas sim, a aceitação de que o setor público possui clientes, considerando-
se nessa condição cada usuário específico e direto de um determinado serviço.
ERRADO.

CAPÍTULO 05 – NOÇÕES BÁSICAS DE SIAFI E SIOP

5.2.7. Questões de Concursos Públicos

1. (CESPE – DPU/2016 – CONTADOR)


O SIAFI possui diversos módulos, todos eles permitem ao Auditor manuseá-los na busca de
informações desejados para fins de auditagem do órgão/entidade, a exemplo do módulo siafi
gerencial, que permite, ao Auditor, a compilação de dados inseridos pela Unidade Gestora
para subsidiar o relatório de auditoria.
CERTO.

2. (CESPE – TRT 8ª/2016 – ANAL. JUD. ADMINISTRATIVO)


a) De forma instantânea e sistemática, o SIAFI permite a contabilização e o controle da
execução orçamentária e financeira da União. Dispõe de terminais instalados em todo o
território nacional, o que possibilita ao usuário o acesso on-line ao sistema para registros e
consultas de forma a facilitar o desempenho de suas atividades.
O acesso às informações do SIAFI será feito por usuários devidamente cadastrados e
habilitados, através do sistema SENHA (Sistema de Segurança, Navegação e Habilitação do
SIAFI), podendo sua base de dados ser acessada de duas formas:
Por meio de consultas, via terminal conectado à rede SIAFI; e
Por meio da transferência de dados da base SIAFI para equipamentos de processamento
eletrônico do próprio usuário, pelo uso do módulo Extrator de Dados.
CERTO.

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b) Para efeito de divulgação ou publicação, somente será reconhecido como dado oficial,
aquele extraído do SIAFI e devidamente autenticado pelo titular da unidade responsável ou
pelo titular da Secretaria do Tesouro Nacional. ERRADO.
c) O SIAFI permite que as Unidades Gestoras - UG, na efetivação dos registros da execução
orçamentária, financeira e patrimonial, obtenham acesso de forma on-line ou off-line.
A forma de acesso on-line caracteriza-se pelo fato de:
Todos os documentos orçamentários e financeiros das UGs serem emitidos diretamente pelo
sistema;
A própria UG atualizar os arquivos do sistema, digitando por meio de terminais conectados ao
SIAFI, dados relativos aos atos e fatos de gestão; e
As disponibilidades financeiras da UG são individualizadas em contas contábeis no SIAFI,
compondo o saldo da Conta Única e de outras contas de arrecadação ou devolução de
recursos.
A forma de acesso off-line caracteriza-se pelo fato de:
As disponibilidades financeiras da Unidade serem individualizadas em conta corrente bancária
e não comporem a Conta Única;
A UG emitir seus documentos orçamentários, financeiros e contábeis previamente à
introdução dos respectivos dados no sistema; e
A UG não introduzir os dados relativos a seus documentos no sistema, o que é feito por meio
de outra unidade, denominada Pólo de Digitação.
Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional definir qual a forma de acesso de cada UG,
ouvindo o respectivo Ministério ou Órgão.
A alteração da forma de acesso de determinada UG também será efetuada pela Secretaria
do Tesouro Nacional, por solicitação do respectivo Ministério ou Órgão. ERRADO.
d) Por razões de segurança, a conformidade diária não poderá ser dada por operador que
registre documentos no sistema, salvo se autorizado pelo titular da respectiva UG.
ERRADO.
e) São inalteráveis os dados de um documento incluído no SIAFI após sua contabilização.
Constatada qualquer irregularidade nesses dados, somente será possível corrigi-la por meio
da emissão de um novo documento que efetue o acerto. ERRADO.
Letra A.

3. (CESPE – TCEPR/2016 – AUDITOR)


a) As entidades privadas, desde que autorizadas expressamente por lei, podem
acessar o SIAFI e terão o processo de cadastro e habilitação regulamentado pela Norma de
Execução STN nº 01/2015.
ERRADO.
b) Primeiramente, vejamos a finalidade e as atividades do Sistema de Planejamento e
de Orçamento Federal expressas na Lei Federal n.º 10.180/2001:
Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:
I - formular o planejamento estratégico nacional;
II - formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico
e social;
III - formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos
anuais;
IV - gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V - promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
visando a compatibilização de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos
planos federal, estadual, distrital e municipal.
Art. 3º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal compreende as
atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas e
orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas sócio-econômicas.
Integram o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal:
Como órgão central: o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
Como órgãos setoriais: unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios, da
Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.
Como órgãos específicos: são aqueles vinculados ou subordinados ao órgão central do
Sistema, cuja missão está voltada para as atividades de planejamento e orçamento.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

Os órgãos setoriais e específicos ficam sujeitos à orientação normativa e à supervisão


técnica do órgão central do Sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão cuja estrutura
administrativa estiverem integrados.
ERRADO.
c) Dentre as competências da Secretaria do Tesouro Nacional está incluída o subsídio à
formulação de políticas de financiamento de despesas públicas. CERTO.
d) O SIAFI é um sistema de informações centralizado em Brasília e ligado por
teleprocessamento aos Órgãos do Governo Federal existentes em todo o país e também no
exterior.
A centralização permite a padronização dos métodos e rotinas de trabalho sem,
entretanto, criar qualquer restrição ou rigidez à gestão dos recursos, que permanece sob o
total controle do ordenador de despesa de cada UG. Assim também, a unificação dos recursos
de caixa do Tesouro Nacional não significa perda de individualização destas disponibilidades,
uma vez que cada UG trabalha com limites financeiros previamente definidos, somente
movimentadas pelos respectivos ordenadores de despesa, na forma prevista em
regulamentação própria.
ERRADO.
e) O SIAFI é utilizado, atualmente, por todos os Órgãos da Administração Direta
(Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário) e por grande parte da Administração Indireta,
em nível do Governo Federal.
São cerca de 5.000 UG Executoras e 30.000 operadores, em todo o Brasil, que acessam o
Sistema para o exercício de suas funções diárias, compreendendo a inclusão de dados
(diretamente ou por integração) e consultas, sob a forma on-line ou por meio de relatórios
impressos.
Destacam-se nesse contexto, instituições de ensino profissionalizante de contabilidade (2º e
3 graus e de pós-graduação) que utilizam os recursos do ambiente de treinamento do SIAFI
para o desenvolvimento de disciplinas afins.
Além desses usuários diretos do ambiente SIAFI, outros interessados podem também ter
acesso às informações geradas pelo Sistema, destinadas à realização dos seus trabalhos de
consolidação e análise dos dados relacionados com o desempenho orçamentário e financeiro
do Governo Federal, tais como os institutos de pesquisas econômico-financeiras, comissões e
assessorias parlamentares (Congresso Nacional) órgãos de controle interno e externo e
outros órgãos governamentais.
ERRADO.
Letra C.

4. (CESPE – CGE/PI/2015 – AUD. GOVERNAMENTAL GERAL)


São inalteráveis os dados de um documento incluído no SIAFI após sua contabilização.
Constatada qualquer irregularidade nesses dados, somente será possível corrigi-la por meio
da emissão de um novo documento que efetue o acerto.
CERTO.

5. (CESPE – CGE/PI/2015 – AUD. GOVERNAMENTAL GERAL)


Segundo o Manual SIAFI, a ordem bancária - OB faz parte do rol de documentos utilizados
pela Conta Única. A OB é utilizada para pagamento de obrigações da UG e demais
movimentações financeiras.
O valor da OB cancelada recompõe a disponibilidade da UG:
Imediatamente se cancelada no mesmo dia de sua emissão; ou
No dia seguinte se cancelada após a data de sua emissão.
CERTO.

6. (CESPE – TCU/2015 – TEFC)


O CPR - Contas a Pagar e a Receber - é um subsistema do SIAFI-WEB que permite o
gerenciamento de compromissos de pagamento e recebimento, a partir do registro
dos documentos que os originam, tais como notas fiscais, recibos, autorizações de diárias e
suprimentos de fundos. O CPR possibilita ainda a emissão automática das ordens bancárias e
dos documentos de recolhimento de tributos e contribuições correspondentes aos
compromissos.
O CPR permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros documentos,
cuja contabilização é efetuada após o efetivo registro dos documentos hábeis. Estes

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documentos geram compromissos de pagamento e de recebimento que montarão o


fluxo financeiro de cada unidade gestora.
CERTO.

7. (CESPE – FUB/2015 – AUDITOR)


O acesso para registro de documentos ou para consultas no SIAFI somente será autorizado
após o prévio cadastramento e habilitação dos usuários. Para viabilizar este
cadastramento, cada Órgão da Administração Direta do Governo Federal deve indicar,
formalmente, à Secretaria do Tesouro Nacional um servidor, e seu substituto, para serem os
responsáveis pelo processo de cadastramento dos usuários do Sistema no âmbito do
respectivo Órgão - denominados “cadastradores de órgão”.
Neste caso, são considerados como Órgãos da Administração Direta do Governo
Federal os Ministérios, o Ministério Público, a Advocacia Geral da União, os Tribunais do
Poder Judiciário, as Casas do Poder Legislativo e as Secretarias da Presidência da República.
O acesso às informações do SIAFI será feito por usuários devidamente cadastrados e
habilitados, através do sistema SENHA (Sistema de Segurança, Navegação e Habilitação
do SIAFI). Esse Sistema objetivará o uso autorizado dos recursos do SIAFI, especificando:
Quais os usuários autorizados a terem acesso ao SIAFI;
Quais transações poderão ter acesso; e
Qual nível de acesso terão.
ERRADO.

8. (CESPE – FUB/2015 – AUDITOR)


A entrada dos dados necessários à execução orçamentária, financeira e contábil é efetuada
através dos seguintes documentos:
DARF ELETRÔNICO - DF;
GRPS ELETRÔNICA - GP;
NOTA DE MOVIMENTAÇÃO DE CRÉDITO - NC;
NOTA DE DOTAÇÃO - ND;
NOTA DE EMPENHO - NE;
NOTA DE LANÇAMENTO POR EVENTO - NL;
NOTA DE LANÇAMENTO DE SISTEMA - NS;
ORDEM BANCÁRIA - OB; e
PRÉ-EMPENHO – PE.
A nota de empenho tem por finalidade permitir o registro do comprometimento de despesa
no SIAFI, bem como registrar os casos em que se faça necessário o reforço ou a
anulação desse compromisso.
CERTO.

9. (CESPE – TCU/2015 – AUFC)


O SIAFI tem sua segurança baseada nos seguintes princípios e instrumentos:
Sistema de Segurança, Navegação e Habilitação do SIAFI (SENHA) que permite a autorização
de acesso aos dados do SIAFI, estabelecendo diferentes níveis desse acesso às suas
informações;
Fidedignidade dos dados inseridos no sistema, por parte de seus usuários;
Conformidade Diária, a ser realizada pelos titulares das UG, ou por operadores por eles
indicados;
Conformidade de Operadores, a ser realizada pelos titulares das UG, ou por operadores por
eles indicados;
Conformidade Documental, a ser realizada pelos titulares das UG, ou por operadores por eles
indicados;
Conformidade Contábil a ser realizada pelas UGs Setoriais de Contabilidade, visando validar
os valores registrados no SIAFI;
Identificação dos operadores que efetuaram qualquer acesso à sua base de dados,
mantendo registrados o número do CPF do operador, a hora e a data de acesso, a
UG a que pertence, o número do terminal utilizado e as informações consultadas;
Mecanismo de segurança, sob a responsabilidade do SERPRO, destinado a manter a
integridade dos dados do Sistema; e
Inalterabilidade das informações de todos os documentos incluídos no SIAFI, após sua
contabilização. CERTO.

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10. (CESPE – TCERN/2015 – AUDITOR)


O SIAFI tem sua segurança baseada nos seguintes princípios e instrumentos:
Sistema de Segurança, Navegação e Habilitação do SIAFI (SENHA) que permite a autorização
de acesso aos dados do SIAFI, estabelecendo diferentes níveis desse acesso às suas
informações;
Fidedignidade dos dados inseridos no sistema, por parte de seus usuários;
Conformidade Diária, a ser realizada pelos titulares das UG, ou por operadores por eles
indicados;
Conformidade de Operadores, a ser realizada pelos titulares das UG, ou por operadores por
eles indicados;
Conformidade Documental, a ser realizada pelos titulares das UG, ou por
operadores por eles indicados;
Conformidade Contábil a ser realizada pelas UG Setoriais de Contabilidade, visando validar os
valores registrados no SIAFI;
Procedimento que permite identificar os operadores que efetuaram qualquer acesso à sua
base de dados, mantendo registrados o número do CPF do operador, a hora e a data de
acesso, a UG a que pertence, o número do terminal utilizado e as informações consultadas;
Mecanismo de segurança, sob a responsabilidade do SERPRO, destinado a manter a
integridade dos dados do Sistema; e
Inalterabilidade das informações de todos os documentos incluídos no SIAFI, após sua
contabilização.
CERTO.

11. (CESPE – STJ/2015 – ANAL. JUD. CONTADORIA)


O SIAFI Gerencial tem por objetivo atender às demandas de informações gerenciais das
áreas que possuem atribuições de gerência orçamentária, financeira e controle e subsidiar as
áreas estratégicas de informações para o aperfeiçoamento do processo de tomada de
decisões.
O SIAFI Gerencial é composto por pelas seguintes aplicações:
Controle de acesso - HABILITA: Tem por objetivo garantir a segurança de acesso ao
Banco de Dados e às aplicações do sistema SIAFI Gerencial. Esta aplicação é parte integrante
da Política de Segurança do SIAFI, que trata também de outros aspectos de segurança, tais
como: segurança física, de rede, etc.
Saldos: Objetiva auxiliar as decisões gerenciais em diversos níveis da administração do
Governo Federal, provendo-os de informações da administração orçamentária e financeira,
registradas no SIAFI, por meio da tabulação, agregação e na disposição e forma (inclusive
gráfica) desejada pelo usuário.
Tabelas: Permite a consulta às tabelas do SIAFI e a exportação de algumas (Contas,
Eventos, UG, Órgão, PI, Credor e PT) para planilha Excel.
Cadastros: Permite a consulta aos cadastros de obrigação, de convênio e ao PROGORCAM,
possibilitando consultar à proposta orçamentária do Governo Federal e o acompanhamento
físico-financeiro da execução orçamentária dos órgãos que o utilizam.
PAGG: disponível para atender o Programa de Acompanhamento dos Gastos do Governo
Federal.
Utilitários: Permite a simulação de uma mudança nos parâmetros de habilitação do
usuário.
CERTO.

12. (CESPE – MPU/2015 – ANAL. FINANÇAS E CONTROLE)


Em regra a iniciativa de cancelamento ou substituição da uma nota fiscal eletrônica é do
contribuinte.
Enquanto o ISS não tiver sido recolhido, o prestador poderá cancelar a NFS-e diretamente
pelo sistema, desde que:
- não ultrapasse o prazo de 6 meses a partir da data de emissão da nota;
- não haja guia de recolhimento emitida para a NFS-e;
- a NFS-e não esteja inclusa em seleção para Parcelamento Tributário.
Os dados contidos na nota (preenchimento) são de responsabilidade do contribuinte
(obrigação acessória). Realmente, o prestador do serviço tem de ser obrigatoriamente
identificado pelo CNPJ e pela inscrição municipal. ERRADO.

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13. (CESPE – MPU/2015 – ANAL. FINANÇAS E CONTROLE)


Os créditos consignados na LOA para o MPU, enquanto não aprovado a lei orçamentária, será
liberado através de duodécimos. Depois de aprovada a LOA os créditos serão totalmente
disponibilizados e os recursos financeiros serão liberados até o dia 20 de cada mês.
Observe a regra constitucional:
“Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os
créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20
de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, §
9º.
ERRADO.

14. (CESPE – TCDF/2014 – ANAL. ADM. PÚBLICA)


Perfeito! As alterações orçamentárias em relação ao autorizado na LOA competem a STN, que
realizará através do SIAFI.
CERTO.

15. (CESPE – TJ/CE/2014 – CONTADOR)


Em regra a Conformidade Diária, por razões de segurança, não poderá ser dada por operador
que registre documentos no sistema, salvo se autorizado pelo titular da respectiva Unidade
Gestora - UG.
Conforme o manual do SIAFI, somente será reconhecido como dado oficial, para efeito de
divulgação ou publicação, aquele extraído do SIAFI e devidamente autenticado pelo titular da
unidade responsável ou pelo titular da Secretaria do Tesouro Nacional.
A Conformidade Contábil deve ser realizada pelas UG Setoriais de Contabilidade, visando
validar os valores registrados no SIAFI;
Os operadores do SIAFI serão habilitados a operar transações nos níveis de acesso que lhes
permitirão cumprir suas atribuições funcionais perante o sistema.
Letra B.

16. (CESPE – DPF/2014 – CONTADOR)


Todo recebimento de dívida ativa, qualquer que seja a forma, deverá corresponder a uma
receita orçamentária e simultânea baixa contábil de crédito registrado anteriormente no
ativo. As receitas decorrentes de dívida ativa tributária ou não tributária podem ser
classificadas tanto como outras receitas correntes quanto outras receitas de capital.
O recebimento de dívida ativa corresponde a uma receita, pela ótica orçamentária, com
simultânea baixa contábil do crédito registrado anteriormente no ativo, sob a ótica
patrimonial. O crédito foi registrado anteriormente, o que já gerou a variação patrimonial
aumentativa no momento da baixa, ocorre um fato permutativo.
ERRADO.

17. (FCC – TRF/3ª/2016 – ANAL. JUD. CONTADORIA)


Os objetivos do SIAFI são:
► Prover mecanismos adequados ao controle diário da execução orçamentária,
financeira e patrimonial aos órgãos da Administração Pública;
► Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando a utilização dos
recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos de caixa do Governo
Federal.
Importante! A Conta única do Tesouro Nacional atualmente é operacionalizada pelo
Banco do Brasil, porém, o Ministro da Fazenda poderá autorizar, em caráter
excepcional, que outras instituições financeiras operacionalizem essa conta, mesmo
que sejam instituições privadas, a exemplo do Banco Bradesco S/A;
► Permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações
gerenciais destinadas a todos os níveis da Administração Pública Federal;
► Padronizar métodos e rotinas de trabalho relativas à gestão dos recursos públicos,
sem implicar rigidez ou restrição a essa atividade, uma vez que ele permanece sob
total controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora;
► Permitir o controle da dívida interna e externa, bem como o das transferências
negociadas;

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► Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;


► Permitir o acompanhamento e a avaliação do uso dos recursos públicos; e
► Proporcionar a transparência dos gastos do Governo Federal.
Itens certos: I, II e V.
Letra E.

18. (FCC – CNMP/2015 – ANAL. - CONTROLE INTERNO)


A tabela de eventos é o instrumento utilizado pelas Unidades Gestoras no preenchimento
das telas e/ou documentos de entrada no SIAFI, para transformar os atos e fatos
administrativos rotineiros em registros contábeis automáticos.
O código do evento é composto de 6 (seis) números estruturados da seguinte forma:
XX X XXX
Os dois primeiros números representam a classe de eventos - Identifica o conjunto de
eventos de uma mesma natureza. Vejamos o índice dos eventos:
10.0.000 - Eventos de Previsão da Receita
20.0.000 - Eventos de Dotação
30.0.000 - Eventos de Movimentação de Crédito
40.0.000 - Eventos de Empenho
50.0.000 - Eventos de Apropriações, Retenções, Liquidações e Outros
51.0.000 - Eventos de Apropriações de Despesas
52.0.000 - Eventos de Retenções e Obrigações
53.0.000 - Eventos de Liquidações de Obrigações
54.0.000 e 58.0.000 - Eventos Diversos
55.0.000 - Eventos de Apropriações de Direitos
56.0.000 - Eventos de Liquidações de Direitos
60.0.000 - Eventos de Restos a Pagar
61.0.000 - Eventos de Liquidação de Restos a Pagar
70.0.000 - Eventos de Desembolsos
80.0.000 - Eventos e de Receitas
O terceiro número é representado pelo tipo, que pode ser:
(0) Evento Normal ou de Gestor
(1) Evento de máquina ou de Sistema
(2) Evento complementar do normal
(3) Evento de complementar de máquina
(5) Evento de estorno evento normal
(6) Evento de estorno evento de máquina
(7) Evento de estorno complementar normal
(8) Evento de estorno complementar de máquina
Os três últimos números representam o Código Sequencial.
Letra E.

19. (FCC – CNMP/2015 – ANAL. - CONTROLE INTERNO)


O documento Nota de Apropriação Físico-Financeira - AF é emitido sempre após a
Liquidação ou estorno da Despesa que pode ser por meio de NL ou ATUCPR e serve para
apropriar, de forma detalhada, a despesa que foi liquidada, no caso da UG pertencer a um
órgão cadastrado no PROGORCAM.
Letra D.

20. (FCC – TRT/19ª/2014 – CONTABILIDADE)


A finalidade da nota de movimentação de crédito é permitir o registro da movimentação de
créditos interna e externa e suas anulações.
O lançamento por evento permite registrar apropriações de despesas e receitas, e outras
situações não vinculadas a documentos específicos.
A nota de dotação permite registrar os créditos orçamentários das unidades gestoras.
Letra A.

21. (ESAF – ANAC/2015 – ANAL. ADMINISTRATIVO)


Observe que o comando da questão pede a opção INCORRETA.
a) Perfeito! Anula-se uma movimentação de crédito interna por meio de outra Nota de
Movimentação de Crédito (NC). CERTO.

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b) A função do Pré-Empenho (PE) é registrar os créditos orçamentários pré-compromissados.


Ou seja, reservar crédito a um fim específico. CERTO.
c) O que é GRU? A sigla GRU significa Guia de Recolhimento da União, que é um dos
documentos instituídos pelo MF para pagamentos a órgãos públicos federais.
O que pode ser pago por meio da GRU? Exemplo: taxa de emissão de passaporte, custas
judiciais, aluguel de imóveis públicos, serviços administrativos e educacionais (inscrição de
vestibular ou de concursos, expedição de certificados etc.), receitas de multas da PRF entre
outras.
Quais receitas não podem ser arrecadadas por meio da GRU? Receitas do INSS, essas são
arrecadadas mediante a Guia de Previdência Social (GPS), e as receitas administradas pela
Receita Federal do Brasil (RFB), que são arrecadadas por meio do Documento de Arrecadação
de Receitas Federais (DARF). ERRADO.
d) e e) A nota de empenho utiliza-se para empenho, anulação e reforço de despesas. A NL,
para fins de transferências de bens e de recursos entre UGs. CERTAS.
Letra C.

22. (ESAF - MPOG/2013 – EPPGG adaptada)


A Controladoria Geral da União (CGU) é o órgão responsável pelo controle sobre o Poder
Executivo Federal.
O Portal da Transparência é uma iniciativa da CGU que apresenta os dados que estão sob a
sua competência. Dessa forma, os dados relativos aos Poderes Judiciário e Legislativo não
estão no Portal e devem ser acessados nas páginas dos respectivos órgãos.
Além disso, todas as informações do Portal da Transparência são obtidas dos sistemas
estruturadores e informatizados da Administração Pública Federal, como o Sistema Integrado
de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI). Assim, os órgãos e entidades que
não utilizam o SIAFI não têm seus dados publicados no Portal.
O Portal da Transparência do Governo Federal, lançada em novembro de 2004, objetiva
assegurar a boa e correta aplicação dos recursos públicos. O objetivo é aumentar a
transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe como o dinheiro
público está sendo utilizado e ajude a fiscalizar.
ERRADO.

23. (ESAF - MPOG/2013 – EPPGG adaptada)


Com objetivo de permitir às entidades públicas, aos parlamentares e à sociedade em geral
um acesso fácil às informações sobre convênios, além de fomentar o controle social dos atos
do governo, ampliando, assim, sua transparência, o Portal da Transparência - Consulta a
Convênios - permite o acesso aos convênios firmados pelo Governo Federal. Nessa consulta
há uma lista de todos os convênios firmados a partir de 1° de janeiro de 1996, com
descrição do objeto, datas e valores envolvidos.
CERTO.

24. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Observe que foi solicitada a opção ERRADA.
a) A Conta Única do Tesouro Nacional remunera os recursos financeiros enquanto lá
depositados, todavia, ela não está disponível para aplicação ou investimento do mercado
privado. Somente os recursos previamente autorizados em lei podem ser recolhidos à conta
única. CERTO.
b) A movimentação de recursos da Conta Única será efetuada por meio de GRU, DARF, GPS,
GFIP e documentos específicos do SIAFI (Ordem Bancária – OB, Nota de Sistema – NS, Nota
de Lançamento – NL), dentre outros (art. 3º da IN STN nº 4/2004). CERTO.
c) O Banco do Brasil S/A. (sociedade de economia mista) é responsável pela
operacionalização da Conta Única, todavia, ela é mantida no Banco Central do Brasil
(autarquia federal). ERRADO.
d) A Ordem Bancária é um documento do SIAFI utilizado para pagamentos, a qual pode ser
objeto de tais cancelamentos, quando necessário. CERTO.
e) A conta única será movimentada pelas entidades integrantes do SIAFI na modalidade on-
line. Caso a unidade gestora esteja na condição de off-line, deverá movimentar seus recursos
financeiros através de contas bancárias paralelas (IN STN nº 4/2004, artigos 1º e 9º).
CERTO.
Portanto, item ERRADO: letra C.

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25. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Observe que o comando da questão pede a opção FALSA.
A conformidade de registro de gestão consiste na certificação dos registros dos atos e fatos
de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existência de
documentos hábeis que comprovem as operações.
Importante! A Conformidade de Registro de Gestão é exatamente aquela que abrange a
conformidade diária e documental, conforme parágrafo único do art.7º, IN/STN nº 06/2007.
Portanto, trata-se de uma nova denominação (Conformidade de Registro de Gestão).
Diferentemente da conformidade contábil, que pode ser realizada pela setorial contábil,
aquela deve ser realizada pela própria Unidade Gestora.
Letra A.

26. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Observe que o comando da questão pede uma exceção relativa à conformidade contábil!
O que é Conformidade Contábil? A conformidade contábil é a conferência dos registros
contábeis realizados através do SIAFI efetuado pela Unidade Gestora – UG. Tem como
objetivo assegurar o fiel e tempestivo registro dos dados contábeis registrados pelas
unidades no SIAFI, relativos aos atos e fatos de sua gestão financeira, orçamentária e
patrimonial.
Só pode realizar a conformidade contábil Contador ou Técnico em Contabilidade;
Todos os registros contábeis realizados no SIAFI devem estar de acordo o MCASP e plano de
contas da União.
Verificada a existência de restrições contábeis severas não regularizadas, a setorial contábil
NÃO tem competência para propor a rejeição das contas anuais da unidade.
Letra B.

CAPÍTULO 6 – PLANO DE CONTAS

6.8. Questões de Concursos Públicos

(CESPE – TNS-SPU/MPOG – 2013)


1.
As oito classes de contas do novo plano de contas estão segregadas dentro três tipos de
Natureza da Informação:
• Contas com Informações de Natureza Patrimonial: são as contas que
registram, processam e evidenciam os fatos financeiros e não financeiros relacionados
com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público, representadas pelas
contas que integram o Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Variações Patrimoniais
Diminutivas (VPD) e Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA).
• Contas com Informações de Natureza Orçamentária: são as contas que
registram, processam e evidenciam os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à
execução orçamentária, representadas pelas contas que registram aprovação e execução
do planejamento e orçamento, inclusive Restos a Pagar.

• Contas com Informações de Natureza Típica de Controle: são as contas que


registram, processam e evidenciam os atos de gestão cujos efeitos possam produzir
modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como outras que tenham
função precípua de controle, seja para fins de elaboração de informações gerenciais
específicas, acompanhamento de rotinas, elaboração de procedimentos de consistência
contábil ou para registrar atos que não ensejaram registros nas contas patrimoniais, mas
que potencialmente possam vir a afetar o patrimônio.
CERTO.

2.
Controle dos empenhos “em liquidação”: trata-se da utilização de uma conta intermediária
chamada “Crédito Empenhado em Liquidação”, evidenciando a transição entre as fases de
empenho (1a fase de execução da despesa) e liquidação (2a fase de execução da despesa).
A utilização de uma conta intermediária entre o empenho e a liquidação objetiva e possibilita:

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• a correta mensuração do passivo financeiro;


• o exato cálculo do superávit financeiro.
O controle dos empenhos “em liquidação” é utilizado para demonstrar os empenhos que
ainda não foram liquidados, mas que já consta registrada no passivo exigível a respectiva
obrigação de pagamento, em virtude da ocorrência do fato gerador da despesa.
Portanto, se ocorrer fato gerador do passivo simultaneamente à liquidação, de fato não será
necessária a utilização da conta “crédito empenhado em liquidação”. CERTO.

(CESPE – Contador/MS – 2013)


3.
Dica! No novo plano de contas, a lógica de funcionamento fundamenta-se na “natureza da
informação”. O que mais importa são as informações geradas e não os subsistemas
utilizados. Assim, a regra impõe que os lançamentos efetuados dentro do grupo de contas da
mesma natureza de informação (Patrimonial, Orçamentária e Controle) devem totalizar o
mesmo valor para o débito e o crédito.
Em um mesmo lançamento não há como utilizar contas de subsistemas diferentes ou
natureza de informações diferentes. CERTO.

4.
Esses eram os subsistemas do plano de contas antigo. Com o novo plano de contas, o
subsistema Financeiro foi extinto e suas transações englobadas pelo Patrimonial, sendo
também criado o novo subsistema de Custos. Assim, o sistema contábil está atualmente
estruturado nos seguintes subsistemas: Orçamentário, Patrimonial, Compensação e Custos.
ERRADO.

(CESPE-Analista-Atuarial/MPU-2015)
5.
As contas estão segregadas dentro três tipos de Natureza da Informação:
• Contas com Informações de Natureza Patrimonial: são as contas que
registram, processam e evidenciam os fatos financeiros e não financeiros relacionados com
as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público, representadas pelas contas
que integram o Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido, Variações Patrimoniais Diminutivas
(VPD) e Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA).
• Contas com Informações de Natureza Orçamentária: são as contas que
registram, processam e evidenciam os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à
execução orçamentária, representadas pelas contas que registram aprovação e execução
do planejamento e orçamento, inclusive Restos a Pagar.
• Contas com Informações de Natureza Típica de Controle: são as contas que
registram, processam e evidenciam os atos de gestão cujos efeitos possam produzir
modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como outras que tenham
função precípua de controle, seja para fins de elaboração de informações gerenciais
específicas, acompanhamento de rotinas, elaboração de procedimentos de consistência
contábil ou para registrar atos que não ensejaram registros nas contas patrimoniais, mas
que potencialmente possam vir a afetar o patrimônio.
CERTO.

6.
Os planos de contas dos entes da Federação deverão ter pelo menos 7 níveis. Eventuais
níveis não detalhados deverão ser codificados com o dígito 0 (zero).
No caso do MPU (exigido na questão), que segue o plano de contas da União, poderá utilizar
a “Conta Corrente” após o 7º nível.
Eventuais níveis de contas que não estejam detalhados no plano de contas único do
governo federal, também poderão ser modificados e utilizados pelos órgãos federais.
Portanto, o MPU de fato poderá detalhar os níveis de contas para atender suas peculiaridades
de registro e geração de informações (desde que estejam com código zero). CERTO.

7. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
Diante da necessidade de simplificar o processo de registro contábil, foi criado o evento, que
nada mais é do que um código associado a cada tipo de ato ou fato que deva ser registrado
contabilmente.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

Assim, foi criada a Tabela de Eventos, uma tabela códigos que, quando digitados no SIAFI,
efetuam automaticamente todos os lançamentos a débito e crédito necessários nos
respectivos subsistemas contábeis.
A Tabela de Eventos prevê a grande maioria dos atos e fatos a serem registrados, todavia,
outros lançamentos específicos poderão ser efetuados no SIAFI sem a utilização dos códigos
de evento.
A Tabela de Eventos é o instrumento utilizado pelas unidades gestoras no preenchimento das
telas e/ou documentos de entrada no SIAFI, para transformar os atos e fatos administrativos
rotineiros em registros contábeis automáticos. Assim, sendo um ato rotineiro constará na
tabela de eventos. CERTO.

8. (CESPE – Contador/TCE-RO – 2013)


O patrimônio encontra-se atualmente segregado em Circulante e Não Circulante. Todavia, a
Lei nº 4.320/64 informa a divisão em Financeiro e Permanente.
Para atendimento dessa lei, sobretudo para fins de cálculo do superávit financeiro, o novo
plano de contas aplicável ao setor público possui, dentre outros atributos, o “indicador do
superávit financeiro”. Assim, as contas com atributo com código “P” são “Permanentes” e as
de código “F” são “Financeiras”, possibilitando, dessa forma, a classificação conforme a Lei nº
4.320/64.
Veja como ficou o novo Plano de Contas!
Exemplo: Conta Caixa:
CÓDIGO TÍTULO FUNÇÃO NS ES CNI ISF
1.1.1.1.1.01.00 Caixa Registra o somatório de numerários em D S P F
espécie e outros valores em tesouraria.
Os códigos acima no Plano de Contas informam:
ITEM CÓDIGO INFORMAÇÃO
D Devedor
NS – Natureza do Saldo
C Credor

S Sim (recebe escrituração)


ES – Escrituração
N Não (não recebe escrituração)

P Patrimonial
CNI – Código de Natureza da Informação O Orçamentário
C Controle

F Financeiro
ISF – Indicador de Superávit Financeiro
P Permanente
Perceba que, através do “código” (1.1.1.1.1.01.00), a conta será organizada em Circulante e
Não Circulante e, através do “ISF”, será classificada em Financeiro e Permanente.
Assim, na verdade, o novo modelo de balanço patrimonial traz dois balanços: o “principal” e
mais detalhado com a classificação dos elementos patrimoniais em circulante e não
circulante, e outro dividindo o patrimônio em financeiro e permanente. CERTO.

(CESPE – Contador/MTE – 2014)


9.
O controle dos empenhos “em liquidação” é utilizado para demonstrar os empenhos que
ainda não foram liquidados, mas que já consta registrada no passivo exigível a respectiva
obrigação de pagamento, em virtude da ocorrência do fato gerador da despesa. Portanto, se
ocorrer fato gerador do passivo simultaneamente à liquidação da despesa orçamentária, não
será necessária a utilização da conta “crédito empenhado em liquidação”. ERRADO.

10.
O Passivo Financeiro compreende pagamentos que independa de autorização orçamentária
(Lei nº 4.320/64, art. 105, § 3º). Portanto, caso seja reconhecido um passivo antes de haver
empenho (autorização orçamentária), ele irá figurar no passivo circulante, mas não no
passivo financeiro.

113
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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

Recorda-se que o novo modelo de balanço patrimonial traz, na verdade, dois balanços: um
principal segregado em circulante e não circulante e outro segregado em financeiro e
permanente.
Dica! Perceba, através deste exemplo citado pela questão, que muito improvável destes dois
balanços patrimoniais informarem patrimônios líquidos iguais.
ERRADO.

11. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
O subsistema financeiro foi extinto e criado o de custos. Assim, o novo sistema de informação
utiliza-se de quatro subsistemas: Orçamentário, Patrimonial, Compensação e Custos.
Os fatos outrora registrados no subsistema financeiro passaram a ser abrangidos pelo
subsistema patrimonial.
De toda forma, o registro de ativos e passivos permanentes sempre foi abrangido pelo
subsistema patrimonial, mesmo antes da extinção do subsistema financeiro. ERRADO.

12. (CEBRASPE-Analista-Adm/TRT-8ªRegião-2016)
a) Perfeito! O Indicador do Superávit Financeiro é uma nova e importante informação trazida
pelo Plano de Contas Aplicado ao Setor Público – PCASP, sendo utilizadas as letras “P”
(permanente) e “F” (financeiro), ao lado das contas de Ativo e Passivo.
O superávit financeiro é a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro.
Trata-se de uma das possíveis fontes de recursos para abertura de créditos orçamentários
adicionais.
Dado que no novo plano de contas o ativo e passivo passaram a ser divididos em grupos de
contas circulante e não-circulante, e não em financeiro e permanente (conforme a Lei nº
4.320/64), foi necessário criar o Indicador do Superávit Financeiro. Assim, as contas que
possuírem as características de ativo financeiro ou passivo financeiro serão identificadas com
“F”, e as contas que possuírem as características de ativo permanente ou passivo
permanente serão identificadas com “P”. CERTO.
b) Os lançamentos devem ser fechados dentro da mesma natureza da informação. Ou seja, o
total de débito e crédito deve ser igual dentro da mesma natureza da informação. ERRADO.
c) Com o novo plano de contas, os subsistemas contábeis também mudaram. Foi extinto o
subsistema financeiro e criado o de custo. Com isso, os fatos antes registrados no subsistema
financeiro passaram a ser abrangidos pelo subsistema patrimonial. Atualmente temos:
orçamentário, patrimonial, compensação e custos. ERRADO.
d) Todos os órgãos e entidades da administração DIRETA de fato estão obrigados a utilizar o
PCASP.
Já na administração INDIRETA NÃO estão obrigadas as empresas públicas e sociedades de
economia mista. Exceção! Salvo se estejam na condição de empresas estatais dependentes.
Portanto, NÃO estão obrigadas a utilizar o PCASP as empresas estatais independentes (não
dependentes). ERRADO.
e) Além do PCASP padrão, adicionalmente a STN disponibiliza o denominado “PCASP
Estendido”, de adoção facultativa, para os entes que precisem de uma referência ou
orientação para o desenvolvimento de suas rotinas e sistemas. ERRADO.
Opção correta: letra A.

(CESPE – TNS-SPU/MPOG – 2013)


13.
NBC T 16.11 - Sistema de Informação de Custos do Setor Público, itens 7 e 8:
O SICSP é obrigatório em todas as entidades do setor público.
Vários dispositivos legais determinam a apuração de custos no setor público como
requisito de transparência e prestação de contas, seja para controle interno, externo ou
controle social. Além dos aspectos legais, esta Norma também destaca o valor da
informação de custos para fins gerenciais. Sua relevância para o interesse público pode
ser entendida pelo seu impacto sobre a gestão pública, seja do ponto de vista legal ou de
sua utilidade.
ERRADO.

14.
NBC T 16.11, item 9:
Método de custeio se refere ao método de apropriação de custos e está associado ao

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

processo de identificação e associação do custo ao objeto que está sendo custeado. Os


principais métodos de custeio são: direto; variável; por absorção; por atividade; pleno.
A escolha do método deve estar apoiada na disponibilidade de informações e no volume
de recursos necessários para obtenção das informações ou dados. As entidades podem
adotar mais de uma metodologia de custeamento, dependendo das características dos
objetos de custeio.
CERTO.

(CESPE-Analista-Contadoria/STJ-2015)
15.
NBC T 16.11:
10. Os serviços públicos devem ser identificados, medidos e relatados em sistema
projetado para gerenciamento de custos dos serviços públicos.
11. Os serviços públicos possuem características peculiares tais como: universalidade e
obrigação de fornecimento, encaradas na maioria das vezes como direito social, em
muitas situações, têm apenas o estado como fornecedor do serviço (monopólio do
Estado). O serviço público fornecido sem contrapartida ou por custo irrisório diretamente
cobrado ao beneficiário tem (em sua grande maioria) o orçamento como principal fonte
de alocação de recursos.
CERTO.

16.
NBC T 16.11, item 9:
Objeto de custo é a unidade que se deseja mensurar e avaliar os custos. Os principais
objetos de custos são identificados a partir de informações dos subsistemas orçamentário
e patrimonial.
CERTO.

17. (CESPE – Analista-Contabilidade/ANP – 2013)


O Sistema de Custos do Governo Federal objetiva auxiliar os gestores públicos para otimizar
a aplicação dos recursos públicos. A criação de tal sistema é imposta pela legislação brasileira
e, conforme estabelece a LRF (LC.101/00, art. 50, § 3º), a Administração Pública manterá
sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial. CERTO

(CESPE – Contador/MJ – 2013)


18.
NBC T 16.11, item 9: “Objeto de custo é a unidade que se deseja mensurar e avaliar os
custos. Os principais objetos de custos são identificados a partir de informações dos
subsistemas orçamentário e patrimonial.” ERRADO.

19.
O custeio por absorção, também conhecido como “custeio integral”, consta citado na NBC T
16.11, item 9: “Custeio por absorção que consiste na apropriação de todos os custos de
produção aos produtos e serviços.”. CERTO.

(CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)

20.
Lembre-se que o subsistema financeiro. Portanto, o candidato atento saberia que esta
questão está flagrantemente errada.
Vejamos abaixo o texto da NBC T 16.11, item 11:
Os serviços públicos possuem características peculiares tais como: universalidade e
obrigação de fornecimento, encaradas na maioria das vezes como direito social, em muitas
situações, têm apenas o estado como fornecedor do serviço (monopólio do Estado). O
serviço público fornecido sem contrapartida ou por custo irrisório diretamente cobrado ao
beneficiário tem (em sua grande maioria) o orçamento como principal fonte de alocação de
recursos.
ERRADO.

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21.
Conceito informado no item 9 da NBC T 16.11:
Objeto de custo é a unidade que se deseja mensurar e avaliar os custos. Os principais
objetos de custos são identificados a partir de informações dos subsistemas orçamentário e
patrimonial.
CERTO.

(CESPE – Auditor-CiênciasContábeis/TCE-RO – 2013)


22.
“Na geração de informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de contabilidade
em especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários quando algum
registro for efetuado de forma diferente.” (NBC T 16.11, item 14). CERTO.

23.
NBC T 16.11, itens 23 e 24:
A responsabilidade pela fidedignidade das informações originadas de outros sistemas é do
gestor da entidade onde a informação é gerada.
A responsabilidade pela consistência conceitual e apresentação das informações contábeis
do subsistema de custos é do profissional contábil
CERTO.

24. (CESPE – Analista-Planej.Orçamento/MPU – 2013)


NBC T 16.11, item 9:
Sistema de custeio está associado ao modelo de mensuração e desse modo podem ser
custeados os diversos agentes de acumulação de acordo com diferentes unidades de
medida, dependendo das necessidades dos tomadores de decisões. No âmbito do sistema
de custeio, podem ser utilizadas as seguintes unidades de medida: custo histórico; custo-
corrente; custo estimado; e custo padrão.
Custo padrão (standard) é o custo ideal de produção de determinado produto/serviço.
CERTO.

25. (CESPE – ACE/TC-DF – 2014)


Custo-padrão: custo ideal pré-definido e almejado pela entidade, baseado no histórico ou
metas a serem alcançadas. Considera condições de plena eficiência e máximo rendimento.
Serve de base para se verificar e eficiência da produção e conhecer as variações de custo.
ERRADO.

(CESPE-Contador/MPOG-ENAP-2015)
26.
O SIC possibilita análise de informações da execução orçamentária na medida em que os
principais objetos de custos são identificados a partir de informações dos subsistemas
orçamentário e patrimonial (NBC T 16.11, item 9).
De forma generalista, as informações de custos, seja na administração pública ou privada,
objetivam auxiliar o gestor na tomada de decisões.
Ressalta-se que as pesquisas e ferramentas relacionadas à gestão de custos aplicada ao
setor público ainda são incipientes quando comparadas às da iniciativa privada (não apenas
no Brasil).
O “ponto de equilíbrio”, citado na questão, é o momento em que as receitas se igualam aos
custos e despesas, quando não há lucro ou prejuízo. Trata-se de um conceito
primordialmente analisado na gestão privada.
Vale lembrar que a administração pública não objetiva lucro, mas sim a prestação de serviços
à população.
Exemplo: os restaurantes universitários federais cobram valores irrisórios dos estudantes,
alguns em torno de R$ 1,50 a refeição. Obviamente que tais valores cobrados são
insuficientes para arcar com todas as despesas e custos do restaurante universitário, sendo
este déficit coberto pela própria universidade (ou seja, pela União), com o objetivo de
possibilitar uma alimentação adequada aos estudantes, os quais, em grande parcela, ainda
não possuem meio suficiente de sustento ou são oriundos de faixas mais pobres da
sociedade. Trata-se de uma política de gestão pública.

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Na administração pública o principal foco é o controle fiscal, sendo utilizado o próprio


orçamento anual (LOA) para tanto, sobretudo análise dos resultados nominal e primário.
Todavia, tal situação não afasta a utilização do ponto de equilíbrio como ferramenta de
gestão na administração pública, seja para análise do desenvolvimento de determinado
produto ou serviço, ou mesmo a ser aplicado em alguma empresa estatal dependente.
A busca de eficiência nos gastos do setor público deve ser direcionada para aumentar a
capacidade de gerenciar os recursos à disposição das entidades do setor público, ao mesmo
tempo em que a melhora o processo de tomada de decisão, contribuindo para otimizar as
ações do Estado (MCASP).
CERTO.

27.
Realmente não há demonstrativo contábil de elaboração obrigatória para apresentação das
informações de custo.
A NBC T 16.11 (itens 25 a 27) prevê a elaboração facultativa da Demonstração do Resultado
Econômico, a qual, como o próprio nome indica, evidencia o resultado econômico de ações do
setor público, através das informações de custos.
O Sistema de Informações de Custos (SIC) no Setor Público têm por objetivo (NBC T 16.11,
item 3):
(a) mensurar, registrar e evidenciar os custos dos produtos, serviços, programas,
projetos, atividades, ações, órgãos e outros objetos de custos da entidade;
(b) apoiar a avaliação de resultados e desempenhos, permitindo a comparação entre
os custos da entidade com os custos de outras entidades públicas, estimulando a melhoria
do desempenho dessas entidades;
(c) apoiar a tomada de decisão em processos, tais como comprar ou alugar, produzir
internamente ou terceirizar determinado bem ou serviço;
(d) apoiar as funções de planejamento e orçamento, fornecendo informações que
permitam projeções mais aderentes à realidade com base em custos incorridos e
projetados;
(e) apoiar programas de controle de custos e de melhoria da qualidade do gasto.
CERTO.

28.
A Demonstração do Resultado Econômico (DRE) deve ser elaborada considerando sua
interligação com o subsistema de custos e apresentar na forma dedutiva, pelo menos, a
seguinte estrutura (NBC T 16.11, item 27):
(a) receita econômica dos serviços prestados, dos bens e dos produtos fornecidos;
(b) custos e despesas identificados com a execução da ação pública; e
(c) resultado econômico apurado.
A Demonstração do Resultado Econômico, cuja elaboração é facultativa, tem como premissa
os seguintes conceitos:
• Custo de Oportunidade (CO) – valor que seria desembolsado na alternativa
desprezada de menor valor entre aquelas consideradas possíveis para a execução da ação
pública.
• Receita Econômica (RE) – valor apurado a partir de benefícios gerados à sociedade
pela ação pública, obtido por meio da multiplicação da quantidade de Serviços Prestados
(N), bens ou produtos fornecidos, pelo Custo de Oportunidade (CO), daí: RE = N x CO
• Custo de Execução (CE) – valor econômico despendido pela entidade na ação objeto
da apuração do Resultado Econômico Apurado. É dividido em custos diretos e indiretos.
O Resultado Econômico Apurado (REA) é, pois, o incremento líquido de benefícios gerados à
sociedade a partir da ação eficiente e eficaz do gestor público, calculado a partir da diferença
entre a Receita Econômica (RE) e o Custo de Execução (CE) da ação, conforme fórmula a
seguir:
REA = RE – CE, ou
REA = (N*CO) – CE
O custo de oportunidade, também conhecido como custo alternativo, é o conceito de custo
para a Economia, o qual representa o menor valor possível a ser despendido (para aquisição
ou construção de um bem, execução ou contratação de um serviço etc.).
Para as Ciências Contábeis o custo representa o valor efetivamente despendido, ou seja, o
que de fato foi gasto e mensurado.

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O custo de oportunidade nada mais é do que o valor do recurso no seu melhor uso
alternativo. Portanto, a lógica da Economia sobre o custo está intimamente ligada à análise
das opções/alternativas possíveis para a satisfação de uma demanda.
No caso citado na questão, a ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) irá analisar o
resultado econômico, considerando o custo de oportunidade de R$ 34,50 por aluno (curso
oferecido pela instituição privada com carga horária e características similares). CERTO.

(CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)


29.
O superávit financeiro é calculado pelo confronto entre o ativo financeiro e passivo financeiro.
ERRADO.

(CEBRASPE-ACE-Adm-Contabilidade/TCE-PA-2016)
30.
NBC T 16.6, item 8:
Nas demonstrações contábeis, as contas semelhantes podem ser agrupadas; os pequenos
saldos podem ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 10%
(dez por cento) do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedadas a compensação de
saldos e a utilização de designações genéricas.
CERTO.

31.
Devem utilizar o PCASP todos que estejam obrigados a aplicar as normas de contabilidade
pública.
Eis o esquema da estrutura organizacional administrativa do estado e qual ramo da Ciência
Contábil que é utilizado:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
União;
Estados;
DIRETA
DF; CONTABILIDADE
Municípios. PÚBLICA
Autarquias;
Fundações Públicas.
INDIRETA
Empresas Públicas; * CONTABILIDADE
Sociedades de Economia Mista. * PRIVADA
* Há exceção.
Todos os órgãos e entidades da administração direta de fato estão obrigados a utilizar o
PCASP.
Todavia, da administração indireta NÃO estão obrigadas as empresas públicas e sociedades
de economia mista. Exceção! Salvo se estejam na condição de empresas estatais
dependentes.
Empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente controlador recursos
financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.
Portanto, nem todos da administração indireta estão obrigados a utilizar o PCASP. ERRADO.

32.
A conta “Ações / Cotas em Tesouraria” compreende o valor das ações ou cotas da entidade
que foram adquiridas pela própria entidade. Trata-se de uma conta redutora do Patrimônio
Líquido. Letra C.

33.
As contas são estruturadas no plano de contas em 7 níveis de desdobramento e 9 dígitos.
Código da conta com 7 níveis e 9 dígitos:
X.X.X.X.X.XX.XX

1o nível: CLASSE 1o dígito – apenas um dígito nesse nível


2o nível: GRUPO 2o dígito – apenas um dígito nesse nível
3o nível: SUBGRUPO 3o dígito – apenas um dígito nesse nível

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

4o nível: TÍTULO 4o dígito – apenas um dígito nesse nível


5o nível: SUBTÍTULO 5o dígito – apenas um dígito nesse nível
6o nível: ITEM 6o e 7o dígitos – dois dígitos nesse nível
7o nível: SUBITEM 8o e 9o dígitos – dois dígitos nesse nível
Conta Corrente Código variável
Letra E.

34.
A nova classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação do Ativo e Passivo
em “circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e
exigibilidade, conforme disposto na Lei nº 6.404/76 e ratificado pela NBC T 16, viabilizando
a utilização da classificação patrimonial pelas entidades estatais.
Todavia, a Lei nº 4.320/64 informa a divisão em Financeiro e Permanente, em virtude da
dependência de autorização orçamentária para realização do ativo ou pagamento do
passivo.
Para atendimento dessa lei, sobretudo para fins de cálculo do superávit financeiro, o novo
plano de contas aplicável ao setor público possui, dentre outros atributos, o “indicador do
superávit financeiro”. Assim, as contas com atributo com código “P” são “Permanentes” e as
de código “F” são “Financeiras”, possibilitando, dessa forma, a classificação conforme a Lei nº
4.320/64.
Veja como ficou o novo Plano de Contas!
Exemplo: Conta Caixa:
CÓDIGO TÍTULO FUNÇÃO NS ES CNI ISF
1.1.1.1.1.01.00 Caixa Registra o somatório de numerários em D S P F
espécie e outros valores em tesouraria.
Os códigos acima no Plano de Contas informam:
ITEM CÓDIGO INFORMAÇÃO
D Devedor
NS – Natureza do Saldo
C Credor

S Sim (recebe escrituração)


ES – Escrituração
N Não (não recebe escrituração)

P Patrimonial
CNI – Código de Natureza da Informação O Orçamentário
C Controle

F Financeiro
ISF – Indicador de Superávit Financeiro
P Permanente
A Lei nº 4.320/64 classifica o Passivo Financeiro e Permanente em virtude da dependência
orçamentária para pagamento:
Passivo Financeiro: compreende dívidas cujo pagamento independa de autorização
orçamentária.
Passivo Permanente: compreende dívidas que dependam de autorização legislativa
para amortização ou resgate.
Portanto, a dívida constará no Passivo Financeiro quando não depender mais de autorização
orçamentária para pagamento, ou seja, após o empenho da despesa.
Com o empenho a despesa passa a ser orçamentariamente autorizada, podendo ser
executada, pois o recurso orçamentário foi utilizado/reservado para determinado credor.
Letra D.

35.
As contas são estruturadas no plano de contas em 7 níveis de desdobramento e 9 dígitos.
Código da conta com 7 níveis e 9 dígitos:
X.X.X.X.X.XX.XX

1o nível: CLASSE 1o dígito – apenas um dígito nesse nível


2o nível: GRUPO 2o dígito – apenas um dígito nesse nível

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3o nível: SUBGRUPO 3o dígito – apenas um dígito nesse nível


4o nível: TÍTULO 4o dígito – apenas um dígito nesse nível
5 nível: SUBTÍTULO
o
5o dígito – apenas um dígito nesse nível
6 nível: ITEM
o
6o e 7o dígitos – dois dígitos nesse nível
7 nível: SUBITEM
o
8o e 9o dígitos – dois dígitos nesse nível
Conta Corrente Código variável
O primeiro nível (classe) representa a classificação máxima de agregação das contas.
Conta corrente, utilizada pela União, não é considerada um nível a mais de desdobramento,
mas sim um código variável que permite o tratamento de informações conforme a
individualização exigida pela conta objeto de detalhamento, conforme tabela própria de
códigos estruturada e cadastrada, objetivando permitir maior flexibilidade no gerenciamento
dos dados necessários. Letra B.

36.
No novo plano de contas, a lógica de funcionamento fundamenta-se na Natureza de
Informação das Contas (Patrimonial, Orçamentária e Controle) e não mais nos
subsistemas contábeis utilizados (Orçamentário, Patrimonial, Compensação e Custos).
Portanto, os lançamentos devem estar “fechados” (total de débitos e créditos) dentro da
Natureza da Informação.
Com o novo plano de contas, a inscrição de créditos em dívida ativa demanda uso de contas
das Naturezas de Informação Patrimonial e Controle.
Esta questão ainda exigiu conceitos antigos. De toda forma, por eliminação, observe que
resta como correta apenas a opção A, pois a inscrição de créditos em dívida ativa não afeta o
orçamento, ou seja, não afetaria o subsistema orçamentário previsto em todas as demais
respostas. Letra A.

37.
RP Processado = Despesa Liquidada – Despesa Paga
RP Processado = 18.800 – 17.400
RP Processado = 1.400
A inscrição de empenho em restos a pagar demanda registro em contas de natureza de
informação orçamentária. Letra A.

38.
a) A implantação do sistema de custos não se apresenta inviabilizado pela Lei nº 4.320/64. E
ainda, informações orçamentárias são utilizadas para suprir o sistema de custos, conforme
previsto na NBC T 16.11 (grifei):
9. Os seguintes termos têm os significados abaixo especificados:
Objeto de custo é a unidade que se deseja mensurar e avaliar os custos. Os principais
objetos de custos são identificados a partir de informações dos subsistemas
orçamentário e patrimonial.
ERRADO.
b) De fato o texto da Lei nº 4.320/64 prevê a determinação dos custos apenas para os
“serviços industriais”, diferentemente do Decreto-Lei nº 200/67, o qual prevê a apuração de
“custos dos serviços”, sem especificar ou restringir qual tipo de serviço.
Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o
acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a
determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a
análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
Decreto-Lei nº 200/67:
Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os
resultados da gestão.
CERTO.
c) O custeio pleno consta previsto como viável na NBC T 16.11, item 8:
Método de custeio se refere ao método de apropriação de custos e está associado ao
processo de identificação e associação do custo ao objeto que está sendo custeado. Os
principais métodos de custeio são: direto; variável; por absorção; por atividade; pleno.
Custeio pleno que consiste na apropriação dos custos de produção e das despesas aos

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produtos e serviços.
A escolha do método deve estar apoiada na disponibilidade de informações e no volume de
recursos necessários para obtenção das informações ou dados. As entidades podem adotar
mais de uma metodologia de custeamento, dependendo das características dos objetos de
custeio.
ERRADO.
d) NBC T 16.11 (grifei):
7. O SICSP é obrigatório em todas as entidades do setor público.
8. Vários dispositivos legais determinam a apuração de custos no setor público como
requisito de transparência e prestação de contas, seja para controle interno, externo ou
controle social. Além dos aspectos legais, esta Norma também destaca o valor da
informação de custos para fins gerenciais. Sua relevância para o interesse público pode ser
entendida pelo seu impacto sobre a gestão pública, seja do ponto de vista legal ou de sua
utilidade.
ERRADO.
e) A banca examinadora tentou confundir o candidato com as disposições contidas na LRF
sobre a LDO. LC.101/00 (LRF):
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da
Constituição e:
I - disporá também sobre:
(...)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas
financiados com recursos dos orçamentos;
Todavia, perceba que a LRF além de NÃO determinar a adoção SOMENTE para a avaliação
dos programas finalísticos, prevê ainda a necessidade de um sistema de custos.
LC. 101/00 (LRF):
Art. 501, § 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação
e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
ERRADO.
Opção correta: letra B.

39.
Classificação das Contas quanto à variação na natureza do saldo:
 Conta Estável: aquela que só possui um tipo de saldo;
 Conta Instável: aquela que possui saldo devedor ou credor.
Letra A.

40.
O PCASP é obrigatório para todas as entidades abrangidas no campo de aplicação da
Contabilidade Pública.
MCASP, 6ª ed.:
5. ALCANCE
As normas estabelecidas no MCASP são obrigatórias para todos os órgãos e entidades da
administração direta e da administração indireta dos entes da Federação, incluindo seus
fundos, autarquias, fundações, e empresas estatais dependentes e facultativas para as
empresas estatais independentes.
Letra E.

41.
O novo sistema de informação do plano de contas utiliza-se de quatro subsistemas:
Orçamentário, Patrimonial, Compensação e Custos.
Portanto, “Contas a pagar e a receber” NÃO é um subsistema do plano de contas.
Letra C.

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CAPÍTULO 7 – ESCRITURAÇÃO

7.4. Questões de Concursos Públicos

1. (CESPE-AuditorFCE/TCU-2015)
Como sabido, para a contratação de seguro devemos efetuar o pagamento antecipado à
seguradora, permanecendo tal exigência também para os entes públicos.
Inclusive, a contratação de seguros é um típico exemplo de exceção de pagamento
antecipado de despesa pela Administração Pública.
Pois bem, com a contratação do seguro será registrado no Ativo (em conta devedora) o
pagamento antecipado em “prêmios de seguros a apropriar”, valor este que será baixado
com o transcorrer do tempo, em observância do regime de competência.
Para tanto, a conta “prêmios de seguros a apropriar” (devedora) será creditada, baixando
assim o valor do Ativo, sendo a contrapartida o débito em despesa (plano de contas de
entidades privadas) ou variação patrimonial diminutiva (para entidades públicas). CERTO.

2. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


O registro da Conformidade Contábil compete a profissional em contabilidade devidamente
registrado no Conselho Regional de Contabilidade - CRC, em dia com suas obrigações
profissionais, devidamente credenciado no Siafi para este fim. ERRADO.

3. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
Mais uma questão deste concurso que poderia ter sido objeto de anulação.
Afinal, “reconhecida” qual receita? Patrimonial (aumento do patrimônio líquido) ou
orçamentária (arrecadação)?
Apuração de qual resultado? Patrimonial (demonstração das variações patrimoniais) ou
orçamentário (balanço orçamentário)?
Pois bem, antecipo que o gabarito oficial foi “certo”, pois a banca examinadora considerou
“reconhecida” a receita orçamentária, ou seja, a apuração do resultado orçamentário.
Com a arrecadação tem-se o seguinte lançamento na Natureza da Informação Orçamentária
(classes 5 e 6):
D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a realizar
C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita realizada
Assim, o gabarito oficial foi certo.
Todavia, a banca examinadora não deixou claro se tratava de receita orçamentária ou
patrimonial.
Poderia ser o reconhecimento da receita patrimonial de prestação de serviços, ou seja, com a
prestação de serviços registra-se o valor a receber no ativo e a respectiva variação
patrimonial aumentativa (VPA), não havendo nenhuma arrecadação, como também nenhum
registro em contas orçamentárias.
Essa VPA irá impactar na apuração do resultado patrimonial do exercício.
Conclusão: questão deveria ter sido ANULADA.
Gabarito oficial: CERTO.

4. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


Com a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), tem-se a receita prevista e a despesa
fixada, as quais serão registradas em contas de Natureza de Informação Orçamentária:
Previsão da Receita
D- Previsão inicial da receita (conta classe 5)
C- Receita a realizar (conta classe 6)
Fixação da Despesa
D- Dotação Inicial (conta classe 5)
C- Crédito Disponível (conta classe 6)
A dotação inicial é devedora. ERRADO.

5. (CESPE – ACE/TC-DF – 2014)


Deve ser registrada pelo valor total arrecadado, por ser uma receita orçamentária que o ente
está renunciando parcialmente. Assim, tal renúncia poderá ser adequadamente evidenciada.
E ainda, serão necessários três lançamentos, com cada um dos tipos de contas de natureza
de informação: patrimonial, orçamentário e controle.

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Por fim, perceba também que a questão informa um lançamento utilizando contas de
natureza de informação distintas: bancos (patrimonial) e receita corrente (orçamentária).
ERRADO.

6. (CESPE – ACE/TC-DF – 2014)


Isso mesmo! Envolve apenas contas patrimoniais.
É registrado o valor a receber no ativo (lançamento a débito) e a consequente variação
patrimonial aumentativa (lançamento a crédito).
Subsistema Patrimonial – Natureza de Informação Patrimonial:
D- Tributo a receber (conta classe 1)
C- Variação patrimonial aumentativa – tributos, taxas e contribuições de melhoria
(conta classe4)
CERTO.

(CESPE-Analista-Atuarial/MPU-2015)
7.
Perfeito! Os órgãos e entidades dos entes da Federação não podem alterar a classificação
orçamentária dos recursos orçamentários recebidos na descentralização. CERTO.

8.
Os recursos arrecadados em exercícios anteriores já foram orçamentários em exercícios
anteriores, portanto, não podem compor o orçamento de outro ano. Não podem ser receitas
orçamentárias duas vezes.
Observa-se que o eventual superávit financeiro (diferença positiva entre o ativo financeiro e o
passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as
operações de credito a eles vinculadas), apurado no balanço patrimonial do exercício
anterior, poderá ser utilizado como fonte de recursos para créditos orçamentários adicionais.
ERRADO.

9. (CESPE – Analista-Téc.Adm/SUFRAMA – 2014)


Na fase do empenho ocorrem lançamentos em duas naturezas de informação:
Natureza de Informação Orçamentária (contas da classe 6):
D Crédito disponível
C Crédito empenhado a liquidar
Natureza de Informação Controle (contas da classe 8):
D Disponibilidade por Destinação de Recursos
C Disponibilidade por Destinação de Recursos comprometida por empenho
Recorda-se que o subsistema de contas financeiro foi extinto, sendo seus registro atualmente
englobados pelo subsistema patrimonial. ERRADO.

10. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


O lançamento a débito na conta Crédito Disponível ocorre com o empenho. A liquidação da
despesa orçamentária demanda lançamentos nas seguintes contas, compreendidas em três
naturezas de informação:
Natureza da Informação: Patrimonial (classes 1, 2, 3 e 4):
D – 1.1.5.6.xx.xx Almoxarifado (Ativo Circulante)
C – 2.1.3.1.x.xx.xx Fornecedores e contas a pagar nacionais a curto prazo (F)
Natureza da Informação: Orçamentária (classes 5 e 6):
D – 6.2.2.1.3.01.xx Crédito empenhado a liquidar
C – 6.2.2.1.3.03.xx Crédito empenhado liquidado a pagar
Natureza da Informação: Controle (classes 7 e 8):
D – 8.1.2.3.x.xx.xx Execução de obrigações contratuais
C – 8.1.2.3.1.02.02 Execução de obrigações contratuais – executados
D – 8.2.1.1.2.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por
empenho
C – 8.2.1.1.3.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos comprometida por
liquidação e entradas compensatórias
ERRADO.

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11. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 105 (...)
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente
de autorização orçamentária e os valores numerários.
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou
alienação dependa de autorização legislativa.
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras cujo pagamento
independa de autorização orçamentária.
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de
autorização legislativa para amortização ou resgate.
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e
situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou
indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.
CERTO.

12. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Lançamento referente previsão da receita:
Natureza da Informação: Orçamentária (classes 5 e 6)
D 5.2.1.1.x.xx.xx Previsão inicial da receita
C 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a realizar
Quanto à estrutura do plano de contas, as contas possuem 7 níveis de desdobramento e 9
dígitos.
Código da conta com 7 níveis e 9 dígitos:
X . X . X . X . X . XX . XX

1º nível: CLASSE 1º dígito - apenas um dígito nesse nível


2º nível: GRUPO 2º dígito - apenas um dígito nesse nível
3º nível: SUBGRUPO 3º dígito - apenas um dígito nesse nível
4º nível: TÍTULO 4º dígito - apenas um dígito nesse nível
5º nível: SUBTÍTULO 5º dígito - apenas um dígito nesse nível
6º nível: ITEM 6º e 7º dígitos – dois dígitos nesse nível
7º nível: SUBITEM 8º e 9º dígitos – dois dígitos nesse nível
Conta Corrente Código variável
Conclusão: para registro da previsão inicial da receita ocorre lançamento a débito na conta
“5.2.1.1.x.xx.xx”, sendo os quatro primeiros níveis: classe, grupo, subgrupo e título. CERTO.

13. (FCC-Analista-Contabilidade/CNMP-2015)
Com a emissão do empenho, a conta “Crédito Disponível” é debitada.
Natureza de Informação Orçamentária:
D- Crédito Disponível
C- Crédito Empenhado a Liquidar
Letra C.

14. (FCC/Analista-Contadoria/TRF.3a Região/2014)


O valor da amortização é lançado em uma conta credora no ativo, redutora do bem, sendo a
contrapartida o reconhecimento da variação patrimonial diminutiva:
D- Amortização (classe 3 – Variação Patrimonial Diminutiva)
C- Amortização Acumulada (classe 1 – conta redutora do Ativo)
Letra D.

15. (FCC/Analista-Orçamento/AL-PE/2014)
Natureza da Informação: Orçamentária (classes 5 e 6):
D – 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a realizar
C – 6.2.1.2.x.xx.xx Receita realizada
Caso tenha dúvida durante a prova, tente observar as alternativas e eliminar aquelas
flagrantemente erradas. Veja, por exemplo, que as opções A, B e C informam contas
patrimoniais (caixa, bens, variação patrimonial etc.). Restariam apenas duas para você
“escolher”. Letra D.

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16. (FCC/Analista-Orçamento/AL-PE/2014)
A liquidação da despesa orçamentária demanda lançamentos em contas das três naturezas
de informação.
Natureza da Informação: Patrimonial (classes 1, 2, 3 e 4):
D – 1.1.5.x.x.xx.xx Estoque para distribuição
C – 2.1.3.1.x.xx.xx Fornecedores e contas a pagar nacionais a curto prazo (F)
Natureza da Informação: Orçamentária (classes 5 e 6):
D – 6.2.2.1.3.01.xx Crédito empenhado a liquidar
C – 6.2.2.1.3.03.xx Crédito empenhado liquidado a pagar
Natureza da Informação: Controle (classes 7 e 8):
D – 8.1.2.3.x.xx.xx Execução de obrigações contratuais
C – 8.1.2.3.1.02.02 Execução de obrigações contratuais – executados
D – 8.2.1.1.2.xx.xxDisponibilidade por destinação de recursos comprometida por
empenho
C – 8.2.1.1.3.xx.xxDisponibilidade por destinação de recursos comprometida por
liquidação e entradas compensatórias
Letra E.

17. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


LC.101/00 (grifei):
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das
contas públicas observará as seguintes:
I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos
vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de
forma individualizada;
II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de
competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros
pelo regime de caixa;
III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as
transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta,
autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;
IV - as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos
financeiros e orçamentários específicos;
V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de
financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de
modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo
menos, a natureza e o tipo de credor;
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos
recursos provenientes da alienação de ativos.
§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações
intragovernamentais.
§ 2o A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão
central de contabilidade da União, enquanto não implantado o conselho de que trata o art.
67.
§ 3o A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o
acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.
I. LC. 101/00, art. 50, inciso V. CERTO.
II. LC. 101/00, art. 50, inciso III. ERRADO.
III. LC. 101/00, art. 50, inciso II. CERTO.
IV. Não há previsão de “ativos de pequeno valor” no art. 50, inciso VI. ERRADO.
V. Esta opção afirma que “poderão”. Todavia, o inciso IV do art. 50 determina que “serão
apresentadas”, ou seja, deverão ser apresentadas dessa forma. ERRADO.
Afirmativas corretas: I e III. Letra B.

18. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
a) Compensação e, caso já disponibilizado recursos, também o orçamentário. ERRADO.
b) Orçamentário. ERRADO.
c) Patrimonial, orçamentário e de compensação. CERTO.
d) Patrimonial. ERRADO.

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e) Patrimonial e orçamentário. ERRADO.


Letra C.

19. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


a) Em 01/02/12, com a emissão do empenho, a conta “Crédito Disponível” foi debitada.
Natureza de Informação Orçamentária:
D- Crédito Disponível 720,00
C- Crédito Empenhado a Liquidar 720,00
ERRADO.
b) Com a contratação e pagamento antecipado pelo periódico registra-se na conta
“Assinaturas e Anuidades a Apropriar”, no ativo, o valor a ser apropriado/baixado
mensalmente por competência na medida da entrega das revistas. O grupo de contas “Uso de
Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo” está inserido na classe de contas “3 – Variação
Patrimonial Diminutiva”. Portanto, este grupo de contas será debitado mensalmente no valor
de R$ 60,00 (R$ 720 /12), a partir de 01/03/12, devido a apropriação mensal. ERRADO.
c) A conta “Disponibilidade por Destinação de Recursos” somente recebe lançamento, a
débito, quando do empenho em 01/02/12. Com a liquidação e pagamento são utilizadas
outras contas.
Natureza de Informação Controle:
D- Disponibilidade por Destinação de Recursos 720,00
C- Disponibilidade por Destinação de Recursos comprometida por empenho 720,00
ERRADO.
d) Vide resolução da opção B. CERTO.
e) Vide resolução da opção B. ERRADO.
Opção correta: letra D.

20. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
Apenas em contas de natureza de informação patrimonial e de controle, pois se registra o
ingresso financeiro no ativo e a respectiva obrigação de restituição do valor no passivo
(informação patrimonial), como também é efetuado o controle dessa disponibilidade
financeira (informação de controle).
Natureza de Informação Patrimonial:
D - 1.1.3.5.1.xx.xx - Depósitos restituíveis e valores vinculados (F)
C - 2.1.8.8.1.xx.xx - Valores restituíveis (F)
Natureza de Informação Controle:
D - 7.2.1.1.x.xx.xx - Controle da disponibilidade de recursos
C - 8.2.1.1.1.xx.xx- Disponibilidade por Destinação de Recursos
D - 8.2.1.1.1.xx.xx- Disponibilidade por Destinação de Recursos
C - 8.2.1.1.3.xx.xx - Disponibilidade por Destinação de Recursos comprometida por
liquidação e entradas compensatórias
Letra B.

(FCC-ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)
21.
Natureza da Informação: Orçamentária (classes 5 e 6):
D – 5.2.1.2.1.xx.xx Previsão adicional de receita
C – 6.2.1.1.x.xx.xx Crédito Disponível
Letra E.

22.
Natureza da Informação: Orçamentária (classes 5 e 6):
D – 5.2.2.1.1.xx.xx Dotação Inicial
C – 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito Disponível
Letra A.

23. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
O comando da questão citou a liquidação da uma despesa, fase esta que demanda
lançamentos em contas das três naturezas de informação.
Natureza da Informação: Patrimonial (classes 1, 2, 3 e 4):

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D – 1.2.3. .x.x.xx.xx Imobilizado – Veículos


C – 2.1.3.1.x.xx.xx Fornecedores e contas a pagar nacionais a curto prazo (F)
Natureza da Informação: Orçamentária (classes 5 e 6):
D – 6.2.2.1.3.01.xx Crédito empenhado a liquidar
C – 6.2.2.1.3.03.xx Crédito empenhado liquidado a pagar
Natureza da Informação: Controle (classes 7 e 8):
D – 8.1.2.3.x.xx.xx Execução de obrigações contratuais
C – 8.1.2.3.1.02.02 Execução de obrigações contratuais – executados
D – 8.2.1.1.2.xx.xxDisponibilidade por destinação de recursos comprometida por
empenho
C – 8.2.1.1.3.xx.xxDisponibilidade por destinação de recursos comprometida por
liquidação e entradas compensatórias
Observe que foi solicitado o lançamento ocorrido em conta de natureza da informação típica
de controle, portanto, Letra B.

24. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
São contas da natureza de informação orçamentária, portanto, letra “d”.
O lançamento descrito pela questão ocorrerá no momento da liquidação, quando tenha sido
utilizada a conta intermediária “em liquidação”.
D Crédito Empenhado em Liquidação
C Crédito Empenhado Liquidado a Pagar
A conta “Crédito Empenhado em Liquidação” vai separar da conta “Crédito Empenhado a
Liquidar” os empenhos que ainda não foram liquidados, mas que já constam registrados no
passivo.
EMPENHO “EM LIQUIDAÇÃO”
Conta contábil: Crédito Empenhado em Liquidação

Conta intermediária entre as fases do empenho (Crédito Empenhado a Liquidar) e


liquidação (Crédito Empenhado Liquidado a Pagar).
Somente é necessária a utilização da conta “Crédito Empenhado em Liquidação”
quando o registro da obrigação de pagamento no passivo exigível ocorrer antes da
liquidação do empenho.
Assim, o valor constante na conta “Crédito Empenhado a Liquidar” será transferido para a
conta “Crédito Empenhado em Liquidação”, caso a respectiva obrigação de pagamento já
esteja registrada no passivo exigível.
A utilização dessa conta intermediária entre o empenho e a liquidação objetiva e possibilita:
• a correta mensuração do passivo financeiro;
• o exato cálculo do superávit financeiro.
Letra D.

25. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Objetivos do SIAFI (fonte: manual Siafi):
1 - Prover de mecanismos adequados ao registro e controle diário da gestão orçamentária,
financeira e patrimonial, os Órgãos Central, Setorial, Seccional e Regional do Sistema de
Controle Interno e órgãos executores;
2 - Fornecer meios para agilizar a programação financeira, com vistas a otimizar a
utilização dos recursos do Tesouro Nacional;
3 - Permitir que a contabilidade pública seja fonte segura e tempestiva de informações
gerenciais destinada a todos os níveis da administração pública federal;
4 - Integrar e compatibilizar as informações disponíveis nos diversos Órgãos e Entidades
participantes do sistema;
5 - Permitir aos segmentos da sociedade obterem a necessária transparência dos gastos
públicos;
6 - Permitir a programação e o acompanhamento físico-financeiro do orçamento, em nível
analítico;
7 - Permitir o registro contábil dos balancetes dos Estados, Municípios e de suas
supervisionadas; e
8 - Permitir o controle da dívida interna e externa, do Governo Federal, bem assim a das
transferências negociadas.

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As afirmativas III e IV não abrangem objetivos do SIAFI.


Portanto, estão corretas: I, II e V. Letra E.

26. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


a) Na verdade, “empenho em liquidação” NÃO é uma etapa da despesa orçamentária.
Existem apenas três etapas de execução da despesa: empenho, liquidação e pagamento.
Empenho em liquidação é um registro contábil intermediário, para fins de controle, entre as
fases do empenho e da liquidação, sendo utilizada, para tanto, uma conta intermediária
chamada Crédito Empenhado em Liquidação, evidenciando a transição entre as fases de
empenho (1a fase de execução da despesa) e liquidação (2a fase de execução da despesa).
O controle dos empenhos “em liquidação” é utilizado para demonstrar os empenhos que
ainda não foram liquidados, mas que já consta registrada no passivo exigível a respectiva
obrigação de pagamento.
Portanto, exatamente o contrário do que afirma esta opção. ERRADO.
b) A liquidação da despesa orçamentária normalmente coincide com o fato gerador, todavia,
não é regra. A contabilidade deve efetuar o registro tempestivo das situações que interferem
no patrimônio (Princípio da Oportunidade), independente da execução do orçamento público.
Portanto, considerando o “lapso de tempo significativo”, o reconhecimento dos bens ou
serviços e consequente registro da obrigação no passivo, ocorrerá antes da liquidação (fase
orçamentária). ERRADO.
c) O Passivo Financeiro, conceituado pela Lei nº 4.320/64, compreenderá as dívidas fundadas
e outros pagamentos que independam de autorização orçamentária. Portanto, ele é sim
afetado pelos atos de natureza orçamentária, afinal, abrange exatamente obrigações
orçamentárias, mas não necessariamente obrigações patrimoniais. Como exemplo tem-se os
restos a pagar, que estarão contidos no passivo financeiro mesmo quando não tenha ocorrido
o fato gerador da despesa patrimonial. ERRADO.
d) De fato o pagamento (saída de recurso financeiro) é a última etapa da execução da
despesa orçamentária e, quase sempre, faz extinguir uma obrigação passiva, motivo pelo
qual esta opção foi considerada correta pela banca examinadora. Todavia, ressalta-se que
nem sempre o pagamento ocasionará a baixa de um passivo. Os pagamentos antecipados
fazem surgir um direito no ativo contra terceiros, por exemplo, com o suprimento de fundos,
contratação de seguros ou assinatura de periódicos. Portanto, esta opção também está
ERRADA. Gabarito oficial: CERTO.
e) Com a emissão do empenho não ocorre o reconhecimento de um passivo exigível.
ERRADO.
Conclusão: esta questão poderia ter sido objeto de ANULAÇÃO, por não haver resposta
correta.
Gabarito oficial: letra D.

CAPÍTULO 8 – DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

8.15. Questões de Concursos Públicos

1. (CESPE-Auditor/CGE-PI-2015)
O detalhamento das receitas e despesas intraorçamentárias, quando relevante, deverá
constar em notas explicativas. ERRADO.

2. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Perfeito! A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no
patrimônio, sejam eles resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o
resultado patrimonial do exercício (Lei no 4.320/1964, art. 104). CERTO.

3. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
As variações qualitativas são oriundas de fatos administrativos que alteram a composição dos
elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. São provenientes de fatos
permutativos.
Podem envolver apenas contas do ativo (exemplo: aquisição de um bem à vista), apenas
contas do passivo (exemplo: substituição de uma dívida do mesmo valor ou dilação de seu

128
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prazo de pagamento), ou ainda, contas do ativo e passivo (exemplo: aquisição de um bem à


prazo). CERTO.

4. (CESPE – Contador/MS – 2013)


Passivo = Capital de Terceiros ou Recursos de Terceiros
Patrimônio Líquido = Capital Próprio ou Recursos Próprios
Passivo + PL = (Capital de Terceiros + Capital Próprio) = Capital Total à Disposição da
Entidade
Ativo = Capital Aplicado ou Recursos Aplicados
De fato o PL é a diferença entre os recursos aplicados, ou seja, investimentos (ATIVO), e
capitais de terceiros (PASSIVO). CERTO.

5. (CESPE – Perito-Contábeis/PO-AL – 2013)


Devem ser registradas no Ativo Circulante e as despesas reconhecidas (baixadas do Ativo)
por competência, em virtude do fato gerador. Exemplo: contratação de seguro. ERRADO.

(CESPE – Analista-Perícia-Contador/MPU – 2013)


6.
Perfeito! O superávit é apresentado na coluna da despesa e, havendo déficit, será na coluna
da receita, de forma que, na confrontação e valores, totalizem a mesma importância. CERTO.

7.
Atenção! O resultado patrimonial é APURADO na DVP.
Balanço Orçamentário apura o resultado orçamentário;
Balanço Financeiro apura o resultado financeiro;
Balanço Patrimonial apura o superávit financeiro;
Demonstração das Variações Patrimoniais apura o resultado patrimonial de um período.
Apesar de apurado na DVP, observa-se que o resultado patrimonial do período também pode
ser visualizado no BP, pois o resultado patrimonial será a variação do patrimônio líquido no
exercício financeiro. ERRADO.

(CESPE-AuditorFCE/TCU-2015)
8.
Lembre-se que o orçamento é dinâmico e sofre alterações ao longo do ano, por exemplo,
através de créditos adicionais.
Apesar de não constarem na proposta da lei orçamentária, as despesas oriundas de créditos
adicionais são orçamentárias, seja no exercício financeiro em que o crédito foi aberto ou
mesmo no caso de reabertura no exercício seguinte. ERRADO.

9.
Cópia do caput do art. 103 da Lei nº 4.320/64:
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como
os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os
saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o
exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita
extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
CERTO.

10. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


NBC T 16.6 (grifei):
31. A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou
indireto e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos
seguintes fluxos:
(a) das operações;
(b) dos investimentos; e
(c) dos financiamentos.
32. O fluxo de caixa das operações compreende os ingressos, inclusive decorrentes
de receitas originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação pública
e os demais fluxos que não se qualificam como de investimento ou financiamento.

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No MCASP – Parte V, a STN informa o modelo da Demonstração dos Fluxos de Caixa


segregando, no fluxo de caixa das operações, os ingressos financeiros em três principais
grupos: receitas originárias, derivadas e transferências.
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DAS OPERAÇÕES R$
(+) INGRESSOS
Receitas Derivadas
Receitas Originárias
Transferências
(-) DESEMBOLSOS
Pessoal e Outras Despesas Correntes por Função
Juros e Encargos da Dívida
Transferências
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades das Operações
CERTO.

11. (CESPE – Auditor-Fiscal/MTE – 2013)


NBC TG 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa, item 17 (grifei):
A divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento é
importante por ser útil na predição de exigências de fluxos futuros de caixa por parte de
fornecedores de capital à entidade. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades
de financiamento são:
a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais;
b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da
entidade;
c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros
títulos de dívida, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos;
d) amortização de empréstimos e financiamentos; e
e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a
arrendamento mercantil financeiro.
CERTO.

12. (CESPE-Auditor/CGE-PI-2015)
O resultado patrimonial do exercício de fato é apurado na demonstração das variações
patrimoniais. Todavia, obtido pelo confronto das variações patrimoniais quantitativas,
diminutivas e aumentativas. As variações patrimoniais qualitativas não interferem no
patrimônio líquido, ou seja, não afetam o resultado patrimonial. ERRADO.

13. (CESPE-AuditorFCE/TCU-2015)
Como sabemos, o resultado patrimonial é produzido tanto por fatos orçamentários quanto
extraorçamentários. Todavia, no atual modelo de DVP pouco importa se a variação
patrimonial ocorrida foi oriunda ou não da execução do orçamento.
Na DVP serão demonstradas as variações modificativas, agrupadas em diminutivas e
aumentativas. ERRADO.

14. (CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)


Integram o ativo não circulante os grupos: ativo realizável a longo prazo, investimentos,
imobilizado e intangível. ERRADO.

15. (CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)


Atenção! Atualmente, em virtude da convergência com as normas internacionais, o termo
“provisão” passou a ser utilizado exclusivamente para o Passivo. As contas redutoras do Ativo
devem ser intituladas de “ajustes”.
Com isso padroniza-se o registro e evidenciação da informação. Ao ver o termo “provisão”
você saberá que é uma conta do Passivo e “ajuste” uma conta redutora do Ativo. Portanto, o
correto tecnicamente é utilizar, por exemplo, “ajustes para créditos de liquidação duvidosa”.
Todavia, ainda podem ser encontradas questões de concurso utilizando o termo “provisão”
como conta redutora do Ativo, como ocorreu nesta, dado que o gabarito oficial foi “certo”.
Provisão (ajustes) para créditos de liquidação duvidosa: conta redutora do ativo que estima
créditos que não serão recebidos, constituída com base no histórico de inadimplência.

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Provisão para férias e 13° salário: conta do passivo que reconhece por competência a
obrigação de pagamento. CERTO.

16. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


No balanço orçamentário constarão todas as receitas ORÇAMENTÁRIAS pelos seus valores
realizados. Ademais, verifica-se uma contradição na questão, pois, se a receita fosse
demonstrada pelo valor líquido, não deveriam ser incluídos na despesa as respectivas
deduções, restituições e descontos. Perceba que, com isso, tais despesas estariam sendo
computadas duas vezes (na dedução da receita, e ainda, novamente, na coluna da despesa).
ERRADO.

17.
A banca examinadora está pedindo o “resultado das previsões”, sendo este o valor resultante
do planejamento orçamentário, ou seja, da receita e despesa constantes no orçamento:
receita prevista e a despesa fixada.
Atenção! Não faça confusão com o resultado orçamentário do exercício. Este é obtido pelo
confronto entre a receita e despesa executadas, ou seja, receitas arrecadadas e despesas
empenhadas.
Letra A.

18.
Com o aumento da dívida ocorrerá uma variação passiva, todavia, EXTRAorçamentária, pois
a atualização cambial é um fato independente, alheio à execução do orçamento. ERRADO.

19.
Os fatos contábeis, também denominados fatos administrativos (ou seja, são a mesma
coisa), são eventos que promovem alterações nos elementos patrimoniais, o que, não
necessariamente, irá acarretar a modificação no patrimônio líquido.
Quaisquer alterações nos elementos patrimoniais (bens, direitos e obrigações) são
denominadas de variações patrimoniais (quantitativas, qualitativas ou mistas),
independentemente do tipo do elemento patrimonial, sendo ele monetário ou não. ERRADO.

20.
Com a saída do material do almoxarifado há diminuição do ativo e o reconhecimento de uma
variação diminutiva, pois se considera que o material foi consumido.
Como o material foi devolvido, retornando ao almoxarifado, haverá a incorporação do bem
ao patrimônio e consequente aumento do ativo.
Ambas as situações, a saída ou devolução do bem ao almoxarifado, são
extraorçamentárias, ou seja, ocorrem independentemente da execução do orçamento.
Letra B.

21.
Sobre o que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme solicitado no comando das
questões, tem-se que, no caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações
intragovernamentais (LC.101/00, art. 50, §1º). ERRADO.

22.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC evidencia a origem e a aplicação dos fluxos de
caixa sob uma “ótica operacional”, segregando as informações em três grupos:
• Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da
entidade e outras atividades diferentes das de investimento e de financiamento.
• Atividades de investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de
longo prazo e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.
• Atividades de financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e
na composição do capital próprio e no endividamento da entidade, não classificadas como
atividade operacional.
O erro da questão está no exemplo, pois a compra de veículo para uso na entidade está
classificada no fluxo de caixa dos investimentos. ERRADO.

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(CESPE – Auditor-CiênciasContábeis/TCE-RO – 2013)


23.
Tal detalhamento da destinação dos recursos financeiros ocorre no Balanço Financeiro,
conforme disciplina o MCASP, Parte V:
O Balanço Financeiro evidencia a movimentação financeira das entidades do setor público
no período a que se refere, e discrimina:
(a) a receita orçamentária realizada por destinação de recurso (destinação vinculada e/ou
destinação ordinária);
(b) a despesa orçamentária executada por destinação de recurso (destinação vinculada
e/ou destinação ordinária);
(c) os recebimentos e os pagamentos extraorçamentários;
(d) as transferências financeiras decorrentes, ou não, da execução orçamentária; e
(e) o saldo inicial e o saldo final em espécie.
ERRADO.

24.
MCASP:
Assim, na Demonstração de Fluxo de Caixa, figurarão como ingressos as receitas
orçamentárias arrecadadas e como dispêndios as despesas orçamentárias e os restos a
pagar pagos.
As transações de investimento e financiamento que não envolvem o uso de caixa ou
equivalentes de caixa, como aquisições financiadas de bens e arrendamento financeiro,
não devem ser incluídas na demonstração dos fluxos de caixa. Tais transações devem ser
divulgadas nas notas explicativas à demonstração, de modo que forneçam todas as
informações relevantes sobre essas transações.
ERRADO.

25. (CESPE – Contador/MTE – 2014)


MCASP – Parte V (grifei):
CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA
Compreende o numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis, além das
aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente
conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um
insignificante risco de mudança de valor. Inclui, ainda, a receita orçamentária
arrecadada que se encontra em poder da rede bancária em fase de recolhimento.
CERTO.

26. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


Classificam-se no “Circulante” o conjunto de bens e direitos realizáveis, ou obrigações
exigíveis, até doze meses da data das demonstrações contábeis.
Com o pagamento antecipado, registra-se o direito contra a seguradora e, com o transcurso
do tempo, em virtude do regime de competência, tal valor será baixado e lançado como
variação negativa no resultado. CERTO.

27. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


Perfeito! O Balanço Patrimonial evidencia qualitativa e também quantitativamente a situação
patrimonial. Note que a questão não foi excludente quanto à característica quantitativa,
afirmando, por exemplo, que “o balanço patrimonial demonstra APENAS a composição
qualitativa”. CERTO.

(CESPE – Contador/UNIPAMPA – 2013)


28.
Quando a empresa compra suas próprias ações emitidas, elas constarão registradas em
“ações em tesouraria”, conta esta redutora do patrimônio líquido. ERRADO.

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29.
ATIVO PASSIVO

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE


Ativo Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Intangível Patrimônio Social e Capital Social
(...)
CERTO.

30. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Acerca da origem e aplicação de recursos do patrimônio da entidade, eis as principais
informações prestadas pelo Balanço Patrimonial:
Passivo = Capital de Terceiros ou Recursos de Terceiros
Patrimônio Líquido = Capital Próprio ou Recursos Próprios
Passivo + PL = (Capital de Terceiros + Capital Próprio) = Capital Total à Disposição da
Entidade
Ativo = Capital Aplicado ou Recursos Aplicados
Analisando os dados da questão:
Capital de Terceiros = Passivo = 50.000
Capital Total à Disposição = Passivo + PL
Se Passivo é 25%, então, PL é 75% do capital total à disposição.
Portanto:
PL = 3 x Passivo
PL = 3 x 50.000 = 150.000
Calculando o Ativo (equação patrimonial):
Ativo – Passivo = PL
Ativo – 50.000 = 150.000
Ativo = 150.000 + 50.000 = 200.000
O ativo total da empresa é superior a R$ 150 mil. ERRADO.

31. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
a) Todas as receitas e despesas orçamentárias, sejam originárias ou derivadas. ERRADO.
b) Conforme explicação da letra “a” acima: ERRADO.
c) O “fato gerador” relaciona-se com o princípio da competência e o enfoque patrimonial.
Todavia, para fins orçamentários o que importa é o momento da arrecadação da receita e do
empenho da despesa. Portanto, o balanço orçamentário demonstra todas as receitas e
despesas orçamentárias executadas no exercício, independentemente da ocorrência por
competência do fato gerador. ERRADO.
d) Lei nº 4.320/64, Art. 102: “O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas
previstas em confronto com as realizadas.”. CERTO.
e) Alterações patrimoniais são evidenciadas na demonstração das variações patrimoniais. O
balanço orçamentário evidencia as receitas e despesas orçamentárias. ERRADO.
Opção correta: letra D.

32. (CEBRASPE-Analista-Contabilidade/TRT-8ªRegião-2016)
a) Com a concessão de suprimentos de fundos há realização de despesa orçamentária, ou
seja, não há arrecadação de receita. ERRADO.
b) Também é uma transação oriunda de despesa orçamentária. ERRADO.
c) Com a arrecadação antecipada registra-se o ingresso do dinheiro no ativo e
concomitantemente, no mesmo valor, a obrigação no passivo de prestação do serviço.
Portanto, neste momento há apenas uma variação qualitativa (fato permutativo).
Posteriormente, quando prestado o serviço, que deverá ser baixada a obrigação do passivo,
tendo como contrapartida o reconhecimento da variação patrimonial aumentativa.
Portanto, de fato o reconhecimento da variação aumentativa ocorrerá após a arrecadação.
CERTO.

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d) Com a ocorrência do fato gerador do imposto há o registro do valor a receber no ativo e o


reconhecimento da variação aumentativa. Posteriormente, quando for arrecadado, há uma
variação qualitativa (fato permutativo): ingresso do dinheiro e baixa do valor a receber,
ambos no ativo e no mesmo valor.
Portanto, neste caso o reconhecimento da variação aumentativa ocorrerá ANTES da
arrecadação da receita orçamentária. ERRADO.
e) Com o pagamento há despesa, e não receita orçamentária. ERRADO.
Letra C.

33. (CEBRASPE-Auditor/TCE-PR-2016)
Recordando!
superveniência: caracteriza o acréscimo do ativo ou passivo;

insubsistência: caracteriza o decréscimo do ativo ou passivo;

ativa: indica que o patrimônio líquido teve uma variação positiva;

passiva: indica que o patrimônio líquido teve uma variação negativa.


Quadro resumo!
SUPERVENIÊNCIA superveniência aumento da situação líquida em decorrência do
ATIVA do ativo aumento do ativo.

INSUBSISTÊNCIA insubsistência do aumento da situação líquida em decorrência da


ATIVA passivo redução do passivo.

SUPERVENIÊNCIA superveniência diminuição da situação líquida em decorrência do


PASSIVA do passivo aumento do passivo.

INSUBSISTÊNCIA insubsistência do diminuição da situação líquida em decorrência da


PASSIVA ativo redução do ativo.
Agora analisando as opções!
a) Perfeito! A atualização monetária da dívida é uma superveniência do passivo, ou seja, o
passivo teve seu valor aumentado. Portanto, trata-se de uma variação passiva que irá
impactar negativamente no patrimônio líquido. A atualização monetária da dívida é um fato
extraorçamentário, que ocorre independentemente da execução do orçamento. CERTO.
b) De fato é uma despesa de capital, todavia, NÃO EFETIVA (não altera o PL), pois é baixada
a obrigação de pagamento do principal da dívida contra a saída do recurso financeiro no
ativo, no mesmo valor. ERRADO.
c) Por serem ativas, as mutações ocorridas no patrimônio, então, são provenientes da
execução das RECEITAS orçamentárias efetivas. ERRADO.
d) Bem, como sabemos, a inscrição de dívida ativa abrange dois órgãos, o originário do
crédito e aquele que o inscreve, produzindo os seguintes efeitos patrimoniais:
No órgão originário do crédito um fato modificativo diminutivo, pois com o envio do
crédito para inscrição o patrimônio líquido irá reduzir. Haverá uma variação passiva
extraorçamentária ou simplesmente uma variação diminutiva.
No órgão que inscreve o crédito um fato modificativo aumentativo, pois com o ingresso
do crédito o patrimônio líquido irá aumentar. Haverá uma variação ativa extraorçamentária
ou simplesmente uma variação aumentativa.
No ente da Federação um fato permutativo. Não haverá alteração no patrimônio líquido,
pois na consolidação das contas públicas, ocorrerá simultaneamente um acréscimo e um
decréscimo patrimonial.
Como podemos observar no quadro acima, no órgão originário do crédito de fato ocorre uma
insubsistência do ativo (diminuição do ativo), fazendo esta opção certa.
Todavia, a banca examinadora considerou esta opção errada, pois creio que analisou apenas
o aspecto patrimonial do órgão que inscreve o crédito.
Certamente que grande parte dos entes da Federação ainda não possui a sistemática do
registro prévio dos valores a receber no ativo (antes da arrecadação). Assim, somente com o
registro da dívida ativa que haverá o reconhecimento desse valor e a consequente
superveniência ativa, fazendo esta opção errada.

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De toda forma, esta questão poderia ter sido objeto de ANULAÇÃO, pois com a inscrição da
dívida ativa há insubsistência do ativo no órgão originário do crédito.
Gabarito oficial: ERRADO.
e) Por “alienação” interprete como “venda”. Pois bem, com a venda do bem pelo mesmo
valor não há alteração no patrimônio líquido. ERRADO.
Conclusão: opções certas A e D.
Gabarito oficial: letra A.

34. (CESPE – Analista-GestãoFinanceira/SERPRO – 2013)


NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis:
38A. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) evidencia a
movimentação havida em cada componente do Patrimônio Líquido com a divulgação, em
separado, dos efeitos das alterações nas políticas contábeis e da correção de erros.
CERTO.

35. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis:
38B. A DMPL deve ser elaborada apenas pelas empresas estatais dependentes e pelos
entes que as incorporarem no processo de consolidação das contas.
ERRADO.

(Cespe – Suframa – Contador – 2014)


36.
Foi empenhado o total de R$ 100 mil, sendo que nenhum empenho foi cancelado: R$ 60 mil
foram pagos (20 + 40) e R$ 40 mil inscritos e restos a pagar. Como a inscrição de empenho
em restos a pagar ocasiona despesa orçamentária, portanto, no balanço financeiro de fato
será evidenciado o total de R$ 100 mil, correspondente ao valor empenhado no exercício.
CERTO.

37.
O resultado orçamentário é obtido pelo confronto entre a receita orçamentária ARRECADADA
e a despesa EMPENHADA:
(+) RECEITA ARRECADADA 80.000
impostos (60.000 x 50%) 30.000
operação de crédito 50.000
(-) DESPESA EMPENHADA (100.000)
água, luz e telefone (empenho pago) 20.000
aquisição de imóvel (empenho pago) 40.000
aquisição de imóvel (empenho inscrito em RP) 40.000
(=) RESULTADO ORÇAMENTÁRIO (20.000)
ERRADO.

38. (CESPE – Contador/CADE – 2014)


O balanço financeiro demonstra os saldos inicial e final, como também os ingressos e
desembolsos do período, sendo que tais valores devem correspondes às contas de caixa e
equivalentes demonstradas no balanço patrimonial.
MCASP:
CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA
Compreende o numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis, além das
aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis
em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de
mudança de valor. Inclui, ainda, a receita orçamentária arrecadada que se encontra em
poder da rede bancária em fase de recolhimento.
CERTO.

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(CESPE-Contador/MPOG-ENAP-2015)
39.
Resultado Orçamentário = Receita Arrecadada – Despesa Empenhada
Houve excesso de arrecadação de R$ 230,00, portanto, basta somarmos a receita prevista
com tal excesso para obtermos o total da arrecadação:
Receita orçamentária prevista 1.000
(+) Excesso de arrecadação 230
(=) Receita ORÇAMENTÁRIA arrecadada 1.230
Ou ainda, podemos somar todas as receitas ORÇAMENTÁRIAS arrecadadas:
Alienação de veículos 200
Recebimento de aluguéis 250
Impostos e taxas recebidos 460
Recebimento de dívida ativa 320
(=) Receita ORÇAMENTÁRIA arrecadada 1.230
Quanto à despesa, não precisamos fazer nenhum cálculo, pois já consta na tabela a “despesa
orçamentária realizada” de R$ 1.100,00.
Cálculo do resultado orçamentário:
Receita orçamentária arrecadada 1.230
(-) Despesa orçamentária empenhada (1.100)
(=) resultado orçamentário 130
CERTO.

40.
Dicas! Para fins de cálculo de restos a pagar considere que:
1- Não houve cancelamento de empenho durante o exercício; e
2- Todos os empenhos foram inscritos em restos a pagar
Salvo se a questão prestar informação expressamente diferente, tenha sempre estas duas
premissas acima em mente em provas de concurso.
Pois bem, se a “despesa orçamentária realizada” (ou seja, empenhada) foi de R$ 1.100,00, e
a “despesa liquidada” foi R$ 960,00, portanto, a diferença foi inscrita em restos a pagar não
processados. CERTO.

41.
Para cálculo do resultado financeiro basta confrontarmos TODOS os recebimentos com
TODOS os pagamentos, sejam eles orçamentários ou extraorçamentários.
Atenção! No cálculo do resultado financeiro devemos observar o regime de caixa:
recebimento e pagamento.
Quanto aos recebimentos, observa-se que não ocorreu nenhum ingresso extraorçamentário e
que já calculamos o total da arrecadação orçamentária (R$ 1.230,00).
(I) RECEBIMENTOS 1.230
Total da arrecadação orçamentária: 1.230
(II) PAGAMENTOS (770)
Restos a Pagar de 2013: 110
Imóveis adquiridos no exercício: 110
Despesa de pessoal e encargos: 210
Empréstimos de longo prazo: 340
(III = I – II) RESULTADO FINANCEIRO 460
ERRADO.

42.
Variações patrimoniais aumentativas (VPA) ocorridas no exercício:
Inscrição de dívida ativa 350
Impostos e taxas 460
Total das VPA 810
Observação 1 – “recebimento de aluguéis”: recorda-se que o reconhecimento por
competência do aluguel que provoca a variação aumentativa, e não o seu recebimento.
Perceba que não consta a informação de que o aluguel se refere ao exercício de 2014, mas
apenas que foi recebido nesse exercício.

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Observação 2 – “impostos e taxas recebidos”: para fins de concurso, considere, como regra,
que os recebimentos decorrentes de receitas tributárias NÃO tiveram seu valor previamente
lançados e reconhecidos no ativo (salvo informação expressa em contrário na questão). Ou
seja, com o recebimento há variação patrimonial aumentativa.
Normalmente, quando a banca examinadora quiser que você considere o reconhecimento
prévio no ativo do valor a receber, será informado na questão especificamente o
“lançamento” prévio do tributo.
Observação 3 – “alienação de veículos por leilão”: para fins de concurso, considere que na
alienação de bens permanentes (imóveis, veículos etc.), que o valor da venda é coincidente
com o valor contábil, ou seja, que ocorreu uma variação qualitativa (salvo informação
expressa em contrario na questão).
Conclusão: o total das variações patrimoniais aumentativas, em 2014, foi R$ 810,00, menor
que R$ 1.000,00. CERTO.

43.
A tabela II contém os saldos de balanço patrimonial de 31/12/2013:
Caixa e equivalentes de caixa 450
VPD pagas antecipadamente 270
Créditos a receber 350
Dívida ativa 1.800
(-) Provisão para perdas de dívida ativa (320)
Veículos 200
(-) Depreciação acumulada de veículos (20)
Imóveis 4.130
Total do ATIVO em 31/12/2013 6.860
Tendo em mãos o saldo do ativo em 31/12/2013, basta agora identificarmos na tabela I as
variações ocorridas no ativo em 2014:
(-) Pagamento de RP processado de 2013 (110)
(-) Pagamento de imóveis adquiridos no exercício (110)
(+) Inscrição de dívida ativa 350
(-) Despesa de pessoal e encargos paga (210)
(-) Realização de VPD antecipada (200)
(+) Impostos e taxas recebidos 460
(-) Pagamento em empréstimos de longo prazo (340)
Variação total do ATIVO durante 2014 (160)
Observação 1 – “realização de VPD antecipada”: a palavra “realização”, aqui empregada,
pode causar alguma dúvida, pois possibilita duas interpretações: o pagamento antecipado da
VPD ou a conversão/baixa da VPD já registrada no ativo.
Entendemos que a “realização de VPD antecipada” refere-se a conversão/baixa da VPD já
registrada no ativo. Afinal, se a banca examinadora quisesse informar o pagamento de VPD
iria utilizar as palavras “pagamento” ou “paga”, assim como o fez claramente em outras
rubricas.
Observação 2 – no cálculo acima NÃO foram incluídas as variações qualitativas ocorridas
dentro do ativo, ou seja, constam apenas as transações que impactaram no saldo total do
ativo.
Variações qualitativas ocorridas dentro do ativo:
- alienação de veículos por leilão (baixa do bem e ingresso do dinheiro, ambos no ativo, no
mesmo valor);
- recebimento de aluguéis (baixa do valor a receber e ingresso do dinheiro, ambos no ativo,
no mesmo valor);
- recebimento de dívida ativa (baixa da dívida ativa e ingresso do dinheiro, ambos no ativo,
no mesmo valor);
Cálculo do total do ativo em 31/12/2014
Total do ATIVO em 31/12/2013 6.860
(-) Variação negativa no ATIVO durante 2014 (160)
(=) Total do ATIVO em 31/12/2014 6.700
Conclusão: o total do ativo no balanço patrimonial de 2014 foi de R$ 6.700,00, portanto,
inferior a R$ 6.800,00. CERTO.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

44.
Lembre-se! Pegadinha comum em concursos. O resultado patrimonial NÃO é apurado no
Balanço Patrimonial, mas sim na Demonstração das Variações Patrimoniais. ERRADO.

45. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


Não há tal exclusão no processo de consolidação. O bem irá figurar com a respectiva
depreciação no Balanço Patrimonial consolidado. ERRADO.

46. (CESPE – Contador/MJ – 2013)


O MCASP/STN recorda que para as demonstrações contábeis consolidadas, devem ser
excluídos os seguintes itens:
I – as participações nas empresas estatais dependentes;
II – as transações e saldos recíprocos entre entidades (Ex. UG 1 - clientes/ UG 2 –
fornecedores); e
III – as parcelas dos resultados do exercício, do lucro/prejuízo acumulado e do custo dos
estoques ou ativo imobilizado ou intangível que corresponderem a resultados ainda não
realizados.
Assim, quando da consolidação dos balanços de duas entidades estatais, tendo alguma delas
um passivo em favor de empresa privada, tal obrigação deverá ser integralmente evidenciado
nos demonstrativos consolidados. Não há ajuste ou exclusão a ser feito neste caso. CERTO.

(CESPE – Téc.Contabilidade/FUB – 2014)


47.
O “balancete de verificação”, ou simplesmente “balancete”, é um demonstrativo não
obrigatório, elaborado apenas para auxiliar os trabalhos internos do setor contábil,
colaborando na conferência dos lançamentos efetuados.
O balancete relaciona cada conta com o respectivo saldo devedor ou credor, de tal forma
que, se os lançamentos foram corretamente efetuados de acordo com o Método das Partidas
Dobradas, o total da coluna dos saldos devedores será igual ao total da coluna dos saldos
credores. CERTO.

48.
Dado que o balancete é um relatório não obrigatório, que auxilia na conferência e condução
dos trabalhos de escrituração contábil, ele possui elaboração livre, admitindo-se qualquer
forma que o contador julgar necessária para auxiliar seus trabalhos (2, 4, 6, 8 colunas). Pois
bem, nesta questão percebemos o entendimento da banca examinadora ao considerar
correto o formato comumente utilizado de até oito colunas, pois o gabarito oficial oi CERTO.

49.
Exato! O método das partidas dobradas. Esta é a lógica de funcionamento da contabilidade,
motivo pelo qual todos os demonstrativos devem totalizar os mesmos valores para débito e
crédito. CERTO.

50.
Como já mencionado, o balancete é um relatório não obrigatório e de elaboração livre,
admitindo-se qualquer forma e com quaisquer informações, ou seja, poderá ser emitido
apenas com contas patrimoniais, ou apenas de resultado, ou apenas de determinado grupo
de contas etc. Entretanto, considerando o objetivo do balancete (conferência de lançamentos
para retificação de eventuais erros), o procedimento padrão é sua emissão com todas as
contas que possuam saldo ou movimentação no período. ERRADO.

(CESPE-Analista-Atuarial/MPU-2015)
51.
Lembre-se! No BALANÇO FINANCEIRO, os empenhos inscritos em Restos a Pagar no exercício
serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa
orçamentária.
Todavia, não precisamos desta informação para resolver a questão. Ela foi citada apenas para
confundir o candidato.
A questão menciona que se trata do primeiro exercício financeiro, portanto, temos nenhum
recurso financeiro proveniente do exercício anterior.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

Ou seja, para sabermos o saldo que irá para o exercício seguinte, basta confrontarmos os
recebimentos com os pagamentos.
Arrecadação de impostos (R$ 100.000 x 80%) 80.000
(-) Pagamento de despesas (50.000)
(=) saldo para o exercício seguinte 30.000
ERRADO.

52.
Perfeito! O imóvel recebido em doação gratuita interfere positivamente no resultado
patrimonial em R$ 60 mil, por ser uma variação quantitativa aumentativa. CERTO.

53. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
Alguns comentários!
A previsão da receita e a fixação da despesa na LOA são situações orçamentárias que não
interferem no patrimônio.
O empenho também é uma fase orçamentária da despesa que não afeta o patrimônio.
Todos os atos acima são controlados em contas de compensação.
Já com a liquidação haverá modificação no patrimônio, variação diminutiva, pois há o
reconhecimento da obrigação no passivo.
O posterior pagamento ocasiona apenas uma variação qualitativa, com a diminuição do ativo
e passivo no mesmo valor: sai dinheiro e baixa-se a obrigação de pagamento. Ou seja, não
interfere no resultado patrimonial.
Vamos calcular o resultado patrimonial!
Variações Patrimoniais Aumentativas (I) 120.000
Arrecadação (180.000 x 50%): 90.000
Recebimento de veículo em doação: 30.000
Variações Patrimoniais Diminutivas (II) (95.000)
Serviços de manutenção: 15.000
Reconhecimento de folha de pessoal: 80.000
Resultado Patrimonial do Período (III) = (I – II) 25.000
Letra D.

54. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Dica! Ações ou Cotas em Tesouraria é sempre exigido em concursos.
Tal conta de fato compreende o valor das ações ou cotas da entidade que foram adquiridas
pela própria entidade.
Todavia, trata-se de uma conta redutora do patrimônio líquido, ou seja, DEVEDORA (pois as
contas do patrimônio líquido são de natureza credora).
PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Ano Ano
ESPECIFICAÇÃO
X1 X0

Patrimônio Social e Capital Social


Adiantamento Para Futuro Aumento de Capital
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Demais Reservas
Resultados Acumulados
(-) Ações / Cotas em Tesouraria

TOTAL DO PAT. LÍQUIDO


Assim, a conta ações em tesouraria faz diminuir o patrimônio líquido. ERRADO.

55. (CESPE – Contador/UNIPAMPA – 2013)


O balancete nada mais é do que uma relação de contas extraídas do Livro Razão (razonetes),
com os saldos devedores e credores de uma entidade. Trata-se de um demonstrativo ou
relatório não obrigatório, elaborado apenas para auxiliar os trabalhos internos do setor
contábil, colaborando na conferência dos lançamentos efetuados. O Balancete Sintético é um

139
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resumo no qual se apresenta apenas os títulos (grupos ou subgrupos), enquanto o Balancete


Analítico demonstra em detalhes todas as contas do órgão. CERTO.

56. (CESPE – ATS-esp.2/MC – 2013)


Títulos e empréstimos para fins de negociação imediata ou futura são semelhantes a
estoques adquiridos especificamente para revenda. Dessa forma, os fluxos de caixa advindos
da compra e venda desses títulos são classificados como atividades operacionais (Item 15,
NBC TG 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa). ERRADO.

57. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
O “balancete de verificação”, ou simplesmente “balancete”, é um demonstrativo não
obrigatório, elaborado apenas para auxiliar os trabalhos internos do setor contábil,
colaborando na conferência dos lançamentos efetuados.
O balancete relaciona cada conta com o respectivo saldo devedor ou credor, de tal forma
que, se os lançamentos foram corretamente efetuados de acordo com o Método das Partidas
Dobradas, o total da coluna dos saldos devedores será igual ao total da coluna dos saldos
credores. CERTO.

58. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Os Equivalentes de Caixa são ativos que representam recursos com livre movimentação para
aplicação nas operações da entidade e para os quais não haja restrições para uso imediato,
ou seja, possuem alta liquidez e baixo risco de alteração de valor, equivalendo-se assim,
portanto, a recursos em caixa (dinheiro).
ERRADO.

(CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
59.
A dívida flutuante é a de curto prazo (até 12 meses). Como a carência é de 5 anos (ou seja,
a dívida começará a ser paga somente daqui a 5 anos), então, a dívida flutuante ficará
inalterada. ERRADO.

60.
A banca examinadora deixa claro na questão que se trata de um empréstimo internacional
junto ao BID, então, é uma dívida externa. O credor é uma entidade sediada fora do Brasil.
ERRADO.

61.
Isso mesmo! A dívida fundada é a dívida de longo prazo. Como a dívida será paga em 20
anos, com carência de 5 anos, então, o valor total do empréstimo de R$ 100 milhões irá
impactar na dívida fundada. CERTO.

62. (CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
Lei nº 4.320/64:
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como
os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os
saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o
exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita
extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
O balanço financeiro irá evidenciar toda e qualquer movimentação de recursos financeiros,
sejam orçamentários ou extraorçamentários.
Já a regra prevista no parágrafo único do art. 103 da Lei nº 4.320/64, trata-se apenas de
uma “receita escritural”, ou seja, uma “receita fictícia”, uma técnica contábil utilizada para
fins de fechamento do balanço financeiro. Assim, a despesa orçamentária gerada pela
inscrição de empenhos em restos a pagar (evidenciada no balanço financeiro) não irá
interferir no resultado financeiro do período. CERTO.

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63. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
Tal movimentação financeira será evidenciada no balanço financeiro, como também no
balanço orçamentário, pois, como sabemos, para ocorrer o uso do recurso financeiro
(pagamento/transferência) há a utilização do recurso orçamentário (empenho). ERRADO.

64. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-Contabilidade/TCE-PA-2016)
As notas explicativas são informações complementares adicionais àquelas evidenciadas nas
demonstrações contábeis.
Podem trazer detalhamentos, narrativas ou explicações acerca dos demonstrativos contábeis,
ou mesmo informações relevantes ou significativas não contidas neles. CERTO.

65. (CEBRASPE-Analista-Contabilidade/TRT-8ªRegião-2016)
Pode-se dizer que a Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC evidencia a origem e a
aplicação dos fluxos de caixa sob uma “ótica operacional”, segregando as informações em
três grupos:
Compreendem os ingressos, inclusive decorrentes de receitas
Fluxos de caixa das
originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação
atividades das
pública e os demais fluxos que não se qualificam como de
operações
investimento ou financiamento.
Incluem os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativo
Fluxos de caixa das
não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação
atividades dos
de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e
investimentos
outras operações da mesma natureza.
Fluxos de caixa das
Incluem os recursos relacionados à captação e à amortização de
atividades dos
empréstimos e financiamentos.
financiamentos
Letra C.

(CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


66.
De fato o registro do valor a receber de impostos deve receber o atributo (F), indicando
assim tratar-se de um ativo Financeiro, entretanto, não devido ao fato gerador tributário.
Este não é um fator determinante para o item constar no ativo financeiro.
O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de
autorização orçamentária e os valores numerários. ERRADO.

67.
A depreciação irá impactar negativamente no resultado patrimonial do período. CERTO.
16. O resultado orçamentário do exercício apresentou superávit no valor de R$ 24.000.
Resolução
Cálculo:
Resultado Orçamentário = Receita Arrecadada – Despesa Empenhada
Resultado Orçamentário = (90.000 x 80%) – 48.000
Resultado Orçamentário = 72.000 – 48.000 = 24.000
CERTO.

68.
Vamos inicialmente calcular o resultado financeiro do período:
Resultado Financeiro = Ingressos Financeiros – Desembolsos Financeiros
Resultado Financeiro = (72.000 + 18.000) – (48.000 x 50%)
Resultado Financeiro = 90.000 – 24.000 = 66.000
A questão informa que este é o primeiro exercício financeiro da unidade gestora, então, o
saldo inicial é zero. Portanto, o saldo que vai para o exercício seguinte (saldo final) é igual ao
resultado financeiro do período, motivo pelo qual esta questão está correta.
Saldo Final = Saldo Inicial + Resultado do Período
Saldo Final = 0 + 66.000
Saldo Final (saldo para o próximo ano) = 66.000
CERTO.

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69. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
A, B e C) A evidenciação de informações através de fluxos de caixa por atividades ocorre na
demonstração dos fluxos de caixa. ERRADO.
D) As “despesas de exercícios anteriores empenhadas mas não pagas no exercício” são os
restos a pagar oriundos de exercícios passados. Ou seja, empenhos de exercícios passados,
que foram inscritos em restos a pagar (em exercícios passados), e que estão sendo pagos no
exercício atual.
Como sabemos, com a inscrição de empenho em restos a pagar reconhecemos uma despesa
orçamentária e seu pagamento, em exercício futuro, uma despesa extraorçamentária.
Portanto, tal pagamento de resto a pagar oriundo de exercício passado, também será
demonstrado no balanço financeiro como desembolso extraorçamentário. ERRADO.
E) Isso mesmo! O balanço financeiro demonstrará todas as movimentações financeiras, todas
as receitas e despesas, sejam orçamentárias ou extraorçamentárias. CERTO.
Letra E.

70. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-Contabilidade/TCE-PA-2016)
A banca examinadora tentou confundir o candidato com os enfoques orçamentário e
patrimonial.
Para fins de análise e estudo do patrimônio e suas variações devemos observar os princípios
de contabilidade, com destaque para os de competência e oportunidade.
Já sob o enfoque orçamentário devemos nos atentar à execução das receitas e despesas
orçamentárias.
Portanto, a execução orçamentária da receita e despesa (arrecadação, empenho, restos a
pagar etc.) não se confunde com o enfoque patrimonial (reconhecimento de ativos e passivos
por competência, reavaliações patrimoniais etc.).
Para fins de evidenciação das informações orçamentárias no balanço orçamentário, deve-se
seguir a determinação do parágrafo único, art. 103 da Lei nº 4.320/64: “Os Restos a Pagar
do exercício serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na
despesa orçamentária.”. ERRADO.

71. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
A questão narra o pagamento antecipado, o qual ocorre, por exemplo, na contratação de
fornecimento anual de periódicos (jornais, revistas etc.).
Neste caso, com a saída do recurso financeiro, registra-se em contrapartida, também no
ativo, um direito contra o recebedor/beneficiado do pagamento antecipado.
Como são despesas para realização em curto prazo (exercício seguinte), então, o registro é
efetuado no ativo circulante.
Quando finalmente a despesa for incorrida, ou seja, quando o beneficiado do pagamento
antecipado prestar o serviço ou entregar o objeto contratado, então, será efetuada a baixa
desse direito no ativo. CERTO.

72. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
Mais um saudosista elaborando questões.
Ativo e passivo “real” é uma denominação utilizada no modelo antigo de balanço
patrimonial, portanto, NÃO mais aplicada atualmente.
Ativo e passivo “real” é a soma do financeiro e permanente:
Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente
Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente
Logo em seguida eram demonstradas (no modelo antigo de balanço patrimonial) as contas de
compensação, as quais, somadas com o total do ativo e passivo real, informavam o total do
ativo e passivo.
Modelo antigo de balanço patrimonial:
ATIVO PASSIVO
Financeiro Financeiro
Permanente Permanente
Ativo Real (AF+AP) Passivo Real (PF+PP)
Ativo Compensado Passivo Compensado
Total do Ativo Total do Passivo

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Vale ressaltar que “ativo real” ou “passivo real” eram utilizados para organização e
elaboração do balanço patrimonial (modelo antigo), todavia, não estão expressamente
previstos na Lei nº 4.320/64, motivo pelo qual foi possível abandonar o uso de tais
denominações no atual modelo de balanço patrimonial, pois não são mais necessárias, dado
que há quadro específico segregando as contas de compensação das demais.
Quando o “Passivo Real” era superior ao “Ativo Real”, então, tinha-se um “Passivo Real
Descoberto”.
Conclusão: o ativo real corresponde à soma do ativo financeiro e ativo permanente. ERRADO.

73. (CEBRASPE-Analista-Adm/TRT-8ªRegião-2016)
a) A aquisição e à alienação de ativo não circulante estão contidas nos fluxos de caixa das
atividades dos investimentos. ERRADO.
b) Durante a prova você NÃO precisa montar o balanço financeiro. Para calcular o resultado
financeiro basta comparar os recebimentos com os pagamentos, quaisquer que sejam.
(+) INGRESSOS
Operação de crédito 84.000
(-) DESEMBOLSOS
Pagamento de veículo (48.000)
Pagamento de despesa de pessoal (30.000)
(=) RESULTADO FINANCEIRO 6.000
CERTO.
c) A contrapartida são contas de apuração do resultado patrimonial do período (variação
patrimonial diminutiva). Portanto, a depreciação NÃO deve ser lançada diretamente no
patrimônio líquido.
Ajustes de Avaliação Patrimonial: compreende as contrapartidas de aumentos ou diminuições
de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo em decorrência da sua avaliação a
valor justo, nos casos previstos pela Lei nº 6.404/1976 ou em normas expedidas pela
comissão de valores mobiliários, enquanto não computadas no resultado do exercício em
obediência ao regime de competência.
ERRADO.
d) O resultado orçamentário é a diferença entre as receitas realizadas (arrecadadas) e
despesas executadas (empenhadas).
(+) RECEITAS ARRECADADAS
Operação de crédito 84.000
(-) DESPESAS EMPENHADAS
Aquisição de veículo (48.000)
Despesa de pessoal de exercícios anteriores (30.000)
(=) RESULTADO ORÇAMENTÁRIO 6.000
ERRADO.
e) O resultado patrimonial é obtido pelo confronto das variações aumentativas e variações
diminutivas.
(+) VARIAÇÕES AUMENTATIVAS 0
(-) VARIAÇÕES DIMINUTIVAS
Depreciação do veículo (800)
Despesa de pessoal de exercícios anteriores (30.000)
(=) RESULTADO PATRIMONIAL (30.800)
Análise de todos os atos e fatos descritos na questão:
- previsão da receita e fixação da despesa: são controlados em contas de compensação, não
alterando o patrimônio público nem influenciando no resultado patrimonial;
- contratação de operação de crédito: variação qualitativa, não interferindo no resultado
patrimonial, pois, com o ingresso do dinheiro no ativo há o respectivo registro da obrigação
de pagamento no passivo, no mesmo valor;
- aquisição de veículo: variação qualitativa, não interferindo no resultado patrimonial, pois,
com a saída do recurso financeiro há o concomitante ingresso do veículo, ambos no ativo,
no mesmo valor;
- depreciação do veículo: lançada em conta redutora do ativo de depreciação acumulada,
tendo contrapartida conta de variação patrimonial diminutiva;
- despesa de pessoal de exercícios anteriores: são despesas oriundas de exercícios já
encerrados, todavia, que estão sendo reconhecidas agora (ou concedidas retroativamente).

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Assim, serão pagas à custa do orçamento vigente, e ainda, tais despesas irão interferir
negativamente na apuração do resultado patrimonial do exercício atual.
Portanto, resultado patrimonial negativo em R$ 30.800. ERRADO.
Letra B.

74. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
Passivo é uma OBRIGAÇÃO PRESENTE da entidade, derivada de EVENTOS PASSADOS, cujo
pagamento se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS ou POTENCIAL DE SERVIÇOS. Letra D.

75. (CEBRASPE-Auditor/TCE-PR-2016)
a) Este é o balanço orçamentário. Lei nº 4.320/64:
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em
confronto com as realizadas.
ERRADO.
b) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 105, § 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis
independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.
ERRADO.
c) Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como
os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os
saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o
exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita
extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
ERRADO.
d) As contas de compensação representam os valores oriundos de transações que NÃO
afetam, no momento, o patrimônio líquido positiva ou negativamente, mas poderão vir a
afetá-lo. ERRADO.
e) Do balanço orçamentário podemos obter diversas análises:
Com as receitas, confrontando as previstas com as efetivamente arrecadadas temos o
desempenho da arrecadação: insuficiente, excessiva ou nula.
Com as despesas, confrontando as fixadas com as empenhadas temos o desempenho da
execução da despesa: economia de despesa, excesso de despesa ou equilíbrio na execução.
Confrontando ainda as receitas e despesas executadas, ou seja, receitas arrecadadas e
despesas empenhadas, temos o resultado orçamentário do exercício.
A questão foi elaborada com o texto da Lei nº 4.320/64:
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em
confronto com as realizadas.
CERTO.
Letra E.

76. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


A questão deu a dica “conforme Lei no 4.320/1964”, pois o art. 35 informa que pertencem ao
exercício financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas legalmente empenhadas.
Fique atento! A receita é executada na arrecadação e não no recolhimento.
Portanto, considera-se executada a receita na arrecadação (ingresso financeiro) e a despesa
no empenho (utilização do recurso orçamentário).
Resultado Orçamentário = Receita Arrecadada – Despesa empenhada
Resultado Orçamentário = 7.300.000 – 7.400.000
Resultado Orçamentário = –100.000 (negativo)
Letra B.

77. (FCC-ACE-Contábil/TCM-GO-2015)
A “exigibilidade” é característica inerente ao passivo, pois informa quando vence a dívida
(prazo de pagamento), sendo tal característica utilizada para classificação em circulante e
não circulante.
NBC T 16.6 (R1):

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DEFINIÇÕES
2. Para efeito desta Norma, entende-se por:
(...)
Conversibilidade: a qualidade do que pode ser conversível, ou seja, característica de
transformação de bens e direitos em moeda.
Exigibilidade: a qualidade do que é exigível, ou seja, característica inerente às obrigações
pelo prazo de vencimento.
14. A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em “circulante”
e “não circulante”, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade.
15. Os ativos devem ser classificados como “circulante” quando satisfizerem a um dos
seguintes critérios:
(a) estarem disponíveis para realização imediata;
(b) tiverem a expectativa de realização até o término do exercício seguinte.
(b) tiverem a expectativa de realização até doze meses da data das demonstrações
contábeis. (Redação dada pela Resolução CFC n.º 1.437/13)
16. Os demais ativos devem ser classificados como não circulante.
17. Os passivos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem um dos
seguintes critérios:
(a) corresponderem a valores exigíveis até o final do exercício seguinte;
(a) corresponderem a valores exigíveis até doze meses da data das demonstrações
contábeis; (Redação dada pela Resolução CFC n.º 1.437/13)
(b) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles, quando a
entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de
exigibilidade.
Letra A.

78. (FCC-ACE-Contábil/TCM-GO-2015)
O MCASP informa que o Balanço Orçamentário deverá ser elaborado com as seguintes
colunas de informações para as receitas e despesas:

...

Letra E.

79. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


I. Lei no 4.320/1964:
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como
os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os
saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o
exercício seguinte.
ERRADO.
II. Lei no 4.320/1964:
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas
no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o
resultado patrimonial do exercício.
CERTO.
III. Lei no 4.320/1964:
Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em
confronto com as realizadas.
CERTO.
IV. Lei no 4.320/1964:
Art. 103 (...)
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita
extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.

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Na receita EXTRAorçamentária. ERRADO.


V. Conforme art. 103 da Lei no 4.320/1964, o Balanço Financeiro demonstrará a receita e a
despesa orçamentárias, dentre outras informações. CERTO.
Afirmativas corretas: II, III e V. Letra D.

80. (FCC-Analista do Tesouro Estadual/SEFAZ-PI-2015)


ATIVO 280.000
Caixa: R$ 75.000
Bens Móveis: R$ 165.000
Empréstimos e Financ. Concedidos: 40.000
(-) PASSIVO (110.000)
Obrigações T.P.A.: R$ 30.000
Fornecedores e Contas a Pagar: R$ 60.000
Obrigações Fiscais: R$ 20.000
(=) PATRIMÔNIO LÍQUIDO 170.000
Letra A.

81. (FCC/Analista-Contadoria/TRF.3a Região/2014)


Lei de Responsabilidade Fiscal (LC. 101/2000) (grifei):
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e
direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos
servidores públicos.
Atenção! Apenas as receitas de capital oriundas de alienação de bens e direitos que possui
tal restrição quanto à aplicação dos recursos.
A alternativa “A” é a única que contém despesas de capital. As demais são todas despesas
correntes. Letra A.

82. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


a) A receita orçamentária realizada corresponde é a receita orçamentária arrecadada,
portanto, R$ 8.250.000,00. ERRADO.
b) Esta alternativa informa o resultado de execução orçamentária e deixa claro que utilizou
para o cálculo o regramento conforme Lei no 4.320/1964, ou seja, que considerou as receitas
arrecadadas e as despesas empenhadas, conforme o art. 35.
Lei nº 4.320/64:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
Bem, as receitas arrecadadas são informadas claramente pela questão. Todavia, precisamos
descobrir o total das despesas empenhadas.
Observando os dados fornecidos pela questão, podemos concluir que o total dos empenhos
emitidos será a soma de “Despesa Paga” (ou seja, despesas que foram empenhadas,
liquidadas e pagas) e “Inscrição de Restos a Pagar” (ou seja, despesas que foram
empenhadas e inscritas em restos a pagar no final do ano).
Cálculo das despesas empenhadas:
Despesa Paga 7.500.000
(+) Inscrição de Restos a Pagar 1.100.000
TOTAL das despesas empenhadas no exercício 8.600.000
Ressalta-se que “Pagamento de Restos a Pagar” não entra nessa conta, pois tal pagamento
refere-se a empenhos emitidos em exercícios anteriores (e não no atual) que foram, na
época, inscritos em restos a pagar e somente agora estão sendo pagos. O pagamento de RP
gera uma despesa extraorçamentária.
Cálculo do resultado ORÇAMENTÁRIO:
Receitas orçamentárias arrecadadas 8.250.000
(-) Despesas empenhadas (8.600.000)
RESULTADO ORÇAMENTÁRIO (350.000)
Resultado orçamentário deficitário em R$ 350.000,00. CERTO.

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c) Economia orçamentária equivale à despesa que foi autorizada no orçamento, mas que não
foi executada. Portanto, basta confrontarmos a despesa autorizada com a despesa
executada.
“Dotação Inicial” é a despesa constante na Lei Orçamentária Anual quando aprovada.
Todavia, como sabemos, o orçamento público é dinâmico e durante o exercício financeiro
sofre alterações (receitas e despesas podem ser alteradas para mais ou menos).
Assim, para cálculo da economia orçamentária devemos utilizar a “Dotação Atualizada”, a
qual corresponde à despesa atualmente autorizada na LOA após as alterações promovidas.
Cálculo da economia orçamentária:
Dotação Atualizada 8.700.000
(-) despesa executada/empenhada (calculada na letra “b”) (8.600.000)
TOTAL da economia orçamentária 100.000
ERRADO.
d) Lembre-se! No balanço Financeiro, os Restos a Pagar do exercício serão computados na
receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária (Lei nº
4.320/64, art. 103, § único).
Receitas EXTRAorçamentárias evidenciadas no Balanço FINANCEIRO:
Inscrição de Restos a Pagar 1.100.000
(+) Recebimento de Depósito Caução 300.000
TOTAL 1.400.000,00
ERRADO.
e) Despesas evidenciadas no BALANÇO FINANCEIRO:
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS
Despesa Paga 7.500.000
Inscrição de Restos a Pagar 1.100.000
DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS
Pagamento de Restos a Pagar 850.000
TOTAL da despesa no BALANÇO FINANCEIRO 9.450.000
ERRADO.
Opção correta: letra B.

83. (FCC/Técnico-Contabilidade/TRF.3a Região/2014)


Atividades de investimento são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo
e de outros investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa.
O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à alienação
de ativo não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de
adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da mesma
natureza.
Vejamos as opções:
a) A aquisição de imóveis está contida na atividade de investimento, ocasionando o
pagamento/desembolso uma redução no fluxo de caixa dessa atividade. CERTO.
b) Ocasiona redução do fluxo de caixa da atividade operacional. ERRADO.
c) Relaciona-se com a atividade de investimento, entretanto, ocasiona um aumento (e não
redução) do fluxo de caixa dessa atividade. ERRADO.
d) Redução do fluxo de caixa da atividade de financiamento. ERRADO.
e) O empenho faz reduzir a disponibilidade orçamentária. Relaciona-se, portanto, com
recursos orçamentários. Assim, não há movimentação de caixa ou equivalentes. ERRADO.
Opção correta: letra A.

84. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
a) MCASP – Parte II:
Alguns ativos intangíveis podem estar contidos em elementos que possuem substância
física, como no caso de software ou no de licença ou patente. Para saber se um ativo que
contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado ou
como ativo intangível, a entidade avalia qual elemento é mais significativo. Por exemplo,
um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona
sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser
tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um
computador. Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve
ser tratado como ativo intangível.

147
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Em geral (não é regra) o hardware possui valor mais significativo do que o software. A
questão não especificou, portanto, foi considerado desta forma. Trata-se, então, de um Ativo
Não Circulante – Imobilizado. ERRADO.
b) Dependendo do grau de conversibilidade, poderá ser um Ativo Circulante ou Não
Circulante – Realizável a Longo Prazo. ERRADO.
c) Ativo Não Circulante – Intangível. CERTO.
d) Ativo Não Circulante – Investimentos. ERRADO.
e) Ativo Circulante. ERRADO.
Opção correta: letra C.

85. (FCC-ACE-Ciências Contábeis/TCE-CE-2015)


Lei nº 4.320/64 (grifei):
Art. 92. A dívida flutuante compreende:
I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
II - os serviços da dívida a pagar;
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor
distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.
Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze
meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e
serviços públicos.
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que
permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os
respectivos serviços de amortização e juros.
Os itens II e IV estão corretos. Letra E.

86. (FCC-Procurador/Pref.Campinas-2016)
A Regra de Ouro, prevista na Constituição Federal, foi criada com o objetivo de limitar o
endividamento estatal e de controlar os gastos públicos.
CF/1988:
Art. 167. São vedados:
(...)
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
A CF informa que é proibida “a realização de operações de créditos que excedam o montante
das despesas de capital”, ou seja, o ente poderá se endividar mediante a realização de
operações de créditos, tendo como limite o valor das despesas de capital.
Portanto, o valor total das operações de crédito deverá ser no máximo igual ao montante das
despesas de capital.
Mas existe exceção! Ressalvadas as operações de crédito autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta.
Letra A.

(FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


87.
(+) Variações Patrimoniais Aumentativas 9.700.000
Lançamento De Tributos (Obs.1) 3.600.000
Lançamento e arrecadação de receitas de serviços 5.900.000
Recebimento de aluguéis referentes a 2012 (Obs.2) 200.000
(−) Variações Patrimoniais Diminutivas (7.105.000)
Liquidação de despesas com (Obs.3): 2.650.000
Pessoal e Encargos Sociais...... R$ 2.300.000,00.
Serviços de Consultoria.......... R$ 300.000,00.
Juros e Encargos da Dívida...... R$ 50.000,00.
Utilização do material de consumo (Obs.4) 4.000.000
Depreciação de bens móveis e imóveis 390.000

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Aumento da Dívida Fundada por variação cambial (Obs.5) 65.000


(=) Resultado Patirmonial 2.595.000
Observações:
Obs.1: Caso haja lançamento prévio do crédito tributário, será neste momento que
ocorrerá a variação patrimonial aumentativa e registro do valor a receber no ativo, ou
seja, antes da arrecadação. A Arrecadação de tributos de R$ 3.250.000 ocasionou apenas
um fato permutativo.
Recorda-se que não são todas as receitas tributárias que passam pelo lançamento. Em
geral, principalmente na União, registra-se a variação aumentativa apenas na arrecadação,
em virtude das características de suas receitas tributárias. De toda forma, nesta questão a
banca examinadora deixou claro o lançamento.
Obs.2: Os valores a receber de aluguéis irão provocar variação aumentativa quando do
reconhecimento por competência e registro no ativo desse crédito. Entretanto, como a
questão não informou a ocorrência desse registro prévio no ativo, infere-se que ele não
ocorreu (veja que no caso das receitas tributárias e de serviço, a questão especifica as
fases de lançamento e arrecadação), sendo a variação aumentativa ocasionada apenas
quando do recebimento desses valores.
Obs.3: Em geral (não é regra), a liquidação da despesa coincide com o fato gerador, com
o reconhecimento da despesa patrimonial. Portanto, salvo informação em contrário
expressa na questão, considere desta forma.
Obs.4: A questão informa claramente apenas este consumo. Os demais materiais
adquiridos (liquidados) permaneceram em almoxarifado.
Obs.5: Decorrente de variação cambial desfavorável de empréstimo firmado em moeda
estrangeira (normalmente, dólar).
Letra A.

88.
Variação do passivo decorrente da execução do orçamento:
(+) Obtenção de operações de crédito de longo prazo 2.000.000
(+) Liquidação de despesas com: 10.850.000
Pessoal e Encargos Sociais.................... R$ 2.300.000,00
Serviços de Consultoria......................... R$ 300.000,00
Material de Consumo............................ R$ 4.230.000,00
Equipamentos e Material Permanente.... R$ 1.820.000,00
Juros e Encargos da Dívida.................... R$ 50.000,00
Aquisição de Imóveis............................ R$ 2.150.000,00
(−) Pagamento de despesas com: (10.305)
Pessoal e Encargos Sociais.................... R$ 2.170.000,00.
Serviços de Consultoria........................ R$ 240.000,00.
Material de Consumo............................ R$ 4.120.000,00.
Equipamentos e Material Permanente.... R$ 1.730.000,00.
Juros e Encargos da Dívida................... R$ 45.000,00.
Aquisição de Imóveis........................... R$ 2.000.000,00.
Total da variação Orçamentária do passivo 2.545.000
Observa-se que o pagamento de restos a pagar processados, o aumento da dívida fundada
em virtude de variação cambial e o recebimento de depósitos de cauções também provocam
variação no passivo, entretanto, todos estes são fatos ou despesas extraorçamentários. Letra
E.

89.
Ressalta-se que não ocorrerem ingressos nas atividades de investimento.
(+) Equipamentos e Material Permanente 1.730.000
(+) Aquisição de Imóveis 2.000.000
(=) Total dos desembolsos nas atividades de investimento 3.730.000
Letra B.

90. (FCC-Conselheiro Substituto/TCM-RJ-2015)


I. Ativo Não Circulante – Intangível.
II. Passivo Não Circulante.

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III. Ativo Circulante – Adiantamentos (Pagamentos Antecipados).


Letra E.

91. (FCC/Analista-Contadoria/TRF.3a Região/2014)


Trechos selecionados da Lei no 4.320/1964 (grifei):
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações
verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e
indicará o resultado patrimonial do exercício.
Art. 105, § 2o O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja
mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a
conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou
de construção;
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.
Letra D.

(FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
92.
A conta “Crédito Empenhado a Liquidar” informa os empenhos emitidos e ainda pendentes de
liquidação. Ou seja, a despesa que percorreu apenas a fase do empenho.
Para sabermos o saldo ao final de dezembro, basta pegarmos o saldo de novembro e
confrontar com as operações realizadas em dezembro:
- somar os empenhos emitidos em dezembro, e
- diminuir os empenhos liquidados em dezembro, pois, com a liquidação, a despesa sai da
situação de “a liquidar” e passa para a conta “crédito empenhada liquidado a pagar”.
Vamos aos cálculos!
Conta: Crédito Empenhado a Liquidar
Saldo Novembro 110.000
(+) empenho para execução de obras 90.000
(+) empenho aquisição de material de escritório 45.000
(+) empenho serviço manutenção de elevadores 20.000
(-) liquidação de despesas empenhadas em dezembro (75.000)
(-) liquidação de despesas empenhadas em novembro (110.000)
Saldo em 31/dezembro 80.000
Letra B.

93.
A conta “Crédito Empenhado Liquidado a Pagar” informa a despesa que percorreu as fases de
empenho e liquidação. Ou seja, que falta apenas ser paga.
Para sabermos o saldo ao final de dezembro, basta pegarmos o saldo de novembro e
confrontar com as operações realizadas em dezembro:
- somar os empenhos liquidados em dezembro, e
- diminuir os empenhos pagos.
Conta: Crédito Empenhado Liquidado a Pagar
Saldo Novembro 380.000
(-) Pagamento de despesa liquidada até novembro (350.000)
(+) liquidação de despesas empenhadas em dezembro 75.000
(+) liquidação de despesas empenhadas em novembro 110.000
(-) Pagamento de despesa liquidada em dezembro (45.000)
Saldo em 31/dezembro 170.000
Letra A.

94.
O resultado orçamentário é obtido pelo confronto da receita realizada e despesa executada.
Como sabemos, sob a ótica orçamentária devemos considerar a receita orçamentária
realizada na ARRECADAÇÃO e a despesa orçamentária executada no EMPENHO.
Atenção! Devemos utilizar em nossos cálculos os saldos informados em novembro.

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Receita orçamentária arrecadada no exercício de 2015:


Saldo de receita realizada até novembro 1.950.000
Receitas de Concessões e permissões 75.000
Receitas Tributárias 275.000
Receita de aluguel de bens imóveis 80.000
Receita de multa e juros sobre tributos 25.000
Total da receita arrecadada em 2015 2.405.000
Obs: o recebimento de caução gera receita EXTRAorçamentária, portanto, não entra na
apuração do resultado orçamentário.
Despesa orçamentária empenhada no exercício de 2015:
Saldo “crédito empenhado a liquidar” em novembro 110.000
Saldo “crédito empenhado liquidado a pagar” em novembro 380.000
Saldo “crédito empenhado liquidado pago” em novembro 1.620.000
Execução de obras 90.000
Aquisição de material de escritório 45.000
Serviço manutenção de elevadores 20.000
Total da despesa empenhada em 2015 2.265.000
Perceba que, para sabermos o total da despesa empenhada até novembro, não basta
pegarmos apenas o saldo da conta “crédito empenhado a liquidar”, pois, na medida em que a
despesa percorre as outras duas fases de execução (liquidação e pagamento), ela vai
passando o saldo para as contas “crédito empenhado liquidado a pagar” e “crédito
empenhado liquidado pago”.
Portanto, para sabermos o TOTAL de despesas que percorreram a fase do empenho, até
novembro, precisamos somar o saldo das seguintes contas:
A conta... ...contém despesas que foram...
“crédito empenhado a liquidar” Empenhadas
“crédito empenhado liquidado a pagar” Empenhadas e liquidadas
“crédito empenhado liquidado pago” Empenhadas, liquidadas e pagas
Análise da execução orçamentária no exercício de 2015:
(+) Total da receita arrecadada 2.405.000
(-) Total da despesa empenhada (2.265.000)
(=) Resultado orçamentário 140.000
Letra E.

95. (FCC/Analista-Orçamento/AL-PE/2014)
Vamos montar o Balanço Financeiro somente com as receitas e despesas extraorçamentárias:
RECEITA DESPESA
EXTRAORÇAMENTÁRIA 3.600 EXTRAORÇAMENTÁRIA 4.790
Inscrição de RP (Obs.1) 1.100 Pagamento de ARO (Obs.2) 2.500
Obtenção de ARO (Obs.2) 2.500 Devolução de caução 290
Pagamento de RP (Obs.3) 2.000
Lembre-se! No balanço financeiro, a inscrição de empenho em restos a pagar gera despesa
orçamentária e seu pagamento em exercício futuro uma despesa extraorçamentária.
(Obs.1) Inscrição de Restos a Pagar: o parágrafo único, art. 103 da Lei no 4.320/1964
informa que, no balanço financeiro, os Restos a Pagar do exercício serão computados na
receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Restos a Pagar = Despesa Empenhada – Despesa Paga
Restos a Pagar = 30.700 – 29.600
Restos a Pagar = 1.100
(Obs.2) - Operação de crédito por ARO: detalhe importante! Interprete o “cuja liquidação
foi em 30/11/2013” como sendo a liquidação/quitação da dívida, ou seja, o pagamento da
dívida.

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OBTENÇÃO DO EMPRÉSTIMO

Ingresso do recurso financeiro Receita extraorçamentária

PAGAMENTO

Amortização (principal da dívida)


Despesa extraorçamentária
Atualização monetária ou cambial

Juros Despesa orçamentária (despesa corrente –


Demais encargos decorrentes juros e encargos da dívida)
(Obs.3) – Pagamento de Restos e Pagar: se houve empenho e liquidação da despesa em
2012, no valor de R$ 2.000,00, que estão sendo pagas em 2013, quer dizer que tal empenho
foi inscrito em restos a pagar em 31/12/2012.
Portanto, letra B.

(FCC/Analista-Contadoria/TRF.3a Região/2014)
96.
Despesas orçamentárias no balanço financeiro:
Pagamento de despesas orçamentárias 14.050.000
Pessoal e Encargos Sociais: R$ 7.800.000,00;
Passagens e Despesas com Locomoção: R$ 280.000,00;
Material de Consumo: R$ 2.670.000,00;
Equipamentos e Material Permanente: R$ 2.100.000,00;
Obras e Instalações: R$ 1.200.000,00.
Inscrição de empenhos em Restos a Pagar 2.850.000
RP = Despesa Empenhada – Despesa Paga
RP = 16.900.000 – 14.050.000 = 2.850.000
Total 16.900.000
No Balanço Financeiro a despesa considera-se realizada pelo pagamento.
Entretanto, os empenhos inscritos e restos a pagar também são evidenciados como despesa.
Neste caso, como sabemos, será inserida uma receita extraorçamentária para compensar tal
despesa que, de fato, não ocasionou desembolso financeiro (Lei no 4.320/1964, art. 103,
parágrafo único).
Dica! Salvo informação expressa em contrário na questão, considere que todos os empenhos
não pagos foram inscritos em restos a pagar.
Por este motivo, neste caso, o total da despesa empenhada (empenhos emitidos) é igual ao
total da despesa orçamentária evidenciada no Balanço Financeiro, pois os empenhos tiveram
apenas dois destinos: foram pagos ou inscritos em restos a pagar.
Atenção! Esta situação somente ocorre caso não ocorra nenhuma anulação de empenho e
todos os empenhos não pagos sejam inscritos em restos a pagar.
Receitas Extraorçamentárias No Balanço Financeiro:
Inscrição de empenhos em Restos a Pagar 2.850.000
Recebimento de Depósito Caução 120.000
Total 2.970.000
Letra B.

97.
A questão deixa claro “conforme Lei no 4.320/1964”, pois, no Balanço Orçamentário,
utilizamos a regra do art. 35 dessa lei: as receitas são consideradas realizadas na
arrecadação e as despesas no empenho.

Balanço Orçamentário
(+) Receitas Orçamentárias Arrecadadas 17.130.000
Tributos: R$ 5.800.000,00
Patrimoniais: R$ 730.000,00
Serviços: R$ 8.500.000,00
Operações De Crédito: R$ 2.100.000,00

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(-) Despesas Orçamentárias Empenhadas 16.900.000


Pessoal e Encargos Sociais: R$ 8.700.000,00
Passagens e Despesas com Locomoção: R$ 300.000,00
Material de Consumo: R$ 3.000.000,00
Equipamentos e Material Permanente: R$ 2.500.000,00
Obras e Instalações: R$ 2.400.000,00
(=) Resultado da execução orçamentária 230.000
Lembre-se! A inscrição do empenho em resto a pagar gera uma despesa orçamentária e seu
pagamento, em exercício futuro, uma despesa EXTRAorçamentária.
Letra D.

98. (FCC/Analista-Administrativa/TRT-12a Região/2013)


Lei no 4.320/1964, art. 105 (grifei):
§ 1o O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis
independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.
§ 2o O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou
alienação dependa de autorização legislativa.
§ 3o O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros pagamentos que
independam de autorização orçamentária.
§ 4o O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam
de autorização legislativa para amortização ou resgate.
Letra A.

99. (FCC/Analista-Orçamento/AL-PE/2014)
I. Dado que o software é parte integrante do computador, sendo este de valor econômico
mais significativo do que aquele para a empresa, então, o software será tratado como um
Ativo Imobilizado em conjunto com o computador.
II. Passivo Circulante: obrigações exigíveis até doze meses da data das demonstrações
contábeis.
III. Tal adiantamento de salário será registrado no Ativo Circulante (conjunto de bens e
direitos realizáveis até doze meses da data das demonstrações contábeis).
Letra A.

(FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
100.
(+) Variações Patrimoniais Aumentativas 18.300.000
Lançamento de receitas tributárias 15.000.000
Lançamento e arrecadação de receitas de serviços 3.000.000
Lançamento e arrecadação de outras receitas correntes 300.000
(−) Variações Patrimoniais Diminutivas 15.900.000
Liquidação de despesas com: 10.700.000
Pessoal e Encargos Sociais................ R$ 9.500.000
Outros Serviços de Terceiros – PJ...... R$ 1.100.000
Juros e Encargos da Dívida................ R$ 100.000
Utilização do material de consumo 3.000.000
Depreciação de ativo imobilizado 2.200.000
(=) Resultado Patrimonial 2.400.000
Observação! Nesta questão a banca examinadora considerou que o recebimento de aluguéis
ocasionou um fato permutativo (variação qualitativa), ou seja, que já havia registro prévio no
ativo desse valor a receber (apesar de não fornecer claramente esta informação).
A rubrica “Recebimento de aluguéis referentes a 2012” informa tratar-se de receita, por
competência, originária do ano anterior (2012). Como o comando da questão esclarece que
os fatos narrados referem-se ao exercício de 2013, infere-se, portanto, que em 2012 ocorreu
o registro do ativo dos aluguéis a receber, reconhecidos por oportunidade e competência.
Isto é muita vontade de querer fazer pegadinha na prova! Letra E.

101.
O resultado orçamentário é obtido pelo confronto entre as receitas e despesas executadas, ou
seja, as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas.

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(+) Receitas Orçamentárias Arrecadadas 20.950.000


Tributárias 14.800.000
Serviços 3.000.000
Outras receitas correntes 300.000
Dívida ativa 450.000
Aluguéis 100.000
Operação de crédito 2.300.000
(−) Despesas Orçamentárias Empenhadas (20.400.000)
Pessoal e Encargos Sociais 10.000.000
Outros Serviços de Terceiros - PJ 1.200.000
Material de Consumo 3.500.000
Equipamentos e Material Permanente 1.100.000
Obras e Instalações 4.500.000
Juros e Encargos da Dívida 100.000
(=) Resultado Orçamentário 550.000
Letra E.

102.
Desembolsos nas atividades de investimento:
(+) Equipamentos e Material Permanente 800.000
(+) Obras e Instalações: 3.000.000
(=) Total 3.800.000
Letra D.

103.
Dica! Durante a prova não há necessidade de montar todo o balanço financeiro. Basta
confrontar as receitas e despesas extraorçamentárias, pois apenas isto que foi pedido na
questão.
Em mil R$:
Receita Despesa
Orçamentária 20.950 Orçamentária 20.400
Tributárias 14.800 Pessoal e Encargos Sociais 8.900
Serviços 3.000 Outros Serviços Terceiros 900
Outras receitas correntes 300 Material de Consumo 3.000
Dívida Ativa 450 Equip. Mat. Permanente 800
Aluguéis 100 Obras e Instalações 3.000
Operação de crédito 2.300 Juros e Encargos da Dívida 80
Inscrição de RP (Obs.1) 3.720
Extraorçamentária 3.720 Extraorçamentária 1.420
Inscrição de RP (Obs.1) 3.720 Pagamento RP (Obs.2) 1.300
Devolução de caução 120
Deficit Financeiro 0 Superavit Financeiro 2.850
Total 24.670 Total 24.670
Lembre-se! No balanço financeiro, a inscrição de empenho em restos a pagar gera despesa
orçamentária e seu pagamento em exercício futuro uma despesa extraorçamentária.
O detalhe da questão está no regramento do parágrafo único, art. 103 da Lei no 4.320/1964,
o qual informa que, no balanço financeiro, os Restos a Pagar do exercício serão computados
na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Obs.1: Inscrição de Restos a Pagar (§ único, art. 103, Lei 4.320/1964):
Total da despesa empenhada 20.400.000
(-) Total da despesa orçamentária paga (16.680.000)
(=) Total 3.720.000
Obs.2: Trata-se de restos a pagar oriundos de exercícios anteriores, ou seja, empenhos
inscritos em restos a pagar em anos anteriores, cujo pagamento está sendo efetuado no
exercício atual.
Vamos, finalmente, calcular o que a questão pede!
Receitas extraorçamentárias 3.720.000
(-) Despesas extraorçamentárias (1.420.000)
(=) Total 2.300.000

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Letra A.

104. (FCC/AFR/Sefaz-SP/2013)
NBC T 16.6 (grifei):
Notas Explicativas
39. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
40. As informações contidas nas notas explicativas devem ser relevantes,
complementares ou suplementares àquelas não suficientemente evidenciadas ou não
constantes nas demonstrações contábeis.
41. As notas explicativas incluem os critérios utilizados na elaboração das
demonstrações contábeis, as informações de naturezas patrimonial, orçamentária,
econômica, financeira, legal, física, social e de desempenho e outros eventos não
suficientemente evidenciados ou não constantes nas referidas demonstrações.
Letra C.

105. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT-15a Região/2013)


NBC T 16.7, item 7:
As demonstrações contábeis das entidades do setor público, para fins de consolidação,
devem ser levantadas na mesma data, admitindo-se a defasagem de até três meses, desde
que os efeitos dos eventos relevantes entre as diferentes datas sejam divulgados em notas
explicativas.
Letra B.

106. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
Durante a prova você não precisa esquematizar o balanço financeiro. Para calcular basta
pegar o saldo financeiro do início do ano (saldo do exercício anterior) e confrontar com as
operações ocorridas ao longo do exercício financeiro (recebimentos e pagamentos).
Mas para que você possa melhor fixar a estrutura do balanço financeiro, vamos montá-lo
abaixo, conforme modelo do MCASP.
INGRESSOS/RECEITAS DISPÊNDIOS/DESPESAS
Receita Orçamentária (I) Despesa Orçamentária (VI)
Ordinária 185.000 Ordinária 168.500
Vinculada 75.000 Vinculada 72.500
Transferências Financeiras Transferências Financeiras
Recebidas (II) --- Concedidas (VII) ---
... ...
Recebimentos Pagamentos
Extraorçamentários (III) 48.500 Extraorçamentários (VIII) 73.500
Inscrição de RP 7.500 Pagamento 5.000
Valores Restituíveis Valores Restituíveis
25.500 ???
Saldo para o Exercício
Saldo do Exercício Anterior Seguinte (IX)
(IV)

TOTAL (V) = (I+II+III+IV) TOTAL (X) =


(VI+VII+VIII+IX)
O total da coluna da receita deve ser igual ao total da coluna da despesa, em virtude dos
saldos do início e fim do exercício:
TOTAL DA COLUNA DA RECEITA
= 185.000 + 75.000 + 48.500 + 7.500 + 25.500
= 341.500
TOTAL DA COLUNA DA DESPESA
= 168.500 + 72.500 + 73.500 + 5.000 + saldo final
= 319.500 + saldo final
TOTAL DA COLUNA DA RECEITA = TOTAL DA COLUNA DA DESPESA
341.500 = 319.500 + saldo final
saldo final = 341.500 – 319-500
saldo final = 22.000

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Observação 1: a rubrica “recebimentos extraorçamentários – inscrição em restos a pagar”


se refere à regra contida na Lei nº 4.320/64:
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como
os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os
saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o
exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita
extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
A despesa orçamentária gerada com a inscrição do empenho em restos a pagar acaba sendo
demonstrada no balanço financeiro, entretanto, ela não foi de fato paga, ou seja, não houve
desembolso financeiro com a inscrição do empenho em restos a pagar.
Dessa forma, para que a despesa orçamentária gerada pela inscrição de empenhos em restos
a pagar não interfira no resultado financeiro do período, é necessária a inserção de uma
receita extraorçamentária no mesmo valor, para compensar essa despesa.
Trata-se apenas de uma “receita escritural”, ou seja, uma “receita fictícia”, uma técnica
contábil utilizada para fins de fechamento do balanço financeiro.
Mas perceba que, na questão, não há uma rubrica específica de despesa dos empenhos
inscritos em restos a pagar ao final do ano. Portanto, devemos entender que, nas duas
rubricas de despesa orçamentária (ordinária e vinculada), também estão contidos os
empenhos inscritos e restos a pagar.
Observação 2: a rubrica “pagamentos extraorçamentários – restos a pagar” se refere a
empenhos inscritos em restos a pagar em exercícios anteriores e que foram pagos somente
neste exercício.
A inscrição do empenho em restos a pagar gera uma despesa orçamentária e o seu
pagamento (em exercício posterior) ocasiona uma despesa extraorçamentária.
Portanto, NÃO confunda esta rubrica com os empenhos inscritos em restos a pagar ao final
deste exercício.
Conclusão: o saldo ao final do ano (saldo que vai para o exercício seguinte) é de R$ 22 mil.
Letra C.

107. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
a) O reconhecimento do valor a receber de imposto por competência (fato gerador) ocasiona
uma variação quantitativa aumentativa. Seu recebimento será uma variação qualitativa.
Já a depreciação acarreta variação quantitativa diminutiva.
ERRADO.
b) Amortização de dívida gera variação qualitativa: diminui o ativo (saída do dinheiro) e o
passivo (baixa da obrigação), no mesmo valor, simultaneamente.
A operação de crédito, seja por antecipação de receita ou mesmo por outra forma de
empréstimo, também gera variação qualitativa: há simultâneo aumento do ativo (ingresso do
dinheiro) e do passivo (inscrição do valor a pagar), no mesmo valor.
CERTO.
c) Dações recebidas em doação geram variação quantitativa aumentativa, pois ocorre
aumento do ativo sem alteração do passivo.
Consumo de material gera variação quantitativa diminutiva, pois há diminuição do ativo,
ficando o passivo inalterado.
ERRADO.
d) A remuneração de depósitos bancários (rendimento com juros; aplicações) faz aumentar o
ativo, ocasionando variação quantitativa aumentativa.
Os juros sobre a dívida acarretam aumento do valor a pagar do passivo, portanto, variação
quantitativa diminutiva.
ERRADO.
e) Considerando que o desconto financeiro obtido irá diminuir o valor de dívida registrada no
passivo, então, há uma variação quantitativa aumentativa.
A locação de equipamentos e materiais permanentes irá produzir variação diminutiva por
competência, com o transcurso do tempo de locação. No momento da assinatura do contrato
não há alteração dos elementos do ativo e passivo.
ERRADO.
Opção correta: letra B.

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108. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
I. NBC T 16.6 (R1), item 30:
A Demonstração dos Fluxos de Caixa permite aos usuários projetar cenários de fluxos
futuros de caixa e elaborar análise sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de
manutenção do regular financiamento dos serviços públicos.
CERTO.
II. A Demonstração das Variações Patrimoniais que evidencia as variações verificadas no
patrimônio. Já o resultado orçamentário do exercício consta no Balanço Orçamentário.
ERRADO.
III. Quase tudo certo. Apenas a parte final está errada. O Balanço Orçamentário demonstra o
resultado orçamentário do exercício. O resultado financeiro consta no Balanço Financeiro.
NBC T 16.6 (R1), item 20 (grifei):
O Balanço Orçamentário evidencia as receitas e as despesas orçamentárias, detalhadas em
níveis relevantes de análise, confrontando o orçamento inicial e as suas alterações com a
execução, demonstrando o resultado orçamentário.
ERRADO.
IV. NBC T 16.6 (R1), item 38B:
A DMPL deve ser elaborada apenas pelas empresas estatais dependentes e pelos entes que
as incorporarem no processo de consolidação das contas.
CERTO.
V. NBC T 16.6 (R1), item 23:
O Balanço Financeiro evidencia as receitas e despesas orçamentárias, bem como os
ingressos e dispêndios extraorçamentários, conjugados com os saldos de caixa do exercício
anterior e os que se transferem para o início do exercício seguinte.
CERTO.
Afirmativas corretas: I, IV e V. Letra A.

109. (FCC-ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)


LRF (LC. 101/2000) (grifei):
Art. 50 (...)
III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações
e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e
fundacional, inclusive empresa estatal dependente;
(...)
§ 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações
intragovernamentais.
Letra D.

(FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
110.
Incluem os recursos relacionados à aquisição e à alienação de ativo
Fluxos de caixa das
não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação
atividades dos
de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e
investimentos
outras operações da mesma natureza.
Veja como tal atividade consta organizada na DFC!
Exercício Exercício
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Atual Anterior
Ingressos
Alienação de bens
Amortização de empréstimos e financiamentos concedidos
Outros ingressos de investimentos
Desembolsos
Aquisição de ativo não circulante
Concessão de empréstimos e financiamentos
Outros desembolsos de investimentos
Fluxo de caixa líquido das atividades de investimento (II)
Vamos agora calcular utilizando os dados da questão!

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(+) INGRESSOS 650


Alienação de bens imóveis: 650
(-) DESEMBOLSOS (400)
Aquisição de computadores: 120
Aquisição de veículos: 280
(=) FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA – ATIVIDADE INVESTIMENTO 250
Letra D.

111.
Compreendem os ingressos, inclusive decorrentes de receitas
Fluxos de caixa das
originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação
atividades das
pública e os demais fluxos que não se qualificam como de
operações
investimento ou financiamento.
Veja como tal atividade consta organizada na DFC!
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Exercício Exercício
Atual Anterior
Ingressos
Receitas derivadas e originárias
Transferências correntes recebidas
Outros ingressos operacionais
Desembolsos
Pessoal e demais despesas
Juros e encargos da dívida
Transferências concedidas
Outros desembolsos operacionais
Fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (I)
Vamos agora calcular utilizando os dados da questão!
(+) INGRESSOS 1.850
Receitas de impostos: 950
Receitas de transferências correntes: 370
Receitas de concessões de serviço público: 390
Receita de dívida ativa: 140
(-) DESEMBOLSOS (1.170)
Despesas com aluguel: 130
Despesas com juros e encargos da dívida: 330
Despesas com pessoal: 550
Despesas com serviços de manutenção de bens imóveis: 160
(=) FLUXO LÍQUIDO DE CAIXA – ATIVIDADE OPERACIONAL 680
Observação 1: O pagamento de juros e encargos da dívida é classificado como atividade
operacional. Já a amortização da dívida (pagamento do principal) e correção monetária é um
desembolso classificado na atividade de financiamento.
Observação 2: as transferências correntes recebidas são ingressos operacionais, já as
transferências de capital são atividades de financiamento.
Letra E.

112. (FCC-Analista-Adm/TRF-3ªRegião-2016)
a) Isso mesmo! No caso de demonstrações contábeis conjuntas (quaisquer delas), excluir-se-
ão as operações intragovernamentais (LC. 101/00, art. 50 § 1º). CERTO.
b) LRF (grifei):
Art. 50, II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime
de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos
financeiros pelo regime de caixa;
ERRADO.
c) LRF (grifei):
Art. 50, III - as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as
transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta,
autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;

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ERRADO.
d) LRF (grifei):
Art. 50, I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os
recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e
escriturados de forma individualizada;
ERRADO.
e) LRF (grifei):
Art. 50, V - as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas
de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas
de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando,
pelo menos, a natureza e o tipo de credor;
ERRADO.
Letra A.

113. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Observe que a questão pede apenas as variações patrimoniais decorrentes da execução do
orçamento.
a) De fato são respectivamente variações qualitativa e quantitativa, todavia, oriundas de
fatos extraorçamentários. ERRADO.
b) Normalmente as questões de concurso consideram que a venda do bem ocorreu pelo
mesmo valor registrado no Ativo, portanto, uma variação qualitativa orçamentária.
Quanto ao segundo fato contábil, o correto tecnicamente é o reconhecimento por
competência da despesa com pessoal e o consequente registro prévio no Passivo da
obrigação de pagamento, antes do pagamento. Todavia, o gabarito oficial foi letra B,
considerando, portanto, o pagamento da obrigação sem registro prévio do Passivo (como, por
vezes, de fato ocorre na prática). Assim, no momento desse pagamento ocorreu uma
variação quantitativa orçamentária. CERTO.
c) Variação qualitativa orçamentária (considerando ter ocorrido o registro prévio da obrigação
de pagamento no Passivo) e variação quantitativa extraorçamentária. ERRADO.
d) Variações orçamentárias quantitativa e qualitativa. ERRADO.
e) Variação quantitativa extraorçamentária e despesa sob o enfoque orçamentário. ERRADO.
Gabarito oficial: letra B.

114. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


a) Não existe tal relação. ERRADO.
b) Tais demonstrativos prestam informações específicas e diferentes, assim, os resultados
apurados não se confundem. ERRADO.
c) O balanço orçamentário evidencia as movimentações de créditos orçamentários, recebidas
e concedidas. CERTO.
d) De regra o déficit informa uma descapitalização, como, por exemplo, o déficit de capital
provocado em virtude de amortização de dívidas. ERRADO.
e) Não existe tal relação. Inclusive, observa-se que a ocorrência de insuficiência na
arrecadação de receitas, sejam correntes ou de capital, não necessariamente irá ocasionar
déficit orçamentário, dada a possibilidade de diminuição de execução das despesas. ERRADO.
Opção correta: letra C.

115. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


a) A consolidação total abrange todas as entidades incluídas no orçamento fiscal e da
seguridade social:
• as três esferas de governo (União, estados, Distrito Federal e municípios);
• os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário);
• toda a Administração Pública, direta e indireta, incluindo fundos, fundações,
autarquias e empresas estatais dependentes.
CERTO.
b) A LRF prevê algumas exceções quanto à elaboração e divulgação de informações para
pequenos municípios. Todavia, a consolidação das contas públicas não é o caso, portanto,
todos os municípios estão abrangidos neste processo. ERRADO.
c) A consolidação é um processo simétrico e busca evitar a dupla contagem de transações ou
saldos entre unidades, aumentando assim a utilidade dos dados consolidados.
Das demonstrações contábeis consolidadas devem ser excluídas:

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• as participações nas empresas estatais dependentes;


• as transações e saldos recíprocos entre entidades;
• as parcelas dos resultados do exercício, do lucro ou prejuízo acumulado e do custo
dos ativos que corresponderem a resultados ainda não realizados.
ERRADO.
d) Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (LC no 101/2000):
Art. 51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a consolidação,
nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício
anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público. (grifei).
ERRADO.
e) Objetivando a consolidação das contas públicas nos diversos níveis de governo, foi criado
PCASP um mecanismo para a segregação dos valores das transações que serão incluídas ou
excluídas na consolidação. Este mecanismo consiste na utilização do 5º nível (Subtítulo)
das classes 1, 2, 3 e 4 do PCASP para identificar os saldos recíprocos nas contas de natureza
patrimonial. Portanto, para que possa ser efetuada a consolidação das demonstrações
contábeis, há que se utilizar, no mínimo, o 5º nível. ERRADO.
Opção correta: letra A.

116. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


NBC T 16.6 (R1) – Demonstrações Contábeis (grifei):
31. A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou
indireto e evidenciar as movimentações havidas no caixa e seus equivalentes, nos
seguintes fluxos:
a) das operações;
b) dos investimentos; e
c) dos financiamentos.
Vale lembrar que a NBC T 16.6 informa a possibilidade de elaboração tanto pelo método
direto como indireto. Veja acima!
Já a Secretaria do Tesouro Nacional informa o uso apenas do método direto no MCASP (6ª
ed.):
6.4. Elaboração
A DFC deve ser elaborada pelo método direto e deve evidenciar as alterações de caixa e
equivalentes de caixa verificadas no exercício de referência, classificadas nos seguintes
fluxos, de acordo com as atividades
da entidade:
a. operacionais;
b. de investimento; e
c. de financiamento.
A soma dos três fluxos deverá corresponder à diferença entre os saldos iniciais e finais de
Caixa e Equivalentes
de Caixa do exercício de referência.
Letra B.

117. (ESAF – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


a) O Balanço Financeiro evidencia todos os ingressos financeiros, inclusive os
extraorçamentários. ERRADO.
b) O resultado financeiro é apurado pelo confronto entre todos os ingressos financeiros
(orçamentários e extraorçamentários) e todos os desembolsos (orçamentários e
extraorçamentários). ERRADO.
c) O Balanço Financeiro deve evidenciar todas as movimentações financeiras. ERRADO.
d) As disponibilidades financeiras constam registradas nas contas do Ativo, portanto,
recebem um CRÉDITO quando ocorre um dispêndio (saída de caixa) e um DÉBITO quando
ocorre um ingresso (entrada de caixa). ERRADO.
e) Lei nº 4.320/64:
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como
os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os
saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o
exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra-

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orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.


A demonstração da inscrição de restos a pagar inscritos no exercício também como
integrante dos ingressos extraorçamentários é uma exigência da Lei nº 4.320/64, com o
objetivo de compensar o respectivo valor que é computado nas despesas orçamentárias,
visto que, de fato, não ocorreu tal desembolso financeiro. Assim, trata-se de uma receita
“fictícia”, meramente “escritural”, não constituindo um ingresso financeiro. CERTO.
Letra E.

118. (ESAF – Analista/MDIC – 2012)


a) A Lei nº 4.320/64, no §1º do art. 105, informa que “O Ativo Financeiro compreenderá os
créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária e os valores
numerários.”. Portanto, para classificação no Ativo financeiro não há que se analisar a origem
dos recursos nem a conversibilidade do ativo, mas a dependência orçamentária. ERRADO.
b) Ativo Não Circulante – Imobilizado: Compreende os direitos que tenham por objeto bens
corpóreos destinados a manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos
e o controle desses bens. Para fins de apresentação no Balanço Patrimonial, o imobilizado
será apresentado já líquido da depreciação e amortização acumuladas.
Para análise do uso do bem nas atividades da empresa pouco importa sua duração. Assim,
um bem com vida útil maior do que outro não necessariamente será tido como de uso nas
atividades finalísticas da entidade. ERRADO.
c) Considerando ter sido realizada uma operação/transação normal cotidiana objeto do
negócio da entidade, independe o credor ser uma entidade pública da mesma esfera de
governo para fins de classificação do passivo e análise do grau de exigibilidade dessa
obrigação. ERRADO.
d) Atualmente o Ativo e Passivo são segregados em Circulante e Não Circulante. Todavia, os
ativos e passivos também são classificados como Financeiros e Permanentes (ou Não
Financeiros), na forma da Lei nº 4.320/64, para fins de cálculo do superávit financeiro (Lei nº
4.320/64, art. 43, §2º), conforme quadro específico publicado logo abaixo do balanço
patrimonial “principal”. Para tanto, o plano de contas utiliza-se do Indicador de Superávit
Financeiro.
Exemplo – conta Caixa:
LEGENDA CABEÇALHO: CC - CÓDIGO DA CONTA; NS - NATUREZA DO SALDO; ES -
ESCRITURAÇÃO; CNI - CÓDIGO DE NATUREZA DA INFORMAÇÃO; ISF - INDICADOR DE
SUPERAVIT FINANCEIRO
CC TÍTULO FUNÇÃO NS ES CNI ISF
1.1.1.1.1.01.0 Caixa Registra o somatório de D S P F
0 numerários em espécie e outros
valores em tesouraria.
Códigos no plano de contas:
ITEM CÓDIGO INFORMAÇÃO
D Devedor
NS - Natureza do Saldo
C Credor
S Sim (recebe escrituração)
ES - Escrituração
N Não (não recebe escrituração)
P Patrimonial
CNI - Código de Natureza da
O Orçamentário
Informação
C Controle
ISF - Indicador de Superavit F Financeiro
Financeiro P Permanente
Assim, a classificação tanto do Ativo quanto do Passivo deve ainda obedecer também aos
atributos financeiro e não financeiro, para fins de publicação do balanço patrimonial
“complementar” elaborado conforme a segregação informada pela Lei nº 4.320/64, o qual é
publicado juntamente com o balanço patrimonial “principal”.
Todavia, esta opção foi considerada errada pela ESAF.
Esta opção, para estar errada, deveria ter sido mais específica ou excludente, como, por
exemplo, mencionar que “a segregação tanto do ativo quanto do passivo deve obedecer
EXCLUSIVAMENTE aos atributos financeiro e não financeiro”, ou ainda, no comando da
questão, especificar “segundo o que determina a NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis”.

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Como a opção E também está correta, esta questão poderia ter sido objeto de anulação (algo
muito improvável de ocorrer com a ESAF). Opção CERTA, todavia, o gabarito oficial informa
ERRADA.
e) O balanço patrimonial segrega o Ativo e Passivo em Circulante e Não Circulante. As contas
do ativo devem ser dispostas em ordem decrescente de grau de conversibilidade e as contas
do passivo, em ordem decrescente de grau de exigibilidade. CERTO.
Opções certas: letras D e E. Gabarito oficial: letra E.

119. (ESAF – AFC/STN – 2013)


NBC T 16.6, itens 32 a 34:
O fluxo de caixa das operações compreende os ingressos, inclusive decorrentes de
receitas originárias e derivadas, e os desembolsos relacionados com a ação pública e os
demais fluxos que não se qualificam como de investimento ou financiamento.
O fluxo de caixa dos investimentos inclui os recursos relacionados à aquisição e à
alienação de ativo não circulante, bem como recebimentos em dinheiro por liquidação de
adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos e outras operações da mesma
natureza.
O fluxo de caixa dos financiamentos inclui os recursos relacionados à captação e à
amortização de empréstimos e financiamentos.
a) A receita de serviços é classificada no fluxo de caixa das operações, entretanto, a receita
de alienação de bens (receita de capital) é classificada no fluxo de caixa dos investimentos.
ERRADO.
b) As receitas patrimoniais (receita corrente) estão no fluxo de caixa das operações,
entretanto, a receita de operações de crédito está contida no fluxo de caixa dos
financiamentos. ERRADO.
c) A receita de serviços é classificada no fluxo de caixa das operações, entretanto, o
desembolso pela aquisição de imobilizado está no fluxo de caixa dos investimentos. ERRADO.
d) Receitas tributárias estão no fluxo de caixa das operações, entretanto, o desembolso para
amortização de dívida é classificado no fluxo de caixa dos financiamentos. ERRADO.
e) Perfeito! Tanto as receitas tributárias (receita corrente) como o pagamento de despesa
com pessoal (despesa corrente) são classificadas fluxo de caixa das operações, aquelas
impactando positivamente e estas negativamente. CERTO.
Opção correta: letra E.

120. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Fragmento do Balanço Patrimonial – MCASP (6ª ed.). Principais rubricas do Patrimônio
Líquido:
PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Ano Ano
ESPECIFICAÇÃO
X1 X0

Patrimônio Social e Capital Social


Adiantamento Para Futuro Aumento de Capital
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reservas de Lucros
Demais Reservas
Resultados Acumulados
(-) Ações/ Cotas em Tesouraria
Não está no quadro acima: letra C.

121. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


a) A questão já informa que há superávit financeiro, o qual é uma das possíveis fontes para
abertura de créditos adicionais. ERRADO.
b) Alguém saudosista deve ter elaborado esta questão.
Ativo e passivo “real” é uma denominação utilizada no modelo antigo de balanço
patrimonial, portanto, NÃO mais aplicada atualmente.
Ativo e passivo “real” é a soma do financeiro e permanente:
Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente

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Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente


Logo em seguida eram demonstradas (no modelo antigo de balanço patrimonial) as contas de
compensação, as quais, somadas com o total do ativo e passivo real, informavam o total do
ativo e passivo.
Vale ressaltar que “ativo real” ou “passivo real” eram utilizados para organização e
elaboração do balanço patrimonial (modelo antigo), todavia, não estão expressamente
previstos na Lei nº 4.320/64, motivo pelo qual foi possível abandonar o uso de tais
denominações no atual modelo de balanço patrimonial, pois não são mais necessárias, dado
que há quadro específico segregando as contas de compensação das demais.
Modelo antigo de balanço patrimonial:
ATIVO PASSIVO
Financeiro Financeiro
Permanente Permanente
Ativo Real (AF+AP) Passivo Real (PF+PP)
Ativo Compensado Passivo Compensado
Total do Ativo Total do Passivo
O “Passivo Real” superior ao “Ativo Real” era denominado de “Passivo Real Descoberto”.
A questão já informa que há passivo real descoberto de R$ 800 mil, portanto, a soma do
ativo real NÃO é superior à do passivo real. ERRADO.
c) Como explicado acima, as contas de compensação eram somadas ao ativo e passivo real,
compondo assim o total de cada coluna. ERRADO.
d) Vamos aos cálculos!
Superávit Financeiro = Ativo Financeiro – Passivo Financeiro
1.700 = Ativo Financeiro – 4.500
Ativo Financeiro = 1.700 + 4.500
Ativo Financeiro = 6.200

Ativo Real = Ativo Financeiro + Ativo Permanente


Ativo Real = 6.200 + 3.900
Ativo Real = 10.100
ERRADO.
e) Cálculos!
Passivo Real = Ativo Real + Passivo Real Descoberto
Passivo Real = 10.100 + 800
Passivo Real = 10.900
Passivo Real = Passivo Financeiro + Passivo Permanente
10.900 = 4.500 + Passivo Permanente
Passivo Permanente = 10.900 – 4.500
Passivo Permanente = 6.400
CERTO.
Opção correta: letra E.

122. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


a) Há situações em que o tributo (dependendo de sua característica) poderá ser lançado e
reconhecido antes da arrecadação, quando do fato gerador. Exemplo: IPTU. Portanto, o
reconhecimento da variação patrimonial poderá ocorrer antes da arrecadação. ERRADO.
b) Aqui foi exigido conteúdo de Direito Tributário. Pois bem, em síntese:
Obrigação principal: refere-se a arrecadação de recursos pelo Estado, ou seja, é o valor
a ser pago pelo contribuinte, estando nela abrangida inclusive multas e atualizações.
Obrigação acessória: criadas com o objetivo de facilitar o cumprimento da obrigação
tributária principal, existindo no interesse da fiscalização ou do processo de arrecadação.
Exemplos: obrigação de manter livros fiscais, obrigação de fazer declaração de imposto de
renda.
O que gera crédito tributário, passível de reconhecimento contábil, é a ocorrência do fato
gerador do tributo, ou seja, a ocorrência de alguma situação prevista em lei que cria a
obrigação de pagamento do tributo, surgindo assim a obrigação principal (pagar o valor pelo
contribuinte). ERRADO.
c) O Código Tributário Nacional - CTN informa a existência de três modalidades de
lançamento para constituição do crédito tributário:

163
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Lançamento de ofício ou direto (art. 149, CTN): a participação do sujeito passivo é nula
(ou quase nula). A administração pública coleta as informações e realiza todo o
procedimento administrativo, sem auxílio do sujeito passivo no momento do lançamento.
São exemplos: IPTU e IPVA. Conforme se observa nos exemplos, o ente estatal já possui
em seu banco de dados os proprietários de imóveis e de veículos automotores, não
necessitando do auxílio do sujeito passivo no exato momento do lançamento. Suas
principais características são a iniciativa da autoridade tributária e a independência da
colaboração do sujeito passivo.

Lançamento por declaração ou misto (art. 147, CTN): a participação do sujeito passivo
e do estado é equilibrada. O sujeito passivo presta informações à autoridade tributária
quanto a matéria de fato, cabendo à administração pública apurar o montante do tributo
devido. O ITBI, Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis, é um exemplo: o município
cobra o tributo tendo por base as informações prestadas pelo contribuinte. Suas principais
características são: o sujeito passivo fornece informações à autoridade tributária; somente
com tais informações será calculado o valor devido e lançado o tributo.
Lançamento por homologação ou autolançamento (art.150, CTN): a participação do
sujeito passivo é quase exclusiva, realizando quase todos os atos para que seja finalizado o
lançamento. O sujeito passivo antecipa o pagamento em relação ao lançamento, sem
prévio exame da autoridade tributária, ficando seus atos sujeitos à confirmação posterior
da autoridade competente.
O IRPF é um exemplo: o contribuinte antecipa o pagamento e no ano seguinte faz a
declaração anual de ajuste do imposto de renda. De posse da declaração, a autoridade
fiscal irá analisar as informações e homologar (ou não) o procedimento do sujeito passivo.
Esta alternativa misturou os conceitos de duas formas de lançamento diferentes. ERRADO.
d) Perfeito! Conforme explicado no quadro acima, no lançamento por homologação o sujeito
passivo antecipa o pagamento, sem o Estado ter conhecimento do fato gerador, portanto, a
variação patrimonial deve ser reconhecida na arrecadação. CERTO.
e) O tributo é uma prestação pecuniária compulsória, ou seja, é uma receita derivada,
cobrada pelo Estado no uso de seu “poder de império”. As transferências NÃO compulsórias
recebidas pelas entidades públicas NÃO são equiparadas a tributos e, portanto, NÃO devem
ser tratadas contabilmente como tal. ERRADO.
Opção correta: letra D.

123. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Precisamos identificar a opção que informa a ocorrência de variação QUALITATIVA e
QUANTITATIVA, nesta ordem. Vamos lá!
a)
Recebimento de bens por doação: variação QUANTITATIVA aumentativa (aumento do ativo
pelo ingresso do bem).
Pagamento de despesa com pessoal ativo: variação QUALITATIVA (baixa da obrigação no
passivo e diminuição do ativo pela saída de dinheiro, no mesmo valor)
ERRADO.
b)
Recebimento de tributo lançado: variação QUALITATIVA (baixa do crédito a receber no
ativo e ingresso do dinheiro, também no ativo, ambos no mesmo valor).
Baixa de equipamento obsoleto: variação QUANTITATIVA diminutiva (baixa do bem no
ativo).
Portanto, respectivamente variações qualitativa e quantitativa. CERTO.
c)
Amortização de empréstimo: variação QUALITATIVA (baixa do empréstimo a receber no
ativo e ingresso de recurso financeiro, também no ativo, no mesmo valor).
Recebimento antecipado proveniente de venda a termo: variação QUALITATIVA (aumento
do ativo pelo ingresso do dinheiro e aumento do passivo, no mesmo valor, pelo registro de
uma obrigação para com o terceiro que efetuou o pagamento antecipado).
ERRADO.
d)
Provisionamento para pagamento de 13º salário: variação QUANTITATIVA diminutiva
(reconhecimento de um passivo por competência).

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Amortização da dívida: variação QUALITATIVA (diminuição do passivo pela baixa da dívida


a pagar e diminuição do ativo, no mesmo valor, pela saída do recurso financeiro).
ERRADO.
e)
Prestação de contas de suprimento de fundos: pode ocorrer uma variação qualitativa caso
o servidor suprido não tenha efetuado uso do recurso a ele disponibilizado. Todavia, para
fins de concurso, considere como regra que o suprimento de fundos foi utilizado em bens
para consumo imediato ou serviços. Assim, com a prestação de contas ocorrerá uma
variação QUANTITATIVA diminutiva (dado o consumo desses bens ou serviços).
Transferência de recursos a ente de outra esfera de governo: dependendo do tipo de
transferência, se voluntária ou decorrente imposição legal (exemplo: repartição tributária)
poderá ser variação qualitativa ou quantitativa diminutiva.
De toda forma, como a primeira operação ocasionou em uma variação quantitativa: ERRADO.
Opção correta: letra B.

124. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Precisamos identificar a opção que contém exclusivamente variações patrimoniais
DIMINUTIVAS com operações FINANCEIRAS. Vejamos!
a) Juros recebidos e descontos recebidos ocasionam variação aumentativa. ERRADO.
b) Depreciação não é uma operação financeira. ERRADO.
c) Contribuição social não é operação financeira. ERRADO.
d) Contribuição especial não é operação financeira. ERRADO.
e) Perfeito! Todas são classificadas como operações financeiras e ocasionam variação
diminutiva. CERTO.
Opção correta: letra E.

125. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


Esta questão poderia ter sido objeto de anulação, pois há duas respostas corretas. Vejamos!
a) O IPVA é um imposto direto que o estado reconhece antes da arrecadação, efetuando o
lançamento prévio do crédito tributário e seu registro no ativo. CERTO.
b) Se o reconhecimento ocorre simultaneamente com a realização do serviço prestado,
então, o reconhecimento ocorre neste momento, e não posteriormente, com a arrecadação.
ERRADO.
c) O reconhecimento do direito ao 13º salário do servidor deve ser feito mensalmente por
competência (1/12 avos). ERRADO.
d) No momento da concessão há variação patrimonial qualitativa, pois não há alteração do
patrimônio líquido (não há alteração no total do ativo nem do total do passivo). É registrada
a saída do dinheiro no ativo e, concomitantemente, o direito/crédito de adiantamento contra
o suprido, também no ativo, no mesmo valor.
O reconhecimento da variação patrimonial diminutiva se dá na prestação de contas pelo
servidor, momento em que ele irá indicar o uso do dinheiro.
Como sabemos, as variações patrimoniais podem ser: quantitativas (diminutivas e
aumentativas), qualitativas e mistas. Todavia, veja que a questão utiliza “variação
patrimonial”, sem indicar qual delas.
A banca examinadora considerou esta resposta errada, pois empregou “variação patrimonial”
como se fosse suficiente para informar “variação patrimonial diminutiva” (VPD). Ou seja,
suponho que a banca queria dizer VPD (mas não disse).
Todavia, ocorre variação patrimonial tanto na concessão (juntamente com a despesa
orçamentária) como também na prestação de contas pelo servidor suprido, motivo pelo qual
esta opção está correta.
Resposta: CERTA. Gabarito oficial: ERRADO.
e) O reconhecimento da despesa orçamentária ocorre com a inscrição do empenho em restos
a pagar. O pagamento de restos a pagar gera uma despesa EXTRAorçamentária. ERRADO.
Respostas corretas: A e D.
Gabarito oficial: A.

126. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


a) LRF (grifei):
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das
contas públicas observará as seguintes:

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos


vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de
forma individualizada;
As operações de cada fundo NÃO devem ser contabilizadas em conjunto com as operações de
quaisquer órgãos. Os recursos dos fundos serão identificados e escriturados de forma
individualizada. ERRADO.
b) LRF (grifei):
Art. 50, II - a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de
competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros
pelo regime de caixa;
ERRADO.
c) LRF (grifei):
Art. 50, § 1o No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações
intragovernamentais.
ERRADO.
d) A edição de normas gerais para a consolidação das contas públicas é de competência da
Secretaria do Tesouro Nacional, órgão central de contabilidade da União.
LRF (LC no 101/2000):
Art. 50, § 2o. A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao
órgão central de contabilidade da União, enquanto não implantado o conselho de que trata o
art. 67.

Art. 67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da


operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por Conselho de Gestão Fiscal, constituído
por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de
entidades técnicas representativas da sociedade (...).
Enquanto não implantado o Conselho de Gestão Fiscal previsto no art. 67 da LRF, a edição de
normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de
contabilidade da União, ou seja, à Secretaria do Tesouro Nacional – STN. CERTO.
e) Conforme vimos acima, na resolução da letra “a”, a disponibilidade de caixa constará de
registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa
obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada.
LRF (grifei):
Art. 8º, Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão
utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
ERRADO.
Opção correta: letra D.

CAPÍTULO 9 – AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS PATRIMONIAIS

9.10. Questões de Concursos Públicos

(CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)


1.
O “passivo contingente” ocorre quando for apenas possível a saída de recursos e dado que
não é confiável a estimativa do montante da obrigação. Os passivos contingentes NÃO
devem ser evidenciados no passivo exigível do balanço patrimonial, mas apenas em notas
explicativas. ERRADO.

2.
Uma “provisão” somente deve ser reconhecida quando satisfeitas TODAS estas três
condições: há uma obrigação presente como resultado de evento passado; seja provável que
será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação; e, possa ser feita uma
estimativa confiável do valor da obrigação. CERTO.

166
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3. (CESPE – Contador/MTE – 2014)


Os ativos e passivos somente devem ser evidenciados no balanço patrimonial caso satisfaçam
as condições e critérios para reconhecimento. Passivos são obrigações presentes,
independentemente do prazo de vencimento que possuem. Se a obrigação não existe na data
de referência/emissão do balanço, portanto, não há passivo. CERTO.

4. (CESPE-Contador/MPOG-ENAP-2015)
O imóvel também está gerando benefícios econômicos à União, na medida em que promove
uma receita de aluguel. Portanto, a União continuará a evidenciar este imóvel em seu ativo,
permanecendo a depreciação sobre o imóvel.
A depreciação será registrada em conta redutora (credora) do imóvel no Ativo (“depreciação
acumulada”), e sua contrapartida será lançada em Variação Patrimonial Diminutiva (VPD), ou
seja, ocasionando uma despesa sob o enfoque patrimonial. CERTO.

5. (CESPE-Contador/MPOG-ENAP-2015)
Despesas com manutenção, reparos, consertos, reformas e adaptações, são despesas
correntes, estando o imóvel locado ou não para terceiros. Exemplos: reparo do telhado,
conserto da rede hidráulica, troca das instalações elétricas.
Somente quando a despesa ocasionar a ampliação relevante do potencial de geração de
benefícios econômicos futuros do imóvel, tal despesa deverá ser considerada despesa de
capital. Exemplo: aumento da área construída do imóvel.
CERTO.

6. (CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)


O método da soma dos dígitos proporciona quotas de depreciação maiores no início e
menores no final da vida útil do bem (taxa decrescente de depreciação), permitindo, dessa
forma, maior uniformidade nas variações patrimoniais diminutivas, considerando que no final
da vida útil o bem necessite de mais despesas com reparos e manutenções.
Dessa forma, considera-se que esse é o método mais adequado para itens do imobilizado que
demandem significativos valores com reparos e manutenção no final de sua vida útil, tais
como, por exemplo, aeronaves.
Exemplo: para um bem com vida útil de 5 anos, a depreciação anual será a fração com
numerador possuindo ordem inversa de contagem da vida útil do bem e o denominador é a
soma dos dígitos dos anos, neste caso, 15 é a soma (1 + 2 + 3 + 4 + 5), portanto, no 1º ano
deprecia-se 5/15 do valor, no 2º ano 4/15, no 3º ano 3/15, no 4º ano 2/15 e no 5º e último
ano 1/15. ERRADO.

(CESPE – Analista-Adm/ICMBio – 2014)


7.
Os procedimentos contidos no MCASP são editados através de portarias da STN, às vezes,
dependendo do volume e assunto, a portaria é editada em conjunto com a SOF (por exemplo,
quanto aos procedimentos orçamentários). Assim, as instruções contidas neste manual
acerca da Contabilidade Pública são de aplicação obrigatória a todos os órgãos do Governo
Federal, dado que a Secretaria do Tesouro Nacional é o órgão centro do Sistema de
Contabilidade Federal. ERRADO.

8.
O tombamento é um procedimento necessário para o adequado controle de todos os bens
que estão de POSSE do órgão (não precisa ser de propriedade). CERTO.

(CESPE-Contador/FUB-2015)

9.
MCASP, 6ª ed. (grifei):
9.1. Definições
• Passivo Contingente
Passivo contingente é:
a. uma obrigação possível resultante de eventos passados e cuja existência será
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que
não estão totalmente sob o controle da entidade; ou

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b. uma obrigação presente resultante de eventos passados, mas que não é


reconhecida porque:
i. não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos ou
potencial de serviços seja exigida para a extinção da obrigação; ou
ii. não é possível fazer uma estimativa confiável do valor da obrigação.
(...)
9.3.2. Reconhecimento
Os passivos contingentes não devem ser reconhecidos em contas patrimoniais, mas
tão somente registrados em contas de controle no PCASP.
(...)
9.3.3. Evidenciação
Para cada classe de passivo contingente, a entidade deve evidenciar nas demonstrações
contábeis a descrição da natureza do passivo contingente, por meio de notas
explicativas.
Adicionalmente, recomenda-se que seja evidenciado:
a. a estimativa de seu efeito financeiro;
b. a indicação das incertezas em relação à quantia ou periodicidade da saída; e
c. a possibilidade de algum reembolso.
CERTO.

10.
Como o 13º salário a pagar NÃO envolve nenhuma incerteza de valor e prazo, ou seja, é
sabido o valor exato e o vencimento certo a pagar, o MCASP não o considera como uma
provisão, mas simplesmente como um passivo reconhecido por competência.
MCASP, 6ª ed. (grifei):
9.2.1.1. Diferenciação entre Provisões e Outros Passivos
As provisões se distinguem dos demais passivos porque envolvem incerteza sobre o
prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua extinção.
Existem, basicamente, três tipos de passivo:
a. Contas a pagar, decorrentes de bens ou serviços recebidos e que tenham sido
faturados ou formalmente acordados com o fornecedor;
b. Passivos derivados de apropriações por competência, decorrentes de bens ou
serviços recebidos, mas que não tenham sido pagos, faturados ou formalmente acordados
com o fornecedor, por exemplo, férias a pagar e décimo terceiro salário; e
c. Provisões.
(...)
Dessa forma, embora sejam comumente conhecidos como “provisões”, não são provisões
nos termos deste capítulo:
a. Ajustes de perdas estimadas, como perdas com ativos, perdas com investimentos do
RPPS, e créditos de liquidação duvidosa, inclusive os créditos de dívida ativa. No PCASP,
tais ajustes são reconhecidos como contas redutoras do ativo.
b. Passivos derivados de apropriações por competência, por exemplo, férias a pagar
e décimo terceiro salário, embora algumas vezes seja necessário estimar o valor ou prazo
desses passivos. Nos casos exemplificados é feito o reconhecimento mensal da parcela
(1/12) das férias a pagar e décimo terceiro salário que tiverem como fato gerador aquele
mês de trabalho.
ERRADO.

(CESPE-Contador/FUB-2015)
11.
MCASP, 6ª ed. (grifei):
7.1.1. Reavaliação do Ativo Imobilizado
A entidade deve observar que, quando um item do ativo imobilizado é reavaliado, a
depreciação acumulada na data da reavaliação deve ser eliminada contra o valor contábil
bruto do ativo, atualizando-se o seu valor líquido pelo valor reavaliado.
O valor do ajuste decorrente da atualização ou da eliminação da depreciação acumulada
faz parte do aumento ou da diminuição no valor contábil registrado.
(...)
A reavaliação pode ser realizada através da elaboração de um laudo técnico por
perito ou entidade especializada, ou ainda através de relatório de avaliação

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realizado por uma comissão de servidores. O laudo técnico ou relatório de avaliação


conterá ao menos as seguintes informações:
a. documentação com a descrição detalhada referente a cada bem que esteja sendo
avaliado;
b. a identificação contábil do bem;
c. quais foram os critérios utilizados para avaliação do bem e sua respectiva
fundamentação;
d. vida útil remanescente do bem, para que sejam estabelecidos os critérios de
depreciação, a amortização ou
e. a exaustão;
f. data de avaliação; e
g. a identificação do responsável pela reavaliação.
CERTO.

12.
MCASP, 6ª ed. (grifei):
7.2.5. Reversão de uma Perda por Irrecuperabilidade
A entidade deve avaliar na data de encerramento das demonstrações contábeis se há
alguma indicação, com base nas fontes externas e internas de informação, de que uma
perda por irrecuperabilidade reconhecida em anos anteriores deva ser reduzida ou
eliminada. O registro será a reversão de uma perda por irrecuperabilidade.
7.2.5.1. Fontes Externas de Informação
a. o ressurgimento da demanda ou da necessidade de serviços fornecidos pelo
ativo;
b. a ocorrência, durante o período ou em futuro próximo, de mudanças significativas de
longo prazo, com efeito favorável sobre a entidade, no ambiente tecnológico, legal ou
político no qual a entidade opera.
7.2.5.2. Fontes Internas de Informação
a. a ocorrência, durante o período ou em futuro próximo, de mudanças significativas de
longo prazo, com efeito favorável sobre a entidade, na medida que o ativo é usado ou
previsto de ser usado. Estas mudanças incluem os custos incorridos durante o período para
melhorar ou aumentar o desempenho de um ativo ou para reestruturar a operação à qual
este ativo está relacionado;
b. uma decisão para recomeçar a construção do ativo que foi previamente interrompida
antes da conclusão, ou antes de estar em capacidade de operar;
c. existe evidência nos relatórios internos que indica que o desempenho do ativo é ou será
melhor do que o esperado.
Estes fatores não são exaustivos, podendo a entidade identificar outras indicações de uma
reversão de uma perda por irrecuperabilidade, exigindo que a entidade determine por
estimativa novamente o valor de serviço recuperável do ativo.
A reversão reflete um aumento no valor recuperável estimado para um ativo, seja pelo seu
uso ou pela sua venda, desde a data em que a entidade reconheceu a última perda por
irrecuperabilidade para este ativo.
CERTO.

13.
Seja na contabilidade pública ou privada, os terrenos NÃO estão sujeitos à depreciação,
considerando as características desses bens, sobretudo sua vida útil ilimitada (em regra).
Afinal, com o passar dos anos tais ativos podem, inclusive, sofrer significativa valorização
imobiliária em virtude de sua localização.
Obras de arte (quadros, esculturas etc.) também são tradicional exemplo de ativos que não
sofrem depreciação.
MCASP, 6ª ed. (grifei):
7.3. Depreciação
A depreciação é o declínio do potencial de geração de serviços por ativos de longa duração,
ocasionada pelos seguintes fatores:
a. Deterioração física;
b. Desgastes com uso; e
c. Obsolescência.
Em função desses fatores, faz-se necessária a devida apropriação do consumo desses

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ativos ao resultado do período por meio da depreciação, atendendo ao princípio da


competência.
(...)
A depreciação cessa quando do término do período de vida útil do ativo. Nesse momento,
seu valor contábil será igual ao seu valor residual, ou na falta deste, igual a zero. A partir
desse momento, o bem somente poderá ser depreciado se houver uma reavaliação,
acompanhada de uma análise técnica que defina o seu tempo de vida útil restante. A
depreciação cessa quando o ativo é baixado. Entretanto, não cessa quando o ativo se torna
ocioso ou é retirado de uso.
Em função de suas características, alguns itens do ativo não deverão ser
depreciados. Como exemplos de bens que não se encontram sujeitos à
depreciação têm-se os terrenos e os bens de natureza cultural.
(...)
Terrenos e edifícios são ativos separáveis e são contabilizados separadamente, mesmo
quando sejam adquiridos conjuntamente. Com algumas exceções, como as pedreiras e os
locais usados como aterro, os terrenos têm vida útil ilimitada e, portanto, não são
depreciados. Os edifícios têm vida útil limitada e por isso são ativos depreciáveis. O
aumento de valor de um terreno no qual um edifício esteja construído não afeta a
determinação do montante depreciável do edifício.
Deve ser depreciado separadamente cada componente de um item do ativo imobilizado
com custo significativo em relação ao custo total do item.
CERTO.

14.
MCASP, 6ª ed. (grifei):
4.3.6. Intangível
Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade
pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor
de aquisição ou de produção, deduzido do saldo da respectiva conta de amortização
acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que hajam sofrido ao
longo de sua vida útil por redução ao valor recuperável (impairment).
Um ativo intangível deve ser reconhecido somente quando:
a. for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão
gerados em favor da entidade; e
b. o custo do ativo possa ser mensurado com segurança.
O critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título gratuito e a
eventual impossibilidade de sua valoração devem ser evidenciados em notas explicativas.
Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo intangível devem ser
incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de benefícios
econômicos futuros ou potenciais de serviços. Qualquer outro gasto deve ser reconhecido
como despesa do período em que tenha incorrido.
O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado
internamente não deve ser reconhecido como ativo.
CERTO.

15.
O ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill) gerado internamente não
deve ser reconhecido como ativo. Entretanto, quando tal ágio for adquirido em
combinação de negócios, deverá ser reconhecido como um ativo intangível.
Apesar de a questão informar ser empresa controlada, são duas pessoas jurídicas distintas,
portanto, ele irá compor o ativo da empresa adquirente.
O goodwill não sofre amortização, entretanto, a empresa deve fazer teste de impairment
(redução ao valor recuperável) desse ativo. CERTO.

16.
Preço FOB (Free On Board = livre a bordo): conhecido como preço “posto na fábrica”, a
mercadoria é disponibilizada no local de fabricação ou armazenamento do vendedor.
Portanto, o comprador deverá arcar as despesas de carga, transporte, seguro, descarga etc.
Preço CIF (Cost, Insurance and Freight = custo, seguro e frete): conhecida como preço
"posto na obra", a mercadoria é entregue no endereço do comprador ou outro local indicado.

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As despesas de carga, transporte, seguro, descarga etc. já estão incluídas no valor da


mercadoria.
Portanto, ocorre o inverso que consta informado na questão. ERRADO.

(CESPE-Analista-Contadoria/STJ-2015)
17.
MCASP (6ª ed.) (grifei):
Passivo Circulante
Compreende os passivos exigíveis até doze meses da data das demonstrações
contábeis.
Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que atendam a qualquer um dos
seguintes critérios: tenham prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo operacional
da entidade; sejam mantidos primariamente para negociação; tenham prazos
estabelecidos ou esperados no curto prazo; sejam valores de terceiros ou retenções em
nome deles, quando a entidade do setor público for fiel depositaria, independentemente
do prazo de exigibilidade.
Perceba que para ser classificado no passivo circulante NÃO é necessário atender a todos os
critérios elencados pela STN/MCASP, mas apenas a qualquer um deles. CERTO.

18.
Perfeito! Desde que atenda aos critérios para reconhecimento, tal ativo deverá ser registrado
e evidenciado no balanço patrimonial.
MCASP (6ª ed.) (grifei):
6. ATIVO INTANGÍVEL
6.1. Definições
• Ativo Intangível
É um ativo não monetário, sem substância física, identificável, controlado pela entidade e
gerador de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais.
6.4. Reconhecimento
A substância física não é a característica fundamental de um ativo. Assim, os intangíveis
não deixam de ser ativos simplesmente porque não possuem esta característica. O
reconhecimento de um item como ativo intangível exige que a entidade demonstre que
ele atenda:
a. A definição de ativo intangível; e
b. Os critérios de reconhecimento, ou seja, quando:
i. for provável que os benefícios econômicos futuros esperados e serviço potencial
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e
ii. o custo ou valor justo do ativo possa ser mensurado com segurança.
(...)
O reconhecimento inicial de um ativo intangível pode ocorrer de três formas:
a. Aquisição separada;
b. Geração interna; e
c. Aquisição por meio de transações sem contraprestação.
6.4.3. Aquisição por meio de Transações sem Contraprestação
Um ativo intangível pode ser adquirido por meio de transações sem contraprestação. Isso
pode ocorrer quando outra entidade do setor público transfere ativos intangíveis a outra
entidade em uma transação sem contra prestação, como direito de aterrissagem em
aeroporto, licenças para operação de estações de rádio ou de televisão, etc.
Os custos incorridos que sejam diretamente atribuídos à preparação do ativo para o uso
pretendido devem ser acrescidos ao valor de registro inicial.
CERTO.

(CESPE-Analista-Contadoria/STJ-2015)
19.
Os aumentos ou diminuições relativas à reavaliação de ativos terão como contrapartida,
como regra, o resultado patrimonial do período, ou seja, uma variação patrimonial
aumentativa ou diminutiva.
Observa-se que o MCASP/STN recorda a possibilidade de criação de “reserva de reavaliação”
no patrimônio líquido (prevista nas normas internacionais de contabilidade do setor público),

171
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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

quando a reavaliação aumentar o valor do ativo. Mas tal situação somente é possível quando
há um controle patrimonial avançado. ERRADO.

20.
MCASP (6ª. ed.) (grifei):
Em relação à depreciação dos ativos de infraestrutura, recomenda-se que cada
componente de um item com custo significativo em relação ao custo total do item
seja depreciado separadamente. Por exemplo, pode ser necessário que se deprecie
separadamente a pavimentação, estruturas, meios-fios e canais, calçadas, pontes e
iluminação de um sistema de rodovias. Deve-se analisar ainda se um componente
considerado significativo tem a vida útil e o método de depreciação que sejam os mesmos
de outros componentes significativos do mesmo item, pois nesse caso, esses
componentes podem ser agrupados no cálculo da depreciação.
Portanto, quando um componente possui custo significativo em relação ao custo total do
item, recomenda-se que ele seja depreciado separadamente. ERRADO.

21.
MCASP (6ª. ed.) (grifei):
A entidade deve avaliar na data de encerramento das demonstrações contábeis se há
alguma indicação, com base nas fontes externas e internas de informação, de que uma
perda por irrecuperabilidade reconhecida em anos anteriores deva ser reduzida ou
eliminada. O registro será a reversão de uma perda por irrecuperabilidade.
A reversão reflete um aumento no valor recuperável estimado para um ativo, seja pelo
seu uso ou pela sua venda, desde a data em que a entidade reconheceu a última perda
por irrecuperabilidade para este ativo.
(...)
A reversão da perda por irrecuperabilidade de um ativo deve ser reconhecida
diretamente no resultado.
ERRADO.

22.
MCASP (6ª. ed.) (grifei):
No caso de transferências de ativos, o valor a atribuir deve ser o valor contábil líquido
constante nos registros da entidade de origem. Em caso de divergência deste
critério com o fixado no instrumento de autorização da transferência, este deve ser
evidenciado em notas explicativas.
ERRADO.

23. (CESPE – ACE/TC-DF – 2014)


Não necessariamente, pois depende dos preços de aquisição da mercadoria. Eventualmente
poderão ocorrer períodos com preços constantes ou de deflação. ERRADO.

24. (CESPE – Analista-GestãoFinanceira/SERPRO – 2013)


Lembre-se! Atualmente, em virtude da convergência com as normas internacionais, o termo
“provisão” passou a ser utilizado exclusivamente para o Passivo. As contas redutoras do Ativo
devem ser intituladas de “ajustes”.
Todavia, ainda podem ser encontradas questões de concurso utilizando o termo “provisão”
como conta redutora do Ativo, como ocorreu nesta. Portanto, durante a prova, interprete
com cautela a questão.
As contas para constituição de ajustes, depreciação, amortização e exaustão são utilizadas
para retificar o valor do ativo. São contas evidenciadas no Ativo, todavia, de natureza
credora, influenciando, portanto, negativamente o valor do patrimônio. CERTO.

(CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)


25.
Finalmente! Perceba que nesta questão foi aplicado o termo “ajuste”, sendo este o
tecnicamente correto para denominar contas retificadoras do ativo (e não o termo
“provisão”).
Eis abaixo o motivo: o texto da questão é cópia do MCASP.

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MCASP – Parte II (5ª ed.) (grifei):


02.06.07 AJUSTE DE PERDAS DE CRÉDITOS DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES
Deverá ser constituído ajuste de perdas de créditos relativos a impostos e contribuições,
cuja responsabilidade pelo cálculo, registro contábil e acompanhamento é do órgão
competente pela gestão em cada esfera de governo.
O percentual de ajuste para redução dos créditos de impostos e contribuições
vencidos porém não inscritos em dívida ativa pode ser o mesmo do ajuste para
perdas de dívida ativa, cujas metodologias constam da Parte III – Procedimentos
Contábeis Específicos, deste Manual.
Texto mais recente do MCASP, 6ª ed.:
5.3.5. Ajuste para Perdas da Dívida Ativa
Os créditos inscritos em dívida ativa, embora gozem de prerrogativas jurídicas para sua
cobrança, apresentam significativa probabilidade de não realização em função de
cancelamentos, prescrições, ações judiciais, entre outros.
Assim, as perdas esperadas referentes à dívida ativa devem ser registradas por meio de
uma conta redutora do ativo.
A responsabilidade pelo cálculo e registro contábil do ajuste para perdas é do órgão ou
entidade competente para a gestão da dívida ativa.
Este Manual não especifica uma metodologia para o cálculo do ajuste para perdas, tendo
em vista a diversidade da origem dos créditos e dos graus de estruturação das atividades
de cobrança nos entes da Federação. Caberá a cada ente a escolha da metodologia que
melhor retrate a expectativa de recebimento dos créditos inscritos.
A metodologia utilizada e a memória de cálculo do ajuste para perdas deverão ser
divulgadas em notas explicativas.
A mensuração do ajuste para perdas deve basear-se em estudos especializados que
delineiem e qualifiquem os créditos inscritos, de modo a não superestimar e nem
subavaliar o patrimônio real do ente público. Tais estudos deverão considerar, entre
outros aspectos, o tipo de crédito (tributário ou não tributário), o prazo decorrido desde
sua constituição, o andamento das ações de cobrança (extrajudicial ou judicial), dentre
outros.
O ajuste para perdas deverá ser registrado no ativo em contrapartida a uma variação
patrimonial diminutiva (VPD).
8.5.1.2. Ajuste de Perdas
Deverá ser constituído ajuste de perdas de créditos relativos a impostos.
A metodologia utilizada para cálculo do ajuste de perdas deverá ser aquela que melhor
reflita a real situação do ativo e deverá ser evidenciada em notas explicativas.
CERTO.

26.
MCASP – Parte II (5ª ed.) (grifei):
02.06.03 RECONHECIMENTO DOS CRÉDITOS DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES
Uma entidade reconhecerá um ativo oriundo de uma transação sem contraprestação
quando ganha o controle de recursos que se enquadram na definição de um ativo e
satisfazem os critérios de reconhecimento.
Uma entrada de recursos de uma transação sem contraprestação que se enquadre na
definição de um ativo deve ser reconhecida como um ativo quando, e somente quando:
(a) seja provável que os benefícios econômicos futuros e o potencial de serviços
associados com o ativo fluam para a entidade;
(b) o valor justo do ativo pode ser mensurado de maneira confiável.
Um ativo adquirido por meio de uma transação sem contraprestação deverá ser
inicialmente mesurado pelo seu valor justo da data de aquisição.
Texto mais recente do MCASP (6ª ed.):
8.5. Reconhecimento de Ativos Oriundos de Transações sem Contraprestação
A entidade deve reconhecer o ativo oriundo de uma transação sem contraprestação
quando obtiver o controle de recursos que se enquadrem na definição de um ativo e
satisfaçam os critérios de reconhecimento a seguir:
a. seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços associados
com o ativo fluam para a entidade; e
b. o valor justo do ativo possa ser mensurado de maneira confiável.
O ativo obtido por meio de uma transação sem contraprestação deverá ser inicialmente

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mensurado pelo seu valor justo na data do reconhecimento.


CERTO.

27. (CESPE – Perito-Contábeis/PO-AL – 2013)


Valor Recuperável: é o valor de venda de um ativo menos o custo para a sua alienação
(preço líquido de venda), ou o valor que a entidade do setor público espera recuperar pelo
uso futuro desse ativo nas suas operações, estimado com base nos fluxos de caixa ou
potencial de serviços futuros trazidos a valor presente por meio de taxa de desconto (valor
em uso), o que o for maior.
Vida Útil: é o período durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, ou número de
unidade de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela
utilização do ativo.
ERRADO.

(CESPE-Auditor/CGE-PI-2015)
28.
Perfeito! As contas retificadoras devem ser reavaliadas com frequência e, caso o motivo para
sua constituição não persista mais, devem ser reduzidas ou mesmo baixadas integralmente.
Exemplo são os ajustes para dívida ativa. MCASP, 6ª ed.:
5.3.5. Ajuste para Perdas da Dívida Ativa
Os créditos inscritos em dívida ativa, embora gozem de prerrogativas jurídicas para sua
cobrança, apresentam significativa probabilidade de não realização em função de
cancelamentos, prescrições, ações judiciais, entre outros.
Assim, as perdas esperadas referentes à dívida ativa devem ser registradas por meio de
uma conta redutora do ativo.
(...)
O valor do ajuste para perdas deve ser revisto ao menos anualmente, para fins de
elaboração das demonstrações contábeis.
No momento da revisão do valor do ajuste, caso o valor das perdas esperadas seja maior
do que o registrado anteriormente, a diferença deverá ser registrada mediante lançamento
idêntico ao da constituição. Caso o novo valor seja menor do que o registrado
anteriormente, a diferença deverá ser revertida mediante registro de uma variação
patrimonial aumentativa (VPA).
CERTO.

29.
MCASP, 6ª ed. (grifei):
4.3.6. Intangível
Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com
base no valor de aquisição ou de produção, deduzido do saldo da respectiva conta de
amortização acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do valor que
hajam sofrido ao longo de sua vida útil por redução ao valor recuperável (impairment).
Um ativo intangível deve ser reconhecido somente quando:
a. for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão
gerados em favor da entidade; e
b. o custo do ativo possa ser mensurado com segurança.
O critério de mensuração ou avaliação dos ativos intangíveis obtidos a título gratuito e a
eventual impossibilidade de sua valoração devem ser evidenciados em notas
explicativas.
Portanto, tais ativos deverão ser evidenciados em notas explicativas. ERRADO.

(CESPE – Contador/SUFRAMA – 2014)


30.
O custo de recuperação é o custo de recuperar o potencial de serviço de um ativo ao seu
nível pré-perda por irrecuperabilidade. Portanto, trata-se de aplicação de uma
abordagem/metodologia de avaliação de ativo exatamente pelo fato dele ter sofrido um dano
e estar sujeito a esta perda por irrecuperabilidade. ERRADO.

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31.
STN:
ANÁLISE DA APLICABILIDADE DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
APLICADAS AO SETOR PÚBLICO
Abordagem do Custo de Reposição Depreciado
Por meio desta abordagem, o valor presente do potencial de serviço remanescente de um
ativo é determinado como o custo de reposição depreciado do ativo. O custo de reposição
de um ativo é o custo para repor seu potencial de serviço bruto. Este custo é depreciado
para refletir o ativo na sua condição de usado. Um ativo pode ser reposto por meio da
reprodução (replicação) do ativo existente ou por meio da reposição do potencial de
serviço bruto. O custo de reposição depreciado é mensurado como a reprodução ou o
custo de reposição do ativo, o que for mais baixo, menos a depreciação acumulada
calculada com base neste custo para refletir o potencial de serviço já consumido ou
esgotado do ativo.
Comentário: Esse método mensura o valor para repor o potencial do respectivo serviço
considerando, porém sua depreciação. Para calcular a reposição do potencial do serviço
deve-se buscar no mercado seu custo de reposição.
Fonte: <www.tesouro.fazenda.gov.br>; Contabilidade Governamental; em 03/06/13.
Mas como funciona o “custo de reposição depreciado”?
Utilizamos como base o custo atual para reposição do bem, entretanto, como este custo
informado se refere a um bem novo, então, depreciamos tal valor para torná-lo equivalente à
condição de usado do bem.
Dessa forma, pegamos o atual valor de mercado do veículo novo e depreciamos pelo período
de tempo em que o veículo que sofreu o dano foi utilizado pela empresa:
Custo de reposição (veículo novo) = R$ 72mil
Valor residual: não há
Vida útil: 5 anos (60 meses)
Depreciação pós 30 meses (ou seja, metade da vida útil) = R$ 72mil / 2 = R$ 36mil.
72.000 – 36.000 = 36.000
CERTO.

(CESPE-Contador/FUB-2015)
32.
MCASP (6ª ed.):
8.5. Reconhecimento de Ativos Oriundos de Transações sem Contraprestação
A entidade deve reconhecer o ativo oriundo de uma transação sem contraprestação
quando obtiver o controle de recursos que se enquadrem na definição de um ativo e
satisfaçam os critérios de reconhecimento a seguir:
a. seja provável que benefícios econômicos futuros e potencial de serviços associados
com o ativo fluam para a entidade; e
b. o valor justo do ativo possa ser mensurado de maneira confiável.
O ativo obtido por meio de uma transação sem contraprestação deverá ser inicialmente
mensurado pelo seu valor justo na data do reconhecimento.
8.5.1.2. Ajuste de Perdas
Deverá ser constituído ajuste de perdas de créditos relativos a impostos.
A metodologia utilizada para cálculo do ajuste de perdas deverá ser aquela que melhor
reflita a real situação do ativo e deverá ser evidenciada em notas explicativas.
ERRADO.

33.
MCASP (6ª ed.) (grifei):
8.5.1.1. Recebimento Antecipado de Tributos9
Os recursos de tributos recebidos antes da ocorrência do fato gerador são
reconhecidos como um ativo, pela entrada no caixa, e um passivo – recebimentos
antecipados – porque o evento que origina o direito da entidade aos tributos não
ocorreu e o critério para o reconhecimento da variação patrimonial aumentativa (VPA)
não foi satisfeito, apesar de a entidade já ter recebido uma entrada de recursos.
Os recebimentos antecipados relativos a tributos não são, em essência, diferentes de
outros recebimentos antecipados.
Deste modo, um passivo deve ser reconhecido até que o evento tributável ocorra. Quando

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o evento tributável ocorrer, o passivo deve ser baixado e a variação patrimonial


aumentativa deve ser reconhecida.
CERTO.

(CESPE – Contador/MTE – 2014)


34.
STN:
ANÁLISE DA APLICABILIDADE DAS NORMAS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE
APLICADAS AO SETOR PÚBLICO
Abordagem do Custo de Recuperação
O custo de recuperação é o custo de recuperar o potencial de serviço de um ativo ao seu
nível pré-perda por irrecuperabilidade. Por meio desta abordagem, o valor presente do
potencial de serviço remanescente do ativo é determinado subtraindo o custo de
recuperação estimado do ativo do custo atual da substituição do potencial de serviço
remanescente do ativo antes da perda por irrecuperabilidade.
Comentário: Essa abordagem é usada para ativos que sofreram algum tipo de dano que
comprometa seu uso, e por esse motivo necessita de um reparo para continuar sendo
usado. Assim, as perdas oriundas de danos físicos são geralmente mensuráveis usando-se
a abordagem do custo de recuperação ou a abordagem do custo de reposição depreciado,
quando apropriado.
Fonte: <www.tesouro.fazenda.gov.br>; Contabilidade Governamental; em 03/06/13.
Dados:
Valor residual: não há
Vida útil: 10 anos
Tempo de uso: 48 meses (4 anos)
Custo de reposição (veículo novo) = R$ 60.000
Custo de reposição depreciado em 4 anos = (60.000 / 10) x 6 = 36.000
Custo para recuperar a condição operacional do equipamento = 6.000
Detalhe importante: a restauração não afetou a vida útil do equipamento, portanto, o gasto
serviu apenas para retornar o equipamento à condição em que se encontrava de usado.
Observe o conceito:
“(...) o valor presente do potencial de serviço remanescente do ativo é determinado
subtraindo o custo de recuperação estimado do ativo do custo atual da substituição do
potencial de serviço remanescente do ativo (...)”.
Teremos que o “custo atual da substituição” será igual ao “custo de reposição
depreciado”, ou seja, R$ 36.000 (calculado acima).
valor presente do
custo atual da custo de recuperação
potencial de serviço = –
substituição estimado
remanescente
valor presente do
potencial de serviço = 36.000 – 6.000
remanescente
valor presente do
potencial de serviço = 30.000
remanescente
CERTO.

35.
Cálculo:
Valor residual: não há
Vida útil: 10 anos
Valor de aquisição = 42.000
Depreciação após 48 meses (4 anos) = (42.000 / 10) x 4 = 16.800
Valor líquido contábil após 4 anos = 42.000 – 16.800 = 25.200
ERRADO.

(CESPE – Contador/CADE – 2014)


36.
Nesta questão foram misturados os conceitos de passivo contingente e provisão.

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Uma “provisão” somente deve ser reconhecida quando satisfeitas TODAS estas três
condições: há uma obrigação presente como resultado de evento passado; seja
provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação; e, possa ser
feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. As provisões constam demonstradas no
passivo exigível do balanço patrimonial.
O “passivo contingente” ocorre quando for apenas possível a saída de recursos e dado que
não é confiável a estimativa do montante da obrigação. Os passivos contingentes NÃO
devem ser evidenciados no passivo exigível da entidade, mas apenas em notas explicativas.
ERRADO.

37.
Os intangíveis (bens incorpóreos) são avaliados com base no valor histórico (aquisição ou de
produção), estando sujeitos à amortização.
Eis o conceito informado na NBC T 16.10, item 2 (grifei):
Redução ao valor recuperável (impairment): é a redução nos benefícios econômicos
futuros ou no potencial de serviços de um ativo que reflete o declínio na sua utilidade,
além do reconhecimento sistemático por meio da depreciação.
Portanto, do teste de impairment decorre a atribuição de um novo valor ao ativo, inferior ao
líquido contábil. CERTO.

38.
Uma “provisão” somente deve ser reconhecida no passivo exigível quando satisfeitas TODAS
estas três condições: há uma obrigação presente como resultado de evento passado; seja
provável que será necessária uma saída de recursos para liquidar a obrigação; e, possa ser
feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. CERTO.

39. (CESPE – Analista-Orçamento/CÂMARA DOS DEPUTADOS – 2014)


O item 12 da NBC T 16.9 informa que não estão sujeitos ao regime de depreciação:
(a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades,
documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;
(b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados
tecnicamente, de vida útil indeterminada;
(c) animais que se destinam à exposição e à preservação;
(d) terrenos rurais e urbanos.
Tais elementos patrimoniais não estão sujeitos à depreciação, pois são considerados com
vida útil econômica não determinada. ERRADO.

40. (CESPE – ACE/TC-DF – 2014)


A dívida ativa deve ser integralmente registrada. Caso necessário, serão efetuados “ajustes”
em contas redutoras do ativo.
O MCASP está segregado em partes, dentre elas a Parte II – PCP – Procedimentos Contábeis
Patrimoniais, que deve ser adotada de forma gradual e obrigatória até o final do exercício
financeiro de 2014. Este é o atual prazo (em 2014), em virtude da Portaria STN nº
437/2012.
Dica! Os prazos de implementação das novas normas para a Contabilidade Pública e
obrigatoriedade de uso do novo plano de contas e novos modelos de demonstrações
contábeis já foram alterados e prorrogados diversas vezes pela STN.
Raramente são exigidos tais prazos em questões de concurso, entretanto, fique atento se irá
ocorrer (novamente) alguma alteração até a data de seu concurso. Afinal, eis aqui uma
questão que exigiu tal conhecimento. ERRADO.

(CEBRASPE-Contador/DPU-2016)
41.
NBC T 16.9, item 12 (grifei):
Não estão sujeitos ao regime de depreciação:
(a) bens móveis de natureza cultural, tais como obras de artes, antiguidades,
documentos, bens com interesse histórico, bens integrados em coleções, entre outros;
(b) bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, considerados
tecnicamente, de vida útil indeterminada;
(c) animais que se destinam à exposição e à preservação;

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(d) terrenos rurais e urbanos.


O terreno não sofre depreciação, pois não há declínio do potencial de geração de serviços ou
retorno econômico. Já as edificações sobre os terrenos sofrem depreciação.
Portanto, devem ser contabilizados separadamente o terreno e a eventual edificação sobre
ele, por serem de fato bens separáveis, sendo possível não apenas o exato controle dos
ativos, mas também processar a devida depreciação.
Já os animais semoventes, de regra, sofrem depreciação (gado reprodutor, rebanho de
renda, animais de trabalho etc.).
Todavia, aqueles destinados à exposição e à preservação não sofrem depreciação. São
normalmente animais raros e, exatamente em virtude desta condição, podem inclusive ter
valor aumentado com o passar do tempo, ou mesmo ser incalculável. CERTO.

42.
A NBC T 16.10 informa que o método para mensuração e avaliação das saídas do
almoxarifado é apenas o custo médio ponderado, conforme estabelece o inciso III, art. 106,
da Lei nº 4.320/1964. ERRADO.

(CEBRASPE-ACE-Fiscal-CiênciasAtuariais/TCE-PA-2016)
43.
A depreciação provoca uma diminuição do valor do bem, sendo contabilizada através de uma
conta retificadora (de natureza credora) constante no ativo.
A contrapartida devedora do registro dessa depreciação normalmente é uma variação
patrimonial diminutiva, provocando assim uma redução no resultado patrimonial do exercício
e do patrimônio líquido.
Portanto, de fato a depreciação impacta negativamente na apuração do resultado do período,
todavia, NÃO há registro de um passivo, mas, sim, de uma conta redutora no ativo. ERRADO.

44.
Para a entidade que recebeu o empréstimo, na data da liberação dos recursos, ocorre o
ingresso do dinheiro no ativo e o concomitante registro da obrigação no passivo, no mesmo
valor. CERTO.

45. (CEBRASPE-ACE-Fiscal-Contabilidade/TCE-PA-2016)
O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, é mensurado ou
avaliado com base no valor de aquisição, produção ou construção (NBC T 16.10, item 24).
Todavia, com a observância do regime de competência, como também a adequada
mensuração dos elementos patrimoniais, a entidade deve avaliar se há alguma indicação de
que um ativo imobilizado ou intangível possa ter sofrido perda por irrecuperabilidade e fazer
seu tempestivo reconhecimento, independentemente de sua alienação. ERRADO.

46. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
Eis o conteúdo da Lei nº 4.320/64:
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a
conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de
construção;
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.
§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda
estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.
§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão
levadas à conta patrimonial.
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.
Verificando as opções!
a) Lei nº 4.320/64, art. 106, inciso II. ERRADO.
b) Lei nº 4.320/64, art. 106, inciso III. ERRADO.
c) Lei nº 4.320/64, art. 106, § 2º. ERRADO.
d) Lei nº 4.320/64, art. 106, § 3º. CERTO.
e) Lei nº 4.320/64, art. 106, inciso I. ERRADO.

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

Opção correta: letra D.

47. (CEBRASPE-Perito-CiênciasContábeis/PC-PE-2016)
a) Um passivo trabalhista poderá ser objeto de registro de provisão antes do trânsito em
julgado, caso satisfaça os critérios para reconhecimento.
Uma provisão somente deve ser reconhecida se atender cumulativamente aos seguintes
requisitos:
• a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como consequência
de um evento passado; e
• é provável a saída de recursos para liquidar a obrigação; e
• pode ser feita estimativa confiável do montante da obrigação.
ERRADO.
b) Como a obrigação presente possui remota probabilidade de saída de recursos, ou seja,
NÃO é provável a saída de recurso, então, trata-se de um passivo contingente, o qual NÃO
deve ser reconhecido no passivo. ERRADO.
c) Sendo provável a saída de recursos, então, enquadra-se em provisão, devendo ser
registrada no passivo. ERRADO.
d) Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência
será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos que
não estão totalmente sob controle da entidade. Os ativos contingentes NÃO devem ser
evidenciados nas demonstrações contábeis. ERRADO.
e) Perfeito! Não sendo provável a entrada de recursos, então, trata-se de um ativo
contingente. Nenhum ativo deverá ser reconhecido ou divulgado. CERTO.
Letra E.

48. (CEBRASPE-Analista-Contabilidade/TRT-8ªRegião-2016)
a) O ativo obtido por meio de uma transação sem contraprestação (estando o crédito
tributário inserido neste conceito) deverá ser inicialmente mensurado pelo seu valor justo
na data do reconhecimento. ERRADO.
b) O recebimento antecipado de valor relativo a tributo é semelhante a outros recebimentos
antecipados.
Com o recebimento de tributos antes da ocorrência do fato gerador haverá registro contábil
de aumento do ativo (registro do ingresso financeiro) e de um passivo (recebimento
antecipado).
Quando o evento tributável ocorrer, o passivo deve ser baixado e a variação patrimonial
aumentativa reconhecida. ERRADO.
c) Deverá ser constituído ajuste de perdas de créditos relativos a impostos, mesmo os
inscritos em dívida ativa. Afinal, de certo que nem todos os valores serão recebidos. Assim, o
ente deverá inserir uma conta redutora de ajuste para perdas estimadas com o não
recebimento desses valores. ERRADO.
d) São receitas extraorçamentárias, pois não se incorporam ao patrimônio público. O ente é
mero repassador desses valores. ERRADO.
e) A transação sem contraprestação ocorre quando a entidade recebe ativos ou serviços, ou
tem passivos extintos, e, em contrapartida, entrega valor irrisório ou nenhum. Ou seja, a
entidade pública efetua uma transação sem fornecer contraprestação à outra parte.
A maior parte das variações patrimoniais aumentativas das entidades públicas decorre de
transações sem contraprestação, por exemplo, os impostos, sendo estes a fonte de receita
mais significativa para as entidades do setor público. CERTO.
Letra E.

49. (CEBRASPE-Analista-Adm/TRT-8ªRegião-2016)
a) MCASP – Parte II (6ª ed.):
No momento do reconhecimento do crédito tributário, pode haver incerteza sobre o
montante a ser transferido, devido ao fato de que esse tributo pode não ser arrecadado,
justificando-se o registro da provisão ao invés do passivo relacionado à obrigação.
O ente arrecadador/transferidor deverá registrar um passivo – provisão para repartição
tributária de créditos em contrapartida de uma variação patrimonial diminutiva (VPD) pela
parcela do recurso a transferir ao ente recebedor.
ERRADO.

179
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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

b) MCASP – Parte II (6ª ed.):


No momento do ingresso do recurso, o ente recebedor deverá efetuar a baixa do ativo –
créditos a receber em contrapartida do ingresso no banco, neste momento impactando o
superávit financeiro.
Simultaneamente, deve-se registrar a receita orçamentária realizada em contrapartida da
receita a realizar nas contas de controle da execução do orçamento.
Esse procedimento evita a formação de um superávit financeiro superior ao lastro financeiro
existente no ente recebedor.
ERRADO.
c) MCASP – Parte II (6ª ed.) (grifei):
No momento do reconhecimento do crédito tributário, pode haver incerteza sobre o
montante a ser transferido, devido ao fato de que esse tributo pode não ser arrecadado,
justificando-se o registro da provisão ao invés do passivo relacionado à obrigação.
O ente arrecadador/transferidor deverá registrar um passivo – provisão para repartição
tributária de créditos em contrapartida de uma variação patrimonial diminutiva (VPD) pela
parcela do recurso a transferir ao ente recebedor.
O cálculo da provisão para repartição tributária será efetuado com base nos créditos de
impostos ainda não arrecadados sujeitos à repartição, deduzidos do respectivo ajuste
para perdas. É importante ressaltar que o registro da provisão para repartição tributária
somente pode ocorrer quando for possível a realização de uma estimativa confiável do valor
da obrigação.
ERRADO.
d) MCASP – Parte II (6ª ed.):
Somente após a arrecadação do tributo pelo ente transferidor, e uma vez atendidos os
requisitos para reconhecimento de um ativo, o ente recebedor deverá reconhecer o
crédito a receber em contrapartida de variação patrimonial aumentativa.
Destaca-se que, caso o ente recebedor não possua informação que suporte o registro
contábil, o registro do ativo deverá ser realizado quando da transferência propriamente
dita.
CERTO.
e) MCASP – Parte II (6ª ed.):
Os recursos de tributos recebidos antes da ocorrência do fato gerador são reconhecidos
como um ativo, pela entrada no caixa, e um passivo – recebimentos antecipados –
porque o evento que origina o direito da entidade aos tributos não ocorreu e o critério para
o reconhecimento da variação patrimonial aumentativa (VPA) não foi satisfeito, apesar de a
entidade já ter recebido uma entrada de recursos.
Os recebimentos antecipados relativos a tributos não são, em essência, diferentes de outros
recebimentos antecipados.
Deste modo, um passivo deve ser reconhecido até que o evento tributável ocorra. Quando o
evento tributável ocorrer, o passivo deve ser baixado e a variação patrimonial aumentativa
deve ser reconhecida.
ERRADO.
Opção correta: letra D.

50. (CEBRASPE-Analista-Adm/TRT-8ªRegião-2016)
a) Não se trata se ajustes de exercícios anteriores. A perda por irrecuperabilidade do ativo
deve ser reconhecida no resultado patrimonial do exercício (variação patrimonial diminutiva),
ou seja, NÃO diretamente no patrimônio líquido. ERRADO.
b) A redução ao valor recuperável pode ser entendida como uma perda dos futuros
benefícios econômicos ou do potencial de serviços de um ativo, portanto, é um
instrumento utilizado para adequar o valor contábil de quaisquer ativos à sua real capacidade
de retorno, independente da característica de serem geradores de caixa. ERRADO.
c) A depreciação NÃO cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado de uso. O processo
de depreciação cessará quando do término da vida útil do bem, momento em que seu valor
contábil será igual ao seu valor residual, ou na falta deste, igual a zero. ERRADO.
d) A frequência com que as reavaliações são realizadas depende se há variação significativa
em relação aos valores anteriormente registrados. Vale lembrar que, caso um item do ativo

180
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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

imobilizado seja reavaliado, é necessário que toda a classe/grupo de contas do ativo


imobilizado à qual pertence esse ativo seja reavaliada. ERRADO.
e) Quando um item do ativo imobilizado é reavaliado, a depreciação acumulada na data da
reavaliação deve ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o seu
valor líquido pelo valor reavaliado.
O valor do ajuste decorrente da atualização ou da eliminação da depreciação acumulada faz
parte do aumento ou da diminuição no valor contábil registrado. CERTO.
Opção correta: letra E.

51. (FCC-Analista-Contabilidade/CNMP-2015)
Cálculo do valor depreciável:
VALOR DEPRECIÁVEL = VALOR DO BEM – VALOR RESIDUAL
VALOR DEPRECIÁVEL = 20.000 – 4.000
VALOR DEPRECIÁVEL = 16.000
Cálculo da depreciação anual (quotas constantes):
DEPRECIAÇÃO ANUAL = VALOR DEPRECIÁVEL / VIDA ÚTIL
DEPRECIAÇÃO ANUAL = 16.000 / 5
DEPRECIAÇÃO ANUAL = 3.200
Letra E.

52. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
NBC T 16.10 (grifei):
Valor recuperável: o valor de mercado de um ativo menos o custo para a sua alienação,
ou o valor que a entidade do setor público espera recuperar pelo uso futuro desse ativo
nas suas operações, o que for maior.
Letra D.

53. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
NBC T 16.10 (grifei):
Créditos e Dívidas
7. Os direitos, os títulos de créditos e as obrigações são mensurados ou avaliados pelo
valor original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente
na data do Balanço Patrimonial.
8. Os riscos de recebimento de dívidas são reconhecidos em conta de ajuste, a qual
será reduzida ou anulada quando deixarem de existir os motivos que a originaram.
9. Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações prefixados são ajustados a valor
presente.
10. Os direitos, os títulos de crédito e as obrigações pós-fixadas são ajustados
considerando-se todos os encargos incorridos até a data de encerramento do balanço.
11. As provisões são constituídas com base em estimativas pelos prováveis valores de
realização para os ativos e de reconhecimento para os passivos.
12. As atualizações e os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado.
Letra B.

54. (FCC/Analista-Contabilidade/AL-PE/2014)
I. O valor líquido contábil será, no mínimo, o valor residual informado de R$ 10 mil. ERRADO.
II. O valor líquido contábil é a referência para saber se há perda (ou não). CERTO.
III. NBC T 16.10, item 35A:
A entidade deve escolher o modelo de custo do item 35B ou o modelo de reavaliação do
item 35C como sua política contábil e deve aplicar tal política para uma classe inteira de
ativos imobilizados, salvo disposição legal contrária.
CERTO.
IV. NBC T 16.9, item 5:
O valor residual e a vida útil econômica de um ativo devem ser revisados, pelo menos, no
final de cada exercício. Quando as expectativas diferirem das estimativas anteriores, as
alterações devem ser efetuadas.
CERTO.
Corretos os itens II, III e IV: letra C.

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(FCC/Analista-Contabilidade/SABESP/2014)
55.
Este ativo intangível será registrado pelo custo histórico de aquisição incorrido. Além do valor
pago pela aquisição, também deverá ser agregado ao valor desse bem os gastos para
registro da Marca. Portanto, seu valor total será de R$ 350 mil. Letra C.

56.
Dado que este ativo intangível possui vida útil indefinida, não deverá ser amortizado, mas
sim passar por testes de perda de valor. Assim, em 31/12/2013 ele estará com o mesmo
valor inicialmente registrado: R$ 350 mil.
Considerando os dados da questão, o valor recuperável é R$ 320 mil, maior valor entre o em
uso e o justo líquido das despesas com a venda.
Portanto, deve-se reconhecer uma perda de R$ 30 mil (320 – 350). Letra E.

57. (FCC/Analista-Contabilidade/SABESP/2014)
Valor contábil bruto (custo de aquisição) 1.000.000
(−) Depreciação acumulada (350.000)
(−) Reconhecimento de perda por impairment (250.000)
(=) Valor contábil final líquido 400.000
Resultado da Venda = Valor Vendido – Valor Contábil
Resultado da Venda = 650.000 – 400.000 = 250.000
Letra D.

58. (FCC/Analista-Contabilidade/SABESP/2014)
Depreciação anual a partir de 31/12/2011: R$ 90.000
650.000 – 200.000 = 450.000 / 5 = 90.000
Valor contábil líquido em 31/12/12: R$ 560.000
650.000 – 90.000 = 560.000
Agora, a partir de 01/01/13, teremos uma depreciação diferente. Os R$ 560 mil serão
depreciados em 8 anos, integralmente, sem valor residual.
Depreciação anual a partir de 01/01/2013: R$ 70.000
560.000 / 8 = 70.000
Valor contábil líquido em 31/12/2013: R$ 490.000
560.000 – 70.000 = 490.000
Letra B.

59. (FCC-ACE-Contábil/TCM-GO-2015)
Serão registrados como provisão os processos com probabilidade de perda PROVÁVEL:
Processo R$
Trabalhista 200.000
Fiscal 2 240.000
Ambiental 160.000
TOTAL 600.000
Portanto, considerando as atuais informações, em 31/12/2013 deverá ser evidenciado no
passivo provisões no total de R$ 600 mil.
Como em 31/12/2012 havia R$ 510 mil de provisões, tem-se, portanto, um aumento de R$
90 mil de provisões no passivo e, consequentemente, uma variação negativa no resultado
nesse valor.
Provisões em 31/12/2012 510.000
(-) Provisões em 31/12/2013 (600.000)
(=) Diferença (90.000)
Letra B.

60. (FCC-ACE-Contábil/TCM-GO-2015)
Lembre-se! O ativo intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.
Recordando as definições!
NBC T 16.10, item 2 (grifei):
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela
transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do

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mercado na data de mensuração.


Valor recuperável: o valor de mercado de um ativo menos o custo para a sua alienação,
ou o valor que a entidade do setor público espera recuperar pelo uso futuro desse ativo
nas suas operações, o que for maior.
NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, item 6 (grifei):
Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir
de um ativo ou de unidade geradora de caixa.
Pois bem, para realização do Impairment (teste de recuperabilidade) em um ativo, há
necessidade de se determinar seu “valor recuperável”, sendo este o maior valor entre:
 valor justo líquido de despesas de venda (R$ 1.440.000,00), e
 valor em uso do ativo (R$ 1.500.000,00).
Portanto, esse ativo deverá ser apresentado no balanço patrimonial em 2014 com o valor de
R$ 1.500.000,00.
Como em 2013 ele estava registrado em R$ 1.200.000,00, há uma variação positiva de R$
300.000,00:
Ativo em 2014 1.500.000
(-) Ativo em 2013 (1.200.000)
(=) variação positiva 300.000
Assim, em 2012 havia o registro de uma perda por desvalorização no valor de R$
480.000,00, a qual, em 2013, deverá ser diminuída em R$ 300.000,00.
Tal reversão em 2013 da perda por desvalorização contabilizada em 2012 irá interferir
positivamente no resultado patrimonial. Letra A.

61. (FCC-Analista-Contabilidade/MANAUSPREV-2015)
Detalhe importante! Não é possível estimar com confiabilidade o valor da multa.
Eis um quadro resumo MCASP:

Apesar de ser PROVÁVEL a perda, NÃO é possível uma estimativa confiável de seu valor,
motivo pelo qual não há como ser demonstrada no balanço patrimonial. Assim, deverá ser
evidenciada esta provável perda como um passivo contingente em notas explicativas. Letra
A.

62. (FCC-Analista-Contabilidade/MANAUSPREV-2015)
Com o teste de recuperabilidade realizado em 31/12/2014, tem-se que o ativo passará a ser
evidenciado com o “valor em uso” de R$ 1.050.000,00, pois este é maior que o “valor justo
líquido das despesas de venda”.
Assim, o valor contábil do ativo deverá ser aumentado em R$ 50.000,00, através da reversão
(diminuição) da perda por recuperabilidade (impairment) anteriormente registrada de R$
200.000,00, ou seja, passando para agora R$ 150.000,00. Letra C.

63. (FCC/Auditor Fiscal/Sefaz-RJ/2014)


Vejamos os registros necessários para cada processo em 30/06/2013:
Processo 1: Por ser provável a perda e de valor estimado de R$ 60 mil, deverá ter
provisão complementada em R$ 10 mil.
Processo 2: Em 31/12/2012 havia provisão de R$ 30 mil. Todavia, veja que em

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30/06/2013, a probabilidade de perda apresenta-se apenas como possível, motivo pelo


qual esta provisão deverá ser revertida (cancelada). O valor de R$ 40 mil será
evidenciado como passivo contingente em nota explicativa.
Processo 3: A possível perda estimada de R$ 15 mil será evidenciada apenas em nota
explicativa.
Processo 4: Para a provável perda estimada de R$ 25 mil deverá ser constituída provisão
a ser evidenciada no passivo do balanço patrimonial.
Letra D.

64. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


Em 31/12/2010:
Valor Depreciável = 300.000 – 20.000 = 280.000
Depreciação anual = 280.000 / 10 = 28.000
Em 01/01/2012 (após 1 ano):
Antes da Reavaliação
Valor Líquido Contábil = 300.000 – 28.000 = 272.000
Após a Reavaliação
Valor Depreciável = 272.000 – 41.000 = 231.000
Depreciação anual = 231.000 / 6 = 38.500
Em 31/12/2012 (após mais 1 ano):
Valor líquido Contábil = 272.000 – 38.500 = 233.500
Valor recuperável = 230.000 (maior valor entre valor em uso e o justo líquido)
Perda por Desvalorização = 230.000 – 233.500 = (3.500)
Em 31/12/2012 o ativo passou a contar no balanço patrimonial com o valor recuperável de
R$ 230.000, sendo reconhecida a respectiva perda por desvalorização de R$ 3.500.
Dica! Perceba que para responder esta questão o candidato não precisaria fazer nenhum
cálculo. Bastaria saber o funcionamento do impairment e o conceito do valor recuperável,
pois, dentre as opções, apenas a B informa o valor correto deste.
Letra B.

65. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


Somente quando o projeto for capaz de gerar benefícios econômicos futuros, ou seja, ser
viável economicamente, é que os gastos, a partir deste momento, serão incorporados ao bem
e registrados no ativo.
Dado que apenas em 2013 o produto mostrou-se economicamente viável, este ativo será
demonstrado no balanço patrimonial a partir deste ano, com o valor dos desembolsos
ocorridos neste ano: R$ 70 mil. Os desembolsos ocorridos neste projeto nos anos anteriores
foram reconhecidos no resultado do período como variação diminutiva. Letra D.

66. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


Vamos analisar cada processo. Acompanhe o cálculo no quadro logo abaixo:
Processo 1: Em 2013 ainda apresenta-se como provável, portanto, necessária a
manutenção da provisão anteriormente constituída no passivo. Todavia, ela deverá ser
reduzida para R$ 90 mil, em virtude de reestimativa da perda. Dessa forma, haverá uma
variação patrimonial aumentativa de R$ 30 mil (120 – 90).
Processo 2: Em 2013, apresentou-se como provável a perda de R$ 70 mil. Assim, como
não havia provisão anterior, deverá ser registrada uma nova provisão neste valor integral,
impactando no resultado.
Processo 3: Por apresentar-se possível a perda, deverá o respectivo valor de R$ 30 mil ser
evidenciado apenas em nota explicativa como passivo contingente, não sendo demonstrado
no balanço patrimonial nem interferindo no resultado em 2013.
Processo 4: Em 2013, apresentou-se como provável a perda de R$ 45 mil. Assim, como
não havia provisão anterior, deverá ser registrada uma nova provisão neste valor integral,
impactando no resultado.
Processo 5: Em 2012, havia uma provisão registrada de R$ 90 mil, pois provavelmente
acreditava-se que a perda era provável. Em 2013, este processo foi reestimado para R$ 70
mil e passou para o status de possível. Dessa forma, por ser apenas possível a perda, a
provisão de R$ 90 mil anteriormente registrada deverá ser integralmente revertida/baixada
do passivo, com consequente variação positiva no resultado neste valor. Este processo

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passará a ser evidenciado em nota explicativa como passivo contingente, no valor de R$ 70


mil.
No do Provisão em 2012 Provisão em 2013 Variação ocorrida
Processo (A) (B) em 2013
(C = A – B)
1 120.000,00 90.000,00 30.000,00
2 0,00 70.000,00 (70.000,00)
4 0,00 45.000,00 (45.000,00)
5 90.000,00 0,00 90.000,00
Total - 205.000,00 5.000,00
Letra B.

67. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Valor de cada máquina = 10.000 / 4 máquinas
Valor de cada máquina = 2.500
Valor residual da máquina = 2.500 x 20%
Valor residual da máquina = 500
Valor depreciável = 2.500 x 80%
ou
Valor depreciável = valor da máquina – valor residual
Valor depreciável = 2.500 – 500
Valor depreciável = 2.000
Depreciação anual = valor depreciável / vida útil
Depreciação anual = 2.000 / 10 anos
Depreciação anual = 200
Abr/2009 (inclusive) a 30/set/2013 = 4,5 anos
Depreciação no período = Depreciação anual x 4,5 anos
Depreciação no período = 200 x 4,5 anos
Depreciação no período = 900
Valor líquido contábil em set/2013 = 2.500 – 900
Valor líquido contábil em set/2013 = 1.600
Análise da transação de venda
Resultado da transação = valor de venda – valor líquido contábil
Resultado da transação = 1.000 – 1.600
Resultado da transação = – 600 (negativo)
Letra A.

68. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Os custos de estoques devem abranger todos os custos de compra, conversão e outros
custos incorridos referentes ao deslocamento, como impostos NÃO recuperáveis, custos de
transporte e outros, referente ao processo de produção.
Os custos posteriores de armazenagem ou entrega ao cliente não devem ser absorvidos pelos
estoques.
Os gastos de distribuição, de administração geral e financeiros são considerados como
variações patrimoniais diminutivas do período em que ocorrerem e NÃO como custo dos
estoques.
O MCASP cita alguns exemplos de despesas que NÃO devem ser somadas ao estoque, ou
seja, devem ser reconhecidas como variações patrimoniais diminutivas (VPD) do período em
que são obtidos:
 Quantias anormais de materiais desperdiçados, mão de obra ou de outros custos de
produção;
 Custos de armazenamento, a menos que sejam necessários no processo de produção
antes de uma nova fase de produção;
 Despesas gerais administrativas que não contribuam para colocar os estoques no seu
local e na sua condição atual;
 Custos de vendas.
Letra A.

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69. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Os passivos contingentes NÃO devem ser evidenciados nas demonstrações contábeis (contas
patrimoniais). Devem apenas ser registrados em contas de controle.
Passivos contingentes podem se desenvolver de maneira não esperada. Assim, são
analisados continuadamente para determinar se uma saída de recursos com benefícios
econômicos ou potencial de serviços se tornou ou não provável.
Se for provável que a saída de recursos com benefícios econômicos ou potencial de serviços é
necessária para um item previamente tratado como um passivo contingente, uma provisão é
registrada/reconhecida nas demonstrações contábeis do período no qual a alteração na
probabilidade ocorre (exceto em circunstâncias quando uma estimativa precisa não pode ser
feita). Letra E.

70. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Depreciação é o declínio do potencial de geração de serviços ou retorno econômico por ativos
de longa duração, ocasionada pelos seguintes fatores:
• deterioração física;
• desgastes com uso; e
• obsolescência.
Motivado por tais fatores, faz-se necessária a devida apropriação do consumo desses ativos
ao resultado do período, através da depreciação, atendendo o Princípio da Competência. O
valor depreciado provocará uma variação patrimonial diminutiva. Letra D.

71. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Esta questão poderia ter sido objeto de anulação, pois temos duas respostas corretas.
Vejamos!
a) O reconhecimento de um ativo intangível pode ocorrer de três formas:
 aquisição separada;
 geração interna; e
 aquisição por meio de transações sem contraprestação.
CERTO.
b) NBC T 16.10 (grifei):
INTANGÍVEL
32. Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da
atividade pública ou exercidos com essa finalidade são mensurados ou avaliados com base
no valor de aquisição ou de produção.
(...)
PROCEDIMENTOS DE ADOÇÃO INICIAL
41. A entidade que adotar as normas aplicadas ao setor público deve reconhecer
inicialmente os estoques, imobilizados e intangíveis pelo custo ou valor justo.
42. A entidade deve reconhecer os efeitos do reconhecimento inicial dos ativos como ajuste
de exercícios anteriores no período em que é reconhecido pela primeira vez.
ERRADO.
c) MCASP – Parte II (grifei):
Procedimentos para Identificar um Ativo Intangível
Um ativo enquadra-se na condição de ativo intangível quando pode ser identificável,
controlado e gerador benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais. Caso estas
características não sejam atendidas, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna
dever ser reconhecido como variação patrimonial diminutiva.
Um ativo intangível satisfaz o critério de identificação quando:
a. For separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado,
alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo
relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou
b. Resultar de compromissos obrigatórios (incluindo direitos contratuais ou outros direitos
legais), independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da
entidade ou de outros direitos e obrigações.
Portanto, se o intangível resultar de compromissos obrigatórios (alínea “b” acima”), ele
deverá ser identificado/registrado, independentemente se for separável (ou não), motivo pelo
qual esta resposta também está CERTA. Gabarito oficial: ERRADO.
d) Não satisfaz os critérios para reconhecimento informados pelo MCASP (acima transcritos).
ERRADO.

186
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e) Quando o ativo indivisível contém elementos intangíveis e tangíveis, deve ser avaliado
qual elemento é mais significativo, classificando todo o ativo como imobilizado ou intangível.
Eis o tradicional exemplo: softwares, os quais podem ser tratados como ativos imobilizados
ou intangíveis. ERRADO.
Respostas corretas: A e C. Gabarito oficial: letra A.

72. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


NBC T 16.10:
IMOBILIZADO
24. O ativo imobilizado, incluindo os gastos adicionais ou complementares, é mensurado
ou avaliado com base no valor de aquisição, produção ou construção.
(...)
28. Os gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento do ativo imobilizado
devem ser incorporados ao valor desse ativo quando houver possibilidade de geração de
benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços. Qualquer outro gasto que não gere
benefícios futuros deve ser reconhecido como despesa do período em que seja incorrido.
Todos os gastos com aquisição e os necessários para colocar o equipamento em
funcionamento, são agregados a este ativo.
Portanto, não há dúvida de que os custos de pessoal empregados diretamente na construção,
custo de frete e manuseio e custo de preparação do local de instalação, irão agregar ao valor
desse ativo imobilizado.
Resta-nos agora analisar as opções A e B.
Quanto aos “honorários profissionais”, ficou bastante abrangente, pois não foi especificado
para profissional foram pagos os honorários.
De toda forma, “custos administrativos” são custos indiretos que NÃO contribuem
diretamente para a aquisição, produção ou construção de um imobilizado, motivo pelo qual
não são agregados ao valor desse ativo. Letra B.

73. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Perceba que estamos procurando a opção ERRADA.
a) Método da equivalência patrimonial: o investimento é inicialmente registrado a preço de
custo e o valor contábil é aumentado ou reduzido conforme o Patrimônio Líquido da investida
aumente ou diminua (tendo como contrapartida conta de resultado). CERTO.
b) O ativo deve ser reconhecido inicialmente pelo seu custo de aquisição. Caso tenha sido
adquirido mediante doação deve ser registrado pelo valor justo na data de aquisição.
Valor justo (fair value): é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria
pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do
mercado na data de mensuração. CERTO.
c) Ativo Imobilizado: é o item TANGÍVEL que é mantido para o USO na produção ou
fornecimento de bens ou serviços, ou para fins administrativos, inclusive os decorrentes de
operações que transfiram para a entidade os benefícios, riscos e controle desses bens.
Terrenos mantidos para o desempenho das atividades finalísticas não estão disponíveis para
venda, pois são (no momento) indispensáveis à instituição, devendo, portanto, serem
contabilizados como Imobilizado, e não como Investimento. ERRADO.
d) Após o reconhecimento inicial, a entidade detentora do ativo deve optar entre valorá-lo
pelo modelo do custo ou da reavaliação, devendo aplicar a política adotada para todo um
grupo de ativos imobilizados.
NBC T 16.10:
35A. A entidade deve escolher o modelo de custo do item 35B ou o modelo de reavaliação
do item 35C como sua política contábil e deve aplicar tal política para uma classe inteira de
ativos imobilizados, salvo disposição legal contrária.
CERTO.
e) Influência significativa: é o poder de uma entidade do setor público participar nas decisões
de políticas financeiras e operacionais de outra entidade que dela receba recursos financeiros
a qualquer título ou que represente participação acionária, sem controlar de forma individual
ou conjunta essas políticas.
NBC T 16.10:
INVESTIMENTOS PERMANENTES
21. As participações em empresas e em consórcios públicos ou público-privados sobre
cuja administração se tenha influência significativa devem ser mensuradas ou avaliadas pelo

187
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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

método da equivalência patrimonial.


22. As demais participações podem ser mensuradas ou avaliadas de acordo com o custo
de aquisição.
23. Os ajustes apurados são contabilizados em contas de resultado.
CERTO.
Opção errada: letra C.

74. (ESAF – Contador/MTur – 2014)


Estamos procurando a resposta ERRADA.
a) MCASP – Parte II:
Reavaliação do Ativo Imobilizado
(...)
A reavaliação pode ser realizada através da elaboração de um laudo técnico por perito ou
entidade especializada, ou ainda através de relatório de avaliação realizado por uma
comissão de servidores. O laudo técnico ou relatório de avaliação conterá ao menos as
seguintes informações:
a. documentação com a descrição detalhada referente a cada bem que esteja sendo
avaliado;
b. a identificação contábil do bem;
c. quais foram os critérios utilizados para avaliação do bem e sua respectiva
fundamentação;
d. vida útil remanescente do bem, para que sejam estabelecidos os critérios de depreciação,
a amortização ou
a exaustão;
e. data de avaliação; e
f. a identificação do responsável pela reavaliação.
A priori, considera-se “laudo técnico” somente aquele emitido por perito ou entidade
especializada. De toda forma, é possível que a instituição tenha em seu quadro servidores
especializados com gabarito para emitir laudo técnico, motivo pelo qual a banca examinadora
considerou esta resposta CERTA.
b) Caso seja impossível estabelecer o valor de mercado do ativo, pode-se defini-lo com base
em parâmetros de referência que considerem bens com características, circunstâncias e
localizações assemelhadas. CERTO.
c) MCASP – Parte II:
Reavaliação do Ativo Intangível
Após o seu reconhecimento inicial, um ativo intangível pode ser apresentado pelo seu valor
reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer
amortização acumulada. O valor justo deve ser apurado em relação a um mercado ativo.
ERRADO.
d) Quando um item do ativo imobilizado é reavaliado, a depreciação acumulada na data da
reavaliação deve ser eliminada contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o seu
valor líquido pelo valor reavaliado. O valor do ajuste decorrente da atualização ou da
eliminação da depreciação acumulada faz parte do aumento ou da diminuição no valor
contábil registrado. CERTO.
e) MCASP – Parte II:
Reavaliação
(...)
As empresas estatais dependentes seguem normas específicas quanto à reavaliação.
CERTO.
Resposta errada: letra C.

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CAPÍTULO 10 – INVENTÁRIO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

10.4. Questões de Concursos Públicos

1. (Cespe – Analista-Gestão Financeira/INPI – 2013)


Lei nº 4.320/64:
Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração orçamentária,
financeira patrimonial e industrial.
ERRADO.

2. (Cespe – Analista-TMP/Câmara dos Deputados – 2012)


O § 2o, art. 15, da Lei no 4.320/1964 informa que, “para efeito de classificação da despesa,
considera-se material permanente o de duração superior a dois anos.”. CERTO.

3. (Cespe – Analista-TMP/Câmara dos Deputados – 2012)


Carga: é a efetiva responsabilidade pela guarda e uso de material pelo seu consignatário
(responsável).
Descarga: é a transferência desta responsabilidade.
CERTO.

4. (FCC – Técnico-Contabilidade/TRF – 2a Região – 2012)


a) Lei nº 4.320/64:
Art. 15, § 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o
de duração superior a dois anos.
CERTO.
b) Objetivando a segregação de funções, o inventário de material permanente NÃO deverá
ser realizado pelo mesmo servidor público responsável por sua guarda, exatamente para que
se possa verificar se o controle patrimonial está sendo efetuado de forma adequada.
ERRADO.
c) Os bens permanentes podem ser controlados de duas formas:
Controlados: material sujeito a tombamento, que requer controle rigoroso de uso e
responsabilidade pela sua guarda e conservação.
Relacionados: material dispensado de tombamento, mas sujeito a controle simplificado
através de lista ou relação de carga, considerando principalmente o pequeno valor do bem.
ERRADO.
d) Inventário Anual: destinado a comprovar a quantidade e o valor dos bens patrimoniais
do acervo de cada Unidade Gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício –
constituído do inventário anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício.
Inventário Eventual: realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da Unidade
Gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador.
ERRADO.
e) Lei nº 4.320/64:
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.
ERRADO.
Opção correta: letra A.

5. (Cespe – Analista-Contabilidade/TRT – 10a Região – 2013)


A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe diversas regras objetivando a preservação do
patrimônio público. Vejamos algumas delas!
LRF (LC.101/00):
Art. 44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e
direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente,
salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos
servidores públicos.
Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das
contas públicas observará as seguintes:
VI - a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos
recursos provenientes da alienação de ativos.
Art. 53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:

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§ 1o O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado também de


demonstrativos:
(...)
III - da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação dos
recursos dela decorrentes.
CERTO.

6. (FCC – Analista-Contadoria/TRF-2a Região – 2012)


Decreto nº 99.658/90:
Art. 3º, Parágrafo único. O material considerado genericamente inservível, para a
repartição, órgão ou entidade que detém sua posse ou propriedade, deve ser classificado
como:
a) ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo
aproveitado;
b) recuperável - quando sua recuperação for possível e orçar, no âmbito, a cinqüenta por
cento de seu valor de mercado;
c) antieconômico - quando sua manutenção for onerosa, ou seu rendimento precário, em
virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;
d) irrecuperável - quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina devido
a perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua
recuperação.
Letra D.

7. (FCC – Técnico-Contabilidade/TRF-2a Região – 2012)


Decreto nº 99.658/90:
Art. 3º, Parágrafo único. O material considerado genericamente inservível, para a
repartição, órgão ou entidade que detém sua posse ou propriedade, deve ser classificado
como:
a) ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo
aproveitado;
b) recuperável - quando sua recuperação for possível e orçar, no âmbito, a cinqüenta por
cento de seu valor de mercado;
c) antieconômico - quando sua manutenção for onerosa, ou seu rendimento precário, em
virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou obsoletismo;
d) irrecuperável - quando não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina devido
a perda de suas características ou em razão da inviabilidade econômica de sua
recuperação.
Letra B.

8. (Cespe – Analista-TMP/Câmara dos Deputados – 2012)


Lei nº 4.320/64:
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com
indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e
dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á
pelo método das partidas dobradas.
ERRADO.

9. (Cespe – Analista-TMP/Câmara dos Deputados – 2012)


A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público
devidamente justificado, será precedida de avaliação. Quanto aos bens móveis, dependerá de
avaliação prévia e de licitação, dispensada esta em alguns casos, como, por exemplo,
doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação
de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma
de alienação. ERRADO.

(Cespe – Técnico-Adm/IBAMA – 2012)


10.
Os bens permanentes podem ser controlados de duas formas:
Controlados: material sujeito a tombamento, que requer controle rigoroso de uso e

190
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responsabilidade pela sua guarda e conservação.


Relacionados: material dispensado de tombamento, mas sujeito a controle simplificado
através de lista ou relação de carga, considerando principalmente o pequeno valor do
bem.
ERRADO.

11.
Os controles orçamentários são independentes do controle patrimonial. ERRADO.

12.
Decreto nº 99.658/90:
Art. 3º Para fins deste decreto, considera-se:
I - material - designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes,
acessórios, veículos em geral, matérias-primas e outros itens empregados ou passíveis de
emprego nas atividades dos órgãos e entidades públicas federais, independente de
qualquer fator;
II - transferência - modalidade de movimentação de material, com troca de
responsabilidade, de uma unidade organizacional para outra, dentro do mesmo órgão ou
entidade;
III - cessão - modalidade de movimentação de material do acervo, com
transferência gratuita de posse e troca de responsabilidade, entre órgãos ou entidades da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo ou
entre estes e outros, integrantes de qualquer dos demais Poderes da União;
IV - alienação - operação de transferência do direito de propriedade do
material, mediante venda, permuta ou doação;
V - outras formas de desfazimento - renúncia ao direito de propriedade do material,
mediante inutilização ou abandono.
CERTO.

13.
Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de material classificado como
irrecuperável, a autoridade competente determinará sua descarga patrimonial e sua
inutilização ou abandono, após a retirada das partes economicamente aproveitáveis,
porventura existentes, que serão incorporados ao patrimônio. A inutilização e o abandono de
material serão documentados mediante Termos de Inutilização ou de Justificativa de
Abandono, os quais integrarão o respectivo processo de desfazimento (Decreto nº 99.658/90,
arts. 16 e 18).
Decreto nº 99.658/90:
Art. 16. Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de material
classificado como irrecuperável, a autoridade competente determinará sua descarga
patrimonial e sua inutilização ou abandono, após a retirada das partes economicamente
aproveitáveis, porventura existentes, que serão incorporados ao patrimônio.
1º A inutilização consiste na destruição total ou parcial de material que ofereça
ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico ou inconvenientes, de qualquer
natureza, para a Administração Pública Federal.
2º A inutilização, sempre que necessário, será feita mediante audiência dos setores
especializados, de forma a ter sua eficácia assegurada.
3º Os símbolos nacionais, armas, munições e materiais pirotécnicos serão
inutilizados em conformidade com a legislação específica.
Art. 17. São motivos para a inutilização de material, dentre outros:
I - a sua contaminação por agentes patológicos, sem possibilidade de recuperação
por assepsia;
II - a sua infestação por insetos nocivos, com risco para outro material;
III - a sua natureza tóxica ou venenosa;
IV - a sua contaminação por radioatividade;
V - o perigo irremovível de sua utilização fraudulenta por terceiros.
Art. 18. A inutilização e o abandono de material serão documentados mediante
Termos de Inutilização ou de Justificativa de Abandono, os quais integrarão o respectivo
processo de desfazimento.
CERTO.

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14. (Esaf – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Observe que a questão pede a opção ERRADA.
a) Todos os bens, mesmo os recebidos em doação, devem ser objeto de registro e controle.
ERRADO.
b) Bens recebidos em doação ocasionam receita sob o enfoque patrimonial, pois provocam
aumento do patrimônio líquido. Trata-se de um fato alheio ao orçamento
(extraorçamentário). CERTO.
c) O consumo de material ocasiona despesa pelo enfoque patrimonial, uma despesa efetiva,
pois reduz a situação líquida patrimonial. Trata-se de um fato extraorçamentário, ou seja,
alheio ao orçamento público. CERTO.
d) A obsolescência faz reduzir o valor de bem, a qual deve ser reconhecida e, portanto,
provocará diminuição do patrimônio líquido. CERTO.
e) Lei nº 4.320/64:
A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo
por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
A liquidação é um evento relacionado com a execução orçamentária: trata-se de uma das
fases de execução da despesa orçamentária. Normalmente o fato gerador coincide com a
liquidação, todavia, não é regra, motivo pelo qual, inclusive, a STN implementou a utilização
do empenho “em liquidação”. Entretanto, apesar disso, a Esaf considerou este item CERTO.
Opção correta: letra A.

15. (Esaf – Analista-Contábil/DNIT – 2013)


Perceba que a questão referiu-se explicitamente à Lei nº 4.320/64, quanto ao registro dos
bens de caráter permanente, disciplinado no artigo 94 dessa.
Lei nº 4.320/64:
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com
indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um
deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o
inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da
escrituração sintética na contabilidade.
Letra E.

CAPÍTULO 11 - CONVÊNIO E CONTRATO DE REPASSE

11.14. Questões de Concursos Públicos

1. (CESPE – DPU/2016 – AGENTE ADM.)


O que é um convênio?
Instrumento que disciplina a transferência de recursos financeiros de órgãos ou entidades da
Administração Pública Federal, direta ou indireta, para órgãos ou entidades da Administração
Pública Estadual, Distrital ou Municipal, direta ou indireta, consórcios públicos, ou ainda,
entidades privadas sem fins lucrativos, visando à execução de projeto ou atividade de
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação
O convênio tem como característica marcante o fato de que todos os envolvidos estão juntos
para alcançar determinado objetivo comum, não existindo entre os partícipes interesses
contrapostos, como há no contrato (obrigações recíprocas).
Portanto, atenção!
Contrato - interesses contrapostos – sujeitos da obrigação chame-se partes.
Convênio – objetivo comum e recíproco.
CERTO.

2. (CESPE – TRT/8ª/2016 – ANAL. JUD. ADMINISTRATIVA adaptada)


Para a celebração de convênio entre entes federados não há necessidade de autorização
prévia do Poder Legislativo. Necessita de regulamentação específica dos entes federados e
assinatura dos partícipes. ERRADO.

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3. (CESPE – TCERN/2015 – AUDITOR)


Conforme as regras da LRF, a transferência voluntária pode ser para fins de: cooperação,
auxílio ou assistência financeira.
Observe o conceito da LRF:
“Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a
entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de
cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde”.
Convênio entre a União e outro ente federado opera-se por meio de transferência voluntária,
porém, nem toda (TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA) deve-se operar através de convênio.
ERRADO.

4. (CESPE – MPOG/ENAP/2015 - Administrador)


Em nenhuma hipótese pode ser dispensada a prestação de contas de convênio.
Todo órgão ou entidade que receber recursos de convênio ou contrato de repasse estará
sujeito a prestar contas da sua boa e regular aplicação, observando-se o seguinte:
I - a prestação de contas inicia-se concomitantemente com a liberação da primeira parcela
dos recursos financeiros que deverá ser registrada pelo concedente no SICONV;
II - o registro e a verificação da conformidade financeira, parte integrante do processo de
prestação de contas, deverão ser realizados durante todo o período de execução do
instrumento, conforme disposto no art. 56 desta Portaria;
III- o prazo para apresentação da prestação de contas final será de até sessenta dias após o
encerramento da vigência ou a conclusão da execução do objeto, o que ocorrer primeiro.
ERRADO.

5. (CESPE - MPU-2015 – Analista Atuarial)


Perfeito! Conforme as regras acerca de convênio e contrato de repasse, proíbe-se a
realização de convênio com a União outro ente que esteja inadimplente.
Portanto, não se admite celebrar convênio, efetuar transferência, ou conceder benefícios sob
qualquer modalidade, destinado a órgão ou entidade da Administração Pública Federal,
estadual, municipal, do Distrito Federal, ou para qualquer órgão ou entidade, de direito
público ou privado, que esteja em mora, inadimplente com outros convênios ou não esteja
em situação de regularidade para com a União ou com entidade da Administração Pública
Federal Indireta.
O que se considera inadimplente?
Considera-se em situação de inadimplência, devendo o órgão concedente proceder à inscrição
no cadastro de inadimplentes do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal - SIAFI e no Cadastro Informativo - CADIN, o convenente que:
I - não apresentar a prestação de contas, final ou parcial, dos recursos recebidos, nos
prazos estipulados por essa Instrução Normativa;
II - não tiver a sua prestação de contas aprovada pelo concedente por qualquer fato que
resulte em prejuízo ao erário.
III - estiver em débito junto a órgão ou entidade, da Administração Pública, pertinente a
obrigações fiscais ou a contribuições legais.
CERTO.

6. (CESPE – MPU/2015 – Analista Finanças e Controle)


Os rendimentos das aplicações financeiras serão, obrigatoriamente, aplicados no objeto do
convênio ou da transferência, estando sujeitos às mesmas condições de prestação de contas
exigidos para os recursos transferidos.
Também, as receitas oriundas dos rendimentos de aplicação no mercado financeiro não
poderão ser computadas como contrapartida devida pelo convenente.
E ainda, fica vedado o aproveitamento de rendimentos para ampliação ou acréscimo de
metas ao plano de trabalho pactuado.
CERTO.

7. (CESPE – MPU/2015 – Analista Finanças e Controle)


Vejamos o conceito de contratado:

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Contratado - órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer esfera


de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com a qual a administração
federal pactua a execução de contrato de repasse.
ERRADO.

8. (CESPE – TREGO/2015 – Analista Adm.)


As parcerias com organizações da sociedade civil celebradas por Estado, Distrito Federal ou
Município com recursos decorrentes de convênio celebrado com a União serão regidas pela
Lei nº 13.019, de 2014, e pelas normas estaduais ou municipais. (Incluído pelo Decreto
n º 8.726, de 2016)
Conforme a PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 424/16:
“Art. 51. Nos instrumentos celebrados pela União com estados, Distrito Federal e municípios
deverá ser observado o disposto na Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, e pelas normas
estaduais, distritais ou municipais, nos casos em que a execução do objeto, conforme
prevista no plano de trabalho, envolver parcerias com organizações da sociedade civil.”
O contrato de gestão pode ser realizado tanto com entidades sem fins lucrativos quanto com
entidades da administração pública.
Portanto, existe a possibilidade de celebração de um contrato de gestão do Poder Público com
entidades privadas sem fins lucrativos que exercem atividade de interesse público. Contrato
de gestão, neste caso, seria um ajuste entre o Estado e a entidade qualificada como
organização social, com o intuito de formar uma parceria entre as partes para fomento e
execução de atividades de ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, cultura,
saúde e preservação do meio ambiente, conforme se apreende da Lei nº 9.637/98 (art. 1º e
art. 5º).
ERRADO.

9. (ESAF – ANAC/2015 – ANAL. ADMINISTRATIVO adaptada)


É competência do TCU fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União a Município
por meio de convênio. Porém, em regra, quem fiscaliza é o órgão ou Ente federado
concedente do convênio.
Portanto, dupla competência. Isso porque os convenentes serão responsáveis pelo
acompanhamento, fiscalização e prestação de contas quando o objeto do instrumento recair
sobre unidade executora específica.
Letra D.

10. (ESAF – ANAC/2015 – ANAL. ADMINISTRATIVO adaptada)


Conforme o art. 25 da LRF, recursos destinados a convênios firmados entre esferas do
governo são realizados mediante transferências voluntárias. Já os recursos destinados ao
SUS são transferências obrigatórias, denominadas de transferências legais.
Observe a regra da LRF:
“Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a
entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de
cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.”
Letra B.

11. (ESAF – ANAC/2015 – ANAL. ADMINISTRATIVO)


Atualmente não mais existe o termo de Cooperação, mas sim, termo de execução
descentralizada.
Observe o conceito – Decreto 6.170/07:
Termo de execução descentralizada - instrumento por meio do qual é ajustada a
descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e
da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária
descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada
fielmente a classificação funcional programática.
Letra D.

12. (ESAF – MPOG/2015 – APO adaptada)


Os recursos do FUNDEB são transferidos por obrigação legal, entre União, estados e
municípios. ERRADO.

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13. (FCC – PREF. TERESINA/2016 – CONTADOR)


Conforme a Portaria Interministerial 424/16, são condições para a celebração de convênios
com a União:
Art. 22. São condições para a celebração de instrumentos, a serem cumpridas pelo
convenente, conforme previsto na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, na
Lei de Diretrizes Orçamentárias e nas demais normas aplicáveis:
I - exercício da plena competência tributária, relativo à observância dos requisitos
constantes do art. 11 da Lei Complementar nº 101, de 2000, com validade até 30 de
abril do exercício subsequente, para os Municípios, e até 31 de maio do exercício
subsequente, para os Estados e para o Distrito Federal, e comprovada pela inserção, por
meio de certificação digital, de declaração do Chefe do Poder Executivo, no Sistema de
Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro - Siconfi, ou sistema que vier
a substituí-lo, atestando que instituiu, previu e arrecadou os impostos de competência
constitucional do ente da Federação;
II - regularidade previdenciária;
III - regularidade quanto a Tributos Federais, a Contribuições Previdenciárias e à Dívida
Ativa da União.
Letra E.

14. (FCC – SEFAZ/PI/2015 - Analista do Tesouro Estadual)


Conforme o comando da questão, trata-se de transferências voluntárias a título de
cooperação. Sugere-se que seja através de convênio entre o Estado do Piauí com município.
Regras da LRF sobre o tema:
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a
entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de
cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
----------
§ 2o É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada.
-----
Conforme a Portaria Interministerial 424/16, são condições para a celebração de
convênios com a União:
O instrumento deverá ser executado em estrita observância às cláusulas avençadas e às
normas pertinentes, inclusive esta Portaria, sendo vedado:
I - realizar despesas a título de taxa de administração, de gerência ou similar;
II - pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público, integrante de quadro de
pessoal do órgão ou entidade pública da Administração direta ou indireta, salvo nas
hipóteses previstas em leis federais específicas e na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
-------
Letra B.

15. (FCC – TCEMGO/2015 – ACE adaptada)


Na situação apresentada o Estado deveria realizar Contrato de gestão com organizações
sociais, que são entidades privadas sem fins lucrativos que recebem essa qualificação do
Poder Executivo. Assim, não é o caso convênio.
ERRADO.

16. (ESAF – PGFN/2015 - Procurador da Fazenda Nacional)


Vejamos o que determina a Portaria Interministerial 424/16:
Art. 39...
-------
§ 5º A inadimplência da entidade privada sem fins lucrativos em relação aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade
por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do instrumento.
Portanto, nos convênios e contratos de repasse firmados com entidade privada sem fins
lucrativos, a inadimplência desta em relação aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais
não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento – F;
Decreto 6.170/07:
Art. 12-A...

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------
§ 2º Para os casos de ressarcimento de despesas entre órgãos ou entidades da
administração pública federal, poderá ser dispensada a formalização de termo de
execução descentralizada. (Incluído pelo Decreto nº 8.180, de 2013)
V;
Caso de inadimplência: A omissão no dever de prestar contas por parte de entidades
privadas sem fins lucrativos gera impeditivos para a celebração de convênios e contratos de
repasse entre a União e a referida entidade omissa. V;
O Decreto n. 6.170/2007 NÃO prevê a realização de licitação obrigatória anteriormente à
celebração do convênio ou contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos.
Por isso que se denomina transferência voluntária. F.
Conclusão: F, V, V e F.
Letra D.

17. (ESAF – MPOG/2015 – APO)


a) cabe ao concedente acompanhar a execução do objeto do convênio ou contrato de
repasse, porém, a CGU deve realizar auditorias periódicas nesses instrumentos. ERRADO.
b) termo de Descentralização é o instrumento jurídico previsto para a transferência de
recursos às Organizações Sociais de Interesse Público (OSCIPs). O termo de cooperação foi
excluído pelo Decreto 8.180/13, substituído pelo termo de execução descentralizada.
ERRADO.
c) Não existe vedação para que consórcios públicos se constituam sob a forma de pessoa
jurídica de direito privado. ERRADO.
d) Exemplo de repasse fundo a fundo: transferências fundo a fundo de recursos financeiros
do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde responsáveis pela
gestão das ações e dos serviços de saúde, a fim de realizar pagamentos aos fornecedores e
prestadores de bens e serviços na área da saúde do Sistema Único de Saúde SUS). Não é
contrato de repasse. ERRADO.
e) Perfeito! É proibida a celebração de convênios e contratos de repasse com pessoas físicas
ou entidades privadas com fins lucrativos. CERTO.
Letra E.

18. (ESAF – MPOG/2015 – APO adaptada)


Todo e quaisquer convênio exige-se prestação de contas da aplicação dos recursos.
ERRADO.

CAPÍTULO 12 – CONTROLE DAS CONTAS PÚBLICAS

12.5. Questões de Concursos Públicos

1. (CESPE – Analista-Adm/STF – 2013)


LRF (LC. 101/00) (grifei):
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis
de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o
Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões
simplificadas desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os
processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e
orçamentos;
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo
real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira,
em meios eletrônicos de acesso público;
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a
padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no
art. 48-A.
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os
entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso

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a informações referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no
decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a
disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente
processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica
beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório
realizado;
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades
gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.
CERTO.

2. (Cespe – Cade – Analista Técnico-Administrativo – 2014)


LC no 101/2000 (grifei):
Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante
todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua
elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro
Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos
concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso
das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no
exercício.
Portanto, segundo a LRF, tal operação de obtenção de empréstimo não constará na referida
prestação de contas. ERRADO.

3. (FCC – Analista-Administrativo/PGE-BA – 2013)


Conforme previsto na CF/88:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.
Letra C.

4. (FCC – Analista-Contabilidade/DPE-RS – 2013)


Atenção! O controle externo é exercício pelo Poder Legislativo, com o auxílio do respectivo
tribunal de contas.
CF/88, caput dos artigos 70 e 71:
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.
O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União (...)
Letra C.

5. (FCC –Analista-Contabilidade/TRT-15ª.Região – 2013)


Conforme §1º, art. 74, da Constituição Federal, “Os responsáveis pelo controle interno, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao
Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.”. Letra B.

6. (FCC-ACE-Controle Externo/TCM-GO-2015)
Eis o texto legal para consulta! Logo após consta análise das opções.
LRF (LC. 101/2000) (grifei):
Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com
pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os
pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e
de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e
vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões,

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inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza,


bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência.
§ 1o Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à
substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como "Outras
Despesas de Pessoal".
§ 2o A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em
referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de
competência.
Art. 19 (...)
§ 1o Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão
computadas as despesas:
I - de indenização por demissão de servidores ou empregados;
II - relativas a incentivos à demissão voluntária;
III - derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição;
IV - decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao da apuração
a que se refere o § 2o do art. 18;
V - com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima, custeadas com
recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição
e do art. 31 da Emenda Constitucional no 19;
VI - com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos
provenientes:
a) da arrecadação de contribuições dos segurados;
b) da compensação financeira de que trata o § 9o do art. 201 da Constituição;
c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal finalidade,
inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit
financeiro.
§ 2o Observado o disposto no inciso IV do § 1o, as despesas com pessoal decorrentes de
sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no art.
20.
A) Adicionais e contribuições previdenciárias são consideradas despesa com pessoal,
conforme caput do art. 18.
Já as despesas decorrentes de decisão judicial podem entrar no cálculo. Tudo depende de
quando (por competência) são tais despesas.
Caso as despesas decorrentes de decisão judicial forem, por competência, de período
anterior ao da apuração, NÃO entram na soma das despesas de pessoal do período. Afinal,
são de período anterior (art. 19, § 1º, IV).
Todavia, caso sejam por competência do período de apuração, farão parte da despesa total
com pessoal.
Esta alternativa informa que “despesas decorrentes de decisão judicial” são consideradas no
cálculo, portanto, abrangendo todas e quaisquer despesas provenientes de decisão judicial,
sem distinguir o período que se referem, motivo pelo qual esta opção está ERRADA.
B) Vencimentos e encargos sociais fazem parte (caput do art. 18). Já a indenização por
demissão de servidores não devem ser computadas (art. 19, § 1º, I). ERRADO.
C) Perfeito! Todos devem ser somados no cálculo da despesa total com pessoal!
Os valores dos contratos de terceirização de mão-de-obra que se referem à substituição de
servidores e empregados públicos, conforme § 1º do art. 18. Fique atento! Desde que sejam
para SUBSTITUIÇÃO.
Gratificações e pensões constam previstas no caput do art. 18. CERTO.
D) Vantagens fixas e variáveis, como também subsídios, constam previstas no caput do art.
18. Todavia, despesas decorrentes de incentivos à demissão voluntária não, conforme art.
19, § 1º, inciso II. ERRADO.
E) Horas extras e proventos de aposentadoria constam previstas no caput do art. 18.
Todavia, indenização por demissão de servidores ou empregados não, conforme art. 19, § 1º,
inciso I. ERRADO.
Letra C.

7. (FCC/Auditor/TCE-SP/2013)
LRF (LC. 101/2000) (grifei):
Art. 56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas

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próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do
Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer prévio,
separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.
§ 1o As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito:
I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
consolidando as dos respectivos tribunais;
II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as dos
demais tribunais.
§ 2o O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo previsto
no art. 57 pela comissão mista permanente referida no § 1o do art. 166 da Constituição
ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.
§ 3o Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou
tomadas.
Art. 57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no
prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas
constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.
Letra E.

8. (FCC – ATCE-AG/TCE-MP– 2013


CF/88 (grifei):
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo
Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não
efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
Letra B.

9. (FCC – Analista-Orçamento/AL-PE – 2014)


CF/88:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União;
Portanto, opção correta letra A. Não compete ao sistema de controle, interno ou externo, o
estabelecimento ou fixação de metas fiscais ou limites de endividamento, motivo pelo qual
estão erradas as opções B, C e D.
Quanto a opção E, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os
critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. Letra A.

10. (FCC – Analista-Administrativo/PGE-BA – 2013)


CF/88 (grifei):
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores
públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária.
Letra C.

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11. (FCC – Auditor/TCE-SP – 2013)


A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e
das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder (caput art. 70, CF/88).
O art. 74 da CF/88 estabelece que “Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão,
de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:”
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União;
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Pública
Federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União; e
d) apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
É importante salientar que controle externo NÃO é exercido exclusivamente pelo Poder
Legislativo porque os tribunais de contas possuem diversas atribuições na sua função
constitucional.
O controle interno compreende a verificação da legalidade dos atos de execução
orçamentária, a qual será prévia, concomitante ou subsequente. Letra B.

12. (FCC – ATCE-AG/TCE-AM– 2013)


Trata-se da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO (conhecida
como Comissão Mista de Orçamento), composta por Senadores e Deputados, prevista no art.
166, §1º da constituição. Letra D.

13. (FCC – Analista-Contabilidade/AL-PE – 2014)


Conforme §1º, art. 74, da Constituição Federal, “Os responsáveis pelo controle interno, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao
Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.”. Letra A.

14. (FCC/Analista-Contabilidade/TRT 19a Região/2014)


Quadro de limite máximo de despesa total com pessoal – percentuais sobre a receita corrente
líquida:

Obs: no Poder Legislativo estão incluídas as despesas com pessoal dos respectivos Tribunais
de Contas.
O Poder Judiciário, tanto na esfera federal como estadual, possui o limite de despesa com
pessoal de 6% da receita corrente líquida (LC. 101/20000, art. 20). Letra A.

15. (FCC – Analista-Contabilidade/DPE-RS – 2013)


Compete ao TCU apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República,
mediante parecer prévio, que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu
recebimento. É da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as
contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos de governo (CF/88, inciso IX do art.49; e inciso I do art. 71). Letra E.

16. (FCC –Analista-Contabilidade/TRT-12ª.Região – 2013)


NBC T 16.8, item 4:
O controle interno é classificado nas seguintes categorias:
(a) operacional – relacionado às ações que propiciam o alcance dos objetivos da entidade;

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(b) contábil – relacionado à veracidade e à fidedignidade dos registros e das


demonstrações contábeis;
(c) normativo – relacionado à observância da regulamentação pertinente.
Letra C.

17. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
A LRF informa o limite máximo de cada ente da Federação e respectivos poderes, o qual
também é repartido entre seus órgãos.
O limite máximo de 0,15% da RCL, informado pela questão, refere-se especificamente à
despesa com pessoal de determinado Tribunal.
LRF (LC. 101/00):
Art. 20, § 1o Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repartidos
entre seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual
da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente
anteriores ao da publicação desta Lei Complementar.
Vale observar que o regramento acima serviu para direcionar o repartimento do limite
quando da publicação da LRF (no ano 2000).
Atualmente, cada poder faz a repartição interna desse limite por ato próprio.
Exemplo: o TST e o CSJT editaram o Ato Conjunto nº 12/2015 para definir os limites de
despesa com pessoal para a Justiça do Trabalho, o qual menciona:
“Considerando que o critério de repartição dos limites entre os Tribunais Regionais do
Trabalho, de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita
corrente líquida, verificada nos três últimos exercícios financeiros imediatamente anteriores
ao da publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal, não atende à realidade vivenciada por
parte de diversos tribunais trabalhistas;”
Portanto, a média histórica da década de 90 não mais satisfaz à atual necessidade de
execução da despesa com pessoal da Justiça do Trabalho, a qual passou a adotar os
seguintes percentuais:

Pois bem, retornando à questão, foi exigido do candidato o “limite de alerta”.


Conceitos sobre Limites da Despesa e Endividamento:
Limite legal ou limite máximo: constitui uma das formas para a avaliação da gestão
fiscal do ente da Federação. São os limites legais estabelecidos pela LRF (despesa com
pessoal e dívida consolidada líquida) e pelo Senado Federal (operações de crédito e
garantias).

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Limite prudencial: 95% do limite máximo da despesa total com pessoal, estabelecido
para o acompanhamento dessa despesa.
Limite de alerta: estabelecido para o acompanhamento, pelo Tribunal de Contas
competente, da despesa com pessoal, dívida consolidada líquida, operações de crédito e
garantias. Representa 90% do limite máximo legal para a despesa com pessoal e dívida
consolidada líquida.
Observe que o limite prudencial aplica-se apenas à despesa com pessoal, já o limite de
alerta aplica-se também para os outros limites de dívida e endividamento.
Então, primeiro vamos calcular o limite máximo para, depois, acharmos o limite de alerta
(90% do limite máximo).
As informações sobre despesa foram inseridas na questão apenas para confundir o candidato.
Vamos aos cálculos!
Limite máximo do Tribunal:
= RCL x limite máximo em percentual
= 360.000.000.000 x 0,15%
= 540.000.000
Limite de alerta do Tribunal:
= Limite Máximo x 90%
= 540.000.000 x 90%
= 486.000.000
Letra C.

18. (FCC – Analista-Consultor/AL-PE – 2014)


Lei nº 4.320/64:
Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da
despesa, o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores
públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos
de realização de obras e prestação de serviços.
Art. 76. O Poder Executivo exercerá os três tipos de controle a que se refere o artigo 75,
sem prejuízo das atribuições do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será prévia,
concomitante e subsequente.
Art. 81. O controle da execução orçamentária, pelo Poder Legislativo, terá por objetivo
verificar a probidade da administração, a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos e o
cumprimento da Lei de Orçamento.
Art. 82. O Poder Executivo, anualmente, prestará contas ao Poder Legislativo, no prazo
estabelecido nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos Municípios.
§ 1º As contas do Poder Executivo serão submetidas ao Poder Legislativo, com Parecer
prévio do Tribunal de Contas ou órgão equivalente.
§ 2º Quando, no Munícipio não houver Tribunal de Contas ou órgão equivalente, a Câmara
de Vereadores poderá designar peritos contadores para verificarem as contas do prefeito e
sobre elas emitirem parecer.
a) Lei nº 4.320/64, art. 75. ERRADO.
b) O Legislativo faz o controle externo. ERRADO.
c) Lei nº 4.320/64, art. 81. CERTO.
d) O Poder Executivo, que confecciona e apresenta a proposta orçamentária, também
participa desse controle (art. 76). ERRADO.
e) Lei nº 4.320/64, art. 77. ERRADO.
Opção correta: letra C.

19. (FCC – Analista-Administração/DPE-RS – 2013)


A questão pede a opção ERRADA.
CF/88 (grifei):
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle

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Deusvaldo Carvalho e Marcio Ceccato

interno de cada Poder.


Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento
em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a
União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
A) Conforme caput do art. 70. CERTO.
B) Conforme inciso III do art. 71. CERTO.
C) Conforme inciso V do art. 71. CERTO.
D) Conforme caput do art. 70. CERTO.
E) Esta é uma exceção do inciso III, art. 71. ERRADO.
Item errado: letra E.

20. (FCC-Analista-Contabilidade/TRT-23ªRegião-2016)
a) LRF (LC. 101/00) (grifei):
Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de
lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação
legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.
Apenas a despesa corrente está inserida no conceito de despesa obrigatória de caráter
continuado. ERRADO.
b) União: 50% da receita corrente líquida. ERRADO.
c) Isso mesmo! A verificação do cumprimento dos limites de despesa total com pessoal será
realizada ao final de cada quadrimestre, sendo procedida através do Relatório de Gestão
Fiscal (LC. 101/00, art. 22 e art. 55, I, a). CERTO.
d) LRF (LC. 101/00) (grifei):
Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a
entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de
cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação
constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde.
Denomina-se transferência voluntária. ERRADO.
e) LRF (LC. 101/00) (grifei):
Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de
pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica,
atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no
orçamento ou em seus créditos adicionais.
Depende de lei específica. ERRADO.
Letra C.

21. (FCC – Analista/AL-RN – 2013)


CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a
perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de
contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

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§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não


efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
A atuação do TCU foi regular, tendo exercido sua competência prevista na Constituição
Federal. Letra C.

22. (FCC – ATCE-AG/TCE-AM– 2013)


a) A fiscalização da aplicação das subvenções e renúncia de receitas será exercida pelo
Congresso Nacional mediante controle externo, com auxílio do TCU, como também pelo
sistema de controle interno de cada Poder. CERTO.
b) Não há tal subordinação. ERRADO.
c) Assim como ocorre com o Ministério Público, os Tribunais de Contas não integram um
Poder específico. ERRADO.
d) De fato não integra nenhum dos Poderes, todavia, não em virtude das cláusulas pétreas
da Constituição Federal, as quais constam previstas no § 4º do art. 60. ERRADO.
e) O controle externo está a cargo do Poder Legislativo. Os tribunais de contas auxiliam neste
controle. ERRADO.
Opção correta: letra A.

23. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
a) A verificação do cumprimento dos limites de despesa total com pessoal será realizada ao
final de cada quadrimestre. Deve ser apurada somando-se a realizada no mês em
referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.
ERRADO.
b) Tal vedação ocorre caso excede o limite prudencial, ou seja, 95% do limite máximo da
despesa total com pessoal.
LRF (LC. 101/00) (grifei):
Art. 22. Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e
cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que
houver incorrido no excesso:
I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer
título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual,
ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição;
II - criação de cargo, emprego ou função;
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título,
ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas
de educação, saúde e segurança;
V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da
Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.
ERRADO.
c) A contratação de operação de crédito somente deve ser efetuada caso observe os limites
de endividamento estipulados pelo Senado Federal e pelo Congresso Nacional, os quais são
baseados na receita corrente líquida (e não na despesa com pessoal). ERRADO.
d) A LRF prevê a vedação de contratar hora extra apenas caso seja excedido o limite
prudencial. Veja o texto legal, inciso V, na resolução da letra c. ERRADO.
e) Perfeito! O inciso IV, art. 22 da LRF (vide resolução da letra c) informa, como exceção, a
reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação,
saúde e segurança. CERTO.
Letra E.

24. (FCC – Analista-Contabilidade/DPE-RS – 2013)


a) Compete ao TCU fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União, ou
seja, recursos do Governo Federal (CF/88, art.71, VI). ERRADO.
b) O TCU pode realizar, por iniciativa própria, ou da Câmara dos Deputados, ou do Senado
Federal, ou de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial. (CF/88, art.71, IV). ERRADO.
c) CF/88:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos

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programas de governo e dos orçamentos da União;


ERRADO.
d) Perfeito! Competência do TCU, conforme conteúdo idêntico do inciso V, art. 71 da CF/88.
CERTO.
e) Compete ao TCU fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, e não a regularidade das
receitas e despesas privadas de empresas particulares. ERRADO.
Opção correta: letra D.

25. (FCC – Analista-Administrativo/PGE-BA – 2013)


a) CF/88, art. 71, inciso VIII: “aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa
ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras
cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;”. CERTO.
b) O TCU que deve realizar tal fiscalização. ERRADO.
c) As contas são julgadas pelo Congresso Nacional. ERRADO.
d) O TCU aprecia, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão. ERRADO.
e) O próprio TCU que possui tal competência (CF/88, art. 71, IX e X). ERRADO.
Opção correta: letra A.

26. (FCC – Agente-Contador/MPE-AM – 2013)


CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de
Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Conforme inciso IV do art. 71: letra A.

27. (FCC – Analista-Contador/MPE-MA – 2013)


a) Competência do Sistema de Controle Interno. ERRADO.
b) Compete ao TCU julgar (e não apreciar) tais contas. As contas do Presidente da República
é que serão apreciadas pelo TCU e julgadas pelo Congresso Nacional. ERRADO.
c) Ocorre o inverso: o controle interno que apoia o externo. ERRADO.
d) Não é competência constitucional do TCU. ERRADO.
e) Perfeito! Conforme inciso VI, art. 71 da CF/88. CERTO.
Letra E.

28. (FCC –Administrador/SERGIPEGÁS – 2013)


Compete ao TCU fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos públicos repassados pela União.
O controle interno deve apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional,
como também comprovar a legalidade e avaliar os resultados da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado. Portanto, tanto o TCU como o controle interno
podem efetuar tal fiscalização, de forma não excludente. “Os responsáveis pelo controle
interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão
ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.” (CF/88, art.
74, §1º). Letra D.

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29. (FCC – Analista-Contador/MPE-MA – 2013)


CF/88:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.
Letra B.

30. (FCC – Analista-Administrativo/MPE-MA – 2013)


a) Dentre as finalidades do sistema de controle interno, está a de avaliar o cumprimento das
metas previstas no Plano Plurianual, inclusive a execução dos programas de governo (CF/88,
art.74, I). ERRADO.
b) Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União (CF/88, art.74, III). CERTO.
c) Não apenas por órgãos e entidades da administração pública, mas também da aplicação de
recursos públicos por entidades de direito privado (CF/88, art.74, II). ERRADO.
d) São competências do TCU. ERRADO.
e) Não são finalidades do controle interno previstas na CF/88. ERRADO.
Opção correta: letra B.

31. (FCC-Analista-Contadoria/TRF-3ªRegião-2016)
CF/88:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
O Poder Judiciário também está submetido ao controle externo, cuja competência recai sobre
o Poder Legislativo, sendo, no caso da União, o do Congresso Nacional.
O TCU auxilia o Congresso Nacional no exercício do controle externo.
Pois bem, conforme incisos IX e X do art. 71 da Constituição Federal (acima transcritos), o
TCU poderá assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.
E ainda, caso não seja atendido, poderá sustar a execução do ato impugnado, comunicando a
decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. Letra D.

32. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


Simples “decoreba”!
Questão elaborada com base na Constituição Federal (grifei):
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos
programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos
direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Conforme palavras grifadas acima: letra C.

33. (ESAF – APO/MPOG – 2015)


CF/88 (grifei):
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à

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Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;


XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não
efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
Conforme disposto nos §§ 1º e 2º acima, o TCU decidirá a respeito. Letra D.

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